
DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
Publicação contínua/ Publicación continua N.º 20, 2022
Sumário/ Sumario................................................................I-II Contents...........................................................................III-IV
Fernando José Sadio-Ramos – Apresentação editorial do n.º 20 de DEDiCA V-VII Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí –Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria …………………....….1-30
Albano García Sánchez – El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. 31-50
Nora Ramos Vallecillo – El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística………………………….51-72
FranciscoEspinozaMorales; JorgeHernández Valdés;Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo – Modelo de Tutoría 4.0 y elaboración de protocolo de investigación ………………………………………….73-96 Azahara Arévalo Galán – Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer……………………………………………………..………….97-113
Juan Carlos Montoya Rubio – Diseño metodológico para el uso del musicomovigrama en contextos colaborativos universitarios ……………………………………………………………………...115-135
Anderson Rodrigues da Silva – El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje……………………………….........................137-155
NoéMora-Osuna;RubíPenicheCetzal;CristóbalRamónMac – Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México……………………………………………………………..157-177
Sumário/ Sumario (2022). DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, I-II. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26946
Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo – Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos..............................................................................179-202
Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos; Ana Caroline de Paula; Crismarie Casper Hackenberg; Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes; Valdomiro de Oliveira; Gislaine Cristina Vagetti –Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes enão praticantes de cantocoral........203-221 Rocío González Cabello – Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial …223-241 ParaskeviMicha – Grabación de las actuaciones y reacciones de los niños preescolares a través de actividades de despertar musical 243-261
Natália Albino Pires; Saloum Ndiaye – O ensino da escrita do português no Senegal: a questão dos manuais escolares.........263283
Maria Ellem Souza Maciel – A crise venezuelana e seus impactos no âmbito brasileiro: políticas linguísticas de integração de refugiados no Estado da Paraíba.............................................285-306
Isabel Soto Déniz – Análisis del uso de las TIC para el desarrollo de la expresión escrita en el aula de inglés como lengua extranjera 307-321
Hadibi Zahir; Rabéa Berraghda Loucif; Saida Baaziz –Sociología de las fronteras sociolingüísticas en Argelia desde las actitudes hacia las lenguas……………… 323-347 Antonio Fernández-Jiménez – Tertulias musicales dialógicas para la formación de unaciudadanía crítica…………………....351-366 Publicar na DEDiCA/ Publicar en DEDiCA/ To publish in DEDiCA
Sumário/ Sumario (2022). DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, I-II. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26946
DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
Continuous Publication
Nº 20, 2022
Sumário/ Sumario................................................................I-II Contents...........................................................................III-IV
Fernando José Sadio-Ramos – Editorial presentation of DEDiCA No. 20 V-VII Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí –Analysis of written productions by a sample of Mexicanstudents in the first grade of Secondary School.………………..……………......….1-30
Albano García Sánchez – The INTERCREAMUS teaching innovation project. Collective Musical Expression Practices in the Music Mention of the Primary Education Degree 31-50 Nora Ramos Vallecillo – Sensory Development in the Infant Stage through Art Education………………………………………..51-72 FranciscoEspinozaMorales; JorgeHernández Valdés;Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo – Tutoring Model 4.0 and development of research protocol…………………………………………………….73-96 Azahara Arévalo Galán – Lola Torres, past, present, and future of her songbook: an analysis of a woman's educational legacy………………………………………………….…………….97-113
Juan Carlos Montoya Rubio – Methodological design for the use of the musicomovigram in collaborative university contexts. …………………………………………………………………..….115-135
Anderson Rodrigues da Silva – The EMA-EMAI system: a heuristic proposal to improve the musical interpretative act and its learning....................................................................................137-155
NoéMora-Osuna;RubíPenicheCetzal;CristóbalRamónMac – Conflict Management Practices in Effective High Schools in Mexico
Contents(2022). DEDiCA.REVISTADE EDUCAÇÃO EHUMANIDADES, N.º 20, 2022, III-IV. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26947
Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo – Active pedagogical strategies in teaching English for specific purposes..................................................................................179-202
Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos; Ana Caroline de Paula; Crismarie Casper Hackenberg; Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes;ValdomirodeOliveira;GislaineCristinaVagetti– Comparison of cognitive aspects, socialclass andeducation amongelderly people, practitioner, andnon-practitioner of choralsinging...................203-221 Rocío González Cabello – Life and Survival. The power of music in ghettos and extermination camps during the Second World War. …223-241 Paraskevi Micha – Recording Preschool Children's performances and reactions through Music Awakening Activities 243-261
Natália Albino Pires; Saloum Ndiaye – Teaching Portuguese writing in Senegal: the issue of textbooks………..……………..263-283 Maria Ellem Souza Maciel – The Venezuelan crisis and its impacts on Brazil: Language policies for the integration of refugees in the state of Paraíba ...........................285-306
Isabel Soto Déniz – Analysis of the use of ICT to develop writing skills in English as a foreign language classroom…….307-321 Hadibi Zahir; Rabéa Berraghda Loucif; Saida Baaziz –Sociology of sociolinguistic borders in Algeria from the perspective of attitudes towards languages……………………………………..323-347 Antonio Fernández-Jiménez – Dialogical music talks for the training of critical citizenship ……………………………351-366 Publicar na DEDiCA/ Publicar en DEDiCA/ To publish in DEDiCA.............................................……........................………….i-ix
Estatuto Editorial da Revista………………………….........xi-xii Estatuto Editorial de la Revista......................................xiii-xiv Editorial Status of the Journal………………………….…xv-xvi Ficha Técnica/ Publication data…………………..…....xvii-xxiv
Contents(2022). DEDiCA.REVISTADE EDUCAÇÃO EHUMANIDADES, N.º 20, 2022, III-IV. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26947
APRESENTAÇÃO EDITORIAL DO N.º 20 DE DEDiCA EDITORIAL PRESENTATION OF DEDiCA No. 20
Fernando José Sadio-Ramos Politécnico de CoimbraEmail:framos@esec.pt IDORCID: http://orcid.org/0000-0001-7654-5638
Terminamos o ano de 2022 com a publicação do n.º 20 da revista DEDiCA. Revista de Educação e Humanidades.
A revista continua a alcançar um vasto público em termos institucionais e geográficos, ao qual possibilita a divulgação dos seus trabalhos científicos e pedagógicos no âmbito da educação e das humanidades. Trata-se de um ponto forte que definimos como essencialnafundaçãodarevista, odepublicar trabalhos em queuma visãoantropológica holística, reflexiva epráticapredomine, paraláde um positivismo serôdio e mimético que persiste na senda dominante do ensino superior e da investigação.
O volume integra um total de 17 artigos, subscritos por 39 autores, cujos nomes referimos segundo a ordem de publicação dos artigos: Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí; Albano García Sánchez; Nora Ramos Vallecillo; Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo; Azahara Arévalo Galán; Juan Carlos Montoya Rubio; Anderson Rodrigues da Silva; Noé Mora-Osuna; Rubí Peniche Cetzal; Cristóbal Ramón Mac; Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo; Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos; Ana Caroline de Paula; Crismarie Casper Hackenberg; Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes; Valdomiro de Oliveira; GislaineCristinaVagetti; RocíoGonzález Cabello; Paraskevi Micha; Natália Albino Pires; Saloum Ndiaye; Maria Ellem Souza
Sadio-Ramos, Fernando José (2022). Apresentação editorial do n.º 20 de DEDiCA. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, V-VII. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26948
Esta plêiade de autores anima-nos a continuar na senda que empreendemos, permitindo que o público que nos lê beneficie da qualidade dos seus trabalhos e os incentive a prosseguir com o seu trabalho e a partilhá-lo connosco.
Aproveitamos para convidar outros a integrarem o nosso projecto editorial científico, associando novas instituições, das mais variadas proveniências, à nossa acção, dando sempre primazia às línguas portuguesa e espanhola, mas também abertos à língua inglesa.
A revista recebe artigos para os seus números regulares assim como para os números especiais que se abrem quando a periodicidade legal o permite. Regressaremos em seguida a este assunto.
A par dos nossos autores, é mister deixar uma palavra de elogio e apreço, e de grande agradecimento, para os nossos excelentes, dedicados e generosos revisores dos artigos. Sempre disponíveis pararealizar oseutrabalho, com umaentregaassinalável a uma tarefa que lhes exige tempo e trabalho extra acrescentado ao seu labor profissional. Nunca é demais apreciar a sua generosidade e desinteresse, mais ainda dado que, pelas nossas normas éticas, os seus nomes não são divulgados para obviar a que possam ter lugar actuações lesivas da integridade científica e editorial da revista. A pressão para publicar – o famoso “publish or perish” – origina condutas que a mais pequena brecha no escudo da integridade académica pode possibilitar, fornecendo a ocasião para o desenvolvimento da tentação.
A cientificidade da nossa acção não poderia desenvolver-se sem aconstante disponibilidade dos membros do Conselho Assessor e restantes corpos da revista. A sua diversidade e abrangência é um factor de qualidade assinalável, permitindo-nos em permanência recorrer à sua intervenção e assessoramento, epara eles também se impõe deixar estas palavras de reconhecimento.
Sadio-Ramos, Fernando José (2022). Apresentação editorial do n.º 20 de DEDiCA. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, V-VII. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26948
Na linha das últimas palavras, referimos a relação essencial que nos une à Universidade de Granada, nossa alma mater, encarnadatantonaEditorialUniversidaddeGranada,comono Grupo deInvestigaciónHUM-672AREA – Análisis delaRealidadEducativA.
A Unidade de Investigação IEF – Instituto de Estudos Filosóficos, da Universidade de Coimbra/ Fundação para a Ciência e a Tecnologia constitui outro pilar fundamental no apoio ao nosso projecto. Alma mater de muitos dos nossos colaboradores, a UniversidadedeCoimbratemsidoumvaliosoapoiodarevistaatravés do IEF, desde o primeiro momento de existência e funcionamento da revista, estando sempre presente para tudo o que se lhe solicita.
No aspecto organizacional, merece o aumento ainda relevo a entrada de uma nova Subiretora, a Dra María Natalia Campos Soto, da Universidad de Granada, reforçando a equipa diretiva em tempos de grande exigência e pressão académica em termos de carreiras, docência e investigação.
O ano de 2023 tem prevista a saída normal do n.º 21, cujos primeiros artigos se publicarão já em janeiro. Teremos, também, um volume especial, a sair no final do 2.º semestre do ano. Estará aberto a contribuições centradas no âmbito da Didáctica da Língua e da Literatura, e as condições de preparação e envio das mesmas serão divulgadas durante o mês de janeiro.
Comme il faut, cada volume de DEDiCA encerra com a inclusão das normas de publicação na DEDiCA, o Estatuto Editorial (em português, espanhol e inglês) e a Ficha Técnica Toda esta informação pode ser consultada na plataforma OJS da revista; todavia, é obrigação legal da revista, como órgão de comunicação social acreditado, a sua apresentação autónoma, cumprindo as suas obrigações estatutárias, noqueconsideramos um traço deidentidade fundamental da revista.
DiretorSadio-Ramos, Fernando José (2022). Apresentação editorial do n.º 20 de DEDiCA. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, V-VII. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.26948
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
ANÁLISIS DE PRODUCCIONES ESCRITAS POR UNA MUESTRA DE ESTUDIANTES MEXICANOS DE PRIMER GRADO DE SECUNDARIA
ANALYSIS OF PRODUCTIONS WRITTEN BY A SAMPLE OF MEXICAN STUDENTS OF FIRST GRADE OF SECONDARY SCHOOL
Carmen Yolanda Guevara
(1 -7) Universidad Nacional Autónoma de México (México)
Email: cyguevara@unam.mx(1); pablorugerio@unam.mx(2); angela.hermosillo@iztacala.unam.mx (3); berenice.romero@iztacala.unam.mx(4); karlena.cardenas@ired.unam.mx(5); guerra@unam.mx(6); claudia.flores@iztacala.unam.mx (7) ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5659-7246(1); https://orcid.org/0000-0002-9187-5632(2); https://orcid.org/0000-0001-66526521(3); https://orcid.org/0000-0003-3583-2184(4); https://orcid.org/0000-0003-2076-3964(5); https://orcid.org/0000-0003-12735752(6); https://orcid.org/0000-0003-4663-9638(7)
Recibido: 27/10/2021 Aceptado: 18/11/2021 Publicado: 06/07/2022
RESUMEN
El objetivo del estudio fue analizar las características de los textos redactados por estudiantes mexicanos de primer grado de secundaria.
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
Participaron 150 estudiantes, 75 inscritos en una escuela pública y 75 inscritos en una escuela privada, a quienes se les pidió que escribieran un texto de tema libre. Además, se les presentó un texto que contenía errores ortográficos y sintácticos, solicitándoles que lo revisaran y lo reescribieran sin errores. Los textos fueron analizados con base en una lista de verificación, en la que se incluyeron 18 diferentes tipos de error, agrupados en tres categorías: de sintaxis, ortográficos y de escritura. Los datos fueron analizados por medio de un ANOVA, mostrando que los alumnos de la escuela privada cometieron más errores en sus textos libres, mientras que los alumnos de la escuela pública presentaron más faltas al reelaborar los textos que contenían errores. Se discuten las implicaciones de estos hallazgos.
Palabras clave: escritura; ortografía; secundaria; sintaxis; textos
ABSTRACT
The objective of the study was to analyze the characteristics of texts written by Mexican students in the first grade of secondary school. 150 students participated, 75 enrolled in a public school and 75 enrolled in a private school, who were asked to write a free topic text. In addition, they were presented with a text that contained spelling and syntactic errors, asking them to check it and rewrite it without errors. The texts were analyzed based on a checklist, which included 18 different types of errors, grouped into three categories: syntax, spelling, and writing. The data were analyzed by means of an ANOVA, showing that the private school students made more errors in their free texts, while public school students presented more mistakes when reworking the texts that contained errors. The implications of these findings are discussed.
Keywords: Secondary school; spelling; syntax; texts; writing
Introducción
El uso del lenguaje oral y escrito es considerado como uno de los aspectos que definen al ser humano, a lo largo de su vida
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
Nieto (2011) enfatiza que el proceso comunicativo será eficaz gracias al manejo de ciertos conocimientos lingüísticos como los niveles fono-grafémico, morfosintáctico y semántico, puestos en escena en situaciones concretas, en contextos socioculturales reales.
La escritura es una de las competencias básicas y de importancia fundamental, dentro y fuera del ámbito académico, pero también es uno de los aspectos que pueden dificultarse más a los alumnos, porque el código escrito incluye una serie de normas ortográficas y de puntuación, así como formas específicas para la elaboración adecuada de frases, oraciones y párrafos (Álvarez & Boillos, 2015).
Dada la importancia de la escritura, se requiere conocer el nivel de desempeño que logran los estudiantes de diversos niveles educativos. En la literatura pueden ubicarse dos tipos de reportes para dar cuenta del desarrollo escritor de los alumnos, aquellos que surgen de la aplicación de pruebas estandarizadas a amplias muestras de niños y jóvenes, y aquellos que son el producto de investigaciones realizadas con muestras más pequeñas, pero con un análisis más preciso de los aciertos y errores. La presente exposición se basa, exclusivamente, en aquellos datos relacionados con alumnos de educación básica en países de habla hispana.
En México, un ejemplo de la aplicación de instrumentos a amplias muestras de niños, lo constituye la prueba PLANEA (Plan Nacional para las Evaluaciones de los Aprendizajes), aplicada por el Instituto Nacional para la Evaluación de la Educación (INEE). Los resultados indicaron que 50 % de los alumnos de sexto grado de primaria y 30 % de los estudiantes de tercero de secundaria mostraron un nivel insuficiente en los aprendizajes clave de Lenguaje y Comunicación (INEE, 2017). El reporte más reciente indicó que 33.8 % de los estudiantes de tercero de secundaria se ubicó en un nivel insuficiente en reflexión sobre la lengua, dimensión que integra los contenidos gramaticales, sintácticos, semánticos y convenciones de la lengua escrita (INEE, 2019).
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
Bustamante et al. (2018) señalan que la valoración de textos escritos suele basarse en dos aspectos: el sintáctico y el semántico; el primero se enfoca en la forma del texto y el segundo en el significado. En estos casos, se evalúa la gramática de las oraciones, la estructura del texto y el uso de vocabulario. Otros autores (Gómez, 2018; Signorini & Borzone, 2003) señalan que la ortografía es uno de los elementos más utilizados para evaluar los escritos en idioma español, porque, aun cuando en esta lengua existe una alta consistencia grafema-fonema, también se pueden ubicar fuentes de error para los escritores inexpertos, entre ellas, las correspondencias condicionales, por ejemplo: si el grafema <g> precede a <a>, <o> y <u> o si precede a /e/ e /i/; así como las palabras poligráficas que pueden ser escritas en distintas formas, por ejemplo: cielo, podría escribirse como sielo o zielo, mientras que lluvia podría ser escrita como yuvia, llubia o yubia (p. 13).
Sotomayor et al. (2017) explican que varias investigaciones se centran en la ortografía, porque esta cumple un rol social e identitario, y que la incorrección ortográfica en las prácticas letradas -como la escritura escolar, académica y laboral, o los foros públicos, tiene una connotación negativa que alimenta prejuicios hacia quienes escriben sin apego a la norma, lo que incrementa la importancia de enseñarla a los estudiantes.
En el estudio de Signorini y Borzone (2003) participaron 51 niños de segundo año del nivel de Enseñanza General Básica de una escuela pública argentina. Los resultados mostraron un buen desempeño general en lectura; sin embargo, en las producciones escritas se observaron errores ortográficos, cuyo análisis reveló que los niños suelen recurrir a una estrategia fonológica para escribir, lo que los induce a errores de escritura en palabras complejas (poligráficas), dado que su conocimiento ortográfico es incompleto.
La investigación de Granados y Torres (2016), con 42 niños mexicanos de tercer grado de educación primaria, se centró en el análisis de los errores de escritura. Los resultados indicaron: omisiones y sustituciones, ausencia de acentos y de signos de
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
puntuación, ausencia de uniones o separaciones entre letras y renglones, uso incorrecto de mayúsculas, y repeticiones de letras, sílabas o palabras. También se presentaron múltiples dificultades sintácticas, incluyendo concordancia de género y número, así como ausencia de conjunciones y preposiciones. Hallazgos similares se reportaron en el estudio de Londoño et al. (2016) con 61 niños colombianos de segundo grado de primaria.
Por su parte, Sotomayor et al. (2013) realizaron un análisis descriptivo del desempeño ortográfico de niños chilenos, evaluando 250 textos narrativos elaborados por alumnos de 3°, 5° y 7° grados. Los problemas reportados fueron de ortografía, de escritura y de sintaxis; los alumnos de 5° y 7° presentaron menos errores que los de 3°.
Rodríguez y Martínez (2018) estudiaron los conectores discursivos que utilizaron alumnos mexicanos del último grado de primaria, para lo cual evaluaron 114 textos Los conectores más usados fueron porque, para que, pero y por eso. El análisis indicó que, en múltiples casos, los conectores fueron utilizados de manera inadecuada, porque los alumnos desconocen sus funciones gramaticales. Estudios similares (García & Alarcón, 2015; Hess & Godínez, 2011, como se citaron en Rodríguez & Martínez, 2018) coinciden en señalar que uno de los problemas que muestran los escritos de los alumnos es la escasez de recursos cohesivos, como los conectores, para encadenar en forma lógica sus ideas, en estudiantes de diversos niveles educativos.
En el estudio de Pérez y Macías (2016) se analizaron los errores en el uso de preposiciones, de 90 estudiantes mexicanos de tercero de secundaria. Los autores aclaran que el análisis de los errores, aun cuando originalmente surgió dentro del contexto de enseñanza de lenguas extranjeras, puede aplicarse en estudios de lengua dentro del contexto escolar, porque en el aula se pretende que los alumnos empleen un discurso que cumpla con ciertos estándares y normas. En su investigación, de las 23 preposiciones existentes, solo se ubicaron 12 en las redacciones de los alumnos, y
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
ocho de ellas se utilizaron de manera incorrecta, lo que, en muchos casos, implicó un cambio en el significado de las oraciones escritas.
Otro aspecto que ha sido estudiado se refiere a la práctica de revisión textual por parte de los alumnos. Arias-Gundín et al. (2005) señalan que esta práctica es considerada, desde las diferentes perspectivas y modelos teóricos, como un proceso de gran importancia para el desarrollo de habilidades de composición escrita. El proceso de revisión consiste en: identificar las discrepancias entre el texto intentado y el texto producido, decidir qué se podría o debería cambiar en el texto, determinar cómo hacer los cambios, y llevarlos a cabo.
Arias-Gundín y García (2004, como se citó en Arias-Gundín et al., 2005) desarrollaron el Instrumento de Revisión de la Composición Escrita (IRCE), que incluye una tarea de reescritura, donde a los alumnos se les presenta un texto con estructura típica de comparación-contraste constituido por tres párrafos y se les pide que lo lean, lo revisen y lo reescriban. El texto contiene errores de distintos tipos, por lo que permite evaluar las habilidades de los alumnos para revisar y corregir textos.
El instrumento referido fue aplicado por Arias-Gundín y García (2008) a 958 estudiantes españoles de 5º y 6º de educación primaria, así como de 1º y 2º de secundaria. Los resultados indicaron que en estos niveles educativos los aspectos mecánicos de la escritura ya están adquiridos, por lo que no se observan diferencias estadísticamente significativas en función del grado escolar, en aspectos como la ortografía y la gramática, ni en acciones de corrección de textos que implicaban cambiar y reordenar palabras. En donde sí se encontraron diferencias fue en las capacidades de los alumnos para realizar la revisión y corrección de aspectos semánticos (profundos).
Como puede observarse, las investigaciones se han enfocado en el análisis de aspectos específicos de las producciones escritas, al estudiar distintas muestras de alumnos de educación básica. La presente investigación partió de la importancia de llevar a
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
cabo análisis que abarquen los diversos aspectos que se consideran importantes: sintaxis, ortografía y calidad de la escritura, a través de la detección de errores que se ubican en estas tres categorías. El objetivo del presente estudio fue analizar las características de dos tipos de texto, redactados por una muestra de estudiantes mexicanos de primer grado de secundaria. Se incluyeron producciones escritas por los alumnos, con base en un tema de su elección (tema libre) y producciones escritas derivadas de la corrección de un texto que se les presentó con errores ortográficos y sintácticos. Como objetivo adicional, se comparó a dos submuestras de alumnos, una proveniente de escuela pública y otra de escuela privada.
Método
Tipo de estudio. Observacional, porque no hubo intervenciones para modificar alguno de los factores, ni manipulación de variables; transversal, porque se hizo una medición en un solo momento; descriptivo, para dar cuenta de los tipos de error en los textos, y comparativo, porque se contrastaron variables entre dos grupos de participantes (Méndez et al., 1990). Contexto educativo mexicano. La educación básica obligatoria es de 10 años, abarca un año de educación preescolar, seis años de primaria y tres de secundaria. Todos los planes de estudio de la educación básica obligatoria son diseñados por la Secretaría de Educación Pública (SEP), y deben cubrirse por parte de las escuelas, sean públicas o privadas. Sin embargo, existen algunas diferencias entre instituciones de uno y otro tipo.
El primer aspecto por considerar es que las escuelas públicas mexicanas operan con recursos gubernamentales, provenientes de los impuestos ciudadanos, mientras que las instituciones privadas son financiadas por la iniciativa privada, que también se encarga de establecer lineamientos, cuotas y colegiaturas para el ingreso y permanencia en este tipo de
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
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instituciones. Estas formas de financiación, organización y operación han marcado diferencias, a favor de las escuelas privadas, en cuanto a los recursos materiales y humanos que se designan para cumplir con los objetivos educativos, el número de alumnos por grupo, y los métodos de enseñanza (Martínez y Vega, 2019).
De hecho, estudios comparativos, como el realizado por Pereyra (2008), han indicado que, en varias instituciones de América Latina, los alumnos de escuelas públicas muestran un retraso en el desempeño académico, en comparación con sus pares que asisten a escuelas privadas. Los datos del INEE (2017, 2019) confirman, con alumnos mexicanos, mayores desempeños en los que cursan primaria y secundaria en escuelas privadas.
Dadas las diferencias entre ambos tipos de escuelas, es importante analizar y comparar el desempeño de los alumnos en competencias genéricas, como es el caso de la capacidad para elaborar textos
Participantes. Este estudio fue realizado con 150 estudiantes de primer grado de secundaria, es decir, estaban inscritos en su octavo ciclo escolar obligatorio; 75 inscritos en tres grupos escolares de una escuela pública (36 mujeres y 39 hombres) y 75 inscritos en tres grupos de una escuela privada (33 mujeres y 42 hombres). Ambos centros escolares están ubicados en una zona considerada de nivel socioeconómico medio, al sur de la Ciudad de México. En la escuela pública se imparte únicamente educación secundaria, en sus tres ciclos, y cada grupo integra, aproximadamente, 40 alumnos; mientras que en la escuela privada se imparten los 10 ciclos de educación obligatoria y tres más de bachillerato, con un promedio de 25 alumnos por grupo.
Para el presente estudio no se investigaron antecedentes socioculturales de los estudiantes, ni sus niveles de desempeño o fracasos previos; los criterios de inclusión fueron: ser alumnos regulares, formalmente inscritos, y que aceptaran participar. Tareas asignadas. A los alumnos se les pidió que escribieran una composición acerca de lo que ellos quisieran (texto de tema libre). Al
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concluir, se les presentó un texto de tres párrafos (132 palabras), que contenía diversos errores sintácticos, ortográficos y de escritura. A los participantes se les presentó un texto de tres párrafos (132 palabras), que contenía errores sintácticos, ortográficos y de escritura. Algunos ejemplos de tales errores: “punteagudo” en lugar de puntiagudo, “osea” en lugar de “o sea”, “son carnivoro” por “son carnívoros”, “es mas claros” por “es más claro”, las palabras “a el” en lugar de la conjunción “al”, “ocico” en lugar de “hocico”, “javalís” por “jabalís”, “ambre” en lugar de “hambre”, así como falta de tildes en “mamifero”, “domesticos”, “mas”, entre otras. La instrucción fue que revisaran dicho texto y que lo reescribieran sin errores. Al producto de esta actividad de corrección se le denominó texto ajustado
Lista de verificación y análisis de errores. Para analizar los textos escritos por los alumnos, tanto de tema libre como de corrección, se diseñó una lista de verificación, en la que se incluyeron 18 diferentes tipos de error.
Errores de sintaxis: orden de las palabras dentro de frases y oraciones, conjugación de verbos, falta de concordancia de género y número, uso inadecuado de conectores, uso de términos incorrectos, omisión de palabras, que la composición tuviera menos de cinco oraciones (extensión), no tener orden lógico en las ideas plasmadas, y uso repetitivo de un mismo conector Errores ortográficos: que faltaran o sobraran tildes o diéresis, que no se obedecieran reglas ortográficas convencionales, así como la omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas Errores de escritura: omisión, adición o sustitución de letras dentro de una palabra, sustitución de letra mayúscula por minúscula o viceversa, juntar o separar indebidamente las letras, y juntar indebidamente dos o más palabras.
El anexo 1 muestra la definición y ejemplificación de los errores que se ubicaron en cada categoría, así como el formato diseñado para registrar los tipos de error de cada escrito (ver al final del artículo).
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Procedimiento En el presente estudio se cumplieron los principios fundamentales del código ético de la Asociación Americana de Psicología (APA) para la investigación y la evaluación psicológica, incluyendo consentimiento informado, derecho a la información, protección de datos personales, garantías de confidencialidad, no discriminación, gratuidad y posibilidad de abandonar el estudio en el momento deseado.
Las actividades fueron realizadas por cada alumno, individualmente, dentro de un aula en que permanecían todos los alumnos del mismo grupo escolar que aceptaron realizar las tareas (en promedio, 25 alumnos por grupo).
Para el análisis y registro de los errores de cada texto, dos evaluadores trabajaron conjuntamente; uno de ellos leía en voz alta una oración y ambos definían si había algún error y de qué tipo, con base en la categorización. Ambos calificadores debían estar de acuerdo con la presencia del error para que este fuera registrado. Se procedía del mismo modo para las siguientes oraciones. Si un tipo de error ya había sido registrado para un texto en particular, no se volvía a registrar.
La aplicación de las pruebas se realizó antes de la pandemia, mientras que la calificación y análisis de datos se llevaron a cabo durante esta. Análisis de datos Se diseñó una base de datos con el programa SPSS (V 28.0) para llevar a cabo un análisis descriptivo de la muestra total y de las dos submuestras de alumnos (de escuela pública y privada) Para definir si se presentaban diferencias significativas entre los resultados obtenidos por los participantes, se utilizó un análisis de la varianza (ANOVA) de un factor, tomando como variables de comparación las variables sexo y escuela de procedencia.
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Resultados
Los resultados se presentan en tres apartados. El primero describe los errores ubicados en los textos de tema libre; el segundo, los errores en los textos ajustados; por último, se muestran los resultados de las comparaciones estadísticas
1. Descripción de los tipos de error en los textos de tema libre
La Figura 1 muestra que, en esta modalidad de producciones escritas, los tipos de error que se presentaron con mayor frecuencia fueron los que corresponden a la categoría Errores ortográficos, en particular: omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas (PUNTUACIÓN) y la falta de tildes o diéresis (FALTAN), con una ocurrencia del 94 % y 93 %, respectivamente, así como no obedecer reglas ortográficas convencionales (REGLAS), con 63 %.
Con un porcentaje de ocurrencia ligeramente menor, se presentaron los errores ubicados en la categoría Errores de Escritura, entre los que destacan: sustitución de letra mayúscula por minúscula o viceversa (SUSTITUCIÓN) con 76 %, juntar o separar indebidamente las letras que forman palabras (SEPARAR) con 65 %, y omisión de letras (OMISIÓN LET) con un porcentaje cercano al 50 %.
Por otra parte, los errores que los participantes cometieron con menor frecuencia, en general, fueron los ubicados en la categoría Errores de sintaxis, por ejemplo, la conjugación de verbos (CONJUGACIÓN) y la falta concordancia de género en las oraciones (GÉNERO), tuvieron alrededor de 6 % de errores. Sin embargo, casi el 50 % de los alumnos utilizó términos de manera incorrecta (TÉRMINOS), 33 % realizó su composición utilizando menos de cinco oraciones (EXTENSIÓN), y cerca del 20 % llevó a cabo un uso repetitivo de un mismo conector (REPETIDO).
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Figura 1. Muestra el porcentaje de errores, ubicados en cada una de las categorías, en los textos de tema libre, considerando los datos de todos los participantes. Fuente: elaboración propia.
2. Descripción de los tipos de error en los textos ajustados (corregidos)
Como puede observarse en la Figura 2, en esta modalidad de producciones escritas, el patrón de errores es semejante al encontrado en los textos de tema libre. Los errores ortográficos obtuvieron los porcentajes de ocurrencia más altos, y fueron los mismos: faltan tildes o diéresis (FALTAN), con 92 %; omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas (PUNTUACIÓN), con 89 %, y no obedecer reglas ortográficas convencionales (REGLAS) obtuvo 85 % de ocurrencia.
En esta tarea, los errores de escritura omisión de letras (OMISIÓN LET, con 57 %) y juntar o separar las letras que forman una palabra (SEPARAR, con 66 %) también fueron frecuentes; el
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error SUSTITUCIÓN obtuvo un porcentaje menor que en el texto libre.
Los errores de sintaxis fueron mayores en los textos ajustados, en comparación con los de tema libre, en las categorías: concordancia de número (NÚMERO), uso incorrecto de conectores (CONECTORES) y omisión de palabras (OMISIÓN PAL).
Figura 2. Muestra el porcentaje de errores en cada una de las categorías, en los textos ajustados (corregidos), considerando los datos de todos los participantes. Fuente: elaboración propia.
3. Análisis comparativo de los errores, por tipo de escuela y sexo de los participantes

La Figura 3 muestra la comparación de los porcentajes de ocurrencia de los errores, tomando en cuenta la escuela en la que estaban inscritos los alumnos. En general, las tendencias o patrones de errores fueron semejantes entre los alumnos de ambos tipos de escuela, y, por tanto, esta figura se asemeja a la que ilustra el patrón de errores de la muestra total.
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Figura 3. Muestra el porcentaje de errores, ubicados en cada una de las categorías, en los textos de tema libre. Los datos se agruparon según el tipo de escuela en la que estaban inscritos los participantes. Fuente: elaboración propia.
Sin embargo, los porcentajes de error de los alumnos de la escuela pública fueron mayores en 12 de los aspectos evaluados, mientras que los alumnos de la escuela privada mostraron mayor frecuencia en los errores relacionados con colocar tildes o diéresis en forma innecesaria (SOBRAN), utilizar un mismo conector en forma repetida (REPETIDO), así como realizar composiciones con menos de cinco oraciones (EXTENSIÓN).
En la Figura 4 se puede observar la comparación de los errores cometidos por los alumnos de ambas escuelas, en lo relativo a los textos ajustados (corregidos). De manera similar a lo antes descrito, los datos muestran un patrón de errores semejante entre las dos escuelas. Nuevamente, los porcentajes de error de los alumnos de escuela pública fueron mayores a los de la escuela
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privada, en 12 de los aspectos evaluados; mientras que en los alumnos de escuela privada se ubicó mucho más el hecho de realizar composiciones con menos de cinco oraciones.
Figura 4. Muestra el porcentaje de errores, ubicados en cada una de las categorías, en los textos ajustados (corregidos). Los datos se agruparon según el tipo de escuela en la que estaban inscritos los participantes. Fuente: elaboración propia.
Para conocer si las diferencias encontradas entre los alumnos resultaban estadísticamente significativas, se realizó la aplicación de la prueba ANOVA de un factor, considerando el tipo de escuela de pertenencia, y otro análisis por sexo de los participantes.

Como se observa en la Tabla 1, los resultados mostraron que las diferencias por tipo de escuela fueron estadísticamente significativas en nueve casos. Los alumnos de la escuela pública presentaron un número de errores, significativamente mayor, en
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cinco de los aspectos evaluados: uso incorrecto de conectores en ambos tipos de texto, y uso de términos incorrectos en el texto ajustado (tres errores de sintaxis), así como en dos tipos de error ortográfico (falta de tildes y puntuación) en el texto ajustado. Mientras que los alumnos de escuela privada mostraron significativamente más errores en otros cuatro aspectos: extensión de sus escritos menores a cinco oraciones, en ambos tipos de texto, así como problemas con la concordancia de número en texto de tema libre (tres errores de sintaxis), además de un error ortográfico en tema libre (sobran tildes).
Tabla 1. Resultados del ANOVA de un factor, considerando el tipo de escuela de los participantes (privada/pública)
Tipo de texto Error Media F S ig
Tema libre Sintaxis Concordancia de número (NÚMERO)
Tema libre Sintaxis Uso incorrecto de conectores (CONECTORES)
Tema libre Sintaxis La composición tiene menos de cinco oraciones (EXTENSIÓN)
Tema libre Ortográfico Sobran tildes o diéresis (SOBRAN)
Texto ajustado
Texto ajustado
Sintaxis Uso incorrecto de conectores (CONECTORES)
*Privada = 0.5 1 1.626 . 001 Pública = 0.25
Privada = 0.12 1 6.347 001 *Pública = 0.40
*Privada = 0.49 1 8.238 001 Pública = 0.18
*Privada = 0.25 1 3.987 001 Pública = 0.04
Privada = 0.15 2 4.281 . 001 *Pública = 0.50
Sintaxis Uso de términos incorrectos Privada = 0.32 1 2.774 001
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(TÉRMINOS)
Texto ajustado
Texto ajustado
Texto ajustado
Sintaxis La composición tiene menos de cinco oraciones (EXTENSIÓN)
Ortográfico Faltan tildes o diéresis (FALTAN)
Ortográfico Omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas (PUNTUACIÓN)
*Pública = 0.60
*Privada = 0.43 4 2.431 001
Pública = 0.03
Privada = 0.85 9 .206 003
*Pública = 0.99
Privada = 0.83 6 .933 009
*Pública = 0.96
NOTA: Las medias marcadas con un asterisco (*) indican qué grupo mostró mayor número de errores, con diferencias significativas estadísticamente Fuente: elaboración propia.
En cuanto a la comparación por sexo, no se observaron diferencias al contrastar la muestra total; sin embargo, al realizar los análisis tomando por separado a los alumnos de cada escuela, se observó que en la escuela pública hubo una diferencia significativa: las mujeres, al llevar a cabo la redacción del texto libre presentaron con mayor frecuencia el error de sintaxis Uso repetido del mismo conector/REPETIDO (F1-73 = 5.538, Sig. = .021). En la escuela privada también hubo una diferencia significativa: los hombres, al redactar el texto libre, cometieron de forma recurrente el error de escritura Omite, adiciona o sustituye letras/OMISIÓN LET (F1-73 = 5.302, Sig. = .024).
Discusión
El primer hallazgo por resaltar es el hecho de que, en los escritos de los alumnos de la muestra aquí estudiada, se ubicaron errores que corresponden a las tres categorías evaluadas.
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Los tipos de error con mayores porcentajes fueron: omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas, y falta de tildes o diéresis, con niveles cercanos al 100 %, así como no obedecer reglas ortográficas convencionales; estos tres aspectos, ubicados dentro de la categoría errores ortográficos. También se detectaron múltiples errores de escritura: sustitución de letra mayúscula por minúscula o viceversa, juntar o separar indebidamente las letras que forman palabras, y omisión de letras. La presencia de este tipo de errores coincide con lo reportado por autores como Signorini y Borzone (2003), Granados y Torres (2016), Londoño et al. (2016) y Sotomayor et al. (2017), quienes evaluaron los errores de ortografía y/o de escritura, en niños de los primeros tres años de primaria. Sin embargo, debe considerarse que los alumnos que participaron en el presente estudio cursaban el primer año de educación secundaria, y lo encontrado aquí es indicativo de que los alumnos no están dominando los aspectos más elementales de la escritura de textos. En este estudio también se reportó que los errores que los participantes cometieron con menor frecuencia, en general, fueron los que corresponden a la categoría Errores de sintaxis. Sin embargo, se requiere considerar que prácticamente la mitad de los alumnos utilizó términos de manera incorrecta, 33 % realizó su composición utilizando menos de cinco oraciones y cerca del 20 % llevó a cabo un uso repetitivo de un mismo conector (en más de tres ocasiones dentro de una oración, o como conector entre oraciones). Al considerar todo esto, se puede decir que se presentó una cantidad importante de deficiencias de sintaxis en los escritos de los alumnos. Este hallazgo coincide con lo reportado por Rodríguez y Martínez (2018) acerca del uso de conectores discursivos por parte de alumnos mexicanos del último grado de primaria, así como con el análisis de Pérez y Macías (2016) respecto a errores en el uso de preposiciones por parte de estudiantes mexicanos de tercer grado de secundaria.
Los errores hasta aquí señalados, ubicados en muestras de alumnos mexicanos, no coincide con lo reportado por Arias-Gundín
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y García (2008) en la investigación que realizaron con una amplia muestra de estudiantes españoles de 5º y 6º de educación primaria, así como de 1º y 2º de secundaria. Estos autores concluyeron que, en estos niveles educativos, los alumnos mostraron dominio adecuado de aspectos de la escritura como la ortografía y la gramática
Es probable que, como señalan Rodríguez y Martínez (2018), las escuelas mexicanas no estén preparando a los alumnos para un uso correcto de aspectos gramaticales dentro de los enunciados, que permitirían conformar argumentos de manera adecuada. Señalan que, al revisar los programas de estudio vigentes para la educación primaria, se puede ver que los textos argumentativos no se proponen como objetos de enseñanza sistemáticos en ninguno de los seis grados escolares, y que la producción de artículos de opinión está contemplada solo en el programa de educación secundaria. Estos autores sugieren que, dentro de los programas de primaria se incorporen, poco a poco, actividades dirigidas a enseñar a los alumnos el uso de conectores y otros aspectos sintácticos en los textos escritos.
En concordancia con lo anterior y refiriéndose al ámbito escolar latinoamericano, Pertuz (2004) señala que, muy a menudo, los estudiantes de educación básica y media reciben una formación deficiente en habilidades escritoras, porque les son enseñados de forma aislada los elementos que necesitan para escribir (ortografía, gramática, coherencia, cohesión, etc.), y porque las actividades escritoras se presentan en situaciones descontextualizadas.
Otra observación que puede hacerse a partir de los datos de la presente investigación se relaciona con el hecho de haber ubicado ciertas diferencias entre los escritos realizados por los alumnos (textos de tema libre) y los escritos que fueron producto de la corrección de un texto que se les presentó con múltiples errores, para que lo corrigieran. Tales diferencias consistieron, básicamente, en un mayor número de errores de sintaxis durante la corrección del
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texto (textos ajustados), que se sumaron a los múltiples errores de escritura y ortografía.
Este hallazgo necesariamente lleva a la reflexión acerca de que la actividad de revisión y corrección de textos es, probablemente, una de las que menos se realizan en las aulas, aun cuando es una habilidad que requieren desarrollar los alumnos de diversos grados educativos. Granados y Torres (2016) comentan que los estudiantes deben aprender a darse cuenta de sus errores, para que se autocorrijan, escriban con mayor precisión y dependan cada vez menos del adulto. Como bien señalan Rodríguez et al. (2017), las tareas de revisión y corrección de escritos deben llevarse a cabo en distintas formas, incluyendo el trabajo por parejas de alumnos, lo que constituye un excelente recurso didáctico, particularmente en los niveles básicos, porque los escritos de cada alumno serán revisados por él y por alguno de sus compañeros. Sus argumentos son: «En la escuela básica, los textos comúnmente carecen del acompañamiento de un lector auténtico. El enfoque para la enseñanza del español en México, a través de las prácticas sociales del lenguaje (SEP, 2011), propone que los alumnos escriban para lectores que existen (un amigo que vive en otra ciudad, sus papás, … etcétera); sin embargo, los niños construyen sus textos sin la certeza de que serán leídos La retroalimentación a la que están expuestos es, en el mejor de los casos, la del docente de grupo… Se necesitan condiciones didácticas que generen estas funciones en los alumnos» (Rodríguez et al., 2017, pp. 54-55).
En la presente investigación también se realizaron análisis estadísticos para comparar los tipos de error ubicados en los textos de los alumnos de la escuela pública con los de alumnos de la escuela privada, encontrando diferencias significativas en algunos aspectos sintácticos y ortográficos Sin embargo, es importante considerar los hallazgos de Londoño et al. (2016), quienes encontraron un mayor número de errores en las tareas de escritura de los alumnos que producían textos de mayor extensión. En el caso
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de este estudio, un gran número de alumnos de la escuela privada elaboró textos con una extensión menor a cinco oraciones, lo que hizo más probable que los alumnos de escuela pública mostraran más errores en sus textos.
Cabe recordar que los alumnos de este estudio tuvieron la libertad de definir la extensión de sus escritos, y que escribir un texto con cinco oraciones o menos fue considerado un error de tipo sintáctico, pero debe reconocerse que esto fue una limitación. Para futuros estudios sería conveniente incluir en las instrucciones que se den a los participantes, que sus escritos deben contar con un mínimo de diez oraciones, para poder homogeneizar esta variable estudiada. Dado que este dato no es concluyente, es necesario realizar nuevos estudios comparativos que arrojen mayor luz sobre este aspecto.
Por otra parte, aun cuando no fueron planteados como objetivos del presente trabajo, es necesario que investigaciones futuras se enfoquen en otros aspectos de la escritura, que también son de relevancia, y que pueden aportar datos para la enseñanza de esta competencia tan compleja Entre tales aspectos debe incluirse el desarrollo de procesos y habilidades metacognitivas que entran en juego cuando los alumnos utilizan estrategias para la planificación de la escritura -incluyendo la consideración de aspectos estructurales como contenido, coherencia, objetivos de la escritura y posibles lectores de su texto; así como estrategias para la revisión de los mismos aspectos, una vez que han concluido la elaboración del texto, lo que lleva a la autocorrección A estos procesos metacognitivos se les conoce como capacidades autorregulatorias (Ochoa et al., 2010).
Para el estudio de las estrategias utilizadas en el proceso de escritura-revisión-corrección, se hace necesaria la aplicación de cuestionarios que cuenten con indicadores de confiabilidad y validez, para poblaciones específicas de alumnos. Lo ideal será, en investigaciones futuras, establecer relaciones entre variables como las aquí estudiadas y las estrategias metacognitivas.
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
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Para concluir, es importante señalar que los diversos enfoques psicopedagógicos asumen que la adquisición del lenguaje escrito implica un proceso largo y complejo, que abarca gran parte de los años formativos del ser humano, porque el individuo ha de desarrollar habilidades de lectura y escritura en diversos niveles de complejidad. En particular, el aprendizaje de la escritura es un proceso de gran complejidad, y su dominio permite a las personas comunicarse a través de la utilización de signos gráficos que representan los elementos del lenguaje oral. Por ello, implica la coordinación y el uso de diversas habilidades motrices, comunicativas y lingüísticas (Gutiérrez y Navas, 2019). En grados más avanzados, el dominio de la composición escrita involucra múltiples habilidades que han de utilizarse en forma simultánea, por ejemplo, la capacidad de utilizar el vocabulario, la estructura textual y la ortografía (Sotomayor et al., 2017).
Autores como Granados y Torres (2016) mencionan que los errores de escritura pueden estar presentes, tanto en niños que están iniciando este aprendizaje como en niños que no han logrado su dominio, aún después de algunos años. Agregan que, de acuerdo con los planes de estudio mexicanos, se espera que en el tercer grado de primaria los niños hayan consolidado el aprendizaje inicial de la escritura. Lo anterior lleva a concluir que los múltiples errores de escritura de los alumnos que han participado en las diversas evaluaciones aquí citadas indican que una proporción considerable del alumnado de educación básica, aún en secundaria, no domina aspectos básicos de la escritura, ni en aspectos ortográficos, ni en los de escritura y sintaxis.
Referencias
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Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
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Anexo 1. Definición y ejemplificación de los errores que se consideraron dentro de cada una de las tres categorías. Formato diseñado para registrar los tipos de error de cada escrito
Formato de registro para la evaluación de producciones escritas Alumno: Escuela y grado:
Instrucciones para cada dupla de evaluadores. Inicien la lectura de la primera oración. Ubiquen si hay algún error y de qué tipo. Registren el tipo de error, en caso de que lo haya. Procedan del mismo modo para las siguientes oraciones. OJO: Si un tipo de error ya fue registrado, no se vuelve a registrar.
TAREAS
Errores de sintaxis
Errores en el orden de las palabras dentro de las frases y oraciones. Ejemplo: El invierno crudo es. (ORDEN)
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T Texto libre
Ajuste de texto (Reescritura)
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Errores en la conjugación de verbos. (CONJUGACIÓN)
Falta concordancia de género en las oraciones. Ejemplo: La zapatilla debe usarse ajustado. (GÉNERO)
Falta concordancia de número en las oraciones. Ejemplo: Los balones no siempre es redondo. (NÚMERO)
Uso inadecuado de conectores: Ejemplos: “a el”, en lugar de “al”; utilizar “y, y, y”, como conector repetido. Poner “por un lado”, pero no utilizar el conector correspondiente en una segunda oración “por otro lado…”.
(CONECTORES)
Se utilizan términos incorrectos. Ejemplos: punteagudo, fuistes, etc. (TÉRMINOS)
Omisión de palabras. Ejemplo: me gusta… escuela. (OMISIÓN PAL)
La composición tiene menos de cinco oraciones. (EXTENSIÓN)
Las ideas plasmadas no siempre siguen un orden lógico; no hay congruencia semántica entre oraciones. (LÓGICO)
Uso repetitivo de un mismo conector (en más de tres ocasiones dentro de una oración, o como conector entre oraciones). (REPETIDO)
Errores ortográficos
Faltan tildes o diéresis. Ejemplos: Llego mas temprano de lo previsto. Los gueros y los morenos tienen los mismos derechos. (FALTAN)
Sobran tildes o diéresis: Ejemplo: El exámen estuvo muy difícil. Los paragüas nos ayudarán. (SOBRAN)
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No se obedecen reglas ortográficas convencionales. Ejemplos: omisión o adición indebida de la “h”; uso incorrecto de ge, gi /gue-gui/; sustitución de la “m”, cambiando por “n”, antes de la “p” o “b”; uso incorrecto de z, s, c; uso incorrecto de b/v, etc. (REGLAS)
Nota: este error no altera la fonología de la palabra. Por ejemplo, hosico, guevo, abía, javalís. Omisión, adición o sustitución indebida de puntos y comas.
(PUNTUACIÓN)
Errores de escritura
Omisión, adición o sustitución de letras dentro de una palabra.
(OMISIÓN
LET)
Nota: este error altera la fonología de la palabra. Por ejemplo, nutrentes, punteagudo. Sustitución de letra mayúscula por minúscula o viceversa. Ejemplo: Las Zapatillas de la bailarina se ajustan al pie. los zapatos del payaso son grandes y gruesos.
(SUSTITUCIÓN)
Juntar o separar indebidamente las letras que forman palabras. (SEPARAR)
Juntar indebidamente dos o más palabras. (PALABRAS)
Observaciones: ____________________________________________________________________
Registro realizado por (nombres de los dos observadores):
Fecha: _
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
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Para saber más de los/as autores/as…
Carmen Yolanda Guevara Benítez
Doctora en Psicología. Profesora Titular. Docente en Licenciatura, Maestría y Doctorado. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala, con 44 años de antigüedad. Ha publicado más de 60 artículos en revistas especializadas internacionales, seis libros y 15 capítulos. Integrante del Sistema Nacional de Investigadores. Responsable de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Autora de más de 80 ponencias en eventos nacionales e internacionales.
Juan Pablo Rugerio Tapia
Doctor en Psicología. Profesor con docencia Licenciatura y Maestría. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala, con 14 años de antigüedad. Ha publicado 20 artículos en revistas especializadas internacionales. Integrante de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Autor de más de 40 ponencias en eventos nacionales e internacionales.
Ángela Hermosillo García Maestra en Psicología. Profesora Asociada. Docente en Licenciatura. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala, con 39 años de antigüedad. Ha publicado 20 artículos en revistas especializadas internacionales y 7 capítulos. Integrante de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Autora de más de 70 ponencias en eventos nacionales e internacionales.
Berenice Romero Mata Doctora en Psicología. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala. Integrante de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Carmen Yolanda Guevara Benítez; Juan Pablo Rugerio Tapia; Ángela Hermosillo García; Berenice Romero Mata; Karlena Cárdenas Espinoza; Jorge Guerra García; Claudia Flores Rubí Páginas/ Pages 1-30
Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Ha participado en labores de investigación, en la publicación de artículos y en ponencia dentro de eventos académicos.
Karlena Cárdenas Espinoza
Doctora en Psicología. Profesora con docencia en Licenciatura. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala, con 6 años de antigüedad. Ha publicado 6 artículos en revistas especializadas internacionales, un libro y dos capítulos. Integrante de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Autora de 24 ponencias en eventos nacionales e internacionales.
Jorge Guerra García
Doctor en Psicología. Profesor Titular. Docente en Licenciatura. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala, con 34 años de antigüedad. Ha publicado 14 artículos en revistas especializadas internacionales y tres capítulos. Autor de más de 50 ponencias en eventos nacionales e internacionales. Responsable de Proyectos de Investigación de la UNAM: Programa de Apoyo a los Profesores de Carrera para la formación de Grupos de Investigación (PAPCA); Programa de Apoyo a Proyectos Institucionales para el Mejoramiento de la Enseñanza (PAPIME).
Claudia Flores Rubí Maestra en Psicología. Profesora con docencia en Licenciatura. Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Estudios Superiores Iztacala. Ha publicado artículos en revistas especializadas internacionales. Integrante de la línea de investigación Factores asociados al desempeño académico de la Unidad de Investigación Interdisciplinaria en Ciencias de la Salud y la Educación. Autora de ponencias en eventos nacionales e internacionales.
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
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Como citar este artículo… Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 130.
DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Guevara Benítez, Carmen Yolanda; Rugerio Tapia, Juan Pablo; Hermosillo García, Ángela; Romero Mata, Berenice; Cárdenas Espinoza, Karlena; Guerra García, Jorge; Flores Rubí, Claudia (2022). Análisis de producciones escritas por una muestra de estudiantes mexicanos de Primer Grado de Secundaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 1-30 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22441
Albano García Sánchez
Páginas/ Pages 31-50
EL PROYECTO DE INNOVACIÓN DOCENTE INTERCREAMUS. PRÁCTICAS DE EXPRESIÓN MUSICAL COLECTIVA EN LA MENCIÓN DE MÚSICA DEL GRADO DE EDUCACIÓN PRIMARIA
THE EDUCATIONAL INNOVATION PROJECT INTERCREAMUS. COLLECTIVE MUSICAL EXPRESSION PRACTICES IN THE MUSIC MENTION OF THE PRIMARY EDUCATION DEGREE
Albano García Sánchez
Universidad de Córdoba (España)E-mail: agsanchez@uco.es
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2783-2360
Recibido: 12/11/2021 Aceptado: 13/12/2021 Publicado: 07/07/2022
RESUMEN
El objetivo del presente artículo es mostrar el material resultante –entendido no como objeto estético sino como la muestra de los consensos alcanzados por el alumnado– de una experiencia grupal de aula vinculada a prácticas guiadas con el fin de evidenciar la puesta en marcha de propuestas de expresión musical colectiva de tipo creativo. Este proyecto se circunscribe a lo que Burnard (2012a) define como propuestas de responsabilidad compartida para la búsqueda de respuestas a partir de la creación de situaciones de reflexión conjunta. La actividad consistió en la transformación a nivel formal, rítmico y armónico de un material melódico preexistente, debiendo tener en cuenta durante el proceso una serie de técnicas compositivas sencillas junto con algunas estrategias de concertación musical. La experiencia tuvo lugar durante el curso 2020/2021, en la asignatura optativa Expresión Musical Colectiva. Métodos de Intervención Educativa de la Mención en Música del Grado de Educación Primaria de la Universidad de Córdoba (España), en el marco del proyecto de interpretación y creación musical colaborativo denominado InterCreaMUS.
García Sánchez, Albano (2022). El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 31-50. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22616
Palabras clave: Educación Superior; Expresión musical; Grado en Maestro de Educación Primaria; Mención en Música; Proyecto de Innovación Educativa
ABSTRACT
The aim of this article is to show the resulting material – understood not as an aesthetic object but as a sample of the consensus reached by the students – of a classroom group experience linked to guided practices in order to demonstrate the implementation of proposals for collective musical expression of a creative type. This project falls within the scope of what Burnard (2012a) defines as proposals of shared responsibility for the search for answers based on the creation of situations of joint reflection. The activity consisted of transforming pre-existing melodic material on a formal, rhythmic, and harmonic level, considering, during the process, a series of simple compositional techniques together with some musical concertation strategies. The experience took place during the 2020/2021 academic year, in the optional subject Collective Musical Expression. Methods of Educational Intervention of the Music Mention of the Primary Education Degree of the University of Cordoba (Spain), within the framework of the collaborativemusical performance and creation project InterCreaMUS.
Keywords
Degree in Primary Education Teacher; Educational Innovation Project; Higher Education; Mention in Music; Musical expression
Introducción
Actualmente vivimos en una época en la que se están experimentando innumerables y profundos cambios a todos los niveles. En este nuevo contexto, la educación musical en las enseñanzas regladas, al igual que la educación general, debe perseguir hacer frente a todos los desafíos que esta situación provoca. Esta circunstancia obliga a tener que adecuar su sentido teleológico, no solo explorando nuevos métodos de enseñanza aprendizaje sino también repensando cuáles han de ser sus metas. No se puede obviar que tanto el avance imparable de las nuevas tecnologías como la transformación de los medios de comunicación de masas están influyendo decisivamente en las formas de creación,
García Sánchez, Albano (2022). El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 31-50. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22616
interpretación, recepción y distribución de la música, realidad que debiera alejarnos de las prácticas mecanicistas herederas de los sistemas tradicionales aún presentes en algunos conservatorios y universidades occidentales, como son el aprendizaje de habilidades –técnico-performativo o lecto-escritura musical– y el memorístico –teoría musical y hechos históricos–, entendidos ambos como fines en sí mismos. En pleno siglo XXI, el objetivo, derivado de una concepción “estética” de la música, de formar al alumnado para que desarrolle la capacidad de “apreciar” adecuadamente este arte es fútil, incluso si se aplica a aquellas músicas que son más de su agrado, como las músicas populares urbanas, pues provoca que sientan la asignatura como algo de lo que se puede prescindir (Green, 1988). Es por ello que se debe dar paso a nuevas propuestas que centren el foco de interés en la “expresión” de forma que la disciplina resulte lo suficientemente transcendente como para “marcar la diferencia” (Regelski, 2009).
En este marco, a través del proyecto InterCreaMUS lo que se pretende es promover una práctica (re)creativa1 y participativa de tipo colaborativo (Burnard, 2012a; Vass, 2019), gracias a la cual el alumnado, partiendo de cierto grado de autonomía, consiga activar su pensamiento musical (Aróstegui, 2012). Esta propuesta se fundamenta en el concepto de musicking de Small2 Este autor entiende que la naturaleza musical “no reside en los objetos, ni en las obras musicales en absoluto, sino en la acción, en lo que hace la gente” (1998, p. 8). Esta filosofía praxial de la música está también presente en Elliot al definir musicing como una forma de actividad intencional (1997), por lo que el fin de la educación musical en las enseñanzas regladas ha de ser el desarrollo de la “musicalidad”3 De esta forma, según Elliot, el alumnado extenderá el alcance de sus poderes expresivos; se le aportará valores de vida, como la felicidad, la salud, la diversión, el auto-crecimiento, el autoconocimiento, la libertad, el compañerismo y la autoestima, entre otros; podrá enriquecer los modos de conferir formas artísticoculturales a sus pensamientos, conocimientos, creencias y sentimientos; establecerá, definirá, delineará y preservará su sentido de comunidad e identidad dentro del grupo social; se le ofrecerá una forma multidimensional de pensamiento artístico y, por último, se le
García Sánchez, Albano (2022). El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 31-50. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22616
Albano García Sánchez Páginas/
ayudará a poner en práctica una forma importante de educación intercultural (Ibidem). Si la educación reglada ha de perseguir el desarrollo de aquellas habilidades que realmente le puedan servir a lo largo de la vida, “la música aporta a la educación una experiencia cualitativa particular que combina la expresión del sonido de origen humano con la relevancia social y comunicativa” (Lines, 2009, p. 13).
Asimismo, la práctica musical, entendida como cultura de aprendizaje, provoca o mediatiza la creatividad (Burnard, 2012a)4 , siempre y cuando ésta sea de tipo exploratorio –no mecanicista– y se ponga en funcionamiento la interacción entre el pensamiento convergente –experiencia musical previa– y el divergente –imaginación para la generación de nuevas ideas musicales–(Aróstegui, 2012). La creatividad musical, además, si es colaborativa, es decir, si genera “comunidades de práctica” (Burnard, 2013), no solo sirve de herramienta para la socialización y la inclusión, sino que provoca que el aprendizaje sea más sensible y efectivo (Sawyer, 2008; Lapidaky, De Groot y Stagkos, 2012) En esta línea, Burnard y Haddon (2015) argumentan que la creatividad colectiva se pone en funcionamiento cuando existe un sistema compartido de convenciones creativas, es decir, si los conocimientos y las habilidades están mediados colectivamente y motivados de manera comunitaria, lo que convierte el proceso en una práctica sociomusical (Regelski, 2020) de enriquecimiento tanto personal como musical a través de la crítica y la retroalimentación En definitiva, el alumnado es mucho más creativo y productivo cuando asume un rol activo y tiene la oportunidad de proponer y discutir con otros compañeros, de igual a igual, las propuestas de transformación musical durante los procesos de exploración sonora.
Por lo tanto, a partir de la descripción de una experiencia de aula vinculada a prácticas guiadas de (re)creación musical de tipo colaborativo, el objetivo que se persigue en este artículo es evidenciar los productos resultantes, en tanto que “textos” musicales, que el alumnado fue diseñando de manera consensuada durante el proceso de transformación, a nivel formal, rítmico y armónico, de un material melódico preexistente seleccionado a partir de sus propios recorridos musicales, teniendo en cuenta para ello
García Sánchez, Albano (2022). El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 31-50. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22616
una serie de pautas establecidas previamente por el docente. El fin es apreciar hasta qué punto han conseguido presentar propuestas de expresión musical de tipo creativo
Método
Este estudio, que nace a partir de una experiencia de aula en la educación superior, está planteado desde un enfoque exploratorio (Yin, 1984) donde se ha utilizado, dentro del paradigma cualitativo, el método de estudio de caso (Stake, 1998). A través del proyecto de interpretación y creación musical colaborativo denominado InterCreaMUS5 , la acción fue implementada durante el primer cuatrimestre del curso 2020/2021 en la asignatura optativa Expresión Musical Colectiva. Métodos de Intervención Educativa, de 6 créditos ECTS, una de las cuatro que han de cursar los futuros maestros en el 4º curso para la obtención de la Mención en Música del Grado de Educación Primaria en la Facultad de Ciencias de la Universidad de Córdoba. En esta ocasión se pudo contar con la participación de las diecisiete personas matriculadas en la asignatura, cuatro de las cuales cursaban otras menciones. Por ello, el grupo, aunque era homogéneo en cuanto a género y edad, se diferenciaba sustancialmente por su formación musical, dándose el caso desde alumnos con estudios de conservatorio equivalentes al Grado Superior de Música hasta otros que únicamente habían cursado la asignatura de Música en Primaria y Secundaria
La propuesta consistió en la elaboración por parte del alumnado, organizado en grupos de dos o tres personas, de una serie de arreglos musicales a partir del conocimiento de algunos procedimientos compositivos básicos de las músicas ágrafas, de la exploración de las posibilidades sonoras de los instrumentos escolares, del cuerpo y de la voz, así como del dominio de algunas estrategias de concertación musical. El fin era que el material pedagógico resultante pudiera servir como recurso para la implementación de prácticas musicales en Educación Primaria. La acción educativa se estructuró en una fase de selección del material melódico; otra de exploración sonora y transformación formal, rítmica y armónica; y una última de montaje y grabación. El producto
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final fue grabado, editado y albergado en un canal de YouTube creado ad hoc6 .
El punto de partida fue la selección individual por parte del estudiantado de un material melódico preexistente, pudiendo tener en cuenta para ello sus recorridos musicales7. Este material debía ir acompañado de un texto que transmitiera un mensaje positivo Así mismo se debía atender a una serie de aspectos estéticos, que les apeteciera interpretar y que creyeran que les pudiera resultar sugerente al alumnado de Primaria; pedagógicos, que transmitiera valores positivos y se memorizara fácilmente; y, por último, pedagógico-musicales, que fuera cantable8 y que se pudiera adaptar a las capacidades vocales de los niños9 . Tras la presentación y defensa en clase ante el resto de los compañeros de las diecisiete propuestas, finalmente se seleccionaron democráticamente seis, una por cada uno de los grupos que se configuraron, con el fin de generar un sistema compartido de ideas musicales en base a sus afinidades.
A partir de este material se puso en marcha un proceso de transformación colaborativa estructurado en tres fases. Una primera de exploración no mecanicista de las posibilidades sonoras y dificultades técnicas de los distintos instrumentos de los que se disponía en el aula con el fin de activar el pensamiento musical, tanto convergente como divergente, posibilitando con ello la generación de ideas y toma de decisiones compartidas y diluyendo, por tanto, las fronteras entre creación e interpretación
La segunda, de transformación que, para facilitar el proceso creativo, fue a su vez llevada a cabo a tres niveles: formal10 , rítmico y armónico, identificando cada uno de estos planos sonoros con una serie de instrumentos en función de sus cualidades. Algunos consejos básicos previos que debían tener en cuenta al comenzar esta fase fueron que la propuesta resultara gratificante y de interés, que no confundieran técnica o lectoescritura con expresión y que les resultase fácil de aprender y de recordar. Asimismo, durante todo el proceso existió, sin ser prescriptivo, cierto grado de determinación por parte del docente. Se les fue presentado una serie de reglas o procedimientos básicos de concertación musical, como aspectos relativos al equilibrio sonoro, la superposición de planos o el
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empaste, y se les acercó al uso de técnicas compositivas sencillas, tales como ostinatos rítmicos, polirritmias, bordones, patrones armónicos y diseños motívicos
La tercera, y última fase, fue la de montaje y grabación. Se organizó en una primera parte de estudio individual y una segunda de ensayo conjunto. Al igual que en la fase anterior, se pretendió que esta fuese inclusiva, por lo que para su aprendizaje se hizo un reparto de las distintas partes de las propuestas atendiendo a la formación musical y experiencia de cada uno de ellos. Además, dado el número de canciones y el exiguo tiempo con el que se contó se posibilitó que algunas partes pudieran ser interpretadas por “artistas invitados”11 .
Los productos finales de las propuestas guiadas de (re)creación musical elaborados de manera consensuada entre los miembros de cada uno de los grupos tras el proceso de exploración y transformación colectiva fueron reflejados en un pentagrama a través del uso de un editor de partituras online. Todo el material resultante fue subido por el alumnado a una carpeta compartida en Google Drive en los formatos PDF y MIDI y organizado de la siguiente manera: la partitura y el audio general junto con una carpeta con la parte de la melodía y el texto, otra con la del ritmo y una última con la de la armonía. Con relación a estos documentos, resulta pertinente aclarar que ni las partituras generales ni las partichelas serán entendidas en el epígrafe de los resultados como productos definitivos e inamovibles, como si de objetos estéticos se tratase, sino como la evidencia de los consensos alcanzados entre los miembros de cada uno de los grupos durante la toma de decisiones No se puede olvidar que lo fundamental es el propio acto de interpretar en tanto que la música es entendida como una experiencia artística temporal y mutable, momento musical donde debe existir un amplio espacio para la improvisación.
Resultados
A continuación, se presentan los productos creados por el alumnado de manera colectiva durante los niveles formal, rítmico y
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armónico de la fase de transformación a partir de las indicaciones planteadas por el docente.
Como ya se ha reflejado, para la elección del material melódico preexistente se debía tener en cuenta que el texto transmitiera un mensaje positivo y que, al mismo tiempo, cumpliera una serie de criterios de tipo estético, pedagógico y pedagógicomusical. Finalmente seleccionaron, tomado prestado de las músicas populares urbanas que habitualmente consumen y con las que se sienten identificados al formar parte de su proceso de enculturación, el siguiente repertorio: Eso que tú me das de Jarabe de Palo, Díselo a la vida de Rafa Romera, La puerta violeta de Rozalén, La rosa de los vientos deMägo de Oz, Bohemian Rhapsody de Queen y Qué bonito es querer de Manuel Carrasco.
En cuanto al texto, todas cumplían con la condición de transmitir un mensaje edificante: Qué bonito es querer sobre la amistad, La puerta violeta sobre la violencia de género, Díselo a la vida sobre la necesidad de vivir la vida intensamente y sin complejos, La Rosa de los Vientos sobre la importancia de tener una actitud positiva ante la vida y Eso que tú me das sobre el valor de dar las gracias a quienes están cerca en los momentos más difíciles. En cuanto al texto de Bohemian Rhapsody, aunque no se modificó el sentido de su mensaje, pues habla de la importancia de sentirse libre, sí que se decidió realizar una serie de modificaciones dada la dificultad para que los niños pudieran comprender el sentido metafórico de algunos versos12:
Just killed [helped] aman Put a gun against his head, pulled my trigger, Now he's dead [I showed him the right path, he was persecuted, now he´s alive] Mamaaa, life had just begun [Mum, a new life might have]
But now I've gone and thrown it all away [he´s gone and everything may have changed]
Didn't mean tomake you cry [doubt].
Todas las propuestas se adecuaron a las pautas estéticas, pedagógicas y pedagógico-musicales preestablecidas salvo La rosa de los vientos, cuyo ámbito sobrepasaba lo permitido, circunstancia
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que condicionó que hubiera que repartir entre los hombres y las mujeres algunas frases de la canción. Si embargo, la mayor dificultad para el estudiantado fue tener que transportar las melodías a alguna tonalidad con pocas alteraciones para poder ser acompañadas con los instrumentos de placas. Esto sucedió en Qué bonito es querer, Bohemian Rhapsody y La puerta violeta Al estar las versiones tomadas como modelo en las tonalidades de siM, sibM y laM respectivamente, tuvieron que transportarlas a doM para no salirse del registro vocal pautado previamente.
A partir de la adecuación del material melódico seleccionado, durante el primer nivel de la fase de transformación cada grupo debía diseñar una estructura formal que se adaptase a la duración de dos minutos aproximadamente y que como mínimo contara con las siguientes secciones: introducción, estrofa/s, estribillo y coda. Esta circunstancia en unos casos les obligó a tener que tomar la decisión de eliminar o transformar algunas de las partes del repertorio seleccionado y en otros a crear nuevas. En Eso que tú me das se mantuvo la introducción, aunque modificada brevemente, junto con las dos primeras estrofas y el estribillo; en Qué bonito es querer también se dejó la introducción junto con la primera estrofa, el preestribillo, el estribillo y la coda, aunque esta última con modificaciones; en La puerta violeta se transformó la introducción y la coda y se eliminó la segunda estrofa; en Díselo a la vida se eliminó el interludio, la tercera estrofa y la repetición final del estribillo; en La rosa de los vientos se prescindió de todo a partir de la primera aparición del estribillo; por último, de Bohemian Rhapsody solo se dejó la introducción y la primera parte de la balada.


Figura 1 Parlato creado para para la introducción y la coda de la canción La Puerta Violeta (Fuente: elaborado por el alumnado)
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Más allá de esta reorganización formal, dado que tanto la melodía de la estrofa como la del estribillo fueron tomadas de manera literal, el aspecto más novedoso se observó en el diseño de la introducción y la coda, aunque solo en algunos casos. Para su elaboración el alumnado debía atender a cierta lógica y coherencia formal, persiguiendo la existencia de parentesco con el material preexistente a través del uso de alguno de los diseños motívicos más significativos tomados prestados de la estrofa o el estribillo Asimismo, para la introducción debía tener en cuenta cual es su función principal, a saber, presentar la tonalidad, el tempo y el compás de la canción. Por su parte, la coda debe ayudar a reforzar la sensación de final.
Si bien en todos los casos se partió de lo ya propuesto en las versiones originales y en la mayoría se mantuvo prácticamente sin cambios, en algunos se propusieron pequeñas modificaciones que afectaron a la introducción en un sentido tímbrico, armónico o rítmico, según el caso. Por ejemplo, en La puerta violeta, además de ampliarse el número de compases al doble, el ritmo propuesto por la guitarra en la versión original fue transformado en un parlato (véase figura 1) También se amplió al doble el número de compases de la introducción de Eso que tú me das, además de modificarse el diseño rítmico-armónico que es interpretado por el instrumento de cuerda pulsada en la versión original. Por último, en Qué bonito es querer, a diferencia del original, se eliminó la percusión y se desplegó la melodía sobre los acordes de tónica, supertónica y dominante (véase figura 2).
Figura 2. Introducción para la canción Qué bonito es querer. (Fuente: elaborado por el alumnado).
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Una vez planificada la estructura formal se comenzó a trabajar en el acompañamiento rítmico, aspecto especialmente importante porque contribuye sustancialmente a atribuir variedad y generar riqueza e interés, consiguiendo así evitar la monotonía; propiciar la sensación cadencial, reforzando el aspecto formal; y establecer el carácter general. Para su diseño, el alumnado debía manejar dos procedimientos compositivos básicos: el ostinato y la polirritmia. Asimismo, atendiendo a aspectos de concertación, era fundamental que uno de los ostinatos pudiera reconocerse como patrón rítmico generador o ritmo motor, siendo el responsable de aportar la información del tempo y del compás. Finalmente, para la generación de polirritmias se debía superponer varios ostinatos rítmicos (véase, a modo de ejemplo, la figura 3), los cuales habrían de ser asignados a instrumentos con timbres diferentes para permitir su discriminación
Figura 3 Ritmo motor y polirritmias diseñadas para la estrofa y el estribillo de la canción Eso que tú me das (Fuente: elaborado por el alumnado)


El último nivel de la fase de transformación se centró en el plano armónico. Al igual que el ritmo, la armonía tiene como función acompañar a la melodía, ejerciendo de soporte y complemento y ayudando a producir un movimiento coherente –ritmo armónico adecuado–, pues un exceso de acordes puede desequilibrar el conjunto. Con un sentido unificador, el alumnado debía diseñar un motivo armónico a partir de una secuencia simplificada en el aspecto rítmico y despojada de sentido melódico para que se fuera repitiendo durante toda la sección (véase la figura 4).
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Figura 4 Motivo armónico diseñado para ser interpretado por el metalófono alto en las estrofas de la canción Eso que tú me das. (Fuente: elaborado por el alumnado)
Asimismo, se debía tener en cuenta las posibilidades sonoras y técnicas del instrumento o grupo de instrumentos que se fueran a utilizar para el acompañamiento armónico, siendo unos de ellos los de láminas: xilófonos, metalófonos y/o carillones El hecho de tener que hacer uso obligatoriamente de estos instrumentos les exigió tener que pensar en como repartir la armonía entre las dos voces (véase, a modo de ejemplo, la figura 5), por lo que tuvieron que atender tanto a su registro como a aspectos relativos a la física del sonido.
Figura 5. Motivo armónico diseñado para ser interpretado sobre los acordes I, VI, IV, I por los xilófonos bajo y alto en las estrofas de la canción Qué bonito es querer. (Fuente: elaborado por el alumnado).


Como los acompañamientos debían resultar fáciles de aprender y de memorizar, entre las pautas también estaba la necesidad de utilizar acordes triada y la de priorizar que estos se presentaran en su estado fundamental, salvo en los casos que por cuestiones idiomáticas del instrumento o de fluidez tuviera más sentido que se dispusiera en otro orden. Todos los grupos se movieron entre la presentación de acordes estáticos por compás o con un diseño sencillo salvo los responsables de armonizar la melodía de La puerta violeta que optaron para las estrofas por el diseño de un acompañamiento armónico a partir de acordes desplegados (véase la figura 6)
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Figura 6. Acompañamiento armónico para ser interpretado por el xilófono alto en las estrofas de la canción La puerta violeta (Fuente: elaborado por el alumnado).

Discusión
Durante la implementación del proyecto de innovación educativa InterCreaMUS se persiguió mantener la implicación del alumnado a partir de la búsqueda de formas de aprendizaje interactivas, creativas e innovadoras (Dede, 2007). Gracias a la práctica colaborativa (Burnard, 2012a) y la articulación de estrategias de responsabilidad compartida (Lapidaky, De Groot y Stagkos, 2012) se les facilitó acercarse al conocimiento desde la exploración, el descubrimiento y la reflexión. Para ello fue necesaria la disolución de los roles tradicionales de docentes y estudiantes (Minors et al., 2017), convirtiéndose el primero en guía y asesor (Perrenoud, 2012) y el segundo en el verdadero responsable de su proceso de aprendizaje, rompiendo con lo establecido desde una perspectiva tanto estructural, como relacional y personal (Acaso y Manzanera, 2015), potenciando con ello la colaboración y estimulando el interés por aprender (Jeffrey y Woods, 2009; Contreras, 2013)
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Resulta significativo que prácticamente todo el material melódico preexistente seleccionado previamente –dieciséis de las diecisiete propuestas– fuese tomado prestado de las músicas populares urbanas. Más allá de las razones que les llevó a seleccionar este repertorio, es pertinente subrayar lo importante que fue para el alumnado participar en experiencias musicales prácticas de tipo creativo donde se tuvieron en cuenta sus gustos, intereses y capacidades, tanto para la selección del repertorio como para su transformación e interpretación. El hecho de partir de las músicas que habitualmente consumen y con las que se sienten identificados, al formar parte de su proceso de enculturación, provocó un aumento exponencial de su implicación en el proceso formativo al sentirlo como propio (Rusinek, 2005; Wiggins y Espeland, 2012), lo que conllevó una mayor implicación, facilitando con ello la superación de todas aquellas dificultades que se fueron encontrando durante todo el proceso. Esto pudo observarse especialmente durante las tres sesiones prácticas de una hora en las que se llevó a cabo la grabación de todo el repertorio al ser el propio alumnado quien sugiriera la necesidad de ampliar su duración con el ánimo de que el resultado de las propuestas creadas por sus compañeros fuera óptimo. Este aumento del compromiso ya ha sido constatado en otras investigaciones sobre propuestas de creación musical colectiva (Ocaña, Montes y Reyes, 2020).
Asimismo, el establecimiento durante la fase de transformación de espacios de confianza bidireccional entre el alumno y el profesor así como la puesta en marcha entre el propio estudiantado de mecanismos de participación y negociación para la búsqueda de soluciones compartidas potenció una pedagogía dialogante, lo que viene a demostrar la importancia de las artes, en este caso la música, como herramientas transformadoras, hecho fundamental para la construcción de una ciudadanía democrática (Aróstegui, 2012) En esta ocasión el alumnado puso en marcha un complejo proceso de negociación de ideas y toma de decisiones que, según Beineke, contribuye a la construcción de un sistema compartido de ideas que sostiene el aprendizaje creativo (2017), aunque, sin embargo, cabe reseñar que el hecho de que el material melódico fuera tomado prestado de músicas que conocían
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perfectamente condicionó el desarrollo de la creatividad, especialmente durante el proceso de transformación formal y armónico, manteniéndose sus propuestas prácticamente sin cambios significativos.
Conclusiones
Extraídas a partir de la observación participante del docente resulta pertinente añadir cuatro reflexiones en torno a las dificultades a las que se enfrentó el alumnado durante el proceso La primera, que la complejidad o no de los resultados obtenidos se vio fuertemente condicionada por cuestiones como la formación o experiencia musical previa del alumnado. La segunda, que fue complicado que cada uno de los grupos alcanzara en sus productos un equilibrio entre la búsqueda de un fin artístico, acorde a su nivel técnico e intereses, y uno pedagógico, que también pudiera ser interpretado por alumnos de la etapa de Educación Primaria. La tercera, que existieron serios problemas a la hora de tener que reflejar fielmente en la partitura general lo que previamente habían acordado. La cuarta, y última, que fue arduo establecer los límites entre determinación y autodeterminación, pues un control absoluto cercena la creatividad y una libertad excesiva puede conllevar “incapacidad para desarrollar tus propias ideas” (Craft, Cremin y Burnard, 2008). No olvidemos que, según Tafuri, el potencial creativo se maximiza en tareas que incluyen delimitaciones (2006).
En cualquier caso, los resultados que se observan a partir de estos materiales evidencian hasta que punto gracias a este proyecto de innovación se ha conseguido ayudar al alumnado de la asignatura Expresión Musical Colectiva. Métodos de Intervención Educativa a desprenderse de un aprendizaje puramente técnico y memorístico, que solo le hubiese permitido aprenderse un repertorio concreto, y lo habilite profesionalmente para la puesta en marcha de propuestas de expresión musical colectiva de tipo creativo. Nueva forma de aprendizaje en el ámbito de la educación musical que ponen el foco en los procesos de creación compartida para el desarrollo de la creatividad, la cual debe ser considerada, junto a la
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tecnología, como la verdadera disrupción del siglo XXI (Hedberg y Freebody, 2007).
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Albano García Sánchez
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García Sánchez, Albano (2022). El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 31-50. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22616
Albano García Sánchez
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Para saber más sobre el autor…
Albano García Sánchez
Doctor en Ciencias e Historia de la Música por la Universidad de Oviedo y Maestro, especialidad de Educación Musical. Actualmente ejerce como profesor Ayudante Doctor en el Área de Didáctica de la Expresión Musical del Departamento de Educación Artística y Corporal de la Universidad de Córdoba. A lo largo de su carrera profesional ha participado en numerosos congresos y simposios nacionales e internacionales y ha publicado diversos artículos, tanto en el ámbito de la Musicología, profundizando sobre la significación del jesuita Nemesio Otaño en relación con la implantación en España del Motu Proprio y el Franquismo, como en el de la Educación Musical, presentando experiencias de expresión sonora a través del cuento musicado.
Como citar este artículo… García Sánchez, Albano (2022) Prácticas de Expresión Musical colectiva en la Mención de Música del Grado de Educación Primaria El proyecto de innovación docente INTERCREAMUS. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 31-50
DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20 22616
1 El concepto “(re)creación” pretende identificar “composición” e “interpretación” como si de dos realidades de un mismo proceso se tratase.
2 Para Small “musicar” significa participar de cualquier forma en una actuación musical, no solo como intérprete sino también como oyente o responsable de cualquier otra acción que esté relacionada (1997)
3 Elliot entiende “musicalidad” como una sólida forma multidimensional de conocimiento que tanto intérpretes como oyentes comparten.
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4 En las últimas dos décadas ha habido en el ámbito de la educación musical un especial interés por el tema de la creatividad (Craft, 2005; Tafuri, 2006; Díaz y Riaño, 2007; Craft, Cremin y Burnard, 2008; Burnard, 2012; Odena y Welch, 2012; Burnard y Haddon, 2015; Burnard y Murphy, 2019; Odena, 2020).
5 InterCreaMUS es un proyecto de innovación educativa creado en 2019 que está basado en la interpretación y creación musical de repertorio para el aula de Primaria, y que a su vez forma parte de un macroproyecto internacional, multidisciplinar y multilingüe titulado La TV online como escenario de aprendizaje compartido entre la universidad y los centros educativos encabezado por la Universidad de Oviedo. Su objetivo principal es servir de soporte para la difusión de los productos audiovisuales resultantes de la interacción entre el alumnado de las facultades de educación y el de los centros educativos creando para ello el canal de tv online DIDACTICTAC TV 6 https://www.youtube.com/channel/UChN2dKhLajO40jRJNdd6k7A
7 Sobre el uso de las músicas populares urbanas en las enseñanzas obligatorias puede consultarse (Flores, 2008; Biamonte, 2010; Green, 2018; Green, 2019).
8 Se entiende que es “cantable” cuando los sonidos no son ni muy largos ni muy breves, la melodía es ondulada y se mueve por grados conjuntos o saltos interválicos sencillos, la escala es natural y está adherida a la tonalidad, no existen cambios bruscos de articulación, se hace un uso cuidadoso de la disonancia y no se producen modulaciones extrañas.
9 El ámbito melódico no debe superar, en el mejor de los casos, una 11ª y el registro debe mantenerse entre La2 y Re4, atendiendo al sistema franco-belga donde La3 es igual a 440 Hz.
10 La organización de las melodías en secciones claramente delimitadas facilita la comprensión, lo que ayuda a que resulte más fácil el proceso de aprendizaje durante la fase montaje
11 Los “artistas invitados” fueron aquellos compañeros de clase que, dada su formación musical, se responsabilizaron de la interpretación individual de algunas de las partes de las canciones agilizando con ello la fase de montaje.
12
Al lado del texto original modificado, que aparece en cursiva, se ha añadido entre corchetes la modificación propuesta por el alumnado
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Nora Ramos Vallecillo
EL DESARROLLO SENSORIAL EN LA ETAPA DE INFANTIL A TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN ARTÍSTICA
SENSORY DEVELOPMENT IN THE INFANT STAGE THROUGH ART EDUCATION
Nora Ramos Vallecillo Universidad de Zaragoza (España)
E-mail: noramos@unizar.es
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4524-7459
Recibido: 03/11/2021
Aceptado: 21/12/2021
Publicado: 07/07/2022
RESUMEN
Este artículo es un estudio teórico que recopila estrategias y orientaciones para el desarrollo sensorial en las aulas de Educación Infantil por medio de la Educación Artística. Se ha utilizado una investigación documental para destacar la relevancia de la educación sensorial, exponer las metodologías más afines para su puesta en práctica en un aula de Educación Infantil, destacar las aportaciones de la educación artística en esta etapa de desarrollo y presentar las estrategias a tener en cuenta para el diseño de actividades artísticas. Como conclusión podemos destacar que por medio de la actividad artística los niños y las niñas logran un desarrollo sensorial correcto, gracias a la estimulación de su capacidad perceptiva, manipulativa y creativa, mejorando su atención, observación y percepción y adquiriendo una sensibilización hacia el hecho artístico.
Palabras clave: actividad sensorial; aprendizaje; desarrollo cognitivo; Educación Artística; Educación Infantil
ABSTRACT
This article is a theoretical study that compiles strategies and guidelines for sensory development in early Childhood Education classrooms through Art
Ramos Vallecillo, Nora (2022). El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 51-72. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22531
Education. Documentary research has been used to highlight the relevance of sensory education, to present the most appropriate methodologies for its implementation in an Early Childhood Education classroom, to highlight the contributions of Art Education at this stage of development, and to present the strategies to be considered for the design of artistic activities. In conclusion, we can highlight that through artistic activity children achieve a correct sensory development, thanks to the stimulation of their perceptive, manipulative, and creative capacity, improving their attention, observation, and perception, and acquiring an awareness of the artistic fact.
Keywords:
Art education; cognitive development; early childhood education; learning; cognitive development; Early Childhood Education; sensory activity
Introducción
Actualmente los niños y las niñas pasan mucho más tiempo delante de las pantallas que disfrutando de la actividad al aire libre. Como consecuencia de esta realidad cada vez se practican menos actividades que conlleven una experimentación de sensaciones. Todas las acciones derivadas del uso natural de los sentidos implican que niños y niñas participen de manera activa en el proceso de aprendizaje. Los estímulos de interacción que experimentan con el medio es lo que fomenta su interés hacia lo que les rodea. Necesitan desafíos para la adquisición de nuevas habilidades que deriven en la integración sensorial de su sistema nervioso.
Uno de los motores que rige el aprendizaje en la etapa de Educación Infantil es el descubrimiento. Niños y niñas perciben su entorno por medio de los sentidos. Las actividades que desarrollan los sentidos deben ser incluidos en el proceso didáctico de los primeros años de vida. Esto supone que en su primera etapa académica se incorpore un material didáctico específico que fomente el desarrollo sensorial.
Es importante que socialmente se otorgue importancia a sentar unas bases sensomotoras que garanticen el incremento de las destrezas académicas e intelectuales. La estimulación sensorial durante la primera infancia fomenta las conexiones neuronales ya que se encuentran en un momento donde su aprendizaje es rápido.
Ramos Vallecillo, Nora (2022). El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 51-72. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22531
Gracias a una correcta adhesión sensorial niños y niñas mejoran su aprendizaje y comportamiento y, por tanto, su calidad de vida.
Las tareas generales que se desarrollan desde la Educación Artística están encaminadas a desarrollar la creatividad del alumnado, así como a fomentar la estimulación sensorial y el aprendizaje por descubrimiento.
Este estudio pretende recopilar estrategias y orientaciones para el desarrollo sensorial en las aulas de Educación Infantil por medio de la Educación Artística.
Con el propósito de conseguir este objetivo general se desarrollan los siguientes objetivos específicos:
- Conocer la influencia de la educación sensorial en las primeras etapas formativas.
- Plantear las metodologías didácticas afines al proceso de integración sensorial en el aula.
- Describir las funciones de la educación plástica en la etapa de Educación Infantil.
- Proponer actividades para potenciar el desarrollo sensorial por medio de la Educación Plástica y Visual.
Método
Para el presente estudio se ha utilizado una investigación documental (Cázares, et al. 1990). Se ha realizado un proceso sistemático de indagación, recolección, análisis e interpretación de información en torno al desarrollo sensorial y la educación artística (Alfonzo, 1994). Mediante su análisis crítico, se pretende elaborar una guía que los y las profesionales de la Educación Infantil puedan utilizar para el planteamiento de actividades artísticas en el aula.
Además, mediante la información recopilada de distintos autores y autoras especialistas en la materia, se quiere informar a los y las profesionales del campo de la Educación Infantil de la relevancia que tienen la estimulación sensorial como base para un futuro proceso de aprendizaje.
La recogida de información se ha realizado por medio de la revisión de fuentes primarias, conformada por fotografías de acciones artístico-plásticas realizadas por el alumnado de educación
Ramos Vallecillo, Nora (2022). El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 51-72. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22531
infantil, procedente de la actividad docente de la investigadora, conjugada con la revisión bibliográfica de fuentes secundarias, principalmente libros y artículos científicos.
Con la información recopilada se ha elaborado un documento donde se ha sintetizado la información relativa a la utilización de la Educación Artística para el desarrollo sensorial en el estudiantado de la etapa de Educación Infantil.
La educación sensorial en la etapa de Educación Infantil
I. La educación sensorial
Los sentidos son las primeras vías hacia la conciencia, por lo tanto, gracias a nuestro sistema sensorial persistimos en el desarrollo. La actividad mental se inicia con las sensaciones. Por ello las experiencias sensoriales deberán suponer una experiencia personal para los estudiantes (Soler, 1989).
Para conseguir que niños y niñas realicen un aprendizaje significativo tenemos que dar un impulso a un tipo de aprendizaje sensorial a través de los sentidos. Este hecho está directamente relacionado con la capacidad de experimentar nuestro entorno empírico y cualitativo (Eisner, 2004). El trabajo sensorial conlleva un grado elevado de relajación, un mayor bienestar social y una mayor presencia en el mundo (Lázaro et al., 2010, p. 333-334).
De los tres a los siete años es importante ayudar a los y las infantes a organizar sus impulsos naturales hacia la integración sensorial. En esta fase aprenden a utilizar herramientas sencillas y el color. Al finalizar este periodo tienden a afinar las destrezas motrices, comienzan a conocer de forma concreta su cuerpo y su sistema táctil y presentan el grado de madurez que mantendrá el resto de su vida. En esta etapa adquieren el grado de inteligencia sensomotora necesaria para asentar las bases de su desarrollo intelectual, social y personal futuro (Ayres, 2008, pp. 58-65).
La educación de los sentidos tiene una gran importancia pedagógica como ya nos demostró la pedagogía de Montessori (1937). Los maestros y las maestras de la etapa Educación Infantil deben nutrir a su alumnado del crecimiento de sus sentidos. Deben
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lograr que niños y niñas adquieran respuestas adaptadas que integren las entradas sensoriales para su propio uso.
Así pues, la educación sensorial plantea, como cualquier contenido programado en un aula, una serie de objetivos que permiten una intervención educativa, de modo que los estímulos que reciben a una edad temprana tendrán un impacto mayor sobre su progreso (Cebolla-Boado et al., 2013).
En la etapa de Educación Infantil, donde el alumnado se encuentra en la fase de desarrollo perceptivo-motor, debemos conseguir que los estudiantes construyan su imagen corporal mediante el conocimiento de la percepción de su propio cuerpo, estimulen su coordinación visomotriz, desarrollen habilidades de juego simbólico, controlen la atención y articulen su organización espacial (Lázaro y Berruezo, 2009, p. 17).
II. El aprendizaje activo
Según Pellicer et al. (2013, p. 24) el aprendizaje activo se caracteriza por estimular al alumnado a generar sus propias soluciones (Pellicer et al., 2013). Además, involucra a los y las docentes y participantes en un marco de análisis y discusión destinado a producir resultados tangibles. Como describe Sánchez (2008, p. 9), las metodologías activas tienen unos rasgos característicos como promover la construcción de aprendizajes significativos, poner en juego habilidades específicas del alumnado y estimular el pensamiento crítico y la creatividad para hacer predicciones (Sánchez, 2008).
Según Ballester (2002, p. 16) para que se produzca este aprendizaje auténtico es necesario conectar la estrategia didáctica con las ideas previas de los estudiantes y presentar la información de manera coherente y no arbitraria, construyendo de manera sólida los conceptos, interconectando los unos con los otros en forma de red de conocimiento (Ballester, 2002)
Para comprender este tipo de métodos pedagógicos se debe entender la importancia que tiene la actividad del discente en los procesos de adquisición del conocimiento y desarrollo cognitivo en general. Los descubrimientos de la psicología genética refuerzan las pedagogías que consideraban la actividad del niño y la niña como el
Ramos Vallecillo, Nora (2022). El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 51-72. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22531
aspecto fundamental del proceso educativo, y distingue diferentes tipos de actividad: la motriz o verbal, la actividad de seguimiento de instrucción, la realizada mediante enseñanza programada y la actividad aceptando un objetivo (Coll, 1978). El aprendizaje activo estaría ubicado dentro de este último tipo, donde la importancia de la actividad está en la adquisición del conocimiento.
Dentro de las metodologías activas se encuentra el aprendizaje por descubrimiento. Podemos hablar de tres tipos de descubrimiento. El descubrimiento inductivo que implica una recopilación y ordenación de datos para llegar a un concepto, el deductivo que implica una relación de ideas para asociarlo a ideas generales y el transductivo donde se comparan elementos particulares y se destacan los aspectos similares (Bruner, 1988). En el caso de la etapa de Educación Infantil se trata de la adquisición de un conocimiento intuitivo (Gardner, 2011).
Los nuevos modelos educativos basados en la actividad demandan que los y las docentes transformen su rol de expositores del conocimiento al de monitores del aprendizaje, y los estudiantes, de espectadores del proceso de enseñanza, al de integrantes participativos, propositivos y críticos en la construcción de su propio conocimiento (Sánchez et al., 2013).
El maestro o la maestra son los grandes mediadores entre el alumnado y las inferencias del mundo adulto (Fosati y Segurado, 2001, pp. 97-99). Debe enseñar a aprender y ayudarles a construir esquemas mentales. Su papel es el de acompañar, guiar y evaluar a los estudiantes cuando fuera necesario. Debe ser guía y acompañar en los procesos de aprendizaje, estimulando la motivación y fomentando la reflexión.
III. Aprendizaje por descubrimiento
En el aprendizaje por descubrimiento el alumnado tiene una gran participación. Los y las infantes organizan y estructuran verdaderamente su propio trabajo, lo que implica un cambio considerable de la actitud y función del docente. El protagonista del aprendizaje es el propio aprendiz que debe desarrollar actitudes de autonomía en su aprendizaje. Debe lograr manejar información,
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filtrarla, codificarla, categorizarla, evaluarla, comprenderla y utilizarla pertinentemente. El y la docente le presenta todas las herramientas necesarias al discente para que descubra por sí mismo lo que desea aprender (Baro, 2011, p. 5).
El sistema de trabajo desde el que podemos orientar las propuestas de creación plástica es la experimentación y el juego.
El juego proporciona de modo natural experiencias sensoriales y ayuda a responder de forma significativa a los estímulos que recibe el alumnado (Ayres, 2008, p. 151).
A veces parece que cuando un niño o una niña juega no está aprendiendo nada, pero en realidad está aprendiendo a aprender (Ayres, 2008, p. 46). Mediante esta actividad el alumnado desarrolla su habilidad para iniciar, organizar y persistir en sus tareas. Identificar sus logros, es autónomo y consciente de como aprende. El juego es una actividad en la que niños y niñas manifiestan el desarrollo psicológico, social, físico y expresivo (Fosati y Segurado, 2001).
El juego va unido al proceso madurativo de los estudiantes (Vila y Cardo, 2005, p. 19). A través del juego exploran su entorno y les ayuda a conocerlo y generar una relación personal con él.
Desde el punto de vista sensorial, los juegos se inician desde las primeras semanas de vida, aunque se prolongan durante toda la etapa de Educación Infantil. El juego es una herramienta pedagógica de gran valor, que desarrolla los sentidos, haciendo divertido el acto de conocimiento y estimulando la exploración y la observación del medio que nos rodea (Martínez, 2000, p. 384).
Aplicación
de la Educación Artística para el desarrollo sensorial
La Educación Artística tiene como objetivo fundamental potenciar los componentes sensoriales y cognitivos. El arte siempre es una fuente activa de percepción, conocimiento y comprensión (Efland, 1997). Estimula un enorme grupo de habilidades y procesos mentales, permite el desarrollo de capacidades cognitivas y
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emocionales e incentiva el incremento competencial. A partir de esta premisa, los educadores pueden utilizar la música y el arte como activadores del aprendizaje vinculados a la práctica pedagógica y la planificación curricular (Campos, 2010, p. 8).
El arte tiene el papel de desempeñar el refinamiento de nuestro sistema sensorial y el cultivo de nuestra capacidad de imaginación. Las experiencias significativas en el campo en las artes se pueden extender a otros ámbitos relacionados con las cualidades sensoriales de las artes participan. Uno de los principales objetivos de la Educación Artística es fomentar el desarrollo de la mente por medio de la experiencia que surge de la creación para refinar la sensibilidad, estimular la imaginación y dotar de sentimientos a las formas (Eisner, 2004). La Educación Plástica en la etapa de Educación Infantil desarrolla en niños y niñas la adquisición de una autonomía progresiva, la convivencia y correcta (Rollano, 2005, p. 2).
Gran parte de los objetivos de la educación general se refieren a procesos que están directamente vinculados a la Educación Artística. Estos conocimientos, como descubrir los elementos básicos del cuerpo, conocer sus características y valorar sus posibilidades y limitaciones, para actuar de forma cada vez más autónoma en las actividades habituales, se pueden alcanzar por medio de la Educación Artística. También se añaden otros propósitos como relacionarse con los adultos y sus iguales, percibiendo y aceptando las diferentes emociones y sentimientos que se le dirigen, expresando los suyos y desarrollando actitudes de interés y ayuda, observar y explorar activamente su entorno inmediato y los elementos que lo configuran y, con la ayuda del adulto, ir elaborando su percepción de ese entorno y atribuyéndole alguna significación. También facilita el descubrimiento de diferentes formas de comunicación y representación, utilizando sus técnicas y recursos más básicos, y disfrutando con ellas (Alcaide, 2003).
Si los objetivos docentes de la educación sensorial deben centrarse en la organización de la percepción a través de la estimulación y el fomento de la creación de experiencias (Soler, 1992) la Educación Artística es un área clave para su correcto desarrollo.
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La función del arte es abrir nuestros sentidos para comprender y apreciar el entorno y a nosotros mismos, por lo tanto, la función de la Educación Artística es orientar al alumnado hacia la apertura de los sentidos desde la reflexión del proceso artístico (Burset, 2017, p. 116).
La actividad artística contribuye a la experiencia y el conocimiento de una forma propia y única (Eisner, 1995) ya que es un aspecto único de la vivencia de cada persona. La experimentación y la emoción se digieren y catalizan a través de la expresión artística, aprovechando la capacidad de este medio para permear y profundizar en el interior del individuo (Huerta, 2013), además la expresión artística supone un canal facilitador de la construcción y gestión de los sentimientos (Gómez y Fenoy, 2016, p. 65).
La neurociencia nos enseña que el cerebro necesita al cuerpo, igual que el cuerpo al cerebro. Esto quiere decir que los dos aprenden de forma conjunta. El cerebro necesita del cuerpo para aprender a través de la exploración, el movimiento y la percepción sensorial, estimulando diferentes regiones en el cerebro. Dentro de la Educación Artística nos centraremos en el desarrollo del hemisferio derecho que está relacionado con las relaciones espaciales que median entre las sensaciones táctiles y visuales.
La mayoría de las actividades artísticas relacionan ambos sentidos. El dibujo también establece una relación de ambos durante el proceso de observación (Rousseau, 1985). Piaget pone de relieve la importancia de la percepción conjunta, visual y táctil, para reconocer el entorno (Ochaíta, 1983, p. 95). También, dentro del mundo de la Educación Artística, contamos con antecedentes de diseño de material didáctico realizado a partir de la búsqueda del desarrollo del tacto y la vista del alumnado como “dones y ocupaciones” (VV.AA., 2015).
Para que este desarrollo sea correcto es necesario organizar un proceso de aprendizaje plástico que facilite la manipulación, la observación, la interiorización y la expresión de lo percibido (de la Rosa y Guerra, 2000, p. 273).
Siguiendo a Berrocal et al. (2001, pp. 15-17) debe buscar el desarrollo en las siguientes capacidades:
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- Capacidad perceptiva relacionada con la educación de los sentidos para capturar, identificar e interpretar el entorno que les rodea.
- Capacidad de manipulación y procedimiento relacionadas con la manipulación de materiales y uso de técnicas.
- Capacidades creativas relacionadas con la comunicación, la creación y la expresión apelando a la creatividad y sensibilidad del niño y la niña.
A. Desarrollo de la capacidad perceptiva
Los y las infantes manipulan a la vez que investigan y conocen su entorno. Durante la etapa de los cero a los seis años se debe fomentar y estimular todos los aprendizajes que vayan encaminados a generar el reconocimiento de sensaciones y emociones mediante una actitud de fomento de la curiosidad. Los niños y las niñas conocen el mundo que les rodea a través de los procedimientos de observación y exploración (Gervilla, 2006, p. 29).
La vista es el origen de todas las artes plásticas. Por ello es importante que, desde la infancia, el alumnado aprenda a mirar y contemplar, que practique la observación directa. Los sentidos despiertan y ponen en situación de participar del mundo artístico y de expresar con belleza lo que siente y percibe (Soler, 1989).
Las actividades diseñadas con este objetivo ayudan a los estudiantes a descubrir nuevas propiedades en lo que ven, a fijar su atención y a fomentar la actitud de curiosidad. Desde los primeros años hay que empezar a desarrollar el gusto por lo bello (Soler, 1989).
El desarrollo visual aumenta mediante la estimulación y el ejercicio. Desde la Educación Plástica debemos lograr que los discentes adquieran dinamismo en la visión para percibir las cosas desde diferentes perspectivas. Debemos estimular la percepción visual a través de la observación, el desarrollo de la expresividad y la creación artística.
No es suficiente con el desarrollo de los sentidos, sino que necesario que los niños y las niñas estén preparados para captar el mundo a partir de la plenitud de sus sentidos. Si nos centramos en la parte relacionada con la Educación Artística deben aprender a mirar, a moldear y ser sensibles a la belleza.
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En la escuela es extraño que se enseñe a mirar un cuadro para poder recibir el mensaje y encontrar un significado más profundo (Soler, 1989). Por medio del análisis de obras e imágenes se contribuye al aprendizaje de la apreciación artística. Este aspecto es clave dentro de la formación integral del alumnado. En relación con la observación de obras de arte se pueden plantear actividades para el desarrollo de la agudez, rastreo y memoria visual. Al examinar con regularidad obras de arte se logra el hábito de observar, describir, confrontar y crear un criterio propio (Martínez, 2000).
Si utilizamos el arte para el conocimiento del mundo conseguimos fomentar el espíritu de observación para descubrir nuestro entorno y poder adaptarse al él y transformarlo. Aprenden a relacionarse con el espacio que nos rodea es esencial para el ser humano. Todas las formas de vida tienen que interactuar con el ambiente externo para obtener información y llevar a cabo cierto intercambio de energía (Schiffma, 1981).
Es importante que, aunque estas experiencias se realicen en el centro escolar, tenga la mayor conexión posible con el entorno cercano de los estudiantes. Con el descubrimiento los estudiantes adquieren unos conocimientos que les permitirá disfrutarlo a lo largo de toda su vida. Por ejemplo, los cambios cromáticos producidos a lo largo del año llevan al alumnado a la comprensión de lo sublime o el desarrollo del dibujo como ejercicio sensorial para su conocimiento (Pestalozzi, 2006).
B. Desarrollo de la capacidad manipulativa
Los materiales a nivel manipulativo ejercen una importante influencia en el proceso de aprendizaje ya que estimulan una infinidad de procesos cognitivos. Por ello el aprendizaje a través del tacto es esencial durante la etapa de Educación Infantil ya que les ayuda a crear nociones espaciales y temporales (Le Boulch, 1983; Soler, 1993). Lo manipulativo lleva a lo cognitivo (Gassó, 2005).
El tacto además de ser el sentido principal para la transformación de la materia nos ayuda a tener contacto con el mundo. A través de las manos manipulamos los materiales y a
Ramos Vallecillo, Nora (2022). El desarrollo sensorial en la etapa de Infantil a través de la Educación Artística. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 51-72. ISSN: 2182-018X DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22531
través del cuerpo expresamos mensajes plásticos. Al igual que el resto de los sentidos requiere de una experiencia.
Por ello, en la etapa de Educación Infantil cobra gran relevancia la educación sensorial mediante la manipulación de objetos. Niños y niñas utilizan este sentido para conocer los objetos y asignarles un uso concreto. Por medio de la experimentación perciben y discriminan las superficies. Mediante la manipulación descubre las texturas, consistencias, temperaturas, dimensiones, formas, grado de humedad, asociadas a un nombre y sus cualidades. De esta manera los esquemas de conocimiento se van ramificando y reforzando por medio de estas acciones y les permite crear estructuras estables de pensamiento (Rollano, 2005).
El sentido del tacto generalmente en el aula se percibe con las manos, pero también se puede disfrutar con todo el cuerpo ya que los receptores sensoriales se encuentran en la piel. Hay zonas corporales especialmente sensibles y hay que tenerlo presente en el diseño de actividades.
Uno de los objetivos de la Educación Artística debe ser enseñar a sentir (Katz, 1930). Para ello es importante la estimulación táctil que se efectúa directamente sobre la piel. Mediante la expresión creativa, con la manipulación de los materiales, se pueden generar sensaciones placenteras. Por ejemplo, la captación del tacto de manera rápida y superficial estimula el sistema nervioso. Este tipo de sensaciones hace que el cerebro reciba gran cantidad de información primaria. Las experiencias táctiles que se experimentan mediante la actividad plástica son de naturaleza activa, los que supone un mayor beneficio a nivel perceptivo.
Para la estimulación táctil se puede trabajar con materiales que presenten diferentes texturas. Por ejemplo, en las figuras 1 y 2, los niños y las niñas están experimentando con material granulado por medio su manipulación mediante herramientas o directamente con sus manos.
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Figura 1 y 2. Experiencias táctiles por medio de la manipulación de distintos materiales y tipos de luz con herramientas y con las manos. (Fuente: Elaboración propia)

Durante toda la etapa de la Educación Infantil, se implementan numerosas aplicaciones metodológicas donde los materiales toman un papel relevante en el aprendizaje de los niños y las niñas. A modo de ejemplo, podemos observar como en el primer ciclo los estudiantes aprenden a través de la cesta de los tesoros, el juego heurístico, mientras en el segundo ciclo, nos encontramos con actividades como el protagonista de la semana, talleres, rincones de juego y de trabajo (Moreno, 2015, p. 773).
En el aula los materiales artísticos deben encontrarse al alcance, deben ser accesibles para la manipulación y manejo del alumnado. Se debe permitir que los estudiantes exploren los materiales y con el tiempo que cada uno de ellos utilicen los que necesiten. Esto va a permitir generar una motivación coherente en niños y niñas, ya que, si pueden experimentar de forma explícita con los materiales, de forma sensorial y vivencial, se explicita todo lo relacionado con la percepción visual y táctil (Fosati y Segurado, 2001, p. 100).
También se debe tener muy presente la relevancia que tiene la ambientación de aula. El y la docente debe preocupar que el sonido ambiente sea agradable, la iluminación adecuada y el olor agradable para que el alumnado sienta que está en un espacio relajante.
Los materiales deben despertar la curiosidad de los estudiantes para que su experiencia sea más intensa. Su
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manipulación permite motivar al alumnado y les impulsa a participar de forma activa y por medio de la perseverancia hace que afronte nuevos desafíos. Deben fomentar la acción y tener una gran riqueza manipulativa, deben ser atractivos y variados, y que presente un amplio abanico de cualidades y la actividad lúdica.
Por ejemplo, en el aula se puede experimentar con elementos de la naturaleza como hojas, frutos o ramas para plasmar sus huellas sobre un soporte, como ilustra la figura 3, o con materiales que no son propiamente artísticos. En la imagen 4 podemos observar como, mediante la manipulación y trazado en una superficie cubierta con espuma de afeitar, se produce en los niños y las niñas sensaciones satisfactorias y motivadoras.

Por medio de los materiales el alumnado desarrolla la asociación, discriminación, reconocimiento o recuerdo de las diferentes cualidades que puede reunir un objeto. Por eso, las actividades y materiales que propongamos a los estudiantes deben estar bien definidos y planificados, para poder sacar un máximo beneficio en su aprendizaje sensorial (Moreno, 2015, p. 780). Debemos tener presente que, mediante la metodología del aprendizaje por descubrimiento, el ámbito de búsqueda debe ser restringido. Por ello podremos dirigir la actividad mediante la selección de materiales. Los conceptos que formamos se relacionan
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con la clase de contenido que posibilita cada uno de los materiales que seleccionamos (Fosati y Segurado, 2001).
La selección de los materiales se puede hacer con elementos de nuestro entorno naturales o elementos cotidianos artificiales, combinados con materiales artísticos.
En la mesa de luz podemos trabajar con materiales de naturaleza muy diversa. Es una herramienta que permite la realización de composiciones con elementos naturales, como las hojas de los árboles de la imagen 5 o con plantillas prediseñadas, de la imagen 6, donde también se trabaja las mezclas de color de forma experimental.
Figuras 5 y 6. Ejercicio compositivo realizado en mesa de luz con elementos naturales o siluetas prediseñadas de colores. (Fuente: Elaboración propia)

La manipulación de herramientas fomenta el juego y el alumnado aprende a utilizar sus dedos de manera eficaz. Por medio de estos ejercicios demuestra el dominio de su cuerpo. Les supone un reto que le motiva para ser capaz de realizarlo por ellos mismos. Es importante los comentarios positivos para fomentar los retos conseguidos. Por medio de la práctica aprende a dominar el movimiento de sus manos. Para la estimulación de las fibras ópticas se pueden fabricar collares, pulseras, meter objetos en una cuerda y usarlos de pincel.
Dentro de las experiencias de tipo táctil una de las menos complejas, pero con un gran potencial de desarrollo sensorial, ya que precisan de una coordinación viso-manual, es la ejercitación del
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gesto gráfico. Desde la etapa del garabateo a los niños y niñas les gustan ver sus grafismos, les divierte, se trata de un juego continuo donde la premisa es que el trazo tiene que destacar del fondo. Son expresiones fragmentadas como sus palabras y sus imágenes mentales (Marco, 2000, p. 113).
Para el desarrollo de la coordinación óculo manual se pueden realizar trazado libre, movimientos rítmicos en diferentes superficies o modelado. Estos ejercicios se pueden realizar sobre superficies inclinadas o verticales para potenciar sus músculos y articulaciones.
También se puede utilizar el trazado libre con diferentes técnicas y variantes. Por ejemplo, en la figura 7, los niños y las niñas realizan sus trazos con tiza sobre una superficie horizontal de grandes dimensiones y con los ojos cerrados. En la imagen 8 se trabaja con técnicas húmedas sobre una superficie transparente en posición vertical.
Figuras 7 y 8 Ejercicios para el desarrollo gráfico. Trazado con los ojos cerrados en un gran formato horizontal y en material transparente en posición vertical. (Fuente: Elaboración propia)
Es muy importante practicar trazados mediante distintos materiales. Las niñas y los niños pueden trazar con materiales que pertenezcan a ámbitos fueran del mundo del arte. También se puede experimentar con otros medios como mediante la disolución de tintas en agua o el trazado con la disolución de hielo teñido.
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Otro factor a tener en cuenta es la relevancia del desarrollo de las capacidades creativas. Debemos dar a niños y niñas la oportunidad de desplegar su imaginación por medio de la práctica y la manipulación. La capacidad creativa tiene una gran influencia en el desarrollo cognitivo, emocional y físico de niños y niñas. El arte les sirve para entender el mundo a través de las imágenes (Arnheim, 1993).
C. Capacidad creativa
Las actividades planteadas desde la Educación Plástica requieren de los procedimientos de identificar, experimentar, clasificar, completar series y reconstruir conjuntos e hipotetizar. Así los estudiantes aprenden a ser capaces de estructurar la información que obtienen a través de los sentidos.
Es importante ofrecer múltiples oportunidades para poner en práctica su imaginación e inventar nuevas formas de jugar. De esta manera desarrollan sus destrezas para poder dar rienda suelta a su propio crecimiento y mejora de la confianza en sí mismos.
Se puede plantear en el aula actividades donde niños y niñas realicen estampaciones de manera experimental con diferentes objetos o partes del cuerpo para descubrir la huella que dejan sobre la superficie. También se pueden plantear actividades donde se experimente con el color, como refleja la imagen 9, o con las sombras. En la figura 10 se observa como con la proyección de las manos se crean personajes protagonistas de historias.
En este campo las propuestas creativas son infinitas. Se puede trabajar con la luz mediante el juego con sombras y distintos tipos de luces, con objetos que produzcan contraste respecto al fondo, trabajar con todo tipo de masas o la talla en alimentos.
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Figuras 9 y 10. Ejercicios de experimentación con el color. Mezcla de colores mediante el tacto y juegos de sombras. (Fuente: Elaboración propia)

Conclusiones Durante la etapa de Educación Infantil es necesario realizar una integración sensorial correcta para que niños y niñas puedan afrontar de manera eficaz futuras demandas académicas y perciban los sentimientos necesarios para su correcto desarrollo emocional.
Por medio del aprendizaje activo y el juego el alumnado experimenta un proceso donde aumentan las destrezas y habilidades que les ayudan a un crecimiento integral. El y la docente adquiere un rol de mediador y asesor que promueve en los estudiantes estrategias de aprendizaje vinculadas a la vida cotidiana.
La Educación Artística fomenta la adquisición del conocimiento mediante la programación y desarrollo de actividades multisensoriales que permiten la manipulación y experimentación, ya sea mediante materiales artísticos o aprovechando los recursos que ofrece el entorno.
Mediante la actividad plástica el alumnado aumenta su atención a estímulos táctiles y visuales. Logra un desarrollo armónico de los sentidos del tacto y de la vista, mejora su capacidad de análisis y de sensibilización hacia la apreciación de la obra artística. Se consigue que niños y niñas sean capaces de percibir e interpretar, jugar y disfrutar del arte.
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El conocimiento de la aportación de la Educación Artística al desarrollo sensorial dota a maestros y maestras de herramientas útiles para poner en práctica en el aula.
La Educación Artística fomenta la adquisición del conocimiento mediante el desarrollo de actividades multisensoriales que permiten la manipulación y la experimentación a partir de diferentes materiales.
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Nora Ramos Vallecillo
Páginas/ Pages 51-72
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Para saber más sobre la autora
Nora Ramos Vallecillo
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Licenciada en Bellas Artes por la Universidad Pública del País Vasco y Doctora en Educación por la Universidad de Zaragoza. Profesora Asociada de Didáctica de la Expresión Plástica de la Facultad de Educación de Zaragoza. Investigadora efectiva del Grupo de Investigación (H22_17D) Grupo Referencia. Estética y filosofía de la imagen.
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Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo Páginas/ Pages 73-96
TUTORING MODEL 4.0 AND DEVELOPMENT OF RESEARCH PROTOCOL
MODELO DE TUTORÍA 4.0 Y ELABORACIÓN DE PROTOCOLO DE INVESTIGACIÓN
Francisco Espinoza Morales (1); Jorge Hernández Valdés (2); Javier Carreón Guillén(3); Cruz García Lirios(4); Margarita Juárez Nájera(5); José Marcos Bustos Aguayo(6) (1) Sonora University, Navojoa (México); (2, 3 y 6) Universidad Nacional Autónoma de México (México); (4)Universidad Autónoma del Estado de México; (5)Universidad Autónoma Metropolitana de Ciudad de México (México)
Email: francisco espinozamo@unison.mx(1); jorheval@unam.mx(2); javierg@unam.mx(3); cgarciali@uaemex.mx(4); mjn@azc.uam.mx(5); marcos.bustos@unam.mx(6); ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4552-5893(1); https://orcid.org/00000001-6490-0479(2); https://orcid.org/0000-0002-8915-0958(3); https://orcid.org/0000-0002-9364-6796(4); https://orcid.org/0000-0002-74478213(5); https://orcid.org/0000-0003-3423-596X(6);
Received: 11/11/2021
Accepted: 20/01/2022
Published: 07/07/2022
ABSTRACT
Introduction. The objective of this work was to establish the incidence of tutoring 4.0 on the development of theresearch protocol. Method. An exploratory, cross-sectional, and correlational study was carried out with a sample of 100 students from a public university enrolled in the professional practice and social service system through a technology, device, or electronic network.
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo Páginas/ Pages 73-96
Results. Show that the elaboration of the antecedents of the problem was the hidden layer that explains the semantic weight of the tutoring on the elaboration of the protocol, although the research design limited the findings to the research sample, suggesting the extension of the model to others. hidden layers that the literature identifies as project financing. Discussion. The proposed model yields similar results to the reported literature regarding knowledge management as a determinant of knowledge production and transfer. Conclusion. Contrast of the model in other samples is recommended.
Keywords: neural networks; reliability; research protocol; tutoring 4.0; validity
RESUMEN
Introducción - El objetivo de este trabajo fue establecer la incidencia de la tutoría 4.0 en el desarrollo del protocolo de investigación.
Método - Se realizó un estudio exploratorio, transversal y correlacional con una muestra de 100 estudiantes de una universidad pública matriculados en el sistema de práctica profesional y servicio social a través de una tecnología, dispositivo o red electrónica.
Resultados - Demostrar que la elaboración de los antecedentes del problema fue la capa oculta que explica el peso semántico de la tutoría en la elaboración del protocolo, aunque el diseño de investigación limitó los hallazgos a la nuestra de investigación, sugiriendo la extensión del modelo a otras capas ocultas que la literatura identifica como financiamiento de proyectos.
Discusión - El modelo propuesto arroja resultados similares a la literatura reportada sobre la gestión del conocimiento como determinante de la producción y transferencia de conocimiento.
Conclusión - Se recomienda el contraste del modelo en otras muestras.
Palabras Clave: confiabilidad; protocolo de investigación; redes neuronales; tutoría 4.0; validez
Introduction
In the context of the health and economic crisis caused by the confinement of people to mitigate the community contagion of the
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo Páginas/ Pages 73-96
SARS-COV-2 coronavirus and prevent the COVID 19 disease, information and communication technologies have been highlighted as a dissemination tool scientific, labor productivity and academic training, according to Bautista, Aldana & García (2018). In this process of continuous learning of skills, knowledge and experiences, political and social actors, as well as the public and private sectors, have established guidelines for the reactivation of confined humanity. In this sense, teleworking and distance education are part of economic reconstruction.
Precisely, academic, professional, and work training at a distance or mediated by technologies, devices and networks has emerged as an alternative solution to confinement (Bautista, Aldana & García (2018) Regarding the intensive use of teaching and learning platforms, tutoring 4.0 has had an unusual growth in the management, production, and transfer of knowledge.
In this section the theoretical and conceptual frameworks that explain the relationship between the formation of intellectual capital with respect to the virtual classroom mediated by technologies and risks inherent to distance communication are exposed (Carreón, Bautista, García, Hernández, Sandoval, Pérez & Valdés, 2016). The classical theories of learning are reviewed cognitive as well as the acceptance and adoption of technologies based on the resources of the parties involved. Despite the differences between the explanatory matrices, they share the unavoidable adjustment of academic resources to the demands of the environment (Carreón, Bustos, Hernández & García, 2016). In other words, the pandemic has forced process innovation rather than resource optimization. This distinction opens a gulf between the traditional classroom and the virtual classroom in tutoring and developing research protocols.
The strategic alliances between Higher Education Institutions (IES) and knowledge-creating organizations in the face of the pandemic and the protection of people highlighted the 4.0 mentoring whose practice had been carried out as a complement to other experiential strategies of academic, professional, and labor training
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo Páginas/ Pages 73-96
with the purpose of incorporating graduates of bachelor's degrees with high theoretical and practical content into the local labor market.
In this process, tutoring was an accessory to the management or codification of experiences, knowledge and knowledge of professionals and teachers with students and future employees (Carreón, Bustos, Hernández, Quintero & García, 2015). In the case of knowledge production, it located mentoring as part of documentary research, as well as the transfer of knowledge, it used mentoring as a complement to academic, professional, or work practice.
The confinement of the interested parties in the management, production and transfer of knowledge forced the use of technological and computer systems to substitute this learning mediated by devices to the traditional training and training guidelines (Carreón, Hernández, Bustos & García, 2017a). While the period prior to confinement distinguished the roles of the actors as managers, producers, translators, and learners of knowledge. In the new context, these roles are now diversified and even interspersed between teachers and students.
This is the case of tutoring 4.0, which focuses on a flexible system of self- teaching and self-learning in which the interested parties process information not only for its implementation but also for its systematic accumulation, according Carreón, Hernández, Bustos & García (2017b). This is so because before the pandemic, managers translated knowledge, producers designed it, and translators provided it, but in the new context the parties involved only process the information without contrasting it with practice.
For Fierro, Alvarado & García (2018) this distinction is essential when differentiating Orthodox tutoring from 4.0 tutoring. The degree of uncertainty defines the type of tutoring that is built in the educational system and the workplace, considering the trilogy of management, production, and transfer of knowledge. In a scenario of evaluation, accreditation and certification, orthodox tutoring supposes an interrelation between the parties without necessary mediation, but in an uncertain context, technologies, devices, and
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
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networks propose alternatives for the management, production and transfer of knowledge, although limited by contrast of initiatives and proposals in traditional interaction scenarios.
In this way, the virtue of orthodox tutoring consisted in the not always documented discussion of axes and topics in a previously established agenda without the interference of the parties involved, very defined as teacher and apprentice. In the new confinement scenario, tutoring 4.0 makes its way into the diversification of proposals and the construction of a multiple agenda in terms of topics (Fierro, López & García, 2018)
According to Fierro, Nava & Garcia (2018), the framing of orthodox tutoring compared to the innovations of tutoring 4.0 shows fewer risks. In technology-mediated learning, risks are amplified as a function of self- learning and self- teaching proposals. In a confinement such as the one that occurs, the parties involved do not agree on ways, spaces, times, or means for learning and only converge in terms of their willingness to adopt the new reality imposed on them by the pandemic.
The theories of tutoring 4.0, as opposed to traditional theoretical frameworks of learning and adoption of information technologies, devices, and networks, suggest that significant differences prevail between the traditional classroom and the virtual classroom, according García, Carreón, Hernández, Bustos & Quintero (2017). If it is considered that the formation of human capital involves a trilogy of sequences that goes from the management, production, and transfer of knowledge, then the virtual classroom differs from the traditional classroom in terms of data processing and information dissemination (García, Carreón, Hernández & Bustos, 2013). This is so because in the elaboration of the protocol, the interested parties assume that a review of the literature would be conditioned by the keywords rather than by the availability of resources that are handled in a traditional classroom.
This section uses mentoring as a result of the influence of traditional media and electronic networks on the formation of human capital, highlighting inherent risks such as peer violence (García,
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Carreón, Hernández & Bustos, 2017) Two models stand out. One related to tutoring as a reflection of academic training and another as a process of determining sequences of learning, performance, satisfaction, competitiveness, and innovation. In the first model, the dimensions of tutoring stand out compared to the variables that cause them to have low or high learning, information processing and knowledge coding.
The studies related to tutoring 4.0, as well as those alluding to orthodox tutoring, suggest the exploration, description, explanation and understanding of the risks that inhibit the management, production, and transfer of knowledge, for García, Carreón, Hernández & Bustos (2017).
Specialized work in the Orthodox tutoring argue that this can only be carried r from an agenda of objectives, tasks and goals set previously. In this way, the contents cannot be different from the institutional guidelines because they would imply a mismatch in the teaching and learning process (García, Carreón, Hernández & Rivera, 2015). This is so because the tutor is defined as the central actor and the student is an accessory component of the reproduction of knowledge, experiences, or content.
In the new scenario of tutoring 4.0 the contents are diversified and even not necessarily linked. It is a scenario for discussing results rather than procedures, according García, Carreón, & Hernández (2017). While orthodox mentoring imposes unilateral starting and ending points among the actors, mentoring 4.0 identifies these foundations and results as provisional, while new proposals, methods and findings build a flexible agenda for knowledge transfer and production management.
While the risks in orthodox tutoring were attributed to the teacher and their capacities or resources, now tutoring 4.0 refers to risks in the intensive use of technologies, devices, and networks. In this sense, risks such as stalking (stalking), trolling (discredit), stashing (neglect) or hiding (concealment) are hallmarks of an agenda 4.0 (García, Carreón, Quintero & Bustos, 2015).
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Reviewed the state of the art of tutorials to find that the strategies correspond to institutional interests, from García, Carreón, Sandoval, Bustos & Aguilar (2016). The knowledge management can be institutional in terms of the resources it provides, but production and transfer are inherent to a universal data and processing system that prevails on the Internet according to quality standards such as indexing, or impact factor are refined. In this way, the knowledge network resulting from these structures is a hybrid that would explain and anticipate conflict scenarios between the institution, the parties involved, and technological innovations for data processing and dissemination and content.
Found in the traditional classroom that, except in a first evaluation, the students considered that the tutor was the central actor in the teaching process (García, Carreón & Bustos, 2017). Was rather demonstrated that there is a sequential differentiation inherent to the system rather than the teacher (García, Delgado, Morales, Méndez, García & Vilchis, 2016) This is so because the incidence of the teacher's experience is reduced to a minimum expression in the virtual classroom (García, Juárez, Sandoval & Bustos, 2017). Even autonomy and self-efficacy are more likely in confined students who interact with their tutor at a distance than in students confined in a traditional classroom.
García, Martínez & Sánchez (2018) suggest that tutoring focuses its attention on intellectual capital rather than on the demands of the environment. Mentoring and learning are inherent to the health crisis, but also a formative response where the parties involved built a network of knowledge (Garcia, Martinez & Sanchez, 2018) It is a system for the management, production and transfer of information that allowed not only to observe the impact of the pandemic on learning and knowledge but also its processing in data to build a new proposal crystallized in a protocol.
The dimensions of tutoring are inherent to the asymmetries between the training actors, but the determining relationships are allusive to the demands of the environment and institutional resources, for García, Mejía, Hernández, López & Salinas (2015)
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This difference allows the modeling of the reflective variables tutor í to and the determining variables may coexist in a hybrid model. It is a proposal in which data entry forces the parties involved to process more information until they reach a degree of learning and knowledge that involves a quality protocol.
According from García, Sandoval, Rivera & Limón (2017) in this phase the relationships between the variables that make up the hybrid model are discussed. On the one hand, those variables that indicate the management, production, and transfer of data, but also include those variables that promote the transition from data management or coding towards the production or establishment of findings and the transfer or dissemination of results applications.
Challenges of the tutorial the teaching process mediated learning for Information Technology and Communication involve the formation of skills and knowledge from the use of devices and collaborative networks for skills development investigative documentaries and meta – analytic (García, 2017a)
In this scenario, the formation of intellectual capital mediated by technology implies strategic alliances between Higher Education Institutions with organizations that create knowledge (García,2019) The formation of human capital in its intellectual aspect is brewing from tutoring 4.0 (auto orientation of the mentee from the experience of their tutors and peers through information technology and communication) facilitates skills to the tutored search, select, process and systematize the information that allows them to make a professional decision or carry out an internship in a knowledgecreating organization.
The use of technologies is always the way to have an approach with the student and allow the student to become selftaught and an organizer of their own learning, without feeling alone at any point in the teaching-learning process. Publons, Mendeley, Clarivate, and Frontiers allow mentees to collaborate with their peers and experts in their fields on research projects and technological innovation (García, 2017b). The student registers in the systems and begins to interact with peers or experts, answers
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questions regarding their competencies, knowledge, and abilities, as well as access to projects and experiences.
From García, E.; García, C.; Rosas, F.; Castillo, B.; Carreón, J.; Hernández, J. & Rivera, L. (2015) effect of mentoring 4.0 on the research seminar on the quality of the drafting of the protocol includes. The process of neuronal learning in which 15 tutoring sessions 4.0 determine the development of the research protocol through three m or modules relating to document retrieval, processing, and protocol modeling variables. It is a systematic, continuous, and permanent process if it is considered that every project is susceptible to adjustments and therefore is provisional. In this way, the elaboration of the protocol would be a learning in networks of sessions, modules, data, and variables from which an academic, professional, and labor research agenda is built for the management, production and transfer of knowledge.
The hybrid model suggests that the training of intellectual capital regarding tutoring and the development of research protocols goes beyond the environment of a traditional classroom where the teacher leads the student towards a theoretical, methodological, and technical justification without considering other alternatives such as self-study, according for Garcia, J.; Delgado, M. & Garcia, C., (2018). In this process, innovation emanates from data processing rather than from the teacher's experience or the student's trial of mistakes and successes, for Juárez, García & Quintero (2019). It is a system in which knowledge and learning are compatible with technologies, devices, and networks, but no longer as an imposition in the face of the pandemic but as a pedagogical development of synchronous training.
The objective of this work was to establish the knowledge network around tutoring and the elaboration of research protocols, considering the confinement and social distancing that forced the emergence of the virtual classroom, as well as the risks associated with distance training such as cases of violence between the parties involved. The contrast of a model is proposed to explain the influence of tutoring 4.0 on the elaboration of the research protocol
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From the measurement of information processing indicators such as knowledge management, production and transfer, a common factor is inferred that the literature identifies as knowledge creation. Strategic alliances between universities and organizations are guided by the creation of knowledge. Competitive advantages translate into the creation of knowledge. Are there significant differences between information input, data processing and learning as knowledge production around academic training focused on tutoring and the development of research protocols?
For Bautista, Delgado, García, Valdés, Hernández, Castro & Trujillo (2016) the premise that guides this work warns that the academic formation of a knowledge network between the parties involved involves three phases of reception, processing and dissemination of information concerning conflicts, agreements and co-responsibilities synchronized in sequential phases of data input and output Consequently, knowledge management as an advisory in the development of protocols would be linked to the production of knowledge indicated by the association of data, as well as the transfer of findings whenever nodes of discussion and reorganization of optimization and innovation of resources emerge.
The proposed model will allow progress towards the diagnosis of academic, professional, and labor training from the management, production and transfer of knowledge (Garcia et al., 2015). The conversion of human capital into an intangible asset of knowledge creation can be explained from the model (Garcia et al., 2016). The design of pedagogical sequences guided by the model will allow scientific and technological training. The evaluation of the model will indicate the consequences of strategic alliances between universities and organizations in educational training.
In the case of literacy, understood as the teaching and learning of data and information for its synthesis in theoretical knowledge and practical application, its effects on reading and writing can be explained from the proposed model (Carreon et al., 2018). The model includes three types of knowledge that prevail in
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academic, professional, and work training. Data processing skills through tutorial 4.0 facilitate the translation of knowledge. However, studies on the effect of knowledge management and production have not been approached to explain the performance or use expressed in literacy (Garcia et al., 2018). Therefore, the proposed model will explain the impact of knowledge management on knowledge production. Knowledge management is assumed as the codification of measurable and comparable information (Carreon et al., 2019). This is the case of managing a technology such as tutoring 4.0 that allows access to data sources and their processing into information codes (Carreon et al., 2016). If access to data and codes is possible, then the volume of knowledge production will be predictable, as is the case with publications in books and magazines.
The production of knowledge relative to the number of publications in books and magazines by a community is a reflection of knowledge management, but also of the transfer of knowledge through academic, professional and work training (Garcia et al., 2018). This is the case of universities that establish strategic alliances with organizations to train the human capital that guarantees the continuity of skills and knowledge required in the development of an organization.
In the present work, the theoretical, conceptual, and empirical frameworks that demonstrate the effects of tutoring 4.0 on academic performance, educational performance and the quality of processes and products are exposed, evaluated, accredited, and certified. Next, the method of a study is presented to explore the incidence of 4.0 tutoring in the learning experience under the confinement of students. The findings are discussed considering the theories and evidence reported in the literature in a recent period before and during the health contingency.
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Method
Design. An exploratory, cross-sectional, and correlational study was carried out with a sample of 100 students (M = 21.3 years SD = 1.23 years; M = 7'890.23 monthly income SD = 243.56), considering their training in science behavior, as well as their social service and professional practice in knowledge-creating organizations in strategic alliance with the public university.
According from Llamas, Lopez & Garcia, C. (2019) instrument Intellectual Capital Training Scale was used, which includes dimensions related to knowledge management (“I will learn the use of technologies to search for professional opportunities”), knowledge production (“I will learn to process data in statistical software ") and knowledge transfer (" I will learn to model relationships between variables "). Each item includes five response options ranging from 0 = "not likely" to 5 = "quite likely."
Procedure; In each of the fifteen sessions of the 4.0 tutorial: 1) a pre-test application; 2) Group formation and collaborative leadership dynamics; 3) High in Publons, Clarivate, Mendeley and Frontiers, interaction with peers and experts through the question and answer system, as well as consultation of research projects and technological innovation; 4) Discussion of the challenges and challenges, as well as the alternative solutions proposed by peers and experts; 5) posttest application (Llamas, Lopez & Garcia, C., 2019).
Analysis. The data were processed in the statistical analysis package for social sciences version 24.0 considering the estimation of parameters of normality, reliability, adequacy, sphericity, validity, neural networks in which equation was used (Martinez, Sánchez & García, 2019).
Where: X 1 …, X n are the values of the input layer or the responses to the pre and posttest during the 15 sessions of the 4.0 tutorial referring to management (documentary research), production (elaboration of the protocol) and knowledge transfer (modeling of variables). W 1 …, W n are the synaptic weights of the relationships between the sum of the responses of the pre and posttests of each
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of the fifteen 4.0 tutoring sessions on management and of this on production successively until transfer and up to the research protocol; where b is the activation of the function applied to the summation of the p of the results (output layer) (Martinez, Sánchez & García, 2019).
Because the measurement model includes an input layer (4.0 tutorial sessions), three intermediate layers (document management or research, production or elaboration of the protocol, and transfer or modeling of variables), as well as a layer of output (research protocol) a radial equation was used (Morales, Lopez, Delgado, Mendoza, García &Olvera, 2018).
This is the same estimation process, although three intermediate or hidden layers are considered in addition to the input and output layer.
Results
The descriptive values of the instrument; normal distribution, reliability or internal consistency of the scale, sphericity, adequacy, and validity as requirements prior to the analysis of the neuronal structure (see Table 1) The results show that the tutoring and protocol development process is structured around three factors that reflect the virtual classroom and determine its use for academic purposes in a systematic and consistent way. Such findings allow carrying out structural analyzes to investigate the axes and trajectories of relationships between the factors and their indicators.
Table 1. Description of instrument R M SD A F1 F2 F3 r1 4.32 1.32 .782 .561 r2 4.56 1.45 .704 .436 r3 4.76 1.09 .761 .540 r4 4.12 1.41 .793 .672 r5 4.32 1.56 .752 .653 r6 4.45 1.89 .704 .547 r7 4.90 1.56 .761 .512 r8 4.31 1.43 .704 .436
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r9 4.58 1.23 .709 .640 r10 4.35 1.15 .782 .653 r11 4.12 1.08 .765 .573 r12 4.31 1.67 .710 .540 r13 4.33 1.56 .732 .467 r14 4.77 1.45 .704 .437 r15 4.57 1.53 .709 .531 r16 4.46 1.13 .743 .436 r17 4.09 1.47 .741 .532 r18 4.89 1.07 .721 .354 r19 4.53 1.56 .734 .412 r20 4.13 1.13 .709 .378 r21 4.37 1.31 .708 .547 r22 4.79 1.12 .731 .346 r23 4.31 1.57 .782 .578 r24 4.32 1.80 .754 .698
Source: Elaborated with data study, R = Reactive, M = Mean, SD = Standard Deviation, A = Alpha excluded value data, Adequation (KMO = .768), Sphericity ⌠χ2 = 13.24 (23 df) p < .05⌡Method: Principal ways, Rotation: Promax. F1 = Knowledge Management, F2 = Knowledge Production, F3 = Knowledge Transfer Suitability (KMO = .768) and Sphericity ⌠χ2 = 14.23 / 23 df) p <.05⌡. F1 = Knowledge Management (18% of the total variance explained and alpha of .786), F2 = Knowledge Production (14% of the total variance explained and alpha of .765), F3 = Knowledge Transfer (10% of the total variance explained and alpha of .760).
The validity of the instrument showed three main axes: management, production, and transfer of knowledge, which explained 42% of the total variance. To observe its structure of relationships between factors, the correlations and covariances were estimated (see Table 2). The results seem to corroborate the theorized structure in which the management, production and transfer of knowledge prevail as a logical sequence that can be observed in a hybrid model of neural networks. This is so because the respondents seem to have adopted the mentoring system as part
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of their academic and research training, being able to discern between the three factors and assimilate possible lines of learning and knowledge creation.
Table 2. Relations between factors M SD A F1 F2 F3 F1 F2 F3
F1 24.31 14.35 .783 1.00 1.78 .546 .437 F2 22.36 16.54 .704 .635*** 1.00 1.89 .632 F3 25.46 13.25 .798 .436* .547** 1.00 1.73
Source: Elaborated with data study, M = Mean, SD = Standard Deviation, F1 = Knowledge Management, F2 = Knowledge Production, F3 = Knowledge Transfer
To be able to observe the effects of tutoring 4.0, the structure of neural networks was estimated to detect learning, considering management (documentary research), production (elaboration of the protocol) and knowledge transfer (modeling of variables). There is a series of numerical sequences that demonstrate the differences between the input layer with respect to the hidden and output layer. In other words, knowledge management is distinguished from production and transfer, even though they share similar sequences, it was possible to notice degrees of learning inherent in the training system.
The results show a learning neural structure from tutoring, although the relationships between the components have semantic weights close to zero, indicating the influence of other variables in the teaching and learning process. This is so because in the virtual classroom and the setting of confinement and social distancing, they can exert some influence on tutoring and developing protocols. Lines of study on the impact of mitigation policies on learning and generation of knowledge will allow us to notice the degree of incidence, controlling and comparing confinement scenarios with high exposure to risks such as hospitals and low exposure scenarios such as the home. To be able to observe the structure of relationships between the factors and indicators, a model of structural equations was estimated (see Figure 1).
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Figure 1. Structural equation modelling Source: Elaborated with the study data: F1 = Knowledge Management, F2 = Knowledge Production, F3 = Knowledge Transfer; e = Error measurement indicator, d = Disturbance measurement factor

The adjustment and residual parameters ⌠χ2 = 14,35 (23df) p > ,05; GFI = ,995; CFI = ,997; RMSEA = ,0007⌡suggest the nonrejection of the null hypothesis, which alludes to the fact that there are significant differences between the structure of theoretical relationships with respect to the observed model. In other words, the network learning process seems to be differentiated in management, production, and transfer of knowledge, but the estimation of their
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relationships suggests a dual process in which the management and production of knowledge can be simultaneous, affecting the transfer of knowledge. knowledge. This effect distinguishes the virtual classroom from the traditional classroom where the transfer of knowledge influences the management and production of knowledge.
Discussion
The objective of this work was to establish the effects of tutoring mediated by technologies, devices, and networks on the development of the research protocol in a sample of students in the process of graduation and job placement. The reliability and validity of an instrument that measures before and after the effect of tutoring was established, which was established in fifteen sessions divided into five for the management, production, and transfer of knowledge (Quintero, Valdés, Delgado & García, 2018) The neural network structure notices the influence of each node in the hidden and output layers, but being very close to zero, the incidence of other variables that the literature identifies as utility and ease of use of the technology is noted.
In relation to the theory of tutoring 4.0 which highlights a learning focused on problems and alternative, multiple and differential solutions, the present work warns that the surveyed sample focuses its interest on the elaboration of the background of the problem in the first, tenth and eleventh session (Sandoval, Carreón, García, Quintero & Bustos, 2017). Future lines of research will allow us to observe the importance of the review of the literature in the elaboration of the protocol if it is instructed from a technology, device, or electronic network.
Regarding the 4.0 tutoring studies, which highlight learning from risks such as stalking, stashing, trolling, or hiding, the present work has shown that the sample the respondent focuses her attention on reviewing the literature and preparing the background of the problem, suggesting that risks can inhibit learning (Sandoval,
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Carreón, García, Quintero & Bustos, 2017) Research lines related to risks in documentary research will allow us to notice biases in the elaboration of protocols, as well as the background of the research problem.
Regarding the specification of the model that suggests greater learning based on an increase in autonomy; selfcontrol and self-efficacy, the present work has revealed the importance of the review of the literature and the elaboration of antecedents since they complement a self-learning of the relationships between variables reported in the literature, developing an experience and wisdom that will position the student as an expert on the theme or problem.
Future lines of research concerning systems centered on the institution, the teacher or the knowledge management, production and transfer system will allow us to notice the influence of the environment, as well as the response of the parties involved in the face of crises or risks. In such a scenario, process innovation appears to be an alternative to resource optimization (Valdés, Vilchis, Bautista, García & Castro, 2017). In other words, in the face of a health and economic crisis, rather than austerity, it is necessary to innovate to generate the knowledge that allows to overcome risks and contingencies.
Conclusion
The objective of this work was to establish a knowledge network related to mentoring and training of human capital for the elaboration of protocols. A structure of three factors or layers was found that explain the search, processing, and dissemination of data, although the values of the relationships between the factors and their indicators suggest investigating the influence of confinement and social distancing, comparing high-risk scenarios with scenarios of low risk.
The development of a training strategy, considering the differences between the traditional and virtual classroom, as well as
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
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the systems focused on the institution, the teachers and the students compared to the proposed model, will make it possible to detect knowledge networks based on the demands of the environment and the availability of resources, but no longer as an optimization strategy in the face of crises but as an innovation strategy to overcome the crisis.
In this way, the implications that this work has for educational policies would be oriented towards the development of training protocols that encourage autonomy and collaboration between the parties involved.
If we have the technologies, devices, and networks for the development of projects, then we must consider that the tutor must have more knowledge in the use of these platforms. I n use of technologies, devices and networks is necessary for academic and professional training since students now find it easier to carry out their activities through their smartphones. On the other hand, universities are forced to offer non-face-to-face careers, to bring the university closer to a larger population.
Teachers are faced with the rejection of technology, the challenge to change since we are used to the fact that classes must be face-to-face or not knowing how to use technological devices and consequently the different platforms. Their training should be around the use of technologies, the use of English, knowledge about the different platforms, creative ways of working with students, knowing how to identify how to work with the different cultural, social, and economic aspects of the students. students. Collaborative work, organized work, these aspects are not always dominated by teachers, therefore we do not know how to instill it in students. Teachers require the use of technologies, devices (mobile, storage), networks and specific software that are used when giving a class or tutoring, use of email, collaborative work.
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
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Francisco Espinoza Morales
Doctor en Educación. Profesor Investigador. Universidad de Sonora (México), Campus Navojoa, Departamento de Economía. Adscrito al Sistema Nacional de Investigadores del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología deMéxico.
Jorge Hernández Valdés
Doctor en Trabajo Social. Profesor Investigador. Universidad Nacional Autónoma de México, Escuela Nacional de Trabajo Social (México)
Javier Carreón Guillén
Doctor en Administración Profesor Investigador Universidad Nacional Autónoma de México, Escuela Nacional de Trabajo Social. Adscrito al Sistema Nacional de Investigadores del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (México)
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
Francisco Espinoza Morales; Jorge Hernández Valdés; Javier Carreón Guillén; Cruz García Lirios; Margarita Juárez Nájera; José Marcos Bustos Aguayo Páginas/ Pages 73-96
Cruz García Lirios Doctor en Estudios Políticos Complejos. Profesor Investigador. Universidad Autónoma del Estado deMéxico, Unidad Académica Profesional Huehuetoca, Departamento de Trabajo Social (México)
Margarita Juárez Nájera Doctora en Ciencias Sociales. Profesora Investigadora. Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Azacapotzalco (México).
José Marcos Bustos Aguayo Doctor en Psicología, Profesor Investigador, Universidad Nacional Autónoma de México Facultad de Estudios Superiores Zaragoza.
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Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 73-96 DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
Espinoza Morales, Francisco; Hernández Valdés, Jorge; Carreón Guillén, Javier; García Lirios, Cruz; Juárez Nájera, Margarita; Bustos Aguayo, José Marcos (2022). Tutoring Model 4.0 and development of research protocol. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 73-96. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.22612
LOLA TORRES, PASADO, PRESENTE Y FUTURO DE SU CANCIONERO: ANÁLISIS DE LA HERENCIA
EDUCATIVA DE UNA MUJER
LOLA TORRES, PAST, PRESENT, AND FUTURE OF HER SONGBOOK: AN ANALYSIS OF A WOMAN'S EDUCATIONAL HERITAGE
Azahara Arévalo Galán Universidad de Córdoba (España)
E-mail: m02argaa@uco.es
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9002-0245
Recibido: 13/07/2021 Aceptado: 28/01/2022 Publicado: 07/07/2022
RESUMEN
Este estudio subraya la labor musicológica y pedagógica de María Dolores Torres de Gálvez. El trabajo se encuentra metodológicamente dentro del marco de un estudio bibliográfico e histórico. Este realiza una aproximación al recorrido vital de la etnomusicóloga jienense, a través de un vaciado documental de la difusión que su trabajo ha proyectado sobre la comunidad científica internacional. Dentro de esta aportación también se realiza un recorrido sobre la denominación del término folclore musical, su evolución histórica y su valoración como fuente nacional y regional, tomando como ejemplo la herencia del Cancionero de Lola Torres Los resultados de este trabajo muestran un reflejo sobre la práctica actual de este cancionero, su enseñanza y las principales fuentes científicas sobre la didáctica del folclore musical y su posible difusión musical en el futuro. Lola Torres se convierte en símbolo de mujer, todavía viva dentro de la práctica de su cancionero, su legado, siendo muestra de un ejemplo folclórico andaluz, patrimonio musical y recurso de incalculable valor didáctico.
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
Palabras clave: cancionero; compositor; enseñanza; etnomusicología; folclore musical; Mª Dolores Torres; mujeres en lamúsica
ABSTRACT
This study highlights the musicological and pedagogical work of María Dolores Torres de Gálvez. The work is methodologically within the framework of a bibliographic and historical study. It provides an approach to the life of this ethnomusicologist from Jaén, by means of a documentary review of the dissemination that her work has projected on the international scientific community. This contribution also includes an overview of the denomination of the term musical folklore, its historical evolution, and its valuation as a national and regional source, taking as an example the heritage of Lola Torres songbook. The results of this work show a reflection on the current practice of this songbook, its teaching, and the main scientific sources on the didactics of musical folklore and its possible musical dissemination in the future. Lola Torres becomes a symbol of a woman, still alive within the practice of her songbook, her legacy, being a sample of Andalusian folklore, musical heritage, and a resource of incalculable educational value.
Keywords: composer; ethnomusicology; Mª Dolores Torres; musical folklore; song book; songwriter; teaching; women inmusic
Introducción
Los entornos rurales se encuentran en vías de extinción, las personas viajan a las ciudades en busca de trabajo, de formación, de ocio… También su cultura musical se encuentra en peligro, porque como bien afirmaba Federico García Lorca: “Las canciones se parecen a las personas, ya que, normalmente, viven y, en muchos casos, se perfeccionan, aunque algunas degeneran y se deshacen” (Ossa, 2018, 3). La resurrección de estas canciones a través de diversos cancioneros provinciales, comarcales, locales y generalistas se ha realizado en los últimos siglos. En este trabajo han intervenido diferentes instituciones como “los fondos escritos o fonográficos de la Fundación Joaquín Díaz o la Institución Milá y Fontanals con su Fondo de Música Tradicional, que alberga más de
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
20.000 melodías copiadas en papel y recogidas entre 1944 y 1960 por toda España por la Sección de Folclore del Instituto Español de Musicología” (Díaz, 2020, 14). Aunque también, por iniciativas particulares de investigadores, músicos y pedagogos que apuestan por la revitalización de este repertorio (García, Arrebola, Sánchez y Ayala, 2017).
La investigación es necesaria, pero también la difusión, de aquí la importancia de que estas canciones sigan permaneciendo vivas, entre las nuevas generaciones. Por esta razón, es crucial la labor de la enseñanza de este repertorio. Los responsables de esta difusión son, en su mayoría, las asociaciones específicas que se crean con este objetivo, porque el folclore como muestra del patrimonio cultural contiene el mismo valor que otras muestras musicales paralelas, de aquí la importancia de difusión e investigación.
Una de esas grandes muestras del pasado se encuentra en el Cancionero de Jaén, un auténtico legado que forma parte del patrimonio andaluz, de aquí su importancia y revalorización. También conocido como Cancionero de Lola Torres, porque fue esta mujer la que lo recopiló, superando todas las dificultades del momento. Esta investigación puede contribuir en parte a la difusión y popularización de dicho repertorio, para que no quede delimitado principalmente en la provincia de Jaén porque “a la hora de trasmitir un mensaje mediante una canción o melodía no se aplican barreras geográficas, ni culturales, ni incluso idiomáticas” (Díaz, 2020,15).
Método
A raíz del punto inicial de partida, según las recientes investigaciones de la musicología sobre las canciones como testimonio del folclore andaluz, se ha propuesto dar respuesta a las siguientes ideas previas, nacidas de una primera toma de contacto con la temática. El objetivo principal de este estudio se centra en subrayar la labor etnomusicológica de un símbolo femenino representado a través de Lola Torres y su cancionero, pero también reconocer la importancia de los recientes estudios culturales y musicológicos (Galey, 2011; Carrera, 2003 y Viñao, 2012) que
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
subrayan la importancia de la música de tradición oral, como patrimonio inmaterial. Unido a este objetivo principal existen otros que se derivan del mismo.
- Recopilar datos biográficos sobre la formación musical, trayectoria académica y profesional de la etnomusicóloga Mª Dolores Torres, como símbolo de su trabajo como mujer dentro de la musicología andaluza.
- Consultar la fuente original del Cancionero de Jaén y analizar su valor como fuente musical, como legado del patrimonio andaluz.
- Subrayar las prácticas musicales y las fuentes científicas que hacen mención del trabajo de Lola Torres, valorando la difusión y proyección que hacen de su obra dentro del ámbito de la musicología, pero también de la interpretación y la didáctica. En primer lugar, se ha realizado un vaciado de datos científicos relacionados con la temática, utilizando un método de investigación bibliográfico (Jurado, 2002), redactado según las indicaciones que sugiere la normativa APA 7º edición. La revisión bibliográfica y documental de este trabajo ha comprobado la inquietud por parte de la comunidad científica musical, por revalorizar el folclore como muestra del patrimonio cultural. En segundo lugar, se ha procedido a la descripción histórica sobre los principales estudios, que muestran diferentes ejemplos del Cancionero de Jaén. Estos constituyen una nueva construcción del discurso histórico desde la catalogación, recopilación y descripción de esta parte del patrimonio andaluz, para comenzar a sentar las bases de un catálogo sobre la temática y así proceder a una futura revalorización de las fuentes.
La investigación parte del trabajo de Lola Torres y estudia como su herencia, ha repercutido sobre producciones científicas posteriores y prácticas educativas, experiencias musicales, difusión del repertorio, composiciones que toman el modelo. Tras estas premisas se ha realizado un trabajo minucioso en archivos españoles, principalmente para analizar la fuente principal del estudio: Cancionero popular de Lola Torres, obra consultada en archivo debido a constituir una fuente patrimonial de gran valor para Andalucía. Unido a este trabajo, se han realizado consultas de fuentes secundarias en formato físico y digital, teniendo en cuenta
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
los instrumentos de descripción de los diferentes depósitos documentales. A través de diferentes técnicas de información bibliográfica se han adquirido fuentes y citas especializadas juntos con otros recursos historiográficos. En un primer momento, se ha analizado la fuente principal, tipografía de notación, estética y conservación del documento. De forma paralela, se estableció un meticuloso trabajo de vaciado de documentación bibliográfica cuyo nexo en común era el análisis de la fuente principal. Se establecieron diferentes categorías, puesto que unas fuentes eran corte musicológico y otras de carácter didáctico. De este vaciado surgieron diferentes categorías de análisis, unas que determinaban la construcción de la vida y obra de Lola Torres y otras que reflejaban como su cancionero se analizaba e interpretaba desde la práctica y educación musical.
Con este material, se ha construido un discurso histórico que revaloriza la fuente original: Cancionero Popular de Jaén. El estudio bibliográfico queda secuenciado de esta forma, a través de dos caminos derivados de la fuente principal. Por un lado, un recorrido etnomusicológico sobre la vida y obra de los autores que recogieron y publicaron las fuentes vocales e instrumentales y por otro lado, el legado didáctico que esta obra deja a su paso por las diferentes instituciones escolares y agrupaciones populares que la interpretan, así como el interés que genera en la comunidad científica internacional dentro del campo de la educación musical.
Resultados
El cancionero de Jaén como fuente: Lola Torres Uno de los ejemplos que dan testimonio de esta riqueza folklórica (recopilando numerosas piezas con música y letra) es el Cancionero Popular de Jaén de María Dolores Torres y Rodríguez. Lola Torres, constituyó un ejemplo de profesionalidad musical, superando las barreras de los estereotipos de su época, que consideraban el aprendizaje musical en una mujer, como un símbolo de élite o adorno. Lola destacó por su labor pedagógica a nivel vocal e instrumental y por la recopilación de las muestras folklóricas de la provincia de Jaén, con la intención de dirigir dicho material hacia su
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
alumnado. Emilio Rey García (2001), incluye el Cancionero de Lola Torres, dentro de su catálogo de libros sobre la música tradicional en España, resaltando como característico de la obra que “recoge abundante e interesante material” . María Dolores, perteneció a una familia acomodada, además de contar con los recursos necesarios para su formación fue una excelente estudiante, maestra y profesora de conservatorio, así como fundadora de los Coros y Danzas de la provincia de Jaén, entre ellos, el coro polífónico de Santa Cecilia y la “Masa Coral Infantil creada hacia 1942, con ayuda del ayuntamiento de la capital” (Jiménez, 2011, 291). Esta profesional de la música nació en Jaén el 18 de abril de 1901. Sus padres fueron Don Serafín de Torres Hoyos y de Doña Carmen Rodríguez de Gálvez y de Bonilla. Nació y vivió en la casa de Cañuelo de Jesús, allí también le sorprendió la muerte el día 31 de mayo de 1968. Su familia era considerada como una de las distinguidas dentro de la ciudad, ofreciéndole a su hija desde su más tierna infancia, las posibilidades de una educación ejemplar. Estudió en el colegio de las Carmelitas, su dedicación a la música comenzó a la edad de seis años. Recibió sus primeras lecciones de música de Joaquín Reyes (organista de la catedral de Jaén). Además, estudió otros instrumentos como la mandolina, el laúd, guitarra y bandurria. En su adolescencia, también recibió clases de Antonio Piedra de Guardia, considerado como un gran virtuoso del violín y profesor de la escuela de magisterio. Y con el conocido Maestro Cebrián (director de la banda municipal de Jaén) que le impartió clases de armonía. Sin embargo, Lola Torres completó su formación académica consiguiendo el Diploma del Conservatorio Oficial de Música de Córdoba, obteniendo el premio fin de carrera en 1941. Amplió su formación didáctica y pedagógica con la realización de diferentes cursos en Barcelona y en el Real Conservatorio de Madrid. A pesar de su excelente formación a Lola Torres le tocó vivir una época donde la mayoría de los trabajos femeninos estaban controlados por el gobierno y la Iglesia, fue una “imagen de la mujer de la sociedad franquista totalmente condicionada” (Lorente, 2013, 99).
El Ayuntamiento de Jaén la nombró Profesora Municipal de Canto, impartiendo clases de música a alumnado procedente de los
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colegios públicos que no recibían esta área de forma específica. En la década de los sesenta del siglo XX, participó con el coro en varios certámenes y concursos consiguiendo las mejores puntuaciones. Lola Torres también perteneció a la Sección Femenina de su ciudad y contribuyó a la creación de coros y grupos de danzas que tuvieron proyección provincial y nacional; el estudio del folclore fue “un aspecto de la música cuidado por esta organización; en este sentido podemos mencionar el concurso convocado por dicha institución para la recogida de canciones populares” (Jiménez, 2011, 77).
Junto a estas actividades musicales y docentes, Lola Torres con extraordinaria vocación y paciencia, fue recogiendo durante muchos años la letra y la música de las canciones típicas de los pueblos y de los campos giennenses. En 1955, fue premiada su labor de investigadora por el instituto de estudios giennense. En su cancionero se recogen canciones infantiles, de baile, religiosas, humorísticas, aguilandos, melenchones y romances. El cancionero “fue publicado como obra póstuma por el Instituto de Estudios Giennenses y el Patronato José María Quadrado del C.S.I.C.” (Galey, 2011, 16). El 31 de mayo de 1968 muere María Dolores Torres, desapareciendo de esta forma una de las figuras musicales más destacadas a nivel nacional. A pesar de todos los inconvenientes, esta mujer consiguió dejar huella en su ciudad natal y en las generaciones que la siguen admirando.
Herencias de las versiones del cancionero
La música tradicional de la provincia de Jaén se caracteriza por su diversidad, originada por las diferentes culturas que han pisado sus tierras, enriqueciendo estas, notablemente el panorama musical jienense. Estas formas culturales y musicales se encontraban enraizadas con las costumbres del pueblo. En esta provincia destacó el germen de los conocidos melenchones (Urbano, 2003), fruto de una intensa memoria colectiva que los trasladó de generación en generación.
Los melenchones son piezas musicales con una estructura de cuatro versos que llevaban intercaladas una estrofa a modo de estribillo en alguna de sus variaciones. Los melenchones eran interpretados por el pueblo en las conocidas romerías, en las tareas
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del hogar y del trabajo agrario, en la recogida de la aceituna, pero sobre todo en las “Lumbres de San Antón”. Estas fiestas en torno a las hogueras donde se quemaban los restos que sobraban de las tareas agrícolas, cuyos cantos asociados principalmente a la danza, contenían grandes influencias culturales de diversas regiones andaluzas.
En el año 1986, Joaquín Reyes escribió Canciones populares de Jaén (Recuerdo a Lola Torres), publicadas por el Instituto de Estudios Jienense. El docente y compositor Joaquín Reyes, tomó 19 canciones extraídas del Cancionero de Lola Torres, armonizándolas para ser interpretadas como piezas líricas con un acompañamiento pianístico con el objetivo de aumentar la difusión, práctica y reconocimiento del cancionero. Estas piezas iban acompañadas de un breve prólogo realizado por el mismo compositor. Los acompañamientos pianísticos, respetan en todo momento el transcurso melódico de la canción. Normalmente presentan forma estrófica o la clásica división en dos partes protagonizadas por varias estrofas y el estribillo que suele repetirse. En la mayoría de los casos, aparece una exposición instrumental a cargo del piano, que presenta el tema principal de la canción, realizando imitaciones y sencillas progresiones de los diferentes motivos melódicos. En su mayoría presentan un acompañamiento tonal, raramente modal, realizando giros tonales muy limitados, pero utilizando a pesar de su sencillez, gran colorido en el uso del instrumento como acompañante. En el citado trabajo Joaquín Reyes afirma que a Lola Torres se le debe “una labor, para la que se requiere mucho amor a las tradiciones musicales de su provincia, y un gran conocimiento de su folklore.” (Reyes, 1986, 15).
A principios del siglo XX Carmen Santamaría Lucarelli (2004) realizó una recopilación de estos cantos. Durante estos años también se producen otras colecciones como la de Urbano Pérez (2003) o la de Nieto Serrano (2002). Por último, dentro de las más recientes, Sicilia de Miguel y Navasal Huertas (2008) y Torres Gómez (2012) realizaron una completa selección de melenchones, canciones y composiciones pertenecientes al romancero popular de Jaén. Estas recopilaciones se unen al trabajo que realizó María Dolores Torres (1972). Ella dedicó su vida a recopilar estas coplas
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que formaban parte prácticamente del olvido de las generaciones que las interpretaban. Su adaptación del “Cancionero Popular de Jaén tiene especial interés por ser la primera aportación académica que se hace del tema, además del valor intrínseco del repertorio textual y musical recopilado” (Urea, 2017, 710).
Práctica y metodología de su enseñanza
La escuela se convierte en uno de los focos principales para reactivar la práctica y transmisión del folclore, un aprendizaje preferentemente oral, que se encuentra enriquecido si se asocia a práctica vocal (Beltrán, Díaz, Pelegrín, y Zamora, 2002), instrumental (Martínez-Rodríguez, 2021), la improvisación (Bernabé, 2014), la gamificación (Ramos-Ahijado y Botella-Nicolás, 2016), juegos populares (Parejo, Cortón-Heras y Giráldez-Hayes, 2021) o a la danza (Díaz-Olaya, 2012; de las Heras, 2020). Esta resurrección o revalorización del patrimonio musical (Valverde y Godal, 2018), se nutre de las diferentes investigaciones y prácticas educativas en Infantil (Beldrán, Díaz, Peregrín y Zamora, 2002), Primaria (ChaoFernández, Gisbert-Caudeli & Chao-Fernández, 2020), Secundaria (Roldán-Herencia y Ferreira, 2013), pero también desde la formación del profesorado (García-Gil, Pérez-Colodrero y Bernabé, 2018). Afortunadamente el colectivo docente cada vez es más consciente de la importancia de la presencia del folclore del desarrollo de la educación artística (Sarfson, 2020; Fontal, 2016).
En el año 2011 fue publicada la tesis doctoral El Cancionero Popular de Jaén de Lola Torres. Estudio musicológico por Mª Isabel Galey Manjón. Esta autora reconoció con su trabajo la riqueza y el valor del mismo por constituir una fuente única, una “obra sistemática de recopilación de canciones populares tradicionales, adscritas a una amplia gama de géneros” (Galey, 2011, 12). Unos años más tarde, en su tesis relacionada con la temática, Luis Moreno también hace referencia al estudio y práctica de los cancioneros que aparecerán a lo largo de toda la geografía española, serán “iniciativas individuales de profesionales diversos con formación musical académica que se interesaron por las melodías populares” (Moreno, 2016, 44).
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En el ámbito de estudio literario, la Universidad de Jaén también cuenta con varios trabajos que se han dedicado al estudio y grabación de estas fuentes. Es el caso del estudio de David Mañero (2011) que realizó un trabajo de campo de grabación y recopilación de estas fuentes, digitalizadas en el denominado Corpus Digital Giennense de Literatura de tradición oral (CDG), alojado en el servidor de la Universidad de Jaén. En los últimos años también destacan las investigaciones de Pilar Casado (2014) y de Marta Navas y Pierre Yves (2009-2010), estos trabajos recogen un interesante corpus de romances y canciones registradas en varias localidades de la provincia de Jaén. Estas investigaciones demuestran que la práctica de estas canciones sigue viva y que en cierta medida sería necesaria la colaboración entre los investigadores del ámbito de la etnomusicología y la literatura para dar testimonio fiel de este rico legado del patrimonio andaluz. Dentro del entorno de la enseñanza musical, el repertorio de este cancionero ha tenido especial difusión, por un lado, como enseñanza de juegos y canciones para niños y niñas especialmente focalizados en la provincia de Jaén, muestra de ello, son los trabajos de López y Martínez (2001) y el trabajo de los autores Ayala, Latorre, Sánchez y Herrador (2008) que detallan el desarrollo del cancionero popular de Jaén relacionado con juegos motrices tradicionales, anécdotas y matices autonómicos en el término municipal de Úbeda. Estos autores destacan por un lado el uso del documento como recurso didáctico, pero también como lectura para las personas adultas de la zona que con este trabajo recordarán de forma nostálgica su pasado.
En el pasado, pero también en el presente, los centros escolares se convierten en los entornos ideales para la transmisión de este tipo de cancioneros (Cerrillo y Sánchez, 2012). La práctica del folclore en entorno infantil es necesario para que se mantenga vivo de esta manera se le ofrece al “alumnado el conocimiento de su propia música, la que cantaron sus padres, sus abuelos y sus antepasados” (Arévalo, 2009, 12). La educación vocal y la educación coral deben recoger entre sus repertorios una selección de canciones populares propias de la cultura popular de las regiones (Pascual, 2006). Nuevas metodologías como las digitales (Sánchez,
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2013) se ponen al servicio de la enseñanza de estos cancioneros, uniendo lo tradicional desde la innovación pedagógica, a través de recursos audiovisuales que pueden acercar, motivar y aumentar el interés del alumnado por el aprendizaje de este repertorio (RamosAhijado, Botella-Nicolás y Fernández-Gil, 2016).
La práctica de este cancionero constituye uno de los repertorios populares dentro de la enseñanza musical en las aulas de primaria andaluzas. A través de la interpretación de sus canciones en el entorno escolar, los docentes descubren la importancia del aprendizaje de estas piezas, para mantenerlas vivas dentro de la cultura popular, porque la “música se encuentra íntimamente arraigada a la cultura de la que procede, por lo que el estudio de las funciones, actitudes, valores, temática, motivaciones sociales y fenómenos artísticos se consolidan como base para comprender la influencia de dicha música en el ser humano” (Arévalo, 2020, 232). Lola Torres se ha convertido en los últimos años en un símbolo y en un referente educativo en contenidos relacionados con la igualdad, la historia de mujeres, su lucha, siendo un referente para el patrimonio artístico andaluz. De esta forma la Conserjería de Educación y Deporte de la Junta de Andalucía en su portal Averroes (servicio dinámico de información, publicación y difusión de contenidos de interés para la Comunidad Educativa Andaluza priorizando la innovación y la investigación educativa), hizo referencia al trabajo de Mª Dolores Torres y Rodríguez de Gálvez en una edición titulada como Mujeres deAndalucía. Con este material se pretendía subrayar el trabajo y la singularidad de los perfiles femeninos dentro deAndalucía.
El camino que comenzó la autora se potenció años más tarde con el trabajo de la Asociación Provincial de Coros y Danzas que se creó en 1943 y que concentró sus esfuerzos en realizar tareas de “investigación y recopilación del folclore local, acotado al campo de las canciones y danzas bailables de la provincia de Jaén, y a la edición de discos, así como a su interpretación en festivales, certámenes, ferias, exposiciones, fiestas locales y demás espectáculos” (Galey, 2011, 18). Esta asociación focalizó sus esfuerzos en recopilar las costumbres y el arte popular de la provincia de Jaén Este grupo ha proyectado su actividad a lo largo
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de la geografía nacional e internacional, realizando interpretaciones lo más fieles posibles a la tradición folclórica original. La formación es uno de los ideales de esta asociación ofreciendo a grupos infantiles, escuelas de danza, certamen de villancicos y folclore. Por último, el grupo Andaraje centrado en la recuperación de la música de tradición oral, ha recopilado diversos cancioneros, investigando y rescatando las melodías originales de las fuentes. Entre sus grabaciones se encuentran varios trabajos centrados sobre el Cancionero de Jaén (Nieto, 2002).
Discusión
El trabajo de campo de la etnomusicología centrado en la grabación, transcripción y difusión de las fuentes folclóricas musicales encuentra en su camino ciertas dificultades, por lo que es necesario buscar nuevas fusiones que revaloricen las prácticas folklóricas para una posible recuperación y reinterpretación. En ocasiones, la tradición, ha deformado las melodías a través de la trasmisión oral y el paso de generación a generación, característica que dificulta la opción de determinar raíces con precisión. El trabajo de recopilación genera enormes dificultades a causa de las diferentes interpretaciones que cada pueblo realiza de su folclore
El folclore puede enriquecerse y ampliar su campo de expansión tomando como ayuda y complemento el acompañamiento clásico, no con el objetivo de variar su auténtico significado, sino con la finalidad de colorear su tímbrica, ofreciendo un nuevo camino y acercamiento de esta práctica a las futuras generaciones que, con notable frecuencia, lo desconocen. Una gran parte de las melodías publicadas no aparecen solas, es frecuente encontrar la transcripción de las piezas con acompañamiento pianístico. Estas versiones son válidas “siempre que estén bien armonizadas y no mermen el valor auténtico de la música tradicional” (Rey, 2001, 71).
El trabajo de la música folklórica como parte de la clásica o viceversa, es una práctica muy usual entre destacadas figuras musicales españolas, algunos compositores incluso firmaron como canciones de concierto algunas melodías que pertenecen a nuestro folclore. “Normalmente el músico ha buscado en algún momento de
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su labor creadora apoyo, guía, orientación, modelo, punto de partida en lo que, por ser del pueblo, es patrimonio general” (Fernández, 1981, 26). Es preciso, seguir potenciando este tipo de prácticas que extraen de lo popular la fuente de conocimiento y que se sirven de lo popular para poder llegar de una forma más atractiva al oyente.
La enseñanza también ofrece la posibilidad de transmitir este tipo de repertorio, dando a conocer a través de la interpretación y la didáctica la forma de llegar a tocar, cantar, analizar y explorar otras corrientes no menos válidas que las representadas hasta el momento y mucho más cercanas a nuestra realidad. La interpretación de música popular debe tener cabida tanto en el seno de las agrupaciones folclóricas que lo defienden, como en los diferentes centros escolares, academias musicales, coros, corales y agrupaciones para el desarrollo de la danza. De esta manera puede llegar parte de la música folklórica no solo los y las profesionales que las interpretan sino también a nuevas generaciones de amantes de la música popular que reconozcan y aprecien su valor.
La figura de Lola Torres representó el prototipo de etnomusicóloga española de principios del siglo XX, enamorada de su tierra, ofreciéndole a la misma tierra que la vio nacer un trabajo de recolección que todavía hoy puede estudiarse e interpretarse gracias a su labor. Es notable la presentación que la recuerda en el prólogo de su cancionero, más aún es analizar su trabajo y poder admirarlo detenidamente. De notable interés musicológico, es el estudio del folclore, esta vez un folclore con huellas de mujer, que inspira a las que todavía empiezan para que sus trabajos brillen, porque estos serán los que verdaderamente se preocupen por descubrir las bellezas de nuestra tierra.
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Azahara Arévalo Galán
Doctora enMúsica por el programa de Lenguas y Culturas de la Universidad de Córdoba. Está Acreditada por ANECA como Ayudante Doctor. Profesora del Departamento de Educación de la Universidad de Córdoba y funcionaria en activo del cuerpo de Maestros en Educación Musical de la Junta de Andalucía, con amplia experiencia en Educación Infantil, Primaria y Secundaria. Es Diplomada en Educación Musical y Graduada en Educación Primaria Licenciada en Historia y Ciencias de la Música Título de Profesora Superior de Piano. Cursó Másteres y Doctorado en la especialidad de Educación Musical y Patrimonio Musical. Sus investigaciones se centran en el estudio de la prensa histórica y la música, la música popular, robótica musical, metodologías activas de inclusión educativa y tertulias dialógicas musicales.
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Arévalo Galán, Azahara (2022). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 97-113. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20 21760
Arévalo Galán, Azahara (2021). Lola Torres, pasado, presente y futuro de su cancionero: análisis de la herencia educativa de una mujer. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 97-113. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.21760
DISEÑO METODOLÓGICO PARA EL USO DEL MUSICOMOVIGRAMA EN CONTEXTOS COLABORATIVOS UNIVERSITARIOS
METHODOLOGICAL DESIGN FOR THE USE OF THE MUSICOMOVIGRAM IN COLLABORATIVE UNIVERSITY CONTEXTS
Juan Carlos Montoya Rubio Universidad de Murcia (España)E-mail: juancarlos.montoya@um.es
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1697-0023
Recibido: 14/01/2022
Aceptado: 09/02/2022 Publicado: 08/07/2022
RESUMEN
Este artículo se fundamenta en las potencialidades de la música para compartir, modificar y reutilizar recursos educativos a través de los medios tecnológicos. Para ello, se recurre a las realizaciones de estudiantes de magisterio en formación, quienes son instados a analizar, modificar y compartir materiales. Entre estos, hallamos los musicomovigramas, derivación de los clásicos musicogramas que tuvieron un amplio desarrollo en las últimas décadas. Metodológicamente se presenta un diseño partiendo de una investigación que recopila algunos de los casos más habituales en portales de publicación de vídeos. Tras ello, los alumnos realizan un trabajo de análisis más detallado, a partir de fichas estandarizadas creadas a tal efecto Los resultados muestran la posibilidad de configurar una secuencia pedagógica propia que se nutra de recursos videográficos ajenos, adaptados y propios. Como conclusiones, se discute y enfatiza la pertinencia del modelo y su aplicabilidad.
Montoya Rubio, Juan Carlos (2022). Diseño metodológico para el uso del musicomovigrama en contextos colaborativos universitarios. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 115-135. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23694
Palabras
clave:
Educación musical; elaboración de materiales; formación de profesores; innovaciones educativas; innovaciones tecnológicas
ABSTRACT
This article is based on the potentialities of music to share, modify, and reuse educational resources through technological means. To this end, it draws on the work of student teachers, who are encouraged to analyse, modify, and share materials. Among these, we find the musicomovigraph, a derivation of the classic musicograms that had a wide development in the last decades. Methodologicalically, a design is presented based on an investigation that compiles some of the most common cases in video publishing portals. After that, the students are asked to carry out a more detailed analysis work, based on standardized files created for this purpose The results show the possibility of configuring their own pedagogical sequence, which use external, adapted, and own videographic resources. As conclusions, the relevance of the model and its applicability are discussed and emphazised.
Keywords: educational innovations; development of materials; Music education; teacher training; technological innovations
Introducción
La formación de los docentes de educación musical ha de garantizar que se instruye a los futuros maestros en la generación compartida de recursos y en el conocimiento de las herramientas colaborativas existentes, así como aquellas que puedan surgir con el paso de los años. Por ello, es básico plantearse el modo en que se les capacita para elaborar recursos y cómo esa instrucción ha de pasar de habilidades individuales a colectivas e interconectadas con otros docentes (Blasco-Magraner y Bernabé-Valero, 2016). Para un estudio como el nuestro, que trata de conjugar desde un prisma educativo el potencial del audiovisual con el de la compartición de recursos online, este aspecto se erige en fundamental. Ciertamente, es capital porque determinados estudios apuntan a la minorización de las herramientas orientadas al profesorado para acceder a los procesos de alfabetización digital (Del Valle-Rojas, Denegri-Coria y Chávez-Herting, 2012) y otros tantos muestran cómo la competencia
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audiovisual enfocada hacia los estudiantes de magisterio puede ser garante de innovación y creatividad (Santibáñez-Velilla, 2010). Encauzar correctamente ambas dimensiones es una aspiración que perfila un ingente potencial para los discursos educativos en general y para los artísticos, ámbito donde ceñimos esta aportación, de manera particular (Baches-Gómez y Sierra-Huedo, 2019)
El musicomovigrama en el entorno de la pedagogía musical a través del audiovisual
Con ello, el presente texto trata de ilustrar como el musicomovigrama, un recurso que ha ido ganando protagonismo durante los últimos años en la educación musical al mismo ritmo que lo ha hecho la dotación y el avance tecnológico de las aulas, puede ser entendido como un punto de encuentro entre la metodología musical tradicional y su proyección al futuro En esencia, se trata de una representación visual del discurso musical, elaborado con la finalidad de guiar y facilitar la escucha, pero con la particularidad de que su desarrollo implica imágenes en movimiento, de tal forma que el alumno puede apreciar cómo evoluciona la audición a través del sentido de la vista. Como puede intuirse, este tipo de recursos puede llevar aparejadas indicaciones para el desarrollo procedimental (movimiento, prosodia, instrumentación, etc.) que hagan más provechosa su implementación en las aulas. En este sentido, existen modelos que los categorizan y que nos conducen a un buen número de ellos, donde pueden ser hallados (Montoya Rubio, Montoya Rubio y Francés Ariño, 2009).
La idea de hacer evolucionar la materia en su conjunto a través del uso compartido de herramientas de publicación de información (en este caso en formato vídeo) enfatiza su atractivo (Waddell y Williamon, 2019). En este sentido, a través de la docencia en las especialidades de música de diversas facultades de magisterio, se ha ido puliendo un sistema por el cual los alumnos universitarios se sirven de los musicomovigramas alojados en los portales de compartición de vídeos, los integran en sus ensayos de secuencias pedagógicas y los adaptan a diferentes realidades educacionales. Para ello, en ocasiones, se precisa modificar el formato inicial, de manera liviana o severa, y, en otras, se hace necesario complementar los vídeos existentes con otros de factura
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propia que pueden ser igualmente puestos a disposición de la comunidad educativa, de forma que las propuestas pedagógicas elaboradas por los alumnos no solo sirvan para curtirse y testar sus propios conocimientos sino, además, para ampliar las tipologías y posibilidades de los propios musicomovigramas colgados en la red. La simplicidad en el manejo de las herramientas tecnológicas y la ausencia de problemas para la puesta en común en plataformas como YouTube hacen que las posibilidades del recurso, que ya de por sí son amplias dentro de las clases de música, se multipliquen exponencialmente ante los horizontes de conectividad y el espíritu colaborativo que se irradia a partir de la propia manera de consumir música en los nuevos escenarios comunicativos (Moschetta y Vieira, 2018).
Al respecto de la educación musical desde los medios audiovisuales, suele argumentarse con acierto la diferenciación histórica que habitualmente se ha hecho de las competencias digitales y audiovisuales (Pérez-Rodríguez, 2020), a pesar de que haya concomitancias tan evidentes que hagan que se precise de un trabajo conjunto en ambos ámbitos. Igualmente, dentro del campo de las TIC aplicadas a la música es común distinguir dos grandes campos de actuación (Aróstegui-Plaza, 2005): por un lado, todo aquello que está íntimamente relacionado con los programas informáticos (fundamentalmente editores de partituras y secuenciadores) y, por otro, los medios audiovisuales, los cuales no parecerían haber despertado el mismo interés, tal vez por la falta de herramientas conceptuales docentes para un desarrollo mayor. A pesar de todo, es cierto que los audiovisuales siempre han tenido cabida dentro de la enseñanza musical, pero nunca, hasta las últimas dos décadas, han podido explotar todo su caudal.
Este hecho es así debido a que, aunque desde los inicios de las grabaciones se pudo recurrir a vídeos como medio educacional con una nutrida gama metodológica, es en la actualidad cuando además de entender el potencial de estos medios como transmisores de ideas se utilizan desde sus propios códigos, esto es, se concibe la parte sonora y la visual como un compendio que puede ser analizado, diseccionado, empastado o montado con fines pedagógicos, atendiendo por tanto no solo al mensaje que transmiten sino, de manera diferencial, a su especificidad sonora,
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algo que siempre se tuvo en cuenta en otros campos audiovisuales (Fraile-Prieto, 2016). Incrustar el lenguaje audiovisual como parte de la tarea competencial de los alumnos siempre ha sido un reto que muestra cada día más propuestas en aras de una educación que ataña a cuantas dimensiones de la personalidad infantil sea posible (Del Valle-Revuelta, 2018). Ello nos conduce a desentrañar habilidades propias de estos formatos, tales como el uso de herramientas de forma interactiva, la interconexión con grupos heterogéneos y la actuación pedagógica autónoma (Gértrudix-Barrio y Gértrudix-Barrio, 2012) conjugándolo con propuestas pedagógicas muy meritorias venidas del audiovisual (Bernabé-Villodre y BermellCorral, 2015; Galbis-López, 2009; Gértrudix-Barrio y RivasRebaque, 2015).
Posibilidades de actuación desde el musicomovigrama De acuerdo con lo expuesto, el formato del musicomovigrama va a permitir acceder al sesgo colaborativo que siempre manifiesta unos resultados positivos en los estudios musicales (Vidal, Durán y Vilar, 2010). Entender que todo material y recurso es susceptible de ser reutilizado por otro compañero y facilitar tal proceso es, más allá de la propia dimensión práctica del hecho en sí, un elemento simbólico de valor incalculable, ya que atañe a la dimensión ontológica de lo que debería ser la educación en los tiempos actuales, en los cuales la tecnología permite conexiones que, desgraciadamente, no siempre son explotadas de la mejor manera en el ámbito educativo. Consideramos que las propuestas que parten de estas premisas transmiten en su conjunto los ideales de la enseñanza a la que se ha de aspirar: relacional, conectiva, significativa y, en suma, democrática. Es por ello que nos centramos en el inmenso potencial de este tipo de experiencias para mostrar el diseño metodológico apuntado al inicio del texto, especialmente teniendo en cuenta que existe un amplio campo de evolución en torno al uso de redes “peer-to-peer” o “entre iguales” en la compartición y reutilización de materiales, derribando los límites espaciales de las aulas (Caldevilla Domínguez, 2009).
En consecuencia, entendemos este tipo de vídeos como metáfora de una educación globalizadora. El musicograma es uno de los procedimientos que más arraigo ha mostrado en los docentes
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de educación musical, especialmente desde el momento en que la enseñanza de la música ha tendido a la generalización en los centros educativos regulares. Es comúnmente aceptado que este tipo de recursos emergió con fuerza tras el impulso propiciado por los postulados de Jos Wuytack, discípulo de los parabienes propugnados por las metodologías musicales activas que arraigaron durante el siglo XX en todo el mundo (Wuytack y Boal-Palheiros, 2009).
Con el paso de los años la efectividad de los musicogramas fue tal que de manera gradual y sostenida se poblaron de ellos todas las aulas de educación musical, gracias a su fácil factura e implementación. Además, fue un campo de desarrollo perfecto para dar rienda suelta a la imaginación de los docentes, quienes encontraban un modelo de expresión pedagógica para sus ideas de manera natural y agradecida, en tanto en cuanto los alumnos no precisaban de grandes conocimientos previos para hacerse con los rudimentos de las audiciones y, por otro lado, los profesores podían focalizar la atención de los discentes hacia el aspecto musical que requiriesen en cada momento. Estas circunstancias pusieron en valor el interés de investigaciones doctorales centradas en este objeto de estudio (Mendoza-Ponce, 2008) y, casi de forma natural, se activó un cambio de modelo. Así, los docentes, comenzaron a acomodar los musicogramas tradicionales a otros casos que se servían de programas informáticos editores de vídeo, con el fin de potenciar las posibilidades de los mismos. Ello, junto con la irrupción vigorosa de YouTube (a la cabeza de otros portales) intensificó las aportaciones con un alto grado de inmediatez. El desarrollo de los programas informáticos que permitían elaborar vídeos a usuarios sin grandes conocimientos al respecto hizo el resto. Desde los primeros musicogramas con movimiento (Honorato-Martín, 2001), hasta la fecha actual su refinamiento y complejidad no ha hecho sino aumentar.
Sin embargo, a pesar de que el número de publicaciones en torno a los musicomovigramas es creciente (Ramos Ahijado y Botella Nicolás, 2020; Botella-Nicolás, Hurtado Soler y Ramos Ahijado, 2019; Botella-Nicolás y Marín-Liébana, 2016), se constata un amplio margen para su desarrollo futuro, en tanto se intuyen más posibilidades de las que habitualmente se les otorga. Para ello será
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necesario atender vivamente a las investigaciones que tratan de interpretar la vinculación entre imagen y sonido, de forma que se adecuan los criterios visuales en que los alumnos actuales se ven inmersos con una enseñanza acorde a tales circunstancias (Boltz, Ebendorf y Field, 2009).
Por tanto, planteamos como principal objetivo de la investigación el diseño de un procedimiento de análisis de los musicomovigramas generados en el ámbito universitario para, a partir de ello, establecer pautas que sirvan a la reutilización de los mismos dentro de secuencias pedagógicas con coherencia interna, al modo en que han sido generadas en torno a otras áreas de conocimiento (Tapia-Ladino, Correa-Pérez, Ortiz-Navarrete y Neira Martínez, 2012). La consecución de este objetivo acarreará, de manera indefectible, otra serie de encomiendas que pasarán a considerarse elementos secundarios de la investigación, como son el rastreo y reconocimiento de vídeos auspiciados por universidades, la generación de una ficha – modelo de análisis que proporcione la información precisa acerca de los registros videográficos o la configuración de un sistema de selección de los recursos analizados para su ordenación en secuencias didácticas que respondan a unos patrones similares. Todo el proceso, desde los pasos analíticos hasta la propia implementación, se entiende como un bucle que ha de retroalimentarse de principio a fin, favoreciendo que los recursos generados en última instancia sean objeto de análisis en el futuro y, consecuentemente, de reutilización. Por ese motivo se entiende la presente investigación como un proceso abierto en el cual tienen cabida las adaptaciones venidas de la propia práctica cotidiana.
Método En el abordaje del análisis videográfico, se desarrollará un modelo cualitativo vinculado a la conjunción de música e imágenes (Banks, 2018). En este sentido, se realizó una búsqueda canalizada hacia las pretensiones de la investigación: hallar musicomovigramas preexistentes y trabajar sobre ellos, de forma que se pudiera generar, a partir de ellos, un patrón de actuación en las aulas universitarias. La muestra se originó en el curso académico
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2018/2019 y fue utilizada en los cursos sucesivos. Para la optimización del diseño una de las principales cuestiones a abordar es el modo en que los alumnos han asimilado el concepto de musicograma en movimiento, ya que no todos ellos dominan claramente las tipologías existentes y, en ocasiones, confunden los rasgos definitorios de un musicograma captado en vídeo y colgado en la red (una forma de proceder escasamente innovadora) con otro tipo de realizaciones que conjugan los elementos del lenguaje audiovisual para canalizarlos hacia un producto pedagógico global (los musicomovigramas).
Fase 1. Selección de los musicomovigramas De acuerdo con lo expuesto la primera de las tareas consistió en explorar los musicogramas en formato vídeo, que los alumnos de las universidades españolas, dentro de su formación académica, habían ido alojando en YouTube. Por lo general, como parte de una práctica concreta en las diversas asignaturas de música que jalonan los planes de estudio de los Grados de Educación Infantil y Primaria (por descontado en las Menciones de Música), el musicograma con movimiento es un recurso conocido. Por tanto, se llevó a cabo un estudio sobre los primeros 58 vídeos, de un total de 223, venidos de búsquedas directas en YouTube en los que, cruzando términos como musicograma o universidad (el término musicomovigrama, considerado en un principio, no arrojó resultados significativos), se extrajesen aquellos que fueran fruto del trabajo realizado en alguna facultad española y que, por tanto, nos sirvieran como baremo de las prácticas más habituales cuando se trata de registrar ejercicios de este tipo En esta fase no se tuvieron en consideración aquellos que, siendo registrados bajo el epígrafe “musicograma”, en realidad respondían a otro tipo de actividad, o aquellos que a pesar de encontrarse entre las primeras búsquedas no podían demostrarse como realizados en el ámbito curricular universitario.
Así, los materiales seleccionados fueron realizados por alumnos de las siguientes instituciones: Universidad de Castilla – La Mancha en Albacete (1), Universidad de Alicante (1), Universidad de Extremadura en Cáceres (3), Universitat Jaume I de Castellón (10), Universidad de Santiago de Compostela (1), Universidad de Málaga
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(2), Universidad de Murcia (2), Universidad Católica de Murcia (2), Universidad de Navarra (1), Universidad de Oviedo (1), Universidad de Sevilla (13), Universidad Católica de Valencia (1), Universidad de Valladolid (3) y Universidad de Zaragoza (1). El resto de vídeos utilizados (16) no poseen una indicación clara de su universidad de procedencia, pero sí se constata, porque así se referencia, que fueron gestados en el seno de las clases universitarias y forman parte de las prácticas propias de las mismas. El análisis de aspectos como los estilos musicales predominantes, los modelos de musicogramas en movimiento o los elementos sonoros que se pretenden trabajar con cada uno de estos vídeos, será crucial para estructurar un modelo que encauce a los alumnos hacia la comprensión del concepto de musicograma y les permita realizar propuestas compartidas en la red que fueran potencialmente reutilizadas por otros compañeros.
En todo caso, la principal carencia de una búsqueda de este tipo es no tener en cuenta determinados vídeos válidos pero originados fuera del contexto universitario. En este sentido los musicogramas realizados desde las universidades no muestran toda la gama de posibilidades que hay, ya que tanto docentes en activo como aficionados al montaje audiovisual han perpetrado propuestas que transgreden, en algunos casos, lo que puede encontrarse venido de la academia. Por ese motivo, una vez observadas las aproximaciones más comunes, era preciso abrir las miras de los estudiantes hacia toda realización en forma de musicomovigrama que pudiera ser utilizada en las aulas, fuera cual fuera su origen.
De acuerdo con ese razonamiento, el objetivo fundamental de esta fase es el de que el alumno universitario sea capaz de realizar una categorización de los musicomovigramas existentes en la red, de tal forma que se haga con uno de los principales rudimentos de la investigación: partir de aquello que otros han elaborado para acabar generando nuevas propuestas ajustadas a su realidad concreta. Para ello, la práctica durante varios cursos académicos con sendas promociones de alumnos universitarios nos ha hecho llegar a un modelo de ficha de análisis, a partir de la cual incluir toda la tipología de musicomovigramas que pudiera ser hallada en los portales videográficos de internet. Dicha ficha conjuga aspectos musicales (estilísticos, dinámicos, agógicos,
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metodológicos…), usados con cierta frecuencia en otras aproximaciones musicales (De la Vega-Sestelo, 2015), con otros meramente operativos (características estructurales) o, incluso, juicios de valor (referidos especialmente a la justeza en el acople de lo sonoro con lo visual) muy necesarios cuando se entiende que estos materiales se van a acabar utilizando de forma colaborativa y, eventualmente, formen parte de las secuencias didácticas finales.
Figura 1 Ficha de análisis (Fuente: elaboración propia)

El fin último es la puesta en común de estas fichas de análisis, con el ánimo de pulir las valoraciones y estimaciones de los alumnos que las han cumplimentado. Por tanto, dado que las búsquedas en el mismo portal repositorio de vídeos (YouTube) arrojarán un buen número de musicomovigramas idénticos, el análisis triangulado (Aguilar-Gavira y Barroso-Osuna, 2015) finaliza con comentarios críticos al respecto que servirán para limar aquellas valoraciones poco precisas y, por tanto, para que el colectivo de alumnos consensue las características de un amplio conjunto de musicomovigramas que pueden ser organizados por temáticas, características estructurales o, incluso, por su mejor o peor acabado.
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Fase 2. Reutilización de materiales
Si la fase anterior podía considerarse, esencialmente, como un proceso investigador de trabajo sobre los materiales preexistentes en la red, la etapa que nos ocupa ahora se puede etiquetar bajo la otra cara de la moneda en los procedimientos educativos: la innovación (Fernández-Díaz y Calvo-Salvador, 2013). En ella, los futuros docentes habrán de mostrar eficacia en el uso de la información seleccionada para realizar propuestas que se sirvan de recursos accesibles en la web y que, a su vez, la nutran con sus aportaciones.
Figura 2 Ejemplo de configuración de la secuencia didáctica (Fuente: elaboración propia).
La imagen con que ilustramos este apartado es un ejemplo de la realización llevada a cabo por cada uno de los alumnos universitarios en su encomienda de realizar secuencias pedagógicas basadas en musicomovigramas. Tras la taxonomía del apartado anterior, poseen un gran número de vídeos que han quedado etiquetados por sus características internas, su grado de funcionalidad, su rigor en el empaste sonoro-visual, su estilo… Esta organización del repertorio facilita enormemente la selección de
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aquellos vídeos que podrán ser utilizados a la hora de elaborar secuencias pedagógicas ad hoc.
Fase 3. Elaboración de propuestas
En el ejemplo mostrado el estudiante opta por realizar una unidad didáctica transversal en cuanto a estilos musicales, de forma que se sirve de la diferenciación entre música clásica, popular urbana y popular folklórica y/o étnica para elegir, de entre los musicomovigramas alojados en internet, aquellos que –a su juicio–mejor se ajustan al tópico de su unidad didáctica. Una vez forjado el esqueleto de su propuesta, sería necesario identificar aquellos musicomovigramas que podrían ser utilizados tal cual se presentan en el repositorio de vídeos y modificar aquellos que requiriesen retoques (pensemos, por ejemplo, en eliminar textos de créditos, en duplicar o reducir partes musicales, en engarzar varios vídeos…). Estos cambios son posibles porque se trabaja con ellos descargados de la plataforma, de modo que pueden ser editados sin problemas con programas encaminados a tales fines. Igualmente, sería pertinente generar nuevas propuestas que diesen coherencia a la secuencia didáctica en su conjunto, de forma que se articularse un conjunto de procedimientos compensados y adecuados a un contexto concreto.
En este sentido, la elaboración de propuestas parte de la estructura global que la secuencia ha adquirido en el modelado de la fase anterior para, a continuación, detectar aquellas lagunas conceptuales que requieren añadidos en forma de procedimientos originales. Es en ese margen en el que se instalan las nuevas propuestas del alumnado, con el fin de otorgar redondez al planteamiento pedagógico. De esta forma, suele ser habitual que los proyectos finales desatiendan alguna de las facetas elementales de la didáctica de la expresión musical (canto, movimiento, instrumentación…) de manera que el trabajo del alumnado consista en identificar la carencia de esferas en los musicomovigramas seleccionados para poder presentar nuevos recursos que acaban por ensamblar el desarrollo secuencial.
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Resultados
El diseño metodológico apuntado es el resultado de una investigación que hunde sus fundamentos en la observación y sistematización de los materiales preexistentes y los encauza hacia nuevas propuestas que tengan como axioma básico el hecho de compartir materiales y adaptarlos cada cual a su propio contexto. La primera de las indagaciones llevadas a cabo nos remitía al uso de los musicogramas en formato vídeo en las universidades. Los datos más relevantes para nuestros intereses, los cuales tenían como principal objetivo mejorar el conocimiento y las prácticas de los estudiantes de magisterio en torno a estos recursos, pivotaban en torno al modo en que eran entendidos. En este sentido, podrían ser utilizados como fin en si mismos (un registro de una actividad llevada a cabo) o como medio (un vídeo que pudiera utilizarse en repetidas ocasiones con ligeros retoques en función del alumnado al que se aplicara). Cuanto más nos acercásemos a la segunda de las dimensiones más próximos estaríamos al concepto pleno de musicomovigrama, el cual, más allá del registro de la actividad, se caracteriza por su funcionalidad. De acuerdo con la muestra seleccionada, parece evidente que, en líneas generales, se tiene en cuenta el potencial del vídeo como elemento que puede ser reutilizado por otro compañero al visionarlo en internet, ya que un porcentaje significativo presenta un musicograma que transgrede el mero registro de una práctica con el fin de dejar constancia de ella. En estrecha relación con la premisa anterior, el análisis nos conduce de manera natural a estructurar la diversa tipología que puede ser hallada en la muestra descrita. Básicamente, se agrupan en tres grandes bloques: tradicionales (un musicograma fijo grabado y sin grandes alardes técnicos), aquellos que indican el momento preciso por el que transita la audición (mostrándolo, por ejemplo, con la grabación de una persona que señala) y los musicomovigramas por definición, en los que las imágenes se suceden marcando los tiempos de manera ajustada. Como se apuntó en el primero de los resultados, parece evidente que los conceptos de musicograma y musicomovigrama son entendidos por una mayoría de los estudiantes que realizan sus propuestas, en tanto en cuanto los porcentajes son concluyentes. En todo caso, es de reseñar que aún se mantiene un número relativamente
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significativo de aportaciones próximas a la representación fija tradicional, en la cual la mera inclusión de un indicador de seguimiento (puntero señalando el momento de la audición o cualquier otro elemento usado con fines deícticos) les induce a pensar que lo que están realizando es un musicograma en movimiento, lo cual no deja de ser discutible. Igualmente es relevante aproximarnos a los estilos utilizados por estos estudiantes a la hora de enfrentar sus trabajos. Partiendo de la premisa sólidamente afianzada de que todas las músicas pueden ser válidas bien enfocadas (Martí-Pérez, 2003), el uso de uno u otro estilo puede resultar definitorio del modo en que estos estudiantes entienden el aprendizaje significativo musical (Rusinek, 2004), desde la cercanía al mundo de los niños o desde melodías que pudieran parecer más alejadas. En este sentido, existe una correspondencia bastante nítida entre el uso del estilo clásico (entiéndase dentro de todos los periodos de la música occidental) sobre otros tipos como la música folklórica (que tanta importancia posee en las edades infantiles para el desarrollo de la percepción y la expresión musical) o la popular urbana, mucho más próxima a los intereses de los niños. De acuerdo con los registros, este aspecto estilístico es uno de los elementos a trabajar para conseguir que las secuencias didácticas sean plurales y atractivas, en concordancia con los estudios que muestran como la motivación es fundamental para apuntalar el éxito de los procesos pedagógico-musicales (Madariaga y Arriaga, 2011; Romero y Vela, 2014).
Finalmente es también preciso inmiscuirnos, dentro de este estudio, en las pretensiones últimas de la realización del musicograma en movimiento. Al margen del trabajo de seguimiento auditivo, evidente en todos los casos, por lo general estos recursos buscan otras dimensiones a interiorizar. Definir cuales son las más evidentes en los ejemplos referidos nos ayudará a entender si quedan huérfanas otras también relevantes. Como señalamos, el espíritu del musicograma siempre anduvo cerca de la interpretación formal en su conjunto o de la estructura fraseológica musical. Por este motivo, es entendible que el mayor porcentaje de recursos de este tipo estudiados respondan a esa tipología. Sin embargo, las posibilidades no dejan de ser innumerables. Entre ellas se apuntan el trabajo del ritmo (podrían definirse pues como ritmogramas en
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movimiento), el desarrollo de un programa o narración sobre la música, el tratamiento del lenguaje musical junto con el acompañamiento instrumental y, además, otras vías de actuación minoritarias en cuanto a apariciones, pero no menos importantes como elementos a trabajar en el futuro, como puedan ser la intensidad, los ejercicios de movimiento y la textura.
Figura 3. Distribución de las actividades (Fuente: elaboración propia).

Conocidos los datos que arroja el estudio sobre las propuestas de alumnos universitarios alojadas en Youtube el trabajo individual sobre la ficha de análisis propuesta pudo ser orientado con mayores garantías. Así, dicha ficha desentrañó con más detenimiento las características a buscar dentro de los vídeos. Es de reseñar que, habitualmente, la fase en la cual se ponen en común los resultados es sumamente enriquecedora, ya que los alumnos interpretan el modo en que se ha realizado un musicograma en movimiento ajeno y le dan un nuevo sentido en función de los intereses que demuestran para sus propuestas pedagógicas. Los resultados obtenidos con la implementación de la metodología diseñada son, igualmente, muy positivos: el procedimiento se erige en un formato ágil con el cual se pueden trabajar de manera significativa las competencias propias de los planes de estudio. Así,
Montoya Rubio, Juan Carlos (2022). Diseño metodológico para el uso del musicomovigrama en contextos colaborativos universitarios. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 115-135. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23694
con un trabajo como el descrito, se incrementa de manera significativa el grado de cumplimiento de los objetivos propuestos para la didáctica de la expresión musical, de forma que, entre otros aspectos, se propicia la generación de secuencias didácticas a partir de materiales externos, se generan recursos que adapten los preexistentes a la realidad más cercana de cada centro educativo y se articulan nuevas propuestas que son puestas a disposición de la comunidad educativa en toda su extensión, por distante que se encuentre.
Discusión y conclusiones
En la puesta en práctica de procedimientos educativos que insuflen un nuevo vigor a la educación musical, el musicomovigrama se erige como uno de los más completos, debido a que permite conjugar muchos de los beneficios propios de la audición activa de un modo singularmente significativo con el axioma de compartición que ha de ser máxima en el perfil de los futuros docentes. De acuerdo con el objetivo principal, es en este contexto en el que se presenta un diseño metodológico enfocado hacia la reutilización de materiales en constante evolución. Ciertamente, el hecho de que el musicomovigrama evolucione con la celeridad que fue remarcada en las líneas introductorias de este texto le permite ser un modelo de actuación susceptible de ser variado, en tanto en cuanto los nuevos usos tecnológicos modifican su estructura y desarrollo. Además, el hecho de que estas innovaciones queden plasmadas en los portales de publicación de vídeos es otro elemento fundamental para atisbar hasta que punto el recorrido que pueda tener el proceso sea ilimitado. Es preciso incidir, por tanto, en que el diseño es fruto de un modelado a lo largo de los años, y que dichos cambios se han producido tanto por los ajustes que se fueron produciendo ante las disfunciones de la propia práctica como por el advenimiento de nuevas formas de actuación musical en torno al musicomovigrama. En este sentido, se ratifican los planteamientos teóricos mostrados en el capítulo inicial acerca del atractivo del recurso y su capacidad para multiplicar su eficacia con el paso del tiempo y su uso sostenido.
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Durante el transcurso de la elaboración de la propuesta, se han ido constatando determinadas realidades que no han de omitirse en futuras elaboraciones pedagógicas similares. En primer lugar, se hace patente que existe un interés evidente por identificar este tipo de recursos con prácticas valederas para la educación musical. Esto se constata por el modo en que las universidades, con independencia de su lugar de origen, plantean estos recursos a sus alumnos de manera sistemática como tareas a realizar. Sin embargo, no quedan definidas claramente las fronteras que delimitan toda la casuística de musicomovigramas, siendo este hecho una rémora que habría de solventarse. En este sentido, un mínimo de estructuración facilitaría mucho el acceso a los recursos online y evitaría la necesidad de llevar a cabo una fase de organización como la descrita en apartados precedentes. La propia nomenclatura de los vídeos encontrados durante la investigación, los cuales se autodenominaban musicogramas o musicomovigramas, con frecuencia escondían otro tipo de prácticas, lo cual delata cierta confusión entre el alumnado universitario que, en ocasiones, mostraría tendencia a identificar toda práctica audiovisual encaminada al desarrollo de la pedagogía musical bajo este epígrafe. Paliar esta deficiencia conceptual es una de las primeras aportaciones de diseños como el presentado.
De este modo, una vez llevado a cabo un rastreo mínimamente sistemático, los alumnos son capaces de explorar las diversas posibilidades de aplicación de musicogramas en movimiento, en este caso ya tanto de docentes como de estudiantes o de simples aficionados a la edición de vídeo, ya que es posible que entre estos últimos se encuentren herramientas susceptibles de ser utilizadas en clave pedagógica. Este será, indiscutiblemente, otro factor a tener en cuenta en todo el proceso: el uso de vídeos que no tienen por qué poseer una funcionalidad didáctica pero que, enfocados de la manera adecuada y, en su caso, modificados hacia los intereses pedagógicos, se puedan tornar en robustas herramientas para su inserción procedimental en las aulas de educación musical.
Sin duda, en lo referente a limitaciones del estudio, se señala que la ampliación de la muestra y la observación de otro tipo de registros videográficos basados en la pedagogía musical podría
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ser un buen medio de mejora. La constante evolución de las aportaciones de docentes y estudiantes a los recursos en formato vídeo no permite hacer una investigación cerrada, sino que, al contrario, plantea nuestras reflexiones como punto de partida para otras realizaciones futuras que las complementen. Esta rémora es una constante en los planteamientos que parten de recursos tecnológicos que están siendo, como es el caso de los audiovisuales, protagonistas de la educación musical del presente. La actualización de las experiencias que se generan es tan galopante que requiere un tratamiento sostenido en el tiempo.
En todo caso, a pesar de las posibles mejoras, se constata que proceder a analizar con rigor las aportaciones ajenas trasluce un doble valor. Por un lado, nos aproxima al modelo investigador que ha de reinar en la educación actual y, por otro, nos abre a una tipología de casos tan variada que facilita al alumno la elaboración de sus propias propuestas a partir de lo encontrado en la red. Este último peldaño, el de cumplimentar diseños personales que nutran los repositorios de internet, es otra de las grandes aportaciones a la generación de un conocimiento globalizado. En suma, el paso de la recogida de materiales preparados por otros usuarios al de la compartición de los propios, mediando un proceso investigador de análisis de recursos, es mucho más que una estrategia de trabajo en educación musical: supone una metáfora de lo que las tecnologías y la construcción de saberes desde el colectivo pueden aportar al proceso educativo en su conjunto.
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Para saber más del autor…
Juan Carlos Montoya Rubio
Profesor en el Departamento de Expresión Plástica, Musical y Dinámica (Universidad deMurcia).
Doctor Europeus por la Universidad de Salamanca (Premio Extraordinario de Doctorado), Licenciado en Historia y Ciencias de la Música, Licenciado en Antropología Social y Cultural y Diplomado en Magisterio (Educación Musical).
Miembro del Grupo de Investigación Reconocido IHMAGINE (International Heritage Music and Gender Network) de la Universidad de Salamanca. Sus principales líneas de investigación abordan la pedagogía musical desde los medios audiovisuales.
Como citar este artículo… Montoya Rubio, Juan Carlos (2022) Diseño metodológico para el uso del musicomovigrama en contextos colaborativos universitarios. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 115-135 DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23694
Montoya Rubio, Juan Carlos (2022). Diseño metodológico para el uso del musicomovigrama en contextos colaborativos universitarios. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 115-135. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23694
EL SISTEMA EMA-EMAI: UNA PROPUESTA HEURÍSTICA PARA LA MEJORA DEL ACTO MÚSICO-INTERPRETATIVO Y DE SU APRENDIZAJE
THE EMA-EMAI SYSTEM: A HEURISTIC PROPOSAL TO IMPROVE THE MUSICAL INTERPRETATIVE ACT AND ITS LEARNING
Anderson Rodrigues da Silva Universidad Autónoma de Aguas Calientes (México)
Email: anderson.rodrigues@edu.uaa.mx
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1751-7167
Recibido: 17/12/2021
Aceptado: 24/02/2022
Publicado: 08/07/2022
RESUMEN
La presente investigación ha revisado la posibilidad de incrementar la calidad de la performance musical a través de la aplicación del sistema ingeniado para la mejora y anclaje del aprendizaje del acto interpretativomusical direccionado hacia un público: se trata del sistema Expresividad Musical Activa (EMA) - Expresividad Musical Activa con el Instrumento (EMAI). El estudio ha sido realizado a través del método InvestigaciónAcción Participativa, con un enfoquemixto con una tendencia CUALI-CUAN, y tuvo como grupo de estudio el alumnado de trombón de la Licenciatura en Música de la Universidad Autónoma de Aguascalientes Los resultados obtenidos indicaron un cierto incremento cualitativo en las performances musicales registradas Por ello, se infiere que esa forma inventiva de erigir el aprendizaje del acto músico-interpretativo, mediante la aplicación del sistema EMA-EMAI, puede propiciar una atmósfera adecuada para un aprendizaje significativo de una manera inherentementemusical.
Palabras clave: aprendizaje significativo; expresividad musical; musicalidad
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
ABSTRACT
The present research has reviewed the possibility of increasing the quality of musical performance through the application of the system designed to improve and anchor the learning of the musical-interpretative act addressed to an audience: this is the Active Musical Expressivity (AME) – Active Musical Expressivity with the Instrument (AMEI) system. The study was conducted through the Participatory Action Research method, with a mixed approach with a QUALI-CUAN tendency and had as a study group the trombone students of the Bachelor of Music of the Autonomous University of Aguascalientes. The results indicated a certain qualitative increase in the musical performances recorded. Therefore, it is inferred that this inventive way to boost the learning of the musical-interpretive act, through the application of the AME-AMEI system, can provide a suitable atmosphere for meaningful learning in an inherently musical way.
Keywords: meaningful learning; musical expressiveness; musicianship
Introducción Potenciar la performance musical es un objeto de estudio común en la Educación Musical. En tal sentido, García Martínez (2018) explica que, acorde a la neurociencia y la psicología –entre otras áreas del conocimiento–, cuando el educando genera sus propias estrategias para mejorar su interpretación musical, esta acción puede conllevar en un mejor aprendizaje. Así, fomentar una postura autorreflexiva, participativa e integradora por parte del alumnado es, sin lugar a duda, un acto educante orientado al perfeccionamiento musical que consuena con la premisa educativa de preparar a los individuos, de una manera holística, para el entorno que los rodea (Freitas, 2021).
En relación con eso, contemplar al educando como agente consciente de que quiere aprender es primordial para que el aprendizaje ocurra de forma óptima, hecho que, para Ismail; Chiat; Anuar (2021), es indispensable para no desembocar en el aburrimiento y frustración de las y los alumnos en un espacio educativo. Por lo tanto, promover estrategias de enseñanza musical de las cuales el alumnado sea concienzudamente partícipe puede,
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
además de romper con el esquema de clase centrada en el docente (Tawangsasi et al., 2019), propiciar una mejor asimilación de los contenidos abarcados.
En esta línea de ideas, pensar en la potenciación de la performance musical con énfasis en la plena participación de la persona aprendiz es una senda que conlleva a una preparación dirigida al discente, lo que le proporciona, por consiguiente, las herramientas necesarias para su aprendizaje autónomo. En ese marco, la educación musical debe observar que las y los estudiantes adquieran las competencias necesarias para que sean autosuficientes al momento de elaborar y transmitir sus interpretaciones musicales (Rodrigues, 2017). El sistema de estudio, elegido para esta investigación, contempla la preparación performativa –de manera heurística– desde la perspectiva de la persona que lo presenta, la cual se basa en la peculiaridad de cada individuo en el ámbito musical.
El sistema EMA-EMAI
El sistema de Expresividad Musical Activa (EMA) y Expresividad Musical Activa con el Instrumento (EMAI), formulado por Rodrigues (2020), es un conjunto de acciones orientadas a la construcción y optimización de un discurso musical que será interpretado y presentado. En este sentido, el sistema EMA-EMAI ha sido elaborado tomando en cuenta tres ejes centrales:
1. La expresividad musical.
El concepto de expresividad musical se relaciona con el aparato emocional humano. Davies (2017), Meissner (2017), entre otros, señalan que la expresividad musical da forma a una emoción, la cual puede ser suscitada en el intérprete –persona que transmite el discurso musical a través del instrumento musical, canto o dirección musical– así como al oyente, acorde con la idiosincrasia de cada individuo.
Básicamente, la expresividad musical, para que sea percibida como tal, requiere de la manipulación deliberada de
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
algunos parámetros musicales como (Fabian; Timmers; Schubert, 2014):
• Parámetros auditivos de la performance musical: dinámicas, tiempos, articulaciones musicales, vibratos, timbre, entre otros.
• Parámetros estilísticos, respetando las características típicas de cada contexto histórico, de la interpretación musical.
2.
La relación músico-emocional.
La interpretación musical posee una intrínseca relación con el aparato emocional humano. Balasubramanian; Kanagasabai; Mohan; Seshadri (2018), en esta línea de ideas, explican que la música tiene el poder de evocar distintos tipos de emociones, lo que puede incrementar el bienestar de una persona. Por otro lado, es la expresividad de un discurso musical que permite el enlace directo con lo emocional. Por lo tanto, Rodrigues (2020) plantea que la enseñanza de la interpretación musical –orientada al incremento de la expresividad– desde una premisa emocional puede “potenciar el aprendizaje de la performance musical” (p. 7).
3. La Atención Plena
También conocida como Mindfulness, la Atención Plena (AP) es la acción deliberada que permite a una persona ‘estar’ en el presente, esto es, poner atención en algo de tal manera que se incremente la concentración en lo que se esté haciendo. En tal sentido, Marchand (2017) explica que el objetivo de la práctica de la AP es capacitar al individuo a reconocer el estado de piloto automático y poder salir de este, regresando al momento presente.
En este contexto, el sistema EMA-EMAI se fundamenta en que la AP puede ser aplicada al acto interpretativo-musical, de una manera concienzuda y planeada, con la atención focalizada en la interpretación de los parámetros de la expresividad musical con aceptación, ecuanimidad, sin juicios de valor ni tampoco expectativas o creencias (Moret-Puig; Gustems-Carnicer; CalderónGarrido, 2016).
Rodrigues (2020) opina que el sistema EMA-EMAI parte del principio de que la transmisión del discurso musical, para que sea
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
idónea, implica tener propósitos claros de forma previa a la interpretación musical. A continuación, se desglosan los procedimientos del EMA y del EMAI respectivamente (Rodrigues, 2020, pp. 10-11):
- EMA:
1. Delimitar lo que se va a interpretar (un extracto de la obra, algunas frases, la pieza completa, etcétera) a través de pequeñas metas.
2. Cantar el extracto previamente delimitado –o la obra a ser interpretada, conforme el caso–, con un claro enfoque en una interpretación expresiva de la música; es decir, cantar manipulando los parámetros musicales del contexto.
3. Volver a cantar, con la misma intensidad y tensión previamente trabajadas, y al mismo tiempo simular la ejecución en el instrumento, procurando netamente visualizar que está llevando a cabo una performance musical.
- EMAI:
1. Delimitar lo que se va a interpretar (un extracto de la obra, algunas frases, la pieza completa, etcétera) a través de pequeñas metas.
2. Tocar con el instrumento musical el extracto previamente delimitado –o la obra a ser interpretada, conforme el caso–, con un claro enfoque en una interpretación expresiva de la música; esto es, tocar buscando genuinamente la manipulación de todos los parámetros musicales del contexto de la obra elegida
El autor estima que la implementación del trabajo EMAEMAI favorece el aprendizaje significativo, debido a la constante inclusión de los conocimientos previos con el proceso de construcción del discurso musical desde una premisa emocional. Pabich (2016), sobre este tema, explica que esa conexión entre lo cognitivo y lo emocional propicia una experiencia musical óptima, la cual fortalece el aprendizaje musical (Swanwick, 2016). Asimismo, la acción de planear de manera concienzuda pequeñas metas de
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
estudio musical permiten, según expone Cox (2016), la agudización del pensamiento musical.
Así, el sistema EMA-EMAI está volcado para ser usado “de forma ecológica, es decir, de una forma cíclica y renovable que no se agota en sí misma” (Rodrigues, 2020, p. 11), siempre en función de los objetivos y de la idiosincrasia de cada persona. En tal sentido, Ramírez Martínez y Rodríguez-Quiles (2020) expresan que encarar la performance misma como un evento singular e inigualable puede enriquecer la educación musical debido a la experiencia significativa que se proporciona al alumnado, la cual siempre está abierta a las particularidades de cada situación educativa. A continuación, se presenta en la Figura 1 un esquema que representa el funcionamiento del EMA-EMAI:

Figura 1 Funcionamiento cíclico del EMA-EMAI. (Fuente: Rodrigues, 2020)
Por tanto, partiendo del supuesto de que el sistema EMAEMAI permite la mejora del aprendizaje de la performance musical, se ha llevado a cabo esta investigación con el objetivo de verificar
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
esta posibilidad en un ámbito educativo-musical: si la aplicación del EMA-EMAI incrementaría la calidad de las presentaciones musicales de un determinado grupo de estudiantes, y como ese grupo se sentiría con relación al proceso. Cabe destacar que esta investigación es pionera en el empleo del sistema EMA-EMAI en el campo educativo.
Método
Considerando que se trata de un problema de cariz práctico, el método elegido para este estudio fue de la Investigación-Acción Participativa (IAP), el cual se guía, a priori, por los conceptos de lidiar con un determinado problema y su respectiva intervención (Elg; Gremyr; Halldórsson; Wallo, 2020). En ese marco, el docenteinvestigador asumió un rol participativo –en función del grupo de estudio y del contexto en el cual se inserta– y ha tomado decisiones con el propósito de alcanzar el objetivo planteado en este estudio. A ese respecto, Chicaiza Rey; Martelo; Blanquicett Narváez (2020) analizan que “el insumo para el ejercicio investigativo es la vivencia misma del docente convirtiendo el quehacer diario del profesorado en un punto de partida y antesala de transformación de nuevos conocimientos” (p. 87)
Asimismo, se ha adoptado el enfoque mixto de investigación para una mejor interpretación de los datos de opinión (cualitativos) y numéricos (cuantitativos) que fueron registrados, una vez que el objetivo central de los estudios mixtos se orienta en una perspectiva metodológica única que proviene de la retroalimentación de los métodos cualitativos y cuantitativos, lo que permite un mayor nivel de comprensión del objeto de estudio (Núñez, 2017). En esta investigación se recopilaron los datos cualitativos y cuantitativos de manera simultánea, pero, con un enfoque principal en la comprensión de los datos de opinión y un componente cuantitativo (enfoque secundario); esto es, el estudio tuvo una tendencia CUALCUAN, centrado en obtener, acorde con González Mares (2018), una visión más holística del fenómeno estudiado a diferencia de si fuera apenas un único enfoque.
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
En función de la metodología considerada, el tipo de muestreo determinado para esta investigación fue no probabilístico intencional debido al fácil acceso al grupo de estudio y por la proximidad geográfica (Muñoz Loyaza, 2018; Mercado Piedra; Coronado Manqueros, 2021), siendo el objeto de estudio el alumnado de trombón –con un promedio de edad de 23 años– de la Licenciatura en Música de la Universidad Autónoma de Aguascalientes/México (UAA).
En este contexto, se elaboró un cuestionario –con preguntas cerradas y abiertas– para conocer las consideraciones del grupo de estudio sobre el uso del sistema EMA-EMAI en sus prácticas de preparación musical, dividido en tres dimensiones. Este cuestionario fue compartido a través de la plataforma digital Forms (de MS Office), y las preguntas planteadas se encuentran en la Tabla 1 a continuación: Tabla 1. Preguntas planteadas al grupo de estudio Dimensión
Preguntas
1) ¿Has estudiado todos los ítems musicales, contemplados para nuestro trabajo en este semestre, a través del EMA-EMAI?
Procesos generales relacionados con el estudio mediante el EMA-EMAI
2) En caso de que hayas estudiado solamente algunos de los ítems musicales contemplados, por favor menciona abajo cuales no has estudiado a través del EMA-EMAI. (Si has contestado que "sí" en la primera pregunta, por favor contestar "no se aplica")
3) ¿Con que frecuencia has estudiado, los ítems musicales contemplados para el trabajo en este semestre, mediante el EMA-EMAI?
4) Con relación a los ítems musicales que sí has estudiado mediante el EMA-EMAI, al finalizar cada semana, ¿como te sentiste sobre tus avances, esto es, tus aprendizajes?
5) En caso de que hayas estudiado mediante el EMA-EMAI, ¿consideras seguir empleando esta forma de estudiar en otros ítems musicales?
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
Procesos individuales relacionados con el estudio mediante el EMA-EAMI
6) Por favor, en caso de que hayas estudiado mediante el EMA-EMAI, describe debajo como se daba el procedimiento de tu estudio de un ítem musical aplicando el EMA-EMAI. (Si no has estudiado mediante el EMA-EMAI, por favor contestar "no se aplica")
7) Por favor, en caso de que hayas estudiado mediante el EMA-EMAI, describe debajo como te sentías al finalizar un día de estudio. (Si no has estudiado mediante el EMA-EMAI, por favor contestar "no se aplica")
8) Por favor, en caso de que hayas estudiado mediante el EMA-EMAI, describe debajo como te sentías al completar una semana de estudio. (Si no has estudiado mediante el EMA-EMAI, por favor contestar "no se aplica")
9) Por favor, en caso de que hayas estudiado mediante el EMA-EMAI, describe como te sientes ahora –tras haber pasado ocho semanas de aplicación de esta forma de estudiar– con relación a tus aprendizajes musicales de los ítems trabajados. (Si no has estudiado mediante el EMA-EMAI, por favor contestar "no se aplica")
Sugerencias relacionadas con el estudio mediante el EMA-EMAI
10) ¿Cómo mejorarías el sistema EMA-EMAI para ti, esto es, en tu práctica o estudio musical?
Fuente: elaboración propia.
Es de señalar que este cuestionario ha sido validado por una persona experta –Dra. Freitas, musicóloga e investigadora–, y fue compartido con el alumnado tras la finalización de las clases programadas.
Para la valoración cuantitativa de las interpretaciones musicales del alumnado, se ha elaborado una rúbrica analítica ad hoc –Tabla 2– con las siguientes dimensiones musicales a ser valoradas: expresividad musical, precisión musical y calidad del sonido, y para cada dimensión se han atribuido, de manera arbitraria
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(García Sánchez; Aguilera Terrats; Castillo Rosas, 2011), tres posibilidades de peso de calificación: Tabla 2 Rúbrica ad hoc para la valoración de las interpretaciones musicales.
Valoración Criterio Excelente (10) Bien (08) Necesita apoyo (06)
Expresividad musical
Es posible percibir, de manera muy clara y constante, la manipulación intencional de los parámetros característicos de una interpretación musical expresiva (dinámicas, agógica, articulaciones, timbres, vibratos, entre otros).
Es posible percibir, no contanta claridad, pero, con constancia, la manipulación intencional de los parámetros característicos de una interpretación musical expresiva (dinámicas, agógica, articulaciones, timbres, vibratos, entre otros).
No es posible percibir la manipulación de los parámetros característicos de una interpretación musical expresiva. Asimismo, no hay claridad donde se inicia y termina el fraseo presentado.
Precisión musical
El ritmo y las alturas de las notas musicales son presentados correctamente y de una forma consistente.
El ritmo y/o las alturas de las notas musicales son presentados correctamente sin tanta constancia
El ritmo y/o las alturas de las notas musicales son presentados incorrectamente con constancia.
Calidad del sonido
El sonido es consistente durante todo
El sonido es consistente en partes durante el
El sonido no es consistente durante lamayor
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el tiempo que es presentado, con riqueza de armónicos.
tiempo que es presentado, con pocos armónicos.
Fuente: elaboración propia.
parte o todo el tiempo que es presentado, con pocos armónicos.
Cabe mencionar que esta rúbrica ha pasado por el proceso de piloteo cualitativo –el cual permite la “detección de errores semánticos, gramaticales, el grado de comprensibilidad de los ítems y las posibles incongruencias semánticas” (Hickman Rodríguez, H.; Alarcón Armendáriz, M. E.; Cabrera, 2016, p. 2251)– seis meses antes del inicio de este estudio.
En esta línea de ideas, se recopilaron los registros de audio de las interpretaciones de los ítems musicales –contemplados en los programas de materia de las clases– del grupo estudiado durante todo el semestre lectivo de enero-junio (un total de quince semanas de clases, y en ocho de estas se ha impartido y fomentado el estudio mediante la aplicación del sistema en cuestión), con el afán de contrastar las ponderaciones antes y durante el empleo del sistema EMA-EMAI.
Ahora bien, con respecto al periodo de trabajo musical a través del EMA-EMAI, el docente impartió las clases y, de forma sistemática, incorporó en las actividades de enseñanza y aprendizaje el estudio de los ítems musicales mediante la forma prevista. En las tres primeras semanas de aplicación, el profesor ha ideado juntamente con el alumnado el desglose de pequeñas metas de trabajo a ser alcanzadas, compartidas y revisadas durante cuatro días seguidos Después de este tiempo, el alumnado empezó a elaborar sus propios planeamientos de estudio, siendo estas revisadas por el docente. El proceso de preparación, envío de productos y retroalimentaciones se mantuvo igual en esta etapa subsecuente.
Asimismo, durante la aplicación del método considerado durante las clases –una vez por semana–, el docente ha promovido el ejercicio activo del estudio de los ítems musicales a través del EMA, seguido por la concreción del EMAI, tal cual se observa en los
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pasos del sistema EMA-EMAI, y ha solicitado el estudio individual siguiendo a los lineamientos trabajados. Al final del periodo lectivo, se solicitó al grupo de estudio que contestara el cuestionario, diseñado por el autor para poder interpretar los datos, elaborado para “captar” las realidades percibidas por las y los estudiantes, y se tomó en cuenta el docente y sus observaciones registradas en una bitácora de campo como instrumento de investigación para la recolección de los datos cualitativos, debido al método de IAP elegido.
Resultados
Acorde con la información recopilada en el cuestionario, el grupo de estudio a veces ha estudiado mediante el EMA-EMAI los ítems musicales contemplados, esto es, las y los alumnos, cuando estudiaron sus instrumentos musicales, ni siempre lo hicieron aplicando el sistema laborado de manera individual; dicho de otro modo, sin la compañía o apoyo del docente. Aun así, el grupo percibió que ha avanzado semanalmente con relación a sus aprendizajes, y considera seguir empleando el uso del EMA-EMAI al momento de estudiar otros ítems musicales.
En esa línea de ideas, el alumnado reportó que, al concluir cada día de estudio de los ítems musicales aplicando el EMA-EMAI, se sintió productivo al fin de este, que era “más fácil retomar el material al día siguiente” (estudiante) Al completar cada semana, el grupo en general manifestó tener más consciencia y seguridad, sin embargo, con una idea de que se podría hacer para enriquecer la calidad musical.
Ahora bien, tras el transcurso de las ocho semanas del estudio de los ítems musicales mediante el EMA-EMAI, la respuesta del grupo fue positiva al ser preguntado como se sentía en ese momento Por ejemplo, un estudiante ha manifestado que se sintió más independiente con relación a su estudio individual. Otro estudiante ha comentado que se sintió “Con un poco más de seguridad al decir y reaccionar hacia lo que hay que hacer para crear música, ya no solo un ´hacer por hacer´, me siento, además, feliz porque siento que he estado avanzando” (estudiante)
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Respecto a la valoración cuantitativa de las interpretaciones musicales del grupo de estudio en el periodo de esta investigación, se ha registrado un incremento general con relación a la calidad de las performances registradas del alumnado, conforme se puede apreciar en la Figura 2.
Figura 2. Valoraciones de las interpretaciones musicales. (Fuente y elaboración propia)
Discusión
Tomando en cuenta la información presentada, se constata un incremento de 42.29 % en la calidad de las performances musicales registradas –acorde a los criterios establecidos en la rúbrica elaborada– antes y después del trabajo con el EMA-EMAI, lo que coincide con la percepción del grupo de estudio con relación a sus aprendizajes, esto es, el sentimiento de progreso manifestado por las y los estudiantes se ve reflejado en la mejora cualitativa de las interpretaciones musicales de los ítems musicales presentados.

Por otro lado, el docente observó un mayor compromiso del alumnado con su quehacer musical, el cual se percibió con el avanzar de las clases. Antes del periodo de aplicación del trabajo del EMA-EMAI, el grupo de estudio presentaba sus estudios en las
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clases, grosso modo, con dificultades en la fluidez melódica de la mayoría de los materiales musicales presentados, asimismo, reportaba que sí habían estudiado de manera previa, mas, no lograban reproducir –en clase– los mismos resultados.
En cambio, durante el transcurso de las asesorías con la aplicación del EMA-EMAI en la preparación y presentación de los ítems musicales, el docente notó un progreso paulatino relacionado con la desenvoltura melódica en todos los materiales musicales presentados, así como una mayor satisfacción generalizada del propio alumnado al momento de presentarse musicalmente Los planeamientos llevados a cabo fueron afinándose (incremento de detalles en lo que se iba a estudiar, distribución adecuada de los ítems a ser estudiados, planteamiento de metas factibles para cada día) a lo largo de las ocho semanas, conforme ha observado el docente.
A este respecto, el investigador considera que el proceso de renovación cíclica de las pequeñas metas fue fundamental para el enlace óptimo entre los conocimientos previos y la nueva información adquirida, facilitando el aprendizaje significativo. Ausubel (2006), sobre este tema, explica que el aprendizaje de un individuo radica, justamente, en la relación entre la estructura cognitiva previa con la nueva información. Además, esta forma de estudiar propicia una atmósfera óptima para la metacognición, puesto que induce al estudiante a “recabar, producir y evaluar información” (Tamayo; Yampi, 2018, p. 11)
En este sentido, es oportuno mencionar que la cognición y la interpretación musical están conectadas directamente con las acciones de planear y pensar en música (Cox, 2016). En tal sentido, Rodrigues (2020) explica que la labor de construcción del discurso musical a través del EMA-EMAI puede potenciar el proceso de elaboración del discurso melódico que será transmitido a través de la performance, asimismo, puede fortalecer el aprendizaje significativo de la obra musical debido al enlace entre cognición y emoción usado en el proceso con los conocimientos y experiencias previas Los resultados de este estudio indican que la aplicación del EMA-EMAI, en el periodo en cuestión, influyó positivamente en la respuesta del grupo frente a sus estudios musicales, así como en la
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
calidad musical de las interpretaciones musicales presentadas. Por lo tanto, los datos en cuestión coinciden con la propuesta del EMAEMAI: mejorar, de manera ecológica la técnica músico-instrumental en función del discurso musical; es decir, potenciar la expresividad musical por medio de un sistema de retroalimentaciones (Rodrigues, 2020)
Las respuestas recogidas del grupo de estudio señalan una satisfacción con respecto a la interpretación musical, tanto semanalmente como al final del periodo en cuestión. Eso puede indicar, según Pabich (2016), una conexión entre lo cognitivo y lo emocional, lo que favorece la experiencia de “vivir la música” (Pabich, 2016, p. 126) –a la inversa de solamente reproducirla–, lo que es sumamente deseable en un ámbito musical (Crickmore, 2017; Swanwick, 2016).
De este modo, se ha observado que el sistema EMA-EMAI ha contribuido para la mejora percibida del acto interpretativomusical del grupo de estudio en el periodo en cuestión. La participación del alumnado frente a la preparación y presentación de los ítems musicales considerados, a través de los pasos previstos en el EMA-EMAI, señalan un compromiso activo con su propio aprendizaje, lo que se vio reflejado en el incremento de las valoraciones de las interpretaciones musicales del grupo
En otro orden, el estudio llevado a cabo señala la necesidad de optimizar aún más la consciencia y el compromiso del alumnado con su propio aprendizaje, debido a que el grupo de estudio, incluso con el avance presentado y percibido por las y los participantes, no atendió integralmente a la orientación brindada de estudiar –de manera individual– todos los ítems musicales por medio del sistema EMA-EMAI acorde con los datos recopilados. Sobre esta materia se puede desplegar otro tema a ser investigado, sobre como potenciar la responsabilidad individual discente con la preparación y estudio de sus quehaceres musicales mediante el procedimiento de estudio contemplado en el EMA-EMAI.
Así, la esencia heurística del estudio a través del EMA-EMAI puede ser una vía óptima para el aprendizaje significativo-musical En la labor de buscar alternativas que atiendan al reto permanente en el que músicas y músicos tienen que lidiar, de una forma u otra,
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
para el desarrollo de sus competencias musicales relacionadas con la performance, esta investigación expone que el sistema en que estamos exponiendo es un camino más en la tarea de mejorar el aprendizaje del acto performativo de una forma intrínsecamente musical, y aspira a abrir posibilidades a otros estudios en esa línea de investigación.
Referencias
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Silva
Para saber más sobre el autor...
Anderson Rodrigues da Silva Licenciado en Música por la Universidade de Brasília Estudios de Maestría en Interpretación Musical en la Université Laval de Quebec (Canadá). Doctor en Ciencias de la Educación teniendo como línea de investigación la optimización de la performance musical a través de estrategias educativas basadas en la Inteligencia Emocional. Actualmente es Profesor e Investigador del Departamento de Música del Centro de las Artes y la Cultura de la Universidad Autónoma de Aguascalientes (México). Profesor de la Clase Metales Graves desde su creación en 2012.
Como citar este artículo...
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, pp. 137-155 DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
Rodrigues, Anderson da Silva (2022). El sistema EMA-EMAI: una propuesta heurística para la mejora del acto músico-interpretativo y de su aprendizaje. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 137155. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23513
Noé Mora-Osuna; Rubí Peniche Cetzal; Cristóbal Ramón Mac
Páginas/ Pages 157-177
PRÁCTICAS PARA EL MANEJO DE CONFLICTOS EN BACHILLERATOS EFICACES EN MÉXICO
CONFLICT MANAGEMENT PRACTICES IN EFFECTIVE HIGH SCHOOLS IN MEXICO
Noé Mora-Osuna(1); Rubí Peniche Cetzal(2); Cristóbal Ramón Mac(3) (1, 2 y 3) Universidad Autónoma de Aguas Calientes (México)
E-mail: morao.noe@gmail.com(1); rupeniche81@gmail.com(2); ccrmac@gmail.com(3)
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5486-9241 (1); https://orcid.org/00000003-0105-6471(2); https://orcid.org/0000-0003-3732-5717(3)
Recibido: 26/01/2022 Aceptado: 25/02/2022 Publicado: 08/07/2022
RESUMEN
El objetivo del presente artículo fue identificar las prácticas en el manejo de los conflictos realizados en la educación secundaria de alta eficacia en el Estado de Aguascalientes (México). A partir de una selección de 20 escuelas eficaces, se entrevistó a supervisores, directores y subdirectores de plantel. A partir del análisis de la información se reportan las prácticas que se realizan en estas escuelas, en el manejo de los conflictos: diálogo con los involucrados; establecimiento de mecanismos alternos para la escucha; aplicación del reglamento escolar; establecimiento de acuerdos y compromisos, y manejo escalonado de los conflictos. Los hallazgos aportan evidencia empírica en un campo de estudio aun escaso en este tipo educativo.
Palabras clave: bachillerato; directivos de colegio; eficacia escolar; investigación sobre los conflictos; prácticas de manejo de conflictos
Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 157177 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
Noé Mora-Osuna; Rubí Peniche Cetzal; Cristóbal Ramón Mac Páginas/ Pages 157-177
ABSTRACT
The aim of this article was to identify the conflict management practices in highly effective secondary schools in the State of Aguascalientes (México). From a selection of 20 effective schools, supervisors, principals, and campus deputy principals were interviewed. From the analysis of the information, we report on the practices used in these schools in conflict management: dialogue with those involved; establishment of alternative mechanisms for listening; application of school regulations; establishment of agreements and commitments; and staggered conflict management. The findings provide empirical evidence in a field of study that is still scarce in this education level.
Keywords: conflict management practices; conflict research; high school; school leaders; school effectiveness
Introducción
Los conflictos son un proceso básico e inevitable en la dinámica de las relaciones humanas (Montes; Rodríguez; Serrano, 2013). Se originan en los diferentes espacios donde se reúnen dos o más personas, como lo son los planteles educativos, lugar donde interactúan los individuos que integran la comunidad escolar: directivos, profesores, administrativos, alumnos y padres de familia. Y el conflicto es entendido como un tipo de interacción ocasionado por un desacuerdo, una respuesta contraría de un sujeto a lo realizado por otro sujeto.
Y si bien la conceptualización del conflicto es aceptada por la comunidad que estudia este tipo de interacción, en el ámbito escolar, el de la racionalidad educativa como lo refiere Jares desde 1997, este ha sido abordado e interpretado desde diversas perspectivas: (1) tecnocrática-positivista, (2) hermenéuticainterpretativa y (3) crítica. En la primera perspectiva, el conflicto se aborda desde una óptica supeditada a la violencia, es analizado como una interacción negativa y no deseable que se intenta erradicar. Desde una visión opuesta, la perspectiva hermenéuticainterpretativa, se acepta que el conflicto es inherente entre los individuos, y que, por lo tanto, debe ser atendido y visto como un
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estímulo positivo para la mejora del grupo de personas, en este caso de la comunidad escolar. Y, por último, el conflicto desde la perspectiva crítica, asume los elementos presentados por la visión hermenéutica-interpretativa, pero agrega que el conflicto no solo mejora al grupo que lo rodea, sino que también se configura como instrumento transformador en el cambio social; el abordaje del conflicto en esta última perspectiva rebasa los límites del escenario y a las personas en el que es atendido.
De acuerdo con la premisa que guarda la perspectiva crítica del conflicto, se reconoce la existencia permanente de los conflictos en los centros escolares, por lo que se hace necesario distinguir de que manera deben ser atendidos, de tal forma que se pueda cumplir con el propósito de que los conflictos sean ese instrumento para la transformación social. Asimismo, diversos autores (Bayram, 2014; Chang; Zelihic, 2013; Soriano, 2009) manifiestan que depende de los mecanismos utilizados en el manejo de los conflictos en las escuelas si se desencadenan consecuencias positivas o negativas para la situación de desacuerdo, así como para las personas implicadas.
A raíz de lo anterior, se han desarrollado investigaciones con el objetivo de identificar como se atienden los conflictos en las escuelas, lo que ha permitido que el manejo de los mismos se consolide como un campo de estudio. Sin embargo, en lo que respecta a las investigaciones de este tipo, se mencionan dos situaciones: por un lado, la escasez de estos estudios en la Educación Media Superior (EMS, equivalente a la Enseñanza Secundaria del Sistema Educativo Portugués) (Luna-Bernal; MejíaCeballos; Laca-Arocena, 2017); y, por otro lado, que en la mayoría de los estudios identificados en la EMS se centran en describir, desde una visión teórica, el estilo o modelo de manejo utilizado en los planteles educativos para la atención de los conflictos.
Sobre los estudios en la EMS, dada la importancia del manejo de los conflictos en las escuelas, y la escasa investigación en este tipo educativo, se considera necesario y útil las contribuciones que puedan hacerse. Además, en el tránsito de los estudiantes por el bachillerato, se busca que se les brinden los elementos necesarios para que obtengan una formación íntegra, y al
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referir al conflicto como un instrumento transformador, la escuela debería brindar las herramientas necesarias para que el estudiantado reconozca como hacer frente a los desacuerdos que se le presenten, tanto en la escuela como en su vida diaria. Así también, sería un aporte directo para la mejora en la dinámica de la comunidad escolar.
La EMS es considerada el eslabón que une a la educación básica con la educación superior; o, también, la formación última de algunos de los estudiantes, al menos por la obligatoriedad establecida en la Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos (Diario Oficial de la Federación, 2012); al estar en esa transición de su desarrollo académico, o incluso, al ser su última educación formal, es justo que se les brinden los conocimientos y habilidades requeridas. Y es de mencionar que, por sí misma, la EMS es compleja en su composición tanto estructural como de funcionamiento, lo que ha llevado a que las investigaciones, de manera general, sean escasas; aunque en los años recientes ha ganado interés para su estudio a nivel nacional e internacional (Padilla; Guzmán; Peniche, 2019), y esta investigación es parte de ello.
Sobre los tipos de estudios realizados para la atención de los conflictos, es importante que se cuente con planteamientos desde una perspectiva teórica que permitan clasificar el manejo de los conflictos a partir de modelos y estilos, y también que se proporcionen ejemplos para su adecuado manejo. Pero, a su vez, también se requiere contar con información empírica en donde se enuncien de manera explícita que acciones pueden realizarse, con la finalidad de presentar opciones prácticas que puedan ser implementadas en los diferentes centros escolares.
Ahora, ¿de qué tipo de escuelas se podrían explicitar dichas acciones? Se propone describir las prácticas que realizan las escuelas consideradas de alta eficacia. Este término se desprende de las investigaciones basadas en el Movimiento de la Eficacia Escolar (MEE). En el MEE, se reconoce el aporte directo que tienen los centros educativos en el desarrollo integral de los estudiantes (Irwin; Madura; Bamat; McDermott, 2016); entendiendo como integral los aspectos formativos cognitivos y aquellos que aluden a
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aspectos socioemocionales y de comportamiento ante las diversas situaciones. A partir de este Movimiento se han identificado factores, elementos y prácticas que inciden en la formación de los estudiantes, en donde el conflicto y su manejo han sido reportados como aspectos importantes.
Ahora bien, se les considera escuelas eficaces a los centros escolares que obtienen resultados académicos por encima de lo que se esperaría que obtengan; no es que dichos planteles cuenten con los puntajes más altos dentro de una comunidad, ciudad o país, sino que sus puntajes son mayores a los que, por cuestiones de contexto socioeconómico, deberían obtener. Los resultados académicos son medidos a través de pruebas a gran escala. Un plantel educativo, por la zona geográfica en la que se ubica y el nivel socioeconómico que presentan sus estudiantes, debería obtener una calificación promedio de desempeño X, pero los resultados, al administrar la prueba, son calificaciones por encima de X, a estas escuelas se le considera escuelas con alta eficacia. Así, las escuelas eficaces son aquellas que obtienen una mayor diferencia positiva entre la calificación obtenida y la esperada.
Con base en lo anterior, en el presente artículo se describen los hallazgos del estudio de investigación que tuvo como objetivo identificar las prácticas en el manejo de los conflictos en planteles de la EMS, de alta eficacia, en el estado de Aguascalientes, México, desde la opinión de los directivos escolares. Si bien el manejo de los conflictos es una práctica que puede ser realizada por los profesores, orientadores escolares, tutores, directores u otros actores educativos, se destaca que este tipo de situaciones debe ser del conocimiento de los responsables de los centros escolares, figura que recae generalmente en los directivos de los planteles. Esta cuestión es acorde con lo planteado en México por la Secretaria de Educación Pública (SEP, 2019), cuando alude, en el Marco para la excelencia en la enseñanza y la gestión escolar en la Educación Media Superior, que el director “contribuye a que las actividades académicas administrativas del centro escolar se lleven a cabo en las mejores condiciones posibles, para generar un entorno propicio que favorece el aprendizaje de los estudiantes” (p. 27), además de que “promueve relaciones solidarias
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y de sana convivencia entre la comunidad educativa, con el fin de alcanzar una cultura de paz” (p. 28). Por lo que se considera un informante clave para conocer lo que sucede en la escuela de la cual está a cargo.
Estilos, procedimiento y prácticas en el manejo de los conflictos
Como resultado de la revisión de la literatura se identificaron investigaciones en el campo de la atención de los conflictos en el nivel de bachillerato, las cuales se agruparon en tres rubros: (1) modelos de estilos en el manejo de los conflictos; (2) procedimientos para el manejo de los conflictos; y, (3) prácticas en el manejo de conflictos.
Modelos de estilos en el manejo de los conflictos
En la investigación realizada por Luna; Valencia; Nava; Ureña (2019), se mencionan los modelos de estilos en el manejo de los conflictos más representativos. El primero de ellos es el propuesto por Thomas; Kilmann (1974), que se compone por cinco estilos ubicados en un plano cartesiano de acuerdo con las escalas de asertividad y cooperación: compitiendo, colaborando, comprometiéndose, acomodando y evitando. En su modelo, Ross; DeWine (1988) identifican los estilos de conflicto a través de los mensajes de las partes implicadas, y desarrollan su propuesta denominada Conflict Management Message Style (por sus siglas en inglés), integrada por tres estilos: ceder o centrarse en el otro, colaborar o centrarse en el problema, y competir o centrarse en sí mismo
Otro de los modelos identificado es el de Rubin; Pruitt; Kim (1994), quienes proponen tres estilos o posturas a adoptar por una persona o un grupo de personas ante un conflicto: contenciosa, cuando alguien trata de imponer la resolución que mejor le convenga; la cesión, postura en donde se minimizan cuestiones propias y se acepta menos de lo deseado; y, por último, la de resolver el problema, la cual consiste en buscar una posible solución que convenga a ambas partes. Otra aportación más es el modelo
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propuesto por Rahim (2001), un modelo con estructura parecida al de Thomas; Kilmann, en donde convergen cinco estilos ubicados en un plano cartesiano de acuerdo con el grado de interés por sí mismo y el grado de interés por el otro: dominante, complaciente, evitativo, comprometido e integrativo.
Procedimientos para el manejo de los conflictos Existe una variedad de propuestas de procedimientos para el manejo de los conflictos. Respecto de los adolescentes, se desarrolló un material educativo específico para estudiantes de entre los 12 y 20 años (Asociación Matiz, 2015), desde la perspectiva de la resolución pacífica de conflictos, que puede ser utilizado con otros actores educativos. En dicho manual se proponen tres niveles estratégicos para la atención procedimental de los conflictos: (1) provención, (2) análisis y negociación, y (3) mediación. En el primero de ellos, se pensaría que el prefijo debe ser “pre”, sin embargo, se hace mención del “pro”, al ser los conflictos inevitables, el “pro” invita a que se cuente con estrategias y habilidades para el manejo de conflictos, ya que se debe aprender a vivir con ellos. Para el segundo nivel, el de análisis y negociación, es necesario identificar los elementos que integran a la situación conflicto: las personas implicadas; el proceso transcurrido hasta la atención del conflicto; y el problema, los intereses o necesidades contrapuestas. Posterior a la identificación de los elementos, se debe realizar la negociación, la cual consiste en un proceso de diálogo focalizado en la comprensión del conflicto entre las partes implicadas. Navarro (2001), menciona que es en el diálogo entre las partes, donde recae todo el poder. Como tercer nivel, la mediación es una herramienta utilizada cuando la negociación no se consolida, por ello, es necesario acudir a terceras personas con el propósito de que intervengan; la persona ocupa un papel neutral, solo participa con el fin de favorecer el proceso, y al igual que en la mediación, la toma de decisiones es por parte de las personas implicadas.
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Prácticas en el manejo de conflictos
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Un estudio relacionado de manera directa, para evidenciar prácticas en el manejo de conflictos en el aula por parte de docentes de bachilleratos, es el desarrollado por Erazo; Velasco; Rodríguez (2020). Como hallazgos, se identificaron las siguientes prácticas: (a) cooperación, (b) establecimiento de pautas de convivencia, (c) concienciación a partir del arte, (d) conciliación y educación emocional a través de la transversalización, (e) acompañamiento psicológico, (f) amonestación, (g) reflexión, (h) diálogos y acuerdos, (i) llamados de atención, (j) reunión con padres y acudientes, (k) articulación con agentes externos, (l) seguimiento y ruta de atención, y (m) diseño de soluciones estratégicas.
Ortega (1994), refiere que existen prácticas preventivas para el manejo de los conflictos, las cuales permiten que cuando los conflictos se hagan presentes se les pueda resolver de manera natural: (a) elaboración de normas explícitas y claras, (b) establecimiento de un modelo disciplinar, (c) prohibiciones claramente aceptadas, y (d) estímulo amplio y positivo hacia la libertad, la igualdad y la solidaridad.
Otro aporte es el presentado por Fierro-Evans; CarbajalPadilla (2019), quienes, desde la perspectiva de la convivencia escolar, proponen una serie de prácticas (Tabla 1) en las que se considera la participación y manejo de conflictos, a partir de tres ámbitos de la vida escolar: (1) pedagógico y curricular, (2) organizativo/administrativo y (3) socio-comunitario.
Tabla 1
Prácticas de participación y manejo de conflictos por ámbito escolar Ámbito pedagógico y curricular Ámbito organizativo/ administrativo Ámbito sociocomunitario
• Aplicación de herramientas para la escucha activa, el diálogo, la toma de perspectiva, y la
• Promoción desde la escuela, de capacitaciones a directivos, docentes y alumnos sobre temas de resolución
• Promoción de espacios que involucren a los padres de familia en el manejo de herramientas para la escucha activa, el
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comunicación en el manejo de conflictos interpersonales;
• Elaboración y revisión colectiva de las normas del aula;
• Generación de espacios de discusión sobre problemas del aula, la escuela y la vida social;
• Participación organizada en acciones de interés escolar, local y comunitario.
no violenta de conflictos;
• Generación de espacios de alumnos y docentes para reflexionar y aportar en torno al reglamento escolar;
• Organización de eventos y actividades de reflexión sobre problemas que enfrentan los alumnos en la escuela y en la vida social en los que se escuche la voz del alumnado;
• Participación organizada en acciones que atiendan a necesidades de la escuela y la localidad, previamente diagnosticadas por los propios alumnos.
diálogo y la comunicación en situaciones de conflicto interpersonales;
• Generación de espacios de reflexión con padres y madres de familia sobre el contenido y el sentido de las normas establecidas en el reglamento escolar;
• Organización de espacios para reflexionar y tomar decisiones, junto con los padres de familia, sobre problemas que enfrentan los alumnos dentro y fuera de la escuela;
• Invitación a padres y madres de familia para participar en acciones que atiendan necesidades de la escuela y/o de la localidad.
Elaboración propia a partir de Fierro-Evans; Carbajal-Padilla (2019).
Del análisis de las prácticas en el manejo de conflictos identificadas por los diferentes autores, es importante destacar que todas ellas representan una gran aportación para el campo, aunque la propuesta de Fierro-Evans; Carbajal-Padilla (2019) añade la categorización de las prácticas en los tres ámbitos del
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funcionamiento de cualquier centro escolar, lo que facilitaría una acción más concreta por parte de los interesados en el tema.
Método
Contexto de la investigación
La presente investigación se enmarca en un proyecto macro de investigación llamado Modelo comprehensivo de mejora escolar en la Educación Media Superior. Una propuesta basada en un estudio de escuelas de alta y baja eficacia en el estado de Aguascalientes. Dicho estudio se desarrolla bajo la lógica de los métodos mixtos de investigación (Núñez, 2017), con un proceso integrado por dos momentos: (1) cuantitativo y (2) cualitativo.
En el primer momento se tuvo como objetivo la identificación y selección de los planteles participantes en la investigación macro. A través de métodos estadísticos, como lo son el análisis transversal contextualizado, y del cambio temrporal a través de un diseño multinivel anidado en dos niveles (escuela y estudiantes); reportados en Pedroza; Peniche; Lizasoain (2018). Con ello, se detectaron escuelas de alta y baja eficacia de EMS en Aguascalientes, México. Para ello, se retomaron las puntuaciones obtenidas a lo largo de seis años (2012-2017) de la prueba censal llamada Examen Nacional de Ingreso (EXANI II), administrada a los estudiantes que cursaban el sexto semestre de bachillerato en Aguascalientes, México.
La prueba EXANI II es un cuestionario diseñado por el Centro Nacional de Evaluación para la Educación Superior (CENEVAL) y es administrada a nivel estatal, en este caso por el Instituto Estatal de Aguascalientes (IEA). El EXANI II es obligatorio para todos los estudiantes que cursan el último semestre de bachillerato en cualquiera de sus modalidades. La importancia de este instrumento radica en dos elementos (1) los puntajes que los alumnos obtienen y (2) el cuestionario adjunto a la prueba que recoge información contextual. La información obtenida se analiza para determinar los niveles de eficacia de las escuelas de educación media superior.
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Para este momento de la investigación se incluyó a 119 planteles educativos; el listado de los centros escolares estuvo conformado por instituciones con diversas características como el tipo de sostenimiento, ubicación o subsistema. Para determinar el nivel de eficacia de los planteles escolares se desarrollaron modelos jerárquicos lineales (HLM, por sus siglas en inglés) que permitieron seleccionar a las escuelas considerando cuatro criterios: (a)las puntuaciones brutas extremas; (b)los residuos extremos estimados mediante modelos jerárquicos lineales; (c) el crecimiento o decrecimiento de puntuaciones; y (d)el crecimiento de los residuos en las escuelas a lo largo del tiempo.
En el estudio referido se identificaron 20 planteles categorizados de alta eficacia y 24 de baja eficacia.
Actualmente, el proyecto macro se encuentra en su segundo momento, donde a partir de una perspectiva cualitativa, se realiza la aproximación a los 44 bachilleratos seleccionados. Y con la finalidad de obtener información de los planteles, se desarrollan entrevistas a directivos, grupos focales con los docentes y análisis de los documentos que norman la gestión y organización de los bachilleratos.
Participantes
Acorde con el segundo momento del proyecto macro, la investigación en cuestión responde al acercamiento únicamente con los directivos de las 20 escuelas identificadas como de alta eficacia; los equipos directivos se integraron por supervisores, directores o responsables y subdirectores de los planteles pertenecientes a los diferentes subsistemas de la EMS.
Técnica e instrumento
Como técnica para la obtención de información, a los directivos se les realizaron entrevistas semiestructuradas compuestas por ejes temáticos relativos al modelo de eficacia escolar; dichas entrevistas fueron realizadas en el periodo de agosto 2019–mayo 2020, y tenían una duración aproximada de 60 minutos.
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Previo consentimiento informado, las entrevistas se audio-grabaron, y posteriormente se transcribieron en su totalidad. Se empleó un sistema de codificación, el cual permitió identificar y organizar las expresiones de los entrevistados, estos códigos acompañan cada expresión empleada en este documento.
En atención al objetivo de la presente investigación, se utilizaron como insumo las respuestas obtenidas en lo relativo a las prácticas para el manejo de los conflictos en las escuelas participantes. A este respecto, se les cuestionó a los directivos sobre:
a) El ambiente escolar.
b) Las situaciones de conflicto. c) La manera de atender las situaciones. d) Los protocolos existentes. e) Los actores que intervienen.
Análisis de la información
El manejo de la información se realizó a través del análisis cualitativo de contenido (Marradi; Archenti; Piovani, 2010). El proceso del análisis se desarrolló en tres pasos. El primero fue la identificación de las unidades de análisis; como un segundo paso, la clasificación y etiquetado temático de las unidades de análisis, de acuerdo con la relación interna que guardaban entre sí y, por último, la asignación de grupos e interpretación de la información. Las categorías son emergentes, resultado del análisis de la información. Se utilizó la herramienta computacional Atlas.ti para el proceso descrito.
Cuidados éticos
Se respetaron los procedimientos de cuidados éticos de la investigación en cuestión. La protección a la dignidad de los participantes se realizó a través de un consentimiento informado, como ya fue mencionado. Se guardó la confidencialidad de los participantes, así como el plantel educativo al que representan; para esto se asignaron códigos y etiquetas a los participantes.
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Resultados
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Como primeros hallazgos, se menciona que los directivos reconocen la existencia constante de los conflictos en los centros escolares; así también, la necesidad de que estos sean atendidos de manera adecuada, ya que el manejo óptimo de los mismos abona a la sana convivencia entre la comunidad escolar, y tiene un impacto directo en el desarrollo formativo de cada uno de los estudiantes en el bachillerato.
Las prácticas identificadas son: (1) Diálogo con los involucrados, (2) Establecimiento de mecanismos alternos para la escucha, (3) Aplicación del reglamento escolar, (4) Establecimiento de acuerdos y compromisos, y (5) Manejo de los conflictos. En la siguiente tabla se presenta el porcentaje de planteles que refirieron cada una de las prácticas (véase Tabla 2).
Tabla 2
Porcentaje de planteles que realizan la práctica Práctica % de planteles que realizan la práctica
Diálogo con los involucrados Establecimiento demecanismos alternos para la escucha
Aplicación del reglamento escolar Establecimiento de acuerdos y compromisos Manejo escalonado de los conflictos
100% 65% 100% 100% 75% Elaboración propia.
A continuación se describen cada una de las prácticas, acompañado de testimonios referidos por los directivos de las escuelas de alta eficacia.
Diálogo con los involucrados
Los informantes de todas las escuelas refieren la necesidad de dialogar los desacuerdos con los involucrados. Si bien los directivos manifiestan implementar dicha práctica de manera diferente, la importancia radica en hablar y escuchar a las personas que son parte del conflicto. En algunas escuelas el diálogo se
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desarrolla de manera individual, en donde primero se entabla comunicación con una de las partes involucradas, y posteriormente se habla con la otra parte. Otros directivos mencionan que, en sus centros escolares, el diálogo se realiza con ambas partes presentes, ya sea entre estudiante-estudiante o entre estudiante-docente.
Los directivos enfatizan la importancia del diálogo, argumentando que es fundamental para obtener información sobre todas las versiones de los hechos “Primero es el diagnóstico, conocer la versión de las partes, tener cierto grado de intervención, no tomar decisiones prematuras […]” (07-A-06SUB).
Otro directivo menciona “[…] si es que [el estudiante] tiene un problema con el profesor o si es que tiene un problema con algún otro alumno, checamos obviamente las dos partes y a partir de ahí hacemos compromisos mutuos […]” (14-A-04C). Obtener un panorama amplio de lo suscitado permitirá el desarrollo pertinente para el manejo del conflicto, teniendo una resolución adecuada.
Establecimiento de mecanismos alternos para la escucha Se menciona que, en ocasiones, los conflictos e incidentes no se manifiestan de manera evidente, no se acusa al compañero o al docente, debido a que una de las partes implicadas no cuenta con la confianza de ser escuchado o por temor a un castigo o revancha como respuesta por la acusación.
A este respecto, en algunas escuelas se reporta haber implementado mecanismos alternativos para que tanto estudiantes, docentes y personal de la escuela comenten su inconformidad o aquello que causa el conflicto. Una de las escuelas puso al acceso de la comunidad escolar un buzón de quejas, por lo que los estudiantes se han animado a expresarse “[…] está el área de quejas, entonces también ya ha sucedido que, yo creo que es bueno que los muchachos, notan algo, ponen su queja” (01-A-11DEC).
Otro directivo comparte la práctica desarrollada en su plantel al utilizar este tipo de mecanismos que permite evidenciar situaciones de conflicto en la escuela:
Si hay algún conflicto entre un alumno y un profesor, yo le pido al alumno que me haga un pequeño escrito, a su vez yo platico con el maestro y le remito […] una invitación por escrito a que lo que
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está pasando lo cheque, lo vea, lo verifique y lo mejore, él me recibe y lo meto a su expediente, así lo hacemos y se ha mejorado mucho esa situación” (05-A-10D).
En ambas escuelas, las personas, al utilizar estos mecanismos alternos para la escucha, tienen la oportunidad de hacer manifiesta su inconformidad de forma que se conserve el anonimato.
Aplicación del reglamento escolar
En todos los planteles se cuenta con un reglamento escolar tanto para estudiantes como para docentes, esto como marco normativo para la regulación de acciones y actitudes por parte de la comunidad escolar “[…] tenemos nuestro reglamento y ahí se analiza - a ver aquí nos está fallando esta parte, necesitamos que lo cumplas o requieres esta sanción-” (01-A-11DEC).
El reglamento escolar es conocido por la comunidad escolar, en donde, incluso, algunos informantes refieren que se firma de enterado tanto por los estudiantes y los padres de familia. Es en dicho reglamento donde se establecen las posibles sanciones ante algún conflicto: “[…] obviamente sí hay una sanción que puede ser un reporte, =una consecuencia=, sí, claro, hay una consecuencia, sí hay un reglamento que firman tanto papás como alumnos y esos son los lineamientos que vamos a tener” (08-A-04SUB).
Se hace referencia a la importancia, no solo de contar y dar a conocer el reglamento con el que cuenta la escuela, sino también en que este se aplique si existe algún incumplimiento del mismo.
Establecimiento de acuerdos y compromisos
Los informantes mencionan como práctica importante el que las partes involucradas en la situación de inconformidad establezcan y lleven a cabo acuerdos, así también que asuman tanto los compromisos como las consecuencias correspondientes a sus actos, establecidos ya sea por quienes mediaron el proceso en el manejo del conflicto, entre los mismos implicados, por lo dispuesto en el reglamento de la escuela o por las autoridades correspondientes “[…] checamos obviamente las dos partes y a partir de ahí hacemos compromisos mutuos” (14-A-04C). Esta
Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 157177 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
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práctica se realiza de manera específica en la conclusión de la situación de conflicto.
Manejo escalonado de los conflictos
Esta práctica consiste en delegar la responsabilidad del manejo de conflicto con la autoridad educativa inmediata, hasta llegar a la instancia que de solución al conflicto “[…] cuando el problema es con algún alumno, en primera instancia el maestro es la autoridad y él lo va resolviendo. Si ya se requiere el apoyo, va con nosotros, con el secretario administrativo y entonces ya se ve con nosotros” (01-A-11DEC).
Así también, cuando el conflicto es considerado como una situación problema mayor, intervienen personas o grupos institucionales ajenos al plantel educativo, esto con el fin de apoyar en los procesos que se requiera “[…] el protocolo de trabajo que es hablar a la delegación de la zona centro, a los paramédicos, a la ambulancia […] se tuvo el acompañamiento de un servidor, en este caso al Seguro Social” (10-A-03D).
Si bien los conflictos más recurrentes son los presentados entre estudiantes, dicha práctica también se implementa para situaciones presentadas con los docentes, personal administrativo, personal de apoyo o directivos.
Discusión
A partir de las opiniones expresadas por los directivos de los distintos planteles de EMS, se logró identificar las prácticas que realizan las escuelas de alta eficacia en el manejo y la resolución de los conflictos. El directivo escolar es considerado un informante con voz autorizada para comunicar lo sucedido en el centro escolar; al ser responsable del plantel, en su funcionamiento y de la comunidad escolar del cual es parte (Parra-Martínez, 2017), tiene injerencia directa en lo que ahí sucede.
En cuanto a los hallazgos de las prácticas presentadas, estos emergen del análisis de la información proporcionada por los informantes, y guardan relación con lo registrado en la literatura concerniente al manejo de los conflictos. En lo que respecta a la
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práctica de dialogar con los involucrados, diversos autores coinciden en que el diálogo es necesario en el tratamiento del conflicto. De manera específica, Fierro-Evans; Carbajal-Padilla (2019) mencionan la importancia de la comunicación en cada uno de los ámbitos de la vida escolar, para enfrentar los conflictos de manera adecuada.
Sobre el establecimiento de mecanismos alternos para la escucha, Castro-Alfaro; Marrugo-Peralta; Gutiérrez-Hurtado; Camacho-Contreras (2015) refieren que los conflictos deben ser atendidos, por lo que se deben generar los canales pertinentes para que la comunidad escolar pueda expresarse y ser escuchada, y esto debe implementarse ocupando los espacios físicos en el plantel, tal es el caso del buzón de quejas.
El reglamento escolar es visto como una herramienta para enfrentar y resolver los diferentes conflictos que se presentan en el centro escolar (Landeros; Chávez, 2015); por ello, la aplicación del mismo es considerado como una práctica importante.
La práctica de establecer acuerdos y compromisos es coherente con lo propuesto por la Asociación Matiz (2015); la etapa última en el proceso para el manejo y la resolución de conflictos consiste en la obtención de acuerdos. Es ahí donde se concretan las necesidades y se prevén las metas y alternativas hacia la gestión del conflicto.
Respecto al manejo escalonado de los conflictos, en la literatura se hace mención de (1) la importancia de la intervención de una tercera persona con función imparcial ante la acción de desacuerdo y (2) canalizar los conflictos a las instancias necesarias con el fin de que este sea solucionado.
Es importante desmitificar que el conflicto es malo y que por ello debe ser erradicado; el conflicto debe ser observado desde una perspectiva crítica, misma que permitiría la acción efectiva, haciendo de este un instrumento transformador. Ahora bien, se reconoce que las prácticas enunciadas anteriormente no precisan en cuanto al tipo de conflicto al que se enfocaron, tomando en cuenta que existen conflictos de diversa índole, los cuales deben ser atendidos de manera específica. Sin embargo, al reconocer la inherencia de los conflictos, en este caso en el ámbito escolar, y al constatar la escasa información empírica de la atención de estos en la EMS, la
Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 157177 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
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presente investigación aporta al campo de estudio de los conflictos y su manejo, y también ofrece a los centros escolares de bachillerato una serie de acciones que por su practicidad pueden implementarse de manera inmediata. Esta limitación en la presente investigación, invita a que se realicen estudios específicos sobre la atención de conflictos específicos, tomando en cuenta las personas, el proceso y el problema
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Para saber más de los/as autores/as… Noé Mora-Osuna Licenciado en Ciencias de la Educación por la Universidad Autónoma de Baja California (México). Ha participado en Proyectos de Investigación sobre eficacia y mejora escolar, y enseñanza eficaz. Actualmente es Profesor Investigador Asociado en la Universidad Autónoma de Aguascalientes, (México). Sus líneas de interés son eficacia escolar, enseñanza eficaz y convivencia escolar.
Rubí Surema Peniche Cetzal
Doctora en Investigación Educativa por la Universidad de Granada (España). Actualmente es Profesora Investigadora en la Universidad Autónoma de Aguascalientes (México). Se ha desempeñado como docente y directora de tesis a nivel pregrado y posgrado. Sus intereses de investigación son sobre la eficacia escolar, prácticas docentes y prácticas de liderazgo.
Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 157177 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
Noé Mora-Osuna; Rubí Peniche Cetzal; Cristóbal Ramón Mac
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Cristóbal Ramón Ramón Mac Doctor en Ciencias Sociales por la Universidad Autónoma de Yucatán (México). Ha sido docente y asesor de tesis en los niveles de pregrado y posgrado. Áreas de investigación: eficacia escolar, prácticas docentes y gestión educativa. Actualmente es Profesor Investigador Asociado de la Universidad Autónoma de Aguascalientes (México)
Como citar este artículo… Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 157-177. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
Mora-Osuna, Noé; Peniche Cetzal, Rubí; Ramón Mac, Cristóbal (2022). Prácticas para el manejo de conflictos en Bachilleratos eficaces en México. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 157177 ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23818
Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ATIVAS NO ENSINO DE INGLÊS PARA FINS ESPECÍFICOS
ACTIVE PEDAGOGICAL STRATEGIES IN TEACHING ENGLISH FOR SPECIFIC PURPOSES
Ana Alexandra Silva(1); Maria João Marçalo(2) (1 y 2) Universidade de Évora (Portugal)
E-mail: aasilva@uevora.pt(1); mjm@uevora.pt(2)
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2677-0164(1); https://orcid.org/00000002-8326-644X(2)
Recebido: 31/01/2022
Aceite: 02/03/2022 Publicado: 08/07/2022
RESUMO
O ensino de línguas para fins específicos tem como objetivo preparar os alunos para agir linguisticamente numa determinada área científica, seja com propósitos académicos ou laborais. O presente artigo aborda o ensino de uma língua estrangeira (inglês) para um grupo de alunos da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, em Évora, Portugal. A apresentação e aplicação das estratégias e dos métodos cooperativos utilizados decorreram no 1º semestre do ano lectivo 2015/2016. Optou-se por uma metodologia de carácter descritivo-interpretativo, uma vez que a finalidade da presente investigação é monitorizar a forma como as estratégias e métodos elencados são vistos pelos alunos, isto é, se são percecionados como potenciadores da aprendizagem do Inglês para Fins Específicos (IFP) e se os métodos cooperativos aumentam a eficiência da estratégia, consequentemente trazendo uma melhoria no domínio das competências linguísticas, em inglês, na área vocacional da enfermagem.
Palavras-chave: estratégias pedagógicas ativas; inglês para fins específicos; métodos cooperativos
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
ABSTRACT
Language teaching for specific purposes aims to prepare students to act linguistically in a given scientific area, for academic or industry professions. This article addresses the teaching of a foreign language (English) to a group of students from the São João de Deus Nursing School, in Évora, Portugal. The presentation and application of the strategies and collaborative methods used took place in the 1st semester of the 2015/2016 academic year.
A descriptive-interpretative methodology was chosen, since the aim of the present investigation is to monitor how the strategies and methods listed are seen by students, that is, if they are perceived as enhancing the learning of English for Specific Purposes (EFP). We also aim to determine if the use of cooperative methods increase the efficiency of the strategies, consequently bringing an improvement in the domain of language skills in the vocational area of nursing.
Keywords
active pedagogical strategies; cooperative methods; English for specific purposes
Introdução
O ensino de línguas para fins específicos tem como objetivo preparar os alunos para agir linguisticamente numa língua que não é a sua língua materna, numa determinada área científica, seja com propósitos académicos, seja com o objetivo de trabalhar em países onde essa língua é dominante. Assim acontece com o IFE – Inglês para Fins Específicos.
O período pós-guerra testemunhou um grande avanço em termos de ciência, tecnologia e comércio. Os Estados Unidos da América assumiram-se como uma potência mundial e, assim, a língua inglesa se foi, progressivamente, tornando língua de comunicação entre todos aqueles que não a tinham como língua materna. O conceito de Inglês para Fins Específicos (em inglês, English for Specific Purposes (ESP)) é cunhado por Halliday; McIntosh; Strevens na década de 1960. Desde então que o conceito está fortemente associado à “especificidade”. Mais tarde, nos anos 80, Strevens (1988) foi um dos primeiros académicos a identificar ESP como estando centrada na linguagem adequada a diferentes disciplinas, matérias, ocupações ou atividades
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
Ana Alexandra Silva; Maria João MarçaloHutchinson; Waters (1987, p. 19) definem o ensino de inglês para fins específicos (IFP/ESP) como “an approach to language teaching in which all decisions as to content and method are based on learners’ reason for learning.” Dudley-Evans; St John (1998) preferem focar a atenção nas necessidades demonstradas pelos alunos de uma determinada área. Desta forma, o IFP deverá ir ao encontro das necessidades dos alunos, utilizando metodologias adequadas ao uso da língua em situações específicas. Gramática, vocabulário, registos de língua são importantes no domínio do IFE, mas também o são as competências discursivas apropriadas aos contextos científicos ou laborais.
As áreas disciplinares dos alunos e as suas necessidades imediatas (conforme identificadas pelas partes interessadas) definem o ensino e a aprendizagem de línguas para fins específicos. No entanto, não há uma metodologia de ensino específica desenvolvida para o domínio das aprendizagens de línguas para fins específicos, podendo ser empregues uma grande variedade de métodos. Widodo (2015) argumenta que a língua inglesa, enquanto meio de instrução, ajuda os alunos a assimilar as competências relacionadas com a área específica da sua atuação. De facto, “English for specific purposes (ESP) instruction has long been designed, implemented, and evaluated to meet burgeoning professional and academic communication needs” (Widodo, 2016, p. 277). Por sua vez, Hyland (2007) chama a atenção para os métodos que colocam a ênfase na interatividade e na comunicação, ou seja, na aprendizagem baseada em tarefas.
Este estudo pretende descrever um conjunto de estratégias pedagógicas que visam envolver o aluno na sua própria aprendizagem. Para a concretização deste propósito, foi solicitada autorização, no ano lectivo de 2015/2016, à Escola Superior de Enfermagem São João de Deus para a condução do estudo, tendo esta sido concedida. De seguida, os alunos foram informados dos procedimentos a adoptar e todos assinaram o formulário de consentimento informado.
Com este trabalho pretendemos descrever estratégias pedagógicas ativas empregues em sala de aula, bem como a perceção dos alunos sobre as mesmas A finalidade desta
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202investigação será monitorizar a forma como as estratégias elencadas são potenciadoras da aprendizagem da língua inglesa.
O nosso estudo insere-se no domínio da Linguística Aplicada, concretamente no ensino de línguas estrangeiras para fins específicos, neste caso, do Inglês para a área da enfermagem.
Método
Optámos por uma metodologia de carácter descritivointerpretativo, uma vez que pretendemos compreender e descrever o modo como as estratégias empregues tiveram impacto nos alunos. Através desta pesquisa será possível perceber em que medida as estratégias se conseguem traduzir numa aprendizagem da língua estrangeira mais eficiente, com maior sucesso académico e com efeitos mais duradouros.
Recolha de dados
A recolha dos dados relativos à investigação que se desenvolveu foi realizada no ano letivo de 2015-2016 com 36 alunos do curso de licenciatura em Enfermagem, na Escola Superior de São João de Deus integrada na Universidade de Évora. Esta Escola foi criada em 2 de dezembro de 1955, tendo as aulas começado em fevereiro de 1956. A Declaração de Bolonha, sobre o Ensino Superior na União Europeia, veio lançar novas e importantes questões conduzindo a grandes reestruturações. Esta nova forma de encarar o ensino fez com que se desse um passo significativo para a convergência de um modelo de formação superior comparável ao nível Europeu. As Escolas de Enfermagem têm a responsabilidade de formar enfermeiros capazes de exercer a prática profissional atendendo às necessidades da população do local onde exercem as suas funções.
A licenciatura em Enfermagem tem, atualmente, uma duração de oito semestres com 240 ECTS (237 obrigatórios e 3 optativos em unidades curriculares). Este curso pretende formar enfermeiros competentes, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista científico, permitindo a sua inserção num mercado de trabalho cada vez mais multidisciplinar. A unidade curricular de “Língua Estrangeira – Inglês” está posicionada no 5º semestre e
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202integra um grupo de oito optativas. Esta unidade curricular visa o desenvolvimento de competências em língua inglesa e a aquisição de vocabulário na área específica da enfermagem. Assim, pretendese o desenvolvimento de competências linguísticas, sociolinguísticas e pragmáticas, de forma que cada discente seja capaz de: 1) Compreender a língua oral e escrita em diferentes registos; 2) Produzir a língua oral e escrita utilizando diferentes registos, bem como compreender variedades gramaticais e lexicais; 3) Desenvolver a sua autonomia e criatividade. No final do semestre, os discentes deverão ser capazes de: 1) Fortalecer as suas capacidades orais e escritas no âmbito dos tópicos sugeridos nos conteúdos programáticos; 2) Desenvolver o seu conhecimento gramatical, no que se refere ao campo específico da área temática de enfermagem. 3) Desenvolver a sua capacidade de compreender enunciados dentro da área específica de enfermagem; 4) Analisar e compreender textos escritos produzidos na área da medicina e da enfermagem; 5) Tomar notas, tanto de um discurso oral, como de um texto escrito; 6) Adquirir e praticar vocabulário fundamental na área específica de enfermagem.
Os conteúdos programáticos dividem-se em tópicos e competências linguísticas. Nos primeiros encontramos: 1) O pessoal hospitalar; 2) Conhecer o hospital; 3) Admissões; 4) Acidentes e emergências; 5) Dor; e 6) Sintomas. As competências linguísticas encontram-se organizadas em torno das seguintes atividades.
Tabela 1 Competências linguísticas e atividades no âmbito da disciplina de Língua Estrangeira – Inglês para a licenciatura em Enfermagem.
Competências Linguísticas Ouvir Falar Ler Escrever
a. Admissões; b. Formulário de admissão de um paciente; c. Instruções; d. Tabela da dor; e. Alívio da dor; f. Sintomas; g. Linha de
a. Personalidade; b. Na enfermaria; c. Admissão de pacientes; d. Linha de emergência; e. Preencher um quadro da dor; f. Fazer perguntas
a. A profissão “enfermeiro/a” b. Cadeiras de rodas; c. Má caligrafia; d. Dor e. Síndromes misteriosos.
a. O perfil de um aluno de enfermagem; b. Dar instruções através de email; c. Resumo dos sintomas de um paciente; d. Poster com
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202ajuda; h. Cuidados domiciliários; i. Avaliação de um doente.
numa linha de ajuda.
Fonte: elaboração própria.
informação; e. Relatório da dor; f. Relatório de sintomas.
As atividades letivas contaram com o apoio de um manual específico para a área de enfermagem: Nursing 1 da coleção Oxford English for Careers, de autoria de Tony Grice. Este manual conta com 15 unidades temáticas, a saber: “The hospital team”, “In and around the hospital”, “Hospital admissions”, “Accidents and emergencies”, “Pain”, “Symptoms”, “Caring for the elderly”, “Nutrition and obesity”, “Blood”, “Death and dying”, “Mental health nursing”, “Monitoring the patient”, “Medication” and “Alternative treatments”. Estas unidades serviram de base para a elaboração de algumas das estratégias pedagógicas ativas que apresentámos aos alunos.
Amostra O nosso universo de participantes teve como base os alunos inscritos na disciplina de “Língua Estrangeira – Inglês” da licenciatura em Enfermagem, no ano letivo 2015/2016. De um total de 36 alunos inscritos, 28 pertenciam ao género feminino e 8 ao género masculino, conforme Figura 1

Figura 1 Alunos inscritos em Língua Estrangeira – Inglês (2015/2016). (Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados de pesquisa).
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
Ana Alexandra Silva; Maria João MarçaloDos 36 alunos inscritos, apenas 28 optaram pelo regime de avaliação contínua, tendo sido estes os alunos que experienciaram as estratégias implementadas durante o processo de investigação. Os alunos que optaram pelo regime de exame foram sujeitos a uma prova escrita final. 78% dos inscritos participaram ativamente nas estratégias propostas pela docente, constituindo a nossa amostra.
Instrumento
O período de aplicação das estratégias pedagógicas ativas, acompanhadas pela metodologia de trabalho cooperativo, decorreu durante o 1º semestre do ano letivo 2015/2016. Durante este espaço temporal os alunos foram sendo familiarizados com as diferentes estratégias e com os objetivos de cada uma elas. Foi necessário chamar a atenção dos alunos para as regras que asseguravam a implementação de um verdadeiro trabalho cooperativo. No final do semestre, foi apresentado aos alunos um breve questionário que pretendia apurar quais são as atividades que eles percecionaram como mais e menos potenciadoras da aprendizagem da língua inglesa, bem como aquelas que mais exigiram (e beneficiaram) de um trabalho cooperativo.
O instrumento utilizado foi composto por uma primeira secção constituída pela informação sociolinguística, a saber: nome do aluno, género e idade. Na segunda secção apresentaram-se quatro questões. A primeira estava relacionada com a identificação da estratégia que tinha sido percecionada pelo aluno como mais potenciadora da aprendizagem da língua estrangeira. Os alunos tinham de escolher de entre o conjunto de sete, as duas mais significativas. Na questão seguinte, pedia-se exatamente o oposto: o aluno deveria identificar as duas atividades que considerou não terem tido um efeito positivo na sua aprendizagem. A questão seguinte pedia que o aluno escolhesse (de entre as sete já referidas) as duas que tinham proporcionado um trabalho verdadeiramente cooperativo entre os elementos do grupo. A última questão prendia-se com a identificação das duas atividades que menos expressivamente contribuíram para a eficácia do trabalho cooperativo.
O instrumento e procedimentos utilizados tinham como objetivo avaliar a perceção dos alunos em relação: 1) ao benefício
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202em termos de aprendizagem da língua estrangeira, potenciando-a; 2) ao benefício para as atividades desenvolvidas do trabalho cooperativo entre os alunos.
A fim de sintetizar os procedimentos metodológicos adotados propõe-se a Tabela 2, na qual aparecem especificados os objetivos estipulados no decurso do processo de investigação, os instrumentos que foram utilizados em função dos objetivos, bem como a indicação da fonte das informações recolhidas e o período durante o qual as ações foram realizadas.
Tabela 2. Procedimentos metodológicos de pesquisa
Objetivos Instrumento(s) Fonte(s) Quando
1. Traçar o perfil dos alunos participantes
FASE DE INTERVENÇÃO
2. Propor atividades de intervenção pedagógica
3. Desenvolver a consciência da importância do trabalho cooperativo
4. Aplicação do questionário
Período de aplicação das estratégias pedagógicas ativas e do método cooperativo
Questionário
Alunos Alunos
Fonte: elaboração própria.
1º semestre de 2015/2016
Final do 1º semestre de 2015/2016
Na secção seguinte, apresenta-se a descrição das estratégias pedagógicas ativas implementadas em sala de aula.
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202Descrição das estratégias pedagógicas ativas implementadas em sala de aula Uma estratégia pedagógica ativa é caracterizada por ter uma curta duração e ser passível de aplicar a um número variável de alunos. Partimos do entendimento que a aprendizagem é um processo tanto pessoal, como social e essas duas facetas vão determinar o sucesso/insucesso da aprendizagem pretendida. Sabemos também que, hoje em dia, a diversidade dos alunos que chegam à universidade é substancialmente maior do que aquela que se encontrava num passado recente. Os alunos chegam-nos com experiências de vida diferenciadas, com expectativas por vezes díspares, com estilos de aprendizagem que podem ser, em última análise, completamente opostos uns aos outros. O professor tem de conseguir transformar esta panóplia de condições em estratégias que satisfaçam a maior parte dos alunos, diversificando, sempre que possível, as metodologias a utilizar. Há que ter em consideração que os alunos encaram a aprendizagem de formas diferentes, pois cada um é portador de uma background científico (e emocional) distinto. O professor deverá ter em consideração esse manancial de informação e utilizá-lo em proveito das novas aprendizagens a desenvolver, pois “Learners bring valuable experience to learning” (Fry; Ketteridge; Marshall 2009, p. 22)
O envolvimento dos alunos na sua aprendizagem, torna-os responsáveis pelo processo que conduz ao sucesso académico. Por outro lado, a colaboração dos alunos em sala de aula é fundamental para que haja um verdadeiro entrosamento no ato de ensinar/aprender. Consideramos que é de grande importância solicitar a colaboração dos alunos na preparação de pequenas apresentações sobre matérias do programa, incentivando-os a uma reflexão mais aturada sobre os temas. Desta forma, os alunos sentem que fazem parte do processo e deixam de ser ouvintes passivos. O seu envolvimento em diversas atividades de sala de aula, como escrita, leitura, reflexão/discussão/argumentação (seja ela individual, ou em grupo), faz com que a ênfase seja colocada no desenvolvimento de competências dos estudantes, em vez de haver apenas transmissão de informação por parte do professor. A motivação do aluno aumenta, levando ao desenvolvimento de competências de análise, síntese e de avaliação. Os alunos tomam
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202consciência de que são os responsáveis principais pela sua aprendizagem, não passando o professor de um mero facilitador/mediador das aprendizagens.
Não queremos com isto dizer que o professor não é fundamental, porque o é. A responsabilidade da aprendizagem, como referem Fry; Ketteridge; Marshall (2009), tanto é imputada ao aluno, quanto ao professor. Neste contexto, o sucesso prende-se com uma aprendizagem efetiva e sentimento de progresso por parte dos alunos.
Na aprendizagem cooperativa os alunos interagem uns com os outros, enquanto aprendem e aplicam os conteúdos trabalhados em sala de aula. Existem cinco critérios que devem ser assegurados para que a aprendizagem cooperativa possa ter sucesso:
1. Interdependência positiva
2. Responsabilidade individual.
3. Interação ocasional presencial.
4. Desenvolvimento e o uso apropriado de competências interpessoais e sociais.
5. Autoavaliação do trabalho em equipa.
Estes cinco critérios garantem que todos os membros envolvidos na aprendizagem cooperativa retiram dela o melhor resultado possível. Assim, os membros da equipa têm de se apoiar mutuamente, na procura de um mesmo objetivo. Embora cada membro seja responsável por fazer a sua parte do trabalho, tal não implica que não domine o material relativo ao restante trabalho. Este tem de ser realizado por todos os membros da equipa, o que implica diálogo, reflexão e apoio entre os vários elementos. São conduzidos a exercer funções de liderança, tomadas de decisão, comunicação e gestão de conflitos. Finalmente, cada equipa deve refletir, numa base regular, sobre o seu funcionamento, isto é, sobre o que podem melhorar, ou o que devem mudar para otimizar o trabalho (cf. Felder; Brent, 2007).
Na aprendizagem cooperativa a ênfase é colocada na tarefa e na prossecução dessa mesma tarefa. Deste modo, o professor funciona como um observador, mas também intervém no sentido de aumentar a produtividade do trabalho de grupo. Nos tradicionais
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202trabalhos de grupo, a ênfase é também colocada na tarefa, mas o professor ignora o funcionamento do grupo. Desta forma, o grupo não tem consciência da sua produtividade, apresentando um produto final que pode não refletir a contribuição de todos os membros da equipa.
Na aprendizagem cooperativa cabe ao professor a atribuição dos papéis, deixando claro o que se pretende do aluno com o respetivo papel. Assim, existe o papel de coordenador, ou seja, aquele que organiza o trabalho em tarefas mais pequenas, distribui responsabilidades a cada elemento da equipa e mantém o grupo dentro dos prazos e das realizações das sub-tarefas. O monitorizador (checker) faz a monitorização das soluções, assegurando que todos os membros da equipa entendem as soluções. O relator (recorder) realiza uma escuta ativa, verificando o consenso e escrevendo a solução final do grupo; pode ser também um mediador e conciliador das diversas opiniões geradas no seio do grupo. O advogado da oposição (skeptic) sugere possibilidades alternativas, coloca questões provocadoras gerando pontos de vista diferentes, questionando o consenso a que se pretende chegar. Dependendo dos objetivos da aprendizagem, estes papéis podem ser fixos ou rotativos. Se for uma atividade de aprendizagem cooperativa que ocorra durante um semestre inteiro, o professor deve fazer com que os alunos troquem de papéis. Em trabalhos de menor dimensão, poderá não fazer sentido rodar o papel de cada um. No trabalho final, os alunos devem colocar apenas os nomes dos que participaram nas tarefas e qual o papel desempenhado (Felder; Brent 2007).
As estratégias pedagógicas ativas podem ser um fator decisivo para o atingir do sucesso académico, com particular destaque, neste artigo, para o ensino de uma língua estrangeira para fins específicos. As estratégias coligidas neste artigo foram aplicadas ao ensino de uma língua estrangeira a alunos de enfermagem. Neste contexto, os alunos aprendem a língua estrangeira, com especial enfoque para as estruturas linguísticas específicas da área disciplinar – área de enfermagem em geral, e cuidados de enfermagem, em particular.
A seguir serão elencadas as atividades que se enquadram dentro do conceito de “estratégia pedagógica ativa”. A única tarefa
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202que não se enquadra no conceito de “aprendizagem cooperativa” é a dos minute papers, visto se tratar de uma tarefa de reflexão individual. Todas as outras, think-pair-share, peer review, role-play, homework assignment, project e problem solving implicam a realização de um trabalho cooperativo.
Minute papers
Ao aluno é pedido um pequeno texto que mostre (ou demonstre) quão significativa foi a sua aprendizagem. O texto não será submetido a avaliação por parte do docente, mas é um importante instrumento de avaliação por parte do aluno. Não interessa, para esta reflexão, debitar informações/conteúdos relacionados com a matéria lecionada, mas antes ver como essa matéria teve um papel no desenvolvimento do aluno enquanto ser humano e ser pensante.
De início, os alunos podem estranhar a tarefa que lhes é solicitada, tendendo para a exposição dos conteúdos, mas, à medida que esta estratégia se torna mais familiar para o aluno, ele consegue libertar-se dos conteúdos programáticos e avançar para o que realmente interessa: a reflexão sobre o seu próprio processo de aprendizagem. Uma característica fundamental reside na duração desta tarefa: ela não deve demorar mais do que cinco minutos a ser realizada.
Na aula de língua inglesa, para alunos de enfermagem, foram surgindo vários minute papers, de entre os quais destacamos:
• How do I, as a nurse, fit in in a hospital?
• What is my main function as a triage nurse?
• What should be my first nurse acts towards a burnt patient?
• Which nursing specialty would I like to pursue?
• What have I learnt about giving a shot?
Think – pair – share
Os alunos devem assumir uma posição mais ativa na sua aprendizagem, assumindo a responsabilidade de veicular informação aos colegas. O professor transfere para o aluno o ato de
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202ensinar, de ser ele, por momentos, o transmissor de conhecimento. Ao aluno/professor cabe a tarefa de refletir sobre um determinado assunto e fazer uma exposição para os restantes alunos Deverá estar preparado para responder a eventuais questões colocadas pelos colegas, promovendo um ambiente de interação na turma, isto é, abrindo espaço para trocas de experiências entre os colegas. Na aula de língua inglesa foram atribuídos a alguns alunos a responsabilidade de pesquisarem informação e passarem-na aos colegas. Alguns dos temas abordados foram:
• Nutrition and Obesity

• Non-Governmental Medical Organizations • Alternative drugs
• Crohn's disease
Figura 2 Exemplo de trabalho realizado no âmbito da atividade think-pairshare (Fonte: elaborado no âmbito das atividades da disciplina de “Língua Estrangeira – Inglês”).
Peer review
As vantagens de trabalhar em grupo sobre determinados temas pode ser significativa, mas é preciso assegurar que há igualdade de circunstâncias de trabalho para todos os elementos do grupo. Esta estratégia permite implementar uma espécie de “controlo da qualidade” entre os vários membros do grupo. Por vezes acontece que um trabalho de grupo acaba por ser assegurado apenas por uma ou duas pessoas, sem que os restantes membros
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202tenham dado a devida contribuição. O peer review possibilita que todos os membros do grupo possam exercer alguma função de controlo, distribuindo tarefas e chegando, no final, a um produto que é o resultado do esforço de todos. Esta estratégia acabou por funcionar em conjunto com a anterior, uma vez que a pesquisa dos temas relacionados com enfermagem, para posterior apresentação em sala de aula, exigiu que os alunos trabalhassem em conjunto, de forma que fosse assegurada um real conhecimento de todas as partes do trabalho.
Project work
O trabalho de projecto é o culminar das duas estratégias anteriormente mencionadas: think-pair-share e peer review. Estas atividades resultam como uma preparação para a montagem do projeto final. Este tipo de estratégia tem como objetivo o completar de uma tarefa, o que envolve recursos de tempo, de materiais e, sobretudo, recursos humanos. Os alunos têm a oportunidade de praticar competências linguísticas diversificadas.
Nutrition and Obesity foi um projeto muito interessante, possibilitando a utilização de estruturas linguísticas diversificadas em língua inglesa. Aos alunos foi-lhes atribuído um papel (coordenador, monitorizador, relator e advogado da oposição), que devia rodar a cada quinze dias. Os alunos pesquisaram e apresentaram o projeto final à turma.
Role-Play
Na aula de língua estrangeira esta estratégia permite trabalhar as mais variadas competências. Há uma primeira etapa em que o role-play é montado, uma espécie de trabalho de bastidores ao qual o público não tem acesso. O trabalho final constitui o produto que é o material apresentado aos colegas. O objetivo desta estratégia é fazer com que os alunos encarnem personagens e vivam situações que, embora encenadas, poderiam acontecer na vida real.
“Role-play is a special kind of case study, in which there is an explicit situation established with students playing specific roles, spontaneously saying and doing what they understand their
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202“character” would, in that situation. Role-plays differ from other case studies in the immediacy of the experience.” (Nickerson, 2007, p.1)
Por vezes, o role-play pode ser entendido como uma mera teatralização, ou um jogo para os alunos, mas é muito mais do que isso: é uma técnica que se emprega para aprender. Esta estratégia requer alguns cuidados ao ser introduzida, especialmente no fornecer de instruções claras sobre o que se pretende atingir. É, igualmente, necessário ter em consideração que há alunos que têm dificuldade com a exposição pública, pelo que é fundamental criar as condições para que esses alunos se sintam integrados na atividade. Por outro lado, os alunos que estão na assistência devem ser chamados a ter um papel ativo, isto é, devem ser incentivados a questionar os alunos em role-play sobre aspetos relacionados com a atividade.
Alguns role-plays realizados em sala de aula:
• Giving a shot to a crying child:
Guidelines: what do you say when you are giving a shot?
Characters: nurse, child, mom.
• Getting a patient’s information
Guidelines: what are some typical questions you need to ask a new patient?
Characters: nurse, patient.
• Taking a blood sample
Guidelines: What do you say as you are taking a blood sample?
Characters: nurse, patient.
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202
Figura 3. Role-play realizado em sala de aula subordinado ao tema Getting a patient’s information. (Fonte: elaborado no âmbito das atividades da disciplina de “Língua Estrangeira – Inglês”).

Homework assignments
Na aula de língua inglesa foram atribuídos trabalhos de casa a grupos constituídos por três alunos. Estes trabalhos estavam relacionados com o realizar de unidades temáticas do manual Nursing 1, nomeadamente, Pain, Symptoms e Caring for the elderly. Cada unidade tinha uma média de cinco páginas. Nestas, havia que resolver exercícios de compreensão escrita, de vocabulário e de gramática. Apresentamos na Figura 4 um exemplo de um exercício presente no manual.
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AnaProblem solving

Foram constituídos grupos de três alunos. No seio do grupo, os alunos expressavam livremente a sua opinião, mas, enquanto grupo, deveriam chegar a um consenso Um dos alunos desempenharia o papel de relator, enquanto os outros dois tentam arranjar uma resposta adequada ao problema. O relator deve fazer uma pequena síntese da discussão e posterior resolução. O papel do relator não é fixo. O professor pode questionar um elemento de cada equipa ao acaso, ou dirigir-se diretamente ao relator. Esta é uma estratégia que deve ser realizada em sala de aula.
Foram diversas as situações que se enquadraram neste tipo de estratégia de aprendizagem. Os temas foram variados: how to
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalodeal with chronic pain, death and dying customs, the evolution of anaesthesia, vaccination. Aos alunos foi-lhes pedido que apresentassem argumentos que defendessem os seus pontos de vista.
Resultados
Project work foi apontada como a atividade percecionada como mais potenciadora da aprendizagem do inglês para fins específicos. Nesta estratégia os alunos são solicitados a desenvolver tarefas para as quais já se encontram altamente motivados: produzir conhecimento sobre a área científica em que estudam. A única diferença será o fato de este conhecimento ter de ser realizado em língua estrangeira (inglês). A segunda atividade considerada como mais motivadora foi o role-play. Os alunos envolveram-se nas tarefas propostas, encarnando os seus papéis de forma exemplar, fosse ele o de enfermeiro ou de paciente. Na Figura 5 podemos confirmar as escolhas realizadas pelos alunos.
Figura 5. Atividades percecionadas como potenciadoras da aprendizagem da língua inglesa (Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados de pesquisa)

A atividade considerada como menos potenciadora da aprendizagem da língua inglesa para fins específicos recaiu nos Minute papers. Tal poderá advir do fato de ser este um conceito ao qual os alunos não estão habituados, quer pela questão do tempo
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Ana Alexandra Silva; Maria João Marçalo Páginas/ Pages 179-202de execução, quer pela própria natureza da atividade. Homework assignments, peer review e problem solving foram atividades que os alunos não percecionaram como potenciadoras da aprendizagem da língua estrangeira (cf. Figura 6).
Figura 6. Atividades percecionadas como menos potenciadoras da aprendizagem da língua inglesa (Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados de pesquisa)

A terceira questão do questionário prendia-se com as atividades consideradas como mais potenciadoras do trabalho cooperativo. Este parâmetro exige dos alunos não só uma reflexão sobre a sua própria prestação dentro do grupo, como também da prestação dos outros membros 32% dos alunos apontaram o Project work como aquele que mais benefícios trouxe para o trabalho em equipa, seguido de perto pelos 29% de alunos que optaram pelo Role-play Por contraste, as atividades identificadas como menos beneficiadas pelo trabalho cooperativo foram: minute papers e o think-pair-share (7%). Veja-se a figura 7 que hierarquiza percentualmente as atividades consideradas como mais tendo beneficiado de uma estreita cooperação entre os alunos.
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Ana Alexandra Silva; Maria João MarçaloFigura 7 Atividades que mais potenciaram o trabalho cooperativo (Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados de pesquisa).

Discussão
Depois de introduzidas as sete estratégias pedagógicas ativas, complementadas pelo trabalho cooperativo, durante os trabalhos de grupo, os alunos encontravam-se em condições de reflectir sobre o benefício que as mesmas aportaram às competências linguísticas em língua estrangeira. Recorde-se que as estratégias foram sendo introduzidas e desenvolvidas ao longo do semestre. Foi enfatizado o papel ativo que o aluno deveria adotar no seu modo de aprendizagem. Este não deve ser alguém indiferente, não deve ser apenas um recetáculo de informação. O aluno, através das estratégias pedagógicas ativas, transforma-se em alguém responsável (ou corresponsável) pela sua própria aprendizagem O papel do professor é fundamental, pois é o facilitador, o mediador das aprendizagens realizadas pelos alunos, criador, na sala de aula, de um ambiente que permita ao aluno desenvolver as suas capacidades.
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
Ana Alexandra Silva; Maria João MarçaloOs 28 alunos da amostra consideraram como atividades mais potenciadoras da aprendizagem da língua inglesa Project work e Role-play Foram também estas as identificadas pelos alunos como aquelas que mais beneficiaram do trabalho cooperativo. Os resultados quantitativos obtidos no final do semestre, para este grupo de 28 alunos demonstraram que as estratégias tiveram uma repercussão na sua avaliação quantitativa, uma vez que 82,14% dos alunos avaliados obtiveram uma nota superior a 15 valores (numa escala de 1 a 20).
Figura 8 Resultados obtidos pelos alunos no regime de avaliação contínua a disciplina de Língua Estrangeira – Inglês (2015/2016). (Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados de pesquisa).

Os 28 alunos da área de Enfermagem, que beneficiaram das estratégias ativas, conseguiram demonstrar evidências da sua melhoria no domínio da língua inglesa para fins específicos. Refletiram sobre as suas aprendizagens e identificaram as estratégias que percecionaram como potenciadoras da aprendizagem do inglês na sua futura área de atuação profissional. Da mesma forma, foram também conduzidos à reflexão sobre as atividades que mais beneficiaram de um trabalho cooperativo entre os membros da equipa. Desta forma, os alunos conseguiram reconhecer que o trabalho cooperativo melhorava o seu
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desempenho, quer em questões de conteúdo, quer no uso das competências linguísticas alvo. O aluno, comprometido com o trabalho que está a realizar, no seu todo, consegue alcançar um produto final de melhor qualidade.
Referências
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Widodo, H. P. (2015). The development of Vocational English materials from a social semiotic perspective: Participatory action research. Unpublished PhD thesis. Adelaide (Australia): The University of Adelaide, Australia.
Para saber mais sobre as autoras…
Ana Alexandra Silva Licenciada em Ensino de Português e Inglês na Universidade de Évora (1996); Mestre em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2001). Doutora em Linguística pela Universidade de Évora (2008). Investigadora integrada do Centro de Estudos em Letras, desenvolvendo investigação nas áreas da Linguística Geral e Aplicada.
Maria João Marçalo Doutora e Agregação em Linguística pela Universidade de Évora, Portugal. Docente no Departamento de Linguística e Literaturas da mesma
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
universidade. Autora e editora de vários livros e de vários artigos em publicações portuguesas e estrangeiras. Investigadora do Centro de Estudos em Letras CEL-UE (áreas de Linguística Geral e Aplicada e Teoria da Linguagem).
Como citar este artigo... Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégicas pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 179-202 DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
Silva, Ana Alexandra; Marçalo, Maria João (2022). Estratégias pedagógicas ativas no ensino de Inglês para fins específicos. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 179-202. ISSN: 2182-018X. DOI: http://dx.doi.org/10.30827/dreh.vi20.23860
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COMPARAÇÃO DE ASPECTOS COGNITIVOS, CLASSE SOCIAL E ESCOLARIDADE ENTRE IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE CANTO CORAL
COMPARISON OF COGNITIVE ASPECTS, SOCIAL CLASS AND EDUCATION LEVEL AMONG ELDERLY PEOPLE, PRACTITIONER, AND NON-PRACTITIONER OF CHORAL SINGING
Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos(1); Ana Caroline de Paula(2); Crismarie Casper Hackenberg(3); Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes(4); Valdomiro de Oliveira(5); Gislaine Cristina Vagetti(6)
(1, 3 y 6)Universidade Estadual do Paraná (Brasil); (2, 5)Universidade Federal do Paraná: Curitiba, Paraná (Brasil); (4)Universidade Estadual do Centro-Oeste, campus Cedeteg, Guarapuava-Pr (Brasil)
E-mail: magdasomenezes@gmail.com(1); anacarolinedp@gmail.com(2); crismarie@rioacappella.com.br(3); frblan@msn.com(4); oliveirav457@gmail.com(5); gislainevagetti@hotmail.com(6)
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0153-4843(1); https://orcid.org/00000002-2536-6848(2); https://orcid.org/0000-0003-3838-0769(3); https://orcid.org/0000-0002-0809-2611(4); https://orcid.org/0000-0002-87098471(5); https://orcid.org/0000-0003-0704-1297(6)
Recebido: 03/02/2022 Aceite: 18/03/2022 Publicado: 08/07/2022
Santos, Magda da Silva Oliveira Menezes dos; Paula, Ana Caroline de; Hackenberg, Crismarie Casper; Gomes, Fabio Ricardo Hilgenberg; Oliveira, Valdomiro de; Vagetti, Gislaine Cristina (2022). Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 203-221. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23888
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RESUMO
Este estudo objetivou comparar aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre grupos de idosos praticantes e não praticantes de canto coral. Participaram 96 idosos, alocados em três grupos, sendo o Grupo Canto Coral e dois grupos controle. Foram utilizados os instrumentos socialdemográfico, classificação económica e o Teste de Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA). Os idosos praticantes de canto coral apresentaram médias significaticamente mais altas do que o Grupo Controle II no instrumento cognitivo e escores mais altos nos aspectos - visual espacial, nomeação e linguagem, em relação aos dois grupos controle. Na comparação foram identificadas diferenças significativas entre os grupos. Consideramos que a prática do canto coral pode ser uma ferramenta para manutenção dos aspectos cognitivos e a qualidade de vida das pessoas idosas Os fatores escolaridade e classe social exercem influência sobre o processo de envelhecimento, sendo importante o incentivo de atividades para as classes sociais menos favoráveis
Palavras chave: canto coral; classe social; cognição; idosos; níveis de ensino
ABSTRACT
This study aimed to compare cognitive aspects, social class, and education between groups of elderly practitioners and non-practitioners of choral singing. Ninety-six elderly people participated, divided into three groups, the Choral Singing Group and two control groups. Social-demographic instruments, economic classification, and the Montreal Cognitive Assessment Test (MoCA) were used. The elderly practitioners of choral singing had significantly higher means than the Control Group II in the cognitive instrument and higher scores in the aspects - visual, spatial, naming and language, in relation to the two control groups. In the comparison, significant differences were identified between the groups. We consider that the practice of choral singing can be a tool to maintain the cognitive aspects and the quality of life of the elderly. The factors of education and social class influence the aging process, and it is important to encourage activities for less favorable social classes
Santos, Magda da Silva Oliveira Menezes dos; Paula, Ana Caroline de; Hackenberg, Crismarie Casper; Gomes, Fabio Ricardo Hilgenberg; Oliveira, Valdomiro de; Vagetti, Gislaine Cristina (2022). Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 203-221. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23888
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Keywords: cognition; educational status; older adults; choral singing; social class
Introdução
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e o aumento da longevidade pode ser observado nos perfis demográficos pois alguns fatores têm influenciado essa mudança como, melhores condições de vida, serviços de saúde, acesso à educação e políticas públicas. Sendo assim, a longevidade pode ser considerada uma conquista da sociedade moderna, mesmo promovendo uma série de desafios sociais, econômicos e de saúde pública (Veras & Oliveira, 2018). Sobre estes desafios da longevidade existe uma preocupação na população idosa com aspectos cognitivos, como: manutenção da autonomia, preservação da memória, linguagem, atenção, entre outros. Sabe-se que mesmo idosos saudáveis sentem o impacto das transformações biológicas, físicas, intelectuais, funcionais que ocorrem no processo de envelhecimento (Veras & Oliveira, 2018). Estima-se que 10% a 30% da população idosa brasileira apresentam algum comprometimento cognitivo ou sintomas depressivos, mas estes dados variam de acordo com condições socioeconômicas e análises locais e específicas de cada pesquisa (Coelho & Virtuoso Júnior, 2014).
Limitações de memória e de aspectos da capacidade funcional são percebidas devido à diminuição nos níveis cognitivos no processo de envelhecimento, sendo que no caso da redução severa existem efeitos sobre as atividades diárias. O declínio cognitivo em si é um aspecto normal no processo de envelhecimento, e varia de indivíduo para indivíduo de acordo com fatores como condições sociais, econômicas e escolaridade (Papalia, Olds & Feldman, 2013).
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Atividades físicas, sociais, culturais e de lazer podem ser ações e intervenções propositivas no estímulo das funções cognitivas de pessoas idosas. Por meio destas práticas são observados resultados significativos na manutenção e no desenvolvimento cognitivo de idosos, oferecendo impacto especialmente na memória, uma das principais preocupações deste grupo etário (Carvalho et al., 2011).
O canto coral é uma destas atividades ofertadas aos idosos que pode promover o estímulo cognitivo e a qualidade de vida, bemestar físico e social (Creech et al., 2013).
Na literatura acadêmica observa-se que a partir dos anos 2000 houve uma crescente manifestação de estudos que associam o canto e os benefícios da saúde (Clift et al. 2010), sendo que no Brasil dentre os trabalhos de teses e dissertações, a produção na temática canto coral e idosos é baixa, tendo 8 trabalhos no recorte temporal de 1987 e 2017, divididos em 3 temáticas: aspectos psíquicos, aspectos físicos e aspectos sociais, ressaltando os benefícios da prática coral para idosos (Bornholdt, 2019). Foi reforçado pela revisão de Paula (2020) uma escassez de estudos que relacionem a prática de canto coral por idosos e os benefícios cognitivos desta prática.
A prática musical é complexa e multidimensional, envolvendo inúmeros mecanismos cognitivos que se interrelacionam, explorando aspectos como: psicoacústica, linguagem, abstração, autorregulação, entre outros, e constata-se que o treino musical resulta em mudanças no comportamento, estruturas e funções da cognição (Herholz & Zatorre, 2012). O trabalho musical por meio do canto desenvolve habilidades físicas e mentais, como a musicalidade, memória, emoções, percepção auditiva, atenção, concentração, respiração, socialização (Creech et al., 2013; Yinger, 2014).
Yinger (2014) constatou que adaptações devem ser realizadas para o trabalho coral com idosos, como a prepação do
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ambiente, material de apoio, sempre de acordo com as necessidades apresentadas pelo grupo, sejam elas visuais, auditivas, perceptivas, e Creech (2015) reforça que esta prática apresenta resultados efetivos se for a longo prazo e constante. Para Zanini (2002) cantar é uma terapia que contribui para a construção cultural e o desenvolvimento de habilidades, sendo uma prática de expressão e de memória que pode influenciar a saúde dos idosos.
Quando desenvolvemos a prática musical, seja ela instrumental ou vocal, adquirimos novas habilidades, melhoramos nossa concentração e memória com sentido de realização em um fazer musical, contribuindo para o desempenho cognitivo (Creech, 2013). Sendo de grande importância o exercício mental para a pessoa idosa, ajudando na sua manutenção dos aspectos cognitivos (Zanini, 2002).
A partir do exposto, questionamos se participar de um grupo de canto coral pode beneficiar os aspectos cognitivos de pessoas idosas, e se as variáveis “nível social” e “escolaridade” podem ser diferentes na comparação entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo comparar aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral.
Método
A pesquisa de metodologia quantitativa caracterizou-se como descritiva, comparativa, do tipo transversal (Thomas, Nelson e Silvermann, 2012) e com amostra intencional. Participaram do estudo 96 idosos de ambos os sexos, os quais foram alocados em três grupos:
a) Grupo Canto Coral (GCC): idosos (homens e mulheres) participantes de grupos de canto coral amador na cidade de Curitiba, há no mínimo 1 ano, com ensaios regulares semanais de
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no mínimo 60 minutos, e que não praticassem atividades físicas estruturadas e regulares, sendo composto por 32 idosos.
b) Grupo Controle I – Atividade Física (GCI – AF): idosos (homens e mulheres) participantes de grupos de atividades físicas estruturadas, com acompanhamento ou instrução de profissionais, em ambientes não formais na cidade de Curitiba, e que não participassem de grupos de canto coral, sendo composto por 32 idosos.
c) Grupo Controle II – Não Praticantes (GCII – NP): idosos (homens e mulheres) participantes de grupos de convivência na cidade de Curitiba, e que não participassem de nenhuma das atividades anteriores: canto coral e atividade física estruturada, sendo composto por 32 idosos.
Todas estas atividades eram oferecidas em Curitiba, em espaços públicos ou privados. Para a coleta de dados deste trabalho, foram utilizados os seguintes instrumentos: - Social-demográfico: utilizado para verificar o perfil e registrar os dados pessoais dos idosos, como: idade, sexo, responsável familiar e nível escolar, adaptado do questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS), desenvolvido por Veras e Dutra (2008).
- Classificação Econômica: utilizado o instrumento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa ABEP (2018), a fim de verificar a classificação econômica dos idosos. O critério de corte Brasil segue a pontuação “A” (43-100 pontos), “B1” (37-42 pontos), “B2” (26-36 pontos), “C1” (19-25 pontos), “C2” (15-18 pontos), “D” (11-14 pontos) ou “E” (0-10 pontos), (ABEP, 2018). Para fins de análise no presente estudo, as classes econômicas serão agrupadas em classe de renda média domiciliar, A: 20.888 reais, B1: 9.254,00 reais, B2: 4.852,00 reais, C1: 2.705,00 reais, C2: 1.625,00 reais, D-E: 768,00 reais.
- Teste de Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) - utilizado para o rastreio do estado cognitivo. É composto por testes dos aspectos cognitivos ou funções: visuoespacial/executiva, nomeação,
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memória, atenção, linguagem, abstração, orientação (Freitas et al., 2010). Tanto em Montreal quanto nas validações para diferentes países considera-se uma correção para o efeito da educação (nível educacional) no resultado dos testes, na versão brasileira é acrescentado um ponto para os indivíduos com escolaridade igual ou inferior a 12 anos (Sarmento, 2009).
A coleta de dados aconteceu de março a novembro de 2019, os questionários foram auto aplicados e o teste de rastreio cognitivo foi realizado pelas pesquisadoras em ambiente reservado, após a entrega do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Foram considerados critérios de inclusão: homens ou mulheres com idade igual ou superior a 60 anos, que aceitassem participar da pesquisa e participassem de um dos grupos: canto coral, atividade física, não praticantes. Foram excluídos da pesquisa homens ou mulheres com idade inferior a 60 anos, que não entregassem assinado o TCLE, e não se enquadrarem nos grupos citados supracitados.
Os dados foram tabulados e analisados utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences - SPSS 24.0. A análise descritiva foi exposta em média e desvio padrão das variáveis investigadas. Para inferência estatística foi utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar os aspectos cognitivos, nível social e nível de escolaridade entre os grupos participantes, a interação entre os grupos foi verificada pelo teste de Bonferroni, com significância de p≤ 0.05.
A participação neste estudo foi voluntária e todos os participantes receberam uma carta de apresentação junto ao TCLE. Para as pessoas que aceitaram fazer parte da pesquisa foi garantida a privacidade e a confidenciabilidade do uso das informações utilizadas no estudo, seguindo todas as exigências da Resolução 466/2012 do CNS (Conselho Nacional de Saúde). Este estudo foi apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
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Estadual do Paraná, e aprovado sob o parecer número sob 3.077.043.
Resultados
As características dos participantes serão apresentadas em média (desvio-padrão) e frequência (no caso classe social). A média de idade dos idosos participantes, por grupo, foi de 69.8±6.9 anos (GCC), 70 16±8 33 anos (GCI) e 70 3±7 6 anos (GCII) Em relação a classe social, a mais frequente em todos os grupos foi a Classe econômica B (Tabela 1).
Tabela 1. Características social-demográficas dos participantes da pesquisa Curitiba, Paraná, Brasil (N=96).
N %
Sexo
Masculino 15 15 62 Feminino 81 84.38 Estado de Nascimento Bahia 1 1 04 Paraná 49 51 04 Pernambuco 1 1 04 Rio Grande do Sul 6 6.25 Rio de Janeiro 3 3 12 Santa Catarina 14 14 58 São Paulo 8 8.33 Não informado 14 14 58 Estado civil Casado(a) 47 48 96 Viúva(a) 27 28.12 Divorciado(a)/Separado(a) 10 10.42 Solteiro(a) 12 12 50 Escolaridade Analfabeto 1 1.04
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Primário Incompleto 6 6.25 Primário Completo/Ensino Fundamental 14 14 58 Ensino Fundamental Completo/Ensino Médio Incompleto 13 13.54 Ensino Médio Completo/Superior Incompleto 20 20 83 Superior Completo 20 20 83 Curso Técnico Incompleto 1 1.02 Curso Técnico Completo 4 4 17 Pós-Graduação 17 17 71
Fonte: os autores, 2022
Na variável cognitiva, em relação ao escore geral do MoCA, os idosos do GCC e do GCI tiveram médias mais altas do que os idosos do GCII (23.97±2.02; 24.34±2.03; 21.47±4.1 –respectivamente). Em relação aos anos de estudo, o GCI apresentou maior média deste aspecto (m=13 1±4 6), tendo o GCII a menor média (9.3±6.1) e o GCC a média de 12±4.4 anos de estudo. O GCC mostrou escores mais altos em relação aos demais grupos nos aspectos Visual espacial (m=2 88±1 04), Nomeação (m=2.59±0.66) e Linguagem (m=2.16±0.67). Na análise comparativa, foi possível identificar que existem diferenças significativas entre os grupos em relação aos Anos de Escolaridade (X2(2) = 9.16; p=0.01), Classe social (X2(2) = 6.735; p=0.03), no aspecto Atenção (X2(2) = 7.355; p=7.355; p=0.02), Abstração (X2(2) = 17.542; p=0.00) e Orientação (X2(2) =8.915; p=0.01). Demais informações encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2. Análise descritiva e comparativa dos aspectos cognitivos dos idosos praticantes e não praticantes de Canto Coral. Curitiba, Paraná, Brasil (N=96).
Canto Coral Controle I Controle II m DP m DP m DP X²(2) P Anos de Escolaridade 12 0 4 4 13 1 4 6 9 3 6 1 9 16 0 01
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MoCA 23.97 2.02 24.34 2.03 21.47 4.10 6.735 0.03 Visual espacial 2 88 1 04 2 75 1 34 2 47 1 24 1 78 0 41 Nomeação 2 59 0 66 2 53 0 71 2 34 0 82 2 027 0 36 Atenção 5 16 0 80 5 16 1 19 4 50 1 27 7 355 0 02 Linguagem 2.16 0.67 2.09 0.92 2.09 0.77 0.058 0.97 Abstração 1 84 0 44 1 84 0 36 1 28 0 77 17 542 0 00 Memória 2 91 1 4 3 53 1 34 2 47 1 54 7 886 0 19 Orientação 5.94 0.24 5.94 0.24 5.59 0.79 9.915 0.01
Fonte: Os autores, 2022
Ainda na análise comparativa, na questão de interação entre os grupos, foi possível verificar que houve significância estatística na diferença entre os grupos, no escore geral cognitivo - MoCA (p=0 04), Abstração (p=0 001) e Orientação (p=0 029) entre o grupo Canto Coral e grupo Controle II. Na interação entre o grupo Canto Coral e Grupo Controle I não houve diferenças significativas. Demais Informações encontram-se na tabela 3
Tabela 3 Análise entre pares dos grupos Canto Coral, Controle I e II das variáveis Anos de estudo, Classe social e Aspectos cognitivos dos idosos praticantes e não praticantes de Canto Coral. Curitiba, Paraná, Brasil (N=96)
Interações
Canto Coral Controle II Canto Coral Controle I Anos de estudo 0.07 1.00 Classe social 0 26 1 00 MoCA 0 04 1 00 Atenção 0.14 1.00 Abstração 0 001 1 00 Memória 0.84 0.26 Orientação 0 029 1 00 Significâncias ajustadas pelo teste de Bonferroni Fonte: Os autores, 2022
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Discussão
O objetivo deste estudo foi comparar a cognição, classe social e nível escolar de idosos praticantes e não praticantes de canto coral.
A predominância da amostra foi de mulheres (84,38%) o que pode ter ocorrido pelo fato de mulheres idosas terem mais disposição do que homens idosos visto que participam ativamente de atividades sociais como grupos de convivência (Vey et al., 2018). A população idosa nascida no Paraná foi prevalente (51,04%), assim como os idosos casados (48,96 %).
Sobre a escolaridade a amostra apresentou um perfil de ensino médio (20,83%) e superior completo (20,83%), totalizando 41,66% dos participantes, destacando-se ainda que 17,71% apresentou ensino superior com pós-graduação. No presente estudo 1,04% era analfabeta, enquanto as médias nacionais de 2017 que apresentaram uma população idosa brasileira com 19,3% de analfabetos, e em 2018 com 18,6%, sendo que na correlação indica que quanto maior a idade, maior é a taxa de analfabetismo no país (IBGE, 2019).
Aspectos Cognitivos: Os idosos praticantes de canto coral e do grupo controle I apresentaram níveis de cognição mais altos do que os idosos não praticantes do grupo controle II. Os coralistas idosos apresentaram os aspectos cognitivos de visual espacial, nomeação e linguagem com maior pontuação do que os idosos dos demais grupos.
O aspecto visual espacial diz respeito às capacidades de avaliação das coisas organizadas no espaço e a investigação dessa relação com o ambiente (Silva et al. 2006). A nomeação é a habilidade chave para o desenvolvimento verbal, nesta habilidade espera-se que frente a um estímulo, representado por figuras ou objetos, o sujeito diga os vocábulos correspondentes (Wertzner et al., 2006). A linguagem refere-se à toda forma que o ser humano
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usa para se comunicar, sendo formada por subconjuntos de expressões de vocabulário, entendidas como expressões de linguagem (Loparic, 1988).
Assim como Galinha et al. (2020) verificaram que a prática de canto pode oferecer benefícios e atuar como um provável estímulo da atenção, aprendizagem e memória. Esse efeito poderia estar relacionado com o fato dos participantes de um grupo de canto coral receberem muitos estímulos atencionais: as músicas variadas, a presença e a voz do professor e interação com os outros componentes do coro, a demanda da memorização das letras, o aprendizado da tonalidade e o ritmo.
Nos aspectos cognitivos da Atenção, Abstração e Orientação os idosos praticantes de canto coral obtiveram médias iguais aos idosos do grupo controle I, contudo obtiveram média mais altas do que o grupo controle II. Vagetti et al. (2013) corroborando com estudos anteiores, consideram a prática da atividade física como protetiva, podendo impactar positivamente a qualidade de vida e seus aspectos físicos e mentais. Sendo assim, com médias idênticas do grupo de canto coral com o de praticantes de atividade física, podemos deduzir que ambas as práticas são benéficas para aspectos cognitivos.
Escolaridade: A amostra apresentou na sua maioria (57,30%) escolaridade superior a 12 anos de estudo (nota de correção do teste). Os idosos praticantes de canto coral obtiveram média entre (12±4,4) e grupo controle I (13,1±4,6) sendo que o grupo controle II apresentaram as menores médias de escolaridade (9,3±6,1). Esta é uma variável importante na discussão do desempenho cognitivo. Foi observado pelos autores do MoCA (Nasreddine et al., 2005), uma correlação positiva entre os anos de escolaridade e a pontuação do teste de rastreio cognitivo.
Estudos anteriores demonstraram que pessoas idosas de maior escolaridade obtiveram escores mais altos de qualidade de vida, sendo que idosos com índices maiores de escolaridade se
Santos, Magda da Silva Oliveira Menezes dos; Paula, Ana Caroline de; Hackenberg, Crismarie Casper; Gomes, Fabio Ricardo Hilgenberg; Oliveira, Valdomiro de; Vagetti, Gislaine Cristina (2022). Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 203-221. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23888
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mantêm fisicamente saudáveis por mais tempo (Leão & Eulálio, 2011; Vagetti et al. 2013). O nível de escolaridade influencia nos aspectos gerais da vida da pessoa idosa, quanto maior a escolaridade maior a possibilidade de uma melhor renda, proporcionando um envelhecimento de melhor qualidade. Os aspectos positivos e a ausência de doenças, na percepção dos idosos, podem estar relacionados ao nível educacional (Confortin et al., 2015; Oliveira et al. 2019). Esses estudos corroboram com os dados dessa pesquisa que demonstram que idosos com maior nível de escolaridade na amostra são praticantes de atividades, seja canto coral ou atividade física, e os idosos com escolaridade mais baixa não praticam nenhuma atividade física ou musical.
Classe social: No presente estudo a classe social predominante foi a classe B, que difere dos estudos de Vagetti (2012) e de Krawusthcke (2017) em que a classe C foi predominante, e aproxima-se de Arruda (2018), com a maioria dos participantes da classe B. Todos estes estudos foram realizados na cidade de Curitiba/PR.
Assim como a escolaridade, a classe social pode influenciar o desempenho cognitivo dos idosos, devido a um melhor estilo de vida e hábitos que a renda pode propiciar: alimentação, transporte, saúde, atividade física, cultura e lazer.
A renda influencia no acesso a serviços e atividades, e para uma melhor promoção da qualidade de vida é necessário maior acesso a estas ações (Paula et al. 2020). Coulton et al. (2015) destacam a importância de verificar o custo-benefício das atividades destinadas aos idosos. Lima-Costa (2004) observou que a pobreza influencia os hábitos de vida que podem impactar negativamente a saúde de idosos, como o estado nutricional, emocional, entre outros.
Este estudo apresenta algumas limitações sobre a amostragem de idosos, não há como mensurar a quantidade de idosos que participam da prática coral em Curitiba, se eles participam de mais atividades, quais as metodologias utilizadas.
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Espera-se que este estudo possa estimular futuros estudos sobre a importância das atividades socias, físicas e cognitivas para a população idosa em comparação com o sedentarismo e o distanciamento social.
Considerações Finais
Os resultados demonstram a importância para a população idosa no engajamento de participação em alguma atividade. A prática coral pode contribuir na percepção de qualidade de vida e a manutenção dos aspectos cognitivos, pois o estudo apontou que os aspectos Abstração, Atenção e Orientação obtiveram diferenças estatisticamente significativas nas comparações entre grupos A prática socializadora do canto coral, bem como outras atividades destinadas à população idosa são de extrema importância para a manutenção dos aspectos cognitivos e a promoção de qualidade de vida.
Concluímos que os fatores escolaridade e classe social que exercem influência sobre o processo de envelhecimento foram confirmados nesta pesquisa. Sendo que seus impactos atuam diretamente no acesso a serviços, ao lazer e ao bem-estar dos idosos. A classe social e a escolaridade podem influenciar diretamente no estilo de vida dos idosos, pois melhores condições de vida sugerem uma estrutura favorável para os indivíduos poderem participar de atividades pedagógicas, artísticas e sociais. Ressalta-se a necessidade de ações educativas para a população idosa pertencente as classes sociais menos favorecidas e com níveis de escolaridade mais baixo. Recomenda-se a aplicação de mais programas de incentivo a atividades para a população idosa, mais especificamente programas socioculturais e educacionais, como a prática do canto coral
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Agradecimentos
As instituições que autorizaram a pesquisa em suas dependências e aos idosos que participaram voluntariamente. Ao apoio financeiro aos pesquisadores pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Referências
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Para saber mais dos/as autores/as...
Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos
Graduanda em Musicoterapia pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), musicista.
Ana Caroline de Paula Graduada em Licenciatura em Música pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), professora de música, regente coral emusicista.
Crismarie Casper Hackengerg Graduada nas Licenciaturas de Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) e Educação Artística - Música pelo Conservatório Brasileiro de
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Magda da Silva Oliveira Menezes dos Santos; Ana Caroline de Paula; Crismarie Casper Hackenberg; Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes; Valdomiro de Oliveira; Gislaine Cristina Vagetti Páginas/ Pages 203-221
Música (CBM/RJ), Mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP) e Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual do Paraná (UFPR).
Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes
Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Doutor em Educação UFPR. Atua como Professor Colaborador no Departamento de Educação Física da Universidade Estadual do CentroOeste, campus Cedeteg, Guarapuava-PR, Brasil.
Valdomiro de Oliveira Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Doutor em Educação Física pela UNICAMP. Atua como Professor Adjunto no Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Gislaine Cristina Vagetti
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mestre em Ciências da Saúde pela UEM, Doutora em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua como Professora Associada no Departamento de Musicoterapia da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Curitiba Campus II.
Como citar este artigo... Santos, Magda da Silva Oliveira Menezes dos; Paula, Ana Caroline de; Hackenberg, Crismarie Casper; Gomes, Fabio Ricardo Hilgenberg; Oliveira, Valdomiro de; Vagetti, Gislaine Cristina (2022) Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 203-221 DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23888
Santos, Magda da Silva Oliveira Menezes dos; Paula, Ana Caroline de; Hackenberg, Crismarie Casper; Gomes, Fabio Ricardo Hilgenberg; Oliveira, Valdomiro de; Vagetti, Gislaine Cristina (2022). Comparação de aspectos cognitivos, classe social e escolaridade entre idosos praticantes e não praticantes de canto coral. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 203-221. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.23888
VIDA Y SUPERVIVENCIA. EL PODER DE LA MÚSICA EN GUETOS Y CAMPOS DE EXTERMINIO DURANTE LA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
LIFE AND SURVIVAL. THE POWER OF THE MUSIC IN GHETTOS AND EXTERMINATION CAMPS DURING THE SECOND WORLD WAR
Rocío González Cabello
Universidad
de Valladolid (España)
E-mail: rocabelloglez@gmail.com
ID. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5300-4548
Recibido: 28/04/2022
Aceptado: 06/06/2022
Publicado: 08/07/2022
RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo mostrar a través de un recorrido cronológico, la función que desempeñó la música en un contexto comprendido entre los años 1933 y 1945, en los países ocupados por la Alemania nazi. El presente trabajo recoge información mediante un análisis documental y testimonial de relatos provenientes de historias de vida de supervivientes y descendientes de estos, que abordan la música como un instrumento fundamental para el aparato propagandístico del régimen Nazi y también como un medio de salvación para muchos prisioneros de los guetos y campos de concentración y exterminio. Las vivencias de estos sujetos se convierten en información significativa, para entender el poder de la música en situaciones extremas como las vividas durante la Segunda Guerra Mundial.
Palabras clave: campos de concentración; historias de vida; holocausto; música; nazismo
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
ABSTRACT
The purpose of this article is to show, through a chronological journey, the role played by music in the context between 1933 and 1945, in the countries occupied by Nazi Germany. The work gathers information through a documentary and testimonial analysis of accounts from the life histories of survivors and their descendants, who approach music as a fundamental instrument for the propaganda apparatus of the Nazi regime and as a means of salvation for many prisoners of the ghettos and concentration and extermination camps. The experiences of these subjects become significant information to understand the power of music in extreme situations, such as those experienced during World War.
Keywords: concentration camps; holocaust; life histories; music; Nazism
Introducción
El siglo XX contempló el nacimiento y expansión de uno de los mayores regímenes totalitarios de la historia. Carrión & García (2000), sitúan los orígenes del nazismo en la derrota de Alemania en la Primera Guerra Mundial y el avance y éxito de la Segunda Guerra Mundial con un uso y poder basado en los medios de comunicación de masas, en los que se sitúa la prensa, la propaganda política mediante imágenes, carteles, el cine y la radio, como fuentes imprescindibles de información para transmitir el ideal nacionalsocialista. Años de imposiciones ideológicas, sociales y políticas en los que la música no quedó indiferente. Su uso, altamente ligado al partido de Hitler, será contemplado en las obras musicales, donde se emplearán los valores más conservadores del Tercer Reich.
En este artículo trataremos la importancia de la música, haciendo un estudio de su desarrollo desde el ascenso de Hitler al poder en enero de 1933, hasta el final de la Segunda Guerra Mundial en 1945. A pesar de la importancia musical y sociológica que supuso la música durante este periodo, aún no se ha prestado la necesaria atención por parte de la investigación histórico-musical
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
al papel que jugó la música dentro del periodo citado, enfocando la atención en las historias de vida provenientes de supervivientes y descendientes de ellos, ubicando el papel de la música dentro de guetos y campos de concentración y exterminio. En los últimos años se percibe un interés notable en los estudios como los de la concepción nazi de propaganda en la obra de (Pineda, 2007) hablando de los orígenes histórico-conceptuales; El arte del Tercer Reich de Adam (1992), que trata el uso de la cultura y el arte por parte del Tercer Reich; los centrados en el estudio de la música germana, concepto que aparece en la obra de (Applegate & Potter, 2002) Music and German National Identity o los enfocados en la relación con los compositores o géneros artísticos censurados por los nazis. Se ha valorado la obra Propaganda nazi de la que habla (Corella, 2005), pero no se han hallado estudios cronológicos centrados desde 1933 hasta 1945 en los que la importancia histórica, musical y testimonial hayan sido plasmados en conjunto. No hemos localizado estudio que de algún modo entienda la música como un lenguaje universal, para tratar de acercar al lector y hacerle comprender como la música pudo llegar a formar parte de guetos y un campo de exterminio y como dentro de los mencionados lugares, pudo ser un medio de supervivencia.
En la presente investigación, se ha renunciado conscientemente, debido a los límites habituales de un artículo de revista, a las numerosas bibliografías que ha generado la temática centrada en la Segunda Guerra Mundial, acotando el estudio a los principales y más señalados acontecimientos relacionados con la música, desde 1933 hasta 1945, poniendo especial atención en los guetos creados en Polonia, así como el gueto de Terezín ubicado en República Checa, acotando aún más el periodo, enfocando la investigación desde la invasión a Polonia en 1939 hasta el fin de la Segunda Guerra Mundial en 1945, descubriendo el uso de la música en los guetos mencionados y con gran hincapié, en el campo de exterminio de Auschwitz-Birkenau.
Para el desarrollo del presente artículo, se ha tenido en cuenta la relevante obra de la especialista en publicaciones sobre música, resistencia y memoria Gilbert (2005), la cual centraba su
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
trabajo explicando como se podía confrontar la vida en guetos y campos nazis, deteniéndose en la música que fue creada e interpretada dentro de dichos lugares. Sin embargo, en su investigación ha preferido abstenerse de escribir sobre el destino de los músicos, así como el propósito que tuvo el partido nazi con la utilización de la música dentro de su política. La elección del estudio que hace Lachendro (2015) ha sido seleccionado por ser la aportación más reciente y completa sobre la historia de los prisioneros músicos en el complejo de Auschwitz, las funciones que desempeñaban, la actividad de la orquesta, los miembros de esta, (entre otros), aportando innumerables pruebas, basadas en los propios archivos del campo.
No puede olvidarse la contribución fundamental de Levi (1987), en su libro considerado según Brauer (2016) como uno de los más exhaustivos y detallados relatos sobre la vida en el campo de exterminio de Auschwitz-Birkenau. En él habla de uno de los episodios más importantes que recordará siempre, la música. No hemos podido excluir el ejemplo del relato recogido en la colección de memorias de la prisionera Zofia Cykowiak, la cual ha sido esencial para entender numerosas funciones de la orquesta de mujeres de Birkenau, orquesta que ha sido fundamental en la presente investigación.
Se ha querido dotar a esta investigación de un sentido educativo y social, por ello se han planteado unos objetivos en esta investigación, buscando nuevos medios para educar a la sociedad, considerando el estudio de la música, como un elemento atractivo para desarrollar la finalidad que queremos llevar a cabo en este proyecto. En el presente artículo hemos querido entender y desarrollar la unión entre la música y el nazismo, así como su evolución y funcionamiento, hasta comprender de qué forma fue parte también de un proceso de salvación y de vida.
Por ello consideramos los siguientes objetivos generales: - Comprobar si la música estuvo al servicio de la política y la propaganda durante el Tercer Reich.
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
- Entender la unión entre músico, composición e intención política o ideológica, mediante las partituras encontradas en guetos y el campo de exterminio de Auschwitz.
- Conocer el significado de ser músico durante el Holocausto. - Descubrir el rol de la música dentro del campo de exterminio de Auschwitz-Birkenau.
También se comprobará esta información a través de los testimonios de supervivientes y descendientes de ellos, pretendiendo así, constatar el significado de ser músico en situaciones extremas de supervivencia durante el paso por el campo de exterminio de Auschwitz-Birkenau y profundizar en la teoría de la relación entre música y supervivencia.
Método
En este trabajo se ha adoptado una metodología cualitativa, siguiendo el desarrollo de una investigación descriptiva estructurada, en la que términos como memoria colectiva, nación e identidad en conjunto con su relación con la música, articulan la base documental de la investigación. Por esta razón, según Hernández-Sampieri y Mendoza (2018) se siguen los pasos marcados, examinando los hechos y revisando los estudios previos de una forma conjunta, para generar una teoría coherente con lo que se está observando que sucede. Mediante la siguiente pregunta que guía la investigación: ¿Fue la música un medio de salvación y de vida en los guetos y campos de concentración?, se pretende hacer una revisión de la situación ocurrida entre la población, a través de la influencia que tuvo la música en ella.
Para dar respuesta a la cuestión planteada, se comienza con la primera fase de la investigación, que se centró en un análisis documental, para abordar la idea de ofrecer la música como un medio para conocer un periodo de la historia, en el que, con gran dificultad, se puede concebir el arte como parte de un proceso evolutivo, propagandístico, como centro de manipulación y en contraposición, como una oportunidad de salvación y vida.
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
Como primer procedimiento, se ha partido de un vaciado bibliográfico dentro del marco de referencia de la literatura existente. Partiendo de estudios reveladores como el de Lozano (2011), que abarca un compendio teórico e historiográfico del Tercer Reich que ha permitido un ahorro de tiempo y ha aportado aclaraciones relevantes para la investigación impulsando, por tanto, un estudio comparativo entre varios historiadores que dejan una gran interpretación y coherencia de una forma cronológica de los principales hechos acontecidos entre 1933 y 1945.
Conjuntamente se ha incluido en la investigación, la creación de las entrevistas, coordinación y búsqueda para las citaciones con las fuentes testimoniales, la observación, el procesamiento, la traducción y el análisis e interpretación de la información.
En este sentido las historias de vida como método de investigación descriptiva han sido utilizadas para conocer a las personas que sufrieron la Segunda Guerra Mundial. Hemos querido realizar un proceso descriptivo individualizado, para posteriormente generar una teoría general que englobe la relación de los prisioneros, supervivientes y descendientes de estos con la música, siguiendo el modelo de búsqueda, evaluación, síntesis y análisis, que propone Codina (2018).
Las primeras acciones se llevaron a cabo, realizando un vaciado bibliográfico para centrar el periodo a investigar. Dicho proceso fue esclarecedor a nivel histórico, pero encontramos poca información a nivel musical, sobre todo en lengua castellana. Para ello fue preciso entonces, establecer un criterio de las fases de la investigación a desarrollar, posteriores a los primeros pasos que se habían realizado.
Los siguientes procesos fueron llevados a cabo dentro de un estudio de campo, donde de primera mano se estableció un contacto directo con instituciones como la del Centro de la Comunidad Judía de Cracovia, que cuenta con una amplia biblioteca donde pudimos recoger memorias, libros y el dato más revelador para la investigación que fue conocer personalmente a una superviviente del propio gueto, Zofia Radzikowska, miembro de la Asociación de Hijos del Holocausto, la Asociación de Amistad Israel-
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Polonia y la Asociación Social y Cultural Judía de Polonia. Dicha superviviente aportó información histórica sensible para la investigación, pero en cambio no pudo confirmarse ningún dato relacionado con la música dentro de este gueto. En la búsqueda de información relevante, se ha considerado esencial la visita a otros campos y guetos, tales como Terezín en República Checa, guetos de Varsovia, campo de trabajos forzados de Plaszow considerados, estos, como la antesala de los campos de concentración y extermino según afirma Zadoff (2004).
Es en los museos e instituciones más importantes dedicadas a la memoria del Holocausto, donde se ha podido ampliar la información necesaria para el desarrollo del trabajo. Entre estos, destacan el Museum of Jewish Heritage, House of Terror Museum (Budapest), Centro Sefarad Israel (Madrid), fábrica de Schindler (Cracovia), Museo judío de Berlín, Fundación canal, museo Auschwitz-Birkenau, Holocaust Memorial Center, Budapest.
Para el estudio concreto de la música dentro de Auschwitz, se procedió a pedir los permisos oportunos para tener acceso a los archivos del campo, concedidos para enero de 2016. Se realizó un estudio presencial en Oświęcim, ciudad de nombre polaco donde se encuentra el campo de concentración y exterminio de AuschwitzBirkenau. En los archivos ubicados en el bloque 24 del campo, pudimos analizar los documentos necesarios para la investigación, basándonos en las colecciones de memorias de Henryk Król, recogidas en el volumen 76, APMA-B, memorias analizadas dentro del volumen 126 de la colección de memorias APMA-B, así como en los negativos y fotografías de los músicos y las orquestas pertenecientes al Hoss Trial negative, volumen 15, no. 336 y 338.
Como información relevante se ha conseguido recabar datos de partituras, fotografías, instrumentos musicales conservados y otros elementos que fueron utilizados en su momento en la vida de los prisioneros de los campos de concentración. Por otro lado, para realizar el análisis musical se han recogido las partituras y obras compuestas en Auschwitz a las que se ha podido tener acceso, que han ayudado a inquirir más en la compresión del papel que desarrolló la música en campos de concentración.
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Se ha tratado, por tanto, de una búsqueda sobre lo no escrito de forma común, lo oculto, lo que aparentemente no estaba plasmado en la realidad, realizando así un análisis de contenido de tipo cualitativo (Ruiz, 2012), en el que se plantea que la información que emana de los discursos, y en el caso de esta investigación, las partituras, que ofrecen una comunicación que expresa contenidos que ayudan a la deducción de patrones de significados que pueden ser interpretados. De este modo se puede aproximar a los ideales nazis sobre los que se construyó el discurso de odio, persecución y propaganda, entendidos a través de la música.
Simultáneamente a este proceso, se han realizado entrevistas a los supervivientes y descendientes de estos. Para ello se ha llevado a cabo un formato de entrevista abierta. La elección de este instrumento de recogida de datos viene dada por la condición física de la mayoría de supervivientes. En numerosas ocasiones hemos contado con testimonios directos que abarcan unas edades entre los ochenta y cien años, siendo imposible en muchos casos seguir un guion de preguntas establecidas o cuestionarios predeterminados que guiasen la comunicación. Se ha seguido, por consiguiente, un formato de entrevista adaptado a la edad, condición física y predisposición a la comunicación del informante. También se ha tenido en cuenta la condición traumática que supone haber sido prisionero de un campo de concentración y exterminio. De acuerdo con Frankl (2021) “Hay que considerar que una persona sometida, durante tanto tiempo, a una tensión psicológica tan tremenda, sigue en peligro también después de su liberación […]” (p. 119). Por tanto, se ha trabajado este proceso, desde un punto de vista en el que fuera factible la expresión libre del entrevistado, que beneficiase al desarrollo y extensión de las preguntas elaboradas.
Las entrevistas han quedado registradas previo consentimiento, en formato audio, video y grabaciones de pantalla llevadas a cabo a través de plataformas digitales que han facilitado la comunicación y grabación, pudiendo así recoger los datos con gran precisión sin perder detalle de las personas entrevistadas. Se ha considerado de gran valor las entrevistas de video, ya que son pocos los supervivientes que aún quedan con vida, dotando por ello
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a estos encuentros, de una carga emocional e histórica de gran relevancia. Las entrevistas han sido traducidas y reflejadas en una transcripción a ordenador, numerándose de forma independiente y clasificándose de forma numérica según la fecha de realización. La trascripción en la mayoría de las ocasiones ha sido literal, exceptuando los casos en los que la conversación no era acorde al objeto de estudio y en otras situaciones, los entrevistados preferían obviar ciertos comentarios u opiniones, solicitándonos el derecho a que no quedara registrado. Han quedado registradas 10 entrevistas, realizadas en España, Polonia, República Checa y Francia. Las edades de los entrevistados supervivientes están comprendidas entre 85 años y 100 años. Los descendientes de algunos de ellos que han participado en esta investigación están en el abanico de edad de 60 y 80 años.
La fase centrada en el análisis de datos obtenidos ha resultado de gran complejidad. Según Schettini y Cortazzo (2015) la primera acción a realizar fue la simplificación y reducción de toda la información obtenida, en especial de los archivos de Auschwitz, consiguiendo orientarla a los objetivos planteados, dividiendo la información en criterios de selección de los temas tratados, priorizando documentos de archivo, testimonios y, por último, bibliografía. Convirtiendo esta selección en unas categorías que nos revelasen la información de la música vista desde el punto histórico, musical, personal y la función dentro de guetos y campos.
La selección de las personas entrevistadas se ha clasificado según ciertos criterios, diferenciando la persona con cocimientos musicales de los que no, su nacionalidad, género, edad, raza, la condición social dentro de los guetos o campos (prisioneros políticos, de guerra, por ser judío, homosexual, persona con discapacidad, etc.) (Zadoff, 2004). Por último, la labor desarrollada en el campo o gueto, priorizando el estudio de los músicos, las orquestas y agrupaciones musicales. Por tanto, se ha querido comprobar si la música, entendida como un concepto de manifestación artística, equilibrio y expresión (Malavassi, 2008) se utilizó como tortura, burla, como medio propagandístico y, por el contrario, también como medio de salvación y vida.
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Resultados
En relación con las primeras cuestiones planteadas, relacionadas con la influencia del régimen nazi en la música, observamos como fue utilizada como instrumento de propaganda al servicio de la política social. Así, la Orquesta Filarmónica de Berlín funcionó desde 1929 como una herramienta de la política cultural: “El 1 de noviembre de 1933, con la aprobación personal de Hitler, la Orquesta Filarmónica de Berlín, se convirtió oficialmente en la orquesta del Reich” (Aster, 2012. p.33). El trabajo de esta orquesta quedó altamente condicionado a las representaciones musicales con un intencionado contenido propagandístico. Aparte de sus habituales conciertos, la orquesta acompañó los eventos más importantes del Partido del Reich. A partir de 1937, según confirma Aster (2012), la filarmónica tocó en todos los cumpleaños de Adolf Hitler. También fue utilizada como “laboratorio musical” por el Ministerio de Propaganda dirigido por Goebbels, con la intención de crear composiciones musicales que tuvieran una temática relacionada con fines propagandísticos e ideológicos.
La creación específica de obras musicales muestra que la música se utilizó como un medio para llegar a un público más amplio, con claras intenciones propagandísticas e ideológicas. Puede observarse esta intención en el himno oficial del partido “La Canción de Horst Wesse”, compuesta con un leitmotiv bélico, creada por un miembro de la división de asalto del partido nazi. Este primer periodo utilizó la música como, organización política y control. Gracias a los testimonios de supervivientes recogidos en la colección personal (E.P.12) se ha podido confirmar como ciertas obras de origen militar alemán, continuaron interpretándose en los campos de trabajo forzado.
Otro hecho de gran importancia fue la incesante búsqueda por parte de los nazis de condenar y eliminar del panorama cultural a los judíos y extranjeros, buscando ensalzar la música y a los músicos de origen germánico. Con la intención de guiar y vigilar el contenido de las creaciones artísticas y culturales basadas en el ideario nazi, se creó la cámara de cultura del Reich, con un
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departamento dedicado a la música Osorio (2013). Según apunta Riu i Picón (2017), el Ministerio de Propaganda tenía el respaldo de Hitler y el control absoluto de la música y los músicos. Especialmente significativa fue la utilización de la música como medio propagandístico dentro de los guetos establecidos en Europa. De hecho, en el gueto de Terezin (Theresienstadt en alemán), ubicado en República Checa, se recluyó un elevado número de artistas, procedentes de diversas nacionalidades, propiciando el desarrollo de una actividad cultural de gran nivel. En los inicios, la música se producía de forma clandestina, hasta que, según afirma Contreras (2021), el 28 de diciembre de 1941, las autoridades del gueto, autorizaron actuaciones musicales y en el año 1942, se crea bajo el consentimiento y control de las SS del gueto, la primera orquesta. Esta actividad artística quedó reflejada en el documental creado entre 1944 y 1945 dentro del gueto, titulado
Theresienstadt. Ein Dokumentarfilm aus dem jüdischen Siedlungsgebiet" (Theresienstadt: un documental de la zona de asentamiento judío) o también conocido extraoficialmente, como “El Führer regala una ciudad a los judíos” Dawidiuk (2012). Un documental que intentaba mostrar al mundo la falacia de una vida de ensueño para los judíos dentro de ese gueto. Los propios judíos fueron los protagonistas de este filme, siendo obligados a mostrar su mejor actitud. Según afirma Dawidiuk (2012), la película con una duración aproximada de unos noventa minutos no ha sido hallada, desapareciendo tras el fin de la guerra. Durante la investigación se ha podido ver algunos fragmentos que sí se conservan, unos documentos de gran relevancia puesto que, en uno de los videos encontrados, se puede ver a la propia orquesta del campo, interpretando un concierto en el que aparentemente los judíos disfrutaban de un espacio de ocio y distensión, demostrando así el uso de la música en el contexto centrado en el periodo de estudio de esta investigación. Este escenario aparentemente favorable, fue el impulso para la operación propagandística del Reich, prosperando y estableciéndose desde meses antes con la visita de la Cruz Roja en 1943. Para la concertada cita, el coronel de las SS Karl Rahm, transformó Terezin, en un pueblo limpio, pintado, con una población
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feliz, creando un escenario ficticio alejado de la realidad (Contreras, 2021). Para ese encuentro, la música fue esencial. Se representó el Requiem de Verdi y una ópera infantil titulada Brundibar, compuesta por un prisionero del propio campo, Hans Krasa. Una obra que, según Toltz (2005), estuvo cargada de un excepcional poder, en especial para los prisioneros, convirtiéndose en un gran punto de resistencia artística. En las conversaciones obtenidas con una superviviente, la cual fue una de las niñas del coro de Terezin, se ha ampliado la información recogida con anterioridad, añadiendo el significado que tuvo la música para algunos de ellos.
“La música en Terezin era algo maravilloso” (E.P 1-1P1mp6)
“Durante una hora u hora y media, nos olvidábamos de dónde estábamos. (E.P 1-1P1mp6-7).
“No pensaba si tenía hambre o frío, solo pensaba en música […]” (E.P 1-1P1mp12).
También nos pudo confirmar, coincidiendo con Contreras (2021), que los artistas quedaban exentos del trabajo forzado en el gueto, dato relevante para la presente investigación, puesto que podemos llegar a deducir, que una persona dedicada a la música tenía mayor capacidad de supervivencia que una destinada a los trabajos realizados en condiciones extremas. Se ha podido corroborar con la mencionada superviviente, como la música, unida a un “factor de suerte” (E.P con D.L.), fue su medio de resistencia y vida, en aquel periodo de tiempo. Esta percepción también se ve reflejada en las siguientes citas:
“Cuando escuchábamos cantar, era como paz, calma, estar en casa” (E.P 1-7 P1mp67).
“La música me salvó la vida, pero también fue mi venganza” (E.P 1-8P1mp98).
En este punto de la investigación podemos confirmar el uso propagandístico de la música que se hizo en los primeros años del régimen nacionalsocialista, así como su relación conjunta en
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numerosos casos como medio de resistencia y supervivencia dentro de los guetos.
En relación al papel de las agrupaciones musicales que se desarrollaron en Auschwitz encontramos documentos recogidos de archivos, así como los estudios que se han citado anteriormente como los de Lachendro (2015) y Gilbert (2005), que detallan diferentes funciones. La principal fue la creación de una orquesta en el campo principal “Auschwitz I”, cuya ocupación era la de tocar marchas militares que marcaban el paso que debían seguir los prisioneros al entrar y salir a realizar los trabajos forzados fuera del campo (Gilbert, 2005). Por otro lado, estaba la relación con los miembros de las SS del campo, que utilizaban la música como diversión y entretenimiento (Schumann, Graeff & Haas 2016).
Dicha información se ha podido constatar conjuntamente, con imágenes recogidas de archivo (APMA-B, Vol.15, p.52, negativo no, 388 - 336) en las que se puede observar a la orquesta en la puerta principal de Auschwitz I, así como la fotografía que aporta la prueba de los conciertos para las SS del campo.
Entre los testimonios escritos recogidos, encontramos el del compositor y violinista Simon Laks. Laks (2008) refiere su modo de vida dentro del campo en el que detalla como sus condiciones mejoraron notablemente al ser músico, considerándose un preso con una categoría superior a otros, obteniendo ciertos privilegios como mejores alimentos, ropa, lugar de descanso, etc.
“En eso me ayudó la música. Y a mí que me habían dicho tantas veces que de la música no se puede vivir” (Laks, 1979-2008, p. 30).
“El violín que tengo en mis manos se ha convertido en mi escudo protector” (Laks, (1979-2008, p. 43).
No cabe duda de que la obtención de “ciertos privilegios” (entendamos privilegios como una ración más de comida al día, no tener que realizar trabajos forzados fuera del campo o un cambio de ropa extra) les afectaba física y psicológicamente a los músicos, les propiciaban una oportunidad de vida y supervivencia, frente a otros
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prisioneros que no tenían esas condiciones de vida. Así lo detalla la organización “Impact through education”, cuando habla de la violonchelista de la orquesta de mujeres de Birkenau, Anita Lasker Después de obtener un puesto como miembro de la orquesta de mujeres de Birkenau, Lasker fue transferida a una barraca donde todas las integrantes de la orquesta, judías y no judías vivían juntas. Como miembro de la orquesta, su estatus en el campo era de relativo "privilegio": tenía su propia cama, raciones extra y derecho a la ducha. Probablemente su mayor privilegio fue el estatus que finalmente le permitió salvar la vida de su hermana. Tras descubrir por casualidad que su hermana también estaba en el campo, Lasker pidió que le designaran la deseable y relativamente fácil tarea de mensajera del campo. La importante posición de Anita en la orquesta hizo que la mujer de las SS aceptara y así las hermanas, volvieron a reunirse y permanecieron juntas hasta la liberación (Music and the Holocaust, 2020).
Como resumen al desarrollo de la investigación, en la que se ha podido analizar la música en diferentes escenarios relacionados con la Segunda Guerra Mundial y en especial en guetos y en el campo de concentración y exterminio, apoyados con testimonios reales y documentos de archivo, podemos confirmar como a pesar de tener la música un objetivo principal, marcado por la política y la propaganda nazi, en el que se buscaba como primer objetivo eliminar del panorama cultural a toda persona contraria al régimen, usar la música como tortura, burla, organización o manipulación, (en las canciones recogidas y analizadas de los guetos y campos de extermino, se puede leer la dureza vivida, [como el caso que cita Gilbert (2005) en referencia a la “Canción de cuna para mi pequeño hijo en el crematorio”], pero a la par fue también una oportunidad de salvación y de vida.
“Que hubiera orquestas en aquel lugar era algo terrorífico, tocar mientras otros morían gaseados […] pero a mí, la percusión me dio vida, me salvó” (E.P 1-6 P1mp6p).
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Uno de nuestro entrevistados (E.S 1-9 P12) confirmó como la música a pesar de ser algo difícil de entender, era, sobre todo por las noches, una forma de evasión que les alejaba del horror
Conclusiones
Este periodo histórico (1933-1945) viene condicionado por un régimen autoritario que implantó un modelo guiado por un programa que pretendió acabar con la vida de todos los judíos europeos, así como homosexuales, gitanos, personas con discapacidad y toda persona contraria al régimen. En este último apartado pretendemos dar una visión global del papel de la música y ver si podemos responder a nuestro interrogante principal que se basa en dar respuesta a si realmente la música fue un medio de salvación y de vida, especialmente en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial.
El proceso de desarrollo de este trabajo nos ha permitido conocer mediante los documentos investigados y el análisis formal y armónico de partituras, como en un inicio la música formaría parte de los mítines, discursos y eventos del partido nazi, otorgando un poder de enaltecimiento de los ideales nazis mediante los himnos y canciones compuestas bajo las órdenes del ministerio de propaganda. La música debía cumplir los requisitos marcados por el partido, reflejando una realidad clara: la música tuvo un papel propagandístico fundamental de los ideales nazis, afirmando como el mensaje de las canciones e himnos transmitían ese odio racial hacia los judíos, comunistas y extranjeros.
Por otro lado, ciertas partituras y melodías analizadas sobre el gueto de Varsovia muestran que la música se utilizaba como medio de supervivencia y en algunos casos, las canciones se convertían en un medio para ganar algunas monedas en las calles.
El análisis de los textos ligados a la música juega una labor importante en el estudio de las canciones que reflejan las vivencias en los guetos, en los que se muestra la crueldad a la que la población estaba sometida, pero también la oportunidad que significaba la música como medio de supervivencia.
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Dentro de los archivos musicales analizados en Auschwitz, se muestra de igual modo, la crueldad de los acontecimientos vividos, en los que se proyectan mensajes de dolor y angustia, pero a su vez ensalzan la música como esperanza.
A nivel musical, se muestra el poder que tuvo esta para una gran mayoría de supervivientes, además de ser en muchos casos una vía de evasión para los prisioneros no músicos que escuchaban la música y se sentían trasportados a otro lugar que no fuera un campo de exterminio. La música, por tanto, entendida como lenguaje universal, trasmitía paz, armonía en diversas ocasiones en las que el escenario vivido no correspondía con esa percepción.
El estudio ha confirmado mediante un vaciado bibliográfico, de archivo y testimonial, que la música en el inicio de los primeros años del nazismo fue utilizada como instrumento de organización, control, tortura y burla. La información ha sido cotejada mediante el aporte de las historias de vida que han sido obtenidas de supervivientes y descendientes de ellos, los cuales hablan de como en ocasiones se utilizaba con un alto contenido de diversión de las SS, basada en la humillación y degradación de los prisioneros de los guetos.
También confirmamos que, para ciertos prisioneros, la música era vista desde un punto de vista de desigualdad, puesto que ser músico otorgaba, ocasionalmente, ciertos privilegios que hacían evidente la discriminación con otros prisioneros de guetos y campos de exterminio. Así es como observamos dos puntos de vista dentro del estudio, entendidos desde los testimonios reales obtenidos de personas que fueron músicos y los que ocuparon otro puesto de trabajo. Por tanto, se confirma que para algunos reclusos la música fue el medio que permitió su supervivencia. También se corrobora la importancia que tuvo a nivel de organización y control, no solo en los primeros años de ocupación nazi, sino en el campo de exterminio de Auschwitz, notándose la diferencia del uso de la música en los primeros años de ocupación nazi, hasta su desarrollo y función dentro de los lugares donde se realizó el asesinato de miles de víctimas inocentes, personas contrarias al régimen y la exterminación de seis millones de judíos. En este contexto,
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afirmamos que la música fue esencial en un proceso, en el que ser músico, podía ser una posibilidad de vida y salvación.
Referencias
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Para saber más de la autora…
Rocío González Cabello
Doctoranda en la Universidad de Valladolid (España). Violinista profesional, titulada por el Real Conservatorio Superior de Música de Madrid y el Centro Superior Katarina Gurska, donde en la actualidad cursa la formación en investigación artística musical. Investigadora de la música durante la Segunda Guerra Mundial.
Como citar este artículo...
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, 20, 223241. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551
González Cabello, Rocío (2022). Vida y supervivencia. El poder de la música en guetos y campos de exterminio durante la Segunda Guerra Mundial. DEDiCA. REVISTA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES, N.º 20, 2022, 223-241. ISSN: 2182-018X. DOI: http://doi.org/10.30827/dreh.vi20.24551