REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #495

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DINO D’SANTIAGO

NAS FESTAS DE ALJEZUR

ÍNDICE

Mirian Tavares (pág. 14)

Carlos Manso (pág. 18)

Sílvia Quinteiro (pág. 22)

Paulo Neves (pág. 26)

Mostra do Doce Conventual em Lagoa (pág. 30)

Feira da Dieta Mediterrânica em Tavira (pág. 40)

Dias Medievais em Castro Marim (pág. 56)

Festa do Banho 29 em Lagos (pág. 80)

Dino D’Santiago e Paulo Gonzo nas Festas de Aljezur (pág. 90)

Calçadas em São Brás de Alportel (pág. 110)

Nininho Vaz Maia na FATACIL (pág. 120)

Da volta às aulas

ecomeçamos, a cada ano letivo. Recomeçamos porque, de facto, um professor nunca para. Nunca para de pensar, de estudar, de investigar e de descobrir. De descobrir novas maneiras de ensinar velhas histórias ou novas histórias que apareceram em substituição às outras, já aposentadas. A magia do conhecimento é exatamente esta: descobrir. De repente, abrir os olhos e ver de novo, ver mais, ver o que não se tinha notado da última vez. A cada ano em que contemplo, com os alunos, meus quadros prediletos, descubro uma nuance, um detalhe, encontro uma ligação nova, tenho uma epifania. E dou aulas há 30 anos. Demasiado tempo, talvez, e ainda me sobram uns quantos pela frente. Já fui mais animada em relação ao ensino, às aulas. A minha vontade de entrar na sala, de enfrentar os alunos, vai esmorecendo. São muitos os porquês. Envelheço, isso é um facto, e a distância geracional torna a comunicação professor-aluno mais complicada. Não falamos a mesma língua. Dominamos diferentes idioletos.

Sou eu que vou ser seu amigo, Vou lhe dar abrigo, se você quiser

Quando surgirem seus primeiros raios de mulher

A vida se abrirá num feroz carrossel

E você vai rasgar meu papel. Vinícius de Moraes

E não adianta tentar se atualizar, acabamos soando cringe, que é uma palavra adquirida há pouco tempo, mas cujo sentido sentimos na pele. O momento em que deixamos de ser jovens e de exercermos o direito à juventude e nos tornamos adultos, muito adultos e adultíssimos. E percebemos que há coisas, muitas, que já não cabem em nosso vocabulário oral, comportamental e corporal. Não me venham dizer que não envelhecemos, que podemos continuar eternamente jovens. É uma mentira inventada, e sustentada, por uma sociedade que não quer se ver no espelho. Que prefere alimentar o mito da juventude como única forma possível de se existir. Não gosto de envelhecer, mas reconheço que há ganhos. Como professora, distanciei-me mais dos alunos, mas consigo ver melhor, ver mais, tenho muito mais a partilhar. A dúvida, a cada novo ano é: será que há ainda alunos que se interessem em saber? Espero que sim. Como professores, a cada ano, caçamos o brilho nos olhos – de um aluno que seja. Esse brilho vai iluminar todo o ano letivo. E faz com que, apesar dos pesares, que são muitos, valha a pena retornar, valha a pena voltar às aulas.

Foto: Isa Mestre

Água e saneamento: até quando fingimos que está tudo bem?

Carlos Manso,

e Membro da Direção

da Ordem dos Economistas

oi recentemente publicada a última avaliação anual independente das entidades gestoras — empresas e municípios que asseguram o abastecimento de água e saneamento em Portugal. O estudo anual, conduzido pela Defining Future Options, baseou-se no Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos de Portugal (RASARP).

Temos o hábito de valorizar a qualidade da água que corre da torneira. E com razão: é fruto de uma estratégia bem implementada no passado. Mas, hoje, essa conquista serve apenas para justificar uma passividade face aos desafios do setor. Quem analisa os números da ERSAR e a última classificação das entidades gestoras percebe que estamos a viver de fachada. Porque, por trás da aparente normalidade, esconde-se um setor a prazo: endividado, envelhecido e dependente de subsídios municipais que, muitas vezes, nem chegam para tapar buracos.

Em 2023, mais de 200 entidades gestoras não conseguiram sequer pagar as contas com as tarifas cobradas. Em

dezenas de casos, o que os cidadãos pagam cobre menos de 70% dos custos reais. Em alguns municípios nem sequer existe tarifa de saneamento — o que significa que é «grátis». Mas ainda alguém acredita que existem almoços grátis?

O que acontece é simples: quem paga são os contribuintes, via orçamento municipal. E quando o orçamento aperta, o primeiro sacrificado é o investimento. Resultado? Condutas velhas, estações a cair e sistemas frágeis, sem redundância. Basta uma seca prolongada ou uma cheia para expor a vulnerabilidade de muitos serviços.

Há ainda outro elefante na sala: o preconceito contra tarifas que reflitam o custo real. Muitas vezes alimentado pelos próprios autarcas, que iludem as populações e dificultam a implementação de soluções sustentáveis. Segundo o estudo, as empresas municipais ou privadas que fazem o que deve ser feito — cobrar tarifas que cubram custos e investimentos — aparecem no ranking com preços mais altos comparativamente às entidades gestoras ineficientes e insustentáveis. Logo, são apontadas a dedo como «caras».

Caras? — Não. Sustentáveis. O que é insustentável é manter preços artificialmente baixos e adiar investimentos vitais. Isso não protege as pessoas; engana-as.

Para agravar, há municípios que nem sequer reportam dados básicos à ERSAR. Num setor que lida com saúde pública e ambiente, isto devia ser tratado como prioritário. Sem transparência não há regulação, não há responsabilização e não há decisões que salvaguardem o futuro.

E não podemos esquecer: o setor da água e saneamento é um monopólio natural. O cidadão não escolhe quem lhe fornece o serviço. Por isso, é essencial reforçar a regulação. Só uma regulação forte garante que erros de gestão, investimentos desajustados ou ineficiências não acabam a ser pagos diretamente pelos consumidores.

Precisamos de uma estratégia que assegure a sustentabilidade dos serviços de água e saneamento. Não pode ficar só pela conversa — é uma questão de sobrevivência coletiva. Essa estratégia

deve assentar em cinco verdades incómodas:

1. Sem tarifas justas não há futuro. O serviço tem de ser pago pelo seu valor real. Quem precisa deve ser protegido com uma tarifa social automática. O essencial deve ter uma tarifa justa e cobrir o seu custo; o supérfluo deve pagar um extra.

2. Municípios sozinhos não aguentam. É preciso cooperação, ganhar escala, criar empresas municipais ou intermunicipais e até considerar PPP ou serviços municipalizados, quando fizer sentido. Continuar a insistir em serviços diretos, frágeis e politizados é condenar comunidades inteiras à estagnação. A não ser que essa opção de gestão e política garanta o cumprimento dos objetivos de um sistema eficiente e sustentável.

3. Eficiência e resiliência já, não amanhã. Reduzir perdas, reutilizar água, preparar sistemas para secas e cheias. Quem não começar hoje estará, inevitavelmente, atrasado daqui a 10 anos.

4. Regulação forte para monopólios naturais. Onde não há concorrência, a regulação é a única salvaguarda. É ela que deve evitar abusos, ineficiências e decisões erradas que penalizam quem não tem alternativa: o consumidor.

5. Penalização para quem não cumpre. Havendo fundos comunitários alocados à eficiência hídrica, considerados como incentivos positivos, é fundamental a criação de um mecanismo que penalize

quem insiste em ser passivo, quando é imprescindível que haja ação.

Hoje, o setor da água e saneamento em Portugal vive num círculo vicioso: tarifas baixas - falta de dinheiro - pouco investimento - serviços mais frágeis. É altura de virar o jogo e passar para um círculo virtuoso: tarifas sustentáveisinvestimento - eficiência - serviços resilientes.

Podemos continuar a fingir que está tudo bem e ignorar os dados que provam o contrário. Mas, quando a próxima crise hídrica bater à porta, não haverá desculpas.

“Só damos valor à água, quando a fonte seca” - Provérbio Popular. Pensem nisto.

Nota: Este artigo de opinião apenas reflete a opinião pessoal e técnica do Autor e não a opinião ou posição das entidades com quem colabora ou trabalha.

A escada rolante Sílvia Quinteiro, professora

ento-me num banco de pedra, frente à escada embutida na falésia.

Desci-a há instantes, mas não resisto: subo e volto a descer.

Detenho-me agora a observar a escada rolante, insólita naquele lugar. Atrás de mim, os pescadores puxam o barco para terra e remendam a rede, sob o olhar atento de um homem e de uma mulher descalços que vão a passar, com um cão pela trela. São de pedra, é certo, mas o que importa é que ali estão; afinal de contas, é a Praia dos Pescadores. Dos outros, dos de carne e osso, nem sinal.

Os turistas aguardam com a paciência de quem parece dispor de todo o tempo do mundo que a máquina os transporte entre o casario da parte alta da vila e o baixio onde se estende o areal. Metálica, reluzente, inorgânica, a escada ergue-se imponente em nome da segurança e das boas acessibilidades. Não queremos que falte nada aos turistas. Degraus talhados na falésia? Fora de questão. O que se exige é conforto e comodidade. E é, de facto, agradável: sem esforço, sem suor, sem cansaço. Mas também sem o menor entusiasmo por se estar prestes a pisar a famosa praia algarvia. Chegam com o ar distraído de quem desembarca de um voo low cost, num destino qualquer que garanta uns dias de descanso. Atenção apenas aos

degraus, para não tropeçar. Depois, desde que haja sol, areia e águas mornas para uns mergulhos, pouco importa onde estão. É irrelevante saber em que praia, localidade ou sequer país se instalaram.

No Algarve turístico, viaja-se sem caminhar, sem ver, sem sentir. Neste Algarve reduzido a produto de marca branca, a areia é simplesmente areia, a água é apenas água, o sol é sol, e o calor, claro está, nada mais que calor.

Acrescente-se um pequeno-almoço inglês, rios de cerveja gelada, um karaoke com o indispensável Sweet Caroline, e o território despe-se de relevância.

- Ali tem uma ruinha de barzinhos e bugiganguinhas. - comenta, entusiasmada, uma turista brasileira.

Os diminutivos são muitos, mas a frase resume bem o que vejo. Bares atrás de bares, «bugiganguinhas» chinesas com imagens de algares, sardinhas, chaminés, galos de Barcelos e padrões de azulejos estampados. Pouco interessa o que vão ver durante as férias, desde que levem o íman com a ilustração certa. Ficará no frigorífico, ao lado da fotografia tirada na excursão ao Benagil. Não se recordarão do nome, nem de onde fica. Mas perdurará a memória do ronco dos motores das embarcações que enchiam a gruta e do fedor a gasolina.

Há muito que a ânsia de receber cada vez mais turistas, de espremer a região até à última gota, transformou o Algarve num não-lugar, num espaço de passagem, de consumo rápido. A escada rolante de Albufeira - igual a tantas outras, talvez saída de uma fábrica na Alemanha, sem recorte de pedra, sem irregularidades, sem o cheiro a calcário das falésias condensa essa imagem de um território reduzido à transitoriedade. Um espaço funcional, concebido para o trânsito fácil, para o consumo imediato, onde não se criam memórias nem laços afetivos.

Começaram por transformar o que era a região dos algarvios no recreio dos visitantes. Chamaram-lhe destino turístico, mas, visto daqui, podia bem ser um supermercado, um aeroporto ou um centro comercial: o cliente entra, consome, parte e esquece.

Indiferente ao local onde se ergue, a escada desliza incansável, prometendo bons momentos no indistinto mar ao fundo.

(Proposta) Modelo para fazer reviver o movimento cooperativo de promoção à habitação Paulo Neves, «ilhéu», mas nenhum homem é uma ilha

e há quase duas décadas a esta parte, e depois de dezenas de milhar de fogos construídos para aquisição da classe média, o movimento cooperativo habitacional entrou em fase de letargia quanto ao seu objeto essencial.

As razões são diversas e para evitar regressar, aqui, a um diagnóstico dessa situação, prefiro pedir a atenção para os pontos em que me permito apresentar um modelo para se retornar a conseguir a sua reativação e, nos pontos tratados, acabo por, precisamente, tocar na ultrapassagem dos motivos que nos estão a emperrar fazer reviver a participação ativa da população necessitada para as soluções pelo esforço comum. Assim:

1) Pontos base que se manteriam, como essenciais, do antigo modelo: a) a cedência de terrenos públicos, em direito de superfície ou propriedade plena, para as cooperativas constituídas (certificadas pelo Instituto António Sérgio*); b) o estrito cumprimento das áreas máximas admitidas, por tipologia, nos projetos de arquitetura a licenciar, dos fogos a

construir e materiais a empregar sem prejuízo do conforto térmico e acústico em vigor.

2) Modelo de financiamento a alterar: ao invés do que antes vinha acontecendo em que havia duas operações bancárias de financiamentos a) para a construção (à cooperativa promotora) e b) para a aquisição ao cooperador-adquirente; agora passaria a unificar-se o financiamento direto unicamente ao cooperador-adquirente, fazendo depender a apreciação positiva da sua capacidade de suportar (pelos rendimentos auferidos) a taxa de esforço mensal com os encargos do crédito a conceder para o preço máximo da habitação admitido da construção adjudicada a empreiteiro, através da sua cooperativa em que é cogestor do programa em promoção, como cooperador.

O que se pretende nesta alteração de modelo de financiamento será, mantendo as condicionantes definidas em 1), reduzir o risco bancário e fazer associar o cooperador adquirente, de acordo com as suas condições de rendimento familiar, ao preço e tipologia da habitação cujo preço máximo (como

antes) está fixado, limitando-se assim também as condições das regras de concurso para a construção.

Evidentemente, como antes, se houver alterações no rendimento ou desistência do cooperador, este será substituído por outro já previamente inscrito na cooperativa.

3) Antecipo que o Tesouro, por força da taxa de juro do mercado atual e pelas regras do sistema bancário da UE, não

queira reintroduzir as taxas de juro bonificado à construção cooperativa e, mesmo sequer, as taxas de juro bonificado de longo prazo à aquisição de habitação. Nestes casos, duas medidas se imporão –pelo lado da promoção cooperativa manter e aprofundar as regras de isenção de taxas e de impostos à promoção e respetivos excedentes e, do lado dos aquirentes, a mesma isenção, de impostos de selo às operações de crédito à habitação e demais taxas, assim como, determinante, a emissão de contragarantia do Estado às operações de financiamento bancário à construção (que, por ora, não têm nenhum interesse nestas operações considerando as demais oportunidades, no mesmo setor, muito mais rendosas – fundos imobiliários e de investimento). Aliás, as promessas de milhares de fogos para os próximos anos, que milagrosamente têm vindo a público, estarão alicerçadas nestes «novos» operadores e em sistemas de rendimento a longo prazo.

«Não há almoços grátis».

4) Tempo agora para precisar sobre a alteração essencial de unificação do crédito, por via do cooperador adquirente da habitação que permite a garantia hipotecária das frações: a libertação, por autos de medição de obra executada mensal (realizados pela fiscalização da obra da cooperativa com o empreiteiro), emitirá a correspondente nota do crédito à construção-aquisição, já contratado por cada cooperador-adquirente, por via

Foto: João Neves dos Santos

comum da cooperativa e que, portanto, a respetiva evolução da obra é a garantia real do banco pelas libertações do empréstimo concedido. Aqui o desafio é o de fazer, como antes, que os cooperadores (cada um o respetivo direito de voto) regressem à responsabilidade de assumirem a parte da cogestão da cooperativa que é sua, para conseguirem a habitação que necessitam. Ou seja, não há como transigir ou passar culpas ao Estado ou às autarquias, sequer ao sistema bancário, se os próprios não se responsabilizarem pelo programa habitacional em curso que é o seu, além dos órgãos sociais da cooperativa.

5) No mercado de obras públicas atual, em que os concursos para grandes obras cofinanciadas pela UE são enormes e para um prazo curto de realização, considerando a reduzida capacidade instalada de empresas para a construção e que portanto faz disparar os custos de construção por metro quadrado e, portanto, dizimariam todo os esforços e cuidados dos pontos anteriores e, antecipando, o desinteresse das empresas na adesão a estes concursos de preços controlados que ficariam desertos, proponho que o Estado adote duas medidas em simultâneo para fazer incentivar o mercado a privilegiar a construção cooperativa e assim também o seu controlo de preço e a redução do prazo de construção de cada fogo disponível no mercado para o agregado adquirente: a) a isenção de IRC às construtoras pelos proveitos estritos da atividade neste setor, bem como da redução da taxa de IVA nos materiais a empregar nestes programas

habitacionais (tal e qual como a medida que as cooperativas promotoras já beneficiavam); b) o incentivo financeiro à adoção de tecnologias e adesão a modelos de construção rápida já certificadas para a habitação por via dos sistemas de inovação à produção e da sustentabilidade disponíveis, tendo como contrapartida preços modulares e antecipação de prazos com emprego de menos materiais a incorporar em estaleiro e de afetação de mão de obra escassa por substituição industrial.

Se este modelo vai ter casos de insucesso? Claro, como aliás o anterior teve e outros de gestão atuais também têm. Continuar como estamos só tem um risco já garantido para os próximos anos –o insucesso total da nossa comunidade como a conhecemos hoje (exceção para os fundos de investimento). É optar por o que queremos para o nosso futuro coletivo enquanto país.

Evidentemente que outras medidas e ações são necessárias, como o mercado de arrendamento e o apoio às famílias ainda mais carenciadas, ou mesmo o lançamento de programas de autoconstrução, mas neste artigo tento contribuir, para já, de sugerir algumas medidas críticas para fazer reviver o mercado cooperativo da habitação.

*opto pelo uso da designação do instituto que me apoiou quando fui dirigente cooperativo e promovemos 350 fogos para famílias jovens no Algarve (1985-1995).

Centro Cultural Convento de S. José recebeu 21.ª Mostra do Doce Conventual de Lagoa

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Município de Lagoa

Centro Cultural

Convento de São

José e áreas circundantes, em Lagoa, acolheram, entre 3 e 6 de setembro, a 21.ª Mostra do Doce Conventual de Lagoa, com prova de bolos, doces, compotas, mel, ou bebidas clássicas como a aguardente de medronho ao dispor num ambiente conventual fielmente recriado.

O evento celebra a rica herança gastronómica dos conventos portugueses, com especial destaque para as receitas seculares que marcaram a identidade cultural da região do Algarve. Durante a mostra, os visitantes tiveram a oportunidade de apreciar e saborear uma seleção requintada de doces conventuais, verdadeiras obras de arte feitas com ingredientes simples como o açúcar, as gemas e a amêndoa, mas que encerram séculos de saber e devoção.

Mais do que uma feira gastronómica, esta mostra é um momento de partilha, preservação da memória e valorização da tradição. Ao promover os sabores do passado, Lagoa reafirma o seu compromisso com a cultura, a identidade local e o turismo sustentável. A mostra

contou igualmente com momentos de animação, entretenimento e cultura todos os dias, entre os quais, este ano, as novidades de showcookings e ateliers de doçaria para crianças. Esteve também patente a exposição temática «Cinedoce» por Ana Remígio.

Feira da Dieta Mediterrânica de Tavira foi uma verdadeira viagem pelo património cultural imaterial da humanidade da UNESCO

e 4 a 7 de setembro, a cidade de Tavira transformou-se numa grande festa mediterrânica, onde cada rua convidava à descoberta, cada praça acolhia um concerto, cada banca partilhava um saber e cada prato contava uma história. A Feira da Dieta Mediterrânica foi um convite para se

celebrar, em família, com amigos ou em comunidade, um estilo de vida que une povos, gerações e culturas.

O evento de referência regional, nacional e internacional comemora o património cultural imaterial da humanidade, reconhecido pela UNESCO, e resulta de vários meses de preparação coordenada pelo Município de Tavira, em estreita colaboração com uma Comissão

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes e Fábio Freira

Organizadora que integra diversas entidades regionais, públicas e privadas, cuja missão comum é valorizar, promover e salvaguardar a Dieta Mediterrânica como património vivo. Enquanto comunidade representativa de Portugal na inscrição da Dieta Mediterrânica na lista do património imaterial da UNESCO, Tavira reafirma com este evento o seu compromisso com a preservação, dinamização e transmissão deste modo de vida ancestral, profundamente enraizado nas culturas mediterrânicas.

Mais do que um regime alimentar, a Dieta Mediterrânica representa um estilo de vida equilibrado e sustentável que valoriza a alimentação saudável, a sazonalidade, a convivência social, os modos de produção tradicionais, a transmissão intergeracional de saberes e o respeito pela natureza. É também um modelo inspirador para enfrentar os

desafios da atualidade, promovendo saúde, coesão social e sustentabilidade ambiental, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Com uma programação rica e diversificada, o evento reúne países mediterrânicos, instituições regionais e nacionais, assim como dezenas de entidades do território. Estiveram presentes mais de 150 stands dedicados ao artesanato, produtos agroalimentares e gastronomia mediterrânica, bem como cerca de 50 stands institucionais de associações, museus, escolas, universidades e projetos educativos, ambientais e culturais. O evento integrou ainda, sob a orientação da Associação In Loco, inúmeras demonstrações gastronómicas com chefs locais e convidados em parceria com as Escolas de Hotelaria do Algarve de Faro e Vila Real de Santo António, animação

itinerante, espetáculos de música e dança, visitas ao património, conferências, oficinas, encontros temáticos e atividades físicas, com destaque para a já tradicional Marcha da Dieta Mediterrânica, em parceria com o IPDJ e associações do concelho. Esta edição incluiu também seminários, conferências, exposições temáticas e atividades culturais que exploraram, de forma acessível e reflexiva, os grandes eixos da sustentabilidade, da tradição e da inovação, aprofundando o papel da Dieta Mediterrânica no presente e no futuro das comunidades.

A componente musical da Feira esteve distribuída por sete palcos localizados em diferentes espaços emblemáticos da cidade de Tavira: Praça da República, Jardim do Coreto, Antiga Lota (junto ao Mercado da Ribeira), Castelo, Largo de Nossa Senhora da Piedade, Igreja da

Misericórdia e Praça da Convivialidade. Esta dispersão geográfica da programação permitiu uma fruição cultural mais abrangente e proporcionou ao público a oportunidade de descobrir a riqueza arquitetónica, histórica e paisagística da cidade, cuja identidade mediterrânica se reflete em cada praça, igreja e rua. E entre os nomes em destaque contaram-se os Xutos & Pontapés, Virgem Suta, Saad Tiouly (Marrocos), o flamenco de Argentina (Espanha), Cuca Roseta com a Orquestra do Algarve, Expresso Transatlântico, Criatura, A Cantadeira, Arbadetorne (França), Organetto a Cukù (Itália), António Zambujo, Ajde Zora (Itália/Sérvia), Thanos Stavridis & Drom (Grécia) e D.A.M.A., entre muitos outros.

Manteve-se igualmente o cuidado com as famílias e o público infantil, com uma programação reforçada que contemplou

oficinas dinamizadas pelo Museu da Marioneta, atividades de educação ambiental da Associação Rotinas Selvagens, os sempre populares Jogos do Hélder e os Contos de Tradição Oral da Associação Praça dos Livros Livres, um espaço de leitura partilhada e contadores de histórias. Ao longo dos quatro dias, apresentaram-se diversas companhias de marionetas nacionais de grande qualidade artística, como a S.A. Marionetas, Era Uma Vez Marionetas, Teatro e Marionetas de Mandrágora, Rui Sousa Marionetas e Partículas Elementares.

A Praça da Convivialidade, instalada no Parque do Palácio da Galeria, foi o coração da experiência gastronómica da Feira, ali podendo ser degustadas especialidades inspiradas na tradição mediterrânica, com a presença de quatro

restaurantes – dois nacionais, um de Itália e um de Marrocos. Também 13 restaurantes de Tavira, ao longo dos dias da Feira, apresentaram menus especiais baseados na alimentação saudável, sazonal e sustentável.

Durante os quatro dias de certame deram-se a conhecer, igualmente, expressões culturais inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, como o Fado, o Cante Alentejano, os Caretos de Podence, o Museu do Cavaquinho e o Teatro Dom Roberto, num esforço contínuo de valorização e salvaguarda da cultura popular portuguesa. No campo editorial, a Feira da Dieta Mediterrânica incluiu ainda a apresentação de dois livros de especial relevância: «Carlos Paredes – A Guitarra de um Povo», com posterior concerto de homenagem ao mestre da

guitarra portuguesa, protagonizado por Luísa Amaro, discípula de Carlos Paredes e sua continuadora artística; e a nova edição do livro «Dieta Mediterrânica: Uma Herança Milenar para a

Humanidade», da autoria de Jorge Queiroz, um contributo essencial para a compreensão histórica, cultural e simbólica deste património comum.

26.ª edição dos Dias Medievais em Castro Marim foi a maior de sempre

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

s Dias Medievais em Castro Marim regressaram à vila raiana com a sua 26.ª edição, a maior de sempre, recebendo milhares de visitantes entre os dias 27 e 31 de agosto que quiseram viver a experiência única de voltar ao passado.

As ruas e ruelas da vila de Castro Marim, de mãos dadas com o Castelo e o Forte de S. Sebastião, serviram mais uma vez de cenário único deste evento âncora organizado pelo Município, trazendo

durante os cinco dias mais aguardados da agenda cultural do concelho e da região muita emoção e magia, acompanhadas de perto por um número record de visitantes. Reis e rainhas, cavaleiros de armaduras reluzentes, bobos e jograis, comerciantes, monges, damas e nobres e ainda criaturas demoníacas e mágicas deambularam por todo o recinto com as suas animações, naquela que é considerada como uma das maiores e melhores recriações históricas do país.

O Município de Castro Marim investiu no rigor e na garantir de oferecer segurança e qualidade, que são os

estandartes deste evento, primando pelo reforço de segurança privada e militar, por vários dispositivos de intervenção médica rápida, bombeiros e um estruturado sistema de comunicação, para a proteção dos visitantes, além da presença de vários técnicos equipados com desfibrilhadores, que percorrem todo o recinto, para que se possa reduzir o tempo de socorro sempre que haja uma necessidade de desfibrilhação cardíaca. A edição deste ano contou ainda com um grande esforço da organização nos parques de estacionamento para gerir melhor os picos de afluência, um investimento na criação de uma rede elétrica segura na vila ao dispor do mercado medieval, melhorias no sistema informático e uma melhor gestão dos tempos de espera em filas, contribuindo para uma melhor experiência.

O Castelo de Castro Marim, mantendo a sua autenticidade, acolheu as representações de mais de 45 artes e ofícios num palco único e inigualável, desde o ferreiro às crianças aprendizes da Tecelã acompanhadas pela geração mais sábia, num cenário vivo. Além de grandes espetáculos como os torneios medievais a cavalo, este ano com o regresso da Guarda Nacional Republicana no sábado para uma performance única, que foram diariamente um elemento de atração para os visitantes, estavam patentes as exposições de Instrumentos de Tortura e Punição e da Primeira Sede da Ordem de Cristo. O Castelo abrigou ainda os banquetes medievais, que decorreram num espaço exclusivo e à luz misteriosa das tochas, com uma ementa que reuniu as melhores iguarias da época, acompanhadas de performances de grupos de animação, sempre com lotação

esgotada muito rapidamente, o que levará a repensar no modelo no futuro.

Entre os grandes destaques deste ano esteve o tradicional desfile, que ocorreu no primeiro e no último dia do evento, considerado como uma das melhores oportunidades para absorver este universo de imaginação e fantasia. A animação continua a ser outra das grandes e fortes apostas dos Dias Medievais em Castro Marim, que se distingue de outros eventos do género graças à exclusividade com alguns dos 30 grupos de animação nacionais e internacionais. Uma vez que este é considerado um evento para toda a família, a programação incluía espaços e atividades de animação infantil com oficinas, jogos, carrosséis e outras diversões, sendo zonas que exigem um maior resguardo e áreas mais acauteladas, para que os mais pequenos

pudessem usufruir das experiências, tanto no Castelo como fora dele.

O programa contava com centenas de exibições, num evento que envolveu dezenas de estabelecimentos e associações, figurantes, funcionários da Câmara Municipal de Castro Marim, forças de segurança, artistas, empresas, castromarinenses e muitos outros, que enriquecem e distinguem este evento, tornando-o numa experiência única e inesquecível e um verdadeiro regresso à época mais intrigante e misteriosa da nossa história. A XXVI edição dos Dias Medievais de Castro Marim foram uma organização do Município de Castro Marim, em parceria com associações, juntas de freguesia locais e RTP2, e com o apoio da Região de Turismo do Algarve, dos municípios de Guérande e Cortegana e da Delta Cafés.

Lagos voltou a cumprir a tradição do Banho 29 em Lagos

ilhares de pessoas fizeram parte das celebrações do Banho 29, tradição do dia 29 de agosto dividida entre duas festas, uma na cidade de Lagos, outra na Praia da Luz, com música, desfiles, recriação histórica e, claro, o tradicional banho à meia-noite.

Em Lagos, o dia começou animado com a recriação histórica pelo Centro de

Estudos de Lagos que, entre a Avenida dos Descobrimentos e a Praia da Batata, apresentaram aos veraneantes uma viagem aos tempos em que as gentes vinham do campo para a praia, trazendo o seu farnel e tomando este banho que «afasta os demónios». Ao final do dia, o Cais da Solaria e Jardim da Constituição encheram-se de público, onde não faltou música com a Orquestra de Jazz do Algarve, DJ André Salgueiro, Rebeca e MT 80 – We Rock the 80s, uma organização da Câmara Municipal de Lagos em parceria com a ACRAL, Moto

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Município de Lagos

Clube de Lagos e Associação dos Artesãos do Barlavento.

De destacar os dois concursos de trajes de banho, dinamizados pelo apresentador Hugo Mendes, mostrando duas visões diferentes da mesma tradição – vertente Tradição e Comunidade e Moda Inovação –, premiando os mais originais e criativos, sem esquecer a história deste banho. À meia-noite, os mais corajosos aventuraram-se nas águas da Praia da Batata e da Praia da Luz para perpetuar esta tradição ancestral tão acarinhada por lacobrigenses e visitantes.

Vencedores Concurso de Trajes de Banho – Tradição e Comunidade

1.º lugar: Jorge Sequeira

2.º lugar: Berta Fadinho

3.º lugar: Corinne Ferreira

Vencedores Concurso de Trajes de Banho – Moda e Inovação

1.º lugar: Jessica António

2.º lugar: Natália Mestre

3.º lugar: Patrícia Fernandes

DINO D’SANTIAGO

BRILHARAM NAS FESTAS

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

E PAULO GONZO

FESTAS DE ALJEZUR

ljezur voltou a comemorar o seu feriado municipal com um programa vibrante que juntou música, cultura, gastronomia e tradição. De 27 a 30 de agosto, foram quatro dias de festa para todas as idades, onde a alma algarvia se sentiu em cada esquina, em cada nota musical, em cada sorriso partilhado e na ancestral celebração cultural do Banho 29.

Julinho KSD deu o pontapé-de saída às festividades com uma atuação explosiva, no dia 27 de agosto, ao som do afrobeat e ritmos urbanos. No dia 28 de agosto, a

magia tomou conta do centro histórico, que se vestiu de branco para uma das noites mais esperadas do ano. Com gastronomia, artesanato e cultura pelas ruas, esta foi uma Noite da Multiculturalidade para fazer vibrar os cinco sentidos, com Paulo Gonzo a proporcionar, no Palco do Castelo, uma viagem por baladas que marcaram gerações. Depois, no Palco Principal, o nome maior do cartaz deste ano, Dino D’Santiago, uma fusão perfeita entre tradição e modernidade musical que se traduziu num concerto eletrizante, emotivo, inesquecível, com uma sonoridade a que ninguém consegue resistir. A noite encerrou com Pete Tha Zouk, com batidas eletrónicas e muita energia.

O 29 de agosto, feriado municipal, foi dia de Banho 29, que regressou à Praia de Monte Clérigo para celebrar as raízes aljezurenses e mergulhar nas boas energias. Depois da caminhada animada pela Banda Alfarroba até à praia, foi a vez do banho coletivo, um mergulho com raízes profundas que honra os antepassados e renova as energias. Seguiu-se um almoço convívio e momentos de confraternização junto à comunidade e a autarquia ofereceu também sardinhas a todos os munícipes, para que o espírito da festa chegasse a

cada casa com um dos pratos mais típicos da região. À noite, Zé Amaro, o «cowboy português», subiu ao palco para uma noite de romance, boa disposição e muita música popular.

A 30 de agosto chegou ao fim o programa comemorativo do Feriado Municipal, com o espetáculo «Para Sempre Marco Paulo», um tributo aos maiores êxitos do ícone da música nacional, que emocionou e pôs toda a gente a cantar. Um evento recheado de sucesso e organizado na perfeição pela Câmara Municipal de Aljezur.

ARTE SAIU À RUA NO DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Município de Sáo Brás de Alportel

CENTRO HISTÓRICO

ALPORTEL

ão Brás de Alportel recebeu, no dia 14 de agosto, mais uma edição do «Calçadas», com as ruas a ganharem nova vida com diversas manifestações artísticas e culturais, distribuídas por vários palcos e espaços emblemáticos da vila. Ao longo da noite foi possível assistir a espetáculos de dança, música, contadores de histórias e performances ao vivo, com a participação de artistas locais e convidados.

A programação cultural começou no Palco «Adro da Igreja», dedicado às artes do movimento com a apresentação da Escola Municipal de Dança –Contemporâneo Fusion. Seguiram-se os ritmos do projeto de hip-hop «Urban

Xpressio», os movimentos da Escola de Dança Contemporânea de Cátia Sancho, Raqs Tahira e o projeto Recanto. O Palco Praça Velha abriu com Adriana Marques e Luís Manhita, antes de atuarem os Moços do Mira. Já no Palco Vila Adentro a música esteve a cargo dos Little Orange Trio e do Tributo a António Variações. No Palco À Do Calçadas foi a Academia de música «Rock On» a desvendar o talento dos jovens são-brasenses, com o final da noite a ser animado pelo Dj Rodrigo PT. Para os mais pequenos e para as suas famílias, o Palco Biblioteca convidou a assistir a duas sessões da Hora do Conto, com Sofia Maúl. Para manter a tradição, quando tocaram as 12 badaladas mágicas, à meia-noite em ponto, chegaram Histórias de Arrepiar, ao Palco Calçadinha, com Fernando Guerreiro e Maria José Carocinho.

Ao longo do percurso, os visitantes contactaram com artistas a trabalhar ao vivo, provaram produtos locais, apreciaram o artesanato da região e visitaram as exposições patentes na Biblioteca Municipal, no Centro de Artes e Ofícios e na Casa do Artesão. O humorista Luís Brito também marcou presença pelas ruas, num ambiente descontraído e de proximidade com o público.

A iniciativa «Calçadas – a Arte sai à Rua» insere-se no Plano de Revitalização do Centro Histórico, com organização da Câmara Municipal de São Brás de Alportel e da Comissão Organizadora Calçadas, composta por elementos da comunidade.

CASA CHEIA NA

ASSISTIR A NININHO

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Fábio Freira

FATACIL PARA NININHO VAZ MAIA

ininho Vaz Maia era um dos nomes mais aguardados do cartaz da 44.ª FATACIL e o concerto dado, a 25 de agosto, não defraudou as expetativas dos muitos milhares de fãs que rumaram a Lagoa.

Ao sabor da música flamenca, mas com uma roupagem mais moderna que inclui sonoridades do fado, hip-hop e pop para agradar a diferentes gerações, o espetáculo foi vibrante e pautado por um

ritmo muito quente, como já é habitual no cantor e compositor português responsável por sucessos como «E Agora», «Gostava de te ver», «Quero que saibas», «Vou Ficar» e «Sei que vais voltar». O público, esse, não se cansou de cantar do princípio ao fim, com as letras na ponta da língua sobre temas do dia-adia que a todos tocam fundo no coração. Não admira, por isso, que Nininho Vaz Maia se tenha tornado num dos artistas portugueses mais em voga dos últimos anos, esgotando concerto atrás de concerto. E o mesmo aconteceu nesta noite na FATACIL.

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