

#477
ALGARVE INFORMATIVO
19 de abril, 2025











ÍNDICE
Nova campanha reforça o posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como destino autêntico e sustentável (pág. 18)
ABC inaugurou Edifício Outreach (pág. 24)
Festival do Contrabando (pág. 32)
Campeonato de Portugal de Velocidade no Autódromo Internacional do Algarve (pág. 44)
1.ª Loulé Acro Cup em Almancil (pág. 52)
«Já nem o mexilhão tem cabelo!» do Boa Esperança em Portimão (pág. 90)
«Azul ou sobre a força do emaranhado» no Teatro das Figuras (pág. 116)
OPINIÃO
Mirian Tavares (pág. 132)
Ana Isabel Soares (pág. 134)
Nuno Campos Inácio (pág. 136)
Valentim Filipe (pág. 138)











Nova campanha reforça o posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como destino autêntico e sustentável
Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançaram oficialmente, no dia 2 de abril, o Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, uma iniciativa estratégica conjunta com o objetivo de regenerar, valorizar e promover os territórios de
Aljezur, Monchique e Odemira, severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023. Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito da Linha + Interior Turismo – Aviso «Regenerar Territórios», o programa estende-se até agosto de 2026 e representa uma aposta firme na coesão territorial, na sustentabilidade e na valorização da identidade local.
No centro desta operação encontra-se a campanha de branding «Ao Natural é
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
melhor!», que posiciona o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como um refúgio de autenticidade, onde a natureza dita o ritmo, e onde o essencial volta a ter protagonismo. A nova identidade assenta num conjunto de mensagens fortes e sensoriais, como «Troca as notificações por sensações», «Faz refresh com os dedos dos pés. Na relva e no mar» ou «Ver casas caiadas de branco, é natural», que convidam os visitantes a abrandar e reconectar-se com os valores mais simples e puros da vida. A campanha assume um tom poético e provocador, promovendo uma nova forma de estar no território — descomplicada, presente e consciente.
Entre as ações já em curso destaca-se a reposição da ponte de madeira sobre a Ribeira de Seixe, símbolo da união entre o Algarve e o Alentejo e que havia sido
destruída pelos incêndios. Esta intervenção é parte de um conjunto mais vasto de medidas de qualificação da oferta turística, que inclui também a recuperação de trilhos pedestres e cicláveis da Rota Vicentina, permitindo devolver aos residentes e visitantes o acesso seguro e sustentável à paisagem protegida.
O plano contempla igualmente a definição e implementação da imagem da campanha, a produção de conteúdos multimédia e materiais de suporte à promoção, bem como um vasto conjunto de ações de comunicação e relações públicas nos mercados nacional e espanhol. Entre estas ações destaca-se o evento promocional que terá lugar no Consulado de Portugal em Sevilha e um evento de animação dedicado ao turismo de natureza, a realizar-se em simultâneo


nos dois territórios, no último trimestre de 2025. A promoção será reforçada através da participação em feiras internacionais, visitas de familiarização com operadores e jornalistas, e ações de comunicação dirigidas a diferentes públicos e plataformas, em Portugal e na Andaluzia. “Este programa traduz uma resposta ambiciosa e estratégica à necessidade de regenerar o território, reposicionando-o como um destino de experiências genuínas, ancorado na natureza, na cultura local e na hospitalidade das suas gentes. Mais do que um simples destino turístico, o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apresenta-se como um lugar onde é possível viver devagar, saborear o tempo e recuperar a ligação com o mundo natural. Porque, ao natural, é mesmo melhor”, reforçam os responsáveis das duas entidades.
Antecedendo a apresentação do Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e no âmbito do reforço da cooperação institucional e da qualificação do atendimento ao visitante, o Turismo do Algarve e o Município de Aljezur assinaram um protocolo de gestão partilhada dos postos de turismo do concelho. A cerimónia contou com a presença de André Gomes, Presidente do Turismo do Algarve, e José Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Aljezur, e o protocolo pretende garantir um serviço de informação turística mais eficaz, articulado e adaptado às necessidades dos visitantes, promovendo o território, os produtos locais e reforçando a imagem da marca Algarve em Aljezur.






ABC - Algarve Biomedical Center inaugurou Edifício Outreach em Loulé
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
1 de abril de 2025 será sempre um dia marcante para o futuro do Ecossistema da Investigação Clínica Aplicada às áreas das Biociências e da Medicina de Loulé, por ter sido a data da inauguração do Edifício Outreach do ABC – Algarve Biomedical Center, mas também por ter sido anunciado, pelo presidente da Unidade Local de Saúde do Algarve, a localização de mais uma resposta de saúde essencial para a região e para o país, o Centro de Procriação
Medicamente Assistida. O equipamento ficará localizado nas imediações do edifício agora inaugurado, conjuntamente com a já anunciada PET e Ressonância Magnética.
Durante a cerimónia, o presidente do ABC, Pedro Castelo Branco, apresentou as atividades do Outreach, nomeadamente o Laboratório da Genética Clínica, o Centro de Investigação em Entomologia Médica e o Biobanco. Para além disso, anunciou a relocalização da Ressonância Magnética para o mesmo edifício onde ficará instalada a PET, permitindo uma




prestação de cuidados de saúde articulada para os doentes oncológicos da região que, para diagnóstico e estadiamento, poderão realizar na mesma localização a Ressonância Magnética, a PET e os estudos genéticos. Foi desta forma criado o Centro de Diagnóstico Oncológico Avançado, que irá estar operacional já no próximo ano.
Tiago Botelho, presidente da ULS do Algarve, anunciou a grande novidade da cerimónia, a localização no novo edifício do Centro de Procriação Medicamente Assistida, que irá ajudar muitos casais a conseguirem ter filhos, o que “colocará o Algarve na linha da frente” também no que respeita ao tratamento da infertilidade. Será o segundo centro público de Procriação Medicamente Assistida do país, mas pretende ser “ainda melhor” do que o único que existe atualmente em Portugal, localizado na zona do Porto. Será mais uma pareceria entre a ULS, o ABC e o Município de
Loulé e a sua localização torna-se natural dada a existência das condições laboratoriais ótimas no novíssimo Edifício Outreach do ABC.
O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, enalteceu a grande importância deste dia que concretiza mais um passo essencial para o Ecossistema da Investigação Clínica Aplicada às áreas das Biociências e da Medicina, contribuindo desta forma para colocar à disposição das pessoas a vanguarda da prestação dos serviços clínicos existentes na atualidade. Enalteceu a parceria dos últimos anos com o ABC e o relacionamento e articulação excecional que existe atualmente entre a Câmara Municipal, a ULS do Algarve e o ABC. “Juntos estamos a tornar realidade as melhores soluções para os algarvios, como seja na área oncológica e agora na procriação medicamente assistida. Acaba de ser criado o Parque da Saúde



em Loulé, mostrando que a aposta na ciência, na qualidade de vida e nos cuidados médicos prestados, contribuindo ainda para diversificar a base económica da região, é o caminho que Loulé está já a concretizar, dotando o Algarve dos melhores cuidados de saúde”.
Também José Apolinário, Presidente da CCDR Algarve, destacou a importância estratégica do investimento em ciência e investigação, um indicador de competitividade nacional e regional. “Em 2023, últimos dados regionalizados, o Algarve registou 64,5 milhões de euros de investimento em I&D, mais 56 por cento do que em 2019, resultado da
opção e prioridade ao investimento diferenciador e qualificante do território. Em 2023, o investimento em I&D representou 0,49% do PIB gerado na região, depois de, na década entre 2011 e 2019, ter oscilado entre 0,30 e 0,47% do PIB gerado na região. Maior esforço tem que ser feito para mobilizar mais investimento em ciência e investigação com transferência de conhecimento para as empresas, com o objetivo de superar os 0,8% de investimento em I&D no horizonte 2030”, desafiou.
José Apolinário lembrou que o PTCRIN e o PTCAC são duas infraestruturas científicas de saúde que avançaram




devido à governança multinível, ao Programa Regional e aos Fundos Europeus da Política de Coesão, com decisão de aprovação ao nível regional. “Com diversas componentes e equipamentos que estão aqui neste edifício, no centro de Loulé, no Hospital e na Universidade, as infraestruturas científicas PTCRIN e o PTCAC mobilizaram 7 milhões de euros de fundos europeus para um investimento elegível de 10 milhões de euros. O Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ADABC) é uma mais-valia para este posicionamento do Algarve na ciência e investigação, que na CCDR e na Autoridade de Gestão do Programa Regional acompanhamos, saudando o empenho dos investigadores, da direção da AD- ABC, da Universidade e do CHUA, agora através da ULS, bem como o compromisso, financiamento e
forte apoio por parte do Município de Loulé”, declarou.
O presidente da CCDR Algarve sublinhou ainda que no Portugal 2030, no Quadro do Programa Regional Algarve 2030, se pretende ter novos investimentos em ciência e investigação, “reforçando as infraestruturas científicas, a colaboração da academia com as empresas, com investimentos ainda em 2025, bem como maior resiliência no sistema de saúde, nos cuidados primários e nos cuidados hospitalares de saúde, com o propósito de garantir igualdade de acesso aos cuidados de saúde”. De recordar que o projeto PTCAC teve um investimento elegível de 5 milhões, 484 mil e 630,55 euros, com uma taxa de comparticipação de 85 por cento e um valor comparticipado pelos fundos europeus de 4 milhões, 661 mil e 935,97 euros.



Festival do Contrabando 2025 superou expectativas e reforçou identidade cultural
Festival do Contrabando viveu com grande intensidade a sua quinta edição, de 4 a 6 de abril, entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, celebrando com entusiasmo a ligação histórica e simbólica entre Portugal e Espanha. Apesar das previsões de chuva, o evento atraiu milhares de visitantes, com mais de 50 mil travessias contabilizadas na ponte pedonal flutuante sobre o Rio Guadiana,
símbolo maior desta experiência cultural e única na Península Ibérica.
O evento apresentou um programa cultural e artístico de excelência, com mais de 60 momentos de teatro, música, performances, instalações e workshop, protagonizados por 18 companhias oriundas de sete países — Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália e Argentina — numa verdadeira celebração da diversidade e da criatividade sem fronteiras. A inclusão voltou a ser uma prioridade, com a realização de
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina


espetáculos no Lar de Idosos de Alcoutim, garantindo que a cultura chegasse também aos que habitualmente não conseguem deslocar-se. Além disso, a organização continuou a implementar práticas sustentáveis, desde o uso de copos reutilizáveis até à consciencialização ambiental, reafirmando o compromisso com um futuro mais verde. “O Festival do Contrabando é um exemplo de como um território do interior pode projetarse através da arte, da cooperação e da memória. Esta edição comprova a maturidade do evento e a sua importância para o futuro cultural de Alcoutim e da região”, afirmou Paulo Jorge Paulino, Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim.
O êxito do evento só foi possível graças ao envolvimento exemplar dos serviços municipais, que asseguraram a montagem, logística e operacionalização de uma iniciativa desta dimensão, e à curadoria artística de Júlio Tomás Cardoso, cuja visão transformadora eleva o festival a um patamar internacional. Realizado de dois em dois anos, o Festival do Contrabando regressará em 2027 para uma edição muito especial, que celebrará os 10 anos do primeiro Festival do Contrabando – Tráfico de Artes no Guadiana, evento que se tornou um símbolo da união cultural entre Portugal e Espanha.



























Campeonato de Portugal de Velocidade passou pelo
Autódromo Internacional do Algarve
Campeonato de Portugal de Velocidade
passou pelo
Autódromo
Internacional do Algarve nos dias 5 e 6 de abril, com a tarde de domingo a acolher as segundas corridas do Iberian Supercars, CPV e Supercars España, com os vencedores a serem os azarados das provas matinais.
Depois do desapontamento da primeira corrida, Francisco Mora e Francisco Abreu venceram a prova da tarde para os carros
da categoria GT4, que teve duas partes distintas. Para a corrida da tarde a pista estava molhada, mas, na volta de saída das boxes para a grelha de partida, ficou claro que o asfalto secaria rapidamente, até porque o sol irrompia pelas nuvens, levando a que toda gente mudasse de pneus de chuva para slicks durante a prégrelha.
Foi nestas condições que a prova teve o seu início, mas o madeirense da Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal teve algumas dificuldades em gerar temperatura nos pneus do seu Toyota GR Supra GT4, caindo da pole-position para
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Duarte Manhita (Iberian Supercars)








o terceiro lugar depois de uma intensa luta com Mathieu Martins (Aston Martin Vantage AMR GT4 da Racar Motorsport), que passou para a liderança, e com Filip Vava (Mercedes-AMG GT4 da NM Racing Team). O luso-francês da equipa da Aston Martin passou a imprimir um forte andamento, abrindo uma confortável vantagem para os seus perseguidores, dando a ideia de que poderia vencer.
No entanto, a meio da corrida, já muito perto da abertura da janela de troca de pilotos, uma viatura de recuperação ficou atascada na gravilha, quando retirava o McLaren Artura GT4 de Álvaro Lobera e Gonzalo de Andrés (McLaren Barcelona –SMC Motorsport), precipitando uma situação de Safety-Car que se transformou em bandeiras vermelhas, reduzindo a nada todas as vantagens. Quando a corrida foi retomada, realizaram-se imediatamente as paragens nas boxes para troca de pneus e com o handicap de cinco segundos do
duo do Aston Martin, a dupla do Toyota ascendeu ao comando.
Nas voltas finais, Roberto Faria ainda tentou uma aproximação a Francisco Mora, mas foi impossível, tendo o piloto do carro nipónico vencido com uma vantagem de 3,5 para o seu perseguidor. No terceiro posto terminou Mark Kastelic e Bruno Pires, aos comandos de um Mercedes-AMG GT4 da Lema Racing, tendo a dupla vencido a divisão GT4 ProBronze com uma excelente prestação. Também num excelente nível estiveram Vasco Oliveira e Francisco Carvalho, num Aston Martin Vantage AMR GT4 EVO da Araújo Competição, tendo vencido a divisão GT4 Bronze. A única dupla que repetiu triunfos foi a constituída por Rúben Vaquinhas e Pedro Bastos Rezende que, aos comandos do Aston Martin Vantage AMR GT4 operado pela Gianfranco Motorsport, voltou a vencer a divisão GT4 Am.

Daniel Teixeira venceu a segunda corrida das categorias GTC e Turismos, após uma luta intensa entre diversos pilotos. A corrida começou com a pista molhada e muito embora tenha melhorado ao longo dos cinquenta minutos de ação, nunca permitiu o uso de slicks.
Nestas condições, o jovem Duarte Camelo foi quem se mostrou mais àvontade, subindo de terceiro na grelha de partida até primeiro, tendo ainda conseguido abrir uma vantagem muito confortável para os seus adversários. O piloto da Porsche Cayman CS preparado pela Speedy Motorsport, que partilha com Pompeu Simões, parecia bem encaminhada, mas uma penalização por uma infração no cumprimento do handicap, garantiu à dupla do carro alemão uma penalização de 51 segundos.
Daniel Teixeira, no Hyundai Elantra N TCR da JT59 Racing Team, acabou por vingar os azares da primeira prova com
uma vitória na segunda, batendo o duo do Porsche por dez segundos e meio, que ainda assim venceram entre os pilotos da divisão GTX. Rui Miritta, que continuou a evidenciar alguns problemas no Porsche 911 Cup preparado pela Monteiros Competições, viu a bandeira de xadrez no terceiro posto, triunfando na divisão Cup.
Rodrigo Vilaça e Tomás Martins impuseram-se entre os «jovens lobos» da FPAK Junior Team, batendo Martim Romão e João Faria, ao passo que os vencedores da primeira contenda, Diogo Castro e Tomás Gomes, ficaram classificados na terceira posição da divisão. Com a primeira etapa da temporada concluída, a próxima do Iberian Supercars realiza-se no Circuito de Jerez, a 13 e 14 de setembro. Entretanto, o Supercars España terá uma etapa no Circuito de Jarama, a 30 de maio e 1 de junho, e o Campeonato de Portugal de Velocidade uma no Circuito Internacional de Vila Real, de 4 a 6 de julho.





1.ª Loulé Acro Cup foi um sucesso e quase pareceu uma Taça do Mundo (2)
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
APAGL –Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé organizou, nos dias 21 e 22 de março, no Pavilhão Multiusos 25 de Abril, em Almancil, a primeira edição da Loulé Acro Cup, para a qual contou com o importante apoio do Município de Loulé, da Federação de Ginástica de Portugal e de Associação de Ginástica do Algarve, entre outras entidades e parceiros. “A Loulé Acro Cup é o palco onde cada ginasta traz consigo um sonho, onde a dedicação e a paixão pela ginástica se encontram e os limites são superados”, descreveu a
organização. E, de facto, foram dois dias de intensa e espetacular competição, sempre com bancadas cheias de público e num clima de grande confraternização e espírito desportivo.
A 1.ª Loulé Acro Cup registou a participação dos principais clubes de ginástica acrobática do Algarve e provenientes de diversos pontos do país, bem como de uma representação da Suíça, e demonstrou na perfeição o excelente momento de forma que esta exigente modalidade atravessa na região algarvia. Nesta edição da revista do Algarve Informativo encontra-se a segunda parte da reportagem da competição.























































































































































«JÁ NEM O MEXILHÃO TEM
REVISTA À PORTUGUESA DO
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

CABELO!» É A NOVA DO BOA ESPERANÇA






revista à portuguesa está de regresso ao Boa Esperança
Atlético Clube
Portimonense para uma nova temporada de muitos risos e boa disposição e o título «Já nem o Mexilhão tem Cabelo!» deixa logo antever a qualidade das rábulas que voltam a arrancar muitas gargalhadas da plateia.
O espetáculo da popular coletividade de Portimão honra uma tradição artística com seis décadas e tem evoluído ao longo dos últimos anos, transformando o que começou por ser uma peça de comédia local, denominada como Revista de Carnaval, num evento de sucesso nacional, sempre com «casa cheia». Com textos e letras originais de Carlos Pacheco, esta revista tem como
constante a crítica da atualidade política e social, sempre recheada de bom humor. Está em cena na sala de espetáculos do Boa Esperança, no centro de Portimão, às sextas-feiras e aos sábados, às 21h30, e aos domingos à tarde em duas sessões diárias, às 15h e às 17h30.
Os quadros, com muita originalidade e sempre com algum improviso, são interpretados por um elenco composto por Carlos Pacheco, Telma Brazona, Filipa Goulart, Isa de Brito, Marcos André, Catarina Duarte, Mariana Jobling, Maria Martins, Jenifer Novais, Rita Ferreira e Leonor Mitelo. Entre as rábulas, repartidas por momentos musicais de qualidade, a revista deste ano abre de forma original, ao recordar a criação do mundo, num tempo sem Facebook, políticos, reality shows nem filas no supermercado, e ao retratar o nascimento da revista. Logo de seguida,

o público volta a assistir às aventuras do casal que se tornou uma imagem de marca desta produção. Olga e Aníbal resolvem ir à praia, com um triciclo como transporte, passando entre os buracos na estrada, e carregados com uma geleira que mais parece uma caixa-forte. Será um dia para mais tarde recordar, sem sombra de dúvidas.
A revista prossegue com o Zé do Cano, discussões, trocadilhos e casas de banho a alagar em «Justiça sem Espinhas nem Cabelo», seguido de outro quadro no qual quase todos têm uma casa garantida, mesmo sem contratos. O palhaço que canta, dança, salta e provoca o sorriso, mesmo a quem o ofende, é outro dos temas, bem como o «Casamento no Primeiro Encontro», onde entre frases mal percebidas, declarações de amor
duvidosas e muitas promessas, se conta a história de Abdalu, um noivo sempre presente. Por fim, «E Tudo a Mala Levou» é uma excursão barata com vendas manhosas, onde o delicadinho Paulo Jorge, com alma fadista e voz afinada, adoça os ouvidos do público com muito humor em cada quadra.
O Boa Esperança pretende, com mais esta produção original, dinamizar a arte da representação, a cultura e a boa disposição, num ambiente descontraído, enquanto entretém residentes e visitantes. Os bilhetes podem ser reservados, das 15h às 21h, por telefone, através do número 967 188 290, contacto também disponível para informações complementares e esclarecimento de dúvidas. A bilheteira está aberta das 17h às 20h.

























































TEATRO DAS FIGURAS ASSISTIU
OU SOBRE A FORÇA DO
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

ASSISTIU A «AZUL DO EMARANHADO»


Teatro das Figuras, em Faro, foi palco, no dia 10 de abril, de «Azul ou sobre a força do emaranhado», espetáculo com Direção Artística e Coreografia de Maria Ferreira Silva que aborda questões ontológicas na relação entre seres e matéria através de práticas de corpo. Centrada em metodologias de escuta e sensoriais, é uma peça imersiva que abre espaço para um diálogo sensorial entre performers, espaço e público.
Uma dança que investiga formas de cooperação, interdependência, resistência e rotura, procurando a voz do
singular como ferramenta de integridade do grupo. Tem cocriação e performance de Sofia Brito, Sara Martins e Susana Vilar, com música de Gasper Piano e desenho de luz de Filipe Pereira. É uma coprodução da AORCA e Câmara Municipal de Lagos, com os apoios do Teatro das Figuras, OPART, E.P.E/Estúdios Victor Córdon, Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural Gaivotas Boavista, Companhia Olga Roriz, Quinta Vale da Lama, Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, Centro Cultural de Lagos, DeVIR/CAPa –Centro de Artes Performativas do Algarve e Antena 2. A AORCA é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura | DGARTES –Direção-Geral das Artes.


































O robô perdeu o chão Mirian Tavares, professora
The most exciting phrase to hear in science, the one that heralds the most discoveries, is not "Eureka!" (I found it!) but 'That's funny’... Isaac Asimov
eio esta frase no meu telemóvel: o robô perdeu o chão! Era mesmo o que me faltava. Comprei, por causa dos gatos, um desses robôs que aspiram (teoricamente) sozinhos. O meu sempre foi idiossincrático – aspira onde quer, passa 10 minutos no corredor e ignora os quartos ou decide ficar debaixo da minha cama por mais tempo, a ir e vir, talvez para garantir que não fica nenhum pelo no chão. Tem dias que limpa a cozinha ou se arrisca a entrar na casa de banho; prefere um dos lados da sala e passa a correr pelo hall. Já me disseram que eu devia programá-lo, mas me divirto com sua falta total de direção e de noção. Acho que foi feito para mim – era o último que restava na prateleira e arrisquei-me a trazê-lo. Os gatos ficam a olhar, meio espantados, mas não lhe fogem e, muito menos, sobem em cima dele para dar passeios pela casa. Ou bem os vídeos que mostram gatos sobre robôs são falsos, ou meus gatos são preguiçosos. Ou ambas as respostas estão certas. Quando o vejo a vaguear, penso que ele seria capaz de passar por humano quando, para provar que não é um robô, tivesse de identificar um objeto
nas fotos. O seu modo randómico não é característico das máquinas. Ouvi um psicólogo francês, muito interessante, que dizia que comparar a inteligência humana à da máquina, e vice-versa, é uma generalização que não se deve fazer. Cada grupo humano tem suas idiossincrasias e a afirmação que é feita nesse sentido vem de um grupo de pensadores ocidentais. Assim, nem todos os humanos são iguais e, portanto, o seu funcionamento não se assemelha ao de uma máquina que foi criada a partir de biases. Dá que pensar. O que retiro dessa reflexão é que, às vezes, como os animais, as máquinas ficam parecidas com os seus donos. O meu robô, por exemplo, perde o chão. E lá tive de resgatá-lo, pois se encontrava encavalitado nos pés de um aquecedor sem saber o que fazer à vida. E sem encontrar seu chão.

Foto: Isa Mestre
Um filme: Trás-os-Montes
Ana Isabel Soares, professora
á uns dias, passou numa das salas da Cinemateca
Portuguesa o filme
Trás-os-Montes, que António Reis e Margarida Cordeiro realizaram em 1976. Passou na cópia restaurada pela Cinemateca em 2008. Lembrei-me da primeira vez que o vi, numa sessão que o Cineclube de Faro organizou em homenagem aos dois realizadores, aquando do lançamento do belo catálogo A Poesia da Terra (quando se reeditará...?), pelos idos de 1997. Lembrei-me que, dessa vez, quase não lhe percebi as palavras, que nesse filme são tão importantes, mas que me senti inebriada pelas imagens, pelos sons ambiente, pelas vozes das pessoas de lugares que, naquela altura, eram ainda mais remotos do que hoje são. O restauro da Cinemateca clarificou algumas das frases, mas as grandes melhorias estão na imagem, cujas cores surgem menos esbatidas, avivadas.
Com restauro ou sem restauro, todas as vezes que vi Trás-os-Montes, vi cenas que me parecem estar nele pela primeira vez: é intrigante, ou talvez seja apenas uma espécie de efeito mágico de olhar para um lugar que já não existe assim, que porventura jamais existiu como o viram os olhos de Margarida e de António. Ou pode ser que seja a minha má memória.
André Bazin escreve a certa altura, num texto curto sobre L'Espoir, livro de André Malraux, acerca de uma diferença que pressente entre livros e filmes: “Une phrase absconse se relit, une séquence trop elliptique est définitivement perdue”. (Qualquer coisa como: “uma frase obscura pode ser relida [para se lhe apanhar o sentido]; mas uma sequência elíptica perde-se para sempre”.) Bazin escrevia em 1945*, ou seja, na era prévídeo, quando ver um filme significava vê-lo numa sala de cinema, sem a possibilidade de fazer parar a fita (sim, no tempo da «fita», que dá nome aos «filmes») e voltar atrás). Trás-os-Montes é, muito, um filme de elipses, de sentidos inesperados, inusitados. É um filme que me resgata dos entendimentos habituais e me atira para reinos desconhecidos e maravilhosos. É muito fácil perder sequências e vê-las, numa revisão, como se pela vez inaugural. Lembro-me de o ter visto com um grupo de pessoas e, entre todas, à saída da sessão, tínhamos memórias diferentes do que acabáramos de ver: cenas que uns afiançavam ter visto e outros de modo nenhum se recordavam. Mexe com a cabeça de quem vê.
O ensaio de Bazin sugere que o cinema (visto como se via em 1945), ao contrário do que se pensava, não era uma arte elíptica, mas uma expressão que “não aguenta a descontinuidade. Apesar da sua estrutura retalhada em ‘planos’,”

afirma, “o discurso cinematográfico tende cada vez mais a evitar a ruptura”. Penso na minha experiência com Trás-osMontes (aliás, provavelmente com todos os outros filmes de António Reis e Margarida Cordeiro) e concluo que Bazin está certo: é quem vê que instaura nos filmes as cisões, as elipses, rasgões no
tecido da narração. Nada disso está neles.
* O ensaio chama-se «A propos de l'Espoir ou Du style au cinéma», e foi publicado na revista Poésie 45 (nºs 26-27, ago-set 1945, pp. 125-133).
Foto: Vasco Célio
Quem cuida dos nossos monumentos? Nuno Campos Inácio, editor e escritor
Algarve, região turística por excelência, conta com 25 monumentos classificados com o estatuto de «Monumento Nacional», a que acrescem outros pontos de interesse, com classificações menos notáveis, mas, ainda assim, significativas, como sejam «Imóveis de Interesse Público» e «Imóveis de Interesse Municipal».
Cada vez mais o turista procura associar ao Sol e praia uma vertente cultural, a única que a região tem para oferecer fora da época balnear para o turista de classe média e um nicho de negócio que vai assumindo importância na época alta.
O aumento do grau de exigência de quem nos visita deveria forçar uma mudança de atitude por parte das autoridades relativamente à recuperação e manutenção do património classificado, o que, infelizmente, não acontece.
Focando-nos apenas nos sítios classificados como «Monumento Nacional», que deveriam constituir a «joia da coroa» da região, que, como adiantamos, se resumem a 25 monumentos espalhados por todo o Algarve, a esmagadora maioria está num estado lastimável, alguns completamente abandonados (como a Quinta da Nora e a
Abicada), encerrados ao público (Ribat da Arrifana e Ermida de Guadalupe), ou em avançado estado de degradação (Igreja de São Sebastião de Lagos, Sé de Silves).
Numa visita recente à Sé de Silves encontramos vitrais partidos, altares riquíssimos a apodrecer, manchas de humidade, baldes a recolher água infiltrada pelas paredes e nos altares, recantos fechados a visita, como é o caso da capela do Gastão da Ilha, ou a da pia baptismal.
A Igreja de São Sebastião, que temos encontrado sempre encerrada, esperamos que esteja melhor preservada ao nível interior, do que a fachada exterior deixa adivinhar, sendo de longe o edifício histórico da cidade em estado mais lastimoso, quando deveria ser o melhor preservado.
Reconhecemos que o Estado tem recuperado alguns monumentos da região, com investimentos altíssimos, mas que se debatem posteriormente com uma falta crónica de manutenção permanente, vivendo os monumentos de ciclos de apogeu e declínio. Não basta recuperar, é preciso cuidar e manter.
Numa região turística, que gera receitas elevadas para o Estado e riqueza para o país, é inadmissível que o património cultural edificado, elemento diferenciador de outros destinos


turísticos concorrentes, não esteja preservado, sejam os Monumentos Nacionais, os Imóveis de Interesse Público, ou os Imóveis de Interesse Municipal.
Uma parte da receita gerada pelo turismo, deverá, obrigatoriamente, ser canalizada para a recuperação e conservação do património cultural da região. A afetação de 1% do IVA turístico gerado no Algarve para a constituição de um fundo regional que faça a gestão do património não é nenhuma fortuna colossal se atendermos às necessidades da região, mas contribuirá seguramente para melhorar o cenário atual e potenciar o aumento de visitantes, não só no Verão, mas ao longo de todo o ano.
O fado no Algarve
Valentim Filipe, músico, professor aposentado e dirigente associativo
o celebrarmos o 13.º aniversário da AFA – Associação de Fado do Algarve, depareime com um texto que escrevi na altura e que serviu de apresentação daquela instituição ao público.
Ao constatar que pouco ou nada mudou (aspetos houve em que piorou), mantendo-se, portanto, atualizado, resolvi fazer deste a minha crónica desta semana.
“Falar sobre o fado é tarefa ingrata. Por muito que se diga falta sempre algo, há sempre outras interpretações. Falar do fado no Algarve é decerto ainda pior, pois não existe nenhuma resenha histórica ou qualquer compilação de fatos comprovados que permitam afirmar com segurança um trajeto, um percurso do fado na região algarvia. Porém, será unânime afirmar que este estilo musical tem nesta região sido acompanhado por todos, pois tem desenhado um papel importante na historiografia musical da região. Pode em boa verdade dizer-se que a história do fado no Algarve se divide em dois períodos: Antes e depois do aparecimento dos concursos de fado amador. Antes destes, o fado era representado por fadistas locais, tais
como Tónia Silva, Estrela Maria, José Conde, Antonieta Guerreiro, Zé Portugal e Cremilde, a que se juntavam os lisboetas Renato Marques e Helena de Castro e a que se juntavam ainda outros que vinham a esta região, tais como Adelaide Rodrigues e João Mouro.
Com os fadistas estavam inevitavelmente os guitarristas locais, tais como Silvério de Sousa, Jonatas, Valdemar Ramos, Fernando Sousa, Hermes dos Santos, José Gregório, Guilherme Fragata e António Correia, ou ainda outros mais jovens como Flaviano Ramos, Vítor do Carmo, José Pinto e Valentim Filipe, e a que se juntavam outros que faziam aqui temporadas, tais como Jorge Franco e Carlos Oliveira. Havia nesse tempo dois campos principais de trabalho e que entretanto se perderam: Os hotéis e as casas de fado. Os primeiros enveredaram aos poucos por outro tipo de animação e só em ocasiões especiais acontece fado, e casas de fado, em boa verdade, não existe sequer uma única nesta região. Estranho na verdade, tendo em conta que a nível nacional e internacional o fado nunca foi tão mediático. Além de empresários locais, houve um tempo em que fadistas famosos como Rodrigo, Nuno de Aguiar, João Braga e outros chegaram a abrir casas de fado nesta região. Nestas situações era normal virem de Lisboa
fadistas que cumpriam temporadas atuando todos os dias nessas casas.
Celeste Rodrigues, Filipe Duarte, Maria
João Quadros, João Casanova, Manuel de Almeida, Mende, Elsa Laboreiro, Carlos Barra e Rosa Maria, entre outros. Deve referir-se neste aspeto a cidade de Lagos, que chegou a ter cinco casas de fado em simultâneo a funcionarem diariamente.
Com o surgimento dos concursos de fado, sobretudo quando disputado por eliminatórias, um formato que entrou no gosto do público, novas vozes apareceram tais como as jovens Adriana Marques, Filipa Sousa, Isa Brito, Inês Graça, Sara Gonçalves, Teresa Viola, Luis Manhita, Vanessa Guerreiro ou ainda Raquel Peters e Pedro Viola, que depois de se cansarem de acumular prémios no Algarve, resolveram provar aos lisboetas que o fado não mora só em Lisboa, tendo ambos arrecadado o primeiro lugar em 2005 e 2006 na Grande Noite do Fado da capital. Por arrastamento outros mais velhos como Helder Coelho, Cecílio Santos ou Aurora Espada juntaram-se à onda que não deu só fadistas, mas também provocou o aparecimento de instrumentistas como os jovens Tiago Valentim, Ricardo Anastácio e Cláudio Sousa, entre outros. Vindos de outras áreas musicais, mas que no fado encontram motivação suficiente para aqui se transferirem, como José Santana, Tó Correia e alguns mais também para aqui se mudaram em definitivo”.
Treze anos se passaram desde que este texto veio a público pela primeira vez. Como disse no início e no geral mantémse atualizado, mas houve algumas mudanças e não se pode dizer que

tenham sido para melhor…m as isso são questões para uma outra crónica, quando voltarmos a esta matéria, como certamente irá acontecer.


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