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www.arquisp.org.br | 3 a 9 de agosto de 2016

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Torcemos por vocês! Daniel Gomes

Jogos Rio 2016 tem chance de pódio. Já Felipe Nascimento não está entre os favoritos.

danielgomes.jornalista@gmail.com

Polo Aquático (26): Medalhas com a seleção masculina ou feminina serão uma surpresa. Time masculino chegou ao bronze em uma etapa da Liga Mundial em 2015.

O sonho de participar de uma olimpíada vai se tornar real para aproximadamente 11 mil atletas, de 206 países, nesta semana, com o início dos Jogos Rio 2016. Nem todas as melhorias prometidas à população do Brasil, em 2009, quando da escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica, foram cumpridas. Há, ainda, o temor com atos terroristas e as violências diversas que assolam as grandes cidades do País, mas por que não acreditar na Trégua Olímpica, resolução historicamente assinada pelos países filiados à ONU para que entre sete dias antes da Olimpíada e sete após a Paralimpíada não haja guerras ou registros de hostilidades em todo o planeta? O SÃO PAULO apresenta a seguir um resumo com as perspectivas de desempenho do Brasil nos Jogos, considerando os resultados dos esportistas em 2015 e 2016, especialmente nos mundiais das modalidades. Boa sorte aos 465 representantes do Brasil. Atletismo (67 atletas): A principal favorita a uma medalha é a varista Fabiana Murer. A ausência da equipe da Rússia, pelos escândalos de doping, faz com que o Brasil tenha boas chances de pódios também com o varista Tiago Braz, os marchadores Erica de Sena e Caio Bonfim, e a equipe de revezamento 4x100m feminino. Badminton (2): Ygor Coelho e Lohaynny Vicente serão os primeiros atletas brasileiros do Badminton em uma olimpíada. Chances de medalhas são remotas. Basquete (24): Seleção feminina buscará não repetir o vexame da eliminação na 1ª fase dos Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012. Seleção masculina tem mais chances de avançar na competição, tendo a maior parte dos atletas, oito, atuando no exterior. Sem Anderson Varejão, lesionado, Marcelinho Huertas, Leandrinho e Nenê são os astros da equipe. Boxe (9): Não será tarefa fácil ao menos repetir as três medalhas de Londres 2012. Principais chances são com Adriana Araújo, medalhista de bronze na última olímpiada, e com Robson Conceição, bronze no Mundial de Boxe no ano passado. Canoagem (13): O Brasil terá cinco representantes na canoagem slalom, com destaque para Ana Sátila, medalhista no Pan de Toronto. Maior chance de medalha, no entanto, está com um dos oito representantes da canoagem velocidade: Isaquias Queiroz, bicampeão mundial no C1 500m e que conquistou três medalhas no Pan de 2015. Ciclismo (10): Há poucas chances de medalhas. O Brasil terá quatro ciclistas na Estrada, três no Mountain Bike, um na pista e dois no BMX, sendo um deles Renato Rezende, que participou de Londres 2012 e constantemente figura entre os 30 melhores do mundo no BMX. Esgrima (13): A principal chance de medalha do Brasil é com Renzo Agresta, que conquistou bronze na prova de sabre no Pan de Toronto, chegou às oitavas de final no Mundial de 2015 e é o atual líder do ranking das Américas.

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Remo (4): São remotas as chances de medalhas com as duplas do double skiff leve, Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi; e William Giaretton e Xavier Vela. Rugby (24): Apesar da evolução da modalidade no País neste ciclo olímpico, times masculino e feminino (bronze no Pan de Toronto 2015) não são cotados a medalhas. Saltos Ornamentais (9): Brasil não tem atletas entre os favoritos. Destaques para as participações Juliana Veloso, que irá para sua 5ª olimpíada; e Hugo Parisi, que estará pela 4ª vez nos Jogos.

Fonte: COB

Taekwondo (4): Há chances de medalhas com Iris Sing e Venilton Teixeira, que alcançaram bronze no Mundial de 2015, mas em categorias que não são olímpicas.

Futebol (36): Meta é a mesma de sempre: a conquista do ouro olímpico no masculino, contando com Neymar, que estava no time de prata, em Londres 2012. No feminino, a eliminação nas oitavas de final no Mundial de 2015 acendeu o alerta de que a geração de Marta está longe do bom momento vivido nas conquistas das pratas em Atenas 2004 e Pequim 2008. Ginástica Artística (10): Pela primeira vez, o País classificou-se para as provas por equipes no masculino e no feminino, mas não está entre os favoritos. Arthur Zanetti é cotado a mais um ouro olímpico nas argolas. Com bons resultados na temporada, Diego Hypólito, Flavia Saraiva e Sergio Sasaki têm chances de pódios. Ginásticas Rítmica e Trampolim (7): Medalhas do Brasil serão uma surpresa nas duas modalidades. Rafael Andrade é o representante da ginástica trampolim. Conjunto de ginástica rítmica conta com cinco esportistas e Natália Gaudio competirá no individual. Golfe (3): Mesmo com a desistência de mais de dez golfistas estrangeiros de ir aos Jogos por medo do zika vírus, representantes brasileiros têm remotas chances de medalhas. Handebol (28): Campeã mundial em 2013, seleção feminina chega aos Jogos cotada ao pódio, mas não na condição de favorita, após cair nas oitavas de final do Mundial de 2015. Seleção masculina não deve estar entre as medalhistas. Hipismo (12): O Brasil terá quatro representantes no Adestramento, quatro no CCE e quatro nos Saltos, mas não é favorito a medalhas em nenhuma dessas categorias. Hóquei sobre Grama (16): Pela primeira vez, o País disputará o torneio olímpico, com a seleção masculina. Passar da primeira fase já será uma grande conquista. Judô (14): As sete atletas da seleção feminina são as mesmas que foram a Londres 2012. Mayra Aguiar e Sarah Menezes tentarão chegar ao pódio novamente. Érika Miranda, campeã no Pan de Toron-

to e medalhista de bronze no Mundial de 2015, também pode estar entre as medalhistas. No masculino, Victor Penalber, bronze no Mundial de 2015, Filipe Kitadai, bronze em Londres 2012, e Tiago Camilo, tricampeão pan-americano, têm chances de ir ao pódio.

Tênis (7): Dupla Marcelo Melo e Bruno Soares tem boas chances de ir ao pódio. Com parceiros diferentes, eles venceram etapas do Circuito Mundial de Tênis em 2015 e 2016. Tênis de mesa (6): Hugo Calderano, que está entre os 50 primeiros do ranking mundial, é o principal atleta do Brasil, mas com a modalidade dominada pelos asiáticos, probabilidade de pódio é remota para os mesa-tenistas brasileiros.

Levantamento de Peso (5): Fernando Saraiva Reis, bicampeão pan-americano, é o principal nome do País, mas não está cotado a ser medalhista. Foi o 11º no Mundial de 2015.

Tiro com arco (6): A única chance de medalhas para o País está com Marcus Vinicius D´Almeida, 18, que chegou às quartas de final do Mundial de 2015 e foi bronze por equipes no Pan de Toronto.

Lutas (6): Não será surpresa se Aline Silva, da categoria até 75kg, chegar ao pódio. Ela foi 5ª colocada no Mundial de 2015, vice-campeã do mundo em 2014 e medalhista de bronze no Pan de Toronto. Joice Silva, da categoria até 58 kg, campeã no Pan de 2015, pode surpreender com uma medalha.

Tiro esportivo (9): Líder do ranking mundial da pistola de ar de 10m, Felipe Wu (ouro no Pan de Toronto) tem reais chances de pódio nos Jogos, mas no evento-teste da Olimpíada, em abril, foi apenas o 16º.

Maratonas Aquáticas (3): Ana Marcela Cunha, eleita a melhor atleta do Brasil em 2015, tem chances de ser medalhista. No Mundial de 2015, ela faturou bronze na prova de 10 km. Poliana Okimoto irá para sua 3ª olimpíada, enquanto a Alan do Carmo vai estrear nos Jogos. Nado Sincronizado (9): Seja por equipe ou no dueto, com Luísa Nunes e Maria Eduarda Micucci, chances são de alcançar as finais. Chegar ao pódio é improvável. Natação (33): Serão 22 homens e 11 mulheres. Sem Cesar Cielo, que não alcançou o índice olímpico, as maiores chances de medalhas estão com Bruno Fratus, bronze no Mundial de 2015; Tiago Pereira, prata em Londres 2012 e recordista brasileiro de medalhas em pans; Felipe França, bicampeão pan-americano no nado peito; e Etiene Medeiros, prata no Mundial de 2015, recentemente absolvida em um caso de suspeita de doping. Brandonn Almeida, 19 anos, pode surpreender nos 400m medley e 1.500m livre. Pentatlo Moderno (2): Bronze em Londres 2012 e medalhista de ouro no Pan de Toronto 2015, Yane Marques não está na melhor fase da carreira, tanto que no Mundial da modalidade, em maio, foi a 13ª colocada. Ainda sim, a porta-bandeira do Brasil nos

Triathlon (2): Medalhas de Pâmella Oliveira ou Diogo Sclebin serão uma surpresa. Vela (15): Diferentemente de outras edições, a vela do Brasil chega aos Jogos sem ter um nome favoritíssimo ao ouro. Anteriormente, essa condição coube a Robert Scheidt, detentor de cinco medalhas olímpicas, a última de bronze, em Londres 2012, na classe Star. Ele competirá na classe Laser, onde conquistou ouros nos Jogos de 1996 e 2004, mas não é o favorito. Na 49erFx, Martine Grael e Kahena Kunze têm condições de chegar ao pódio, mas têm registrado queda de desempenho após o título mundial de 2014. Vôlei (24): É esperado que as seleções masculina e feminina do Brasil estejam no pódio. Mulheres, campeãs em Pequim 2008 e Londres 2012, vivem melhor momento com o título do Grand Prix, em julho. Homens, que perderam as duas últimas finais olímpicas, vêm de recente derrota na final da Liga Mundial para a Sérvia, que não disputará os Jogos. Vôlei de Praia (8): Brasil tem reais chances de medalhas com as quatro duplas na competição. Alisson e Bruno Schmidt e Ágatha e Bárbara Seixas, campeões do Mundial 2015 e sempre entre os líderes do Circuito Mundial, são favoritos ao ouro. Retrospecto de resultados indica chances de pódios para Evandro e Pedro Solberg e Larissa e Talita.


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