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18 a 23 de setembro de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

Dom Tarcísio é acolhido em Santos Chico Surian/Diocese de Santos

Guadalupe Mota

Especial para O SÃO PAULO, da Diocese de Santos (SP)

religiosos; a Professora Maria Helena Lambert, pelos leigos; e Padre Caetano Rizzi, em nome do clero.

Cerca de 3 mil fiéis das nove cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista participaram da celebração na qual Dom Tarcísio Scaramussa tomou posse do ofício de bispo coadjutor da Diocese de Santos (SP), na manhã do sábado, 13. A missa celebrada no Mendes Convention Center foi presidida pelo arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelo bispo diocesano de Santos, Dom Jacyr Francisco Braido, com mais 14 bispos e o clero da Diocese. Ao saudar o Bipo coadjutor, Dom Jacyr apresentou um panorama da realidade social e pastoral da Diocese, em especial, os cinco pólos que norteiam a ação pastoral: Porto, Turismo, Universidade, Miséria e Fome, e Terceira Idade. “É uma grande alegria têlo conosco, e juntos vamos animar nosso povo no serviço da evangelização”, destacou. Na homilia, o Cardeal Scherer lembrou o significado do lema episcopal de Dom Tarcísio – “E habitou entre nós” –, extraído do prólogo do Evangelho segun-

‘Ajudem-me a ser um Bom Pastor’ Ao falar sobre sua nova missão em Santos, Dom Tarcísio destacou sua experiência como bispo auxiliar de São Paulo, por pouco mais de seis anos, que o “fez crescer muito, especialmente pela vida fraterna e comunhão experimentadas com os irmãos bispos, com os sacerdotes, com os religiosos, com todo o povo de Deus, com os catequistas e a juventude, de modo particular”. Dom Tarcísio reiterou seu desejo de engajar-se na caminhada em comunhão com todos os “santos nesta Diocese de Santos”. “Sei que preciso aprender muito. Já me sinto acolhido de coração aberto, e tenho certeza que contarei com a ajuda e as orações dos irmãos e irmãs desta Igreja”. “Quero também acolher todos os dons e manifestações que o Espírito Santo de Deus derrama constantemente na comunidade, e em cada um dos batizados”, acrescentou o Bispo, pedindo que todos o sustentem com suas orações. “Ajudem-me a ser um Bom Pastor segundo o coração de Jesus Cristo”.

Dom Tarcísio toma posse do ofício de bispo coadjuntor de Santos, em celebração com cerca de 3 mil fiéis, no sábado, 13

do São João. “Que bela lição este lema de Dom Tarcísio nos traz sobre o que é ser Igreja, sobre que somos nós... Nós somos as testemunhas de Jesus Cristo, que está no meio de nós”, disse. “Que a Diocese de Santos, com a presença de Dom Tarcísio, possa continuar a ser sinal e instrumento da presença de Jesus Cristo no meio de seu povo, em

todas as situações, desde o vasto litoral até as encostas das serras [...]. Que o espírito Santo ilumine e conduza os corações dos pastores desta Diocese e de todo o Povo de Deus, que aqui é testemunha de Jesus Cristo”, completou Dom Odilo. Após a comunhão, foi lido o decreto de nomeação do Bispo Coadjutor como vigário geral da

Diocese, e houve a acolhida do sacerdote com menor tempo de ordenação, Padre Vagner Argolo, e do mais idoso, Monsenhor Francisco Leite. No final da celebração, representantes de diversos setores da sociedade local saudaram Dom Tarcísio, entre eles o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa; a Irmã Antonieta Piovesan, pelos

Um fim de semana de análise do jornalismo católico no Brasil Assessoria de imprensa CNBB

Daniel Gomes

Enviado especial a Brasília (DF) danielgomes.jornalista@gmail.com

Há quatro anos, Márcia Marques, 30, é assessora de imprensa da Diocese de Campina Grande (PB). Em uma sala com um computador, telefone e acesso à internet, ela articula os trabalhos de comunicação da Diocese em diferentes mídias. “É uma sala muito simples, mas a minha estrutura humana, de apoio, é muito boa. Claro que é preciso investir mais, pois a demanda de comunicação é grande para uma pessoa só, mas estamos conseguindo melhorias”, afirmou Márcia ao O SÃO PAULO. Ela esteve entre os 54 participantes do 7º Encontro de Jornalistas dos Regionais, Dioceses, Pastorais e Organismos da CNBB, que aconteceu entre os dias 12 e 14, em Brasília (DF). O cotidiano profissional de Márcia é comum à maioria dos jornalistas que estiveram no encontro. No partilhar das vivências, houve a percepção de que a comunicação da Igreja no Brasil tem avançado, mas pode ser melhor no planejamento das ações, infraestrutura de trabalhos, comunicação entre as dioceses, articulação dos grupos de Pascom e formação dos padres e bispos para o uso das novas tecnologias e participação nas redes sociais.

Jornalista Gerson Camarotti (esq.) da GloboNews participa de encontro da CNBB em Brasília

“Temos crescido muito. Dávamos muita importância à pregação verbal, visual, mas não tínhamos, muitas vezes, pessoas preparadas, não só tecnicamente, mas vocacionalmente para a comunicação. Hoje, o jornalista que é vocacionado pode se preparar mais através do estudo, da troca de experiência, e isso vai dando uma habilidade e despertando a sensibilidade para a comunicação e o anúncio da presença da Igreja”, disse, à reportagem, Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB. Segundo o Bispo, mais que fatos, os

jornalistas católicos devem “transmitir a presença extraordinária de Cristo em nosso meio”, mostrando uma Igreja em saída, sem fazer proselitismo, mas apresentando a dimensão teológica da Igreja.

Visibilidade da Igreja na mídia Alguns profissionais de comunicação foram convidados para falar aos participantes. Gerson Camarotti, da GloboNews, que entrevistou com exclusividade o Papa Francisco no Brasil, afirmou que depende da ajuda dos profissionais das dioceses para produzir reportagens sobre a Igreja. “A mídia brasilei-

ra tem muito desconhecimento da Igreja, o que redunda em uma abordagem superficial. Em coberturas específicas, os jornalistas laicos cometem erros, seja por falta de abordagem ou distanciamento da Igreja”. O Professor Doutor em Comunicação, Luiz Martins, apontou que uma diocese somente consegue divulgar uma boa notícia na grande imprensa trabalhando-a com tempo e através de relacionamentos com os jornalistas. Jorge Duarte, mestre em comunicação social, defendeu que as dioceses invistam em comunicação estratégica, delimitando objetivos, e recomendou aos jornalistas que conheçam as demandas dos assessorados e se preocupem em produzir conteúdos relevantes e não apenas notícias. Sobre a presença da Igreja nas mídias sociais, Nelson Leoni, da agência de publicidade Isobar Brasil, alertou que bispos e padres devem ser conscientizados sobre o eventual impacto de suas postagens. Já Andrea Lopes, especialista em mídias digitais, comentou que as dioceses e pastorais devem perceber qual a rede social que melhor atende as demandas que possuem. Ela defendeu que já na formação ao sacerdócio, a comunicação seja alvo de estudo. “O assunto precisa ser discutido, as plataformas apresentadas, senão não haverá mudanças”.


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