Expo Artes - Pinacoteca Diógenes Duarte Paes - Edição 2020

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Arte da Saudade A Arte Tumular, considerada a arte visual sobre a vida de quem foi enterrado, constitui uma representação criativa que busca oferecer uma reinterpretação ao contraste entre a vida e a morte. Na elaboração de estátuas, seus códigos visuais são compostos por conjuntos de símbolos ou obras narrativas elaboradas com os mais diversos materiais, como mármore, granito, ferro e bronze. Esses trabalhos começam a ser vistos como obras de arte, uma vez que essas obras possuem um forte viés artístico, cultural, musicológico e patrimonial. Os cemitérios públicos foram surgindo no século XIX, principalmente por causa do saneamento básico do espaço urbano, em terrenos altos para dispersar o miasma (cheiro da morte) vindo da decomposição dos corpos ali enterrados. Antigamente, era costume o enterro em lugares sagrados como o terrenos das igrejas. Porém, com as pestes, a população escrava e não católica precisava ter um local para o sepultamento. O objetivo desse projeto é mostrar alguns trabalhos artísticos que acabaram por tornar o “Cemitério da Saudade” um dos mais bonitos do interior do Estado, para que se preserve a arte dos familiares que deixaram saudade aos seus entes queridos como uma forma de imortalizálos. Do cemitério, uma história da cidade e seus moradores. 36

Regina Kalman Nascida em Osijek, na antiga Iugoslávia, naturalizada brasileira. Reside em Jundiaí/SP desde 1960. Possui licenciatura em Educação Artística, Ciências Sociais, História e em Pedagogia. Também é bacharel em Sociologia, Jornalismo e Direito. É pós graduada em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis, Didática Superior e em História do Brasil. É artista plástica, fotógrafa, poetisa, contista, cronista e ensaísta.


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