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Pop Dog (Eduardo Milani

Pop Dog

A mostra reúne um recorte da produção artística de Eduardo Milani, que tem como referência e inspiração neste projeto o mundo dos cães, expondo possibilidades criativas de narrativas gráficas sobre as imagens arquetípicas desse animal no imaginário popular.

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O artista toma de forma basilar os conceitos afinados ao universo da pop art, com uma apropriação inusitada de materiais do cotidiano para compor por meio de diversas técnicas – colagem, pintura e, principalmente, assemblage – a linguagem gráfica dos cartazes do mundo publicitário. Do ato criador, surge uma ligadura de pigmentos, devaneios e, por que não, de um tanto de delírio, que constroem sua própria sintaxe.

Assim, Milani lança múltiplas representações pontuando o protagonismo dos cães, cada vez mais percebidos como indivíduos e seres moralmente relevantes. O objetivo não é apenas fornecer uma experiência estética, mas fomentar o senso crítico perante os estereótipos e as deformações imagéticas que se imprimem aos pets e fazer refletir sobre os fenômenos históricos, sociais e culturais que impactam o papel desempenhado por esses animais, tão presentes em nossas vidas e objetos de nosso afeto.

Eduardo Milani

Nasceu nos EUA, em 1957, e passou parte da infância e adolescência em Jundiaí. Desde 1975, reside em São Paulo, capital. Possui graduação e mestrado em Arquitetura e Urbanismo, ambos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Pela mesma instituição, onde foi professor por 22 anos nos cursos de Propaganda e de Arquitetura e Urbanismo, é doutorando do Programa de Educação, Artes e História da Cultura, desenvolvendo estudos de caráter autoral sobre a temática pop no contexto da arte contemporânea.

Com passagem pela University of the Arts London, atualmente dedica-se às pesquisas e projetos no âmbito das artes visuais, participando de exposições e diversos congressos.

A Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes foi criada em 2008 com a finalidade de desenvolver atividades relacionadas às artes visuais, com exposições, workshops, oficinas e afins, de artistas plásticos brasileiros e de Jundiaí e região. O espaço faz parte do Centro Jundiaiense de Cultura Josefina Rodrigues da Silva (Jorosil), estabelecido no antigo prédio do Grupo Escolar Coronel Siqueira de Moraes, construído no ano de 1896, e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) devido ao seu alto valor histórico.

A Pinacoteca leva o nome de Diógenes Duarte Paes, artista Jundiaiense de notável talento com pintura, desenho e literatura. Entre suas produções artísticas destacam-se o conjunto de aquarelas da Série Folclórica, que apresentam cenas do cotidiano ocorridos no interior de ambientes domésticos e públicos, nas quais é possível identificar a preferência do artista pelos personagens humanos, além de retratar valores sociais e culturais de uma Jundiaí nas primeiras décadas do século 20. Parte das obras que compõem o acervo permanente da Pinacoteca foi incorporada por meio da doação realizada pelo Conselho de Fiscalização Artística do Estado, com as obras premiadas nos Salões Paulista de Belas Artes da década de 1960, que o enriqueceram do ponto de vista qualitativo, com criações que se consolidariam como referências da melhor produção daquele período.

Outra parte do acervo é composta por obras premiadas nos Salões de Arte Contemporânea de Jundiaí, realizados pela Associação de Artes Plásticas de Jundiaí, entre as décadas de 1970 e 1980, e contribuíram para formação e ampliação significativa deste conteúdo.

Entre os artistas cujas obras compõem o acervo permanente da Pinacoteca encontram-se Diógenes Duarte Paes, Inos Corradin, Flávio Carvalho, Chrismontez de Brito, Elvio Santiago, Cecilia Celandroni, Valdir Sarubi, Cláudio Tozzi, Sérgio Romagnolo, Tereza D’Amico, Vicente Di Grado e Sisuko Sakai.

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