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Cine Rio Grande

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Carnaval

Carnaval

CINE RIO GRANDE

Aos poucos o sol some, o mundo se alumia com dois vaga-lumes. É a primeira vez que o menino do sertão entra no cinema Rio Grande. Suor, mãos geladas, um frio na barriga e uma poltrona. No fim da sessão, não consegue falar e respira baixinho. A tia que o acompanha sorri, ciente da bruxaria que aconteceu. Três décadas depois, encontro, nos escritos e na poeira, a revelação do meu pai: “E foi assim que ela me ensinou a ver”.

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