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Delírios de uma quarentena tropical
DELÍRIOS DE UMA QUARENTENA TROPICAL
Não consegui acreditar no relato dos médicos: Joana Pereira da Costa, 22 anos, ambulante, sofria durante cinco meses de febre e dores no corpo. Deu entrada pela quinta vez na ubs de Felipe Camarão no dia 13 de janeiro de 2020. No prontuário, os sintomas: cefaleia, mialgia, tosse e hemorragia. Após os exames habituais, os médicos a encaminharam para o Hospital das Clínicas. O quadro se agravava a cada dia. Os infectologistas suspeitavam de algum vírus desconhecido. As imagens eram imprecisas e os cirurgiões decidiram operar. O resultado foi surpreendente: brotava um bonsai do pulmão da doente.
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Apesar dos esforços, a moça não resistiu. A árvore foi inspecionada por uma comissão de cientistas e o corpo da defunta fora recolhido e submetido a exames sempre inconclusos. Contra a vontade dos governos, relatos semelhantes se espalharam na mídia: mulheres de todos os continentes começaram a parir árvores. 24 de março de 2021, o verde se tornou revolução.