


Com os olhos fixos no horizonte de uma nova ordenação presbiteral, a Diocese de Toledo celebra um momento de profunda alegria e reflexão. A celebração que a comunidade diocesana presenciará na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand, não é apenas a consagração de um jovem que livremente abraçou o chamado Divino. É um espelho que convida cada um a se questionar: “Qual é o nosso lugar nesta jornada de fé”?
No coração do Ano Santo 2025, e em pleno Mês Vocacional, os católicos são instigados a ser “Peregrinos de Esperança”. Mas, o que realmente significa esse “peregrinar”? E, mais ainda, por que cada um é “chamado”? Papa Francisco, de saudosa memória, já provocava: somos convocados a “semear a esperança e a construir a paz”. Essa não é uma tarefa para alguns, mas para todos nós, em cada estado de vida, em cada vocação.
No testemunho que o diácono Joaquim conta na reportagem de capa, ecoa uma verdade profunda: o chamado vocacional é um fogo interior, uma chama que, como no Caminho de Emaús, faz o coração arder. Se a entrega dos apóstolos inspira, ela também leva cada um a se perguntar: “O que me
impede de abraçar essa mesma força do chamado, de justificar o peregrinar com uma vida de entrega total”?
Nosso bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, deixa claro: “A vocação é um presente de Deus”. Aceitar esse dom é cooperar com Ele nos diversos caminhos que a vida oferece, seja no sacerdócio, na vida religiosa, no matrimônio ou na vida laical, mas cada vocação tem um propósito maior que é formar homens e mulheres de esperança.
Da mesma forma, é bonito ver brotar no meio dos jovens o anseio de se reencontrar com o Cristo. Há um movimento de aproximação que está ocorrendo, não se pode enganar. Por isso, a exigência de um acompanhamento adequado e cada vez mais personalizado. Esta é outra preocupação da Diocese de Toledo que está nas páginas desta edição. O acompanhamento das novas gerações nos assuntos da fé é uma exigência a toda comunidade.
Diante de tudo isso, a questão persiste e interpela: “Estamos realmente dispostos a dizer “sim” a esse chamado que incendeia, a peregrinar com a esperança que a fé convoca a testemunhar”? Vale a pena ter projetos de vida e ajudar as novas gerações no caminho vocacional.
A vocação convoca a uma missão essencial: testemunhar a esperança
Capela Santa Teresinha, em Toledo, seprepara para sua grande inauguração
Catequistas, mistagogos da oração e da esperança
Paróquia Navegantes de Guaíra no “Coração da Igreja” 28
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População urbana nos municípios da Diocese cresce 21% e cai 4,7% na área rural
Amamentar é um ato de amor e cuidado com a vida
Com tema “Peregrinos porque chamados”, a Igreja no Brasil nos convida a uma profunda redescoberta do dom do nosso batismo como fonte originária de toda vocação cristã. O chamado de Deus não é privilégio de alguns, mas graça oferecida a todos. Desde o nosso batismo, somos chamados – somos vocacionados! – a seguir Jesus Cristo, configurando nossa vida à sua e assumindo o caminho da fé como autênticos peregrinos.
No batismo, recebemos o sinal permanente de filhos e filhas de Deus, incorporados ao Corpo de Cristo, que é a Igreja, e ungidos com o Espírito Santo. É neste sacramento que somos consagrados para viver como discípulos missionários, com a dignidade de reis, sacerdotes e profetas (cf. 1Pd 2,9). Ali começa a nossa jornada vocacional.
Ser batizado não significa apenas pertencer à Igreja, mas assumir uma missão. O batismo inaugura uma peregrinação existencial e espiritual: somos lançados no caminho da fé, chamados a responder ao amor de Deus com a entrega generosa da própria vida. Ser “peregrinos” nos remete à imagem do povo de Deus em marcha, como Abraão que, movido pela fé, partiu sem saber com muita clareza para onde ia (cf. Hb 11,8). A vocação é exatamente isso: uma caminhada, colocar-se em caminho. Ninguém nasce com a vida já traçada. É preciso discernir, escutar e responder. A vocação não se impõe; ela se revela pouco a pouco à medida que o coração se abre à graça.
Nesse sentido, todos os batizados são peregrinos vocacionais. A vida cristã é um caminho de descoberta do sentido da existência à
luz do chamado divino. Somos peregrinos porque chamados – e chamados porque amados.
Do batismo brotam diversas formas de resposta ao chamado de Deus, todas elas enraizadas no mesmo dom fundamental: o amor. A vocação é sempre um convite a amar e servir.
Vocação à vida laical: Cristãos leigos e leigas são chamados a santificar o mundo a partir das realidades em que vivem: família, trabalho, política, cultura, educação... Sua vocação é transformar a sociedade com o fermento do Evangelho, sendo sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14).
Vocação à vida matrimonial: O matrimônio é uma autêntica vocação cristã. Os esposos são chamados a testemunhar o amor fiel e fecundo de Deus, fazendo de sua vida familiar um santuário do amor e da vida.
Vocação à vida consagrada: Religiosos e religiosas respondem ao chamado de Deus com uma entrega radical de sua vida, por meio dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Eles apontam para o Reino definitivo e testemunham a primazia de Deus.
Vocação ao ministério ordenado: Os diáconos, presbíteros e bispos, configurados a Cristo Servo e Pastor, são chamados a servir o Povo de Deus na caridade, na Palavra e nos sacramentos. Sua vocação é um sinal da presença de Cristo no meio da comunidade.
Vocação à missão: Todos somos missionários. No entanto, alguns são chamados a uma entrega mais explícita e generosa à missão ad gentes, indo ao encontro de povos e culturas onde o Evangelho ainda não foi plenamente anunciado.
No Mês Vocacional, somos convidados a promover uma verdadeira cultura do chamado. Isso significa criar ambientes favoráveis ao discernimento vocacional, especialmente entre os jovens. Deus continua a chamar, mas muitas vezes sua voz se perde no barulho do mundo. É preciso escutar, acompanhar, encorajar.
Famílias, comunidades, catequistas, consagrados, sacerdotes – todos são responsáveis por ajudar cada pessoa a descobrir sua vocação. O chamado de Deus é sempre pessoal, mas nunca isolado. Ele nasce no coração da Igreja e se realiza no serviço a ela e ao mundo.
A melhor maneira de começar essa reportagem de capa é pela via da gratidão. Erguendo as mãos unidas para o céu, é tempo de louvar a Deus e agradecer pela alegria que Ele concede a toda comunidade católica ao se aproximar o dia da ordenação presbiteral do diácono Joaquim José da Silva Cardoso. Um jovem de 27 anos que, na sua liberdade, escolheu seguir o chamado e recebeu acompanhamento da Diocese de Toledo em toda a caminhada de discernimento vocacional. Nem mesmo o Joaquim sabe o que Deus quer dele, mas ainda assim se entrega com confiança para servir na messe, que é
grande, e testemunhar com sua vida a esperança.
A data da ordenação, em que ele receberá o 2º grau do Sacramento da Ordem, está próxima. O convite, você confere no final desta reportagem. Até lá, vale a pena aprofundar o conhecimento sobre esse contexto de entrega e esperança que marca a trajetória de Joaquim e que está envolto pelo Ano Santo 2025. Todos os cristãos, no mundo todo, são convidados a refletir e vivenciar exatamente acerca da dinâmica do peregrinar e de ser esperança. Para o diácono Joaquim, quando essa proposta se insere na questão vocacio-
nal, ela ganha o tom ainda mais forte do chamado ao serviço.
Na vivência do Mês Vocacional, a Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) incentiva você a pensar na resposta afirmativa “Peregrinos porque chamados”. Mas, por que chamados? Chamados a que?
A resposta é muito simples: “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”, conforme dizia Papa Francisco, de saudosa memória, ao publicar a 61ª Mensagem Dia Mundial de Oração pelas
Vocações (2024). “Cada um de nós, no seu lugar próprio, no seu estado de vida, pode ser, com a ajuda do Espírito Santo, um semeador de esperança e de paz”, convidou. Mas para isso é preciso se envolver e não ter medo quando sentir o coração arder.
O chamado vocacional é algo incandescente, algo que queima por dentro. Segundo o diácono Joaquim, isso é fantástico, porque cada vocacionado pode se colocar como discípulo na recordação da imagem do Caminho de Emaús (Lc 24,13-35), pela qual, “quando Jesus falava, ardia o nosso coração” (v. 32). Para ele, essa imagem que incendeia o coração é muita intensa e dá movimento. “Quando estamos na dinâmica do ‘ser chamado’, olhamos
para o Evangelho, para o próprio Jesus Cristo, e nos perguntamos: ‘O que fez os apóstolos se dedicarem tanto àquilo que receberam’? E podemos ir além: ‘Por que esses apóstolos morreram em nome de Jesus Cristo, que é o próprio Deus’? Quando isso ferve dentro do nosso coração, na perspectiva do amor, realmente o comprometimento vocacional e o chamado nos levam à entrega da vida”, analisa. “Quando abraçamos a força do chamado, que justifica o peregrinar, representa uma afirmação da Palavra de Deus”, completa. Essa entrega total, que brota de um coração ardente pela Palavra, encontra eco no que diz nosso bispo diocesano. “Deus chama a todos, e esse chamado é a partir daquilo que Ele deseja para
nós. Por isso que a vocação é um presente de Deus. O que nós fazemos é aceitar esse dom e sermos cooperadores nos mais diversos modos, por exemplo, no caso de hoje, uma vocação à vida sacerdotal, um destino concreto ao fazer parte de uma família que é o presbitério, sempre em conjunto com o bispo”, completa D. João Carlos Seneme.
Entretanto, nas diferentes vocações, Deus faz o chamado que dá sentido à vida. Trata-se de um chamado a percorrer um caminho comum que se identifica com a vida eterna, alcançada por meio de uma relação saudável com Ele e com cada irmão e irmã. Aí está a finalidade de cada vocação: tornar-se homens e mulheres de esperança.
A Diocese de Toledo se enche de alegria, sim, pela ordenação presbiteral do diácono Joaquim. Nosso bispo diocesano, D. João Carlos, salienta que essa é uma bênção para toda a Igreja, um dom de Deus que vem e abençoa através da liberdade que Ele dá ao diácono de poder ter feito essa caminhada, ser escolhido na sua comunidade e depois, nesse período longo de formação, onde ele foi aprendendo a cultivar essa vocação, dizer seu sim. “Para nós, é o coroamento de todo o processo e, sem dúvida, é uma explosão de alegria poder concluir essa formação e agora ele inicia a sua vida como presbítero, se aperfeiçoando cada vez mais no conhecimento de Deus, no conhecimento da sua Palavra. Para nós é uma bênção que tudo isso esteja acontecendo neste mês vocacional”, garante D. João.
Contudo, para isso acontecer, a comunidade de fé precisa de alguns cooperadores nessa obra. Quem pode auxiliar o jovem que tem dificuldades em encontrar as respostas adequadas sobre o seu sentido de vida, sobre a sua vocação? Para auxiliar nas respostas, existe a espiritualidade, claro, e a maneira
humana de colaborar com este processo. Isso envolve auxílio no caminho de conhecimento pessoal, da autoestima, de compreensão da realidade que cada um vive, a observância de suas qualidades, e até mesmo na
busca de soluções para traumas e fraquezas. “O leque é muito grande para alcançar a resposta de ‘quem eu sou’, ‘para onde eu me projeto’, ‘qual o sentido da vida’ e os sonhos. Mas dentro da espiritualidade, digo por minha caminhada vocacional, quando me perguntavam ‘quem é Jesus, o que é a Igreja?’, e para mim a resposta partia do sentido. Se eu me alegro, é porque o Cristo está fazendo isso em mim. Ele é o sentido da vida”, considera o diácono Joaquim, que começou a se inquietar ainda adolescente com sua bicicleta indo em direção à secretaria paroquial para se inscrever nos encontros vocacionais que os seminários oferecem.
Para ele, além da família e das pessoas da própria comunidade, o conhecimento da fé que se dá pela Sagrada Escritura, mas também por meio do testemunho dos Santos e mártires, é uma síntese que favorece a caminhada vocacional. “Aqueles homens e mulheres que são Santos, não se dedicaram só porque achavam Jesus ‘bacana’, mas é porque era Deus, e era por Ele, simplesmente por Ele. Temos que olhar essa questão espiritual, com certeza, mas também olhar o humano.
Como está a nossa vida? O que eu já enfrentei? O que ainda terei pela frente?”, pondera o diácono Joaquim.
Ele lembra da edição de julho, da Revista Cristo Rei, quando essas foram as perguntas formuladas aos jovens – veja a reportagem de capa da época – onde eles apresentaram seus anseios de vida e certezas de fé, sendo uma delas a esperança. “Esse tema da esperança passa por tudo, e quando descobrimos que a esperança tem nome, Jesus Cristo, aí encontramos paz. Diante da angústia, diante da tristeza, diante do desafio, a esperança nunca morre porque Cristo não morreu; Ele ressuscitou”, argumenta o diácono Joaquim.
D. João olha para a geração de adolescentes e jovens mergulhados em conteúdos que, às vezes, trazem de forma deturpada o que é o sentido da vida, mascarando com facilidades que não se sustentam. Aqui vem o papel fundamental da família e da Igreja.
“As pessoas vivem um certo confronto entre as coisas de Deus e as coisas do mundo. As coisas do mundo têm finitude e não garantem a felicidade plena e o sentido da vida. Deus, então, se apresenta a si mesmo como Aquele que vai possibilitar essa realização plena. Há pessoas que se deixam tocar por esse apelo
A história de cada pessoa traz suas marcas particulares na questão vocacional. O diácono Joaquim comenta um pouco o que os Seminários São Cura d’Ars, em Quatro Pontes, e Maria Mãe da Igreja, em Toledo, ensinaram sobre vocação, esperança e sentido de vida. Joaquim ingressou no seminário aos 14 anos. Viveu sua adolescência e juventude no discernimento vocacional. Segundo ele, o tempo de Seminário ensinou que o sentido da vida se molda a partir do Evangelho e do conhecimento pessoal. A esperança, conforme ele, se dá pelo desejo dentro do coração, que o vocacionado quer responder e a vocação é o dia a dia. “Que vocação eu tenho? Essa é a pergunta. Estou propondo-me a dedicar à essa vocação e sempre perguntando ao Mestre: ‘Senhor Jesus, é nesse caminho que o Senhor me quer’? É aqui, na vocação sacerdotal, diante das crises’? É tam-
do Alto, procurando a Igreja, procurando a fé. São rapazes e moças que querem dedicar a sua vida a Jesus e percebem que assim dedicam a vida aos outros, se empenhando em transformar a sociedade para que ela seja aberta para todos, onde as pessoas possam ouvir a palavra de consolo, a palavra de esperança, porque a esperança não decepciona. Afinal, o amor de Deus foi derramado nos corações pelo Espírito Santo. Ficamos contentes quando vemos que jovens se deixam tocar e se deixam convidar para experimentar esse caminho diferente e perceber que Aquele que pode nos dar a vida plena é somente Deus”, observa.
bém sempre renovar o pedido: ‘Senhor Jesus, me ajuda a reerguer diante das quedas. Será que eu não estou meio perdido no caminho’? Acredito que o Seminário foi a minha base de tudo aquilo que eu posso dizer acerca de vida, de vocação e também de esperança”, comenta o diácono Joaquim. Ela acrescenta que o tempo de preparação, que pode passar dos 12 anos, também leva a pensar sobre as virtudes para corroborar com o sentido da vida. “Na questão sacerdotal e do vocacionado, falamos sobre as virtudes que podemos colher e balizar a nossa história, porque hoje, diante daquilo que é o mundo, a tecnologia, a inteligência artificial, os questionamentos, fé, Jesus Cristo, às vezes parece que não está encantando mais tanto. Contudo temos um crescimento do jovem na fé, mas ainda também há quem pensa: ‘Será que vale a pena
por Jesus’? E aí entram as virtudes. Se queremos buscar um sentido de vida na perspectiva da fé, vamos olhar ao que a Igreja oferece que é o próprio Jesus Cristo. A Igreja oferece fé, esperança, caridade, que são as principais, mas dentro do namoro, dentro da vocação, dentro do serviço da Igreja, a pessoa que é fiel, se dedica por amor a Cristo, não erra. Então, para mim o Seminário, realmente, foi o norte, um itinerário de formação de vida”, pondera. Conforme o futuro sacerdote, a Igreja propõe, como o Cristo propôs, a vida plena. Mas é uma proposta que tem que ser vivida e não apenas ser ouvida. “Lembre-se que o Evangelho, essa mensagem, antes de tudo foi vivida, e quem viveu primeiramente foram os apóstolos e o próprio Cristo nos deixou. Isso continua na vida dos Santos e chega a mim, chega a cada um de nós”, acrescenta.
Mesmo que muita gente tenha a impressão de que as novas gerações precisam de auxílio para se aproximar da fé, o futuro padre observa que já há um caminho de volta à Igreja e bastante entusiasmado da parte dos jovens. Como destinatários da mensagem de Cristo, os jovens participam dos retiros, formações e das celebrações. “Existe novamente esse anseio do jovem. Ele quer descobrir onde está o projeto da sua vida, em que ele vai se projetar, sempre em constância, porque se o mal nos tenta, se temos o mundo, se estamos nessa dicotomia ‘Jesus, a Igreja, o bem, o mal; o que escolher: valores, vícios, virtudes?”, então o jovem tem esse desejo. Procurando a Igreja, procurando o próprio Cristo, eles
vão se descobrindo cada vez mais de que existe uma projeção de vida muito maior, fundada no Evangelho e nas virtudes que a Igreja nos orienta. Só que tem que ajudar e aí são os meios: na liderança paroquial, nós, padres, no acolhimento, nas orientações espirituais”, comenta o diácono Joaquim.
Um dos modelos que a Igreja vem adotando nos últimos anos, influenciando pela setorização paroquial e pelo serviço religioso em pequenas comunidades, é o chamado serviço pastoral personalizado. Isso vem acontecendo nas preparações para o Matrimônio e para o Batismo. “E quando chega aos jovens, eles se sentem mais confiantes e participam mais ativamente da fé. O
Tornar presente os ensinamentos do Evangelho todos os dias é uma tarefa exigente aos cristãos, e nas suas diferentes vocações. Viver aquilo que se prega é fazer com que a vida seja reflexo do Evangelho. “Encarnar o Evangelho é ser testemunha para que vida diga também dele. Encarnar o Evangelho é você deixar ele falar pela sua vida. Quando os apóstolos falaram de amor, estão sendo a imagem do próprio Cristo, que também acolheu, que também se dedicou, que morreu por nós, que ressuscitou. Assimilar, encarnar o Evangelho, é encarnar o próprio Cristo. Daí podemos começar a entender o que é ser cristão. Se Jesus amou, eu vou ter que amar. Se Jesus perdoa, eu vou ter que perdoar. Se Jesus morreu na cruz, se dedicou, renunciou, eu também vou ter que renunciar e carregar a minha cruz. E se Jesus ressuscitou e está no céu, então, devemos nos esforçar pelo céu”, diz o diácono Joaquim ao comentar as exigências em seguir Cristo. O sim de uma vocação, portanto, é para todos os dias da vida. A vida do esposo, da esposa, a vida presbiteral, do bispo, do religioso, da religiosa, ela é confirmada todos os dias, porque é na vida concreta, no encontro com as pessoas, onde cada um encontra a sua própria imperfeição, o Evangelho tem espaço para crescer.
SEM MEDO DE DIZER SIM, SEMPRE
Aos jovens, Joaquim fala diretamente:
“O Seminário é esse ambiente concreto de encontro, onde as pessoas vão aprendendo na convivência, na preparação intelectual, na preparação espiritual e humana, para que cada um possa realmente corresponder ao chamado que faz Jesus Cristo. A Igreja oferece um caminho para que cada um possa aprender e tomar consciência daquilo para o qual é chamado e como concretizar no dia a dia. Portanto, é uma resposta diária, porque Jesus continua chamando”, destaca. Por isso, o diácono considera que nas diferentes vocações o sim é renovado constantemente. Para ele, na vida matrimonial ou vocacional, “de vez em sempre”, você tem que falar um “eu te amo”, você tem que falar “Senhor Jesus, eu estou aqui”; de vez em sempre “sim, Senhor, de novo, vamos lá”, “porque não estamos isentos das provações”. “Mas cada um dá o tempo, faz a oração, conversa com Deus e participa das celebrações pela renovação desse chamado. Muitas vezes, o lado humano quer falhar um pouco, e para responder com convicção temos que estar equilibrados para que o Divino chegue com qualidade. Podemos nos dedicar, nos aperfeiçoar, mas se a Graça de Deus não estiver acontecendo e não for por Ele, não passa de ‘performance’. E precisamos é de conversão e de pessoas que estejam dedicadas ao Evangelho”, considera o diácono Joaquim.
jovem também está procurando cada vez mais o Sacramento da Reconciliação, que implica em uma mudança de vida”, avalia Joaquim.
Somado a isso, há também o testemunho dos adultos, dos avós. Segundo o diácono isso deve ser considerado porque o jovem, adolescente, a criança, projeta muito aquilo que vê. “Vale a pena ser padre? Vale porque eles veem padres que dão testemunho. Vale a pena casar? Vale, porque eles veem casais que dão testemunho. Vale a pena seguir o Cristo? Vale, porque eles veem o testemunho. Isso é ser sinal de esperança aos jovens. Tudo isso ajuda a responder porque eles também são chamados a serem peregrinos de esperança”, pontua.
A Ordenação Presbiteral do diácono Joaquim José da Silva Cardoso está marcada para este dia 23 de agosto, às 16h, na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. A celebração eucarística com o rito de ordenação será presidida pelo nosso bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Já a primeira missa do neo-sacerdote acontecerá no dia seguinte, às 8h, no mesmo local. E às 19h, será na sua localidade de origem, a Comunidade São Bento – Jardim Araçá, em Assis Chateaubriand.
2025 da 62ª Assembleia Geral da CNBB, em decorrência do falecimento do Papa Francisco. Nesta Assembleia da CNBB, seriam definidas as novas Diretrizes
Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Estas diretrizes seriam a base para a elaboração do 15º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, que viria a ser aprovado na Assembleia Diocesana, ora cancelada.
Portanto, para as lideranças da Diocese de Toledo será um momento de aprofundar o conhecimento sobre a elaboração de planos e projetos, mas também de dialogar a respeito da sucessão nas pastorais e movimentos.
Uma vez que não se realizará a Assembleia Diocesana está também cancelada a reunião do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora, prevista para 8 de setembro.
A comunidade católica do bairro Jardim Gisela, na cidade de Toledo, vive um misto de alegria e expectativa. O motivo? Está cada vez mais próxima a tão sonhada inauguração da nova igreja da Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, marcada para o próximo dia 5 de outubro. É a concretização de um sonho cultivado com muita oração e a força da unidade de um povo que se encontra para partilhar a fé e se empenha no serviço evangelizador.
Após anos de muito diálogo e crescimento na compreensão da importância dessa obra, a comunidade colhe os frutos de sua perseverança no dízimo e também no empenho pela realização de campanha de arrecadação, como promoções de eventos e carnês de contribuição voluntária. O novo templo que está sendo erguido vai acolher os fiéis com mais conforto, mas principalmente torna-se uma referência para os católicos como um sinal da presença de Deus no coração do bairro. O pároco da Paróquia Menino Deus, Pe. Geraldo Marino Ferreira, caminha junto com o povo, fortalecendo os laços espirituais e conduzindo a obra com zelo pastoral.
A emoção é grande, e o coração de
Arquitetura da nova
materializa o sonho da comunidade de fé
todos bate mais forte com a proximidade da data, pois cada tijolo é sinal visível do esforço de muitas mãos. Famílias inteiras se mobilizaram para que essa capela não fosse apenas um espaço físico, mas um verdadeiro templo vivo, construído sobre a rocha da fé, da caridade e da esperança.
A CAPELA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
A história da Capela Santa Teresi-
O desafio de erguer o novo templo ainda não terminou. Embora a obra esteja em fase final, há um compromisso financeiro que exige fidelidade e coragem pelos próximos dez anos. Por isso, a comunidade continua contando com as orações e colaborações dos fiéis e amigos. Para quem desejar contribuir, abra o aplicativo do seu banco e leia o QR Code, ou digite a chave Pix: cap. santateresinha@diocesetoledo.org.
Antes de confirmar a transferência, confira o nome do recebedor: Mitra Diocesana de Toledo, e o CNPJ correspondente. Tem dúvida? Envie um WhatsApp para (45) 9-9812-0124.
nha do Menino Jesus teve início em 1986. Sua história se entrelaça com a fundação da Associação de Amigos e Moradores do bairro Jardim Gisela. Neste local, a comunidade de fé nascente passou a se reunir para rezar. Foi numa dessas celebrações, no dia 20 de outubro de 1988, que o saudoso Frei Euzébio Ferretto (FMM) propôs a escolha do padroeiro. Após oração e sorteio, uma criança retirou o papel com o nome de Santa Te -
resinha do Menino Jesus, sinalizando que ali germinava uma comunidade inspirada pela “pequena via” do amor.
Naquele mesmo ano, começou a construção do primeiro salão da capela. Ao longo dos anos, a comunidade seguiu firme no propósito de erguer um espaço mais digno para acolher as celebrações, formações e convivência fraterna.
Em 2024, após assembleia com os fiéis, foi dado o passo decisivo para a construção da nova igreja. As obras começaram em 5 de março daquele ano.
Agora, quase quatro décadas depois dos primeiros encontros de oração, a comunidade se prepara para celebrar não apenas uma inauguração, mas um marco na sua história. Santa Teresinha, que tanto
amou Jesus, é também sinal de perseverança para essa comunidade que escolheu, todos os dias, confiar na misericórdia divina.
A Pastoral Familiar da Diocese de Toledo está motivando você a participar da programação alusiva à Semana Nacional da Família, que será aberta no dia 10 deste mês de agosto, em todas as paróquias. Por sugestão da coordenação diocesana, há um incentivo muito forte para que seja promovida a reflexão sobre os Sinais de Esperança deste Ano Santo 2025 e se fortaleçam os laços familiares.
Para as celebrações que marcam o início da Semana da Família, a coordenação diocesana sugere a entronização da imagem da Sagrada Família. A imagem será abençoada e ficará exposta nas casas dos fiéis ao longo do período simbolizando a presença e a bênção divina nos lares.
Para tornar essa programação ainda mais viva e participativa, é feito o convite para que você motive aí na sua casa a participação das crianças, jovens, idosos, viúvos e pessoas em novas uniões assistidas pela Pastoral Familiar, a marcarem presença nas missas que se realização até o dia 16 deste mês.
Uma ênfase que está sendo dada é para que as celebrações contemplem um momento de entronização dos “Sinais de Esperança” propostos pelo saudoso
Papa Francisco, na Bula que orienta o Ano Santo 2025. Os Sinais de Esperança são: Desejo de Paz; Abertura à vida; levar a esperança aos encarcerados; levar esperança visitando os doentes; levar esperança aos jovens desesperançados com o futuro; levar esperança aos Migrantes, refugiados e exilados; levar a esperança aos Idosos; e cuidado e atenção para a evangelização dos pobres. Ao final das missas, o compromisso é motivar cada família a se empenhar em realizar um ou mais dos Sinais de Esperança
durante a semana, transformando a fé em ações concretas de amor e solidariedade.
Além disso, a Pastoral Familiar pede que os símbolos que representam os diversos serviços de atuação em favor das famílias, reforçando a importância do trabalho pastoral, sejam conhecidos dos fiéis.
A Semana Nacional da Família se insere no contexto do Ano Jubilar –Peregrinos de Esperança, com o tema “É tempo de Júbilo em nossa vida” e o lema “Ora a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). A iniciativa busca fortalecer a Igreja do Brasil como uma “família de famílias”, unida em torno da Palavra e da Eucaristia.
Dentro do mês vocacional, que tem como tema “Peregrinos porque chamados”, as famílias são convidadas a refletir sobre o itinerário da vida cristã, desde o nascimento até o fim da jornada terrena. A Semana Nacional da Família celebra a vocação matrimonial e, de forma especial, o Dia dos Pais.
Este Mês Vocacional carrega em si um convite mais que especial aos pais para que juntos incentivem e participem com seus filhos da oração comunitária do Terço Vocacional. Muitos pais não demonstram, mas carregam em si a preocupação com a questão vocacional de seus filhos, afinal também é sua responsabilidade cristã de guiá-los na fé.
O mês de agosto é essa oportunidade em que cada paróquia da Diocese de Toledo assumiu ao menos um dia específico para esse momento comunitário de rezar pelas vocações. O calendário da Jornada Regional de Oração pelas Vocações pode ser conferido acessando o QR Code desta página.
A oração do Terço em comunidade é o meio pelo qual você eleva ao Senhor da Messe o pedido para Deus que ajude a despertar vocações sacerdotais e religiosas, bem como para a vocação ao Matrimônio e à vida consagrada. O protagonismo juvenil se acentua neste momento: grupos de jovens, grupos de Servidores do Altar (coroinhas e acólitos), grupos de reflexão ou grupos de Família, catequistas, sem esquecer de ninguém, todos são convidados a estimular essa reflexão: por que rezar pelas vocações?
Confira a data do Terço pelas Vocações na sua comunidade
Aqui é uma vida de mão dupla: a pessoa que se coloca diante de Deus e pede, e Ele que não se cansa de chamar. Quem reza, suplica a ação misericordiosa e acolhedora da parte de Deus. Essa ação carrega consigo a experiência do amor divino, capaz de gerar harmonia nas relações e fortalecer o cristão no cotidiano. Esse mesmo amor reequilibra o que está desajustado e dá vigor a caminhada vocacional.
Contemplando este Ano Santo 2025 – Peregrinos da Esperança, este Mês Vocacional é
conduzido pelo tema “Peregrinos porque chamados”. É um tempo de celebração da fé e da reflexão sobre o chamado divino que cada um recebe. O bispo referencial para o Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional da Igreja no Paraná (CNBB Regional Sul 2), D. Sergio De Deus Borges, bispo diocesano de Foz do Iguaçu, explica que este é um convite à reflexão sobre a condição dos cristãos como “viajantes espirituais, constantemente guiados pelo chamado de Deus”. “Como peregrinos, enfrentamos os desafios da vida, mas somos sustentados pela certeza de que esse chamado divino nos orienta e nos fortalece em nossa jornada”, completa.
A Paróquia São Vicente Pallotti, de Palotina, já prepara com muito carinho a tradicional Romaria e Festa de Nossa Senhora da Salette. No dia 9 deste mês de agosto, acontecerá a missa na Igreja Matriz, às 19h30, com o rito de bênção e envio de réplicas da imagem da Padroeira. Ao todo são 60 imagens. A partir do dia 11 deste mês, pelo menos 36 delas seguirão em visita às empresas até dia 22 de setembro, convidando
as pessoas a uma pausa para oração e proximidade com a devoção mariana. As demais terão como destino as comunidades e capelas para cumprir essa mesma finalidade.
Para este ano, o tema da Romaria e Festa é: “Com Salette, missionários de esperança”. O tema quer refletir com os devotos os 179 anos da aparição de Nossa Senhora em La Salette, na França, ocorrido em 19 de setembro de 1846.
Nos dias 11 a 13 de julho, o Centro de Espiritualidade Passionista (CEPA), em Ponta Grossa (PR), acolheu o Encontro Regional de Liturgia, promovido pelo Regional Sul 2 da CNBB. Com o tema “Liturgia e devoção: análise, desafios e perspectivas”, o evento reuniu 50 participantes, vindos de 13 Arqui/ Dioceses do Paraná.
Sob a coordenação do Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, da Diocese de Toledo, o encontro teve como assessores os teólogos Dr. Arnaldo Antônio de Souza Temochko e Dr. Adenor Leonardo Terra, ambos com longa trajetória no estudo e aprofundamento da liturgia católica.
A proposta do encontro foi encarar com profundidade os desafios e as riquezas da religiosidade popular, frequentemente presente nas comunidades, e refletir sobre sua integração com a liturgia oficial da Igreja.
Durante o encontro a reflexão foi sobre o tema da liturgia e da piedade popular, especialmente os desafios que nossas comunidades têm enfrentado diante de algumas práticas devocionistas em desarmonia com a liturgia, tendo como base o magistério da Igreja, sobretudo do Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia”.
A programação incluiu momentos de oração, partilha em grupos, oficinas musicais, debates e reflexões práticas a partir de documentos como o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia, da Santa Sé, e o Documento 100 da CNBB. A liturgia foi aprofundada como a oração da Igreja, superior às devoções, mas enriquecida por estas quando bem orientadas.
Na parte do repertório litúrgico-musical, foram apresentados e analisados cantos marianos e para festas e solenidades de outros santos em harmonia com a liturgia da Igreja que preza pela centralidade do Mistério de Cristo. A proposta foi olhar para a música não como mero adorno, mas como elemento estruturante da celebração.
Este encontro é sempre uma oportunidade de integrar as Arqui/Dioceses e aprofundar a teologia litúrgica, incluindo a música no contexto celebrativo, com base nos documentos da Igreja e em sintonia com o trabalho da CNBB em nível nacional.
A metodologia do encontro valorizou as experiências concretas dos participantes,
que compartilharam vivências devocionais em suas comunidades. Foram identificadas dificuldades comuns, como festas de padroeiros fora do calendário litúrgico, práticas não litúrgicas inseridas em missas e o uso de músicas devocionais em contextos litúrgicos.
Para isso, foram propostas ações pastorais de harmonização entre liturgia e devoções populares, como a valorização da Liturgia das Horas, o cuidado com os cantos e os espaços celebrativos, e o discernimento sobre a autenticidade das expressões populares da fé.
O Município de Assis Chateaubriand inaugurou o Centro de Referência em Assistência SocialPe. José Aparecido Bilha. A homenagem póstuma ao Pe. Cido, como era carinhosamente chamado pelos fiéis, recorda a presença do sacerdote no meio do povo, como sinal de acolhimento e de esperança aos mais vulneráveis. Familiares participaram da cerimônia realizada no último dia 10 de julho.
Pe. Cido era sacerdote da Diocese de Toledo e faleceu em 21 de novembro de 2022, na cidade de Guaíra, enquanto exercia seu ministério como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
O CRAS, inaugurado pela Prefeitura de Assis Chateaubriand, é uma estrutura pública para atendimento a pessoas em situação de desproteção, pessoas com deficiência, idosos, Cadastro Único e beneficiários do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Como parte da rede socioassistencial, o CRAS é a chamada “porta de entrada” para as políticas pú-
blicas do setor e visa prevenir situações de vulnerabilidade e riscos sociais, por meio do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania.
A nova unidade, localizada na Avenida São Paulo – Jardim Progresso, foi projetada para atender as demandas sociais da população de forma eficiente e acolhedora. Com uma área total de 236,49 m², o projeto recebeu um investimento total de R$ 762.755,79, sendo R$ 278 mil provenientes de recursos a fundo perdido, viabilizados por meio da atuação do então deputado estadual Marcel Micheletto, hoje prefeito. O restante do valor foi custeado com recursos próprios do município.
O espaço foi cuidadosamente planejado para oferecer conforto e funcionalidade, contando com recepção, sala de Cadastro Único, sala de reuniões, três salas de atendimento individualizado, copa/cozinha, lavanderia, almoxarifado, área administrativa, duas salas para equipes técnicas e banheiros adaptados para pessoas com deficiência e funcionários.
O Centro recebeu o nome do Pe. Cido como forma de valorizar sua trajetória marcante nas comunidades de fé da Paróquia Nossa Senhora do Carmo e da Paróquia São Francisco de Assis. Durante a cerimônia o prefeito e presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Micheletto, destacou a relevância do equipamento público para a comunidade local e ressaltou a importância de homenagear figuras como Pe. Cido, que contribuíram significativamente para o desenvolvimento social da região. O prefeito também destacou a necessidade de ampliar a rede de assistência social no município, justificando a criação de uma segunda unidade do CRAS como resposta às demandas crescentes da população.
Um sacerdote acolhedor
A memória do Pe. José Aparecido Bilha está presente na vida de muita gente, entre fiéis e vocacionados. Muitas pessoas se colocaram à sua frente em busca de conselhos para a vivência da fé. Outros tantos ouviram suas palavras assertivas nos tempos da formação junto aos seminários diocesanos, tanto em Quatro Pontes (seminário menor) quanto em Toledo (seminário maior). A comunidade diocesana também acompanhou as reflexões do Evangelho que ele produziu especialmente para a Revista Cristo Rei, oferecendo desta maneira contribuição significativa para a formação dos leitores e fortalecimento da fé.
Realizamos com muita alegria o “Jubileu das Juventudes”. Está no plural porque se refere às novas gerações formada por crianças, adolescentes e jovens. O tema escolhido para o evento é muito relevante para o contexto atual: “Sentido da Vida: olhar o futuro com Esperança”, e ele vai nos acompanhar na caminhada. Aliás, o Sentido da Vida é um assunto que sempre foi discutido ao longo da humanidade.
Igreja contribui na reflexão sobre o sentido da vida
O Catecismo da Igreja Católica aborda este tema fundamental. Destaca que a catequese sobre a criação se reveste de uma grande importância, pois ela diz respeito aos próprios fundamentos da vida humana e cristã; deixa explícita a resposta da fé cristã diante da pergunta elementar feita pelos homens de todas as épocas: “De onde viemos?” “Para onde vamos?” “Qual é a nossa origem?” “Qual é o nosso fim?” “De onde vem e para onde vai tudo o que existe”? As duas questões, a da origem e a do fim, são inseparáveis. São decisivas para o sentido e a orientação de nossa vida e de nosso agir. (Catecismo da Igreja Católica, nº 282).
O psicólogo Amedeo Cencini, da Universidade Gregoriana e Salesiana, de Roma, afirma que as escolhas de hoje são fundamentais para construir o futuro. Segundo ele, o futuro não pode nos encontrar despreparados. “as escolhas, que talvez
não pareçam dar resultado imediato, mas que preparam, no tempo, pessoas sólidas e consistentes, que aprenderam a captar o mistério dentro e fora de si, na força e na fraqueza”. Para este autor, a vida deve ser construída em torno do mistério pascal, sem esquecer a sua própria história. Destaca que “é necessário formar pessoas capazes de enfrentar o amanhã neste tipo particular de cultura e de sociedade, livres para escolher o caminho do coração para comunicar-se com o homem e a mulher de hoje. Pessoas que saibam fazer escolhas sobre em que investir no futuro, que saibam ver longe, isto é, que sejam previdentes”.
É preciso falar sobre a existência humana às novas gerações. As juventudes do presente são os adultos do futuro, mas o detalhe é que já são o agora e, portanto, a necessidade de fazer boas escolhas no hoje da história, a fim de colher os frutos
nos anos vindouros. Por isso, no nosso evento – Jubileu das Juventudes – as atividades se concentraram em três Oficinas temáticas. Uma de Espiritualidade, a outra sobre Projeto de Vida e, também uma Experiência Sensorial, abordando os cinco sentidos. Encerramos com a celebração eucarística e um show com o cantor Diego Fernandes. O desejo é que as novas gerações reflitam sobre o Sentido da Vida, ou seja, que não são frutos de um acaso, mas são filhos e filhas de Deus, pela graça do Batismo e, por isso têm uma missão a cumprir neste mundo, que passa tão rápido. Nossa existência humana deve deixar marcas positivas com a propagação do Bem. É manter viva a Esperança no coração para que a chama da luz de Cristo dissipe a escuridão, que por vezes tenta turvar nossa visão. Olhar o futuro com Esperança significa esperar em Deus, não uma espera acomodada, mas dinâmica, porque “a Esperança não decepciona, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Pe. Juarez Pereira de Oliveira
Reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja / Coordenador do Jubileu das Juventudes
Catequistas da Diocese de Toledo estiveram entre os mais de 500 participantes do 11º Sulão de Catequese, realizado de 11 a 13 de julho último, na cidade de Campo Grande (MS). De lá, da chamada “Capital Morena”, a Maria Artes e o Douglas Mequelin – que são membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética – trazem uma partilha representativa do que foi este evento aos leitores da Revista Cristo Rei. Afinal, catequistas e pais são os destinatários desta participação da Diocese de Toledo no evento que congregou representantes dos Regionais Sul 1, Sul 2, Sul 3, Sul 4 e Oeste 1 da CNBB. Realizada no Teatro Dom Bosco, esta 11ª edição foi considerada uma verdadeira celebração da vocação catequética, da fraternidade entre os Regionais e do ardor missionário que anima a Igreja no Brasil.
O tema do evento – “Catequistas, mistagogos da oração e da esperança” –e o lema inspirado na Carta de São Paulo aos Romanos – “Alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração” (Rm 12,12) –, fundamentaram as demais reflexões propostas durante o encontro e, ao mesmo tempo, propuseram momentos adequados para pensar sobre a missão do catequista no mundo atual, em sintonia com a proposta do Ju-
coordenador diocesano
Puppo, Marilac Olenik e Maria do Carmo, do Regional Sul 2, no Sulão 2025
bileu do Ano Santo de 2025, convocado pelo Papa Francisco.
Após participarem das oficinas temáticas, que proporcionaram vivências com os símbolos da Iniciação Cristã, e a realização de peregrinação jubilar até o Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos sul-mato-grossenses, a Maria e o Douglas descrevem assim o 11º Sulão:
“A espiritualidade e a formação marcaram os momentos centrais do Sulão. A Ir. Leni, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição (fundada por Santa Paulina), conduziu as primeiras catequeses, destacando a centralidade do querigma,
o primeiro anúncio, como dimensão permanente da Catequese. ‘O anúncio de Jesus Cristo deve ser constante, mesmo para aqueles que já caminham na fé. A Palavra de Deus é sempre nova e nos interpela em cada etapa da vida’, afirmou a irmã. Aqui destacamos o valor da catequese familiar, dos primeiros passos feitos com quem temos laços afetivos e como isso é importante no
Na conclusão da missa de envio, houve o anúncio de que a 12ª edição do Sulão de Catequese. Ele será no Paraná, Estado que sediou o primeiro Sulão na década de 1980. O reencontro está previsto para o ano de 2028, e desde já gera expectativa e esperança entre os catequistas.
processo de evangelização.
Na sequência, o Pe. João Neto, salesiano, falou sobre a ‘Mistagogia: a introdução aos mistérios da fé e a Catequese centrada em Cristo’. Ressaltou que a Catequese tem sua essência cristólógica, voltada para a pessoa de Jesus, a revelação plena de Deus. Lembrou ainda a importância dos padres da Igreja e dos apelos do Concílio Vaticano II para retornarmos às fontes da fé cristã.
Pe. João também fez apontamentos sobre prática catequética atual. ‘Falamos muito sobre oração, mas nossa experiência de oração, muitas vezes, se limita à repetição de fórmulas. Precisamos reaprender a rezar como quem mergulha no mistério de Deus”, disse. E completou: ‘Nossas salas de Catequese devem favorecer a vivência do Sagrado, com espaços adequados à escuta da Palavra, à expressão simbólica e à celebração. Nos introduzindo aos mistérios’.
O 11º Sulão de Catequese foi um tempo de graça, de escuta e de renovação. Num mundo marcado por desafios e incertezas,
ser mistagogo da oração e da esperança é mais do que um chamado, é uma urgência. A temática deste Sulão nos interpela diretamente como catequistas: somos chamados a sermos mistagogos, conduzindo crianças, adolescentes, jovens e adultos à experiência concreta da fé, favorecendo vivências orantes, valorizando a catequese familiar e mantendo sempre vivo o anúncio de Jesus em nossas comunidades. O encontro foi um sopro de esperança e um convite a aprofundar nossa, que está fundada em Cristo que nunca decepciona”.
O Sulão de Catequese nasceu como resposta concreta aos apelos do Concílio
Vaticano II (1962-1965), à luz da Catechesi Tradendae (1979), de São João Paulo II, e da Catequese Renovada (1983), da CNBB. Desde a década de 1980, os Sulões têm sido espaço de formação, partilha e fortalecimento da vocação catequética nos cinco Estados dos regionais participantes. Essa experiência inspirou a criação do Nordestão de Catequese e agora dá origem também ao Nortão, cuja primeira edição acontecerá em breve.
O Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) da Diocese de Toledo promoveu o 10º Cursilho Misto para Jovens, realizado entre os dias 17 e 20 de julho último, no Instituto São João Paulo II, em Toledo. O encontro contou com a participação de 40 jovens que foram convidados e, espontaneamente, deram seu sim a este período profundo de abertura para Cristo.
O Cursilho para Jovens é uma das frentes de evangelização da juventude na Diocese. Ele é oferecido a quem deseja fortalecer sua caminhada espiritual e comunitária, por meio de partilhas de vida e oração.
Em sua 10ª edição, o Cursilho Misto para Jovens, organizado pelo Grupo Executivo Diocesano (GED), contribuiu para a realização de uma experiência de fé, amizade e formação cristã. Após sua realização, espera-se que ele possa ser
Participantes do 10º Cursilho Misto para Jovens do MCC da Diocese de Toledo bem vivido no testemunho diário onde o jovem está inserido, fundamentalmente começando em casa e se estendendo aos demais espaços de convivência. Vale lembrar que muitos jovens, que já
participaram do Cursilho, despertaram ao compromisso com sua comunidade de fé e se estão envolvidos em atividades na Igreja, seguindo os passos do Evangelho.
Angelina de Montegiove nasceu em 1357, perto de Orvieto, na Itália, em uma família nobre. Desde jovem, sentiu um forte chamado para consagrar sua vida a Deus, dedicando-se à oração e ao cuidado dos pobres. Sua coragem e fé a tornaram uma mulher à frente de seu tempo.
Em 1403, obteve do Papa Bonifácio IX a autorização para viver em comunidade com outras mulheres consagradas. Com isso, fundou o que viria a ser a Terceira Ordem Franciscana Regular.
Viveu profundamente o Evangelho, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis. Sua vida, marcada pela simplicidade e serviço, continua inspirando a caminhada dos que seguem os passos que ela deixou no mundo.
Em 1975, impulsionadas pelo espírito missionário, a congregação chegou ao Brasil. Desde então, tem desempenhado um papel fundamental na promoção da vida, da fé e da dignidade humana. Com dedicação generosa, as religiosas atuam nas áreas da educação, assistência social, pastoral e evangelização, sempre inspiradas pelo carisma franciscano e pelo exemplo da Beata Angelina. Comprometidas com o cuidado das comunidades mais vulneráveis, as Irmãs oferecem formação humana, espiritual e social a crianças, jovens e adultos.
São presença de acolhimento e esperança, levando a todos a paz e o bem, marcas da espiritualidade franciscana. Neste cinquentenário, são celebrados com gratidão a trajetória de amor, entrega e serviço dessas Irmãs que, com simplicidade e coragem, transformaram vidas e contribuíram com a edificação do Reino de Deus em terras brasileiras. Sua missão permanece viva, fecunda e inspiradora, motivando novas gerações a viverem a fé com autenticidade e alegria.
Há décadas na Diocese de Toledo, a presença da congregação tem sido sinal de ternura, compromisso e serviço. As Irmãs continuam proclamando o Reino de Deus com entusiasmo, tanto pelo testemunho de vida consagrada e franciscana quanto pelo envolvimento direto nas diversas pastorais e movimentos da Igreja.
A Casa onde residem as Irmãs Terciárias Fran-
ciscanas da Beata Angelina também se consolidou como um espaço de acolhida para grupos e retiros, oferecendo um ambiente propício à oração, ao silêncio e à partilha fraterna. O local tem sido utilizado por diferentes comunidades e movimentos que buscam fortalecer sua espiritualidade e vivenciar momentos de formação e encontro. Aqueles que tiverem interesse em conhecer a espiritualidade franciscana ou utilizar o espaço para atividades formativas podem entrar em contato com a Ir. Maria Aparecida Bianchini, por meio do WhatsApp (41) 99508-7118.
Essas cinco décadas revelam uma trajetória de fé e serviço onde todos são convocados a celebrar a presença desta Congregação no Brasil.
A celebração da Santa Missa em Ação de Graças será no dia 16 de agosto de 2025, às 19h, na Igreja Matriz da Paróquia Menino Deus.
Ao final da celebração, todos são convidados a participar de uma confraternização no Salão Paroquial. Quem desejar, pode colaborar levando um prato de doce ou salgado, ajudando a tornar este momento ainda mais acolhedor. Faça parte desta celebração de fé e gratidão!
Outra forma de exaltar esse cinquentenário é por meio de uma ação entre amigos, no valor de R$ 5,00, que pode ser adquirida diretamente na Casa das Irmãs ou através do WhatsApp (41) 99508-7118.
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O Coral Cristo Rei, de Toledo, celebra a chegada dos seus 77 anos, neste dia 15 de agosto, com uma trajetória marcada pela tradição, fé e o desejo de servir à Igreja por meio da música litúrgica. Desde quando começou com um pequeno grupo de fiéis, incentivado pelo Pe. Antonio Patuí, em 1948 – apenas dois anos após a chegada dos primeiros colonizadores da região – o Coral fortalece a sua missão de evangelizar e se renova com o ingresso de novos membros. O Coral Cristo Rei é um ícone cultural e religioso da cidade de Toledo e, pode-se dizer, da região, pois ao longo da sua história tem participado de eventos sociais, cívicos e, fundamen-
talmente, celebrações religiosas em comunidades de fé da Diocese de Toledo. Neusa Federhen, que entrou para o Coral há 54 anos, testemunha essa trajetória de perto. “Olha, o que a gente pode ver e sentir com o Coral, com esse tem-
Desde os primeiros passos, como “Coral da Igreja” e depois como “Voz das Torres”, em referência às torres da antiga Igreja Matriz da Paróquia Cristo Rei, em Toledo, o Coral sempre esteve presente em momentos importantes, desde a emancipação política de Toledo até ordenações de padres e bispos, casamentos, funerais e inaugurações de igrejas. Foi em 1977 que o grupo de coralistas, em homenagem ao padroeiro do Município e da Diocese, adotou o nome de “Cristo Rei”, e hoje é reconhecido como uma associação civil.
O tenor Sebastião de Souza, há 12 anos é integrante do Coral Cristo Rei, e hoje preside a Associação. Tamanho é seu entrosamento com o grupo que ele classifica essa responsabilidade como um hobby. “É praticamente um lazer. O hobby é isso: quando eu faço, faço com
po todo, é que hoje ele vive uma nova fase. Bastante gente nova ingressando, maestro novo, músicas novas e assim vai se renovando”, comenta Neusa, destacando a modernização e a adaptação do Coral aos novos tempos.
Essa evolução mais recente é impulsionada pelo novo regente, Cleverson Goettems, que insere a tecnologia para otimizar os ensaios. Ele utiliza grupos de WhatsApp para enviar áudios das vozes separadas (tenor, baixo, soprano, contralto), permitindo que os coralistas estudem em casa. Essa técnica, segundo ele, poupa tempo nos ensaios presenciais.
Apesar da modernização, o coral man-
o coração. É felicidade, é satisfação”, garante.
No entanto, como presidente da Associação, e sabedor das responsabilidades com a música litúrgica, frisa a importância do rigor nos ensaios. “Tem que ser porque você deixar a coisa afrouxar, o barco não anda”, diz sorrindo. E quando Sebastião solta a voz nas apresentações, chega até se emocionar. “Tem canto que me emociona. Parece que preenche a alma da gente, sabe? É muito gostoso”, afirma ao lembrar dos cantos da Semana Santa e Páscoa que, na sua opinião, “são muito fortes”. Se é assim para o Sebastião, imagine para quantas pessoas – coralistas ou fiéis reunidos na Liturgia – que participam das celebrações e sentem essa mesma emoção, pois a música sacra cumpre a finalidade ao ser bem interpretada e com o uso de recursos adequados.
tém uma de suas características mais marcantes: cantar sem acompanhamento instrumental em alguns momentos. “Isso a gente vai manter porque é uma tradição do Coral”, afirma Cleverson, ressaltando que essa prática, embora arriscada para alguns, demonstra a qualidade vocal dos membros. Aliás, antes de ingressar no Coral é feita uma avaliação. No entanto, o regente reconhece a importância de instrumentos como piano ou órgão para dar suporte em certas músicas, buscando um equilíbrio entre a tradição e as novas demandas musicais.
A gravação das apresentações e en-
saios é outro recurso utilizado por Cleverson para aprimorar o desempenho do Coral. “O Coral tem músicas feitas pelo saudoso professor Darcysio Fritsch (1939-2021), que foi o músico com maior tempo de regência no Cristo Rei. Tem muitas melodias dele e que devem ser gravadas para preservar a memória musical do grupo”, observa o novo regente.
Uma canção clássica que o professor Darcysio, falecido em 2021, trouxe, ensaiou e apresentou muitas vezes nas vozes do Coral Cristo Rei é o “Aleluia, de Händel”. Por muitos anos, ela fez parte do repertório conclusivo de celebrações do Sábado Santo da Vigília Pascal e também no Natal. Cleverson quer trazer de volta esse clássico que expressa a alegria pela vitória de Cristo sobre a morte e o pecado.
“Até agora (mês de julho) ensaiamos
5% dela, só pra ver a memória musical dos coralistas. São muitas contrarrespostas dentro do canto entre o soprano, tenores e contraltos. Até outubro, novembro, pretendemos ter 45 pessoas no Coral porque essa é uma canção que precisa de um número para causar o impacto, embora possa ser executada com menor quantidade. Portanto, a partir deste mês de agosto, será o canto que daremos prioridade para a noite de Natal”, anuncia.
No início de julho, aconteceu uma peregrinação jubilar a Roma com 34 pessoas da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Guaíra, com a meta de cruzar a Porta Santa. Sob a guia do pároco, Pe. Jauri Strieder, no mesmo dia da chegada a Roma, o grupo guairense percorreu a Via della Conciliazione, com a cruz oficial do Jubileu, enquanto a Basílica de São Pedro se erguia à vista dos peregrinos. Entre cantos e orações, o coração batia mais forte ao se aproximar e cruzar a Porta Santa. Adentrados na Basílica, a procissão continuou até a tumba de São Pedro, onde o grupo fez a profissão de fé, sentindo o pulsar do coração da Igreja.
No domingo, mais um momento muito esperado: o encontro com o Papa Leão XIV. Com sorriso acolhedor, arrancando aplausos e sorrisos dos peregrinos do mundo inteiro presentes na
Praça de São Pedro, teve uma alocução, recitou a Oração do Ângelus, e finalmente deu a bênção.
A peregrinação teve momentos emocionantes nas missas celebradas na cripta vaticana, na Basílica Santa Maria Maggiore, nas catacumbas de São Calisto e outros lugares de peregrinação. Momento cultural importante foi a visita aos Museus Vaticanos e à Capela Sistina, assim como alguns pontos imperdíveis da cidade eterna.
Em Assis, além da visita às basílicas de São Francisco e Santa Clara, teve a missa junto ao altar do Beato Carlo Acutis, que será canonizado dia 7 de setembro. Foi um momento de grande comoção, lembrando especialmente dois ensinamentos: “A missa é autoestrada para o céu”, e “Todos nascemos
originais, mas muitos morrem como fotocópias”.
Um dos peregrinos, Sidclei Candido, lembrou um episódio marcante: uma mulher mineira que participou da missa com o grupo de Guaíra, confessou que após marcar sua viagem a Assis, um ano antes, sonhou que iria assistir uma missa com um grupo de brasileiros ao chegar à igreja de Carlo Acutis. Ao chegar, emocionada, caiu em prantos ao ver seu sonho se tornando realidade pela bondade de Deus.
De acordo com Pe. Jauri, esta viagem que nasceu de uma conversa de sobremesa e concretizou-se numa peregrinação jubilar. Assim, ele deseja que a peregrinação avive a fé e a esperança em todos os participantes e contagie o amor à Igreja e ao Papa.
Os olhos de Maria Alves dos Santos Silva brilham com a ternura de quem ainda tem muito a oferecer. O sorriso encantador dessa mineira, nascida em 18 de junho de 1923, na cidade de Teófilo Otoni (MG), revela a força de uma vida dedicada ao trabalho, à família e ao bem comum. Hoje, com 102 anos de histórias, Maria segue encantando quem a conhece não apenas pela sua simpatia, mas pela sua disposição em servir.
Casou-se aos 15 anos com Nestor Batista da Silva. Teve 11 filhos e adotou mais 10 de coração, cuja geração continua em 31 netos, 27 bisnetos, 15 trinetos e 5 tetranetos e tem na dona Maria o exemplo de uma mulher simples, trabalhadora e generosa, que sempre viveu da agricultura e fez sua vida um testemunho de dedicação à família e à solidariedade.
Em 1984, mudou-se para Toledo. Atualmente, reside na Rua Mané Garrincha, no bairro Vila Industrial, onde está a Igreja Matriz da Paróquia São Cristóvão.
Mesmo após sofrer um acidente doméstico que a deixou cadeirante há dois anos, Maria não parou. Ainda costura com carinho e precisão para o
Projeto Cegonha – Mães Por Amor, do Rotary Club de Toledo-Lago, iniciativa que acolhe gestantes em situação de vulnerabilidade.
Maria é prova viva de que a idade nunca deve ser obstáculo para a bondade. Aos 102 anos, ela inspira com a leveza de sua alma e a firmeza de seu propósito, transformando tecidos em gestos de cuidado e carinho com que mais precisa.
Num tempo em que tantos se fecham em suas próprias rotinas, o exemplo de dona Maria é um convite à ação. O que você pode fazer pelo próximo? Dona Maria mostra que não é preciso muito. Um gesto, um tempo, um talento, tudo pode se tornar resposta concreta à necessidade de alguém. Não importa sua idade, condição física ou ocupação. Todos, absolutamente todos, podem fazer a diferença.
A dona Maria está com mais de 100 anos, apresenta limitações de mobilidade, mas mesmo assim segue estendendo a mão por meio da costura. Um serviço de doação à comunidade.
Em Palotina, os continuadores da Obra de São Vicente Pallotti se reúnem no dia 22 de cada mês para uma celebração que faz memória ao Padroeiro. Isso acontece para comemorar o Jubileu Pallottino, que faz memória pelos 230 anos do nascimento do Fundador e 175 anos da morte de São Vicente Pallotti; ainda, os 190 anos de inspiração para fundar a União do Apostolado Católico e os 75 anos de sua beatificação.
Ao mesmo tempo em que a Igreja celebra o Jubileu da Esperança, igualmente esta comemoração conta com um roteiro próprio, reconhecido pela Santa Sé, em que os fiéis, participando da celebração em memória de Pallotti, podem lucrar as indulgências do Ano Jubilar.
Dessa forma, até o final deste ano, a
celebração do dia 22 de cada mês também tem essa característica particular. Ao término de cada celebração, é feita
uma pequena procissão até uma capelinha que fica no terreno do próprio Seminário na cidade de Palotina.
Com espírito renovado e compromisso com a evangelização, a Pastoral da Juventude (PJ) da Diocese de Toledo celebrou em junho de 2025 a conclusão da 4ª Escola Diocesana de Assessores (EDA). A formação, que durou dez meses, capacitou 15 jovens e adultos para assumir a missão de acompanhar grupos juvenis por toda a Diocese.
Realizada em seis etapas entre agosto de 2024 e maio de 2025, a EDA teve como sede o Convento das Irmãs Franciscanas da Beata Angelina, em Toledo. O percurso formativo contou com a contribuição de referências locais, como Pe. Lucimar Castellani (pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand), Jennifer Teixeira, Marines Bettega e Augusto Martins, além de vozes reconhecidas nos níveis regional e nacional: Gabriela Silva, Carmem Lucia, Luís Duarte e Rezende Ferreira. Os temas abordados incluíram Cristologia e as cinco dimensões da formação integral — aspectos fundamentais para um assessor comprometido com a vivência e a realidade da juventude.
Durante a escola, os participantes foram convidados a desenvolver iniciativas concretas por meio do “Projeto Tecer”. Divididos em nove grupos, criaram e executaram ações que fortaleceram lideranças juvenis, ofereceram encontros formativos e promoveram eventos paroquiais voltados à revitalização dos grupos locais. Mais do que atividades pontuais, o projeto buscou tocar o coração dos novos assessores com o chamado à evangelização da juventude.
Equipe Ampliada e Pronta para o Serviço
Com a conclusão da EDA, a Diocese
de Toledo agora conta com 33 assessores distribuídos nos Decanatos Toledo (20), Assis (12) e Rondon (1). Esses agentes pastorais atuam com palestras, retiros, encontros de oração e no acompanhamento direto de jovens e coordenações da PJ. Grupos que desejarem apoio podem entrar em contato com as coordenações diocesanas ou decanais, que encaminharão os assessores conforme a demanda apresentada.
A nova geração de assessores chega com disposição, escuta ativa e espiritualidade para caminhar lado a lado com os jovens da Diocese de Toledo, fortalecendo suas vivências, projetos e sonhos.
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Agentes dispostos, fortalecidos pela fé e encorajados apoio mútuo. Esse é o resultado do 21º Encontro Diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno (AF), realizado em Nova Aurora. A Paróquia São Roque acolheu 140 agentes desta pastoral social, representando 17 paróquias da Diocese.
Pe. Hélio José Bamberg, assessor diocesano do Auxílio Fraterno, conduziu a espiritualidade do evento a partir do tema “Jesus Cristo e seu seguimento”. Contemplou a reflexão do cuidado com as atitudes diárias, e enfatizou a educação na fé, a participação na celebração, na liturgia e também na caridade.
Por sua vez, a coordenadora diocesana do AF, Maria Inês Borges Mânica, fez a memória desta caminhada, que iniciou em 1992, e apontou algumas perspectivas, tais como: internamente, a importância de lideranças atuantes,
conhecedoras do Documento-base do AF; e perspectivas externas, como a presença de líderes em instâncias da sociedade, como conselhos de direitos, reuniões comunitárias e com estruturas de governo. Uma novidade no encontro é que foi agregada aos “12 passos de implantação do Auxílio Fraterno” a informatização. Neusa Albarello, coordenadora do AF no Decanato Toledo, falou da informatização no contexto pastoral, com motivação para as coorde-
nações paroquiais e apoio no que precisarem para dinamizar esse processo. “Estamos mais próximos de um AF mais atuante, tanto na mística como atividades diárias para as pessoas que precisam”, afirma Maria Inês.
Na reunião da coordenação diocesana, neste dia 7 de agosto, em Marechal Cândido Rondon, será feita uma avaliação do encontro e a construção conjunta as formações para este segundo semestre.
A Diocese de Toledo marcou presença no 3º Mutirão de Comunicação (Muticom), realizado pelo Regional Sul 2 da CNBB na Diocese de Campo Mourão, com a participação de 186 pasconeiros. Durante o encontro, os participantes acompanharam palestras com nomes de destaque na área da comunicação eclesial, como o Pe. Arnaldo Rodrigues, responsável pelo setor de comunicação da CNBB, e o estrategista digital Fabiano Fachini. Ambos refletiram sobre os
da Pascom
desafios e horizontes da comunicação na missão da Igreja. Também esteve presente D. Amilton Manoel da Silva, bispo referencial da comunicação no Regional Sul 2.
O coordenador diocesano da Pascom, Carmo Follmann, a vice-coordenadora diocesana, Marluci de Oliveira Verginio, e Priscila Souza, coordenadora da Pascom na Paróquia São Pedro e São Paulo, de Toledo, com o bispo de Guarapuava, D. Amilton Manoel da Silva
O Muticom, realizado de 18 a 20 de julho último, sob o tema “A arte de comunicar a esperança”, foi considerado pelos participantes como um evento enriquecedor, que renovou o entusiasmo e o compromisso da Pascom com uma comunicação mais humana, verdadeira e cheia de esperança.
Um dia incrível, participativo, de muitos encontros, reencontros e abraços. Essas são algumas das marcas que ficam gravadas para sempre na memória e nos corações dos participantes do Jubileu dos Catequistas, organizado pela Animação Bíblico-catequética da Diocese de Toledo neste Ano Santo 2025. Um dia inteiro de celebração da alegria e presença dos nossos catequistas nas comunidades de fé; um dia de gratidão por tudo o que fazem pela educação da fé, sendo sinais de esperança para crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Pe. Jordélio Ledo, convidado especial que proferiu a conferência principal para cerca de 1.500 catequistas da Diocese de Toledo, encantou os participantes no percurso de reflexão sobre o perfil do catequista como Peregrino de Esperança. Conforme ele, esse perfil se configura na capacidade de viver a pedagogia da presença em que cada um é um sinal de misericórdia na vida das pessoas. “Essa pedagogia da presença é movimento, e nos convida a saber estar, sentir e servir; não nos paralisa, mas nos aponta um caminho de vida no seguimento a Jesus Cristo”, afirmou. A recomendação é que você faça a leitura
do Evangelho de Lucas que narra a cena do Bom Samaritano (Lc 10,25-37). “Por isso, ela nos tira da ‘zona de conforto’ da indiferença que mata e exclui. Aqui os nossos olhos se abrem e a vida acontece como um presente que preenche a total ausência, numa total presença”, ensina. A programação contemplou
adoração ao Santíssimo, testemunhos da esperança na vida dos catequistas, teatro e foi encerrada com Peregrinação até a Igreja Jubilar, a Catedral Cristo Rei, e missa com o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.
Importantes temas que desafiam as respostas dos católicos, tais como juventude (drogas, emprego e outras preocupações); a mulher, na Igreja e na sociedade; famílias em segunda união e demais casos especiais; casa comum e meio ambiente, estiveram na pauta do 20º Encontro Regional de Formação do Movimento de Cursilhos de Cristandade, promovido pelo Grupo Executivo Regional (GER Sul 2 PR 1). Ao menos 14 cursilhistas da Diocese de Toledo participaram do evento ocorrido na Diocese de Guarapuava.
O bispo anfitrião, D. Amilton Manoel da Silva, conduziu uma reflexão sobre a acolhida às pessoas na Igreja, considerando a linguagem adotada pelo Papa Leão XIV para que se construam pontes em um tempo de mais acolhida.
Pe. João Rafael, da cidade de Pitanga, também da Diocese anfitriã, falou dos desafios da Igreja na atualidade quanto
as relações homoafetivas e o que os documentos da Igreja apresentam sobre o assunto, tendo por base o Catecismo da Igreja Católica, a Exortação Amoris Lætitia e a Encíclica Fratelli Tutti. Ele sugeriu aos cursilhistas a acolhida e a escuta, sustentadas pelo respeito, e a promoção de um acompanhamento pastoral.
Demais assessores expuseram os desafios da Igreja nas questões da família. Josiane Bucalão, coordenadora diocesana do MCC, destaca o que foi
As Oficinas de Oração e Vida se dedicam a ensinar os fiéis a rezar. Com metodologia própria, em 15 sessões (encontros), os participantes realizam reflexões sobre a Palavra e textos próprios que inspiraram o fundador Frei Ignácio Larrañaga (1928-2013). No primeiro semestre deste ano, dentre os participantes de um dos grupos esteve o Pe. Luiz Carlos Franzener, pároco da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo).
sugerido durante o evento que se trata de estudar as catequeses de São João Paulo II, bem como as orientações do Papa Francisco, para não se deixar levar por ‘ondas’ ou por ideologias que ‘escravizam’ a mulher, no sentido de negar a maternidade, tirando dela o direito de proteger e preservar também a família.
“Outro aspecto trabalhado foi a constituição das famílias. Hoje temos as famílias monoparentais, homoafetivas, recompostas, pluriparentais, anaparentais, coparentais, e o cursilhista precisa estar preparado. Então algumas palavras-chave desse encontro foram acolhida, conhecimento, respeito, o amor e o discernimento. Acolher as pessoas, dar amor a elas, mas mostrar para elas também o que a Igreja diz a respeito de cada tema, com base no Catecismo da Igreja Católica, no Magistério e na Tradição”, pontua. O Encontro Regional do MCC ocorreu de 4 a 6 de julho.
Participantes de alguns grupos das Oficinas de Oração e Vida do 1º semestre em Toledo, dentre eles Pe. Luiz Carlos
Com 29 anos de sacerdócio, Pe. Luiz Carlos Franzener, apresenta um relato de alegria pela experiência das Oficinas. “Estou muito feliz por ter parti-
cipado de uma experiência das Oficinas de Oração e Vida. Estive junto com o grupo da Capela São José Operário, da
Vila Pioneiro. Serei eternamente grato pelo legado deixado pelo fundador Frei Ignácio Larrañaga e por todos os ‘guias’ que hoje dão continuidade aos seus ensinamentos. Os elementos fundamentais são: a meditação da Palavra, os exercícios de várias modalidades de oração, as partilhas e a sagrada meia hora de oração pessoal. Confesso que a disciplina e a constância na oração são desafiantes e gratificantes ao mesmo tempo”, conta. Você também pode ter experiências ricas e profundas para a sua vida de fé. Participe dos próximos grupos. Informe-se na sua paróquia.
Agentes de pastoral, catequistas e demais serviços que atendem crianças, adolescentes e jovens na Diocese de Toledo estão bastante atentos com as necessidades de acompanhamento deste público infanto juvenil, que tem sim sofrido com as interferências do mundo, as quais provocam o afastamento de Deus. E aí a família e a Igreja precisam trabalhar juntas para a reaproximação. “A nossa santidade não é vivida apenas no momento religioso, no momento cultual, no momento litúrgico. A santidade é um projeto existencial de vida enquanto proximidade constante para com Deus”, afirmou o Pe. Dr. Valdecir Ferreira, convidado especial da Pastoral Vocacional/Serviço para assessora o Encontro de Formação Humano-Vocacional da Diocese de Toledo, realizado em julho, no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II.
Um diagnóstico da realidade mostra que parte dos adolescentes e jovens está afastada do caminho de Deus, por uma série de razões que, muitas vezes começa em casa. A realidade da família, as pressões e ansiedades gerados pela recordação de temas que “na minha época não era assim”, ou “na nossa época a adolescência não fazia isso”, comparações que jogam para o jovem ou para o adolescente uma carga de
expectativa daquilo que ele precisa ser e, por isso, ele vive um processo ansioso por aquilo que ele nunca viveu; e aquilo que esperam que ele seja. Assim ele vive um misto de ser aquilo que os outros foram no passado, vivendo o seu presente numa expectativa de futuro, mas por aquilo que está inserido em outro contexto, em outro momento histórico.
Ao agir dessa maneira, se cria um ambiente de ansiedade e melancolia muito perigoso. A transição disso tudo passa pelo autoconhecimento dos próprios adultos e pela leitura de realidade. A doutrina, a moral, a tradição e o Evangelho não mudam, mas é preciso encontrar o momento de encaixar esse conteúdo com assertividade na vida juvenil.
“Os agentes de pastoral, que estão atentos a estas realidades, são eles que precisam ser como a ponte que leva ao dia. Existe uma noite escura, mas pode ter uma ponte que convida ao dia, a uma janela que se abre para contemplar horizontes maiores. Nesse sentido, os agentes de pastoral, membros da animação vocacional, catequistas, membros das equipes jovens, pais, mães, todos nós podemos ser esta ponte. Agora, sempre lembrando, nós temos uma juventude que está em contínua transformação, em contínua mudança, e nós precisamos enxergar isso. Não estou falando de mudar no âmbito dogmático, moral, mas no âmbito da compreensão daquilo que nos circunda, das dimensões que nos compõem”, pondera o assessor. Ele percebe que parte dos adolescentes e jovens passa pela dificuldade de compreensão existencial. Cabe aos adultos auxiliarem no processo de reconstrução desse caminho da descoberta de si e sua relação consigo mesmo, com os outros e com Deus. “Quanto mais nós conhecemos, purificando as nossas atitudes, mais nós chegamos ao processo verdadeiramente de conhecer a Deus, conhecer os seus propósitos e, nesse contexto, conhecer a vocação”, considera Pe. Valdecir.
Neste sentido, a sociedade passa por um tempo de maturação espiritual. Quanto mais escura a noite, maior a busca pelas estrelas. Quanto mais intensas as mudanças, maior a necessidade de escuta, discernimento e presença.
“A
19º Domingo do Tempo Comum | 10 de agosto de 2025 – Vocação para o Matrimônio (Dia dos Pais)
Leituras: Sb 18,6-9; Sl 32(33),1.12.18-19.20.22; Hb 11,1-2.8-19; Lc 12,32-48
Neste 19º Domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus nos convida a olhar com confiança para o céu, mas sem tirar os pés do chão. Em meio às dificuldades e distrações da vida, somos chamados a viver com fé, esperança e vigilância.
Jesus começa o Evangelho deste domingo com uma palavra cheia de carinho e coragem: “Não tenhais medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32). Essa palavra é para todos nós, que muitas vezes nos sentimos pequenos, fracos e até desanimados diante das dificuldades da vida e da fé.
Vivemos em um tempo em que muitos zombam da fé, criticam a Igreja, e até mesmo dentro dela há confusões e escândalos. Tudo isso pode gerar medo, dúvidas e insegurança. Mas Jesus nos diz: “Não tenhais medo!” O Pai nos ama e quer nos dar o seu Reino. Por isso, mesmo em tempos difíceis, somos chamados a permanecer firmes, com o coração voltado para Deus e confiando nas suas promessas.
Essa confiança vem da fé. A Carta aos Hebreus nos ensina que “a fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1).
sam muito tempo diante das telas. Os adultos se ocupam demais com as redes sociais, os problemas ou os prazeres do mundo. E o coração vai se enchendo de coisas que nos afastam de Deus. Perdemos o gosto pela oração, pela missa, pelos momentos de silêncio e pela caridade.
Jesus nos alerta: “Ficai preparados, pois o Filho do Homem virá na hora em que menos pensais” (Lc 12,40). Não sabemos o dia nem a hora. Por isso, cada dia deve ser vivido como uma oportunidade de estar mais perto do Senhor.
SER FIEL NO POUCO E NO MUITO
No final do Evangelho, Jesus fala de um servo que recebeu a missão de cuidar dos outros enquanto o patrão estava ausente. Esse servo representa todos nós, mas especialmente aqueles que receberam alguma responsabilidade: pais, mães, catequistas, ministros, líderes comunitários, sacerdotes. Naquela época, a eles – e hoje, a nós – o Senhor confia um rebanho. E Ele espera que sejamos fiéis (Lc 12,42).
- Tenho vivido com fé e esperança, mesmo diante das dificuldades e incertezas da vida?
- Em que momentos da minha rotina preciso estar mais atento às coisas de Deus?
- Como posso ser mais fiel na minha missão dentro da família, da comunidade e do mundo?
Foi assim com Abraão, que deixou sua terra acreditando na promessa de Deus (Hb 11,8-12). Foi assim com o povo de Israel, que esperou a libertação mesmo sendo escravo no Egito (Sb 18,6-9). E é assim conosco: mesmo sem ver
Ser fiel não é fazer grandes coisas, mas ser honesto e generoso nas pequenas atitudes do dia a dia. Cuidar da família, ensinar os filhos no caminho do bem, ajudar quem precisa, rezar, escutar a Palavra, tratar os outros com respeito e paciência. Tudo isso é ser fiel no pouco. E quem é fiel no pouco será também fiel no muito (Lc 16,10).
Hoje, o Senhor nos chama a viver a fé com firmeza, mesmo quando o mundo não entende ou até rejeita o Evangelho. Ele nos convida a manter a lâmpada acesa, o coração preparado e a fé viva, como testemunhas do Reino de Deus.
Jesus nos convida à vigilância. Ele diz: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,35). Isso significa viver preparados, atentos às coisas de Deus. Ele compara o cristão a um empregado que espera seu patrão voltar de viagem. Se o patrão chegar e o encontrar acordado e trabalhando, ele ficará feliz e até servirá aquele empregado (Lc 12,37). Assim é o Senhor conosco: Ele deseja encontrar em nós um coração desperto, cheio de Mas, muitas vezes, vivemos distraídos. As crianças pas-
Leitura Diária
Dia 11 (Santa Clara): Dt 10,12-22; Sl 147(147B); Mt 17,22-27
Dia 12: Dt 31,1-8; Dt 32,3-4a.7.8.9 e 12; Mt 18,1-5.10.12-14
Dia 13 (Santa Dulce Lopes Pontes – Santa Dulce dos Pobres): Dt 34,1-12; Sl 65(66); Mt 18,15-20
Dia 14 (São Maximiliano Maria Kolbe): Js 3,7-10a.11.13-17; Sl 113A(114); Mt 18,21-19,1
Dia 15: Js 24,1-13; Sl 135(136); Mt 19,3-12
Dia 16: Js 24,14-29; Sl 15(16); Mt 19,13-15
Assunção de Nossa Senhora | 17 de agosto de 2025 – Vocação à Vida Consagrada e Religiosa
Leituras: Ap 11,19; 12,1-6.10; Sl 44(45),10bc.11.12ab.16; 1Cor 15,20-27; Lc 1,39-56
Celebrar a Assunção de Maria significa recordar a relação de Maria com Jesus e com sua obra de Salvação, e reconhecer Maria entre os santos de Deus. O Magnificat exalta as maravilhas que Deus realizou, sua misericórdia em favor dos pequenos e preconiza a chegada de um tempo novo. Deus é misericordioso e espera de nós conversão, pois o mal existe e precisa ser superado no amor, a partir da fé, cheios da esperança que não decepciona.
A QUEM QUEREMOS SERVIR?
O livro do Apocalipse de São João apresenta a visão do combate do Dragão contra a Mulher e sua descendência. A linguagem simbólica ajuda expressar e interpretar as diferentes situações e realidades em que vivem as pessoas. É simples e criativa, mas é preciso ter cuidado, pois pode confundir ou desvirtuar o sentido buscado inicialmente. O autor apresenta esta visão endereçada às comunidades cristãs, sofredoras e desanimadas, para que descubram melhor o significado da fé em Jesus, Ressuscitado e Vencedor, em meio aos sofrimentos da vida.
Os dois grandes sinais no céu, a Mulher e o Dragão, fazem memória à sentença de Deus contra a Serpente depois da queda no paraíso terrestre: “Haverá inimizade entre a Mulher e a Serpente, entre a descendência de uma e de outra”. A Mulher, em dores de parto, simboliza a vida, a humanidade, o povo de Deus, as comunidades perseguidas. Representa todas as mulheres e famílias que lutam para buscar vida nova. Simboliza Maria, a mãe de Jesus. As dores de parto são os sofrimentos que a humanidade suporta para defender a vida, inclusive esse processo de purificação e conversão constantes, que passamos diariamente para seguir Jesus.
sobre a morte e todo mal. Cristo é a motivação maior para enfrentarmos todas as adversidades que a vida nos oferece. Ele vem restaurar a humanidade e curá-la de suas feridas causadas pelo pecado e pela desobediência ao plano amoroso estabelecido pelo Pai desde o princípio.
O texto mostra que Cristo é como “primícias dos que morreram”. Primícias são os primeiros frutos a amadurecer. Depois deles, amadurecem os demais e vem a colheita. Ele, enfim, realmente aniquilará todos os mecanismos de morte. Na relação com o Apocalipse, entende-se que o motivo de esperança é a certeza da vitória final, porque Deus intervém e defende a Mulher e o filho. Ele sempre está a favor da vida e de sua dignidade.
A VISITA DE MARIA A ISABEL E O MAGNIFICAT
De diferentes maneiras a Igreja se espelha em Maria e pede sua intercessão. Na passagem da visitação de Maria a Isabel temos importantes lições de doação, humildade e serviço. Ela vai de Nazaré até Ain Karin, perto de Jerusalém, onde residia Zacarias e sua esposa.
A esperança das duas mulheres, uma anciã e outra tão jovem, ajuda compreender a chegada dos novos tempos, da nova Aliança. Este encontro e o diálogo entre Maria e Isabel descrevem a importância de cada uma na história da Salvação. Somos, com Maria, uma “Igreja em saída” que vai ao encontro das pessoas, que acolhe os fragilizados.
- Quais os sinais de vida, que apontam para o Reino de Deus, e os sinais de morte (forças do antirreino) que identifico hoje?
- Em que sentido Cristo é verdadeiramente a base de minha esperança?
- O que aprendo com Maria, hoje, nesta sua festa da Assunção?
O Dragão é a antiga serpente, chamado de diabo ou satanás, sedutor de toda a terra. O “mal” esteve, e está presente ao longo da história. É temível, terrível e ameaçador! Ele representa os poderes de morte, também a violência e os sistemas políticos e econômicos que oprimem e sufocam a vida em suas diferentes situações e formas. Aqui está um convite ao discernimento, visando encorajar as pessoas à perseverança e à fidelidade a Jesus Cristo, pois todos os dias precisamos escolher a quem queremos servir.
São Paulo escreve aos Coríntios sobre a ressurreição dos mortos. Para a cultura grega, tal proposição era difícil de ser aceita. Para os cristãos, é questão fundamental e basilar: Cristo morreu e ressuscitou. O apóstolo faz uma relação entre a Páscoa de Jesus e a nossa participação na vitória
Maria desejou algo a mais do que auxiliar nos serviços domésticos. Ela quis comunicar a Boa Nova da chegada de Jesus Salvador. Ela tornou-se missionária. Maria assumiu uma fé comprometida, não acomodada e passiva. Ela é bendita entre as mulheres! A oração do Magnificat é o reconhecimento de como Deus age e de como é o seu Reino. Será Jesus a se colocar ao lado dos humildes e dos mais sofridos da sociedade. De fato, “a misericórdia do Senhor continua se estender de geração em geração sobre aqueles que o temem”.
Dia 18: Jz 2,11-19; Sl 105; Mt 19,16-22
Dia 19: Jz 6,11-24a; Sl 84(85); Mt 19,23-30
Dia 20 (São Bernardo): Jz 9,6-15; Sl 20(21); Mt 20,1-16a
Dia 21 (São Pio X): Jz 11,29-39a; Sl 39(40); Mt 22,1-14
Dia 22 (Nossa Senhora Rainha): Is 9,1-6; Sl 112(113); Lc 1,26-38
Dia 23 (Santa Rosa de Lima): 2Cor 10,17-11,2; Sl 148; Mt 13,44-46
21º Domingo do Tempo Comum | 24 de agosto de 2025 – Dia das Vocações Leigas na Igreja Leituras: Is 66,18-21; Sl 116(117),1.2; Hb 12,5-7.11-13; Lc 13,22-30
A catequese litúrgico-dominical do Tempo Comum já vai adiantada, na qual temos o ensinamento de que Jesus transmite o Espírito da Verdade e nos envia para a missão, exigindo que tenhamos clareza de quem é o Filho do Homem, e que a nossa felicidade não está nas obras que realizamos, mas sim em ter o nome escrito no céu. Para tal, basta vivermos o amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Também aprendemos que nossos afazeres são importantes sim, mas não substituem o tempo que reservamos para estar aos pés do Mestre, que nos ensina a rezar, sem a ilusão de ficar pedindo que Deus venha resolver nossos problemas, chegando à maturidade de depositarmos nosso coração em Deus, que é nosso maior tesouro. Deste modo, como Peregrinos da Esperança, sem a pretensão de ocupar os primeiros lugares, não mediremos esforços para chegar a Jerusalém Celeste, mesmo sendo estreita a porta.
Segundo o Profeta Isaias, Deus promete colocar um sinal no meio do povo. Não é qualquer sinal, é um sinal que indica a Sua presença, ação e chamado. Em tempos de confusão ou dispersão, Deus não nos abandona ao acaso. Ele nos mostra algo, ou coloca alguém, que nos orienta, que nos recorda que Ele está no meio de nós. Pode ser um gesto de compaixão, uma palavra que toca o coração, um irmão que nos estende a mão, uma situação que nos chama à conversão, ou até um acontecimento inesperado que muda o rumo da nossa vida. Assim como no Antigo Testamento, Deus se valeu de vários sinais para guiar o povo, hoje o maior sinal é o próprio Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. E, com Ele, a Igreja é chamada a ser sinal vivo de comunhão, de esperança e de misericórdia no Mundo. No contexto de Isaías, esse sinal marca o início da missão: Deus envia os sobreviventes às nações para anunciar a Sua glória. Ou seja, o sinal não é algo para guardar para si, mas para nos impulsionar para a missão e para que todos conheçam o Senhor.
O SENHOR
silêncio de Deus, que nos leva à busca. O importante é entender que Deus não corrige a quem Ele rejeita, mas a quem Ele ama como filho. É um amor exigente que quer o melhor para nós. Devemos lembrar que o agricultor poda a árvore que dá fruto, para que dê ainda mais (cf. Jo 15,2). Deus não se conforma em nos ver pela metade. Ele sonha com a sua plenitude e, por isso, não tem medo de tocar nas nossas feridas que precisam ser curadas ou corrigidas.
- Estou atento aos sinais de Deus em minha vida?
- Quais correções já recebi em minha jornada?
- Vivo como um peregrino de Esperança?
Jesus nos convida a fazer todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Essa porta representa o caminho da verdade, da justiça, da fidelidade e do amor vivido com profundidade. Não é o caminho mais fácil. Pelo contrário: é o caminho das escolhas diárias, da renúncia ao egoísmo, do perdão que custa, da paciência que desafia, da caridade que exige doação. Mas é justamente por ser estreita que ela nos obriga a deixar para trás aquilo que pesa e não nos permite avançar: orgulho, vaidade, mágoas e indiferença. Essa porta não é uma ameaça. É um convite à autenticidade da fé. Ela nos lembra que viver o Evangelho não é apenas frequentar celebrações ou dizer palavras bonitas, mas permitir que o amor de Deus transforme nosso modo de viver. Jesus nos desafia: “Fazei todo esforço possível”.
A porta estreita não é para os perfeitos, mas para os dispostos. Ela não se abre por status, por aparência ou por conveniência. É a porta da humildade, da verdade, do amor vivido no concreto da vida. No contexto do Jubileu 2025 – Peregrinos da Esperança, esse chamado de Jesus ganha ainda mais força. O Ano Santo nos aponta para a porta estreita que exige: conversão, perdão e coragem de recomeçar. Durante o Jubileu, somos convidados a peregrinar, como um gesto concreto de fé, de arrependimento e de renovação. Não se trata apenas de um rito externo, mas é superar os limites do corpo e da alma. A verdadeira peregrinação começa no coração de cada um e encontra o próprio Cristo. Sagrada Família, rogai por nós. Amém!
Na lógica do mundo, correção é vista como punição. Muitas vezes, é associada à vergonha, ao erro exposto, ao fracasso. Mas na lógica do Evangelho, a correção é sinal de amor. Deus não nos corrige para nos humilhar, mas para nos educar para a vida plena. Como um pai ou uma mãe, amorosos que não querem que o filho siga por caminhos de destruição, Deus nos alerta, nos sacode, nos desperta.
Essa correção pode vir: por meio de uma palavra que incomoda; por um conselho de alguém que nos ama; por uma situação difícil que nos faz parar e rever escolhas ou, até mesmo, pelo
Dia 25: 1Ts 1,1-5.8b-10; Sl 149; Mt 23,13-22
Dia 26: 1Ts 2,1-8; Sl 138(139); Mt 23,23-26
Dia 27 (Santa Mônica): 1Ts 2,9-13; Sl 138(139); Mt 23,27-32
Dia 28 (Santo Agostinho): 1Ts 3,7-13; Sl 89(90); Mt 24,42-51
Dia 29 (Martírio de São João Batista): Jr 1,17-19; Sl 70(71); Mc 6,17-29
Dia 30: 1Ts 4,9-11; Sl 97(98); Mt 25,14-30
22º Domingo do Tempo Comum | 31 de agosto de 2025 – Dia do Catequista
Leituras: Eclo 3,19-21.30-31; Sl 67(68),4-5ac.6-7ab.10-11; Hb 12,18-19.22-24a; Lc 14,1.7-14
A Liturgia deste domingo nos convida a adentrar um caminho profundamente contracultural: o da humildade. No Livro do Eclesiástico, somos ensinados a realizar os trabalhos com mansidão e a buscar a sabedoria, com um coração humilde. O texto nos adverte que o orgulhoso é incapaz de compreender, pois uma “planta de pecado” está enraizada em seu interior. Em contrapartida, Deus revela seus mistérios aos humildes.
A humildade não é apenas uma atitude ética ou relacional; ela é espiritual. O humilde, ao reconhecer sua limitação, torna-se disponível à graça. No pensamento bíblico, o coração contrito e humilde é o solo fértil no qual Deus planta sua sabedoria e amor. Ser grande, segundo os critérios de Deus, exige abaixar-se: é na humildade que se encontra a verdadeira exaltação. Esse ensinamento confronta diretamente os critérios de prestígio e poder que o mundo propõe.
- Como a humildade pode transformar minha relação com Deus e com os outros?
O Evangelho de hoje (Lc 14,1.7-14) nos apresenta Jesus numa refeição com fariseus. Ao observar o comportamento dos convidados, Ele narra uma parábola que revela a lógica do Reino: “Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”. A cena desenha uma inversão radical das posições sociais e religiosas, denunciando a busca por prestígio que domina tantos espaços humanos, inclusive os religiosos. Jesus revela que, para Deus, não é o status que conta, mas a disposição interior de se colocar a serviço. A lógica do Reino subverte os critérios do mundo: grande é quem se faz último, nobre é quem serve, exaltado é aquele que se abaixa.
- Em quais momentos eu busco reconhecimento ao invés de serviço gratuito?
- Minha comunidade vive a lógica do Evangelho ou reproduz estruturas de prestígio e exclusão?
O salmo responsorial reforça essa mesma lógica: Deus prepara a mesa para o pobre, é protetor dos órfãos e viúvas, abriga os deserdados e liberta os cativos. O Senhor não se impõe pela força, mas se revela por meio da misericórdia. Ele inverte a ordem das coisas humanas, colocando no centro aqueles que o mundo empurra para as margens. A imagem do banquete preparada por Deus nos remete a um convite universal à comunhão e à partilha. Mas somente os que se esvaziam de si conseguem realmente sentar-se à mesa. A chuva generosa do Senhor renova a terra cansada, assim como sua graça renova o coração dos humildes. A experiência de fé passa por esse rebaixamento que nos eleva – não por mérito, mas por misericórdia.
A Carta aos Hebreus nos conduz à contemplação da Jerusalém celeste, à cidade do Deus vivo. Ela não é alcançada por força, prestígio ou poder humano, mas é dom, lugar de comunhão com os anjos, os santos e com Jesus, o mediador da nova aliança. Não se trata de um lugar geográfico, mas de um estado de vida e de comunhão, que começa aqui e agora. Ao nos aproximarmos da Jerusalém do Alto, somos convidados a abandonar as estruturas de dominação e competição. A nova aliança, selada por Jesus, rompe com a lógica meritocrática e nos insere numa lógica de gratuidade, fraternidade e reconciliação. A humildade, aqui, é condição de entrada no Reino e não adorno de bons costumes.
Jesus propõe uma ética do amor desinteressado: quando deres uma festa, convida quem não pode te retribuir. Isso representa uma crítica direta aos sistemas sociais marcados pelo interesse, pela troca e pela vaidade. Ele convida os discípulos a romper com a lógica do favor e da conveniência para acolher a gratuidade do Evangelho. A refeição torna-se, então, imagem do Reino, onde todos são chamados, especialmente os pequenos e os excluídos. A verdadeira recompensa não está na visibilidade ou retribuição imediata, mas na ressurreição dos justos, no reconhecimento silencioso que vem do Pai.
Esse ensinamento de Jesus desestabiliza a religiosidade hipócrita e funcionalista, que usa a fé como moeda de troca ou como palco de vaidade espiritual. Ele nos chama a uma conversão do olhar, do coração e das relações. A humildade não é humilhação, mas abertura à alteridade e ao dom. A hospitalidade cristã não seleciona convidados por conveniência, mas reconhece a dignidade ferida em cada pessoa. Assim, Jesus não apenas ensina a humildade como virtude moral, mas propõe uma verdadeira revolução relacional e espiritual: só ama de verdade quem se faz pequeno, porque somente o pequeno tem espaço dentro de si para acolher o outro e para ser morada de Deus.
Leitura Diária
Dia 1º/09: 1Ts 4,13-18; Sl 95(96); Lc 4,16-30
Dia 2/09: 1Ts 5,1-6.9-11; Sl 26(27); Lc 4,31-37
Dia 3/09 (São Gregório Magno): Cl 1,1-8; Sl 51(52); Lc 4,38-44
Dia 4/09: Cl 1,9-14; Sl 97(98); Lc 5,1-11
Dia 5/09: Cl 1,15-20; Sl 99(100); Lc 5,33-39
Dia 6/09: Cl 1,21-23; Sl 53(54); Lc 6,1-5
Na Oral Unic Toledo, cada prótese carrega mais do que técnica: carrega história, carinho e respeito. Nosso compromisso vai além do resultado — é sobre devolver segurança, autoestima e bem-estar a cada paciente. Porque aqui, a excelência não é só um padrão. É uma forma de cuidar.
No último domingo de agosto, celebramos com alegria e carinho o Dia do Catequista, e nada mais justo do que deixar ecoar as vozes daqueles que recebem o dom desse ministério tão precioso: os catequizandos. Com palavras simples, mas cheias de verdade, crianças, adolescentes e adultos, espalhados pelos quatro cantos de nossa Diocese de Toledo, testemunham a beleza do encontro com Deus mediado pelo coração generoso dos catequistas.
Paulo Soledade, de 19 anos, participa da Catequese de Adultos na Paróquia São Vicente Pallotti, em Palotina, e expressa com maturidade o que esse processo tem significado para ele. “Gosto principalmente de me aprofundar nos assuntos. Acho que cada um tem um jeito de se conectar com Deus, e o meu é pelo estudo. Quanto mais estudo, mais me conecto com Ele”, afirma. Entre tantos aprendizados, destaca o perdão: “Antes de conhecer a Cristo, eu sentia vergonha. Mas entendi que o perdão de Cristo pode nos mudar como pessoa. Me senti aceito por Deus”. E, com carinho, ele deixa uma mensagem às suas catequistas.
que mais a marcou é que “o amor de Cristo é infinito”. “Não importa nossos pecados, Deus sempre nos dá uma nova chance. Isso me motiva todos os dias”, completa. À sua catequista, ela dedica uma gratidão imensa: “Ela foi mais do que catequista, foi amiga e apoio. Sempre nos dizia para sermos perseverantes na palavra de Deus, que é a luz do nosso caminho”. Nas palavras simples do catequizando Gabriel, da Paróquia Maria Mãe da Igreja, em Marechal Cândido Rondon, a essência da Catequese se revela: “Ela é querida. Me ensina coisas boas de Deus. Gosto muito do jeito dela”. Já a Ana Alice Vales, da Paróquia Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas, nos lembra do quanto as crianças percebem o cuidado e a dedicação. “Elas são muito legais. Explicam bem, ensinam a respeitar. Eu gosto muito delas, porque ensinam com carinho”, garante.
“O Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade”.
“Elas tratam a gente com amor, como se fosse uma mãe. Elas têm paciência com nossas dúvidas e sentimos saudade delas durante a semana”, revela.
Na Paróquia São Francisco de Assis, em Toledo, Maria Eduarda Storti, adolescente que foi confirmada esse ano, emociona ao descrever sua relação com a catequista. “Ela sempre foi nosso porto seguro, amorosa e compreensiva”, diz. O ensinamento
CATEQUISTA: TESTEMUNHA DA FÉ, MESTRE E MISTAGOGO
Esses testemunhos tão diversos mostram a riqueza da Catequese e a grande importância do catequista na vida da Igreja. São uma ponte ligando quem chega sedento de Deus e os mistérios que Ele mesmo nos revela, através de Jesus.
Como afirma Papa Francisco, na Carta Apostólica Antiquum Ministerium : “a função peculiar desempenhada pelo Catequista especifica-se dentro doutros serviços presentes na comunidade cristã. Com efeito, o Catequista é chamado, antes de mais nada, a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé que se desenvolve nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio
que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de modo particular para os Sacramentos da Iniciação Cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto a dar a razão da sua esperança a todo aquele que lhe peça (1 Pd 3,15). O Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade” (AN, nº 6).
tã. E nada traduz melhor essa missão do que o versículo que inspira nosso Jubileu dos Catequistas, inspirados no Jubileu de 2025: “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).
O catequista é essa ponte viva entre o Evangelho e as novas gerações. E como ensinava São João Paulo II: “A fi-
nalidade definitiva da Catequese é a de fazer que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade” (Exortação Catechesi Tradendae, nº 5)
Celebrar o Dia do Catequista é, portanto, reconhecer que esse ministério é dom precioso e essencial à vida cris-
Que essa alegria na esperança continue animando todos os nossos catequistas, sustentados pela paciência e iluminados pela oração. Que cada gesto de carinho desses catequizandos seja um sinal de que a semente lançada está germinando em terra boa. Feliz Dia do Catequista! Que Deus abençoe a cada um e cada uma que faz da própria vida um dom para o anúncio do Reino.
Douglas Vinicius Mequelin e Maria Artés I Coma Membros da coordenação diocesana da Animação
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Diante do cenário de nossas comunidades, em que se multiplicam as devoções e uma multidão imensa de cristãos exprime sua fé através da piedade popular, brota a necessidade de estudo e aprofundamento de tais práticas. Tendo em vista conhecer a relação existente entre Liturgia e Piedade Popular, a Pastoral Litúrgica do Regional Sul 2, que abrange todas as Arqui/Dioceses do Paraná, promoveu o Encontro Regional de Liturgia, nos dias 11 a 13 de julho, com o tema: “Liturgia e devoção: análise, desafios e perspectivas”. Tal assunto tem a ver com a caminhada da Liturgia em nossas comunidades.
Mas o que vem a ser piedade popular e o que tem a ver com a Liturgia? Em sintonia com a caminhada da Pastoral Litúrgica em nosso Regional vamos aqui tratar deste tema.
As relações entre Liturgia e piedade popular são antigas. É preciso fazer um reconhecimento de como tais relações foram vivenciadas ao longo dos séculos para entender este assunto nos dias atuais. Piedade popular é uma prática que sempre existiu na caminhada da Igreja, porque o povo sempre teve o seu jeito de interpretar a fé que a Igreja propunha e praticava.
Nas origens, o povo tinha sua expressão própria de fé que estava muito vinculada à Liturgia. Só mais tarde, quando a Liturgia se cristalizou numa língua que o povo não podia mais entender, o povo acabou se valendo da piedade popular como alternativa, e muitas vezes, como única alternativa, porque o povo não tinha como participar e compreender a Liturgia. Vamos discorrer sobre como isso aconteceu e como que hoje a Igreja propõe essa volta a uma relação mútua e saudável entre Liturgia e piedade popular. Na era apostólica, nota-se uma grande fusão entre as expressões de Liturgia e piedade popular. A Liturgia falava a língua e a linguagem do povo, e era fonte da vida cristã. A Liturgia inspirava e fecundava as expressões populares da fé e, estas, por sua vez, eram naturalmente integradas e enriquecia a Liturgia. Neste período, a piedade popular estava harmonizada com a Liturgia.
No amplo espaço que vai do século VII até metade do século XV “determina-se e acentua-se progressivamente a diferenciação entre Liturgia e piedade popular, até se criar um dualismo celebrativo: paralelamente à Liturgia oficiada em língua latina, desenvolve-se uma piedade popular comunitária, que se expressa em língua vernácula” (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, 29).
Na Idade Média, a relação entre Liturgia e piedade popular é constante e complexa. Nessa relação pode-se observar um duplo movimento: a Liturgia inspira e fecunda expressões da piedade popular; e vice-versa, formas da piedade popular são acolhidas e integradas na Liturgia. Prevalece o fenômeno de um certo dualismo entre Liturgia e piedade popular. Já no final da Idade Média, ambas atravessam um período de crise: na Liturgia, por causa da ruptura da unidade cultual, elementos secundários adquirem uma importância excessiva em prejuízo dos elementos centrais; na piedade popular, por causa da falta de uma catequese profunda, desvios e exageros ameaçam a correta expressão do culto cristão (cf. Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, nº 33).
A partir do momento em que a Liturgia se fixou na língua latina que o povo não compreendia, essa piedade popular vai
se afirmando como uma alternativa e, talvez a única, a ponto de se criar este dualismo. De um lado a Liturgia oficial da Igreja em latim, e só entendia quem sabia ler e, mais complicado ainda, quem sabia a língua latina. Com isso, a piedade popular vai recolhendo os fragmentos que recebe da Igreja. A evangelização vai se tornando muito frágil e o povo tinha pouco acesso a bíblia e a catequese.
AO POVO
São com esses fragmentos, e com o senso de fé, que os fiéis foram construindo essa forma de expressar fé, que se reconhece hoje, como piedade popular. Foi esse catolicismo que veio de Portugal em 1500 e predominou no Brasil. Quando os colonizadores aqui chegaram, a Liturgia da Igreja já era inacessível ao povo. Esses colonizadores vieram trazendo um catolicismo popular e não a Liturgia e a evangelização. Nossa evangelização foi feita basicamente a partir do que os colonizadores trouxeram deste catolicismo popular e nem tanto da bíblia e da Liturgia. Esse catolicismo, em grande parte de tradição oral, se desenvolveu mais nas comunidades pobres, em ambientes rurais e nas comunidades indígenas e negras. Nas cidades havia uma outra maneira da Igreja se comportar. Por ter a assistência do clero, administravam-se os Sacramentos. As comunidades distantes dos centros urbanos foram o sujeito da construção dessa piedade popular, uma vez que na cidade se praticava um catolicismo denominado de catolicismo tradicional, mais ligado aos Sacramentos, com celebração de missa, mesmo em latim. Nesse contexto, o povo tinha proximidade com o padre. Um exemplo dessa forma de catolicismo tradicional é a missa na primeira sexta-feira do mês, que não era própria da piedade popular, que não tinha a menor chance de ter missa na primeira sexta-feira do mês, uma vez que a missa acontecia muito esporadicamente, por vezes, uma vez por ano. O povo ia mais na linha do canto, das novenas, do terço, da devoção aos santos e santas. Era um catolicismo sem padre, com muita reza e pouca missa, enquanto que nas áreas urbanas tinha muita missa, com presença de devoção popular mais ligada ao clero.
A piedade popular caracteriza-se por expressar com simplicidade e fervor “a fé em Deus, o amor a Cristo, ao Espírito Santo, à Virgem Maria, aos santos. Manifesta empenho de conversão e caridade fraterna” (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, nº 6). É um catolicismo que tem muitas virtudes, que acontece na casa, com dimensão comunitária e familiar, que reunia não só a família, como também os vizinhos. É um catolicismo que gosta de festa, de alegria. Tem seu calendário próprio e seus ministérios próprios: os rezadores, as benzedeiras. Os conselheiros são pessoas que orientam e rezam pela pessoa. O rezador é aquele que “tira a reza”, o bendito, a novena. O povo diz “tirar a reza” para aquele que preside. Hoje usamos um termo mais adequado. Mas o povo sabe muito bem o que significa presidir. Enquanto o rezador não chegasse na igrejinha não se iniciava a reza, porque ele era o oficial.
Existe muitos elementos em comum entre a Liturgia da Igreja e a piedade popular, entre esses elementos podemos destacar a relação entre fé e vida, a dimensão comunitária da fé, a reverência em relação ao sagrado e o comportamento ético. É determinante nesse catolicismo a relação entre fé e vida. Algo que na religião oficial estava meio esquecida. Uma Liturgia celebrada em latim, de costas para o povo, dificultava uma relação com a vida das pessoas, perdendo-se essa dimensão mais comunitária e familiar. Na América Latina, a Conferência de Medellín veio recordar que nós celebramos o mistério da Páscoa, que existe uma profunda relação entre “a nossa Páscoa com a Páscoa de Cristo e a Páscoa de Cristo com a nossa Páscoa.” A piedade popular é uma expressão do catolicismo que cultiva muito essa relação.
O povo da piedade popular tem muito fortemente presente nas suas relações um comportamento ético em relação ao
“Nas diversas regiões do Brasil, no tempo em que a ação do clero se restringia, sobretudo às cidades, a uma pastoral baseada no Sacramento, com missa em latim e sem evangelização, foi o catolicismo popular que garantiu a animação da fé no meio do povo. Muitos receberam e cultivaram a fé nesse ambiente do catolicismo popular que até hoje exerce certa influência nas pessoas”.
próximo. Dificilmente alguém da piedade popular usava a religião como forma de exploração. Como exemplo, podemos citar as benzedeiras que não cobravam pelo auxílio prestado. As pessoas, quando re-
corriam as benzedeiras e rezadeiras, nunca dispensavam qualquer tipo de remédio indicado por elas e, quando possível, iam procurar o serviço de um profissional. Elas são p obres e, mesmo assim, não cobravam pelo serviço. Tem senso ético e gratuidade. Caso a pessoa oferecesse algo gratuitamente, ela recebia, mas não deixa de atender porque alguém não podia pagar.
Há também um grande senso de partilha, muito próprio do povo simples. Um pouco com Deus é muito. A pessoa tem pouco, mas aquele pouco ainda vai ser repartido. Esse comportamento é algo precioso na piedade popular.
Essa forma de catolicismo não era próprio das cidades. Era praticado mais nas casas, na capelinha mais próxima, onde se fazia novena, se cantava o bendito, se acendia uma vela, se rezava um terço, se cantava o ofício da Imaculada, que era muito comum nesta forma de expressão de fé, bastante ligada a devoção ao santo. O domingo era o dia que o povo se reunia. O domingo, um dos cinco mandamentos da Igreja que prescreve “ouvir missa nos domingos e nos dias santos de preceito”, não era possível de ser praticado pelas pessoas da piedade popular, pois não havia missa. E muito menos ainda todo domingo, como acontece ainda hoje em algumas regiões do Brasil. E se tivesse missa, o povo não entendia nada, por não falar o latim. Mesmo não tendo a missa, o povo ia na Igreja aos domingos. O povo não trabalhava e guardava o domingo, indo na Igreja. Primeiro a missa e a reza, depois as outras coisas. O povo fazia da Igreja seu lugar de convivência: rezava, brincava, conversava e, assim, o domingo foi preservado.
Outro elemento é a linguagem narrativa e simbólica, com palavras, cantos, gestos e ritos. O povo não expressa a sua fé somente com palavras e, muito menos ainda, com explicações. O catolicismo popular não tem simpatia pelas explicações. As suas manifestações se dão pelos benditos, ritos, gestos, o modo de se expressar diante do santo, da Palavra
de Deus que, às vezes, não se dava pela leitura da bíblia, uma vez que o povo não tinha acesso a ela e nem todos sabiam ler. Mas acontece pelo contar a história de quando Jesus andou no mundo, através de uma história que era do Evangelho. Dessa maneira, mais narrativa e menos explicativa, o povo transmitia a fé.
Esses elementos são muito preciosos, porque é assim que a Liturgia da Igreja também faz. A Liturgia se faz com linguagem narrativa, com linguagens e palavras simbólicas, com cantos, com gestos. Quando em nossas celebrações tem muita explicação, deturpamos o modo de se expressar próprio da Liturgia. Explicar não é da Liturgia. Isso é coisa que nós agregamos.
O catolicismo popular gosta muito da ritualidade, de uma celebração bem preparada e executada. O povo se identifica logo com uma Liturgia bem-feita, bonita e orante. O povo se identifica porque é o mesmo ambiente do catolicismo popular. Porém, não gosta de discursos longos e cansativos. O povo aguenta porque tem respeito pelas coisas sagradas e uma capacidade incrível de ascese espiritual, mas não porque gosta. Haja visto os chamados “comentários” das nossas celebrações.
Outro elemento importante é a repe-
tição. Não tem como se sustentar uma fé com coisas novas todo dia. A Liturgia é como uma linguagem de amor e, na relação amorosa, tem coisas que nunca são superadas. Dizer, por exemplo, eu te amo, é algo que, quando dito com toda a autenticidade em relação à pessoa com quem se convive e ama, é sempre atual e tem uma força muito grande, pois não existe possibilidade alguma de sustentar uma Liturgia sem a repetição. O rito é feito de gestos e palavras que se repetem. E se repetem sempre com um sentido novo, não é mera monotonia e rotina, mas uma repetição necessária. Porque é no repetir que se aprofunda o seu sentido. A rima também é um forte elemento da tradição oral, porque uma vez que o povo não sabia ler, a rima ajudava a decorar.
Nas diversas regiões do Brasil, no tempo em que a ação do clero se restringia, sobretudo às cidades, a uma pastoral baseada no Sacramento, com missa em latim e sem evangelização, foi o catolicismo popular que garantiu a animação da fé no meio do povo. Muitos receberam e cultivaram a fé nesse ambiente do catolicismo popular que até hoje exerce certa influência nas pessoas. É um catolicismo de resistência, pois este catolicismo se desenvolveu no meio do povo pobre, que
lutava pela sobrevivência. É um catolicismo que foi construído à margem da Igreja, porque sem evangelização, sem apoio, nutriam um grande senso de pertença à Igreja, mesmo quando não eram reconhecidos por ela. Um dos elementos que expressavam mais fortemente esse senso de pertença era o batismo. O povo honra o batismo, quer ser batizado, porque sem batismo, como vai sustentar sua pertença a Igreja?
No século XIX o movimento conhecido como “romanização”, encabeçado pelo Vaticano, chegou no Brasil pregando unidade doutrinal e enfatizando a moral. Este movimento se colocou contra as formas de devoção do Catolicismo Popular, considerando-as como superstições, ignorância do povo iletrado. Este movimento reforçou o catolicismo tradicional. Atualmente há um retorno a este catolicismo, mesclado com elementos da piedade popular.
O Concílio Vaticano II tratou da relação entre Liturgia e piedade popular. Mas este é assunto para um próximo artigo.
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica
Mais que uma nova marca. Um novo marco!
Nosso novo ícone, inspirado no formato do Brasil, carrega a força das pessoas, a importância dos negócios e o agro.
Os três pilares que sustentam nossos valores.
Já é de nosso conhecimento que no mês de agosto a Igreja se dedica a refletir sobre as vocações e, neste ano, o Mês Vocacional tem como tema “Peregrinos porque chamados”, recordando-nos o itinerário que percorremos durante nossa vida. Também neste mês, a Igreja do Brasil nos convida a celebrar a Semana Nacional da Família, que neste ano acontece entre os dias 10 e 16 de agosto, e que tem como tema “É tempo de Júbilo em nossa vida”, iluminado pelo lema bíblico “Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Assim nossas reflexões estarão em sintonia com o tema sobre o qual debruçamos nossos pensamentos durante este ano Jubilar.
Esta semana é promovida pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e é considerada um dos momentos mais importantes do calendário pastoral das paróquias em todo o país. Para esta semana, são propostos encontros de oração, formação e evangelização em torno da valorização da família, buscando envolver todas as gerações e vocações. Para que não seja colocada de lado a criatividade de cada comunidade em particular, a CNPF pede apenas que as atividades realizadas, bem como os momentos de oração e reflexão, girem em torno do tema proposto, a fim de que se mantenha a unidade em torno do tema e do lema.
Para que, na realização das atividades, a unidade seja mantida a CNPF edita todos os anos um subsídio intitulado ‘Hora da Família’, o qual contempla as orientações e propostas de celebrações para a Semana Nacional da Família, e também, para as celebrações da Semana Nacional da Vida, que ocorre em outubro. Segundo D. Bruno Elizeu Versari, bispo de Ponta Grossa e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, a proposta deste ano é ser presença concreta de esperança: “Somos chamados a ser
“Chamo a atenção para a importância de as comunidades usarem de sua criatividade, promovendo ações missionárias, sociais e culturais que aproximem ainda mais a Igreja das famílias. A ideia é que a vivência da fé aconteça dentro e fora dos templos, nas casas, ruas, escolas, hospitais, presídios, asilos, abrigos e periferias, como nos motivou o Papa Francisco, a fim de que sejamos verdadeiras testemunhas de Esperança”.
sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldades. A família vive momentos de grande turbulência”.
Sei que todas as Paróquias já têm sua programação definida para esta semana, mas destaco a importância de se levar em conta as sugestões dadas pela CNPF, visto que seu objetivo é dar indicações e propor celebrações que valorizem a família e estejam inseridas nas reflexões e na caminhada da Igreja. Chamo a atenção
para a importância de as comunidades usarem de sua criatividade, promovendo ações missionárias, sociais e culturais que aproximem ainda mais a Igreja das famílias. A ideia é que a vivência da fé aconteça dentro e fora dos templos, nas casas, ruas, escolas, hospitais, presídios, asilos, abrigos e periferias, como nos motivou o Papa Francisco, a fim de que sejamos verdadeiras testemunhas de Esperança.
Que a família de Nazaré nos ajude a viver mais um ano dedicado às famílias do Brasil e que possamos ajudar, incentivar e apoiar, ainda mais, aquelas que desejam viver a santidade no lar e de construir uma sociedade mais justa e humana. Que pela nossa ação missionária possamos encher de júbilo e motivar a esperança em todos os lares de nossas comunidades. Pela Intercessão da Sagrada família de Nazaré, Deus Trindade abençoe nossas famílias. A Pastoral Familiar convida todos a partilhar fotos, vídeos e testemunhos nas redes sociais usando as hashtags #SemanaNacionaldaFamilia ou #SNF, marcando o perfil @pastoralfamiliarcnbb.
Pe. Nelton Hemkemeier Assessor diocesano da Pastoral Familiar
Já há algumas edições discutimos neste espaço sobre o significado da liderança dentro de nossos Conselhos Pastorais Paroquiais. Para os agentes de pastoral, a liderança no âmbito da comunidade cristã deve ser integrada como um serviço tríplice, que visa promover o crescimento humano e espiritual de cada membro, fortalecer o espírito de comunidade e contribuir para o amadurecimento do projeto comum de evangelização. Exploremos, pois, nesta oportunidade, cada um desses serviços que aquele que exerce a liderança dentro de nossos conselhos pastorais é desafiado a exercer.
FAVORECER O CRESCIMENTO DE CADA PESSOA
O papel do líder na dimensão do crescimento individual é fundamental para que cada membro da comunidade possa descobrir e realizar seus dons e talentos. Isso implica, em primeiro lugar, reconhecer a singularidade de cada pessoa, valorizando suas habilidades, suas fragilidades e sua história de vida. O líder deve criar um ambiente onde as pessoas se sintam acolhidas, apreciadas e motivadas a desenvolver sua fé e suas capacidades.
Valorizar os dons e a criatividade de cada membro não significa promover favoritismo, mas sim perceber o que Deus deseja de cada um na missão da comunidade. Cada pessoa, ao se sentir reconhecida, experimenta um sentimento de pertença e de importância, o que incentiva sua participação ativa
e seu compromisso na jornada de fé. Além disso, a criação de um ambiente de confiança é essencial para que as pessoas possam expressar suas opiniões, refletir sobre suas experiências e aprender com os erros, sem medo de julgamento, transformando as dificuldades em oportunidades de crescimento.
A delegação é outro aspecto central
“A abordagem da liderança como um serviço tríplice evidencia que ser líder na comunidade de fé vai muito além de uma função administrativa ou de autoridade. É uma vocação de cuidado, atenção e dedicação ao crescimento integral de cada discípulo, à união da comunidade e ao fortalecimento da missão comum”.
nesse serviço. Ao repassar responsabilidades de maneira inteligente, o líder demonstra confiança na capacidade dos demais e promove o envolvimento de mais pessoas na missão. Isso não só aumenta a força do grupo, como também permite que cada um exerça sua vocação de modo mais autêntico, exercitando a autonomia e o protagonismo na comunidade.
DA COMUNIDADE
O líder de um conselho pastoral também é chamado a fortalecer a unidade e a solidariedade dentro da comunidade cristã. Nesse serviço, destaca-se a importância de suscitar o espírito de
equipe, que implica valorizar o que cada um traz de melhor, reconhecer seus esforços e promover a cultura do compartilhamento. Pessoas que se sentem aceitas e valorizadas tendem a se comprometer mais profundamente, adotando uma postura responsável e solidária pelo cumprimento dos objetivos comuns.
Criar um ambiente de trabalho pastoral, baseado na cooperação e na confiança, exige, de modo especial, uma relação de respeito mútuo. O líder deve criar uma comunicação clara e eficaz que favoreça a troca de ideias, opiniões e emoções. Saber comunicar-se bem, ouvir atentamente e expressar-se de modo transparente, é indispensável para evitar mal-entendidos e criar uma atmosfera de abertura e colaboração.
Além disso, enfrentar conflitos de maneira construtiva é uma competência essencial. Conflitos surgem em qualquer grupo, inclusive nos nossos ambientes religiosos, mas eles podem ser oportunidades de crescimento se forem gerenciados com inteligência, paciência e escuta ativa.
Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.
Por fim, aquele que ocupa um papel de liderança, seja no CPP ou CPC, deve ajudar a comunidade, como um todo, a crescer na maturidade de seu carisma específico e na fidelidade à sua missão. Isso exige planejamento estratégico, que permita vislumbrar o caminho a ser percorrido, definir objetivos claros e identificar os passos necessários para atingi-los. A capacidade de decisão e de resolução de problemas é crucial nesse processo, sempre guiada pela vontade de Deus, com humildade e flexibilidade.
Resta dizer que avaliar continuamente o percurso feito, permite obter avanços, identificar pontos de melhoria e ajustar estratégias. Essa avaliação,
embora difícil pelo reconhecimento de falhas, é vital para o crescimento sustentável da comunidade. Assim, o líder estimula uma cultura de aprendizado, que valoriza a transparência, a sinceridade e o desejo constante de se aproximar cada vez mais do projeto de Jesus, levando a comunidade a um nível mais profundo de atualização na fé e na missão.
A abordagem da liderança como um serviço tríplice evidencia que ser líder na comunidade de fé vai muito além de uma função administrativa ou de autoridade. É uma vocação de cuidado, atenção e dedicação ao crescimento integral de cada discípulo, à união da comunidade e ao fortalecimento da missão comum. Quando os agentes de pastoral assumem esse compromisso, tornam-se verdadeiros instrumentos de Deus, capazes de promover uma Igreja mais acolhedora, unida e fiel ao seu projeto evangelizador.
Pe. André Boffo Mendes Coordenação Diocesana da Ação Evangelizadora
Agosto é reconhecido pela Igreja Católica no Brasil como o Mês Vocacional. A palavra “vocação” vem do latim ( vocare ), que significa chamado, ou, como eu prefiro: convocação. Ao falar de vocação, encontramos o mistério de um Deus que, por amor, nos convida a caminhar ao lado d’Ele.
Durante esse mês, intensificamos a oração pelos chamados à vida cristã. Existem quatro tipos de vocações na Igreja Católica: a sacerdotal, religiosa, matrimonial e a leiga. Esse tempo convida os cristãos, principalmente aqueles que ainda não refletiram ou descobriram seu chamado, a buscarem seu lugar e sua missão na Igreja e na sociedade. Não se trata apenas de um chamado a uma vocação específica, mas de um chamado à vida, à santidade e ao serviço.
Nesse contexto, a Igreja se apresenta como um porto seguro, um espaço de acolhimento e auxílio para o discernimento. A juventude é um terreno fértil para o florescimento da vocação, basta que haja espaço para o silêncio, o discernimento e a coragem de dizer “sim”.
“Se ouvires a voz de Deus / Chamando sem cessar / Se ouvires a voz do mundo/ Querendo te enganar… / A decisão é tua”. Essa é uma canção católica, escrita pelo Padre Zezinho e reflete a essência do Mês Vocacional. A decisão é nossa porque Deus não nos força a nada. Ele convida e chama com amor e paciência. Cabe a nós escolher se desejamos viver esse chamado. É nessa resposta consciente que a vocação e nosso laço com Deus se fortalecem. Deus planta a semente, mas somos nós que decidimos cultivá-la ou não.
Principalmente, entre os jovens, o processo de descoberta vocacional pode ser cercado por dúvidas e inseguranças. Apesar de seu imenso potencial, a juventude enfrenta diversos desafios, como: pressão social, crise de valores, diversas incertezas e inseguranças, fragilidade emocional, dentre outras.
No Mês Vocacional deste Ano Jubilar de 2025, a Igreja nos convida a refletir sobre o tema “Peregrinos porque chamados”, uma expressão que reforça a dimensão do chamado que acompanha cada cristão ao longo da vida. Dentro desse contexto, o Mês Vocacional adquire um significado ainda mais rico, pois ser peregrino é estar em constante
“(...) Deus não nos força a nada. Ele convida e chama com amor e paciência. Cabe a nós escolher se desejamos viver esse chamado. É nessa resposta consciente que a vocação e nosso laço com Deus se fortalecem. Deus planta a semente, mas somos nós que decidimos cultivá-la ou não”.
movimento, enfrentando os desafios do caminho sem perder de vista o objetivo final.
Este tema nos apresenta duas graças fundamentais da vida cristã: ser peregrino e ser chamado. Ser peregrino nos recorda que estamos sempre a caminho, em processo de conversão e amadurecimento. Já ser chamado é reconhecer a voz de Deus que, dia após dia, nos convida à santidade, ao serviço, ao amor e à missão.
No Evangelho de Mateus, encontramos o que disse Jesus: “Muitos são chamados, mas poucos os escolhidos” (Mt 22,14), que reforça a ideia de que Deus convida muitas pessoas para a salvação, mas nem todos correspondem a esse chamado. Ser escolhido não é uma exclusividade, mas uma resposta livre. Somos livres para acolher ou recusar a proposta do Senhor. E, como diz a canção: “a decisão é tua”.
O Mês Vocacional é uma oportunidade especial para que cada um se reconheça como alguém chamado por Deus e enviado a construir o Reino, seja no sacerdócio, na vida religiosa, no Matrimônio ou na missão leiga. Todos temos uma vocação, e descobrir essa vocação é entender melhor o que Deus planeja para a nossa vida se seguirmos o caminho d’Ele.
Que durante esse mês de agosto, possamos viver com intensidade esse tempo de reflexão e escuta, fortalecendo esse laço com Deus e entendendo o que ele deseja para a nossa vida.
Tainá Leandra Dreissig Coordenadora da Pastoral da Juventude Decanato de Toledo
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Deus não precisa de você, mas te chama mesmo assim! Expressa a ideia que Deus, sendo perfeito e autossuficiente, não necessita da contribuição humana para sua existência ou poder. No entanto, Ele escolhe, em sua graça, amor e misericórdia, convidar-nos para um relacionamento e um propósito, apesar de não precisar deles. Ele não precisa de nossos dons e talentos, mas convida a servi-lo e a encontrar propósito em Sua vontade.
Este chamado pode ser uma orientação para uma carreira, um ministério específico, ou simplesmente para viver uma vida que glorifique a Deus em todos os aspectos. É um convite pessoal e único que, muitas vezes, envolve uma profunda convicção interior e a busca pela vontade de Deus.
O chamado é universal e Deus quer contar contigo
“A vocação nasce do chamado que Deus faz a todas as pessoas e é uma resposta qualificada da pessoa chamada em ser útil e prestativa aos outros no ambiente, no espaço e no tempo em que vive”.
O chamado é universal para todos os cristãos e envolve viver de acordo com os princípios e ensinamentos de Deus, buscando a santidade em todas as áreas da vida. Alguns são chamados para servir a Deus em posições de liderança na Igreja, como pastores, missionários ou líderes de grupos, enquanto outros podem ser chamados para áreas como ensino, música ou outras formas de serviço. Deus também pode direcionar as pessoas para suas profissões ou atividades cotidianas, utilizando seus talentos e habilidades para servir aos outros e refletir o amor de Cristo no mundo.
No Movimento de Cursilho de Cristandade prevalece a percepção de um convite divino para uma experiência de fé mais profunda e um compromisso renovado com a vida cristã. Ele busca despertar nas pessoas a consciência desse chamado e oferecer ferramentas para vivenciá-lo em suas vidas cotidianas e em seus ambientes, seja na família, no trabalho ou na comunidade. O Cursilho busca transformar a vida da pessoa, ajudando-a a crescer na fé e a se tornar
um agente de transformação, levando a mensagem do Evangelho e os valores cristãos para aqueles que a rodeiam. “Os leigos participam do sacerdócio de Cristo: cada vez mais unidos a Ele, desenvolvem a graça do Batismo e da Confirmação em todas as dimensões da vida pessoal, familiar, social e eclesial, e assim realizam a vocação à santidade dirigida a todos os batizados” (Catecismo da Igreja Católica, nº 941).
O Concílio Vaticano II, voltando às fontes bíblicas, resgatou o significado do Batismo, levando-nos de novo à convicção de que todos somos chamados à santidade. “O Batismo incorpora a pessoa na comunidade cristã, tornando-a participante da vida divina e impulsionando-a para a vivência da vocação cristã, do chamado universal à santidade” (cf. LG 9.39-42; GS 32).
A vocação não é uma recompensa por mérito, nem uma necessidade de Deus. É um ato gratuito de amor, que nos chama a entrega, mesmo sem sermos
essenciais. Deus é pleno em si mesmo, mas escolhe nos envolver em Sua obra. Isso revela que o chamado vocacional é um presente e uma responsabilidade – não um privilégio, nem um status
Vocação tem sua origem da palavra latina “vocare” que significa “ser chamado”. É a inclinação ou habilidade que leva a pessoa a exercer e viver uma determinada “profissão”. É buscar uma forma de vida, uma forma de colocar-se a serviço dos outros e do bem comum, a partir das aptidões naturais, dons e talentos que a pessoa tem.
O Verbo de Deus encarnado também chamou pessoas para a evangelização. Ao ver as multidões cansadas e abatidas, Jesus teve compaixão delas, pois Ele percebeu que eram como ovelhas sem pastor, de modo que disse: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mt 9,36-38). Através da oração continua ao Senhor, as pessoas e as comunidades eclesiais pedem ao dono da messe, o Senhor, para que envie mais pessoas, mulheres e homens para a Sua vinha.
A vocação, portanto, nasce do chamado que Deus faz a todas as pessoas e é uma resposta qualificada da pessoa chamada em ser útil e prestativa aos outros no ambiente e no tempo em que vive.
Agosto é o Mês Vocacional no qual as pessoas veem com alegria e com amor a vocação, e é oportunidade para rezar pelo aumento das vocações à vida sacerdotal, religiosa, matrimonial e laical. O ano vocacional aprofunda a vocação que o Senhor concede para as pessoas e a missão na qual o ser humano atua no mundo de hoje.
Renata Hirata Cursilhista da Diocese de Toledo
Vamos dar uma pausa naquilo que vínhamos tratando nessa coluna, ou seja, sobre nossas áreas de atuação externas, para falarmos um pouco sobre como a Cáritas sustenta sua atividade e suas ações. Recentemente, nos dias 8 e 9 de julho, a Cáritas Brasileira Regional Paraná, da qual a Cáritas Diocesana de Toledo faz parte, reuniu-se para monitorar as ações da rede, que haviam sido planejadas no início deste ano.
Rede Cáritas se reuniu de modo on-line para monitoramento das ações e planejamento
Que a Cáritas faz o seu trabalho em rede, nós já sabemos. Existe sua esfera diocesana, regional, nacional e internacional. Contudo, momentos de alinhamento de suas ações se fazem indispensáveis. Tudo isso, seguindo uma metodologia conhecida como PMAS – Planejamento, Monitoramento, Avaliação e Sistematização. Ela compreende um conjunto de procedimentos e instrumentos que visam à gestão integrada dos processos que orientam a prática realizada pela Cáritas.
Em linhas gerais, acontecem três encontros ao longo do ano: um no início do ano, geralmente entre fevereiro e março, que é a etapa de planejamento, para discutirmos as ações e montarmos o Plano Operacional Anual (POA) e definirmos as áreas de atuação que serão prioridade ao longo do ano. Em seguida, entre os meses de junho e julho, nos reunimos para debater sobre os avanços, desafios e perspectivas das ações planejadas, e verificarmos se são necessárias mudanças naquilo que havia sido planejado – essa é a etapa de Monitoramento. Por fim, no final do ano, entre novembro
“Para uma instituição se manter forte e crescente, são necessárias mais que boas ideias e ações, intenções ou atendimento pontuais, mas sim, uma integração de pensamentos, práticas e estruturas”.
e dezembro, acontece a última parte, a Avaliação e Sistematização, em que verificamos como foi o andamento das atividades, avaliamos os resultados, conversamos sobre aquilo que não deu certo e os motivos que levaram a isso, e damos encaminhamos para a etapa do ano seguinte.
Se nos detivermos um pouco para estudar o sistema PMAS, vamos encontrar sua definição como “um conjunto articulado de concepções e metodologias, mecanismos e rotinas, que favoreçam melhor a organicidade da vida institucional e maior qualificação de sua ação programática e gerencial” (Corcione, D. 2007).
De maneira clara, é possível perceber que, para uma instituição se manter forte e crescente, são necessárias mais que boas ideias e ações, intenções ou atendimento pontuais, mas sim, uma integração de pensamentos, práticas e estruturas. Ou seja, não basta reali-
zar atividades ou executar projetos isoladamente, é preciso que haja alinhamento entre os valores da instituição, os métodos de trabalho, os instrumentos utilizados no dia a dia e as rotinas de gestão e avaliação.
Assim, espera-se que a Cáritas continue tendo a capacidade de funcionar como um organismo vivo, articulado e coerente, em que as diferentes entidades membro e regionais interagem, cooperem e atuem com o mesmo objetivo: garantir e proteger os direitos dos mais débeis. Com a aplicação dessa metodologia, podemos fortalecer a gestão participativa e estratégica, a articulação entre as áreas de atuação e os projetos, e ganhar amplitude na capacidade de reflexão e de transformação.
Muito mais do que apenas uma técnica, realizar e implementar o PMAS é uma atitude de repensar o nosso fazer enquanto Cáritas, tornando o processo vivo, comprometido com a nossa missão de “‘Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social”, e nos adaptando com as constantes mudanças e necessidades da atualidade.
Marcus Vinicius de Jesus Sanita
Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo
Colégio Cecília Meireles é Anglo. er parte da Nação Anglo é levar a a vida a força de quem aprende om propósito, sonha grande e nfrenta desafios com coragem. esde os primeiros passos até os andes voos, aqui a formação vai além do conteúdo — constrói lores, fortalece o caráter e deixa rcas para sempre. Porque quem é Anglo, nunca deixa de ser.
O Colégio Cecília Meireles deseja um
Feliz dia dos Pais
Na medida em que são conhecidos novos dados do Censo 2022, realizado pelo IBGE, são reveladas informações que dizem respeito ao retrato da população na região da Diocese de Toledo. Dentre os números apresentados estão a população residente na área urbana e na área rural. São dados importantes para uma análise inicial em relação à movimentação das pessoas que ocupam esses espaços.
No total, a população residente nos municípios da área de abrangência da Diocese de Toledo cresceu 17%, passando para 418.832 habitantes (Censo 2022). A população urbana, somados os 19 municípios, cresceu 21,6%, enquanto que a população residente na área rural caiu 4,7% no período 2010-2022.
Das 19 cidades de abrangência da Diocese de Toledo, 17 apresentaram crescimento populacional na área urbana. Mercedes, Jesuítas, Pato Bragado e Maripá tiveram crescimento na faixa de 30% a 41%. Na proporcionalidade, em percentuais, Mercedes se destaca com crescimento de população urbana em 41% no período de 12 anos. Em números absolutos, passou de uma população urbana 2.439 habitantes para 3.449 habitantes no comparativo do Censo de 2010 para 2022.
No mesmo período, mas com crescimento de população urbana na faixa de 20% a 29%, estão oito cidades, sendo Palotina despontando com 29,9%, seguida por Toledo, Entre Rios do Oeste, Quatro Pontes, Ouro Verde do Oeste, Nova Aurora, Marechal Cândido Rondon e Nova Santa Rosa.
Na faixa de 10% a 19% estão as cidades de Assis Chateaubriand, Formosa do Oeste e Terra Roxa. Já a população urbana de Tupãssi cresceu 7,7%.
Somente duas cidades tiveram diminuição da população urbana. São elas: Iracema do Oeste (3%) e São Pedro do Iguaçu (2,1%). Aliás, nestas duas cidades a situação é mais crítica, pois a população total apresentou acentuada queda, em torno de 10%.
A população urbana de Guaíra ficou praticamente estável, com crescimento de apenas 1,7%. Mas o que chama a atenção na cidade da fronteira é o crescimento populacional daqueles que declararam residência na área rural de Guaíra: 36% de crescimento em 12 anos. É o que aponta o Censo de 2022 no comparativo com base de dados de 2010.
Somente outras quatro cidades da
região apresentaram crescimento populacional na área rural, aparecendo com destaque Toledo (12,6%), seguida de Ouro Verde do Oeste (4,9%), Quatro Pontes (3,5%) e Marechal Cândido Rondon (1,3%). Os demais 14 municípios da região apresentaram queda na população residente na área rural, com percentuais ultrapassando a casa de 20% nas cidades de Tupãssi, São Pedro do Iguaçu, Palotina, Jesuítas e Iracema do Oeste.
O crescimento populacional na área urbana impõe desafios, sendo alguns deles na área habitacional e de saneamento. O aumento populacional, de um modo geral, exige novas escolas, unidades de saúde e contratação de profissionais que vão atuar nesses segmentos. Por isso, os governos locais precisam ser mais eficientes no planejamento e na prestação de serviços à população. Vale analisar ainda os motivos que levaram a saída da população do meio rural. Os fato-
res são os mais diversos, e vão desde aqueles que utilizam o campo apenas para a produção e residente nas cidades, até fatores como oportunidades de trabalho e renda. Por isso acontece o incentivo a programas de sucessão familiar nas propriedades rurais, mas eles precisam estar atrelados a condições encontradas no meio urbano, como por exemplo, a conectividade para fazer frente às demandas dos negócios no campo e, consequentemente ao conforto e lazer.
As obras do Contorno de Palotina já estão em 62% de seu total de construção. O contorno viário vai facilitar o fluxo de veículos, principalmente pesados, pelas rodovias que conduzem ao complexo, onde funcionam dois abatedouros, fábrica de rações e esmagadora de soja da cooperativa C.Vale. A execução do contorno acontece por meio de parceria entre a cooperativa e o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Obras de Contorno de Palotina avançam para mais de 62% do cronograma
Com o avanço das obras, ocorrem várias alterações de fluxo dos veículos, o que exige mais atenção dos motoristas que passam pelo local. Ainda mais agora em que está em fase de execução o aterro do novo viaduto, cujo trabalho
deve se estender até setembro, segundo informou a construtora Castilho, que executa a obra.
O contorno viário terá 15,2 quilômetros de pistas, viaduto, trevos e rotatórias ligando Palotina a Assis Chateaubriand, Terra Roxa, Francisco Alves
e Toledo. A obra está orçada em, aproximadamente, R$ 170 milhões e vai facilitar o fluxo de entrada e saída de veículos do complexo agroindustrial da C.Vale, em Palotina.
O local concentra um abatedouro de frangos, um frigorífico de peixes, uma fábrica de rações, incubatório avícola e esmagadora de soja. A cooperativa projeta circulação de 5.500 veículos por dia até 2030 nas rodovias que conduzem ao complexo.
O investimento foi viabilizado em um convênio firmado pelo poder público estadual, por meio do DER, com a cooperativa, que prevê que a obra seja conduzida pela C.Vale, com abatimento de impostos estaduais, em especial do ICMS, de forma proporcional ao volume que será investido.
A Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero (Cevige) e a Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados (CDDPD) da Subseção de Toledo da OAB/ PR promovem, neste dia 7 de agosto, a partir das 18h30, mesa redonda para refletir sobre um tema dos mais relevantes nos dias atuais.
“Violência de gênero
A cultura machista, manifestada pelo agressor nas redes sociais, desqualifica, humilha e ataca psicologicamente a mulher. Por isso, a “Violência de gênero nas redes sociais” é compreendia como qualquer tipo de agressão, ameaça, assédio, ofensa, difamação, exposição de conteúdo íntimo sem consentimento, ou discurso de ódio direcionado a alguém em ambientes virtuais. O mais grave é quando esse discurso, presente no meio digital, chega ao “mundo” real por meio dos casos de agressão física.
O estudo “Observatório da indústria da desinformação e violência de gênero
nas plataformas digitais”, elaborado pelo Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), alerta para o problema. Uma análise computacional dos títulos de vídeos na internet, identificou “Desprezo às mulheres e insurgência masculina” como o tema mais recorrente, presente em 42% dos títulos dos vídeos. Além disso, o estudo analisou anúncios nas redes sociais. Grande parte dos mais de 1.500 anúncios apresentavam conteúdo misógino, reforço de estereótipos e ameaça à saúde das mulheres.
online: há limites para o ódio nas redes?” é a questão que será objeto de reflexão e debates com a participação da professora Ana Nisiide, psicóloga e assistente social, e pelo advogado Bruno Schmidt Silva, presidente da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados da Subseção de Toledo. A mediação dos debates estará a cargo da advogada Maria Cecília Ferreira, que preside a Cevige.
O evento será realizado no auditório da Subseção da OAB e celebra os 19 anos de vigência da Lei Maria da Penha (LMP), que é um marco na luta pela proteção das mulheres e contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Este será o quarto ano consecutivo que a Cevige realiza mesa redonda sobre temáticas relacionadas à LMP e às políticas públicas que dela decorrem. Desta vez, contando com a parceria da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados.
As inscrições para o evento serão abertas proximamente e realizadas pela plataforma Sympla. O auditório da sede da Subseção fica localizado na Rua Zilda Arns Neumann, 999, no Jardim Tocantins.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) publica a Cartilha dos Direitos e Deveres do Trabalhador Latinoamericano, escrita em português e em espanhol. A publicação visa a orientação sobre relações trabalhistas. Ela pode ser acessada pelo QR Code nesta página.
A cartilha esclarece as funções da Carteira de Trabalho e Previdência Social, as formas de contratação, os direitos básicos dos trabalhadores, com repouso semanal, horas extras, 13º salário, férias, insalubridade. Também
mostra os deveres do trabalhador, como pontualidade, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e disciplina. De modo impresso, a Cartilha está sendo entregue pela Polícia Federal (PF) no Paraná. A Polícia Federal é o principal órgão de registro e controle dos imigrantes no Brasil. A estratégia é que a publicação possa ser retirada por imigrantes com origem nos países latinoamericanos ao chegar ao Brasil ou por aqueles que já vivem aqui e procuram a PF para regularizar a documentação.
Versão Digital da Cartilha dos Direitos e Deveres do Trabalhador Latinoamericano
Os membros do Comitê Mulher e Comitê Jovem da Sicredi Progresso PR/ SP foram desafiados a indicarem quatro microempreendedores para participarem do projeto ‘Capital de Incentivo’, promovido pela Central Sicredi PR/SP/ RJ.
O projeto será desenvolvido por seis meses com conclusão prevista para novembro. Nesse período, os microempreendedores serão mentorados por integrantes dos Comitês e pela equipe de Desenvolvimento do Cooperativismo, aprimorando o negócio e estudando como investir o recurso recebido de forma assertiva - serão R$ 5 mil para cada.
A etapa de processo e seleção das histórias foi finalizado, por meio de indicação, inscrição e votação dentro dos Comitês. As microempreendedoras vencedoras na etapa foram: Taís Sausen, Sônia Volkweis, Júlia Heiss e Aline Sulzbacher da Silva.
“Projetos como esse reforçam como é importante o papel e iniciativas das cooperativas na inclusão financeira das pessoas, como é o caso dessas microempreendedoras. Neste Ano Internacional das Cooperativas chamamos atenção para o quanto podemos, juntos, contribuir com o desenvolvimento econômico e também social das regiões onde estamos. Esperamos que elas aproveitem a oportunidade e que os negócios progridam ainda mais”, ressalta o presidente da Sicredi Progresso PR/SP/RJ, Inácio Cattani.
Sônia Volkweis, moradora da Linha São João em Novo Sarandi, distrito de Toledo/PR, é uma das selecionadas. Também produtora rural de suinocultura e leite, conta
que começou com a renda extra ao vender nata e cucas por encomenda. “Incentivada pelos meus filhos que me pediam lanches para levarem ao trabalho, iniciei com as cucas. As pessoas gostavam e pediam se eu faria para vender e foi assim o começo, entregando as cucas nas próprias formas de alumínio. Hoje, tenho embalagens específicas e até etiquetas”, afirma Sônia.
Com o capital de incentivo, Sônia pretende investir em um forno maior ou adicional para ampliar a produção de cucas, que hoje possui sete sabores diferentes como Nutella, Doce de leite, Chocolate, Vinho, Abacaxi, Requeijão e Requeijão com doce de leite, além de adquirir mais embalagens e matéria-prima para a produção.
A idealização do projeto e os recursos vêm da Central Sicredi PR/SP/RJ e é realizado em conjunto com as cooperativas locais, onde estão os Comitês. Ao todo, serão mais de meio milhão de reais investidos em todas as regiões de atuação da Central que possuem Comitês Mulher e Jovem.
O mês de agosto é dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e ficou conhecido como Agosto Dourado, em alusão ao padrão ouro de qualidade do leite materno – o alimento mais completo, seguro e acessível que uma criança pode receber nos primeiros meses de vida. A cor dourada simboliza esse valor inestimável da amamentação para a saúde da criança, da mãe, da família e da sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS) e o Ministério da Saúde, o leite materno deve ser o único alimento até os seis meses de vida do bebê e deve ser mantido, junto a outros alimentos saudáveis, até pelo menos os dois anos de idade. Isso porque o leite materno contém todos os nutrientes essenciais, além de anticorpos naturais que protegem contra infecções, alergias, diarreias, doenças respiratórias, obesidade e diabetes. A amamentação fortalece o vínculo entre mãe e filho, favorece o desenvolvimento emocional e intelectual da criança e reduz, nas mulheres, o risco de câncer de mama e ovário. Também traz benefícios financeiros
A Redação acrescenta nota informativa a este artigo que a amamentação traz consequências altamente positivas para a saúde da criança. A natureza humana é assim e a ciência comprova. Contudo, ainda é desafiante para o País ampliar a prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) e o prolongamento da oferta do leite materno ao bebê. Conforme o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), a duração mediana do aleitamento materno exclusivo no Brasil era de 3 meses. Novos resultados de
2024 ainda estão por serem divulgados e há uma expectativa quanto aos novos índices. O campo de desafio está justamente nesse item, pois conforme o estudo, apenas metade das crianças brasileiras mamou por pelo menos 15 meses. Contudo, as prevalências de AME e de aleitamento materno continuado no primeiro ano de vida, estão aquém do preconizado pela OMS, e uma grande proporção das crianças usava chupeta ou recebia alimentos por mamadeiras, o que pode prejudicar a continuidade do aleitamento materno.
diretos para a família: evita o gasto com fórmulas artificiais, que muitas vezes são caras e não oferecem a mesma proteção, e dispensa o uso de bicos artificiais, como mamadeiras e chupetas, que podem causar prejuízos à saúde bucal da criança, como alterações na arcada dentária, na respiração e na fala.
Para a sociedade, o aleitamento materno contribui para reduzir internações, gastos com medicamentos e atendimentos hospitalares, além de ser uma prática sustentável e ecológica, sem gerar lixo ou impactos ao meio ambiente.
A Pastoral da Saúde, em sintonia com a Igreja no Brasil, reconhece a amamentação como uma missão de cuidado e valorização da vida. Durante este Agosto Dourado, nossas comunidades são chamadas a apoiar concretamente as mães que amamentam, criando redes de escuta, orientação e acolhida – seja nas paróquias, nas visitas domiciliares, nos grupos de gestantes ou nas unidades de saúde.
Que a Igreja, em sua ação pastoral, continue sendo luz e presença junto às famílias, promovendo a saúde desde o início da vida e fortalecendo uma cultura de amor, fé e solidariedade.
Ana Carolina R. Vieira Cirurgiã dentista, pós-graduada em Odontopediatria, com especializações em Atendimento à Gestante e ao Bebê, Saúde Bucal do Bebê, Laserterapia e Consultora em Amamentação
Vitor Gabriel V. Nabão
Membro da Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Terra Roxa | PR
A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon, recorda a festa do Padroeiro deste ano com muito carinho, notadamente pela participação dos fiéis na intensa programação que contou com Tríduo de orações e escuta da Palavra, bem como a missa presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Muito bonita a presença de membros do Apostolado da Oração, com suas fitas vermelhas e corações vibrantes, testemunhando o amor fervoroso que há anos sustenta essa devoção na vida paroquial. A comunidade celebrou ainda a memória do Imaculado Coração de Maria, um gesto de continuidade espiritual que une o Coração da Mãe ao Coração do Filho.
O Guilherme Fernandes de Almeida, da Capela São João Batista – Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) aproveitou a Festa Paroquial para uma foto com o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e com o pároco, Pe. Luiz Carlos Franzener, e o vigário paroquial, Pe. Mauro Cassimiro
Ação de Graças pelos 17 anos do Grupo de Jovens Sentinelas, da Paróquia São
coordenador foi o Thiago Zanardi, hoje Pe. Thiago, da Paróquia São Francisco de Assis, Alvorada (Tocantins)
Lourdes Dill comemorou aniversario dia 29/07 recebe a homenagem da filha Viviane do neto Ryan e da comunidade Nossa Senhora de Fatima (Vila Nova)
Adalgizo Gomes Araujo
15/11/1953
19/08/2015
E se foram dez anos de saudade, dez anos que nossa casa ficou maior, dez anos que sua voz grave não ecoa mais e sua risada desapareceu, dez anos que tivemos que aprender que um dia após o outro pode ser um bálsamo à alma e que nada preenche o vazio que ficou no lugar que você ocupava.
Assim seguimos sem ti, mas com o coração acalentado por Deus, por Ele ter permitido que você estivesse conosco durante todos esses anos. Ficou o exemplo de ser humano, marido, pai...
O espaço que a saudade ocupa é proporcional ao tanto que te amamos.
Eternamente em nossos corações.
Ryan Vinicius Dill comemorou aniversario dia 29 / 07 recebe homenagem da mãe Viviane e da vovó Lourdes e demais amigos da comunidade Nossa Senhora de Fatima (Vila Nova)
Cumprimentos ao nosso coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, que comemora o 13º aniversário de sua ordenação presbiteral em 18/08. Pe. André também é responsável pelo Centro Integrado de Comunicação, presidente executivo da Cáritas Diocesana, membro da Comissão Diocesana da Animação Bíblica, assessor diocesano da Pastoral da Comunicação, do Conselho de Nacional de Leigos do Brasil –Toledo, e membro do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores
Pe. Juarez Pereira de Oliveira, reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, comemora o 11º ano de sua ordenação presbiteral (30/08). Ele é também assessor diocesano do Setor Juventude, da Renovação Carismática Católica e membro do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores
Neste dia 29/08, Pe. Vagner Aparecido Alves comemora 10 anos de sacerdócio. Atualmente, ele está liberado pela Diocese de Toledo para serviço na CNBB –Brasília, como secretário nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM)
Neste dia 25/08, cumprimentamos o pároco da Paróquia Sagrada Família (Toledo), Pe. André Fatega, que celebra 18 anos de seu ministério presbiteral. Pe. André também é assessor diocesano da Pastoral do Batismo
Felicidades ao Pe. Leonardo
Ribeiro de Souza Castro, pároco da Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand), e também assessor diocesano do Movimento das Capelinhas de Nossa Senhora, pelo 2º ano de sua ordenação presbiteral (5/08)
Frei Doriano Ceteroni, da Ordem dos Agostinianos Descalços (OAD) chega ao 50º aniversário de sua ordenação presbiteral (23/08)
Parabéns ao Pe. Jairo Itamar dos Santos, vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand), que celebra 6 anos de sua ordenação presbiteral (17/08)
Neste dia 17/08, cumprimentamos o Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, reitor do Seminário São Cura d’Ars (Quatro Pontes) pelo 12º aniversário de sua ordenação presbiteral. Ele é também assessor diocesano da Pastoral Vocacional/ Serviço de Animação Vocacional e da Comissão dos Servidores do Altar, além de membro do Conselho de Presbíteros
dia 19
junho
Felicidades ao Pe. Valdeci Gaias, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), que comemora 14 anos de sacerdócio neste dia 28/08
Parabéns ao Pe. Anderson Tomadon Sgarbossa, pároco da Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon), que neste dia 20/08 completa o 9º aniversário de sua ordenação presbiteral. Pe. Anderson também é vice-presidente da Casa de Maria – Unidade de Marechal, auditor do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Toledo e membro do Conselho de Presbíteros
Pe. Lucimar (pároco) e Pe. Milton (vigário paroquial) com parte do grupo de crianças que trouxeram as velas para o rito devocional
Rito de bênção das crianças
FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
Os católicos de Assis Chateaubriand deram mais uma linda demonstração de forte devoção a Nossa Senhora do Carmo. A festa paroquial celebrou a proteção de Nossa Senhora e as bênçãos de Deus a este povo que incansavelmente ergue as mãos para o céu e agradece os benefícios alcançados. Desde a peregrinação, que levou o Evangelho às empresas, até a carreata, missa e festejos populares, houve forte presença dos fiéis. Muito bonita a participação das famílias, que levaram seus filhos para o momento de coração da imagem da Padroeira. Que cada dia mais Nossa Senhora do Carmo mostre os caminhos de Jesus a esta comunidade de fé – Fotos: Pascom
Festejos populares para comemorar os 61 anos da Paróquia
Momento devocional de coroação da imagem de Nossa Senhora
Apostolado
Entrega do escapulário, símbolo devocional a Nossa Senhora do Carmo
Coral Cristo Rei, de Toledo, animou uma das celebrações da Padroeira
Equipe da Pastoral Familiar, da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) com o pároco, Pe. Valdecir Caires Trajano
Olha só o grupo grande e animado do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, da Paróquia São Vicente Pallotti (Palotina). Elas se reuniram para rezar e agradecer pelos 9 anos de atividades, comemorados em 18/07. As mães se encontram toda segunda-feira, às 14h30, na Igreja Matriz de Palotina para rezar pelos filhos – Foto: Adriana Weber
Vanderlei Ghelere com participantes dos festejos de São João, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Tupãssi
Dentre as devoções de maior participação popular está a de São Cristóvão. Na festa do Padroeiro dos Motoristas, realizada em Toledo, milhares de devotos participaram da procissão com bênção, missa e almoço festivo, com o delicioso costelão ao fogo de chão. Foram cerca de cinco horas de filas de veículos, entre caminhões, veículos de passeio, motos e ciclistas que passaram pela imagem do Padroeiro e participaram do rito de bênção conduzido pelo pároco, Pe. Marcos Denck da Silva, pelo vigário paroquial, Pe. André Boffo Mendes, e Ministros Auxiliares da Comunidade. A organização das equipes fez a festa fluir de maneira agradável em todos os momentos –Fotos: Franciele Bock
Este foi o tema de encontro organizado pela Pastoral Familiar, da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), que contou com a participação de centenas de casais e teve assessoria de Maurício Michelon e esposa Clarice. Uma noite memorável, marcada pela renovação da missão como famílias cristãs, chamadas a serem sinais do amor misericordioso de
Deus no mundo. A presença dos casais testemunhou o amor conjugal que cresce na fé. “Nosso muito obrigado a todos que colaboraram na organização, animação, preparação e realização deste encontro. Que Deus, na sua infinita bondade, abençoe a cada família com muita paz, saúde e perseverança” – Pastoral Familiar
No La Salle Toledo, a educação financeira está presente no cotidiano dos estudantes, desenvolvendo autonomia, responsabilidade e consciência desde os primeiros anos do Ensino Fundamental.
Formamos estudantes prontos para planejar, calcular e tomar decisões de forma equilibrada com:
Palestras e rodas de conversa que incentivam o uso consciente dos recursos financeiros.
Feiras gastronômicas que unem matemática, criatividade e empreendedorismo.
Visitas de campo a supermercados promovendo o consumo responsável com escolhas saudáveis.
Com essa base, nossos estudantes crescem mais preparados para os desafios do mundo real e aprendem que o dinheiro deve ser um aliado.
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(45) 98812-5448 lasalletoledooficial