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ED ITO R I A L

Foi um sucesso! Eduardo Corrêa Riedel PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL DO SEBRAE/MS

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alar bem de nossas próprias realizações é algo como atirar confetes e se jogar embaixo, mas não há como deixar de fazer referências positivas à Feira do Empreendedor, realizada de 21 a 24 de agosto. Dizer que o evento superou as expectativas e que foi vitrine do empreendedorismo sul-mato-grossense não é falta de modéstia diante dos resultados obtidos. Tivemos exposição de 150 marcas e foram realizadas mais de 250 atividades diferentes. Ultrapassamos a casa dos 30 mil visitantes, sendo que desses, 2,8 mil vieram do interior. Do ponto de vista empresarial, a feira reuniu as diversas faces do universo das micro e pequenas empresas. Do ponto de vista do público, foi também uma oportunidade de lazer e atualização em relação às possibilidades para quem tem o espírito inquieto que impulsiona o empreendedorismo. Foi um evento sem retoques e parte do que se viu por lá está nesta edição do Conexão, que traz conteúdos apresentados por especialistas que estiveram na Feira. E se temos tudo para conquistar novamente o título de melhor Feira do Empreendedor do Brasil, esse resultado se deve à organização, criatividade e dedicação de nossos colaboradores, que mostraram muita garra e merecem nosso aplauso e reconhecimento. Muito obrigado, equipe SebraeMS!

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#Fica a dica 6 vídeos do Sebrae com dicas exclusivas de especialistas renomados: Gustavo Cerbasi Como organizar o dinheiro da empresa e da família Setembro 2014

Elmano Nigri Como selecionar a equipe no pequeno negócio Setembro 2014*

Mário Persona Como o aposentado deve escolher o futuro negócio Outubro 2014*

Dudu Braga Características para o sucesso pessoal e empresarial Outubro 2014*

Ricardo Magalhães Erros clássicos na hora de empreender Novembro 2014*

Zico Engaje a equipe e alcance melhores resultados Novembro 2014*

Acesse: youtube.com/CanalSebraeMS *Meses de publicação sujeitos a mudanças.

PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL: EDUARDO CORREA RIEDEL • DIRETOR SUPERINTENDENTE: CLÁUDIO GEORGE MENDONÇA • DIRETOR TÉCNICO: TITO MANUEL S. B. ESTANQUEIRO • DIRETORA DE OPERAÇÕES: MARISTELA DE OLIVEIRA FRANÇA • ENTIDADES DO CONSELHO DELIBERATIVO: AMEMS, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, FAEMS, FAMASUL, FECOMÉRCIO, FIEMS, FUNDECT, SEPROTUR, UFMS E SEBRAE • GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO: HENRIQUE FRACALANZA ALVES CORRÊA • PROJETO GRÁFICO: FUTURA PUBLICIDADE E PROPAGANDA • TIRAGEM: 12MIL EXEMPLARES • EDITORA CHEFE: FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • REPORTAGEM: BRUNO TEODORO, DANIELA BENANTE • DIAGRAMAÇÃO: LORRAINE MONGELLI DE CASTRO • GESTÃO DE CONTEÚDO E PRODUTO: JANAÍNA MANSILHA • CONSELHO EDITORIAL: EQUIPE SEBRAE-MS • SEBRAE-MS: AVENIDA MATO GROSSO, 1661 - CAMPO GRANDE, MS - CEP: 79002-950 - FAX: (67) 3389-5592 - WWW.MS.SEBRAE.COM. BR - CONEXAO@MS.SEBRAE.COM.BR - FALE CONOSCO: 0800 570 0800

PUBLICAÇÃO DO SEBRAE-MS

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R EC U R SOS HU M A NOS

Vença com as pessoas certas

Especialista diz o que fazer e o que evitar na hora de organizar o ‘time’ da empresa Imagine organizar um time de futebol com apenas atacantes considerados craques? Ou somente goleiros? Será que um grupo assim teria sucesso? Com certeza, seria o fracasso total. É por isso que muitas empresas não conseguem ir à frente mesmo com um time de “peso” em seu quadro de funcionários. O segredo está em “empregar as pessoas certas nos lugares certos”, explica o consultor Elmano Nigri, presidente da Arquitetura Humana, empresa especializada em planejamento estratégico humano. Segundo ele, a falta de alinhamento aliada às falhas na comunicação e fraco desempenho do trabalho em equipe, são hoje os fatores cruciais que emperram o sucesso das micro, pequenas e médias empresas. Elmano Nigri ressalta a importância de se ter o capital humano como prioridade numa empresa. De acordo com o especialista, o desafio não é apenas selecionar funcionários pelo seu currículo ou experiência no cargo. Seria justamente mapear o perfil de comportamento dessas pessoas, aliado ao conhecimento que ela tem de vida. “A competência se avalia com a junção desses dois itens: comportamento + conhecimento. Só que o primeiro já nasce com a pessoa – cada um tem suas características próprias. Já o conhecimento

pode ser adquirido. Por isso que muitas vezes a experiência não garante que aquele funcionário vai ser a peça-chave na função escolhida”, explica Nigri. Outra forma de contratação não recomendada por Elmano Nigri seria escolher um funcionário “que entende de tudo um pouco”. Ele recomenda conhecer o DNA da empresa, desenhando o perfil que é necessário para cada posição e com base em sua estratégia comparar o perfil do cargo com o das pessoas que podem ocupá-lo. “Somente dessa forma é possível ter um grupo equilibrado e potencializar os resultados, conhecendo os talentos de cada um”, destaca o especialista. Para reconhecer os profissionais, o consultor sugere buscar informações sobre o Sistema Predictive Index (PI) – que permite levantar o perfil comportamental relacionado às funções, orientando o potencial frente à carreira. E verificar o esforço do funcionário para se adequar à sua função. “Pessoas certas na função certa é o primeiro passo para o alcance da produtividade”, garante Elmano, que comanda uma empresa que tem como missão agregar competitividade às empresas clientes e suas marcas mediante os serviços de consultoria e assessoria na gestão estratégica de seu capital humano.

FOTO: DIVULGAÇÃO

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“É preciso empregar as pessoas certas nos lugares certos”, diz Nigri.

dicas do especialista 1 - ‘Time de peso’ não garante sucesso 2 - Tenha pessoas certas na função certa 3 - Competência = comportamento + conhecimento 4 - Fuja de quem entende de tudo um pouco 5 - Conheça o DNA da empresa


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FOTOS: IVO VICENTIM

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I NDÚ ST R I A

Lucro na pequena indústria

De olho na competitividade, os empresários estão sempre em busca de soluções para algo que vem como produto final de todo e qualquer empreendimento: o lucro. É este “retorno positivo de seus investimentos” que faz muitas vezes o empreendedor buscar em pequenas práticas soluções inteligentes. AG RO N EG Ó C I O

Família no campo

É um dos principais meios de desenvolvimento do agronegócio no Brasil A agricultura familiar é estratégica para desenvolver o agronegócio do Brasil, na opinião do técnico Joaquim Gomide, da Embrapa/GO. “São os agricultores familiares que detém os principais fatores de produção: a terra, a estrutura e a mão-de-obra. E produziriam mais se estivessem mais organizados”, afirma. Vanderley Azambuja Fernandes, de Campo Grande, sempre trabalhou no campo, mas nunca em sua própria terra. Foi quando se tornou agricultor familiar que conseguiu se sustentar com a atividade. “Fiz cursos, me envolvi com a produção e comercialização. Hoje colho os frutos deste esforço”, afirma. Atualmente, produz verduras orgânicas e vende mudas e insumos. Sua propriedade rural, com oito hectares, é tida como modelo pelos técnicos do Sebrae, que o ajudaram nesta caminhada. É uma das poucas áreas no MS

onde se tem um viveiro, com produção de 8 mil mudas/mês. Ele também atua com a comercialização de 14 produtores orgânicos, por meio de uma cooperativa, e dá a dica: “O sucesso vem de se qualificar e se unir a outros produtores”. Já Joaquim Gomide acredita também na contratação particular de téc-

nicos. “Trago exemplos concretos de agricultores que se uniram, passaram a pagar os técnicos e hoje conseguem até manter os filhos dentro da propriedade”, destaca ao lembrar que a sucessão familiar no campo não ocorre quando os jovens se sentem sem perspectiva para produzir e vender.

Agricultura Familiar no Brasil É da agricultura familiar que vem 87% da produção nacional de mandioca, 70% do feijão que consumimos e 60% do leite que bebemos.

87%

70%

60%

Mandioca

Feijão

Leite Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

economize energia Fábio Sales Dias, consultor da CNI, afirma que a indústria perdeu competitividade nos últimos anos justamente pelo fator “energia”. Segundo ele, dependendo do segmento analisado, os custos são muito elevados. “Podemos citar a indústria de alumínio, onde 40% do custo do produto depende do valor da energia elétrica”. É preciso “entender” essa conta e estudar alternativas para baixar o custo. “Com práticas corretas, podemos reduzir em até 25% o valor da tarifa de energia de uma indústria”, calcula. E esse custo acaba sendo repassado ao cliente, como lembra Ricardo Camparim, engenheiro eletricista do Senai que orienta empresários sobre o uso de tecnologias para reduzir a tarifa energética. “São práticas que a gente conhece, mas não faz, como o uso de lâmpadas de

FOTOS: ILUIZ HENRIQUE

Práticas de fácil aplicação trazem economia e resultam em mais lucratividade led ou reduzir o ar condicionado. Com atitudes simples, dá para economizar cerca de 40% da conta”, afirma. estude novas maneiras Ricardo também cita medidas no dia-a-dia da empresa que resultam em mais economia e lucro. Pode ser uma mudança no turno de produção, por exemplo, ou redução no horário de funcionamento de uma fábrica. Tudo depende do segmento estudado. “Sempre cito o caso de um empresário que nos procurou com gastos de R$20 mil/ mês de energia. Em dois anos, ele teve um prejuízo de R$200 mil por causa de um contrato mal feito e da falta de controle da demanda. Esses valores poderiam ter sido revertidos em investimento”.

Uma das formas de obter lucro na pequena indústria é economizando energia

Embalagens X Lucro Outro detalhe que pode resultar em lucro é o investimento em embalagens. Fábio Mestriner, professor e designer, divulga em todo o País a influência deste item em qualquer produto. “Se o produto é embalado, há impacto”, garante. Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens, mostrou que os consumidores não separam a embalagem do conteúdo, ou seja,

se a embalagem é ruim, julgam o produto da mesma forma. “Nos mercados, por exemplo, os concorrentes estão um ao lado do outro. Os que têm embalagens ruins sempre são os mais baratos, mas isso não quer dizer que vendam mais. Muitas vezes o consumidor escolhe aquele produto que está em uma embalagem mais apresentável, mesmo que seja mais caro”, ressalta Mestriner. Um trabalho da Associa-

ção e do Sebrae refez 500 embalagens de produtos. Segundo Mestriner, 100% dos empresários apresentaram crescimento nas vendas depois da mudança. “Uma pequena fábrica de chocolate de Santa Catarina investiu na embalagem e hoje é uma rede de lojas”, garante. “Através da embalagem, a pequena empresa pode ser grande aos olhos do consumidor”, resume.


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Ideias de novos negócios e soluções para empresas

FOTO: DANIELLE MUGARTE - AF UFMS

como a tecnologia pode transformar conceitos e inovar modelos de negócios

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om o amplo acesso à internet, a cada dia surgem novas ideias e práticas que podem ser facilmente aplicadas nas micro e pequenas empresas. Sempre há algo novo que surpreende, tanto pela criatividade e inovação, como tecnologia utilizada. Durante a sexta edição da Feira do Empreendedor MS do Sebrae, várias dessas ideias foram apresentadas aos empresários e puderam ser vistas bem de perto.

Pedalada Sustentável Já imaginou assistir à televisão ou ligar a lâmpada do quarto utilizando sua energia muscular? Sim, isso é possível com o pedal sustentável. A bicicleta é conectada ao rolo de treino gerador, que promove a eletricidade unindo atividade física com sustentabilidade. “Podemos usá-lo até para fazer propaganda nas ruas já que a caixa de som é ligada pelo rolo gerador”, explica o inventor e engenheiro eletricista José

Carlos Armelin, que já dá a dica de um novo negócio. ensino interativo A empresa i9 Soluções, de Campo Grande, apresentou tecnologia para empresas de educação, como a lousa digital, mesas pedagógicas e tablets educativos. Um dos destaques é o projetor interativo, que transforma uma parede comum em lousa digital. “As soluções são voltadas para o dia-a-dia do profes-

hand talk Na tradução para a língua portuguesa, significa “falar com as mãos” e é justamente isso que traz a plataforma de tradução para libras – língua de sinais utilizada por pessoas surdas. Com este dispositivo, o conteúdo de uma empresa que possui site na internet fica acessível em libras, por meio do personagem virtual batizado de Hugo. Segundo o inventor Ronaldo Freitas, empresário de Maceió (AL), a ideia surgiu há sete anos durante um trabalho acadêmico, mas só foi colocada em prática em 2012. E de lá pra cá já conquistou 700 clientes no País. “Para o micro e pequeno empresário a plataforma contém duas vantagens: responsabilidade social e acesso a um público considerado praticamente invisível, que é a comunidade surda. Mas então me perguntam. O surdo não sabe ler? Eu respondo que a linguagem de sinais é bem diferente da língua portuguesa, por isso é necessária a tradução”, explica Freitas. A ideia do empresário recebeu o selo WSA de melhor aplicativo social do mundo pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pode ser baixado em tablets e celulares. Os clientes fazem planos pré e pós-pagos e garantem assim a visibilidade da sua empresa para cerca de 10 milhões de pessoas no País que estão nessa condição. Acesse: http://www.handtalk.me/app. simuladores digitais Ainda na Feira foi possível conhecer os sistemas de tecnologia utilizados nos cursos técnicos do Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, uma prova de que esse é um filão da competitividade em todos os setores. Os simuladores de solda, o de escavadeira, empilhadeira, colheitadeira, reproduzem a forma exata da utilização do material e ajudam nas provas práticas, segundo o técnico Aparecido Silva. “O aluno tem um contato quase que real. É de suma importância contarmos com essa ferramenta”, explica.

FOTO: AFRANIO PISSINI

sor, para envolver os alunos por meio da tecnologia”, explica o empresário Paulo Corrêa. As lousas podem ser utilizadas desde a educação infantil, passando pela especial, até nível universitário.

IN OVAÇ ÃO

A bicicleta sustentável produz eletricidade ao ser pedalada

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O Hand Talk é uma platafo rma de tradução para libras FOTO: PAULO HENRIQUE CORRÊA

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Projetor interativo.

O simulador de escavadei ra foi apresentado na Feira


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ENT R E VI STA

Como fazer sua empresa crescer

sário. A própria atitude de se antecipar ao problema conta pontos extras na avaliação de crédito e ajuda a baratear esse capital.

Gustavo Cerbasi é um dos mais conceituados autores sobre gestão de empresas

Quais as principais falhas na administração de pequenos negócios? Quando a empresa tem sucesso nas vendas, reconhecimento de seus clientes e aumento de sua participação de mercado, mas o lucro não aparece, é evidente que ela tem problemas financeiros. Os principais erros cometidos são: 1) a falta de planejamento eficaz que permita mapear e entender o fluxo e o ciclo de caixa da empresa, 2) o superdimensionamento ou investimento em equipamentos e recursos pouco produtivos e 3) o uso de empréstimos em vez de financiamentos, que acabam por encarecer as despesas financeiras e comprimir os lucros. Tais falhas podem ser remediadas com investimento em conhecimento financeiro e melhoria na negociação do crédito, o que, geralmente, se consegue ao disseminar cursos gerenciais entre os tomadores de decisão nas empresas.

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Qual o primeiro passo para a saúde financeira da pequena empresa? O primeiro passo é adquirir conhecimento técnico básico para gerenciar empresas. Não sugiro que o empresário inscreva-se em um MBA Finanças, mas sim que pesquise por cursos gerenciais de curta duração, como Finanças Gerenciais, Administração do Capital de Giro e Análise de Investimentos. São cursos de 10 a 30 horas que discutem as relações básicas entre os números da contabilidade empresarial e induzem o empreendedor a demandar relatórios mais específicos de seu contador. Com esse conhecimento e um plano de negócios básico, o empreendedor saberá conduzir as finanças com segurança. Como produzir um plano de negócios concreto que seja fácil de seguir? O plano de negócios deve ser adequado para comunicar a estratégia da empresa a potenciais fornecedores de crédito e investidores. Na prática, é preciso que ele contenha uma boa projeção dos investimentos a serem feitos, da capacidade de geração de caixa e de lucros e das necessidades de capital que surgirão nos próximos meses. Parece simples, mas essas estimativas só serão boas se o empreendedor tiver um ótimo conhecimento ou uma ótima pesquisa sobre o mercado, concorrentes, fornecedores, clientes e obstáculos. Daí a necessidade de ser estudado por um tempo, preferencialmente com a orientação de algum especialista, pois são raros os em-

FOTO: DIVULGAÇÃO

Conexão Sebrae conversou com o especialista em finanças pessoais Gustavo Cerbasi, autor de livros de auto-ajuda financeira considerados best-sellers, tais como: “Casais inteligentes enriquecem juntos” e “Como organizar sua vida financeira”. Nesta entrevista, o foco é direcionado a empresários que buscam alternativas para fazer a empresa crescer.

O que é uma empresa com saúde financeira para você?

preendedores que dominam quase todas as variáveis do mercado em que pretendem atuar. Tanto para os cursos quanto para consultorias, oriento sempre que o empreendedor procure o Sebrae, que oferece serviços com excelente relação custo-benefício. Vale a pena entrar em uma dívida para ter fluxo de caixa? Ou é mais interessante um financiamento quando for necessário de fato? Quando os financiamentos e empréstimos passam a ser essenciais para o “fôlego”, é sinal que o negócio já está mal planejado ou com excessivo grau de ris-

co. Com bom planejamento, usamos financiamentos para alavancar negócios, ou seja, para alcançar uma escala que não alcançaríamos sozinhos. Também é o bom planejamento – ou seja, um bom plano de negócios – que garante custo mais baixo no crédito. Mas, deve-se evitar captar recursos para mantê-los em caixa, pois isso se traduz em pagar juros sem dar produtividade ao recurso captado. O ideal é aproveitar os momentos de bonança da empresa, quando ela está bem capitalizada e com vendas no auge, para negociar o crédito com bancos e garantir, de antemão, taxas boas para quando o crédito se mostrar neces-

Principais falhas na administração de pequenos negócios • A falta de planejamento eficaz que permita mapear e entender o fluxo e o ciclo de caixa da empresa • O superdimensionamento ou investimento em equipamentos e recursos pouco produtivos • O uso de empréstimos em vez de financiamentos, que acabam por encarecer as despesas financeiras e comprimir os lucros.

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É aquela que, de maneira sustentável, gera lucros que atendam às expectativas conscientes e realistas de seus investidores e que permitam um reinvestimento contínuo, no sentido de aumentar gradativamente a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade sobre o capital. Ao conjunto de técnicas que permitem avaliar continuamente a saúde financeira da empresa se dá o nome de análise financeira, e que normalmente só existem em empresas cujos tomadores de decisão passaram por programas de formação técnica gerencial. Qual melhor momento para fazer novos investimentos? O melhor momento para investir é uma combinação da oportunidade com o conhecimento e disponibilidade. Quem estuda continuamente seu mercado está mais próximo de identificar oportunidades do que aqueles que simplesmente atendem a demandas. E não basta identificar as oportunidades – é preciso incluir, no planejamento da empresa, a formação de reservas financeiras ou a negociação de crédito para que, uma vez identificadas, haja recursos disponíveis para aproveitá-las. Para quem está bem informado e com o planejamento em dia, não existe cenário ruim. Os momentos de bonança servem para criar as bases para o crescimento sustentável, enquanto que os momentos de crise servem para ocupar os espaços abandonados por concorrentes com planejamento mais frágil. Existe alguma “mágica” que o pequeno empresário pode fazer para ter um retorno imediato do seu negócio? A mágica é ter perseverança. Certamente, você já ouviu falar que a pressa é inimiga da perfeição. Em uma época em que as informações correm rapidamente, não existe negócio de ganho rápido – se existisse, atrairia muitos interessados e deixaria de ser rentável. Quanto mais rápido o retorno, mais cla-

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FOTO: DIVULGAÇÃO

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ro é o sinal de que o risco é grande, seja o risco de queda nas vendas por saturação do público, seja o risco de atrair muitos concorrentes. Na verdade eu diria que a maior preocupação não deve ser com o ganho rápido, mas sim com o ganho crescente e sustentável – isso se faz com planejamento do que deve ser feito para vender e também do que deve ser feito para neutralizar a concorrência. Qual a importância de uma empresa ter um papel social? Interferir na sociedade e contribuir para o social é um meio de cultivar não só o futuro cliente, mas também o respeito da sociedade pela atividade da empresa e o fortalecimento de sua marca, essenciais na medida em que surgem concorrentes e transformações nos mercados.

Procure os cursos do Sebrae na Medida: “Planejamento Estratégico” e “Gestão Financeira”. Mais informações: 0800-570-0800.


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T EN D Ê N C I A

Alimentação fora de casa

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G A ST RONOM I A FOTO: MÁRIO BUENO

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Tecnologia é aliada para conquistar a fidelidade do cliente e aumentar as vendas

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tecnologia invade o ramo de pequenos bares e restaurantes para atrair e diferenciar o atendimento ao cliente. Entre as novidades está o sistema Carddi, de cardápio digital, desenvolvido pelo engenheiro de software Gabriel Tondin. “Ele não substitui o cardápio na mesa, mas como consumidor, quero ver da minha casa o que oferecem de forma mais simples, pelo smartphone”, explica Gabriel. O painel web administrativo pode ser acessado pelo proprietário do restaurante para atualizar as informações. “O investimento para tornar o atendimento mais personalizado retorna em movimento, consumo e indicação”, diz. Para obter o Carddi, basta fazer um cadastro com endereço e telefone de contato, serviço oferecido e o cardápio. A rentabilidade depende da divulgação, por exemplo, se tiver uma fanpage no Facebook com muitos acessos, será mais fácil, já que o sistema é conectado às redes sociais. O custo é de R$69,90 por mês com todos os serviços, de forma ilimitada e suporte técnico incluso. O Carddi está disponível em mais de 120 estabelecimentos, funciona nos dispositivos móveis nos sistemas Android, IOS, Facebook, oferece serviços de localização e fotos dos produtos com preço no idioma que o cliente escolher. Fidelização do cliente Direcionada à fidelização do cliente, o Collact, é uma ferramenta digital que funciona pelo celular. Bernardo Brugnara completa: “devido à interatividade, o celular tem todas as informações do usuário e é este tipo de benefício que queremos para trazer mais resultados”.

De acordo com Bernardo, o sistema pode impulsionar os negócios e já é utilizado em mais de 100 comércios de São Paulo. “É uma mecânica pautada em manutenção de clientes, por exemplo, a próxima vez que o cliente for ao estabelecimento já pode ganhar um café, estimulando-o a voltar”, explica. O custo médio dos serviços é de R$ 150/mês. Casos de sucesso O setor de gastronomia cresce no Brasil, que adapta fácil o que vem de fora ao tempero brasileiro. Na empresa familiar Mais Lanches, de Marcos Mariotti e Larissa Marca, os lanches são tipicamente árabes. “Temos três mixes de produtos e vamos inovar usando uma berinjela síria pouco conhecida, além do kafta”, expõe Marcos. A sócia proprietária do Frans Café, Karoline Grubert, optou por uma franquia, para ela, a melhor oportunidade quando você não tem o domínio sobre o negócio. “Há uma segurança em aderir à franquia. Todo ano existe troca de car-

dápio, uma equipe que fica em São Paulo pensa na estratégia, nos produtos, faz treinamentos”. Como montar e administrar bares e restaurantes O sucesso aparece quando a pessoa se concentra em itens considerados fundamentais. Nos restaurantes você tem a localização, cozinha, atendimento, gestão, serviços, acessórios, imóvel, contrato de locação, sem contar que a pessoa tem de entender de marketing e administração financeira, salienta o especialista no assunto, Percival Maricato. “Montar um negócio nesse ramo parece simples e na verdade é muito complicado, tem de se preparar e ver se tem condições de enfrentar a tensão e o serviço que ele exige”.

Tendências gastronômicas Slow Food e o Slow Drink tomam conta das cozinhas profissionais Através do movimento Slow food ou comida de raiz, a chef de cozinha Miriam Arazini resgata uma culinária esquecida, mas tradicional em Mato Grosso do Sul. O Carreteiro de Arroz Nativo do Pantanal com Ovo Caipira Cremoso e Farofa de Bocaiúva são as dicas para este segmento. Os produtos estão na Arca do Gosto, um catálogo mundial do Slow Food, que identifica, localiza, descreve e divulga sabores esquecidos ou ameaçados de extinção. “O Slow food surgiu em 1986 em contraponto ao Fast Food”, explica Miriam. A ideia é ter contato com o fornecedor e escolher alimentos regionais. O Slow Food procura por produtos com sabor agradável, sem agrotóxico, que façam bem para o corpo e com preço justo para o fornecedor. “E o consumidor quer saber de onde vem o pro-

duto. A dica é conhecer o fornecedor da região e conseguir preço e produtos melhores para agradar o cliente”, orienta Miriam. No Slow Food, a mão de obra é mais bem paga e os produtos têm um custo mais elevado. bebidas A harmonização entre refeição e bebida é muito importante, diz o somellier Jonas Eduardo Nascimento. “Temos que entender do prato, da história, temperos, para pensar nessa ligação. Ambos têm de estar na mesma sintonia. Uma tendência que usamos é o Slow Drink. Ao invés de refrigerantes gaseificados industrializados, fazemos infusões de chá verde com vodca e sucos naturais. São bebidas mais suaves, com ingredientes naturais e sem muita química. Campo Grande tem possibi-

lidades de fazer comida com os ingredientes próprios, mais saudáveis, com menos agrotóxicos”, diz Jonas. Uma outra sugestão é quanto ao acabamento e decoração dos pratos. O chef de cozinha Claudinei Lima, destaca um Eclair com Creme de Pistache para fugir do tradicional. “Apostamos na confeitaria molecular, que consiste em estudos dos processos químicos e físicos relacionados à culinária, vamos ver se chega aqui no Estado”. Outro exemplo dessa chamada gastronomia saudável, é o Cupcake Vegano (sem ovos e leite). Para quem pretende investir nas novas tendências, a indicação é fazer os cursos de gastronomia do Senac. “Estamos carentes de profissionais, há muitas vagas no mercado de trabalho para quem quer investir nesta área”, finaliza Claudinei Lima.


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VA REJ O

Visual merchandising ajuda a alavancar as vendas FOTO: BLOG ROGÉRIO WOLF

Comece atraindo pela vitrine, e não pare por aí

A mera exposição dos produtos em uma vitrine é coisa do passado; hoje em dia a comunicação visual nas lojas, independentemente do que está à venda, vai muito além disso e as pesquisas apontam que elas são responsáveis por 70% das compras. “O consumidor também ‘compra’ com os olhos. Isso já justifica o motivo pelo qual você precisa investir nesse primeiro ponto de visualização do cliente, porque é a primeira coisa que ele vai enxergar na sua loja”, afirma Rogério Wolf, coordenador do núcleo de moda da empresa Mega Polo Moda, com experiência em Pesquisa de

tendências e cool hunting. O conceito de Visual Merchandising atua no primeiro ponto de venda, no momento em que o cliente fica frente a frente com o produto. “Eu compro o

lifestyle (estilo de vida) de uma marca, o que ela pode me proporcionar como experiência de compra”, explica Rogério. Os clientes, em geral, consomem a marca, mas há muito mais por trás dis-

Confira no Canal Multimídia, vídeos de orientação para elaborar uma vitrine: Como pensar o projeto de vitrine| Vitrines e tendências de moda | Vitrine de Liquidação | Vitrine Promocional. Com a especialista em design store, Heloisa Omine e Rogério Wolf, coordenador de núcleo de moda.

ms.agenciasebrae.com.br

so. Todo trabalho de visual merchandising é feito com as tendências da moda e cenografias expostas com iluminação que são renovadas através de lâmpadas de led. Rogério explica que “quando se fala em tendência cenográfica, o material utilizado é feito com displays, acrílico para novos manequins e iluminação. Isso faz parte da cenografia da vitrine”. Para ele, o interior da loja deve ser trabalhado como continuidade do visual merchandising, o planejamento visual abrange muito mais que a vitrine. Uma das dicas do especialista é criar um calendário de visual merchandising para o lojista aprender a se programar. “Geralmente ele quer ter as soluções do dia para a noite, por isso acaba gastando mais e sem o retorno que precisa. Ao criar um projeto de visual merchandising com antecedência, esse gasto se torna um investimento. Planejamento é

a palavra”. Cheiro, cor e música Na hora de comercializar, é preciso ficar atento ao chamado marketing sensorial. “Lidamos com os sentidos 24 horas por dia, somos movidos por visão, audição, tato, paladar e olfato. Às vezes não nos damos conta que isso é importante”, diz Rosane Eilert, consultora de gestão visual do comércio. Ela ressalta o estímulo aos sentidos como forma de se obter um bom marketing para o estabelecimento, em consequência, boas vendas. “Tendo uma boa cor e iluminação, isso garante 80% da venda. A música faz o cliente se sentir mais leve, interessado, e dependendo do som, pode até acelerar a venda. O cheiro é interessante, porque induz à memória. Mas cuidado, o aroma nunca deve se sobressair ao cheiro natural das pessoas e nem

ao perfume que elas usam”, destaca. O aroma deve ser sempre o mesmo, para marcar a identidade da loja e quanto menos, melhor. Para o empreendedor utilizar essas ferramentas é importante ter o apoio de especialistas. Ao planejar o layout da loja, deve-se saber como dispor os produtos, já que o consumidor tem a necessidade da proximidade. De acordo com Rosane, “o importante para a formatação sensorial é saber qual seu tipo de cliente, onde a loja está inserida, qual objetivo quer atingir, que produto mais quer vender, e dentro dessa engrenagem, usar os sentidos”.


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D IC A E M PR E SA R I A L

B E L E Z A E E ST É T I C A

Gestão em beleza e estética

Empreender na aposentadoria Já se foi o tempo em que passar dos 65 anos era aposentadoria certa. Hoje, muitos que chegam nessa idade não querem saber de parar não. O desejo de continuar ativo economicamente passa pela dúvida do que fazer nesse novo estágio. Afinal, qual a atividade mais indicada após uma vida toda de trabalho?

o que não fazer Segundo Mário Persona, existem cinco itens dos quais o aposentado deve fugir quando pensa em empreender: financiamento, empregados, ponto fí-

Informação e capacitação são os diferenciais neste mercado competitivo FOTO: DIVULGAÇÃO

Para consultor, financiamentos, empregados, ponto físico e estoque devem ser evitados

a recomendação O escritor e consultor Mário Persona recomenda planejar com muita antecedência que tipo de negócio pretende abrir ou em qual atividade quer atuar. “É preciso bom senso. Vemos tanta gente chegar nessa etapa da vida e vender casa, carro, utilizar o FGTS em um negócio próprio e depois falir. Daí não há mais tempo para dar certo. Ele gasta tudo o que levou uma vida inteira para construir, em uma aventura. Eu sempre digo que é preciso arrojo, porém é necessário planejamento”, afirma. Essa é a orientação para o vendedor Décio Rocha dos Santos, 50 anos, que não pretende parar de trabalhar tão cedo. Ele é funcionário de uma indústria de alimentos em Campo Grande, e pretende abrir o próprio negócio assim que se aposentar. “Meu sonho é ser proprietário de uma loja de conveniências”, diz. Ele vai aproveitar a experiência acumulada com anos de trabalho. “Sei comprar, vender, negociar, conheço fornecedores”, expõe.

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O consultor Mário Persona recomenda planejar o pós-aposentadoria com antecedência

sico, equipamentos e estoque. “Daí me perguntam: então, que negócio posso abrir sem esses itens? Fácil: há muitas profissões que dispensam tudo isso, entre elas, consultor, corretor de imóveis, representante comercial, palestrante e professor”, exemplifica. Segundo ele, o ideal mesmo é pensar em uma atividade antes mesmo da aposentadoria. plano b Mas o consultor lembra que ainda pode existir o plano B, que não preci-

sa, necessariamente, ser uma ideia que resulte em lucro. Uma opção que pode virar negócio, é investir no seu hobby, aquela atividade que a pessoa desempenha por lazer. “Por exemplo, quem adora plantar rosas, pode transformar esse prazer em uma floricultura; o especialista em churrascos, também pode usar esse talento. E depois da aposentadoria, faturar com essa atividade por meio de relacionamento pessoal é uma ótima alternativa. Isso eu chamo de plano B”, conclui Persona.

A microempresária de Campo Grande Ângela Hitomi acumula com orgulho 33 anos de sucesso no mercado da beleza, um setor que só cresce a cada ano. Levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (APIHPEC), aponta o Brasil como terceiro maior mercado consumidor do mundo. Como mulher de negócios, Ângela mostra que com informação e capacitação, um salão de beleza pode se destacar em um mercado tão competitivo. Dados do Sebrae indicam a existência de 342 mil estabelecimentos formalmente registrados no País e, destes, 286 mil são microempreendedores individuais (MEI). “É preciso entender do negócio. Você tem que literalmente pôr a mão na massa para gerenciar um salão. Conhecer desde os produtos até os últimos lançamentos em cortes de cabelo e tendências”, explica a empresária, que começou a carreira em um imóvel pequeno na periferia e atualmente está instalada em área nobre. Outro ponto importante, segundo ela, é oferecer às clientes um serviço personalizado, para que se sintam “especiais”. “Hoje há muita opção de salões de beleza. O que atrai a cliente, além de profissionais capacitados, é o atendimento. Procuro sempre me dedicar a cada uma, conhecendo de perto o que elas desejam. E sendo bem tratadas, elas voltam. A propaganda é o famoso boca a boca”, resume. visagismo Aliado da beleza, o visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal que identifica as qualidades de alguém de acor-

do com suas características físicas. O cabeleireiro Phillip Hallawel, considerado precursor do visagismo no Brasil, e que esteve na Feira do Empreendedor, em Campo Grande, acredita que a linguagem estética é o que valoriza a pessoa no meio onde atua. “É por meio do visagismo que construímos uma imagem que revela a identidade da pessoa”, afirmou. E essa imagem pode ser modificada através do corte, da coloração, penteado e maquiagem. Para o hair stylist e visagista, Karlos Cruz, o empresário deve se perguntar: Qual imagem passo ao meu cliente? O especialista dá dicas para quem pretende investir nessa tendência.

Qual imagem passo ao meu cliente?’ • Conheça o perfil do seu cliente • Nem sempre o que é belo para você é para o seu cliente • Cuide da autoimagem • Exponha seus trabalhos • Cliente permanece pelo atendimento e ambiente • Tenha um catálogo de serviços.

Ângela Hitomi investe em capacitação no mercado

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W W W. M S. SE B R A E .CO M. B R

VA REJ O

Minimercado atrativo Os “mercados de vizinhança”, pequenos varejos alimentares, contabilizam mais de 55 mil pontos no País, com média de crescimento de 5% ao ano. Segundo Eduardo Molinari, consultor na área de marketing e vendas no varejo e planejamento empresarial, o negócio é promissor. Os minimercados se caracterizam por possuir de um a quatro caixas de atendimento e trabalhar basicamente com autosserviço, por isso é importante que o cliente consiga localizar um produto facilmente. Renato Rocha, consultor do Sebrae, ressalta que mesmo em um espaço pequeno é possível ter variedade. “Entre outras coisas temos três pontos importantes para o mercado de vizinhança: as sessões de hortifruti, padaria e açougue”. São setores que os especialistas chamam de produtos de fluxo, porque obrigam o consumidor a percorrer todo o mercado para comprá-los. “No açougue deve-se colocar um expositor com produtos separados por tipos de carne (bovinos, aves e suínos), prateleira e cortes para facilitar a identificação e visualização do cliente. Deixar a padaria e o açougue nos fundos é a estratégia

FOTO: THAYNÁ OLIVEIRA | AF UFMS

Invista em 3 seções estratégicas: hortifruti, padaria e açougue.

O ‘Certo’ (à esq.) e o ‘Errado’ (à dir.) em organização das prateleiras de minimercados.

para o cliente que vem para comprar um produto, leve outros três. No caso de uma peça de carne, por exemplo, ele já leva um carvão que está ao lado, uma farofa, um tomate”, diz Renato. Outra dica importante é manter a prateleira organizada da melhor forma possível para facilitar a venda. A ideia é que o consumidor visualize o produto e compre sem perda de tempo. O posicionamento das mercadorias nas gôndolas também é importante. Além disso,o produto deve ter uma identidade com o lugar, principalmente nesse tipo de empreendimento. “O cliente é fiel ao estabelecimento, se ele chega para

comprar os mesmos produ- precificação, abastecimento tos, espera que estejam sem- de produtos, o layout como pre nos mesmos lugares, caso um todo”, ensina. Para auxiliar os interessacontrário, pode pensar que não tem o produto”, exem- dos em abrir um mercado, o Sebrae tem especialistas em plifica Renato Rocha. Eduardo Molinari des- vários segmentos. taca os conceitos de boas práticas realizadas no seGere experiência tor supermercaagradável ao cliente dista com foco no minimercado. • Facilite a localização dos “Desde a fachaprodutos da, parte externa • Prateleira organizada do supermercaajuda nas vendas do até o lado de • No açougue, separe por dentro devem tipos de carne e cortes ser planejados, • Associe itens comunicação vicomplementares nas sessões de sual, identidade fluxo visual, exposição,


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