Iatrogenias

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299 | Iatrogenias, Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas e ... terapêutica. Na experiência dos autores, lesões com mais de 1,5 a 2 mm de espessura podem ser biopsiadas usando a técnica previamente descrita do bisel dobrado. Entretanto, essa técnica requer um alto nível de experiência e habilidade cirúrgica para sua realização, bem como experiência para interpretação dos achados citopatológicos (Fig. 15). Duas importantes doenças sistêmicas estão associadas ao nevo melanocítico de coroide. Na neurofibromatose tipo 1, o paciente desenvolve múltiplos nevos de úvea em ambos os olhos. Essas lesões devem ser diferenciadas dos nódulos de Lisch, os quais são lesões multifocais pequenas, castanhas, que surgem na superfície da íris e são altamente características da neurofibromatose tipo 1. Os nódulos de Lisch costumam aparecer entre os 10 e 15 anos de idade e são agregados hamartomatosos nodulares de melanócitos dendríticos e, não nevos verdadeiros. Na síndrome de proliferação melanocítica bilateral difusa associada ao carcinoma sistêmico, múltiplos nevos melanocíticos de úvea adquiridos aparecem frequentemente em ambos

Fig. 15 Imagem composta digitalmente de retinografias de lesões melanocíticas que foram posteriormente biopsiadas e o desenho esquemático (Dr. James Augsburger) do procedimento a ser realizado: via de acesso e formato do bisel da agulha. Note que a lesão na fotografia acima é mais espessa (cerca de 6,8 mm de espessura), enquanto a lesão na fotografia abaixo tem menos de 3 mm de espessura, o que requer a dobradura do bisel da agulha para evitar transfixar a esclera.


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