Cristalino

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98  |  Cristalino e Catarata - Substâncias Viscoelásticas – Mantendo Espaços ... persiva. Alguns cuidados especiais devem ser tomados durante a utilização desse composto: 1) Hidrodissecção: há a possibilidade de o líquido ser aprisionado dentro do saco capsular e romper a cápsula posterior (bloqueio capsular). 2) Emulsificação: antes do início da emulsificação do cristalino, deve-se aspirar parte da SVE, criando espaço para a entrada do líquido de infusão, a fim de evitar a oclusão da ponteira pela alta viscosidade do composto, o que poderia resultar na queimadura da incisão. Não se deve trabalhar com alta taxa de fluxo (parâmetros elevados), evitando aspirar a SVE da câmara anterior. 3) Aspiração: ao final da cirurgia, a SVE deve ser cuidadosamente removida da câmara anterior, evitando-se o aumento da PIO no período pós-operatório e a possibilidade de bloqueio ou distensão capsular caso permaneça sob a LIO.

Nova classificação das SVE Em 2005 foi criada nova classificação das SVE com a introdução de novo composto classificado como dispersivo viscoso. Então teríamos os grupos dos dispersivos, dos dispersivos viscosos e dos coesivos (Fig. 3). O representante dos dispersivos viscosos é o DisCoVisc (Alcon), que, apesar de peso molecular de 1,6 milhões de dáltons (Tabela V), é considerado dispersivo por sua associação ao sulfato de condroitina, que confere à substância característica de se aderir às estruturas intraoculares, promovendo proteção tissular durante a cirurgia. Na prática, o DisCoVisc fuciona satisfatoriamente tanto para formar e manter espaço quanto para proteger tecidos intraoculares, sendo opção ao uso de dois compostos separados (coesivo e dispersivo).

Fig. 3  Classificação das substâncias viscoelásticas.


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