Informe COMIGO Novembro - Dezembro 2024

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CAROS COOPERADOS,

Ao avaliarmos o desempenho do agronegócio em 2024, é impossível não reconhecer a resiliência de nosso setor diante dos desafios enfrentados. A alta nos custos de produção e a volatilidade dos preços foram fatores que exigiram dos nossos produtores, todos os dias, decisões difíceis e uma gestão ainda mais eficiente. Com um cenário como esse, a importância de um planejamento estratégico, aliado à capacidade de inovar e à busca constante pela melhoria das práticas agrícolas, se tornou mais evidente do que nunca.

Para o próximo ano, as perspectivas continuam desafiadoras, mas também carregam oportunidades. A COMIGO, sempre atenta às necessidades dos seus cooperados, continua comprometida em oferecer as melhores soluções para o fortalecimento do nosso agronegócio. O investimento contínuo em inovação e em tecnologias sustentáveis, como o programa RenovaBio, é um reflexo desse compromisso com o futuro do campo.

a Pasto (TIP), um modelo de produção que tem se mostrado cada vez mais eficiente.

Além disso, sabemos que a suplementação adequada para a pecuária de corte, o manejo eficiente do pasto e o planejamento nutricional são fundamentais para alcançar a máxima produtividade. A COMIGO oferece suporte completo nesse processo, com ração de alta tecnologia e as melhores orientações para a Terminação Intensiva

Como cooperativa, nossa missão é também proporcionar aos nossos cooperados a capacitação necessária para se adaptarem às novas exigências do mercado. O 9º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, no qual tivemos a honra de participar, destacou como a inovação e a capacitação técnica são essenciais para nossa atuação no mercado internacional. E o investimento que estamos fazendo em uma nova fábrica de esmagamento de soja em Palmeiras de Goiás é um exemplo claro de nossa dedicação em expandir e fortalecer a infraestrutura para o sucesso de nossos cooperados.

Este é o momento de continuar apostando na sustentabilidade, seja por meio de projetos como o Biotech Terra Forte Brasil ou pela nossa constante busca pela excelência em práticas agrícolas regenerativas. A COMIGO tem sido pioneira em iniciativas que não só aumentam a produtividade, mas também garantem um futuro mais sustentável para todos.

Não podemos deixar de celebrar também os 50 anos da COMIGO, que marcam uma trajetória de muito trabalho e dedicação. Em cada um de nossos passos, temos em mente

que o sucesso é fruto de um conjunto de fatores: a confiança, a união e o compromisso com a nossa missão de gerar valor para todos.

Estamos em uma jornada de crescimento e evolução. A cada dia, mais cooperados se juntam a nós, e nossa responsabilidade de proporcionar a melhor assistência técnica, os melhores produtos e as melhores soluções se intensifica. Neste fim de ano, celebramos não apenas os resultados, mas a certeza de que o futuro será ainda mais promissor.

Que 2025 seja um ano de novas conquistas e realizações. Contem sempre com a COMIGO, que, com muita responsabilidade, seguirá ao seu lado em todos os sentidos.

Atenciosamente,

Antonio Chavaglia Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa COMIGO

NESTA Edição

Editorial

Quadro Social

Espaço ComigoCast

Caderno de Nutrição

Caderno ESG

Perguntas

MULHERES NO AGRONEGÓCIO

COMIGO marca presença no 9º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, ressaltando sua atuação internacional e investimentos em capacitação para atender às exigências globais.

INOVAÇÃO NA PECUÁRIA

O 14º Workshop de Pecuária promoveu debates sobre intensificação da pecuária, uso de aditivos e estratégias de mercado, trazendo novas soluções para os cooperados.

CADASTRO COMIGO

Endereço: Avenida Presidente Vargas, 1878

Caixa Postal 195 | CEP: 75.901-901 - Rio Verde - GO

Fax: (64) 3621-1691 | Telefone: (64) 3611-1500

SAC COMIGO: 0800 642 1500

Site: www.comigo.coop.br

E-mail: sac@comigo.com.br

CNPJ: 02.077.618/0001-85. IE: 10.088.758-9

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Antonio Chavaglia

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Executivo: Dourivan Cruvinel de Souza

Diretor de Lojas: Carlos Alberto Leão Barros

Diretor de Insumos: Cláudio César Teoro

Diretor Industrial: Paulo Carneiro Junqueira

Diretor Administrativo Financeiro: Warlen Ferreira de Freitas

Diretor Comercial: Welton Vieira de Menezes

CONSELHEIROS DE ADMINISTRAÇÃO

Alceu Ayres de Moraes

Luiz Gustavo Cavalet

Marciano Casagrande

Max Eugênio da Silva Arantes

Rafaela Henkes Vian

Renata Ferguson

Rogério Martins Silva Caetano

CONSELHEIROS FISCAIS

Dênis Resende Barbosa

Guilherme Oliveira Gomide

Marcia Raquel Gomes de Andrade Vian

Reinaldo Odorico da Silva

Rodrigo Mendes Vieira

Vanine Di Garcia Lessa

ASSESSORIAS

Assessoria Ambiental

Auditoria interna

Comunicação

Cooperativismo

Jurídica

Planejamento Processos

Sistema de Gestão da Qualidade

INFORME COMIGO

Revista bimestral editada pela Assessoria de Comunicação da COMIGO.

Conselho Editorial: Beckembauer Ferreira, Ubirajara Oliveira Bilego e Gabriele Triches Ribeiro.

Coordenação ASCOM: Gabriele Triches Ribeiro

Editor Responsável:

Pedro Henrique Cabral Rosa - RP: 0004462/GO

Matérias e Fotografias:

Pedro Henrique Cabral Rosa

Wellerson Martins Moreira

Wagner Silva Filgueira

Diagramação, composição e arte: Vanessa Fernandes dos Santos

EXPANSÃO E INVESTIMENTOS

A COMIGO reinaugurou sua loja em Acreúna com investimentos de R$ 9 milhões e segue investindo na construção de uma nova fábrica de esmagamento de soja em Palmeiras/GO.

DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Antonio Chavaglia, presidente da COMIGO, analisa os desafios do agronegócio em 2024 e as perspectivas para 2025, destacando a importância do planejamento e inovação para o setor.

RENOVABIO E SUSTENTABILIDADE

A parceria com a Neomille no programa RenovaBio trouxe benefícios financeiros para os cooperados que adotaram práticas sustentáveis, além de contribuir com créditos de descarbonização (CBIOs).

20 22

Comercial:

Gabriela Alves

E-mail: gabrielaalves@comigo.com.br

Telefone: (64) 3611-1690

Impressão: Plug Impresso - Goiânia

Tiragem: 12.500 exemplares

CADASTRO COMIGO

Fundação: 6 de julho de 1975

Gênero: Cooperativa de beneficiamento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários.

Instalação/Atividades:

ACREÚNA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0028-03

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0013-19

CAÇU: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0051-44

CAIAPÔNIA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0045-04 Armazém / CNPJ: 02.077.618/0046-87

FIRMINÓPOLIS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618.0063-88

INDIARA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0018-23

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0024-71

IPORÁ: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0043-34

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0062-05

JANDAIA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0020-48

JATAÍ: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0023-90

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0012-38

Estrela D’Alva - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0031-09

Paraíso - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0036-05

Bom Jardim - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0048-49

Fábrica Suplemento Mineral Jataí

Fazenda Florestal VI e Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0060-35

MINEIROS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0056-59

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0065-40

MINEIROS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0056-59

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0065-40

MONTES CLAROS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0044-15

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0042-53

Fábrica Suplemento Mineral

MONTIVIDIU: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0030-10

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0017-42

NOVA CRIXÁS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0061-16

PALMEIRAS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0049-20

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0053-06

PARAÚNA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0021-29

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0022-00

Armazém II - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0052-25

Fazenda Florestal VII e Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0064-69

PIRANHAS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0054-97

PONTALINA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0058-10

RIO VERDE: Sede Administrativa / CNPJ: 02.077.618/0001-85

Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0001-85

Fazenda Florestal IV / CNPJ: 02.077.618/0047-68

Depósito de Insumos - Loja / CNPJ: 02.077.618/0055-78

Complexo Industrial / CNPJ: 02.077.618/0002-66

Fazenda Florestal I / CNPJ: 02.077.618/0016-61

Fazenda Florestal II / CNPJ: 02.077.618/0029-86

CTC - Centro Tecnológico COMIGO / CNPJ: 02.077.618/0032-81

Ponte de Pedra - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0034-43

Fazenda Monte Alegre - Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0040-91

Máquinas e Implementos - Loja / CNPJ: 02.077.618/0041-72

Fazenda Florestal V / CNPJ: 02.077.618/0059-00

SANTA HELENA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0004-28

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0005-09

Cinquentão - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0033-62

SERRANÓPOLIS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0014-08

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0037-96

Armazém II / CNPJ: 02.077.618/0057-30

Na edição Setembro/Outubro da revista da COMIGO, nas páginas 16 e 17, na matéria com o título “Palmeiras/GO receberá nova unidade de esmagamento de soja com expedição ferroviária”, no trecho:

“A capacidade de esmagamento da nova unidade será de 1.200 toneladas por hora - 6 mil/ton por dia - meia tonelada a mais que na atual indústria, localizada em Rio Verde/GO.”

O correto é:

“A capacidade de esmagamento da nova unidade será de 250 toneladas por hora - 6 mil/ton por dia - 500 toneladas a mais que na atual indústria, localizada em Rio Verde/GO.”

Ainda na mesma matéria, no trecho da fala do Presidente Executivo da COMIGO, Dourivan Cruvinel, no trecho:

“mas a viabilidade logística gerada pela rodovia foi fundamental para a escolha.”

O correto é:

“mas a viabilidade logística gerada pela ferrovia foi fundamental para a escolha.”

Pedimos desculpas pelo equívoco e agradecemos a compreensão de nossos leitores. Seguimos comprometidos em oferecer informações claras e precisas.

NOVOS COOPERADOS

DEZEMBRO DE 2024

Adelio Agrismar Da Mota

Adriana Goncalves Macedo

Alaor Francisco De Oliveira

Alcione Moura Da Silveira

Americo Bezerra De Queiroz Filho

Andre Luiz Barcelos Da Costa Lima

Antonio Manoel Da Silva Junior

Arlindo Joaquim Bueno Neto

Arthur Lee Martin

Balsanulfo Vieira Chaveiro

Bleinier Pereira De Oliveira

Carlito Alves Da Silva

Celio Batista Do Nascimento

Charlles Rekson Barboza De Lima

Claiton Filho De Miranda M. Borges

Claudilene Gomes De Sousa Da Cruz

Cristiano Goncalves Araujo

Cristovao Cordeiro Dos Santos

Deniss Marques Rosa Barcelos De Sou

Ederjon Fernandes Braga

Eliane Oliveira Carvalho

Ertile Vitali

Fernando Lagares Reis

Geraldo Rodrigues Duarte

Germano Chiodi Neto

Gilmar Franco Santana

Helio Francisco Daniel Da Silva

Iris Goncalves Do Prado

Isabella Pires Ribeiro

Ismar Rodrigues

Itamar Alves De Melo

Jairo Rosa Leal Filho

Janine Rodrigues Da Silva

Joao Victor Arruda De Carvalho

Josenel Ferreira

Josimar Eterno De Moraes

Lasara Marta Leao De Moraes

Leandro Cunha Bastos

Linconl Delano Piretti Franca

NOVA CRIXÁS

PALMEIRAS DE GOIÁS

JATAÍ

RIO VERDE

SANTA HELELA DE GOIÁS

SERRANÓPOLIS

NOVA CRIXÁS

IPORÁ

RIO VERDE

FIRMINÓPOLIS

BOM JARDIM DE GOIÁS

MUNDO NOVO

MOSSÂMEDES

SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA

SANCLERLÂNDIA

CEZARINA

JUSSARA

JANDAIA

JANDAIA

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS

QUIRINÓPOLIS

BALIZA

JAUPACI

MONTIVIDIU

RIO VERDE

MOZARLÂNDIA

RIO VERDE

JATAÍ

MONTIVIDIU

CACHOEIRA DE GOIÁS

CRIXÁS

CAIAPÔNIA

BALIZA

ISRAELÂNDIA

CAIAPÔNIA

CAIAPÔNIA

RIO VERDE

AURILÂNDIA

SANTA FÉ DE GOIÁS

9.657 2.172

HOMENS

203

MULHERES

12.032

PESSOA JURÍDICA TOTAL

Lorena Rizzia Ferreira De Souza

Luan Andrade Witte

Luciledes Lucia Da Silva

Lucimar Divino Vieira Pereira

Luiz Fava Junior

Marcelo Souto De Freitas

Marcia Antonia Montes Da Silva

Matheus Rodrigues Miranda

Murilo Freitas Lima

Norma Silva Vieira

Osvaldo Manoel Ferreira

Paulene Reinaldi Gregorio

Pedro Felipe Sobrinho De Freitas

Rodrigo Rodrigues De Oliveira

Rodrigues & Maciel Ltda

Roney Francesco Soares De Andrade

Rr Agro Ltda

Rubens Kesler Soares

Sinergia Agropecuaria Ltda

Valdeide Lourenco De Sousa

Valdemar Batista De Matos

Valderson Lima Ferreira

Valdivino Rosa Dos Santos

Valeria Mendes Da Silva

Vera Lucia Ferreira Queiroz

Vilmo Soares Lopes

Vinicius Claudino Araujo

Vitor Magno Seixas Costa

Waldison Soares Da Silva

Welson Alves Diniz

Zoraine Abadia Alves Queiroz

JUSSARA

JATAÍ

FIRMINÓPOLIS

PEROLÂNDIA

PARAÚNA

CACHOEIRA ALTA

VICENTINÓPOLIS

SERRANÓPOLIS

ITARUMÃ

PARAÚNA

BARRA DO GARÇAS

UIRAPURU

ITAJÁ

AMORINÓPOLIS

PALMEIRAS DE GOIÁS

PARAÚNA

PALMEIRAS DE GOIÁS

BURITI DE GOIÁS

PALMEIRAS DE GOIÁS

IPORÁ

AURILÂNDIA

BOM JARDIM DE GOIÁS

MUNDO NOVO

MORRINHOS

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS

ANICUNS

JATAÍ

ITAJÁ

CRIXÁS

ANICUNS

ITARUMÃ

Controle de pragas iniciais na soja, percevejo nas pastagens e nutrição de plantas

Confira os novos episódios da 4ª temporada do COMIGOCast!

Toda terça-feira, às 16h, tem episódio novo do COMIGOCast! Não conseguiu acompanhar no horário? Sem problemas! Você pode ouvir onde e quando quiser na sua plataforma de streaming favorita ou assistir ao episódio completo no nosso canal do YouTube. É informação técnica e prática do agronegócio direto para você, cooperado. Acesse os QR Codes para conferir os episódios!

COMIGOCAST T407 - CONTROLE DE PRAGAS INICIAIS NA SOJA

O pesquisador entomologista, Dr. Diego Tolentino explica como o controle de pragas iniciais na soja é crucial para garantir o desenvolvimento e a produtividade da lavoura. Entenda por que agir cedo faz toda a diferença para evitar prejuízos futuros.

COMIGOCAST T408 - CONTROLE DO PERCEVEJO CASTANHO NAS PASTAGENS

O vendedor de insumos externos, Leonardo Oliveira, trouxe dicas sobre o controle do percevejo-castanho em pastagens, uma praga que demanda atenção estratégica dos produtores. Descubra como enfrentar esse desafio e proteger suas pastagens com ações eficazes e preventivas.

COMIGOCAST T409 - FIXAÇÃO BIOLÓGICA, NUTRIÇÃO E BIOESTIMULAÇÃO DA SOJA

Recebemos a Dra. Amanda Bueno, pesquisadora do Centro Tecnológico COMIGO, para uma conversa repleta de conhecimento sobre a fixação biológica de nutrientes, o manejo nutricional e o uso de bioestimulantes na cultura da soja.

SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE NO PERÍODO DAS ÁGUAS

Um panorama dos principais pontos de atenção

A suplementação mineral para bovinos de corte no período das águas é uma prática essencial para garantir o bom desempenho dos animais. Durante a estação das chuvas, que ocorre na maior parte do Brasil entre os meses de outubro e março, o pasto, em tese, oferece uma maior quantidade de forragem, o que favorece o crescimento e a engorda dos animais. Contudo, é preciso compreender que, mesmo nesse período, existem desafios que podem afetar a eficiência produtiva, e é nesse contexto que a suplementação nutricional entra como um suporte fundamental.

O período das águas é caracterizado por uma oferta elevada de forragem devido ao aumento da umidade. No entanto, essa forragem nem sempre apresenta a qualidade nutricional suficiente para o desenvolvimento e ganho de peso almejado. Embora as pastagens verdes sejam ricas em fibras e nutrientes, a variação de sua

composição ao longo da estação e o crescimento rápido das plantas podem resultar em desequilíbrio de nutrientes essenciais, como proteínas, minerais e carboidratos.

Uma das principais características do período das águas quando aliado a SUPLEMENTAÇÃO é o resultado financeiro, uma vez que nossa principal fonte alimentar será o capim, que por sua vez tem um custo diário menor quando comparado às demais fontes volumosas (silagem, feno, etc..). O papel do suplemento mineral nesse sistema é de suprir as exigências do animal, dessa forma podemos exigir que o mesmo ganhe uma quantidade x de peso, suplementando o restante que o capim não poderia entregar.

DESAFIOS NUTRICIONAIS

Depois de algumas chuvas o crescimento do capim de forma geral é acelerado, resultando em um salto na

quantidade de massa de forragem, se faz necessário nessa época ajustar o manejo, uma vez que a taxa de brotação será maior, assim é necessário adequar a quantidade de animais que pastarão naquela área.

Comumente a qualidade do capim é mensurada usando a altura como marcador, para cada gênero e cultivar de capim é estabelecido em qual altura sua composição estará a melhor para oferecer os principais nutrientes.

Quando não realizamos o manejo correto, podemos nos deparar com 2 situações: a primeira delas é quando a taxa de crescimento do capim é mais rápida do que o consumo pelos animais, fazendo com que o capim “passe” (termo que faz menção a ter passado a altura) como consequência disso a natureza da planta desenvolve estruturas mais rígidas para suportar a altura, deixando o capim mais duro, impactando na aceitação e na

digestibilidade. A outra situação que pode acontecer é termos mais animais que aquela área comporta, fazendo com que o capim não saia (termo que faz menção a não ter ganhado altura) impactando na quantidade disponível e mais importante ainda, se esse capim vai ter tempo para crescer e formar palhada para a época da seca.

BENEFÍCIOS DA SUPLEMENTAÇÃO

A suplementação de bovinos de corte no período das águas pode trazer vários benefícios, como:

• Maior ganho de peso: suplementos energéticos e proteicos ajudam a otimizar a conversão alimentar dos animais, promovendo um ganho de peso mais rápido e eficiente.

• Saúde animal: A suplementação de minerais como cálcio, fósforo e sal, além de vitaminas e microminerais, contribui para a prevenção de doenças nutricionais e melhora a resistência do animal a doenças infecciosas.

• Aumento de índices reprodutivos e ganho de peso: O fornecimento de suplementos favorece o desenvolvimento mais rápido dos animais, garantindo o amadurecimento saudável de estruturas sexuais, por sua vez melhorando os índices reprodutivos.

TIPOS DE SUPLEMENTOS INDICADOS

Os principais tipos de suplementos para bovinos incluem:

Suplemento Mineral: produto para pronto uso composto por macro e microminerais que tem por função mineralizar os animais, essa categoria de produto tem seu consumo previsto em 0,2g por kg de peso vivo.

Suplemento Mineral Aditivado: é um suplemento mineral com a adição de aditivos nutricionais, que por sua vez tem a função de modular a microbiota ruminal dos bovinos, fazendo com que se tornem mais eficientes em degradar certos alimentos. Essa categoria de produto tem seu consumo previsto em 0,2g por kg de peso vivo.

Suplemento Proteico: Suplemento de pronto uso que contempla macro,

microminerais e uma fonte proteica (na maioria das vezes farelo de soja), pode conter aditivos nutricionais. Essa categoria de produto tem seu consumo previsto em 1 g por kg de peso vivo.

Suplemento Proteico Energético: suplemento de pronto uso que contempla macro, micro minerais, fonte proteica (na maioria das vezes farelo de soja) e uma fonte energética (na maioria das vezes milho), pode conter aditivos nutricionais. Essa categoria de produto tem seu consumo previsto em 1 g por kg de peso vivo.

A suplementação de bovinos de corte no período das águas é uma prática indispensável para otimizar o desempenho dos animais e garantir uma produção eficiente e rentável. Embora a estação chuvosa ofereça maior disponibilidade de forragem, é essencial que o pecuarista adote estratégias de suplementação para corrigir deficiências nutricionais, melhorar a digestibilidade do pasto e promover um ganho de peso adequado. Com o manejo adequado das pastagens e a utilização de suplementos de forma estratégica, é possível maximizar os resultados da produção de carne durante este período, contribuindo para a sustentabilidade e lucratividade do sistema de produção.

Vitor Macedo de Faria Sgalla Consultor Técnico | COMIGO

APLICAÇÃO E USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

O manejo correto dos defensivos agrícolas é de extrema importância para garantir a segurança dos alimentos, proteger o meio ambiente e promover a saúde humana.

O manuseio e o uso adequado desses produtos contribuem para a redução de impactos negativos, como a contaminação do solo, da água e dos alimentos e inclui o cumprimento das dosagens recomendadas de acordo com as orientações técnicas e o cumprimento dos prazos de carência. Além disso, é essencial a adoção de medidas de segurança, como o uso de EPI’s, limpeza adequada de equipamentos, correta armazenagem dos produtos e disposição adequado de resíduos e embalagens.

Os defensivos agrícolas são classificados de acordo com a sua toxicidade, cuja mesma é expressa em termos do valor da Dose Média Letal (DL50), identificáveis por cores específicas.

Categoria

Categoria 1

Categoria 2

Categoria 3

Categoria 4

Categoria 5

MANUSEIO DE DEFENSIVOS

• Utilize os defensivos agrícolas apenas conforme as recomendações técnicas e instruções de uso. Siga as dosagens recomendas e evite excessos. Verifique as informações dos rótulos e das bulas dos produtos

• Utilize os Equipamentos de Proteção Individual adequados, durante a manipulação e aplicação dos defensivos.

• Mantenha os produtos em suas embalagens originais e em local seguro, fora do alcance de crianças, animais e pessoas não autorizadas.

• Nunca reutilize embalagens de defensivos agrícolas e descarte-as corretamente.

Classificação Toxicológica

• Faça a aplicação dos defensivos agrícolas de acordo com as condições climáticas favoráveis, evitando chuvas, ventos eminentes.

• Realize a limpeza adequada dos equipamentos após o uso, evitando a contaminação cruzada entre produtos e culturas.

• Respeite os prazos de carência estabelecidos, para colheita ou consumo, garantido a segurança dos alimentos.

• Busque a capacitação técnica necessária e atualização constante sobre o manejo seguro de defensivos agrícolas.

• Promova a conscientização e a educação sobre a importância do manejo correto de defensivos agrícolas.

Significado Cor da Faixa

Extremamente tóxico

Altamente tóxico

Vermelho

Moderadamente tóxico Amarelo

Pouco tóxico

Impossível causar dano agudo Azul

Não classificado

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA, 2019)

Verde

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os EPI’s são essenciais para reduzir os riscos de contaminação dos trabalhadores durante a aplicação de defensivos agrícolas, como herbicidas, inseticidas, fungicidas, entre outros. Eles têm como objetivo garantir a segurança e proteção individual, minimizando a exposição a substâncias potencialmente nocivas.

É obrigatório o fornecimento gratuito aos trabalhadores, de Equipamento de Proteção Individual – EPI, conforme a NR nº 6, além das obrigações de treinar, ensinar, determinar e vigia o uso, bem como providenciar a descontaminação do EPI ao final de cada jornada de trabalho e a substituição do EPI, quando necessário.

Apesar de simples, o uso dos EPI’s exige treinamento para aplicação dos defensivos. É necessário, ainda, observar a ordem de VESTIR e RETIRAR os EPI’s

ARMAZENAMENTO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

Os defensivos agrícolas devem ser armazenados em local apropriado e exclusivo, com acesso restrito apenas para pessoas autorizadas. O local deve ser ventilado e com boa luminosidade, construído em alvenaria e protegido contra chuva, luz solar direta e deve ser devidamente sinalizado. O piso deve ser de cimento e deve estar em bom estado de conservação, para evitar contaminação do solo e da água, em caso de derramamentos.

Devem ser mantidos fechados e devidamente organizados. Não armazenar defensivos, junto com outros materiais, como ração, medicamentos, sementes, combustíveis ou alimentos.

Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens originais.

Nunca se devem armazenar restos de produtos em embalagens sem tampas e/ ou danificadas.

Devem ser fixadas placas com símbolos de perigo e placa de indicação de uso EPI.

LAVAGEM, ARMAZENAMENTO E DEVOLUÇÃO

A legislação brasileira estabelece a obrigatoriedade de realização a tríplice lavagem, cujo objetivo é eliminar resíduos remanescentes do agrotóxico, reduzindo o risco de contaminação e garantindo a segurança durante o descarte ou a reciclagem das embalagens. Além disso, os procedimentos de lavagem, quando realizados durante a preparação da calda, contribuem para evitar o desperdício e reduzir custos.

Após o processo de lavagem, deve-se realizar o armazenamento das embalagens vazias, juntamente com suas respectivas tampas, rótulos e caixas, em um local apropriado, separadas por tipo.

Essas embalagens devem ser devolvidas na unidade de recebimento indicada pelo vendedor, conforme especificado na nota fiscal, dentro do prazo de um ano, a partir da data da compra. Embalagens com sobra de produto devem ser devolvidas até seis meses após o vencimento.

PASSOS PARA REALIZAR A TRÍPLICE LAVAGEM

1. Esvaziar totalmente a embalagem

2. Encher a embalagem com água limpa até ¼ de seu volume (25%).

3. Recolocar a tampa e fechar com firmeza. Agitar o recipiente vigorosamente em todos os sentidos, durante cerca de 30 segundos para dissolver qualquer resíduo do produto que tenha aderido à superfície interna da embalagem.

4. Despejar a água de enxague dentro do tanque do equipamento de aplicação, com cuidado para não espirrar. A embalagem deve ficar sobre a abertura do tanque por aproximadamente mais 30 segundos, para que todo o conteúdo escorra.

5. Repetir esses procedimentos mais duas vezes. (+2x).

6. Inutilizar a embalagem. Para isso, basta perfurar seu fundo com um objeto pontiagudo.

Nota: Ao realizar a tríplice lavagem, utilizar os EPI’s apropriados.

Fonte: Manual de Boas Práticas Socioambientais – Cerradinho/Neomile.

Francimar Pereira Duarte Marques Assessora de Sustentabilidade / ESG

COMIGO PARTICIPA DO 9º CONGRESSO NACIONAL DAS MULHERES DO AGRONEGÓCIO

Na programação, Cooperativa destacou a atuação internacional

Nos dias 23 e 24 de outubro de 2024, a COMIGO marcou presença no 9º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, realizado em São Paulo (SP). Com o tema central “Mulher Agro Brasileira: Voz para o Mundo”, o evento destacou a crescente importância e representatividade das mulheres no setor agropecuário.

O Presidente Executivo da COMIGO, Dourivan Cruvinel de Souza, foi convidado para participar da mesaredonda “Cooperativas brasileiras que vendem para o mundo”, onde discutiu o papel das cooperativas no mercado global. Durante a mesa, Cruvinel compartilhou a experiência da COMIGO, ressaltando o comprometimento da cooperativa em capacitar seus associados para atender às exigências internacionais. “A COMIGO investiu

fortemente em capacitação e assistência técnica, preparando seus cooperados para atender às rigorosas exigências dos mercados internacionais. Com 40% de sua produção voltada para exportação, a cooperativa mantém parcerias estratégicas e oferece treinamentos contínuos aos seus associados, garantindo que estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas e inovações tecnológicas”, afirmou o presidente.

Além de sua participação institucional, a COMIGO contou com um stand no evento, onde as participantes que marcavam o perfil oficial da cooperativa no Instagram ganhavam um boné exclusivo da marca, aproximando ainda mais a cooperativa do público feminino do agronegócio.

Outro destaque foi a participação ativa da comissão de mulheres cooperativistas da COMIGO. Como parte da formação, as 50 formandas da 8ª turma de Mulheres Cooperativistas estiveram presentes no congresso, junto a outras cooperadas veteranas da comissão e produtoras rurais associadas que, após participar pela primeira vez com a COMIGO, agora participam do evento por conta própria. A presença das cooperadas reflete o empenho da cooperativa em fomentar a representatividade feminina e fortalecer a atuação das mulheres no campo.

A participação da COMIGO no evento reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e com a capacitação de suas cooperadas, promovendo a integração entre as mulheres do setor e apoiando seu protagonismo.

5 perguntas

SAFRA, SUSTENTABILIDADE E COOPERATIVISMO: RESPOSTAS DIRETAS ÀS PRINCIPAIS QUESTÕES DO AGRO

No novo episódio do nosso quadro 5 Perguntas, trazemos uma entrevista imperdível com José Luiz Tejon, uma das maiores referências em agronegócio, marketing e liderança no Brasil. Tejon, com sua vasta experiência no setor, compartilha reflexões sobre os desafios e as oportunidades que o agronegócio enfrenta atualmente. Em um bate-papo direto e informativo, ele aborda temas fundamentais para o futuro do campo, com foco em práticas inovadoras e sustentáveis que podem transformar o setor.

Dentre os tópicos discutidos, Tejon fala sobre a expectativa para a nova safra e como ela pode impactar o mercado, além de discutir como aumentar a rentabilidade em áreas agrícolas já consolidadas. O especialista também expõe a importância da sustentabilidade e da produção de energias limpas no agronegócio, tanto no Brasil quanto no cenário global, e dá dicas sobre como o produtor pode se beneficiar das condições de mercado para otimizar seus resultados. Por fim, ele explora o papel vital do modelo cooperativista, como o da COMIGO, no fortalecimento da economia local e no desenvolvimento sustentável.

Informações

Confira e fique por dentro das tendências que estão moldando o futuro do agro! Acesse em youtube.com/ cooperativacomigo ou pelo QR Code:

WORKSHOP DA COMIGO

LEVA INOVAÇÃO PARA A PECUÁRIA GOIANA

Pesquisas, estratégias de mercado e ferramentas práticas para os cooperados

Por Wagner Filgueira

Reafirmando seu compromisso com o fortalecimento do agronegócio em Goiás, a COMIGO promoveu a 14ª edição do Workshop de Pecuária, reunindo cooperados, consultores parceiros e a equipe de assistência técnica para a disseminação de informações atualizadas sobre a atividade.

“São 14 anos levando aos cooperados pesquisas realizadas ao longo do ano no CTC, apresentando dados técnicos avaliados e testados. Nosso objetivo é promover diversificação e ampliar o acesso às informações que ajudam o produtor a crescer”, destacou Eduardo Hara, Gerente de Geração e Difusão de Tecnologia da COMIGO.

A programação contou com apresentações de pesquisas desenvolvidas pelo Centro Tecnológico COMIGO (CTC). O pesquisador Hemython Nascimento discutiu a produção e utilização de volumoso para intensificação da pecuária, enquanto

Ubirajara Bilego abordou o impacto do uso de aditivos no desempenho animal e na qualidade da carcaça.

Além disso, Jéssica Almeida, coordenadora de gestão de produtos da COMIGO, apresentou a ferramenta de indicadores zootécnicos SUPERPEC, que auxilia o produtor na tomada de decisões estratégicas.

Os temas de mercado também ganharam destaque.

Thiago Couto, Diretor Derivatives Specialist do Banco BTG Pactual, falou sobre estratégias de negociação e a importância de compreender as opções disponíveis para comercialização do gado. “É fundamental que o pecuarista conheça as alternativas do mercado para tomar decisões mais seguras na venda de seus animais”, enfatizou.

O economista Jean Miranda complementou, trazendo a importância da profissionalização da gestão no agronegócio.

“Embora o produtor conheça bem o manejo da porteira para dentro, é crucial atenção à parte financeira e contábil para garantir bons negócios e a longevidade da atividade”, explicou.

O professor Dr. Paulo Emílio Prohmann discutiu sobre estratégias de manejo que aumentam a competitividade da pecuária com outras atividades. “O pecuarista goiano, através da informação, tem toda a condição de melhorar o desempenho da sua atividade. Por isso falamos aqui de intensificação na cria, na recria, na terminação, além de estratégias de como aproveitar o bom momento da arroba no mercado. Isso nos anima a fazer cada vez mais dentro da porteira”, afirmou Paulo Emílio.

CONFIRA ENTREVISTAS TÉCNICAS COM CADA UM DOS PALESTRANTES CONVIDADOS ATRAVÉS DOS QR CODES: ENTREVISTAS ESPECIAIS

Thiago Couto

Diretor Derivatives

Specialist do Banco

BTG Pactual

Jean Miranda

Economista | BTG Pactual

Dr. Paulo Emílio

Prohmann

Médico Veterinário e Professor na UNICESUMAR)

Os participantes saíram motivados a implementar novos conhecimentos e práticas no campo. “A COMIGO demonstra sua preocupação em trazer discussões relevantes que nos ajudam a fazer as melhores escolhas para nossos negócios”, elogiou Fabíola Magalhães, cooperada da COMIGO.

Gabriel Macedo Pádua é filho de cooperados e formado pelo programa de jovens cooperativistas da COMIGO. Com áreas em Nova Crixás, ele percorre quase 500 quilômetros para participar dos workshops e garante que todo o conhecimento adquirido faz a viagem valer a pena. “Um ensinamento que nós tivemos o ano passado foi aplicado na nossa fazenda, sobre o capim piatã, e tivemos resultados interessantes. Hoje eu pude ver novas pesquisas relacionadas a outros tipos de capim que eu também pretendo aplicar lá”, afirmou Gabriel.

Confira o vídeo do Workshop através do QR-Code ao lado:

Informações

REINAUGURAÇÃO DE LOJA AGROPECUÁRIA EM ACREÚNA DESTACA INVESTIMENTOS E MODERNIZAÇÃO

No dia 29 de novembro, a COMIGO realizou a reinauguração de sua loja agropecuária em Acreúna, Goiás. O evento celebrou a reforma e modernização do espaço, que recebeu mais de R$ 9 milhões em investimentos para oferecer maior conforto e eficiência aos cooperados e colaboradores.

Para Antonio Chavaglia, presidente do Conselho de Administração, a reforma representa o compromisso da cooperativa com a qualidade e o bemestar de seus associados. Ele afirmou

que o novo espaço segue o padrão das outras unidades da COMIGO, garantindo mais funcionalidade e um ambiente melhor para todos. “O cooperado está dentro das lojas da cooperativa e se sente bem. Essa reestruturação ficou excelente”, comentou.

O diretor de lojas da cooperativa, Carlos Alberto Leão Barros, destacou as principais mudanças na infraestrutura. O projeto incluiu a troca completa da cobertura e do piso, instalação de porta-pallets drive-in para otimizar o armazenamento vertical e asfaltamento do pátio. “Praticamente, só as paredes

antigas foram mantidas. É como se tivéssemos uma loja nova, pronta para atender às demandas atuais dos cooperados”, explicou.

O gerente da unidade, Whaslley de Queiroz e Silva, destacou a disposição da nova equipe para receber os cooperados. Ele enfatizou a qualidade dos serviços e produtos oferecidos, convidando todos a visitarem a loja. “Estamos prontos para oferecer a melhor assistência. Venham conferir as novidades e fazer os melhores negócios com a sua cooperativa”.

O prefeito de Acreúna, Claudiomar Portugal, também marcou presença no evento e reconheceu o impacto positivo do investimento. Ele agradeceu à diretoria da COMIGO pela iniciativa e enfatizou a importância do empreendimento para o desenvolvimento local. “Essa reforma ficou muito bem organizada e veio para melhorar o atendimento tanto dos cooperados quanto da população em geral”, declarou.

Entre os cooperados presentes, Manoel Martins Parreira Neto destacou a relevância da modernização para o dia a dia dos produtores rurais. O advogado e escritor, que aproveitou a ocasião para

recitar um poema autoral, elogiou a nova disposição da loja e o cuidado em adaptar a estrutura às necessidades dos clientes.

“Essa reforma reflete a grandeza da COMIGO e do cooperativismo, que orgulhosamente integram a minha história”, afirmou.

Já o cooperado Ivon Barcelos Rocha reconheceu o impacto motivador do investimento. Ele ressaltou como as melhorias na loja reforçam o vínculo entre a diretoria da COMIGO e os associados. “Ver uma estrutura dessa nos dá ânimo para continuar. A diretoria está enxergando e investindo onde realmente é necessário”, comentou.

DESAFIOS E ÊXITOS DO AGRO

Em entrevista, Antonio Chavaglia comenta como foi o ano para o agronegócio e as expectativas para 2025

Por Pedro Cabral, com colaboração de Sérgio Filho

A solidez da COMIGO, mesmo diante de um ano marcado por adversidades no agronegócio, como altos custos de produção e um mercado volátil, é um reflexo de sua gestão eficiente e comprometida com o desenvolvimento do setor. Em 2024, a Cooperativa demonstrou sua capacidade de superar desafios ao prever um faturamento na

casa dos R$ 11,5 bilhões e seguir com um robusto plano de investimentos. Dentre as iniciativas, destacam-se a inauguração do maior armazém de Goiás, em Mineiros; as melhorias em sua rede de lojas, com a nova loja em Paraúna, reforma em Acreúna e obras em Jussara; e o lançamento de seu novo empreendimento em Palmeiras de Goiás: uma fábrica esmagadora de

soja, estrategicamente vinculada a uma ferrovia, reforçando seu pioneirismo no setor.

Em 2025 a COMIGO comemora seu cinquentenário e Antonio Chavaglia, presidente do Conselho de Administração, compartilha em entrevista um balanço de 2024 e as perspectivas para o futuro.

Informe COMIGO: Como o senhor avalia o desempenho do agronegócio em 2024, considerando o cenário em Goiás, no Brasil e no mundo? Quais os principais desafios enfrentados pelos produtores?

Antonio Chavaglia: O ano de 2024 foi muito desafiador. Tivemos uma safra complicada, com muitos produtores enfrentando prejuízos significativos devido a replantios e perdas causadas por chuvas excessivas durante a colheita, o que comprometeu a qualidade dos grãos. Essas dificuldades são inerentes à agricultura, que depende de fatores climáticos além do controle humano. Além disso, o cenário econômico do país, com gastos elevados e grande incerteza, impactou negativamente o setor.

Mesmo diante desse cenário, a COMIGO conseguiu manter resultados positivos, fruto de uma gestão eficiente e bem planejada. Felizmente, a safra atual começou bem, com plantios normais e lavouras se desenvolvendo

adequadamente, mas seguimos cautelosos. Este foi um ano que reforçou a importância de controlar custos e estar preparado tanto para bons momentos quanto para períodos desafiadores.

IC: O mercado agrícola também foi impactado por altos custos de produção e preços voláteis. Como esses fatores influenciaram as decisões estratégicas da COMIGO e o planejamento dos produtores?

AC: O mercado agrícola em 2024 foi caracterizado por desafios significativos, como os altos custos de insumos e a volatilidade dos preços das commodities. Esses fatores exigiram uma abordagem estratégica tanto da Cooperativa quanto dos produtores. Na COMIGO, intensificamos esforços para oferecer soluções competitivas e suporte técnico aos cooperados, garantindo que eles tivessem acesso a tecnologias e práticas que ajudassem a mitigar os impactos do cenário adverso.

Para os produtores, a análise criteriosa de custos e o planejamento financeiro foram cruciais para atravessar o ano com mais segurança.

IC: Além disso, como o comportamento dos compradores, tanto internos quanto externos, influenciou o desempenho do setor em 2024? Houve mudanças significativas na demanda ou nas expectativas dos mercados?

AC: O mercado consumidor, tanto interno quanto externo, desempenhou um papel crucial em 2024. No mercado interno, vimos uma retração no consumo devido às incertezas econômicas e à inflação elevada, o que afetou diretamente a comercialização de produtos agrícolas. Já no mercado externo, a demanda por alimentos se manteve estável, mas com exigências crescentes em termos de qualidade e sustentabilidade. Esses fatores reforçam a necessidade de os produtores se adaptarem rapidamente às novas

exigências e de a Cooperativa continuar apoiando os cooperados para atenderem às expectativas dos mercados mais exigentes.

IC: Com a crescente importância da certificação de soja, como a COMIGO tem se preparado para apoiar os produtores? Quais passos os cooperados devem seguir para atender às exigências dos mercados internacionais?

AC: A Europa e outros mercados internacionais estão cada vez mais exigentes em relação à origem e à sustentabilidade dos produtos. A certificação não é apenas um diferencial, mas uma necessidade. Produtores precisam regularizar suas áreas, incluindo o Cadastro Ambiental Rural (CAR), e garantir que suas propriedades estejam em conformidade com as normas ambientais. Na COMIGO, estamos preparados para orientar nossos cooperados nesse processo, pois acreditamos que a organização é essencial para assegurar o acesso a mercados mais exigentes e evitar barreiras comerciais.

IC: Mesmo que muitos produtores já adotem práticas sustentáveis, o que o CAR representa para formalizar esse compromisso? Por que é essencial documentar essas práticas?

AC: Muitos produtores já seguem práticas sustentáveis em suas propriedades, mas o CAR é fundamental

para formalizar e documentar esse compromisso. Ele serve como prova de que a produção está alinhada com as exigências legais e ambientais, algo cada vez mais solicitado pelos compradores, especialmente nos mercados internacionais. Além de garantir acesso a esses mercados, o CAR também protege o produtor de possíveis sanções e cria oportunidades de valorização de sua produção.

IC: Quanto à pecuária, quais mudanças marcaram o setor em 2024? Que estratégias podem ajudar os pecuaristas a se destacarem em um mercado tão competitivo?

AC: A pecuária mostrou sinais de recuperação, mas ainda exige planejamento. O aumento da produtividade na mesma área é possível com a recuperação de pastagens e a adoção de sistemas como o

semiconfinamento. Com boas práticas de manejo, os produtores podem dobrar a capacidade de criação sem expandir suas áreas. A COMIGO está à disposição para oferecer suporte técnico e ajudar os pecuaristas a adotarem soluções eficientes e sustentáveis. A integração lavoura-pecuária é uma estratégia muito eficiente para aumentar a rentabilidade e promover a sustentabilidade. Alternar o uso das áreas entre agricultura e pecuária melhora a qualidade do solo, reduz custos com fertilizantes e ajuda a controlar pragas e doenças. Essa prática também contribui para a diversificação da renda, algo essencial em tempos de mercado instável. A COMIGO incentiva essa abordagem e está pronta para apoiar os cooperados na implementação desse sistema.

IC: Que aprendizados 2024 trouxe para os produtores e como esses ensinamentos podem ser aplicados no futuro?

AC: Planejamento e cautela são fundamentais. Em períodos de bons preços, é essencial investir em infraestrutura e reduzir dívidas, evitando gastar antes de colher. Além disso, é importante conhecer detalhadamente os custos de cada área de produção e buscar melhorias contínuas nas práticas agrícolas. Arrendatários, em especial, precisam ser ainda mais cautelosos, pois os custos de arrendamento estão altos e os preços dos produtos têm se mostrado voláteis. A situação exige organização financeira e planejamento cuidadoso.

IC: Em 2025, celebramos os 50 anos da COMIGO. Qual a relevância desse marco para a Cooperativa e para os cooperados?

AC: Esses 50 anos representam um aprendizado constante e uma evolução significativa para o Centro-Oeste. A COMIGO foi pioneira na industrialização da soja e contribuiu para transformar o cerrado em uma região produtiva e sustentável. Acredito que o futuro reserva ainda mais crescimento, com o aumento da demanda mundial por alimentos e a necessidade de tecnologias avançadas. Continuaremos investindo em inovações, pesquisas e soluções sustentáveis para apoiar nossos cooperados. O legado da COMIGO é de trabalho e organização, e nosso compromisso é manter essa história de sucesso pelos próximos 50 anos.

IC: Para finalizar, como será o futuro do agronegócio para os próximos 50 anos?

AC: As previsões para os próximos 50 anos, especialmente para os próximos 10, apontam para um aumento significativo no consumo global. E, para atender a essa demanda, será necessário expandir a área de produção. O Brasil já responde por quase 50% das necessidades do mundo, e, dentro do nosso território, a produção precisará ser ampliada para atender a essa crescente demanda. Para isso, é fundamental investir em tecnologia, experiência e inovação. A cada dia, avançamos mais por meio de novas pesquisas, cultivares,

formulações de insumos e sementes. Embora já tenhamos feito progressos significativos, esperamos que esses avanços se acelera ainda mais nos próximos anos. Nesse sentido, o trabalho da cooperativa é fundamental para preparar e apoiar o produtor, oferecendo preços justos e um suporte técnico especializado, com a colaboração de agrônomos, veterinários e profissionais das áreas de pecuária e agricultura. Esse esforço contribui significativamente para a organização da sociedade como um todo, gerando emprego e renda. Acredito que, com essa base sólida, a cooperativa continuará a apoiar cada vez mais o produtor, garantindo um futuro promissor e sustentável para todos.

Planejamento nutricional detalhado

Ajuste a inclusão de concentrados com base na qualidade e disponibilidade da forragem. Durante o período das águas, inclua até 1,5% do peso vivo (PV) em concentrados. Já na seca a inclusão pode ser aumentada para até 2,1% do PV.

Top10dicas

Gestão do pastejo rotacionado

Planeje o tempo de ocupação dos piquetes para maximizar o consumo. Após cada mudança, monitore o impacto da nova pastagem no comportamento e desempenho dos animais.

Escolha precisa do concentrado

Invista em concentrados bem balanceados e com aditivos melhoradores de desempenho. A COMIGO fornece rações, concentrados e núcleos minerais altamente tecnológicos para maximizar o ganho de peso e garantir a saúde ruminal.

Avalie o perfil genético do rebanho

Aproveitar o máximo potencial da TIP depende de um rebanho com características genéticas alinhadas à estratégia de engorda. Prefira animais com boa conversão alimentar e desempenho em sistemas de pasto, garantindo resultados mais consistentes.

PARA TERMINAÇÃO INTENSIVA A PASTO (TIP)

Controle rigoroso da lotação

Ajuste a taxa de lotação para evitar o subpastejo e o superpastejo. Uma densidade muito alta pode reduzir o desempenho devido à competição e à redução da qualidade da forragem remanescente.

Rotinas de manejo calmas e consistentes

Mantenha horários regulares para o trato e a suplementação, pois a consistência reduz o estresse e melhora o desempenho dos animais. Garanta também um manejo calmo e cuidadoso, respeitando o bem-estar animal em todas as etapas.

Água de alta qualidade e acesso

facilitado

Avalie frequentemente a qualidade da água e instale bebedouros suficientes para evitar disputas entre os animais, especialmente em altas temperaturas.

Manejo cuidadoso durante o período de adaptação

O período de adaptação, geralmente de 14 dias, é crucial para o sucesso da TIP. Introduza o concentrado de forma gradual. Nas águas comece com aproximadamente 0,5% PV e nas secas por volta de 0,8% Pv, dependendo da suplementação anterior desses animais, aumentando progressivamente até atingir a meta.

Monitoramento de sanidade

Mantenha um cronograma de vacinação e vermifugação. Na COMIGO, você encontra medicamentos veterinários e vacinas homologadas, além de orientação técnica para prevenir doenças que comprometem a produtividade.

Ajuste a suplementação mineral ao longo do período de engorda

Adeque a formulação de minerais ao longo do período de engorda para atender às necessidades nutricionais dos animais. Uma suplementação balanceada contribui para a saúde, o desempenho e a eficiência do manejo.

*Com colaboração de Caio Rodrigues - Consultor Técnico da COMIGO

OCB GOIÁS HOMENAGEIA ANTONIO CHAVAGLIA COM DIPLOMA DE MÉRITO COOPERATIVO

Reconhecimento celebra legado de Antonio Chavaglia no cooperativismo goiano

Por Wagner Filgueira

A OCB Goiás homenageou Antonio Chavaglia com o Diploma de Mérito Cooperativo, reconhecendo os relevantes serviços prestados para o desenvolvimento do modelo cooperativista. Chavaglia tem um vasto currículo ligado ao cooperativismo, além de ser um dos fundadores da COMIGO, foi por 4 mandatos, Presidente da OCB, contribuindo com seu modelo de gestão visionário e fortalecendo o cooperativismo goiano.

“Eu estive aqui nesta casa por dezessete anos trabalhando pelo cooperativismo e esse reconhecimento veio pelo trabalho realizado. A confiança das cooperativas na OCB cresceu muito, e com o Sescoop, investindo na capacitação das pessoas, isso se fortaleceu ainda mais. Esse trabalho teve um início, um meio, mas não vai ter fim. O cooperativismo não vai ter fim porque as pessoas passam, mas o sistema fica”, disse Chavaglia sobre a honraria.

Outras duas personalidades do cooperativismo receberam o mérito: Jaime Câmara Júnior, em representatividade a seu pai, Jaime Câmara, e Antônio Carlos Borges, presidente da Cooperativa AgroVale. A cerimônia reuniu autoridades da política goiana, e também os familiares dos homenageados.

Luis Alberto Pereira, atual presidente da OCB e amigo de Antonio, entregou a medalha e o título de mérito cooperativo ao lado de Dourivan Cruvinel, Presidente Executivo da COMIGO, reconhecendo e eternizando a dedicação de Chavaglia que rompeu fronteiras e ajudou na consolidação do cooperativismo como um modelo de negócio que beneficia toda a sociedade.

“Foi um dos reconhecimentos mais merecidos que essa instituição já fez.Uma demonstração de gratidão e de agradecimento pelo tanto que o Chavaglia fez por essa instituição, Sistema OCB, no seu processo de crescimento, de estruturação, pela COMIGO, levando a ser a maior empresa goiana, e pelo tanto que fez pelo cooperativismo brasileiro”, declarou Luis Alberto.

Emocionado, o Presidente Executivo da COMIGO, Dourivan, discursou sobre a entrega do mérito cooperativo a Antonio Chavaglia. “Esse reconhecimento vem pelo exemplo de dedicação em tudo que faz. Que Deus te ilumine, se nossa Cooperativa e o sistema cooperativista estão onde estão hoje, muito desse mérito vem do seu esforço e da sua visão, que beneficia toda uma sociedade”, destacou Dourivan.

PROGRAMA RENOVABIO

Práticas sustentáveis geram retorno financeiro para cooperados da COMIGO

Por Wagner Filgueira

A Cooperativa COMIGO e a empresa Neomille S.A. (Grupo CerradinhoBio) celebraram os resultados de sua colaboração no programa RenovaBio com a entrega de um cheque simbólico, marcando o compromisso com a sustentabilidade. O valor de quase 600 mil reais será dividido entre os cooperados que aderiram a participação no programa RenovaBio.

Criado pelo governo federal e em vigor desde 2018, o RenovaBio é uma política pública que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estimular a produção de biocombustíveis, como etanol e

biodiesel, no Brasil. O programa faz parte dos compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris, com o objetivo de ampliar a participação de energias renováveis na matriz energética nacional.

Por meio do RenovaBio, os produtores de biocombustíveis que adotam práticas sustentáveis recebem créditos de descarbonização, chamados CBIOs, que podem ser negociados no mercado financeiro. Além disso, o programa permite que produtores rurais e cooperativas, como a COMIGO, participem fornecendo matéria-prima rastreada para as usinas certificadas, como a Neomille.

“A Neomille é uma parceira importante para a liquidez da nossa produção, e agora estamos juntos nesse programa que valoriza as práticas sustentáveis que o nosso produtor já realiza.” afirmou Israel Freitas, Gerente Comercial da COMIGO.

A Cooperativa desempenhou um papel chave ao reunir os dados de rastreabilidade dos cooperados que participaram do programa, garantindo que as exigências fossem cumpridas. A rastreabilidade é uma das principais condições para a participação no RenovaBio, pois permite verificar o cumprimento de práticas agrícolas sustentáveis, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o uso de insumos certificados.

Por meio da coleta e organização dessas informações, a COMIGO garantiu que o milho fornecido pelos cooperados à Neomille fosse certificado como matéria-prima de baixo impacto ambiental, essencial para a geração de CBIOs. A Neomille, por sua vez, foi responsável por todo o processo de certificação junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), gerando os CBIOs que foram comercializados no mercado.

UM FUTURO SUSTENTÁVEL PARA O AGRONEGÓCIO

“As expectativas para o futuro são ótimas. Essa união de forças entre a COMIGO e a Neomille, duas empresas que tem em seu DNA as práticas sustentáveis abre uma possibilidade de crescimento neste mercado que é novo no Brasil e está aquecido” destacou Eduardo Paiva, Gerente de Originação da Neomille/Grupo CerradinhoBio.

A parceria entre a COMIGO e a Neomille não apenas fortalece a produção de biocombustíveis no Brasil, mas também reafirma o compromisso de ambas as empresas com a sustentabilidade. Ao contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa, essa colaboração mostra que produção agrícola e preservação ambiental caminham em uma só direção. Com o RenovaBio, a expectativa é que cada vez mais produtores e cooperativas se engajem no processo, contribuindo para um agronegócio mais sustentável e eficiente.

PRAGAS DAS PASTAGENS: CARACTERÍSTICAS, CONTROLE E MANEJO

A pecuária brasileira é realizada, em grande parte, em pastagens. O Brasil, país majoritariamente de clima tropical, tem o clima ideal para o desenvolvimento das plantas forrageiras: quente e úmido. Apesar disso, há um contratempo: o clima é favorável não apenas para as pastagens, mas também para pragas.

Em situações de infestação, os insetos causam perdas consideráveis, reduzindo a quantidade e a qualidade de massa verde disponível para o gado. Na maioria das vezes constata-se um interesse tardio por parte do produtor, que só observa os danos quando estes são muito evidentes. Essa demora na busca por uma solução e tomada de decisão de controlar as pragas, pode pôr a perder todo o pasto e, consequentemente, a produção.

Por isso, conhecer as espécies de insetos que afetam nossas pastagens é fundamental para implementar estratégias eficazes de controle.

PERCEVEJOSCASTANHOS

Os percevejos-castanhos são insetos subterrâneos e sugadores, sugando as seivas das raízes. As formas jovens são de coloração branca, e os adultos são de coloração marrom-clara, medindo aproximadamente 8 mm.

Seus hábitos subterrâneos são facilitados em solos arenosos, onde se deslocam com maior agilidade e, por essa razão, têm sido constatadas maiores infestações nestes ambientes, assim como em pastagens degradadas. Porém, há relatos de ocorrências também em solos argilosos e em pastagens bem formadas e produtivas, embora nestas, as informações sejam de danos menos expressivos.

IDENTIFICAÇÃO

O percevejo castanho nos últimos anos tem causado grandes prejuízos. Esta praga ataca culturas como soja, milho, sorgo, algodão, café, arroz e pastagens, dentre outras.

Na região de Serranópolis e Chapadão do Céu, por exemplo, há casos de perdas de até 100% em pastagens

devido aos danos causados pelo percevejo castanho.

Os sintomas do ataque variam de acordo com a intensidade e época do ataque e, muitas vezes, são confundidos com deficiência nutricional. Alguns produtores vão identificar o ataque no começo do período chuvoso, quando o capim não rebrota; e surgem reboleiras de capim morto.

Para se ter certeza do ataque, podese fazer amostragem cavando o solo na bordadura da reboleira, entre o capim verde e o seco, até a profundidade de 60 cm, onde maior número de adultos e filhotes do percevejo castanho se encontram.

CONTROLE

No geral, o controle de pragas subterrâneas costuma ser mais oneroso do que o controle de pragas aéreas.

O controle químico do percevejo castanho é pouco viável em razão de seus hábitos subterrâneos. No caso do percevejo-castanho, existe ainda a questão de se aprofundarem no solo, o que dificulta ainda mais seu controle.

Diante desse cenário um tanto assustador, o que nos resta é tentar conviver com o percevejo castanho.

A recomendação dos pesquisadores é: para locais com alta infestação, ou àqueles que estão com muitos danos aparentes, é a reforma completa da área

(correção do solo e adubação) pensando em melhorar as condições nutricionais da planta, para que suporte o ataque do percevejo. Observa-se que plantas bem nutridas (adubadas periodicamente) suportam melhor o ataque, muitas vezes nem manifestando os sintomas característicos.

Outra forma seria a adoção, onde possível, de sistemas de integração Lavoura-Pecuária para recuperação de pastagens. Nesses sistemas, com a correção e adubação do solo, em função do cultivo de plantas anuais a pastagem estaria com plantas mais vigorosas, sendo então menos sensíveis ao ataque de percevejos-castanhos

As medidas preventivas com controle biológico são viáveis para evitar perdas na produção por ataques do percevejo-castanho. Tais medidas devem ser realizadas quando o solo estiver mais úmido ou realizar a aplicação embaixo de chuva, para atingir as pragas que estarão nas camadas superficiais, deve-se repetir a aplicação do controle biológico, pelo menos duas vezes ao ano.

LAGARTAS

Falando especificamente de lagartas, vemos que esses insetos são considerados pragas ocasionais em pastagens; mas quando estão em

alta concentração, têm o potencial de reduzir a quantidade de forragem disponível. E isso tem sido um fato mais comum nos dias atuais, devido aos dias quentes e úmidos.

As pastagens em formação merecem atenção especial, uma vez que podem sofrer muito mais com os danos provocados pelas lagartas em comparação com pastagens já estabelecidas.

O comportamento alimentar das lagartas consiste na mastigação contínua das folhas e das partes macias, comprometendo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese e produzir nutrientes essenciais. Esse processo pode causar danos irreversíveis a pastagem que está sendo implantada, com interrupção do crescimento e até mesmo morte da forragem, impactando diretamente o desempenho dos animais

No Brasil, as duas espécies responsáveis pelos ataques das lagartas são: Lagarta-do-cartucho (do milho) e Curuquerê-dos-capinzais. O ciclo lagarta, ou seja, o tempo que ela leva da fase de ovo à fase adulta, é variável de acordo com a temperatura média do ambiente. Conforme a temperatura aumenta, o ciclo diminui. Com uma temperatura média de 20°C, o ciclo dura, em média, 64 dias, mas se a temperatura for 30°C, o ciclo se limita a, aproximadamente, 29 dias.

O uso de produtos biológicos para controle de lagartas em pastagens é indicado. Nesse caso não é necessária a retirada do gado da área, por serem produtos seletivos a estes animais.

O controle de lagartas em pastagens poderá ser feito utilizando inseticidas químicos, recomendados para pastagens, desde que respeitados o período de carência e reentrada de animais no pasto, o que varia de acordo com o produto escolhido.

Outra alternativa que podemos sugerir a vocês é concentrar o gado nas áreas atacadas, procurando, com isso, aproveitar a forragem disponível antes que as lagartas o façam.

É sempre importante estar atento ao monitoramento de pragas na sua pastagem, se amostragens forem feitas, associadas à correção e à manutenção da fertilidade do solo, à escolha da cultivar correta e ao manejo do pasto, os problemas com pragas serão minimizados, assim como os gastos desnecessários.

Felizmente, essa mentalidade tem chegado a mais pecuaristas nos dias de hoje: o cuidar, o antecipar, o prevenir, tem que fazer parte da rotina do “cultivador de pasto”, para que o retorno financeiro seja mais visível que os danos das pragas.

Cooperado (a), em caso de dúvidas, procure o técnico da Comigo responsável pela sua área.

Suelen Soares Oliveira Vendedora de Insumos Externo

INTENSIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL DE PASTAGENS

Nos últimos anos tem-se observado uma tendência de estreitamento da margem de lucro da pecuária de corte, isso é atribuído principalmente a elevação de preços de terras, aumento de custos de insumos e da reposição. Para se manter competitivo na atividade é preciso buscar maior eficiência de processos, e manter o equilíbrio entre aumento de produtividade e lucratividade com sustentabilidade.

Nesse sentido, o melhor caminho é investir no pasto, pois com simples intervenções como controle de plantas daninhas, correção do solo, divisão de áreas, manejo adequado do pastejo

e reposição adequada de nutrientes é possível aumentar a lotação por área, melhorar desempenho animal e aumentar a produtividade.

Contudo é importante ressaltar que para obter sucesso no processo de intensificação de pastagens, é preciso definir metas, fazer um bom planejamento, identificar o nível tecnológico do sistema de produção ou área, e atentar a ordem para realização de cada intervenção e/ou inserção de cada nova tecnologia no sistema de produção.

TOLERÂNCIA ZERO COM PLANTAS DANINHAS

O primeiro passo para quem busca aumentar a produtividade do pasto e está disposto a investir para alcançar tal objetivo é verificar se há ocorrência de plantas daninhas na área, quais espécies infestantes, nível de infestação e definir estratégia de controle. É importante compreender que essas plantas competem com o pasto por água, luz e nutrientes, interferem no consumo animal, e algumas ainda podem ser tóxicas aos bovinos. Por tais motivos, é importe adotar a filosofia de “Tolerância zero com as plantas daninhas”, pois elas podem reduzir até 50% da produção de um pasto recém implantado com apenas 30 dias de sua presença na área.

Lembre-se: “A cultura predominante na pastagem deve ser o capim”

CORREÇÃO DO SOLO

Para assegurar bom vigor, qualidade do capim e maior velocidade de rebrota após o pastejo, é importante realização da calagem para corrigir a acidez do solo e fornecer nutrientes como cálcio e magnésio, além de adequar os teores de fósforo, potássio e enxofre, bem como verificar níveis de micronutrientes.

Figura 1. Escada da Intensificação Sustentável de Pastagens

OPERACIONAL E INFRAESTRUTURA

A harmonia e bom funcionamento do sistema de produção dependem diretamente de uma boa gestão, mão de obra qualificada (equipe treinada e consciente sobre seu papel na execução do projeto) e infraestrutura adequada (cercas, bebedouros, cochos, maquinas e implementos), essas três condições são requisitos fundamentais para o sucesso na execução de um projeto de pecuária intensiva à pasto.

EFICIÊNCIA DE PASTEJO

A etapa de utilização da forragem pelo animal é a que mais interfere na produtividade do sistema, podendo representar por 40 a 80% do resultado do sistema de produção. Por isso é de fundamental importância colher o capim no ponto adequado e quando

apresenta melhor valor nutritivo (altura ideal), e manter o equilíbrio entre capacidade de suporte (quantidade de forragem produzida) e taxa de lotação (quantidade de animais na área). Pasto passado (muito alto) reduz qualidade e desempenho animal, por outro lado pasto “rapado” (muito baixo) demora mais para rebrotar.

Por isso é importante ter consciência de que “O capim produzido precisa ser bem colhido”.

ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Depois de atender as etapas anteriores do processo de intensificação, chegou a hora de acelerar o crescimento do pasto e aumentar a produção por meio da adubação. Os nutrientes fósforo e potássio devem ser repostos em função da extração pela cultura e com

base nos resultados da análise de solo, já o nitrogênio será em função do nível de produtividade esperada, contudo a recomendação é que a dose de N por aplicação seja próxima de 50 kg/ha. Para trabalhar com doses maiores devese parcelar a aplicação, a adubação deve ser realizada durante o período chuvoso (novembro a fevereiro).

AJUSTE FINO

Para explorar o máximo potencial de tecnologias como irrigação, bioestimulantes, bactérias promotoras de crescimento, fertilizantes foliares e bioestimulantes, é importante que o pasto esteja bem manejado e vigoroso, pois essas tecnologias são complementares as anteriores e tem maior potencial para gerar resultados positivos em pastos bem nutridos, vigorosos e bem manejados.

RESULTADOS OBTIDOS NO CAMPO

Aplicando esses conceitos em uma área de pastagem de capim Brachiaria brizantha BRS Piatã do centro tecnológico COMIGO, foi possível atingir produção de 65 @/ha no período de fevereiro de 2023 a ferreiro de 2024, com média de GMD de 956 g/animal/dia e lotação média anual de 5,7 UA/ha, com custo da arroba produzida de R$ 144,00. Na figura 2 temos o cronograma de execução de intervenções (manejo) na área.

Figura 2. Cronograma de execução das intervenções na área.

O quadro 1 apresenta um resumo do desempenho e produção animal obtidos na área.

Variáveis

2023 2024 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Águas 1 Seca Águas 2 Lotação

Quadro 1. Desempenho e produção animal em sistema intensivo de produção animal à pasto.

O custo da arroba produzida foi de R$ 144,37, sendo que 83% do custo dessa @ produzida foi de suplementação e fertilizantes adubação da pastagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando aplicadas as tecnologias de forma adequada, é possível intensificar pastagens e obter alta produtividade com lucratividade.

Hemython Luis Bandeira do Nascimento Pesquisador Agronômico Centro Tecnológico COMIGO

Agenda do Conselho Fiscal

A cada visita do Conselho Fiscal, surge a oportunidade de reforçar a crença de que a cooperação entre todos é essencial para transformar desa os em vitórias compartilhadas, mostrando que a união é o caminho para alcançar resultados positivos e duradouros.

Fazenda Florestal
Centro Tecnológico COMIGO
Loja Agropecuária Pontalina

COMIGO MARCA PRESENÇA NO 3º WORKSHOP BIOTECH

TERRA FORTE

BRASIL

A Cooperativa COMIGO participou do 3º Workshop Biotech Terra Forte Brasil, em Rio Verde, Goiás. O evento se destaca por promover discussões sobre agricultura regenerativa e mercado sustentável. Organizado pelo Biotech Terra Forte Brasil, o encontro abordou soluções tecnológicas e biológicas que potencializam a produção agrícola, minimizando impactos ambientais e fomentando práticas inovadoras no campo.

A Cooperativa esteve presente com um stand que apresentou produtos relacionados à agricultura sustentável, destaque para nossas marcas de Óleo

de Soja: COMIGO e Brasileiro. Além disso, o pesquisador do CTC - Centro Tecnológico COMIGO, Diego Tolentino, contribuiu esclarecendo a importância do uso de bioinsumos, destacando como esses produtos podem integrar práticas agrícolas mais eficientes e menos agressivas ao meio ambiente.

O evento incluiu palestras e uma mesa redonda para debates amplos sobre sustentabilidade no setor. Representando a Cooperativa, Francimar Duarte, assessora de Sustentabilidade e SGI, participou do painel final, compartilhando projetos e experiências

da COMIGO relacionados à agricultura sustentável.

Com essa participação, a COMIGO reafirma seu compromisso com a inovação no agronegócio e a busca por soluções que aliam alta produtividade à preservação ambiental.

CELEBRAÇÃO DE FIM DE ANO MARCA INÍCIO DAS COMEMORAÇÕES DOS 50

ANOS DA COMIGO

No dia 13 de novembro, a Cooperativa COMIGO promoveu um evento especial de fim de ano em todas as suas lojas agropecuárias, marcando o início das celebrações do cinquentenário da cooperativa. A iniciativa reuniu cooperados, colaboradores, clientes, parceiros e a comunidade em um momento de confraternização e gratidão pelas conquistas de 2024.

A programação contou com bênçãos de fim de ano, apresentações artísticas e o tradicional acendimento das luzes de Natal, que simbolizam o espírito

de união e renovação. A decoração temática destacou os 50 anos da cooperativa, reforçando seu papel na construção de laços sólidos com a comunidade e os parceiros ao longo de sua trajetória.

A celebração encerrou o ano com otimismo e marcou o início de uma nova etapa para a cooperativa, que segue comprometida em fortalecer ainda mais sua atuação e estreitar o relacionamento com cooperados e parceiros em 2025.

COMIGO PARTICIPA DO COOPSPARTY SUMMIT

A COMIGO marcou presença no CoopsParty Summit, o maior evento de inovação, cooperativismo e empreendedorismo do Brasil. O evento aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro, em Goiânia, Goiás, e contou com a participação de grandes nomes do setor. Em um painel, Eduardo Hara, da COMIGO, junto com Eloá Tomas (COCAMAR) e Jaffer Vinicius Besen (OCEPAR), discutiram as inovações e tendências no cenário das cooperativas. Durante a discussão, foram abordados os benefícios que a inovação traz tanto para as cooperativas quanto para os

cooperados. Falou-se também sobre a importância do apoio da gestão nos projetos de inovação e como os resultados positivos são fundamentais para que a diretoria continue investindo e apoiando essas iniciativas transformadoras.

Além disso, a COMIGO teve um stand no evento, e diversos colaboradores da cooperativa, de diferentes áreas, também participaram como visitantes, ampliando seus conhecimentos e compartilhando ideias.

Sovaco

Realiza a limpeza doméstica Ponto turístico de Salvador

O substantivo oposto ao derivado (Gram.)

PASSA TEMPO

Irineu Marinho: fundou "O Globo"

Sílaba de "paiol" Cobrir de água

Entrincheiramento feito em ruas

O dia decisivo Som de gargalhada

Mau hálito

A favor de; em prol de

Ponto cardeal onde o Sol se põe

Construção da aranha Utensílio para refeição

Encher (a empada) Pouco profunda

Paquera

Que não trai (?) Presley, o Rei do Rock Despencar

"(?) – O Extraterrestre", filme

Forma do decote pronunciado Fã; admiradora

Osso da coluna (Anat.)

2/et. 5/garfo. 7/rechear. 9/barricada — primitivo.

Bilhete (?): vale para uma viagem no metrô

3, em romanos Anestésico hospitalar

Planta que possui propriedades calmantes

País sede da Copa de 1994 (sigla)

Nome da letra "C" Dom; oferta

Dispositivo contraceptivo interno

Consoantes de "adora"

Letícia Spiller: atuou em "Boogie Oogie" (TV)

Evanildo Bechara, gramático brasileiro

Avenida (abrev.) Sucede ao "Q"

(?) Láctea: galáxia (Astr.)

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