Informe COMIGO Setembro - Outubro 2025

Page 1


CAROS COOPERADOS,

Nos últimos anos, a COMIGO vem consolidando um novo ciclo de crescimento, marcado pela modernização e pela expansão de suas estruturas em diferentes regiões de Goiás. Desde nossa fundação, inauguramos lojas agropecuárias em cidades estratégicas e, mais recentemente, Jussara, que recebeu uma unidade moderna, com investimento de R$ 25 milhões e estrutura voltada à eficiência no atendimento e ao conforto dos cooperados.

Cada uma dessas novas unidades representa um passo firme rumo a uma COMIGO mais moderna, preparada e integrada ao futuro do agronegócio. Mas não é apenas em infraestrutura que avançamos. Também fortalecemos o conhecimento técnico no campo, com a disseminação de práticas mais sustentáveis e produtivas na agricultura e na pecuária. Nos artigos dessa edição, trazemos a difusão de informações sobre suplemen-

tação eficiente, manejo da soja e formação de pastagens tem contribuído para elevar a produtividade e a rentabilidade dos cooperados, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais e reforça o compromisso da cooperativa com a sustentabilidade.

No âmbito do desenvolvimento das pessoas, a COMIGO mantém sua missão de formar líderes comprometidos com os valores do cooperativismo. A formatura das turmas de Jovens e Mulheres Cooperativistas de 2025 reafirma nosso investimento em sucessão familiar, gestão e inovação, pilares fundamentais para garantir a continuidade e a vitalidade do nosso modelo de negócios.

Também seguimos fortalecendo nossa governança com o Programa de Integridade e Compliance, que aprofunda a cultura de ética e transparência na gestão. E, em mais um passo de inovação e

fortalecimento institucional, firmamos parceria com a Planalto Case IH, ampliando as soluções tecnológicas e o acesso a máquinas e equipamentos de alto desempenho para os cooperados, uma iniciativa que reforça a confiança do mercado no potencial da nossa cooperativa.

Cada conquista reforça a essência do que somos: uma cooperativa que valoriza suas raízes, investe em pessoas e acredita no poder da união para transformar o presente e construir o futuro.

Boa leitura!

ANTONIO CHAVAGLIA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA COOPERATIVA COMIGO

40 5 PERGUNTAS

49 AGENDA DO CONSELHO

54 PASSATEMPO

55 RECEITA

CADASTRO COMIGO

Endereço: Avenida Presidente Vargas, 1878

Caixa Postal 195 | CEP: 75.901-901 - Rio Verde - GO

Fax: (64) 3621-1691 | Telefone: (64) 3611-1500

SAC COMIGO: 0800 642 1500

Site: www.comigo.coop.br

E-mail: sac@comigo.com.br

CNPJ: 02.077.618/0001-85. IE: 10.088.758-9

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Antonio Chavaglia

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Executivo: Dourivan Cruvinel de Souza

Diretor de Lojas: Carlos Alberto Leão Barros

Diretor de Insumos: Cláudio César Teoro

Diretor Industrial: Paulo Carneiro Junqueira

Diretor Administrativo Financeiro: Warlen Ferreira de Freitas

Diretor Comercial: Welton Vieira de Menezes

PARCERIA DE FORÇA E TECNOLOGIA

NOVAS TURMAS COOPERATIVISTAS

Jovens e mulheres concluem mais uma etapa dos cursos de formação promovidos pela COMIGO, reforçando a sucessão e o protagonismo no cooperativismo.

COMIGO e Planalto Case IH firmam aliança para ampliar o acesso dos cooperados a soluções inovadoras em tratores agrícolas. 8

14

CONSELHEIROS DE ADMINISTRAÇÃO

Alceu Ayres de Moraes

Luiz Gustavo Cavalet

Marciano Casagrande

Max Eugênio da Silva Arantes

Rafaela Henkes Vian

Renata Ferguson

Rogério Martins Silva Caetano

CONSELHEIROS FISCAIS

Alexandre Oliveira de Sá

Gabriel Neves de Almeida

Márcia Raquel Gomes de Andrade Vian

Moisés Martins de Miranda Júnior

Samuel Silva Barbosa

Vanine Di Garcia Lessa

ASSESSORIAS

Assessoria Ambiental

Auditoria interna

Comunicação Cooperativismo

Jurídica Planejamento

Processos

Sistema de Gestão da Qualidade

INFORME COMIGO

Revista bimestral editada pela Assessoria de Comunicação da COMIGO.

Conselho Editorial: Beckembauer Ferreira, Ubirajara Oliveira Bilego e Gabriele Triches Ribeiro.

Coordenação ASCOM: Gabriele Triches Ribeiro

Editor Responsável: Pedro Henrique Cabral Rosa - RP: 0004462/GO

Matérias e Fotografias: Douglas Dias Teixeira

Pedro Henrique Cabral Rosa

Wellerson Martins Moreira

Wagner Silva Filgueira

Diagramação, composição e arte: Vanessa Fernandes dos Santos

Comercial: Gabriela Alves

E-mail: gabrielaalves@comigo.com.br

Telefone: (64) 3611-1690

INTEGRIDADE E GESTÃO

Programa de Integriada e Compliance fortalece a cultura ética, a transparência e o compromisso com as melhores práticas de governança.

16

Impressão: Cirgráfica - Goiânia

Tiragem: 12.500 exemplares

CADASTRO COMIGO

Fundação: 6 de julho de 1975

Gênero: Cooperativa de beneficiamento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários.

Instalação/Atividades:

ACREÚNA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0028-03

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0013-19

CAÇU: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0051-44

CAIAPÔNIA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0045-04

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0046-87

FIRMINÓPOLIS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618.0063-88

INDIARA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0018-23

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0024-71

IPORÁ: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0043-34

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0062-05

JANDAIA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0020-48

JATAÍ: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0023-90

COMIGO CHEGA EM JUSSARA

Uma nova unidade com estrutura moderna e foco no atendimento ao cooperado marca a expansão da cooperativa pelo estado de Goiás.

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0012-38

Estrela D’Alva - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0031-09

Paraíso - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0036-05

Bom Jardim - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0048-49

Fábrica Suplemento Mineral Jataí

Fazenda Florestal VI e Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0060-35

JUSSARA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0067-01

MINEIROS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0056-59

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0065-40

MONTES CLAROS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0044-15

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0042-53

Fábrica Suplemento Mineral

MONTIVIDIU: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0030-10

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0017-42

NOVA CRIXÁS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0061-16

PALMEIRAS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0049-20

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0053-06

PARAÚNA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0021-29

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0022-00

Armazém II - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0052-25

Fazenda Florestal VII e Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0064-69

A série “COMIGO em décadas” chega ao fim celebrando a última década destes 50 anos de conquistas, inovação e orgulho cooperativista.

32 HISTÓRIA E FUTURO

PIRANHAS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0054-97

PONTALINA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0058-10

RIO VERDE: Sede Administrativa / CNPJ: 02.077.618/0001-85

Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0001-85

Fazenda Florestal IV / CNPJ: 02.077.618/0047-68

Depósito de Insumos - Loja / CNPJ: 02.077.618/0055-78

Complexo Industrial / CNPJ: 02.077.618/0002-66

Fazenda Florestal I / CNPJ: 02.077.618/0016-61

Fazenda Florestal II / CNPJ: 02.077.618/0029-86

CTC - Centro Tecnológico COMIGO / CNPJ: 02.077.618/0032-81

Ponte de Pedra - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0034-43

Fazenda Monte Alegre - Cultivos / CNPJ: 02.077.618/0040-91

Máquinas e Implementos - Loja / CNPJ: 02.077.618/0041-72

Fazenda Florestal V / CNPJ: 02.077.618/0059-00

SANTA HELENA: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0004-28

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0005-09

Cinquentão - Armazém / CNPJ: 02.077.618/0033-62

SERRANÓPOLIS: Loja agropecuária / CNPJ: 02.077.618/0014-08

Armazém / CNPJ: 02.077.618/0037-96

Armazém II / CNPJ: 02.077.618/0057-30

NOVOS COOPERADOS

HOMENS 9.966 MULHERES 2.362 PESSOA JURÍDICA 235 TOTAL 12.563

ADAIR RIBEIRO DE ALMEIDA

ADRIANA LEITE OLIVEIRA

AGROPECUARIA BRANDAO E BURALLI LTDA

ALDOARDO ALVES PEREIRA

AMANA AGROPECUARIA LTDA

ANA FLAVIA RISSATI G. DE AZEREDO

ANTENOR JOSE LOMBARDI

ANTONELLA ROCHA MESQUITA

ANTONIO APARECIDO PEREIRA

AURENY LIMA GUIMARAES DE CARVALHO

BRUNO MATIAS DE OLIVEIRA

CELINA MENDES LEITE

CLENON DE BARROS LOYOLA NETO

CRISTIANE DE FREITAS F. DE OLIVEIRA

DANILLO HERGERT JULIANI

DANILO CESAR DE CASTRO MARTINS

JANDAIA-GO

IPORÁ-GO

ACREÚNA-GO

PORANGATU-GO

MONTES CLAROS DE GOIÁS-GO

AURILÂNDIA-GO

APARECIDA DO RIO DOCE-GO

JAUPACI-GO

FAZENDA NOVA-GO

RIO VERDE-GO

RIO VERDE-GO

DIORAMA-GO

BRITÂNIA-GO

SANTA HELENA DE GOIÁS-GO

CAIAPÔNIA-GO

MUTUNÓPOLIS-GO

DEBORAH BORGES SANTOS MENEZES

DINOSI JOSE CASA GRANDE

DIVINO VICENTE DO NASCIMENTO

DOMINGOS NAVES DE SOUSA

DONIZETE MOREIRA DE SOUZA

EDILON BORGES PEREIRA

EDUARDO GUSTAVO BASILIO

ELIANIA SOUZA DOS SANTOS BORGES

FABIANA DE OLIVEIRA LINO

FERREIRA & JAIME AGROPECUARIA LTDA

FIRMINO MANOEL DA SILVA

FLAVIANA BATISTA DA SILVA

FVG AGROPECUARIA LTDA

GILMAR JOSE DE SOUZA

GUILHERME MARTINS DE MELO

HALLYNE ARAUJO FERREIRA

AURILÂNDIA-GO

APORÉ-GO

CÓRREGO DO OURO-GO

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS-GO

JUSSARA-GO

JUSSARA-GO

SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO-GO

CAIAPÔNIA-GO

MUNDO NOVO-GO

PARAÚNA-GO

ISRAELÂNDIA-GO

MINEIROS-GO

EDÉIA-GO

ITAPIRAPUÃ-GO

RIO VERDE-GO

RIO VERDE-GO

HELDER EVANGELISTA DE JESUS

IRACIDIO ALVES DOS SANTOS

JACIR DANTAS PINTO FILHO

JEREMIAS BUENO DE MORAES

JOAO PAULO BORGES DE CARVALHO

JOAO VITOR JACINTHO JUNQUEIRA

JOAO VITOR RIBEIRO CARDOSO

JOICE DE SOUZA CASTRO

JOSE LUIZ XAVIER SERONNI

JOSE MARIO AVILA REZENDE FILHO

JULIANA NUNES BATASAN

JURIMAR ANTONIO DE MIRANDA

KADEU MAGALHAES FERREIRA

KESIO GARCIA SILVA

LILIANE PUCCI ALVES

LUCIANO MENDONCA DE SOUSA

LUIS CARLOS CARVALHAES

LUIS CARLOS DOS SANTOS

LUIS DONIZETI DA SILVA NETO

LUZIA MOREIRA TELES PEREIRA

MANOEL PIANEL DOS SANTOS

MARCELLO FREIRIA MONTES

MARCELO DA SILVA VITAL

MARCIA MARIA DA SILVA

MARIANA LOURENCO LELIS BASILIO

MARIANGELA SAGGIORATO GIRALDI

MARLENE DE FATIMA PEREIRA MACEDO

MARLI TOSTA PEREIRA

MILTON PEREIRA DE OLIVEIRA

NEUZA BUENO LEITE

ITAPIRAPUÃ-GO

FIRMINÓPOLIS-GO

GOUVELÂNDIA-GO

PALESTINA DE GOIÁS-GO

CEZARINA-GO

MONTES CLAROS DE GOIÁS-GO

NOVO BRASIL-GO

SANTA HELENA DE GOIÁS-GO

PORTEIRÃO-GO

TURVELÂNDIA-GO

CAÇU-GO

IPORÁ-GO

ACREÚNA-GO

ITARUMÃ-GO

INOCÊNCIA-MS

CAIAPÔNIA-GO

PALMEIRAS DE GOIÁS-GO

FIRMINÓPOLIS-GO

SANTA HELENA DE GOIÁS-GO

JANDAIA-GO

JATAÍ-GO

RIO VERDE-GO

MUNDO NOVO-GO

MUNDO NOVO-GO

SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO-GO

RIO VERDE-GO

JANDAIA-GO

CAIAPÔNIA-GO

JUSSARA-GO

ISRAELÂNDIA-GO

ODEILDE SOUZA DOS SANTOS

RAILSON FERNANDES LIMA

ROBERTO ABREU RODRIGUES DA CUNHA

RODRIGO MALTA DOS SANTOS

RODRIGO RIBEIRO RAMOS

SILVANO DA COSTA FERREIRA

SINDOMAR MENDES FERREIRA

SUSANA ASSIS CAMPOS MAIA

TAISA FERREIRA DUARTE SILVA

TERCIO CARDOSO DOS SANTOS

THAIANE SOUSA SILVA

THALLES CRUVINEL GUIMARAES DA COSTA

THIAGO DOS SANTOS DINIZ

TIRSO DE BIASI

VALDECI CARDOSO DA SILVA

VALDOMIRO POLISELLI JUNIOR

WESLEI FAVORITO

JUSSARA-GO

JANDAIA-GO

NOVA CRIXÁS-GO

SANTA FÉ DE GOIÁS-GO

ITAPIRAPUÃ-GO

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS-GO

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS-GO

JATAÍ-GO

CAIAPÔNIA-GO

JUSSARA-GO

TURVELÂNDIA-GO

MONTIVIDIU-GO

IPORÁ-GO

JATAÍ-GO

JUSSARA-GO

UIRAPURU-GO

URUANA-GO

COMIGO E PLANALTO CASE FIRMAM PARCERIA

Estratégia amplia o portfólio da cooperativa com linha de tratores e reforça o compromisso em oferecer tecnologia e suporte ao cooperado

A COMIGO acaba de firmar uma nova parceria com a Planalto Case IH, fortalecendo ainda mais seu compromisso em oferecer soluções completas e de qualidade ao produtor rural. Para celebrar o início dessa trajetória, foi realizado um café da manhã especial na loja de Máquinas e Implementos da cooperativa, reunindo representantes das duas empresas e dirigentes cooperativistas.

O presidente do Conselho de Administração da COMIGO, Antonio Chavaglia, destaca a importância da parceria para o fortalecimento do atendimento aos cooperados e produtores rurais.“Foi um trabalho conjunto que deu resultado dessa parceria. Vamos atender os municípios com essas máquinas, contemplando desde o pequeno até o grande produtor. São máquinas modernas, com ar-condicionado e dentro das normas técnicas. É um avanço importante para o nosso portfólio, que agora passa a contar também com tratores”, ressaltou.

Para o diretor de Lojas da COMIGO, Carlos Alberto Leão Barros, a novidade vem para complementar a linha de máquinas e implementos agrícolas oferecidos pela cooperativa: “já trabalhamos com diversas marcas de implementos, mas não tínhamos ainda uma linha de tratores. Agora, com a Planalto Case IH, passamos a oferecer os tratores da linha Farmall, de 80 a 100 cavalos, ampliando as opções aos nossos cooperados”, explicou.

O diretor da Planalto Case IH, Michel Mekdessi, também celebrou o momento, classificando-o como um marco histórico para ambas as empresas. “Essa parceria atesta não só a credibilidade da Planalto, mas também da marca Case, que representamos há longa data, e reforça nossa retaguarda em peças, serviços e assistência técnica. É uma sincronia entre duas grandes empresas de Rio Verde, que nasceram e cresceram com seriedade, contribuindo para o desenvolvimento da região e a força do produtor rural”, afirmou.

O representante comercial da Case IH em Goiás, Fareid Diab Zain Junior, também destacou o simbolismo da parceria

para o setor: “é um motivo de muito orgulho para a Case e para a Planalto firmar parceria com uma empresa tão sólida como a COMIGO, que cresceu junto com o produtor goiano”.

Com essa nova parceria, a COMIGO reforça seu compromisso com a inovação, a eficiência e o desenvolvimento regional, oferecendo ao cooperado mais opções em tecnologia, produtividade e suporte técnico.

COMIGO no Campo

ARQUITETURA DA SOJA: OTIMIZANDO PRODUTIVIDADE COM MANEJO ESTRATÉGICO

Quer entender como o manejo da arquitetura das plantas de soja pode influenciar diretamente a produtividade da lavoura e quais decisões no campo podem fazer diferença nos resultados finais?

Assista à última live do COMIGO no Campo, com orientações práticas sobre o manejo da arquitetura de plantas de soja.

Informações

Acesse o conteúdo completo pelo QR Code

Manejo da Arquitetura de Plantas em Soja: Regra ou Exceção?

Dra. Amanda Bueno

Pesquisadora do Centro

Tecnológico COMIGO (CTC)

Fique por dentro do COMIGO no Campo! Toda segunda quartafeira do mês, às 19h, trazemos dicas práticas e estratégicas que tornam o trabalho dos produtores mais eficiente.

Acesse: comigo.coop.br/lives

CREEP FEEDING: ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR O PESO À DESMAMA EM PERÍODOS DE VALORIZAÇÃO DO BEZERRO

A fase de alta do ciclo pecuário está chegando! Segundo dados da consultoria Agrifatto, publicados no dia 03 de outubro, o bezerro já atinge uma taxa de crescimento anual composta (CAGR), próxima de 20%, sendo as máximas atingidas quando este indicador atinge 40%. Ou seja, este pequeno animal já mostrou uma reação, mas ainda não atingiu a máxima valorização.

Para o criador que investiu em melhorias produtivas para aumentar a capacidade de suporte da fazenda, muito provavelmente co-

meçará a colher os frutos em 2026, produzindo mais arrobas e desmamando mais bezerros justamente em um período de valorização do animal. Para quem não conseguiu se programar, ou para quem quer obter o máximo desempenho zootécnico, desmamando bezerros mais pesados e aumentando os “quilos de bezerros desmamados por vaca exposta a reprodução”, o Creep Feeding pode ser um forte aliado no aumento da remuneração da propriedade.

Entrando nos aspectos nutricionais, o Creep Feeding trata-se de uma suplementação concentrada de bezerros lactantes, para que haja aumento no consumo de nutrientes, especialmente proteína e energia, fazendo que esse animal desmame mais pesado do que bezerros que não tenham acesso a esse suplemento. Dentre os aspectos chaves para termos resultados positivos com essa técnica, o planejamento de alguns fatores como ideal para iniciar a suplementação, quantidade a ser ofertada e mane-

jo nutricional, são fundamentais para o sucesso da suplementação.

Quando começar: o creep deve ser iniciado quando os bezerros atingirem 60 dias de vida, período em que ficam um pouco menos dependentes do leite materno e começam a interagir melhor com outros alimentos, como o pasto. Começar antes desse período é desnecessário, pois o consumo é pouco significativo e pode haver grande desperdício de suplemento no cocho. Ao passo que, se começar a suplementar muito tarde, o resultado pode não ser o esperado, gerando desempenho abaixo do potencial desejado.

Quanto fornecer: o máximo desempenho produtivo é atingido quando o consumo atinge 7,5 e 5,5 g/kg de peso vivo para bezerros e bezerras, respectivamente. Consumo acima destes valores, tende a reduzir o desempenho, devido provavelmente a uma depressão acentuada no consumo de pasto. Mas a quantidade ideal que cada produtor deve fornecer, deve estar alinhada à expectativa de ganho de peso adicional para o lote de animais, o preço do kg da ração a ser fornecida e ao objetivo de cada fazenda. Lembrando que, nem sempre o melhor resultado zootécnico, será o melhor resultado financeiro.

Como fazer: após o período de adaptação dos animais, quando estes já atingirem o consumo adequado, o concentrado deve ser fornecido diariamente em cochos

limpos, posicionados próximos aos saleiros das vacas e com fácil acesso aos bezerros. Via de regra deve-se disponibilizar de 6 a 10cm linear de cocho por bezerro.

Já que chegamos aqui, a pergunta final é: qual o resultado da suplementação com Creep Feeding? De forma geral, o ganho de peso adicional para fêmeas gira em torno de 20 kg e 30 kg para machos, podendo chegar até 45 kg de ganho extra, em condições excepcionais. No entanto, o resultado está atrelado à qualidade do suplemento fornecido, à condição das pastagens e ao potencial genético dos animais.

Em resumo, o Creep Feeding é uma ótima ferramenta para quem busca aumentar a produção de arrobas de bezerros desmamados e deve ser sempre considerada em fazendas de cria, especialmente em épocas de valorização do preço do

bezerro, onde a viabilidade da técnica pode se tornar extremamente atrativa. Especial atenção deve ser dada a este animal pós-desmama, para que os ganhos adicionais obtidos com o creep não se percam na recria. Mas isto é assunto para outro momento.

Para obter os melhores resultados com a nutrição do seu rebanho, procure o técnico da COMIGO mais próximo de você. Temos um portfólio completo de rações, concentrados e suplementos minerais adequado para cada fase do ciclo de produção.

Gustavo Vinícius de Souza dos Anjos Consultor Técnico - Rações COMIGO
Figura 1: Relação entre a quantidade diária de suplemento (SUP) e o ganho de peso suplementar em relação a bezerros não alimentados com ração (SWG), de acordo com o sexo do bezerro. (Carvalho et al. 2019.)

Cooperativismo

COMIGO FORMA NOVAS LIDERANÇAS COOPERATIVISTAS

APÓS SEIS MESES DE CAPACITAÇÃO, 74 JOVENS E MULHERES CONCLUÍRAM PROGRAMAS VOLTADOS À

SUCESSÃO E AO FORTALECIMENTO DO COOPERATIVISMO.

A COMIGO celebrou, no dia 3 de outubro, a formatura da 12ª turma do Programa de Formação de Jovens Lideranças e da 9ª turma do Programa de Formação das Mulheres Cooperativistas, em evento realizado na Associação Atlética COMIGO, em Rio Verde.

A solenidade marcou a conclusão de seis meses de capacitação e reconheceu 74 participantes que encerraram o ciclo de aprendizado voltado à sucessão familiar, liderança e inovação no agronegócio.

Segundo Siomara Martins, coordenadora de Desenvolvimento de Cooperados, o programa tem como foco o desenvolvimento integral dos participantes.“O objetivo é formar novas lideranças, tanto femininas quanto jovens, para atuar não só dentro da cooperativa, mas também na comunidade. Eles veem desde a parte de gestão, sucessão familiar, empreendedorismo, inovação, liderança, planejamento estratégico, até o autoconhecimento”, explicou.

SUCESSÃO E ENVOLVIMENTO FAMILIAR

Um dos pilares da formação é a preparação das novas gerações para a continuidade dos negócios rurais. O presidente executivo da COMIGO, Dourivan Cruvinel, destacou a importância do envolvimento familiar nesse processo.“A cooperativa tem se preocupado em fazer com que as esposas e os filhos conheçam mais a COMIGO e a atividade que o pai desempenha

Por Wellerson Martins

na fazenda. Esse curso trabalha muito essa sucessão familiar”, afirmou.

O presidente do Conselho de Administração da cooperativa, Antonio Chavaglia, ressaltou o engajamento dos cooperados.“A participação ativa, com todas as vagas preenchidas, mostra o interesse que os jovens e as mulheres têm em fazer o curso. Isso dá a condição de terem mais conhecimento sobre o próprio negócio. Ficamos gratificados em ver o entusiasmo dessas pessoas em participar e se sentirem bem dentro da cooperativa”, disse.

IMPACTO E TRANSFORMAÇÃO

Mais do que uma capacitação, o programa representa uma mudança de percepção e de valores entre os participantes. O jovem Lucas Oliveira Cardoso, neto de cooperado, relatou a experiência: “foi uma vivência enriquecedora no meu crescimento pessoal e profissional. Antes eu não sabia o que era cooperativismo, e com o curso aprendi, entendi o seu valor e sei que futuramente vou exercer mais isso na minha vida”.

A produtora rural Cynara Queiroz Rocha, cooperada há mais de dez anos, compartilhou a transformação pessoal que viveu durante o curso. “Foi uma das melhores experiências que já tive. A gente não tinha noção do quanto o cooperativismo é importante. Esse curso me trouxe a visão de ser uma verdadeira cooperativista”, afirmou.

DISSEMINAÇÃO DO COOPERATIVISMO

Parceiro da iniciativa, o Sistema OCB/GO destacou a relevância do trabalho da COMIGO.

Para Jady Fisher, analista de cooperativismo da entidade, a formatura simboliza a continuidade da missão cooperativista.“É um orgulho ver esse evento acontecer. É também uma sensação de dever cumprido, pois estamos formando novos cooperativistas, disseminando a cultura do cooperativismo e unindo familiares, cooperados e dirigentes em prol do desenvolvimento dessas pessoas”, pontuou.

O instrutor e especialista em cooperativismo Ney Guimarães também reforçou o impacto da formação. “São muitas horas de aprendizado, em que essas mulheres e jovens se inteiram da missão e da vocação da cooperativa. É bonito ver quando eles aderem a essa ideia e vislumbram um novo horizonte”, afirmou.

Com essa iniciativa, a COMIGO reafirma seu compromisso com a formação de pessoas e o fortalecimento do cooperativismo, preparando as novas gerações para manter viva a essência do movimento cooperativo.

Informações

Acesse o QR code e confira as fotos do evento!

COMPLIANCE NA PRÁTICA: FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS

CAPACITAÇÃO PARA DIRETORES, CONSELHEIROS E GESTORES RUMO A UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL

A COMIGO deu início ao Programa de Integridade e Compliance, um projeto estruturado que marca um novo passo na consolidação de uma cultura organizacional baseada em ética, transparência e responsabilidade. O programa tem como propósito fortalecer os processos internos da cooperativa, promover boas práticas de gestão, e garantir que os valores cooperativistas estejam refletidos em cada decisão.

Com duração de 15 meses e dividido em nove módulos, o programa é direcionado a diretores, conselheiros e líderes de áreas estratégicas da cooperativa. O primeiro módulo foi conduzido pelo professor Eduardo Damião, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que abordou o tema “Go-

vernança Corporativa”, um dos pilares essenciais para fortalecer a integridade e a confiança nas organizações.

De acordo com Warlen Freitas, Diretor Administrativo e Financeiro, o programa representa uma oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o tema e alinhar a gestão cooperativa. O

“É um programa importante em que a gente trouxe pessoal gabaritado no assunto, no sentido de entender melhor o que realmente significa esse termo Compliance. Queremos nivelar a gestão de conselho, para que todos que atuam diretamente com a administração compreendam e apliquem esses conceitos de forma adequada”, afirmou.

Por Douglas Teixeira

compromisso com o crescimento sustentável e a adoção de práticas responsáveis marcam uma nova etapa na consolidação de uma gestão sólida e confiável. Para o Assessor de Auditoria Interna, Fernando Silva, o programa reforça princípios que já fazem parte da história da cooperativa. “A COMIGO sempre foi uma referência quando se fala de ética, integridade e honestidade. A diretoria demonstrou muita visão de futuro ao implementar essa iniciativa, reforçando o compromisso com o crescimento sustentável e com a tradição da cooperativa de estar sempre à frente”, disse.

O Conselheiro de Administração, Alceu Ayres, destacou o papel da governança como base para a tomada de decisões e o desenvolvimento equilibrado da cooperativa. “Esse programa, que trata do tema principal que é governança, é de muita importância, principalmente para nós do conselho de administração. Ele auxilia nas decisões da gestão e promove um crescimento sustentável, que beneficia diretamente os cooperados”, ressaltou.

Para Moisés Júnior, Conselheiro Fiscal, a iniciativa também reforça o senso de pertencimento e de responsabilidade de cada integrante da cooperativa. “É uma iniciativa extremamente válida, a cooperativa está muito sólida, com uma visão de zelo e cuidado. O mais importante é todos saberem onde estão e qual é o papel que exercem dentro da cooperativa. É isso que esse curso está elucidando aqui hoje”, disse.

Segundo Lorrane Ramos, Assessora Jurídica, a efetividade do projeto depende da atuação integrada de várias áreas. “É um programa que precisa de vários apoios, da auditoria, do departamento jurídico, do SGI com as normativas e do RH. Mas, acima de tudo, é necessário o envolvimento de todos os gestores para que o programa seja concluído e mantido de forma alinhada aos princípios cooperativistas”, explicou.

O fortalecimento da credibilidade e da gestão é um dos pilares do programa. Para Bruno Nato, Gerente de Armazém (Unidade Paraíso), a iniciativa representa uma ferra-

menta de evolução institucional. “Essa ferramenta não é apenas um conjunto de regras. Ela impulsiona o controle, a gestão e a comunicação, fortalecendo a cooperativa como um corpo único. Mostra ao mercado que a COMIGO está atualizada, utilizando práticas que evidenciam sua qualidade interna e externa”, afirmou.

Ao integrar governança, processos e pessoas, a iniciativa fortalece a capacidade de decisão da cooperativa e amplia os benefícios para colaboradores, cooperados e sociedade.

Veja a matéria completa no canal oficial da COMIGO!

Acesse em youtube.com/ cooperativacomigo ou pelo

QR Code: Informações

CUIDADOS PARA A FORMAÇÃO DE UMA PASTAGEM

Fonte imagem: Pasto com ciência

ANÁLISE DE SOLO

Esta é a fase mais importante antes de qualquer intervenção mecânica, garantindo que o solo terá a fertilidade e o pH adequados. O produtor rural ou um técnico que atenda a fazenda deve coletar amostras de solo com uma quantidade de pontos que representem bem o talhão que será formado, caso a área seja muito extensa é necessário coletar mais de uma amostra. Essas amostras devem ser enviadas para laboratórios credenciados para serem analisadas.

Após o recebimento e da interpretação do resultado da análise, é possível começar a tomar decisões para a formação da área, como por exemplo, escolha do calcário e a dose que será aplicada.

A formação de pastagem é um momento de grande importância para se obter um pasto bem formado e produtivo, além de ser uma operação muito técnica é o momento em que um custo muito elevado é aplicado. Sendo assim, problemas de baixa produtividade e degradação de pastos estão indiretamente e/ou diretamente relacionados com a má formação ou manejo inicial inadequado de uma área.

No entanto, o produtor rural deve se atentar à algumas etapas para formar um bom pasto, sendo elas: análise química e física do solo, preparo de solo, correção e adubação inicial, escolha da espécie forrageira e plantio.

PREPARO DO SOLO

O preparo mecânico convencional é o mais utilizado para se deixar uma área apta para ser semeada. Nele estão presentes uma aração e uma gradagem, a aração é realizada para descompactar as camadas mais profundas do solo, assim possibilitando um enraizamento mais profundo, já a gradagem é realizada para quebrar os torrões

que se formaram da ação anterior e nivelar o solo para o plantio.

Quando o solo for preparado da forma convencional, é importante que não se deixe o solo exposto por muito tempo sem uma cobertura vegetal, pois o descobrimento do solo favorece a erosão, compactação e perda de matéria orgânica.

CORREÇÃO

DE SOLO E ADUBAÇÃO DE

PLANTIO

A correção e adubação de formação da pastagem deverá ser feita de acordo com os resultados da análise de solo e o tipo de capim que será cultivado.

Para a correção do solo, é a etapa mais importante e fundamental para garantir que o capim se estabeleça e se mantenha produtivo por muitos anos. Ela envolve o ajuste do pH (acidez) e o fornecimento dos nutrientes essenciais para as raízes.

Em relação a adubação, o nutriente mais importante para o estabelecimento de uma planta é o fósforo, é ele quem favorece o enraizamento do capim. Pelo fósforo ser pouco móvel no solo, o fertilizante fosfatado deve ser incorporado para estar disponível e mais próximo das raízes jovens. Uma planta com um ótimo enraizamento é mais tolerante à períodos de estresse hídrico por conseguir buscar água em camadas mais profundas.

ESCOLHA DA ESPÉCIE FORRAGEIRA

No Brasil e principalmente no cerrado existem dois gêneros de gramíneas que predominam quando falamos em formação de pastagem, são eles: Panicum e Brachiaria/Urochloa. Os Panicuns possuem um hábito de crescimento mais ereto (touceiras), já as Brachiarias um hábito de crescimento mais prostrado. Os dois gêneros também apresentam grande diferença em suas inflorescências e exigências de fertilidade de solo.

Portanto, a decisão pela espécie forrageira a ser implantada na área deve considerar todos esses fatores, além da adaptabilidade ao clima e solo da região, que é uma característica particular de cada cultivar.

Outro ponto muito importante é a aquisição de sementes idôneas, pois para ter sucesso na formação de uma pastagem, o produtor precisa adquirir sementes de qualidade e com certificação, e sempre de empresas confiáveis.

Antes de fechar a compra, é essencial procurar ajuda de um agrônomo ou técnico experiente no assunto. A tecnologia dos insumos teve um enorme avanço nas últimas décadas e assim o produtor e o técnico agrícola devem se atualizar para não cometerem erros passados, a orientação técnica é crucial para a lucratividade da fazenda.

Fonte imagem: Dareagro
Fonte imagem: Pasto com ciência

PLANTIO

O início das chuvas é a melhor época para realizar o plantio de uma forrageira, pois a planta de capim terá toda a estação chuvosa, temperatura e luminosidade para se estruturar e se desenvolver.

A taxa de semeadura, que é a quantidade de sementes a ser distribuída por hectare, deve ser determinada não apenas pelo seu peso, mas também pela seu VC (Valor Cultural) que consiste na relação do seu grau de pureza e germinação.

Outro ponto importante sobre essa etapa, é a profundidade de plantio, sementes enterradas muito profundas não terão energia suficiente para emergir, resultando em um estande inicial baixo e no fracasso da pastagem.

A escolha do método de plantio depende da topografia, do tipo de preparo do solo e dos equipamentos disponíveis, os métodos mais comuns são a lanço

e com a uso de uma plantadeira em linha, ambas são muito eficientes se bem reguladas e executadas.

A finalização do plantio se dá pela incorporação ou compactação das sementes ao solo. Na incorporação, as sementes não podem ser enterradas em grandes profundidades, com o uso de uma grade niveladora fechada, o operador deve se certificar que as sementes estão sendo cobertas por uma fina camada de solo. O uso do rolo compactador é altamente recomendável, especialmente em solos arenosos. Isso compacta levemente o solo ao redor da semente, melhora o contato semente-solo e auxilia na retenção de umidade, otimizando a germinação.

EMPRESA

BRASILEIRA DE

PES

QUISA

AGROPECUÁRIA

(EMBRAPA). Comunicado Técnico n. 235: Cuidados na implantação de um capim. Brasília, DF: Embrapa, 2023. 10 p. Arquivo Adobe InDesign

PASTO COM CIÊNCIA. Você conhece as principais diferenças entre os capins do Gênero Panicum e Brachiarias? [S. l.], 27 mar. 2024.

POMPEU, Roberto Cláudio Fernandes Franco; SOUZA, Henrique Antunes de; GUEDES, Fernando Lisboa. Opções e estabelecimento de plantas forrageiras cultivadas para o Semiárido Brasileiro. Sobral: Embrapa Caprinos e Ovinos, 2015.

Matheus Hideki Nakajima Vendedor de Insumos Externo - COMIGO
Fonte imagem: A3equipamentos

BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO

O SEGREDO

PARA MANTER A QUALIDADE

DE

RAÇÕES,

SUPLEMENTOS E FARELO DE SOJA

Em um cenário onde a redução de custos e o ganho de produtividade são fatores cada vez mais decisivos, a maneira de armazenar os insumos alimentares na sua propriedade torna-se fundamental para manter a qualidade dos produtos. Você investe tempo e recursos na aquisição de rações, suplementos e farelo de soja de alta qualidade, formulados com o máximo de rigor nutricional. No entanto, todo esse esforço pode ser comprometido por falhas simples no processo final: o armazenamento.

O local de armazenamento não é apenas um local de guarda, mas sim um ambiente de preservação. Ele deve funcionar como uma barreira ativa contra a umidade, pragas e contaminação cruzada, que são

os principais vilões da vida útil e da integridade nutricional desses produtos. As Boas Práticas de Armazenamento são fundamentais para manter a qualidade dos produtos e a garantia que o produto irá chegar no cocho exatamente como saiu da fábrica.

O IMPACTO NA QUALIDADE E SAÚDE ANIMAL

As rações, suplementos e farelo de soja são produtos sensíveis. A exposição a fatores ambientais pode ter um efeito cascata que prejudica tanto o seu bolso quanto a saúde animal. A exposição de luz solar direta, pode levar a oxidação e alteração nas características de cor e odor, o que poderá resultar na diminuição da palatabilidade e perda de efici-

ência. A presença de umidade e calor excessivo pode contribuir com a proliferação de fungos e produção de micotoxinas, o que poderá resultar em perda de nutrientes, recusa alimentar pelos animais e sérios problemas de saúde animal (as micotoxinas são prejudiciais). A presença de pragas (roedores e insetos) acarreta na contaminação física e microbiológica do produto, resultando em perda direta no volume e risco de transmissão de doenças.

O armazenamento inadequado pode, portanto, levar a perda de eficiência zootécnica, pois os animais não realizarão a ingestão dos produtos ou a sua absorção, o que poderá acarretar no aumento de custos com a saúde.

O check list do armazenamento ideal na fazenda

Para garantir que a qualidade dos seus produtos permaneçam intactas até o consumo, verifique e organize o seu local de armazenamento. Para produtos ensacados, o seu depósito deve ser um ambiente:

• Seco e ventilado: a circulação de ar é vital para evitar o acúmulo de umidade.

• Limpo e organizado: a limpeza regular previne o acúmulo de resíduos que atraem pragas. A organização evita a contaminação dos produtos, visto que os produtos devem ser armazenados afastados de agrotóxicos e produtos químicos.

• Protegido contra pragas: mantenha barreiras e monitore a presença de roedores, insetos, pássaros, que podem danificar as embalagens e contaminar o produto.

• Afastado do solo e parede: utilize paletes para acondicionar os produtos, elevando-os do chão. Mantenham um espaço entre as pilhas e as paredes para facilitar a limpeza e a ventilação.

• Livre de goteiras: verifique a integridade do telhado. O período chuvoso iniciou, e a água poderá molhar os seus produtos.

Para silos de armazenamento, o mesmo deve conter:

• Vedação em boa condição: certifique que a tampa superior esteja sempre fechada e com a vedação adequada, impedindo a entrada de água ou pragas.

• Condição estrutural: inspecione o silo regularmente, verifique a presença de ferrugens, furos ou amassados. Qualquer dano físico pode comprometer a vedação e expor o produto.

• Limpeza: a limpeza após esvaziar o silo é fundamental. A remoção dos resíduos, sujeiras e crostas que podem estar agarradas nas paredes, previnem a contaminação da nova remessa de produto que será armazenado.

Investir em boas práticas de armazenamento não é um luxo, mas sim uma estratégia de gestão. Ao cuidar rigorosamente do seu depósito e silo, você está protegendo o seu investimento, assegurando a qualidade dos produtos, garantindo a saúde e a produtividade dos seus animais e, consequentemente, na rentabilidade da sua propriedade. É um esforço pequeno com um retorno gigantesco. As demais informações de como manipular e realizar o armazenamento correto contam-se nos rótulos e embalagens dos produtos recebidos.

Lívia Silva Mateus
Coordenadora de Sistema de Gestão Integrado
Assessoria de Sustentabilidade / SGI

COMIGO INAUGURA LOJA AGROPECUÁRIA EM JUSSARA

NOVA UNIDADE REFORÇA A ESTRATÉGIA DE EXPANSÃO E ATENDIMENTO DA COOPERATIVA EM GOIÁS

A COMIGO segue expandindo sua presença em Goiás e inaugurou, no último sábado (27), mais uma loja agropecuária, desta vez em Jussara, no Noroeste Goiano, região do Vale do Araguaia. A cidade, que é um importante polo agropecuário, agora passa a contar com a estrutura e os serviços da cooperativa.

Com localização estratégica, a unidade vai beneficiar não só o município, mas toda a região, oferecendo aos produtores acesso a insumos, assistência técnica e soluções completas para o campo. O evento de inauguração contou com a presença de lideranças locais, produtores

Nova Loja da COMIGO

Localização: Jussara/GO (Noroeste Goiano - região do Vale do Araguaia)

Investimento: aproximadamente R$ 25 milhões

Área construída: cerca de 5.000 m²

Terreno: 48.500 m²

População estimada do município: 19.926 habitantes (IBGE 2025)

Por Wellerson Martins

rurais, colaboradores, além de diretores e conselheiros fiscais e de administração da COMIGO.

O presidente executivo da cooperativa, Dourivan Cruvinel, destacou que a abertura da unidade faz parte do planejamento estratégico de expansão da COMIGO.

“Estamos seguindo o planejamento e essa é a nossa 20ª loja, contemplando a cidade de Jussara e a região do Vale do Araguaia, que está crescendo muito, tanto na lavoura quanto na pecuária. Quando vamos para uma região, vamos para somar, não para dividir. Vimos para agregar valores, contribuir com o cooperado, com a sociedade e com a região. Então, viemos para somar”, afirmou.

Para o diretor de Lojas da COMIGO, Carlos Alberto Leão, a nova unidade chega para oferecer o que há de mais completo em soluções para o produtor. “Hoje, aqui em Jussara, tudo o que o produtor precisar tem nesta loja. É a mesma estrutura que temos em Rio Verde, que é a sede, disponível também nesta unidade para atender o cooperado. Temos um depósito amplo, com mais de 3.500 metros quadrados. Aqui temos fertilizantes, defensivos agrícolas, ração, sal, medicamentos veterinários, ferramentaria, implementos agrícolas e peças de todas as marcas. Enfim, tudo o que o produtor e o agropecuarista precisarem, a loja de Jussara tem para oferecer”, explicou.

A prefeita de Jussara, Maria Idali, ressaltou o impacto positivo do investimento para o município. “A gente vê isso aí só como sucesso, graças a Deus. Geração de emprego, produtos e insumos ao alcance de todos os cooperados. É um avanço muito grande. A cidade está recebendo hoje a COMIGO de braços abertos, com muita festa, e que Deus nos abençoe sempre!”, comemorou.

Já o presidente do Sindicato Rural de Jussara, Arthur Almeida, ressaltou a relevância da instalação da cooperativa na região. “Acredito que essa região do Vale é uma nova fronteira agrícola, onde será disponibilizada uma produção de grãos em volume muito interessante. E, com a vinda da COMIGO, nós não só teremos acesso a maquinários, itens e insumos, mas também à armazenagem dos grãos. Então, é muito bem-vinda a chegada da COMIGO aqui no Vale, em Jussara”, avaliou.

O gerente da unidade, Maycom Douglas, destacou os diferenciais da loja.

“É uma loja com estrutura extremamente tecnológica. Aqui conseguimos dar todo o suporte técnico, tanto na agricultura quanto na pecuária. Disponibilizamos assistência técnica veterinária e agronômica, tudo isso para reforçar e

apoiar o desenvolvimento produtivo dentro da propriedade. Você que ainda não é cooperado, venha participar conosco, venha nos conhecer. Vamos mostrar os benefícios que a cooperativa pode proporcionar no dia a dia. Tudo isso em prol da produtividade, apoiando a agricultura e a pecuária da região”, explicou.

Entre os produtores rurais, o sentimento também foi de otimismo. O cooperado Mathias Ernesto destacou o avanço que a unidade representa. “Para nós, que somos produtores rurais, a COMIGO tende a agregar muito à nossa região, em opções de cooperativa, maquinário e venda de peças. Para Jussara, realmente é um grande avanço. A região está crescendo na agricultura, com soja e milho. Então, foi um espetáculo a implantação dessa loja aqui”, afirmou.

O também cooperado Luiz Carlos Ferreira reforçou a praticidade da nova unidade. “Estamos muito felizes com a chegada dessa loja para Jussara, porque já temos propriedade rural aqui na região e, agora, a facilidade de adquirir insumos, peças e tudo o que for necessário para a fazenda. A gente espera uma grande melhoria com os produtos da COMIGO e com a assistência técnica que a cooperativa geralmente proporciona aos associados”, disse.

Já o cooperado Edgard Scatena Filho salientou o benefício da localização da loja. “Essa unidade em Jussara vai facilitar muito o atendimento. Nós, por exemplo, estamos em Itapirapuã, a 27 quilômetros daqui, em estrada asfaltada. Vai facilitar enormemente tanto o fornecimento de mercadorias quanto o escoamento futuro de nossa produção”, relatou.

Com a nova loja, a COMIGO reforça seu compromisso com o fortalecimento do agronegócio e do cooperativismo em Goiás, oferecendo ainda mais eficiência e qualidade no atendimento aos cooperados.

Veja a matéria completa no canal oficial da COMIGO! Acesse em youtube.com/ cooperativacomigo ou pelo QR Code:

Top10

dicas

Planejamento: O segredo do sucesso no gado

O período das águas oferece o maior potencial produtivo, mas sem planejamento, esse potencial vira desperdício. Planeje para que o capim vire ganho de peso! Conte com a equipe técnica da Cooperativa COMIGO para definir sua estratégia.

O pasto é a base

A estratégia de suplementação deve ser escolhida com base no valor nutritivo da forragem e na necessidade do animal para a meta de ganho de peso. O suplemento entra apenas para corrigir o que falta e garantir o ganho de peso diário.

Valorize o capim

Na época das chuvas, o pasto tem alto potencial (mais de 10% de proteína bruta). Para transformar isso em resultado (ganhos de 500 a 900 g/animal/dia), adote o manejo eficiente: rotacione piquetes conforme altura ideal, corrija o solo e adube (conforme análise) e controle as invasoras.

Escolha o produto certo para cada categoria

Recria e Novilhas: O foco é o crescimento equilibrado (sem comprometer o futuro reprodutivo). Use proteinado com consumo entre 0,1% e 0,2% do peso vivo.

Vacas de Cria: Garanta fertilidade, lactação eficiente e bezerros mais pesados. Use suplemento mineral ou mineral adensado.

Terminação a Pasto: O objetivo é reduzir o custo da arroba produzida. Use proteico energético com consumo entre 0,3% e 0,5% do peso vivo.

SOBRE EFICIENTESUPLEMENTAÇÃO NAS ÁGUAS

Cuide do cocho

O cocho é o elo entre seu planejamento nutricional e o resultado no campo. Espaçamento insuficiente compromete tudo, gerando baixa ingestão, consumo desigual entre os animais e perda de desempenho, além de desperdício do suplemento.

Controle o consumo

O consumo ideal deve ser constante e previsível, monitore diariamente e ajuste a oferta. Registrar sobras e variações de consumo é parte fundamental.

Água boa é investimento

O consumo de água é determinante para o metabolismo e ingestão de suplemento. Os bebedouros devem ter água limpa, fresca e de fácil acesso, evitando lama e queda de desempenho.

Faça adaptação ao iniciar a suplementação

Nos primeiros 3 dias, ofereça metade da quantidade prevista e aumente gradativamente, essa adaptação evita rejeição e reduz o desperdício de suplemento por sobras.

Indicadores zootécnicos como bússola

Nenhum planejamento é completo sem dados. Acompanhar o ganho médio diário (GMD), taxa de lotação, consumo de suplemento e custo da arroba permite ajustes rápidos e maior eficiência. Use o Software de gestão SUPER-PEC da Cooperativa COMIGO para transformar esses dados em decisões práticas e bons resultados.

As águas representam a “safra” do pecuarista

Quem planeja, colhe arrobas com eficiência. Quem improvisa, perde capim e resultado. Trace metas de ganho de peso para cada lote (cria, recria, engorda). Conte com a equipe técnica da Cooperativa COMIGO para realizar o planejamento nutricional

Com a colaboração de Beatriz Batista Lôbo Guimarães do Valle

INOCULAÇÃO E COINOCULAÇÃO NA

CULTURA DA SOJA: FUNDAMENTOS

E ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA O SUDOESTE GOIANO

A produção de soja no sudoeste goiano depende diretamente da fixação biológica de nitrogênio (FBN) para sustentar elevados patamares de produtividade. Considerando que a soja extrai cerca de 80 kg de N por tonelada de grãos, a adoção de inoculantes contendo Bradyrhizobium é prática indispensável para reduzir custos com fertilizantes nitrogenados e assegurar o equilíbrio nutricional da lavoura. Além da inoculação, tecnologias como a coinoculação com Azospirillum, uso de micronutrientes e elementos benéficos, têm ampliado a eficiência do processo simbiótico e a resiliência das plantas frente a estresses edafoclimáticos.

1. BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO E FUNÇÕES

As principais espécies utilizadas em inoculantes comerciais de soja no Brasil são Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii. Essas bactérias infectam as raízes e induzem a formação de nódulos, estruturas

especializadas onde a enzima nitrogenase reduz o N₂ atmosférico a amônia. O nitrogênio fixado é rapidamente assimilado pela planta e transportado, predominantemente, na forma de ureídeos, que circulam na seiva até a parte aérea.

Esses compostos são então metabolizados e convertidos em aminoácidos e proteínas, que sustentam o crescimento vegetativo e a formação de grãos. A simbiose garante suprimento contínuo de N durante todo o ciclo, reduzindo ou até mesmo dispensando adubações nitrogenadas.

As espécies Bradyrhizobium japonicum e o Bradyrhizobium elkanii, apresentam diferenças importantes para o manejo, as quais devem ser consideradas.

• B. japonicum: reconhecido pela alta eficiência na fixação de nitrogênio, garantindo maior aporte de N por nódulo. No entanto, é mais sensível a estresses ambientais, como acidez, altas tempera-

turas e defensivos usados no tratamento de sementes.

• B. elkanii: apresenta maior resistência a estresses (acidez, calor, salinidade e químicos), por isso é amplamente utilizado em Tratamento de Sementes Industrial (TSI). Porém, sua eficiência de fixação é menor em comparação à outra espécie.

Na prática: O B. elkanii possui maior indicação para o uso no tratamento de sementes (TS) industrial (TSI), pois suporta melhor as condições das misturas com defensivos e o tempo de armazenamento das sementes. Em áreas já consolidadas de plantio de soja, recomenda-se a cada safra realizar a REINOCULAÇÃO, utilizando pelo menos 1 dose do inoculante nas sementes (independente da espécie escolhida) e complementar com 3 a 6 doses do B. japonicum, aplicadas diretamente no sulco (jato dirigido), garantindo a presença e sobrevivência de bactérias de alta eficiência durante a safra.

Recomendações específicas:

Solos que passaram por queimadas, solos arenosos ou de primeiro ano de cultivo exigem atenção especial. Nesses casos, além do inoculante no TS ou TSI, é recomendável adicionar doses extras de B. japonicum no sulco (>10 doses), garantindo boa colonização inicial para a nodulação efetiva. O uso adicional de B. elkanii não deve ser feito de forma empírica, pois essa espécie é altamente competitiva. Por isso, caso seja observada a necessidade de utilização, o ideal é verificar a compatibilidade entre os inoculantes comerciais, ou lançar mão daqueles que já tragam formulações testadas e balanceadas entre as diferentes espécies.

2. DIFERENÇAS ENTRE TRATAMENTO DE SEMENTES E JATO DIRIGIDO (SULCO DE SEMEADURA)

• Tratamento de sementes (TS ou TSI): o inoculante fica aderido à superfície da semente, garantindo contato imediato entre bactéria e raiz no momento da germinação.

• Jato dirigido no sulco de semeadura: o inoculante é diluído em maior volume de água e distribuído no solo, ficando sujeito a perdas por contato com o solo, competição microbiana e condições de umidade.

Por isso, para garantir que a quantidade de células bacterianas viáveis por semente seja equivalente, é necessário aumentar a dose quando se usa o jato dirigido.

Recomendação prática

• Regra geral: Quando a inoculação é feita no sulco de semeadura, deve-se aplicar de 2 a 3 vezes a dose recomendada para o tratamento de sementes, para compensar a menor concentração de células bacterianas junto à semente e garantir nodulação adequada.

• Atenção importante: Se o inoculante utilizado já possui recomendação específica para aplicação no sulco, deve-se seguir a bula. Caso não haja indicação, adota-se a regra prática de multiplicar a dose por 2 ou 3 em relação à recomendação do TS.

3. IMPORTÂNCIA DA COINOCULAÇÃO COM AZOSPIRILLUM BRASILENSE

A coinoculação da soja com Bradyrhizobium e Azospirillum brasilense tem se consolidado como uma tecnologia de alto impacto na agricultura brasileira. O A. brasilense atua como bactéria promotora de crescimento vegetal (PGPR), potencializando o desenvolvimento da cultura por mecanismos complementares.

As duas estirpes mais utilizadas, Ab-V5 e Ab-V6, desempenham funções distintas e complementares, podendo ser aplicadas em conjunto. A Ab-V5 apresenta maior capacidade de fixação de nitrogênio, contribuindo para reforçar a FBN. Já a Ab-V6 se destaca pela elevada produção de fitormônios, principalmente auxinas, que estimulam a emissão de raízes laterais e pelos radiculares. O uso conjunto dessas cepas resulta em plantas com sistema radicular mais robusto, maior eficiência de nodulação e absorção de nutrientes,

Figura 1- Inoculação no sulco de semeadura via jato dirigido e no tratamento de sementes industrial (Sementes COMIGO).

além de ganhos consistentes em produtividade.

Vantagens da coinoculação

• Maior vigor inicial: raízes mais profundas e ramificadas, aumentando a capacidade de exploração do solo.

• Incremento produtivo: estudos mostram incrementos médios de 3 a 16% na produtividade da soja, com maior estabilidade em diferentes ambientes.

• Maior tolerância a estresses: plantas coinoculadas apresentam maior resiliência a veranicos, solos arenosos ou de baixa fertilidade.

• Eficiência nutricional: melhor aproveitamento de fósforo e micronutrientes, além de suporte adicional à FBN.

• Flexibilidade de uso: pode ser aplicada via tratamento de sementes ou no sulco, ampliando as estratégias de manejo.

Pontos de atenção

• Compatibilidade com defensivos: como se trata de microrganismos vivos, é necessário cuidado com misturas no tratamento de sementes. Quando aplicados no sulco, recomenda-se dobrar a dose recomendada no TS para compensar a diluição no solo.

• Respeito à dose recomendada: no caso da Ab-V6, doses excessivas podem causar competição entre demais microrganismos no solo, e por ser forte produtora de fitormônios, podem inibir o crescimento radicular em vez de estimular.

• Ambiente de resposta: em áreas de alta fertilidade e clima favorável, o efeito adicional da coinoculação pode ser menos efetivo.

• Qualidade do inoculante: sempre utilizar produtos registrados e com cepas certificadas (Ab-V5 e Ab-V6), garantindo concentração adequada de células viáveis.

4. ESTRATÉGIAS DE MANE-

JO INTEGRADO PARA POTENCIALIZAR A FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (FBN)

A eficiência da FBN na soja não depende apenas da qualidade do inoculante, mas do manejo integrado do solo, da nutrição e do ambiente onde os microrganismos se estabelecem. Práticas de correção, adubação equilibrada, rotação de culturas e conservação do solo são determinantes para maximizar os benefícios da simbiose com Bradyrhizobium e da coinoculação com Azospirillum

Calagem

• Função: corrige a acidez, eleva a saturação por bases e reduzo alumínio tóxico, fatores críticos para a sobrevivência e a eficiência dos rizóbios.

• Impacto: aumentam a disponibilidade de cálcio e magnésio no perfil, melhorando o ambiente radicular e favorecendo a nodulação e a atividade da nitrogenase. Plantio direto e cobertura do solo

Função: mantêm a umidade, reduzem a amplitude térmica e protegem as bactérias fixadoras contra condições adversas.

Impacto: criam um ambiente estável e biológico mais ativo, aumentando a sobrevivência das populações inoculadas entre safras. Adubação equilibrada com fósforo e demais nutrientes

Fósforo (P): essencial para a formação e funcionamento dos nódulos, por estar diretamente ligado à formação de raízes e ao metabolismo energético (ATP) necessário para a fixação do N₂.

Micronutrientes e elementos benéficos estratégicos via foliar

Cobalto (Co): elemento benéfico, essencial para os rizóbios, participa da síntese de vitamina B₁₂, cofator ligado à produção de leghemoglobina, que regula o oxigênio nos nódulos. Sua presença garante nódulos ativos, maior eficiência da nitrogenase e melhor estabelecimento da simbiose soja–rizóbio.

Molibdênio (Mo): integra o centro ativo da enzima nitrogenase, fundamental para a redução do N₂ atmosférico am amônia, e também atua na enzima nitrato redutase da planta. É indispensável para a eficiência da fixação e assimilação do nitrogênio.

Níquel (Ni): cofator da urease, essencial para assimilação dos ureídeos transportados da raiz para a parte aérea.

Manganês (Mn): cofator da glutamina sintetase e da alantoato amidohidrolase, enzimas-chave na assimilação e no metabolismo dos ureídeos, formas de transporte do N na soja. Além disso, participa da fotossíntese, fornecendo energia para a nitrogenase.

Magnésio (Mg): é o elemento central da molécula de clorofila, essencial para a fotossíntese e, consequentemente, para a produção de energia usada na fixação e assimilação do nitrogênio. Além disso, atua como cofator enzimático em reações do metabolismo de carboidratos e proteínas, e participa no transporte de fosfatos dentro da planta.

Figura 2 - Nódulo inativo (coloração verde-esbranquiçada-leitosa) e nódulo ativo (coloração rosácea/avermelhada).

5. INOCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA

É uma prática corretiva recomendada quando se observa baixa nodulação na soja durante os estádios iniciais do ciclo. Consiste na aplicação de altas doses de inoculante contendo Bradyrhizobium via barra de pulverização, até o estádio V6 da cultura (pré-fechamento). Para aumentar a eficiência, a operação deve ser realizada em condições climáticas favoráveis, preferencialmente no final da tarde ou à noite, quando a temperatura é mais amena e a radiação solar menos intensa, reduzindo a mortalidade das bactérias.

A presença de alta umidade no solo e, idealmente, a ocorrência de chuva após a aplicação são fundamentais, pois favorecem a incorporação das bactérias ao perfil do solo e seu contato com a rizosfera. Quando bem conduzida, essa estratégia pode resgatar parte da eficiência da fixação biológica de nitrogênio, evitando perdas significativas de produtividade em lavouras com falhas de nodulação. Mas atenção, essa técnica não substitui a inoculação das sementes e/ou em sulco de semeadura, é apenas uma medida paliativa em casos de baixa eficiência dessas técnicas.

CONCLUSÃO

A eficiência da FBN na soja resulta da integração entre inoculação de qualidade, coinoculação com Azospirillum, nutrição equilibrada e manejo adequado do solo. Enquanto B. japonicum oferece maior eficiência na fixação, o B. elkanii garante resistência e viabilidade em condições de TSI, desde que se respeite o equilíbrio entre as espécies. A coinoculação com Azospirillum potencializa ainda mais o sistema radicular e a nodulação, ampliando a tolerância da cultura a estresses e incrementando a produtividade. Portanto, a adoção dessas práticas em conjunto assegura maior sustentabilidade, estabilidade e competitividade para a sojicultura no sudoeste goiano.

Dra. Amanda Magalhães Bueno Pesquisadora agronômica em fisiologia e nutrição de plantas

Figura 3 - Raízes de soja com boa nodulação (presença de nódulos na coroa), e raízes de soja com baixa nodulação nos mesmos estádios de desenvolvimento.

5 Perguntas

COMUNICAR PARA LIDERAR: EMPATIA E ESTRATÉGIA CAMINHAM JUNTAS

Neste episódio do quadro 5 Perguntas, a COMIGO recebe a dupla “Os Mentalistas”, composta pelos psicólogos Beto Parro e Rafa Moritz, referências no estudo do comportamento humano e em estratégias de comunicação e liderança. Eles participam de uma conversa em que exploram como o autoconhecimento, a empatia e a comunicação influenciam a gestão de equipes, as relações interpessoais no ambiente organizacional e o exercício da liderança com propósito.

Os mentalistas enfatizam que compreender o outro, suas motivações, medos e expectativas, é tão crucial quanto conhecer a si mesmo. Para Beto Parro, ouvir com atenção ativa, sem julgamentos imediatos, é a porta de entrada para influenciar positivamente pessoas; para Rafa Moritz, comunicar-se com clareza, transmitindo confiança, é essencial para engajar equipes. Eles destacam que o líder eficaz não é aquele que impõe soluções, mas aquele que constrói pontes entre diferentes visões e conduz consensos.

Informações

O episódio entrega reflexões profundas e orientações práticas para cooperativas, empresas e lideranças que desejam unir eficiência e humanização no dia a dia, e deixa claro que essa sintonia entre resultado e empatia não é utopia, mas um caminho possível.

Confira o conteúdo escaneando o QR Code!

Conselho Fiscal

AGENDA DO CONSELHO FISCAL

O trabalho do Conselho Fiscal fortalece a confiança dos cooperados, garante o uso eficiente dos recursos e contribui para a sustentabilidade e credibilidade da COMIGO ao longo dos seus 50 anos de história.

Loja Agropecuária Mineiros
Loja Agropecuária Jataí
Loja Agropecuária Serranópolis
Armazém Estrela D’alva Armazém Bom Jardim Armazém Jataí
Depósito de Insumos Jataí
Armazém Mineiros
Fábrica de Suplemento Mineral Jataí

Reavaliação de Agrotóxicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa

A tabela a seguir apresenta as reavaliações de ingredientes ativos de agrotóxicos finalizadas pela Anvisa desde 2006, quando os procedimentos de reavaliação começaram a ser melhor definidos.

2,4 - D

Início: RDC 124/2006

Término: RDC 284/2019

Mantido com restrições no registro

Abamectina

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 442/2020

Manutenção com restrições no registro

Acefato

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 45/2013

Mantido com restrições no registro

Carbendazim

Início:

Término: RDC 739/2022

Proibido

Cihexatina

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 34/2009

Proibido

Carbofurano

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 185/2017

Proibido

Endossulfam

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 28/2010

Proibido

Forato

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 12/2015

Proibido

Fosmete

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 36/2010

Mantido com restrições no registro

Glifosato

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 441/2020

Mantido com restrições no registro

Lactofem

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 92/2016

Mantido sem alterações no registro

Lindano*

Início: RDC 124A/2006

Término: RDC 165/2006

Proibido

Metamidofós

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 01/2011

Proibido

Monocrotofós*

Início: RDC 135/2002

Término: RDC 215/2006

Proibido

Paraquate

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 177/2017 e RDC 190/2017

Proibido

Parationa metílica

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 56/2015

Proibido

Pentaclorofenol*

Início: RDC 124A/2006

Término: RDC 164/2006

Proibido

Procloraz

Início: RDC 44/2013

Término: RDC 60/2016

Proibido

Tiram

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 320/2019

Mantido com restrições no registro

Triclorfom

Início: RDC 10/2008

Término: RDC 37/2010

Proibido

Reavaliações iniciadas antes da RDC 48/2008, não submetidas à consulta pública. Última atualização em 19/09/2022.

Para acessar os documentos relacionados à consulta pública de cada reavaliação e mais detalhes sobre o processo, acesse a página da Anvisa através do QR Code:

PASSATEMPO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Alimento colocado no anzol

Afastado do rebanho Declive de montanha

O marido da filha

Encorajar; estimular Hino religioso

O hábitat do urso-polar Em frente a Santo (abrev.)

"(?) que a morte os separe", frase dita no altar

Parte de trás da cadeira Pavor

Sílaba de "bucha"

Mercado livre de frutas e legumes

Capaz; habilitado Amigo, em francês

Salão masculino

A roda da bicicleta

Nocivo; prejudicial Corrida de barcos

Espécie de sorteio

Medida do som

Perfume; fragrância Lição escolar

151, em algarismos romanos

Fazer manualmente um casaco de lã Pais dos pais

Local de apresentação do palhaço

Empregado de uma casa

Consoante de "dó" Que abrange um todo

(?) de arte: são expostas em galerias

Sereia de rios e de lagos (Folc.)

Soma de dinheiro para um fim Registro feito após a reunião

"Casa de ferreiro, espeto de (?)" (dito)

Antônimo de "vaiar"

Apartamento (pop.)

Interjeição de alegria Apelido de "Eduardo"

O número gramatical que indica mais de um

A lei assinada pela Princesa Isabel

Luigi Baricelli, ator brasileiro

Orquestra Sinfônica Brasileira (sigla)

BANCO 27 3/ami — bel. 6/plural. 7/cântico — encosta — mordomo. 8/tricotar.

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.