Market Report 48

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MARKET REPORT

Em destaque

FÓRUM MARKET DAYS

AGENDA

nesta edição

Fórum Market Days promove novas oportunidades para a indústria de moldes Agenda

Evolução dos de exportação 04 08 11

FICHA TÉCNICA

PROPRIEDADE: CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Centro Empresarial da Marinha Grande Rua de Portugal, Lote 18, Fração A - 2430-028 MARINHA GRANDE

TELEFONE: 244 575 150

WWW.CEFAMOL.PT

Fórum Market Days

Promove novas oportunidades para a indústria de moldess

É imperioso que a indústria portuguesa de moldes aposte em novos mercados e áreas estratégicas para garantir o futuro. Esta foi uma das ideias-chave da mais recente edição do Fórum Market Days que, organizado pela CEFAMOL, decorreu no dia 4 de dezembro, no Centro Empresarial da Marinha Grande.

A ação, realizada no âmbito do projeto Engineering & Tooling from Portugal, teve como foco a exploração de novos mercados e sectores estratégicos, destacando oportunidades para a diversificação da indústria de moldes, tendo em conta a redução da dependência do sector automóvel e a entrada em mercados emergentes, e reunindo uma plateia composta por mais de sete dezenas de profissionais desta indústria.

O primeiro painel, dedicado à ‘Defesa, Segurança e Aeroespacial’, reuniu, como oradores, Elisabete Pires (idD) e Mário Rodrigues (AED Cluster Portugal). Elisabete Pires sublinhou que o contexto atual, marcado por instabilidade geopolítica e aumento de conflitos, abre “oportunidades significativas para a indústria nacional”, incluindo o sector de moldes. Representando a IDD, uma entidade pública ligada ao Ministério da Defesa e ao Ministério das Finanças, esta é a entidade responsável pela gestão da base tecnológica e industrial da defesa em Portugal (BTID).

Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, descreveu o evento – que vai na terceira ediçãocomo uma “oportunidade para recolher informações, partilhar experiências e abrir portas para mercados diversificados”.

Oportunidades

De entre os projetos e ações que desenvolve, destacou a plataforma Smart Defence, que, revelou, já divulgou cerca de seis mil oportunidades, em 10 meses. Empresas da indústria de moldes podem integrar projetos em áreas como a aeroespacial, naval e terrestre, tanto em Portugal como no exterior, sublinhou. Além disso, ressalvou a existência de fundos disponíveis a nível nacional e europeu, com destaque para os 1.000 milhões de euros destinados à área de deep tech disponibilizados pela NATO, e iniciativas como a DIANA - Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic, que promovem parcerias e inovação entre empresas.

Mário Rodrigues reforçou a relevância do cluster da AED Cluster Portugal, que reúne cerca de 150 membros e movimenta 2 mil milhões de euros, com 87 % do volume de negócios dedicado à exportação. No seu entender, embora este sector apresente ciclos e barreiras de entrada diferentes da indústria automóvel, oferece oportunidades únicas. Destacou que empresas de moldes podem contribuir para projetos de design de interiores de aeronaves, engenharia estrutural e integração de sistemas, entre outros, referindo ainda o projeto de uma nova aeronave portuguesa, em construção em Ponte de Sor, como um exemplo de como o sector está em expansão. Para o responsável, “criar sinergias é fundamental para que as empresas portuguesas ganhem dimensão e relevância internacional”.

Elisabete Pires - idD Portugal Defence

A idD Portugal Defence é a entidade pública que promove a competitividade e internacionalização da economia de defesa, tendo por objetivo tornar a Base Tecnológica e Industrial da Defesa num player internacional relevante no âmbito da Economia de Defesa.

É uma sociedade de capitais exclusivamente públicos com tutela conjunta do Ministério da Defesa Nacional e do Ministério das Finanças.

Website www.iddportugal.pt

- AED Cluster Portugal

A AED Cluster Portugal (AEDCP) é o Cluster Português dos sectores da Aeronáutica, Espaço e Defesa.

A missão desta entidade é proporcionar um balcão único e um ponto de entrada em Portugal para os intervenientes nacionais e internacionais dos três sectores.

Website www.aedportugal.pt

Mário Rodrigues

Desafios

No painel sobre embalagens e eletrodomésticos, Gonçalo Duarte (Eugster Frismag) e Miguel Ritto (PSAplast) abordaram os desafios do reposicionamento estratégico da indústria de moldes.

Gonçalo Duarte enfatizou a pressão para reduzir custos e a necessidade de inovação e contribuição para a sustentabilidade, enquanto Miguel Ritto abordou a complexidade técnica associada ao uso de materiais reciclados e novos polímeros.

Ambos destacaram a necessidade de os fabricantes nacionais se assumirem como parceiros de na criação de valor, de forma a não concorrer apenas pelo preço, o que os colocaria numa posição de desvantagem face a mercados como o asiático.

Dos mercados sectoriais, a sessão prosseguiu para os geográficos. Joaquim Pimpão (AICEP Hungria) e Hélio Campos (AICEP Roménia) partilharam perspetivas sobre estes mercados da Europa Central.

Enquanto a Roménia apresenta oportunidades devido à dependência de importações e ao crescimento da economia local, a Hungria destaca-se pelo peso das multinacionais e pela aposta no sector automóvel, que representa 20 % do PIB do país. Ambos os especialistas reforçaram a importância de as empresas portuguesas apostarem na participação em feiras e certames locais e estabelecerem parcerias, de forma conseguirem afirmar-se nesses mercados.

A sessão contou ainda com a intervenção de Tânia Mendes (CENTIMFE) que deu a conhecer programas de apoio à inovação, como o Horizonte Europa e o Eureka, incentivando a criação de parcerias internacionais e o aproveitamento de novos modelos de financiamento para ações de conhecimento de mercado, promoção internacional e formação que surgem de projetos que disponibilizam financiamento (cascade funding) para estas intervenções.

Agenda internacional

TURQUIA

Automotive Meetings Bursa

Entre os dias 12 e 14 de novembro, as empresas Itecmo, Prifer, Ribermold e VL Moldes, acompanharam a CEFAMOL no certame Automotive Meetings, realizado em Bursa, na Turquia. Este evento, direcionado ao sector automóvel no país, reuniu fabricantes e fornecedores de primeira, segunda e terceira linha, consolidando Bursa como um dos principais polos da indústria na Turquia.

O evento foi particularmente focado em encontros bilaterais (B2B), proporcionando às empresas portuguesas a oportunidade de interagir diretamente com compradores e expositores da indústria automóvel. De acordo com Patrício Tavares, da CEFAMOL, as empresas nacionais fizeram, no final, um balanço “bastante positivo” da sua participação, traduzida em contactos promissores realizados com empresas turcas que mostraram grande recetividade às apresentações dos moldes portugueses.

Além disso, adiantou, o mercado turco apresenta um crescente interesse em colaborar com parceiros europeus. “Já existem fabricantes portugueses a trabalhar com a indústria automóvel turca, e o feedback das empresas presentes apontou para boas perspetivas de novos negócios e projetos futuros”.

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ALEMANHA COMPAMED & MEDICA

A indústria médica pode vir a constituir-se como um promissor mercado alternativo para os moldes portugueses. Isso mesmo demonstrou a visita de prospeção, organizada pela CEFAMOL nos dias 12 e 13 de novembro, às feiras Compamed e Medica, na Messe Düsseldorf, na Alemanha. As feiras, reconhecidas como referências mundiais, atraíram cerca de seis mil expositores globais, tendo como destaque inovações tecnológicas e oportunidades no sector de dispositivos médicos.

Esta iniciativa contou com a presença das empresas Imoplastic, Planitec, TCC, Tecnifreza e UEpro.

Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, sublinhou a importância estratégica desta aposta, destacando que, “embora a indústria médica não tenha a escala necessária para substituir o automóvel como principal cliente dos moldes portugueses”, esta apresenta, no entanto, “um potencial significativo” enquanto mercado alternativo.

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Moulding Expo ‘25 apresenta-se a empresas de moldes nacionais

Florian Niethammer, representante da Moulding Expo, partilhou uma antevisão otimista da feira, que “se posiciona como um parceiro estratégico para os fabricantes de moldes”. Apesar das incertezas no mercado, sublinhou que as expectativas para o certame são boas: acredita-se que a edição de 2025 superará a de 2023, que, a nível de resultados e participações, ainda refletiu um dinamismo pouco habitual fruto das consequências económicas da pandemia de Covid-19. Na próxima edição são esperados mais de 20 mil visitantes, com foco na promoção de novos negócios e no fortalecimento das ligações entre fabricantes de moldes europeus e indústrias de várias áreas. Apesar de o foco se manter no sector automóvel, o certame espera atrair outras indústrias com potencial para os moldes, como a aeroespacial, a médica ou da defesa, entre outras.

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ROMÉNIA Industry Expo & B2B Meetings

CR Moulds, Moldoeste, Procadimoldes e Ribermold tiveram oportunidade de estabelecer bons contactos com empresas locais (muitas delas, multinacionais ali representadas), regressando com boas perspetivas de futuros negócios.

Explicando que este “é um evento híbrido, de um único dia, constituído por uma parte de exposição ‘tradicional’ e outra de encontro bilaterais”, Patrício Tavares, da CEFAMOL, salientou que as empresas tiveram oportunidade de constatar que a indústria local evidencia sinais de vitalidade económica, atraindo de forma consistente o interesse dos principais players internacionais –sobretudo do sector automóvel-, o que, acentua, permite criar boas perspetivas em relação a novas oportunidades para os fabricantes de moldes nacionais.

A Roménia, conta Patrício Tavares, é um mercado interessante para os moldes nacionais, que tem vindo a expandir-se, nos últimos anos. “Apesar de, na área automóvel, ter ali instaladas várias multinacionais, o poder de decisão nem sempre lá está”, adverte, acrescentando que, no entanto, “a indústria local não dá resposta às necessidades das grandes empresas, sobretudo no que diz respeito aos moldes”.

Pela sua situação geográfica, a Leste, o país é um dos mercados de deslocalização da indústria, não apenas automóvel, mas de forma transversal. A Roménia não assume ainda, a esse nível, o potencial da Polónia ou da República Checa –mercados emergentes e que concentram uma enorme capacidade industrial -, mas tem vindo a atrair um número crescente de grandes empresas que ali se começam a instalar.

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Evolução dos Mercados de Exportação

3.º trimestre 2024

Mantendo a tendência do trimestre anterior, os resultados provisórios do INE respeitantes ao valor das exportações até setembro mostram uma contração face ao período homólogo.

Ainda assim, o volume obtido entre janeiro e setembro de 2024 foi o segundo mais alto registado nos últimos cinco anos.

No total, foram exportados moldes para 86 países e o top 10 organiza-se da seguinte forma:

TOP 10 DOS PAÍSES-DESTINO DE MOLDES NACIONAIS

Pela tabela dos principais países-destino dos moldes nacionais é possível perceber que o peso dos mercados tradicionais - Alemanha, Espanha e França - continua a ser predominante face ao de outras geografias, absorvendo cerca de 47 % da produção nacional, entre janeiro e setembro.

A Alemanha, que, destes três países, chegou a ser o principal mercado de exportação, mantém uma tendência decrescente. As vendas para Espanha registaram uma queda mais abrupta, enquanto a quebra do envio de moldes para França foi mais ténue.

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PARA MERCADOS TRADICIONAIS

PESO DOS VÁRIOS MERCADOS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

De um modo geral, as exportações para a Europa diminuíram, mas houve quatro países que se destacaram por contrariarem este panorama: Suíça, Itália, Chéquia e Hungria, que mantêm uma trajetória ascendente desde 2022.

Apesar dos resultados obtidos neste período, é de notar que a Roménia e a Polónia continuam a posicionar-se como mercados relevantes para a indústria nacional.

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PARA PAÍSES EUROPEUS (EXCETO RÚSSIA)

Do outro lado do Atlântico, realça-se a recuperação significativa das exportações para os Estados Unidos, após uma contração no período homólogo. Também o Brasil tem demonstrado uma reanimação.

Por outro lado, o México, que até 2023 apresentava uma evolução sem grandes oscilações, viu o valor das suas exportações cair para um valor ligeiramente inferior aos registados entre 20202022.

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PARA MERCADOS AMERICANOS

UNBOXING MARKETS

Brasil apresenta potencial para moldes portugueses

Christian Dihlmann, da associação brasileira de fabricantes de moldes (ABINFER), explicou que o Brasil, com cerca de dois mil fabricantes de moldes e ferramentas, tem ambições de “se posicionar entre os 10 maiores produtores mundiais de moldes”, ocupando, atualmente, o 20.º lugar. Destacou ainda que as empresas portuguesas são reconhecidas pelo seu know-how, sendo a língua e os laços históricos algumas das importantes vantagens competitivas para as empresas que desejem lançar-se neste mercado. Apontou, nesse sentido, as parcerias como “um caminho estratégico para as empresas portuguesas” aproveitarem as oportunidades que surgem, contando que o desenvolvimento industrial integra, hoje, as prioridades do governo brasileiro.

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Outros mercados como Marrocos, Turquia e Rússia também evidenciaram uma evolução positiva. Turquia e Marrocos continuaram a afirmar a trajetória ascendente que levam desde 2021 e 2022, respetivamente.

As exportações para a Rússia, após dois anos estáveis com valores a rondar os 1,5 milhões de eu-

ros, registaram uma subida significativa de quase 5 milhões de euros.

No sentido inverso, as exportações para a África do Sul caíram para o valor mais baixo dos últimos cinco anos.

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PARA ÁFRICA DO SUL, MARROCOS, TURQUIA E RÚSSIA

Missão na Turquia revela oportunidades para os moldes portugueses

O mercado turco apresenta um notável crescimento e desenvolvimento, oferecendo oportunidades para as empresas portuguesas, apesar da forte concorrência internacional, especialmente da Ásia.

Além do sector automóvel - com diversas montadoras de automóveis instaladas no país, entre as quais os principais fabricantes mundiais -, também a área dos eletrodomésticos tem uma assinalável presença no país.

“A imagem positiva de Portugal na Turquia, juntamente com a competência reconhecida das empresas portuguesas, abre portas para futuras colaborações e oportunidades de negócios”, realçou Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL.

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