Market Report 46

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Evolução dos Mercados de Exportação

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Moldes nacionais desenvolvem bons contactos em feira de Lyon

Dez empresas portuguesas acompanharam a CEFAMOL na edição deste ano da feira France Innovation Plasturgie (FIP), que decorreu de 4 a 7 de junho em Lyon. No final, Itecmo, Jetmol, J.Prior, Planimolde, Proaz, Procadimoldes, Ribermold, Simoldes, Socem e TJ Moldes fizeram “um balanço muito positivo do certame”, de acordo com Patrício Tavares, da CEFAMOL.

A feira FIP, embora internacional, tem um forte carácter regional, focando-se principalmente na indústria de plásticos da região de Lyon e do mercado francês, explica, adiantando que este evento bienal, que alterna com a Global Industry, “atrai expositores e visitantes de vários países, mas mantém um foco especial nos transformadores de plástico franceses”.

Patrício Tavares destaca que França é um país de grande importância para a indústria de moldes nacional, ocupando, atualmente, a terceira posição no ranking dos principais mercados. A região de Lyon, salienta, assume-se como um hub industrial importante e diversificado no que diz respeito a áreas de negócio, não se centrando apenas na indústria automóvel.

Por esta razão, as empresas nacionais têm vindo a considerar esta feira como aposta, mantendo ali presença constante nas últimas edições. Pela mesma razão, o certame tem integrado, nos últimos anos, o plano de promoção internacional desenvolvido pela CEFAMOL.

Um dos que fatores que terá contribuído para o balanço positivo desta feira terá sido “a localização privilegiada” das empresas portuguesas no recinto, numa zona próxima da entrada, com muita visibilidade, o que terá garantido um fluxo constante de visitantes. Este facto, acentua, “contribuiu para a existência de numerosos contactos, especialmente em áreas fora da indústria automóvel, como a indústria médica – na qual há um grande potencial de crescimento para o nosso sector”.

Patrício Tavares revelou também que a maioria das empresas nacionais que participaram no evento “já trabalha diretamente ou indiretamente com o mercado”, tendo levado “comerciais experientes e fluentes em francês, o que facilitou as negociações”.

A dinâmica do mercado francês foi evidenciada pelo elevado movimento registado durante a feira, com visitantes a procurar novas soluções e parceiros para projetos concretos, contou ainda, adiantando que “as boas perspetivas e os contactos estabelecidos permitem abrir portas para novas oportunidades e negócios para as empresas nacionais”.

Esta participação coletiva inseriu-se no projeto de promoção internacional Engineering and Tooling from Portugal.

Empresas nacionais procuram oportunidades na Roménia

A busca pela diversificação de mercados e de novas e interessantes parcerias levou a CEFAMOL à Technology Expo & B2B Meetings, em Timisoara, Roménia, no dia 30 de maio. A Associação fez-se acompanhar pelas empresas CR Moldes, Fozmoldes, Maxiplás, Tecnifreza, Moldes RP e VL Moldes que, no final, fizeram um balanço positivo.

Este evento, explicou Patrício Tavares, encerrou, a nível de participação, um ciclo de três certames de encontros bilaterais realizados naquele país, que incluíram ainda eventos em Sibiu e Arad. A presença das empresas portuguesas neste conjunto de eventos faz parte de uma estratégia contínua da CEFAMOL naquele mercado, inserida no projeto de promoção internacional Engineering & Tooling From Portugal, procurando identificar os eventos mais promissores para futuras participações.

De acordo com o representante da CEFAMOL, o balanço “foi positivo”, destacando que, entre outros aspetos, a organização deste evento se revelou “mais eficaz comparativamente aos encontros anteriores”.

O certame concentrou-se principalmente nas indústrias localizadas naquela região, onde predominam os sectores automóvel e de eletrodomésticos, o que se refletiu nos visitantes e nos contactos estabelecidos. “A maior parte dos expositores e visitantes eram da região ou do mercado romeno, existindo também uma presença significativa de outros players europeus”, explicou. Este ambiente proporcionou às empresas nacionais a oportunidade de realizarem “bons contactos” e de explorarem potenciais parcerias estratégicas.

Ainda de acordo com Patrício Tavares, começa a fazer-se notar nesta região de Timisoara uma forte presença de multinacionais. “Há um crescimento acelerado da indústria – com a instalação de empresas europeias, acompanhado por investimentos significativos em infraestruturas e equipamentos, de forma a transformar a cidade num polo industrial dinâmico e atrativo”, explica.

Destaca-se ainda o facto da Roménia ser um mercado em crescimento, que poderá vir a ser comparável ao desenvolvimento observado na Chéquia e na Po-

lónia, devido à deslocalização da indústria do centro da Europa para estas regiões. Por isso, o país assume-se como um potencial mercado, interessante e promissor para os moldes nacionais, abrindo novas oportunidades para a expansão dos negócios dos fabricantes portugueses.

NPE em Orlando satisfaz empresas de moldes nacionais

Foi uma das maiores participações coletivas na feira NPE (The Plastics Show 2024), que decorreu entre 6 e 10 de maio, em Orlando (EUA). No total, a CEFAMOL fez-se acompanhar por 16 empresas. AES, Cheto, Frumolde, Mold World, Moldit, Moldoeste, Moldoplastico, Moliporex, PMM, Ribermold, Setsa, Simoldes, Socem, Somema, Tecnocanto e UEpro fizeram, no final, um balanço “muito positivo” da presença naquela que é a principal feira do sector no mercado norte-americano.

Patrício Tavares, da CEFAMOL, revela que, devido ao posicionamento que a Associação tem junto da organização da feira, o Pavilhão Nacional usufruiu de uma localização privilegiada, o que contribuiu

para aumentar a visibilidade das empresas nacionais. “Em mais de dois mil expositores, a CEFAMOL conseguiu ser a entidade número 63 a escolher o espaço”, explica.

A NPE realiza-se a cada três anos. No entanto, salienta, o calendário foi alterado como consequência da Covid-19, que levou ao cancelamento da edição prevista para 2021, tendo sido esta a primeira edição pós-pandemia. Parte das empresas nacionais estavam inscritas desde esse período, às quais se juntaram mais recentemente outras com interesse em abordar aquele mercado, o que teve como resultado uma forte representação nacional.

Uma das particularidades desta feira é que atrai visitantes não apenas dos EUA, mas também de países do Centro e do Sul do continente americano. Nesta edição, de acordo com a organização, foram mais de 51 mil a percorrer a área de exposições na qual se concentraram mais de dois mil expositores, representando um total de 130 países. A indústria automóvel – principal cliente dos moldes portugueses – destacou-se a nível de contactos estabelecidos pelos fabricantes nacionais. Mas não só. Foram realizados encontros de relevo também com outros sectores, como a embalagem, os dispositivos médicos, eletrónica ou eletrodomésticos.

Vitalidade

Patrício Tavares destaca ainda que as empresas puderam constatar a vitalidade do mercado americano, tendo concretizado contactos muito interessantes e antevendo boas perspetivas de negócios e parcerias para o futuro.

“Não se pode dizer que tenha sido uma ‘avalanche’ de contactos, até porque a lógica da feira não é essa. No entanto, e ao contrário do que sucede em muitos certames europeus, foram contactos direcionados com o objetivo de vir a efetivar projetos

no curto ou médio prazo. Ou seja, comparativamente com outras feiras, a quantidade de visitantes não terá sido tão elevada, mas os contactos estabelecidos serão mais consequentes”, adianta

Tal confirmou as expetativas que as empresas tinham em relação ao mercado americano, enfatiza. “Estamos a falar de um dos maiores mercados mundiais para este sector, mas a nossa quota é muito baixa comparativamente com outros países”, salienta. E, adianta, se houve um momento em que notoriamente os fabricantes asiáticos assumiam um papel de relevo enquanto fornecedores daquele mercado, atualmente “vemos que há uma grande quantidade de empresas (clientes) que estão a tentar fugir dessa ‘armadilha’ do preço e a tentar focar-se em soluções mais eficientes”. Por isso, defende que as empresas nacionais terão boas perspetivas naquele mercado.

“Houve um momento em que conseguíamos ver o mercado americano virado para a Ásia, mas agora começamos a ver também muitas oportunidades em áreas diversas e em empresas que buscam soluções noutros locais, privilegiando uma alternativa de qualidade e serviço de valor acrescentado”, enfatiza.

A presença coletiva nacional foi dinamizada pela CEFAMOL, no âmbito do seu projeto Engineering & Tooling from Portugal, o qual conta com o apoio do COMPETE 2030.

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO

Análise Comparativa do 1º Trimestre de 2024

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA CENTRAL

MERCADOS AMERICANOS

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS EUROPEUS

OUTROS MERCADOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar

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