Revista RDM ed. 284

www.rdmonline.com.br ANO XXI EDIÇÃO Nº 284 R$ 8,90

MATO GROSSO

INCANSÁVEL

Virginia Mendes, uma primeira-dama sensível e atuante EXPORTAÇÃO

Venda de carne para a China sobe balança comercial de MT

AGRONEGÓCIO

A hora do campo amparar a cidade e ajudar MT a sair da crise

2 RDM | 2019

RDM | 2017 3

SUMÁRIO.

CARTA DO EDITOR.

ANO XXII | EDIÇÃO Nº 281 MARÇO/ABRIL 2019 DIRETOR DE REDAÇÃO JÕAO PEDRO MARQUES

COORDENAÇÃO DE JORNALISMO CARLA NINOS EDITOR GLÁUCIO NOGUEIRA

ANO XXII | EDIÇÃO Nº 284 AGOSTO/2019

EDITOR SECOM/MT

DIRETOR DE REDAÇÃO JOÃO PEDRO MARQUES

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EDITOR GERAL CARLA NINOS

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ENTREVISTA O Engenheiro Eletricista e gerente da Unidade de Sustentabilidade nos Pequenos Negócios do SebraeMT, José Valdir Santiago Jr, fala sobre o mercado solar no estado

AGRONEGÓCIO Anos de concessões e benefícios devem agora ser retornados em um pequeno percentual para ajudar MT a sair da crise

FOTO CAPA: CAROLINE DE VITA

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EM FOCO

Lavouras irrigadas são sinônimo de produtividade e sustentabilidade

4 - RDM | 2019

COORDENAÇÃO DE JORNALISMO CARLA NINOS EDITOR GLÁUCIO NOGUEIRA

TEXTO: CARLA NINOS, *MAILSON PRADO (*Com supervisão da coordenação de jornalismo) E LORENA LACERDA REDAÇÃO: (65) 3623-1170 / 3622-2310 REDAÇÃO@REVISTARDM.COM.BR

DIAGRAÇÃO/ARTE FERNANDO INÁCIO

E

Diretor

EDITOR SECOM/MT

FOTOGRAFIA: MAISLON PRADO, UNIMED CUIABÁ, CHARLES FONSECA TORRES, SECOM/MT, LORRANA CARVALHO, RAFAELLA ZANOL E JÚNIOR SILGUEIRO.

TEXTO: RODRIGO MELONI, VANIA COSTA, CARLA NINOS, MAILSON PRADO REDAÇÃO: (65) 3623-1170 / 3622-2310 redação@revistardm.com.br

João Pedro Marques

DIAGRAMAÇÃO/ARTE: CRIS NASCIMENTO | CRIS@CNJOB.COM.BR REVISÃO: DORALICE JACOMAZI

Editorial.

O tempo está acabando O tempo está TEXTO: CARLA NINOS, *MAILSON PRADO (*Com supervisão da coordenação de jornalismo) E LORENA LACERDA

sta edição da Revista RDM trás na capa a primeira-dama do estado de RDM NÃO SE RESPONSABILIZA POR MATÉRIAS Mato Grosso, Virginia Mendes, que E ARTIGOS ASSINADOS, QUE NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DA REVISTA. AS não mede esforços para conciliar as MATÉRIAS ESPECIAIS PUBLICADASatribuições NA RDM SÃO de empresária, mãe, esposa e a conduDE COLABORAÇÃO DE SEUS AUTORES E CEDIDAS ção dos projetos e ações sociais desenvolvidos pelo ESPONTANEAMENTE, SEM FINS LUCRATIVOS. Governo do Estado de Mato Grosso.

REVISÃO DORALICE JACOMAZI

REDAÇÃO: (65) 3623-1170 / 3622-2310 REDAÇÃO@REVISTARDM.COM.BR

Diretor

Mato Grosso para a adoção dos sistemas JoãoalternatiPedro Marques vos de energia, como o sistema fotovoltaico, principalmente, para o pequeno e médio empresário e produtores rurais.

RDM NÃO SE RESPONSABILIZA POR MATÉRIAS E ARTIGOS ASSINADOS, QUE NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DA REVISTA. AS MATÉRIAS ESPECIAIS PUBLICADAS NA RDM SÃO DE COLABORAÇÃO DE SEUS AUTORES E CEDIDAS ESPONTANEAMENTE, SEM FINS LUCRATIVOS.

acabando

Além disso, a edição traz um caderno sobre o Agronegócio com uma reportagem especial sobre echando o primeiro A expectativa é que, diante de tantas echando o primeiro A expectativa é que,de diante de tantas COMERCIAL/MÍDIA: Ao lado do governador Mauro Mendes, Vira hora de o campo amparar a cidade após anos COMERCIAL/MÍDIA: trimestre de 2019, o dificuldades articular suaem base trimestre em de 2019, o dificuldades articular sua base DIASsocial DA FONSECA NETOconcessões e benefícios. Agora, o setor deve retorginia área ARTUR DIAS DA FONSECA NETOabraça importantes projetos na ARTUR ânimo dos empresários, etapa da da reforma da ânimo dos empresários, na primeira etapa dana primeira reforma (65) 3623-1170 (65) 3623-1170como o enfrentamento da violência doméstica investidores e dapara previdência, governo (65) 9682-1470 e a nar em um pequeno percentual ajudaro MT a entenda de investidores e da previdência, o governo entenda de população se arrefeceu. uma vez por todas que, ainda que se DEIRANE (65) 9682-1470 implantação de uma Delegacia 24 horas deEVELIN atendisair da crise. E ainda, o movimento Agro(65)99988-1317 Ainda queconheça fosse esperada, respeite a separação e a independência população se arrefeceu. uma avez por todas que,dosainda se participar da EVELIN DEIRANEmento à mulher. mídia@revistardm.com.br demora da classe política poderes, que ématopreciso ligadas que escreve história no Agronegócio comercial@revistardm.com.br como um todo em aprovar as tramitação das propostas no Legislativo.

(65)99988-1317 Ainda que fosse esperada, respeite a separação e a independência -grossense. reformas necessárias para a retomada Basta que o país avance nas CENTRAL: mídia@revistardm.com.br aprimeira-dama demoraADMINISTRATIVO da(65)classe poderes, é preciso participar dapara que o dodos desenvolvimento está passando do reformas necessárias 3623-1170 política Em todas as iniciativas, a artilimite. otimismo, arrefecido com os recentes comercial@revistardm.com.br como um todo em aprovar as tramitação das propostas no Legislativo.

Tiragem: 30 mil exemplares lentidão em promover as acontecimentos, a reinar e que os cula e mobiliza uma ampla rede de parceiros, que, E nãoEssa deixe de visitar o Gabinete depois do volte Café, mudanças esperadas pela o população investimentos prometidos, necessárias paracom a retomada Basta quevintage avance nas esperados sob a gestão dela, reformas somam esforços e ajudam que aposta no conceito epaís faz sucesso em CuiaADMINISTRATIVO CENTRAL: e manifestadas nas urnas, em outubro e necessários ocorram e a retomada do do desenvolvimento está passando necessárias para quede fato. o (65) 3623-1170doações e participação doreformas ano tem preocupado as crescimento ocorra nos projetos. bá.do O lugar é passado, referencia de aconchego e foi indicado chamadas “vozes das ruas”, que temem limite. otimismo, arrefecido com os recentes como um destaques por gastronômico de Cuiabá na João Pedro Marques que dos tais transformações, ocorrerem Tiragem: 30 mil exemplares demais ouVeja de forma muito tímida, Essa emempresápromoverterceira as tarde acontecimentos, volte a reinar e que osDiretor Editorial Nesta edição, você verálentidão a história do edição do Comer e Beber 2019 não surtam os efeitos esperados. mudanças esperadas população investimentos prometidos, esperados rio que, percebendo os benefícios, resolveu pela investir A REVISTA RDM MATO GROSSO É PUBLICAÇÃO DO e manifestadas nas urnas, em outubro e necessários ocorram e a retomada na produção de energia solar para tornar a empresa do Boa leitura!

4 autossustentável. E, uma entrevista com o doainda, ano passado, tem preocupado as crescimento ocorra de fato. engenheiro eletricista José Valdir Santiago Jr, gechamadas “vozes das ruas”, que temem rente da Unidade que de Sustentabilidade nos PequeJoão Pedro Marques tais transformações, por ocorrerem nos Negócios do Sebrae/MT, sobre o potencial de tímida, Diretor Editorial tarde demais ou de forma muito GALERIA 504 – RUA BRIGADEIRO EDUARDO GOMES, 504 não surtam os efeitos esperados.

RDM NÃO SE RESPONSABILIZA POR MATÉRIAS E ARTIGOS ASSINADOS, QUE NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DA REVISTA. AS MATÉRIAS ESPECIAIS PUBLICADAS NA RDM SÃO DE COLABORAÇÃO DE SEUS AUTORES E CEDIDAS ESPONTANEAMENTE, SEM FINS LUCRATIVOS.

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GALERIA 504 – RUA BRIGADEIRO EDUARDO GOMES, 504 BAIRRO POPULAR, CUIABÁ/MT CEP: 78045-300

ADMINISTRATIVO CENTRAL (65) 3623-1170

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DIRETOR DE REDAÇÃO JÕAO PEDRO MARQUES

REVISÃO: DORALICE JACOMAZI

FOTOGRAFIA: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL, GLEILSON MIRANDA, FLÁVIO COSTA/SEFAZ-MT, DREAMSTIME, VICTOR OSTETTI, EMANOELE DAIANA, ASCOM/SEBRAE, JOSÉ MEDEIROS, SECOM-MT, ASSESSORIA, VANIA COSTA, ACRIMAT, CAROLINE DE VITA, JANA PESSOA, MAILSON PRADO

midia@revistardm.com.br comercial@revistardm.com.br

Gabinete depois do Café aposta no conceito vintage e faz sucesso em Cuiabá

ANO XXII | EDIÇÃO Nº 281 MARÇO/ABRIL 2019

DIAGRAMAÇÃO/ARTE: CRIS NASCIMENTO | CRIS@CNJOB.COM.BR

COMERCIAL/MÍDIA: ARTUR DIAS DA FONSECA NETO (65) 3623-1170 (65) 99682-1470

Agroligadas escreve história no Agronegócio mato-grossense

Uma primeira-dama perseverante e incansável!

Editorial.

FOTOGRAFIA: MAISLON PRADO, UNIMED CUIABÁ, CHARLES FONSECA TORRES, SECOM/MT, LORRANA CARVALHO, RAFAELLA ZANOL E JÚNIOR SILGUEIRO.

COORDENAÇÃO DE JORNALISMO CARLA NINOS

Empresa cuiabana é pioneira no uso de sistema de energia solar

EXPEDIENTE.

DISTRIBUIÇÃO/CIRCULAÇÃO ADEMIR KUHNEN GALITZKI TIRAGEM: 30 MIL EXEMPLARES

BAIRRO POPULAR, CUIABÁ/MT CEP: 78045-300

A REVISTA RDM MATO GROSSO É PUBLICAÇÃO DO

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EM FOCO.

DA REDAÇÃO

Impostômetro

Reprodução

Confiança do Comércio

Reprodução

Reprodução

O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,2 pontos em agosto, passando para 98,7 pontos, ante os 95,5 registrados em julho. Na comparação com agosto de 2018, a alta foi 4,5 pontos.

Agosto registrou o terceiro resultado positivo seguido, fazendo a média móvel trimestral subir 2,4 pontos, após cinco quedas consecutivas. O resultado do ISA-COM também se reflete no Indicador de Desconforto do Varejo Ampliado, índice que é composto por itens como demanda insuficiente, acesso ao crédito bancário e custo financeiro, que apresentou a quarta queda seguida, em médias móveis trimestrais. A movimentação do índice indica que os empresários têm encontrado menos limitações no ambiente de negócios.

Crediário

Segundo dados do Impostômetro da Fecomércio-MT, Araguainha, considerada a cidade menos populosa de MT, com 956 habitantes, segundo dados do IBGE de 2018, arrecadou entre 01 de janeiro até 23 de agosto deste ano cerca de R$ 986 mil. No mesmo período no ano passado o montante foi de R$ 880 mil. Nos 12 meses de 2018, a cidade registrou em impostos municipais R$ 1.399 milhão. A 467 quilômetros de distância de Araguainha, Cuiabá, capital mato-grossense, contabiliza R$ 502 milhões pagos em impostos municipais, e possui em torno de 607 mil habitantes.

Novos Investimentos

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, e a diretora regional do Senac, Eliana Salomão, anunciaram novos investimentos para a instituição de ensino e que irá alavancar a atuação das entidades perante os comerciantes e comerciários do estado. Com planos de dobrar o número de matrículas nos cursos oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Mato Grosso, a entidade inaugurou a nova unidade do Centro de Educação Profissional do Senac. Além deste, há outros investimentos como a aquisição de uma área com mais de 6.100 m², localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, para expandir o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT. Esse novo prédio, abrigará 15 salas de aula, incluindo laboratórios de aprendizagem prática naAs áreas de saúde, estética, imagem pessoal, informática, sala bar e uma cozinha pedagógica completa.

Programa Lixão Zero

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Embora venha perdendo força com a popularização de outras modalidades de crédito, especialmente nos grandes centros urbanos, o crediário ou o cartão de loja continua presente na vida do brasileiro. De acordo com levantamento realizado nas 27 capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), três em cada dez brasileiros (30%) fizeram uso de crediário nos últimos 12 meses – sendo que 26% recorreram a essa modalidade todos os meses. Outros 31% a cada dois ou três meses e 31%, três vezes ou menos no ano. A possibilidade de parcelar o valor das compras foi à principal vantagem apontada por 30% dos usuários de crediário, enquanto 19% veem vantagem em fazer compras mesmo não tendo dinheiro e 15% em ter prazos maiores para pagamento das aquisições.

Iphan/Divulgação

Os brasileiros que passaram pelas feiras livres e hortifrutis do Brasil, nos primeiros oito meses de 2019, encontraram preços mais salgados. Os itens representam 12 das 15 maiores altas de preços no período, segundo a inflação medida pelo IPCA-15, último índice divulgado pelo IBGE. A cebola, que saltou 69,59% entre janeiro e agosto, encabeça a relação e é seguida pelo mamão (53,05%), pimentão (48,13%), cenoura (45,82%), batata-inglesa (41,52%) e manga (39,82%). Também aparece entre os vilões da inflação a banana-da-terra (36,97%), o repolho (36,55%), o morango (33,51%), o alho (25,85%), a mandioquinha (25,2%) e a abóbora (23,03%). Completam a relação dos 15 produtos que ficaram mais caros no ano açaí (18,38%) e os feijões mulatinho (38,73%) e carioca (32,11%).

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), criou uma comissão para propor alterações ao projeto de lei que proíbe o transporte, armazenamento e comercialização de peixes em Mato Grosso. A medida, enviada pelo governador Mauro Mendes (DEM), visa repovoar os rios e incentivar o turismo no Estado, mas tem gerado polêmica entre os pescadores e os próprios deputados. A comissão contará com cinco membros indicados pelas lideranças partidárias do Legislativo. Segundo o calendário proposto, no dia 29 de outubro será realizada a última audiência pública para debater a proposta. No dia 13 de novembro, o projeto será votado na Comissão do Meio Ambiente. Em seguida, no mesmo dia, vai ao plenário para a primeira votação. Já no dia 26 de novembro, a medida vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Após isso, segue no dia 27 de novembro para a segunda votação em plenário.

Marcos Borges

Vilões do Consumo

Cota Zero para Pesca

Desde o início do mês de agosto, os gestores municipais podem ter acesso a todas as opções de financiamento para gestão dos resíduos sólidos, de forma consolidada e atualizada, através do Mapa de Financiamento para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos como ação do Programa Lixão Zero, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O painel permite a aplicação de filtros por Estado, mecanismo de financiamento, modalidade de apoio, âmbito de atuação do mecanismo e natureza da organização. Com a nova ferramenta, o processo para obtenção de informações sobre financiamento para gestão de resíduos sólidos urbanos, que antes demandava muito tempo e esforço, ganhou mais agilidade.

Crédito com Garantia de Imóvel O Banco Central (BC) tem a expectativa de que os consumidores poderão ter acesso a juros mais baixo com crédito de longo prazo. A ideia é reduzir os custos e o tempo com burocracias em cartório e avaliação de imóveis através do home equity, que pode injetar R$ 500 bilhões na economia, quase dobrando a carteira atual de crédito imobiliário. Atualmente, o home equity representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), com o estímulo à modalidade, esse percentual poderá chegar a 20% do PIB, em 20 anos. O estímulo a modalidades de crédito com prazos mais longos e juros menores, faz parte da agenda do BC, que anunciou recentemente redução do compulsório para instituições financeiras que oferecem crédito com garantia de imóvel.

Centro Histórico de Cuiabá

Segundo dados do Impostômetro da Fecomércio-MT, Araguainha, considerada a cidade menos populosa de MT, com 956 habitantes, segundo dados do IBGE de 2018, arrecadou entre 01 de janeiro até 23 de agosto deste ano cerca de R$ 986 mil. No mesmo período no ano passado o montante foi de R$ 880 mil. Nos 12 meses de 2018, a cidade registrou em impostos municipais R$ 1.399 milhão. A 467 quilômetros de distância de Araguainha, Cuiabá, capital mato-grossense, contabiliza R$ 502 milhões pagos em impostos municipais, e possui em torno de 607 mil habitantes.

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O estado habilitou mais sete frigoríficos, seis de carne bovina e um de frango e suíno, para vender carne ao mercado chinês

Da Redação

O

setor frigorífico de Mato Grosso espera um incremento de pelo menos 40% nas exportações a curto prazo, após a habilitação de sete unidades do estado para venda ao mercado chinês. A habilitação abrange seis frigoríficos de carne bovina e um de carne suína e de frango. No abate bovino, são duas unidades da Marfrig (em Várzea Grande e Tangará da Serra), a Naturafrig (Barra do Bugres), a Vale Grande de Matupá, a Agra (Rondonópolis) e o Frigorífico Redentor, em Guarantã do Norte. No abate de suínos e frango, a unidade habilitada foi a BRF de Lucas do Rio Verde.

Em todo o estado, apenas uma planta era habilitada pela China para exportação: a JBS em Barra do Garças, cuja ca8 - RDM | 2019

pacidade de abate diária é de 2.500 animais. Com a habilitação das outras seis unidades, a capacidade total de abate apto ao mercado chinês mais do que triplica, passando a 9.540 animais por dia.

O volume corresponde a mais da metade do total abatido em Mato Grosso atualmente, que chega a 17 mil animais/dia.

No caso da carne suína e de frango, a capacidade da JBS de Lucas do Rio Verde é de 110 mil suínos e 7 milhões de aves por mês. De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso e Rondônia (Sindifrigo), Jovenino da Cruz Borges, o comércio de carne suína com a China é muito promissor, uma vez que o país é grande consumidor do alimento e, recentemente, sofreu com a ocorrência

da peste suína e não está importando dos Estados Unidos.

Nenhuma unidade do estado era habilitada, até então, nesses segmentos, embora 80% da carne suína produzida em Mato Grosso já fosse destinada ao mercado externo, especialmente a Rússia. Porém, Jovenino ressalta que o comércio com a Rússia é incerto, pois está sujeito a constantes alterações nas regras, ora sendo liberado, ora suspenso.

Ele informa que 23 frigoríficos mato-grossenses tentaram a habilitação.

Os que ainda não conseguiram deverão fazer nova tentativa, após rever o preenchimento dos questionários e corrigir eventuais falhas nos documentos. “A China é extremamente rigorosa com relação à documentação. Qualquer pe-

queno erro no questionário faz com que o pedido seja negado”, explica.

Para o Sindifrigo, a abertura do mercado beneficia o setor como um todo, incluindo as unidades que não exportam, já que o aumento estimula a valorização do produto. A opinião é respaldada pelo presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, que vê a abertura como uma grande oportunidade para o setor industrial de Mato Grosso. “Em termos de valor agregado, faz muito mais sentido para a economia do estado a exportação de proteína animal do que a de soja. Portanto, é muito relevante esse estreitamento do nosso relacionamento com a China, uma tradicional compradora da soja mato-grossense e que agora poderá se transformar em grande cliente também da nossa carne”, avalia. Enquanto a tonelada de soja é comercializada a cerca de R$1200, a carne bovina vale 12 vezes mais: cerca

Gleilson Miranda

Em termos de valor agregado, faz muito mais sentido para a economia do estado a exportação de proteína animal do que a de soja. Portanto, é muito relevante esse estreitamento do nosso relacionamento com a China, uma tradicional compradora da soja mato-grossense e que agora poderá se transformar em grande cliente também da nossa carne

de R$15 mil por tonelada, em média.

De acordo com o Observatório da Indústria da Fiemt, apenas o segmento de gado bovino emprega 22.695 pessoas em Mato Grosso, com uma massa salarial anual de R$ 486 milhões. São 80 estabelecimentos no total, sendo 20 de grande porte, 13 médios, 10 pequenos e 37 microempresas.

Dreamstime

Venda de carne para a China sobe a régua da balança comercial de Mato Grosso

Reprodução

Tânia Rêgo/Agência Brasil

ECONOMIA.

Oportunidades O anúncio da habilitação coincide com a decisão divulgada, recentemente, pelo grupo JBS de investir R$ 59 milhões da ampliação das plantas de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, aumentando a capacidade das unidades e gerando cerca de mil novas vagas de trabalho na região. E também coincide com a inauguração da unidade Senai em Lucas do Rio Verde, nesta terça-feira, 10 de setembro. “A nova unidade do Senai tem capacidade para atender a 460 alunos por turno e, juntamente com a unidade já existente em Nova Mutum, estará de portas abertas para qualificar todas essas pessoas que deverão ser absorvidas pela indústria frigorífica. E isso vale também para Várzea Grande, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Matupá, Guarantã do Norte e Rondonópolis: onde a indústria estiver crescendo e precisar de pessoas qualificadas e consultorias em gestão, tecnologia e inovação, o Senai será parceiro”, afirma Gustavo de Oliveira.

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EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL.

Mailson Prado

Empresa cuiabana é pioneira no uso de sistema de energia solar Reprodução

Com economia de até 95% na fatura, uso da tecnologia cresce no Brasil

Empresário Raimundo Bona aposta na geração de energia solar para o Espaço La Provence.

Mailson Prado, com supervisão da editora-chefe

O

sol é a maior e inesgotável fonte de energia renovável, limpa e sustentável da Terra. Nas últimas décadas, a estrela-mor tornou-se um grande aliado da sociedade e dos setores produtivos para geração de eletricidade de forma sustentável.

Em Cuiabá, a energia solar tem chamado a atenção de consumidores e em10 - RDM | 2019

presários, pois além dos ganhos ambientais, traz a possibilidade de economizar até 95% da fatura de energia elétrica, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

O administrador de empresas Raimundo Bona, foi um dos pioneiros a inserir no seu negócio, o Espaço La Provence, o sistema que capta energia solar e converte para a rede elétrica. Ele

conta que tudo começou depois de uma viagem para Espanha, onde viu os investimentos e a grande capacidade de produção do país.

“De uma maneira curiosa eu fiquei interessado na Espanha, onde utilizam quilômetros de placas solares com um sol bem mais fraco que o de Cuiabá. Ao chegar, procurei o Sebrae e comecei a me informar sobre o assunto”, conta.

O Sebrae escolheu a cadeia de energia solar fotovoltaica como uma das prioridades para a atuação, em virtude do alto potencial de uso dessa fonte no Brasil. O objetivo é promover a inserção competitiva e sustentável de pequenos negócios nessa cadeia, seja como geradores de energia, fornecedores de bens ou prestadores de serviços.

Essa postura tem motivado, cada vez mais, empresários a procurar informações sobre o custo-benefício.

“O custo da energia, hoje, para uma empresa é muito alto, e no meu caso só fica atrás da folha de pagamento. O meu custo com energia elétrica era de R$32 mil, agora com esse sistema está, mais ou menos, em R$11 mil. E, ao todo, foi um investimento financiado em quatro anos de mais de um milhão. O retorno vem depois desse financiamento, que até então, eu iria pagar energia eternamente. Já estamos construindo nossa terceira fonte de energia que vai ficar sob o nosso estacionamento e que vai permitir liquidar esse custo no futuro”, explica o empresário.

Além do impacto econômico, as empresas também buscam, com a instalação de painéis fotovoltaicos, provocar melhorias sociais e ambientais no espa-

De uma maneira curiosa eu fiquei interessado na Espanha, onde utilizam quilômetros de placas solares com um sol bem mais fraco que o de Cuiabá. Ao chegar, procurei o Sebrae e comecei a me informar sobre o assunto ço de trabalho, que melhorem a imagem e o valor da empresa. Grandes, médias e pequenas empresas também têm apostado neste recurso natural por conta do aumento dos incentivos governamentais de crédito para a adoção de tecnologias sustentáveis de geração de energia.

Falando em benefícios, três são apontados como principais: Sustentabilidade – um dos principais impactos positivos da adoção de energia solar diz respeito à sustentabilidade e preservação do meio ambiente, pois o sol é uma fon-

te renovável e inesgotável de energia, e a conversão da solar para a elétrica não emite gases que provocam o efeito estufa. Marketing “do bem” – a preocupação, cada vez maior, com o destino do planeta e o suprimento das gerações futuras fazem com que empresas amigas do meio ambiente sejam muito bem-vistas, inclusive, pelo mercado financeiro e possíveis investidores. Logo, produzir a própria energia pode melhorar, e muito, a imagem do negócio. Redução da conta e economia em longo prazo – toda a empresa busca a redução de seus custos fixos. Apesar de ter um investimento inicial considerado alto, a instalação de painéis de captação de energia solar é um ótimo investimento em longo prazo, pois a conta de energia tende a diminuir a praticamente zero, dependendo do tipo de instalação e das condições locais.

“Há cinco anos, quando comecei essa jornada de pesquisas e interesse pela energia solar muita coisa mudou, principalmente, no que tange o preço.

Do inicio até a execução de fato do projeto, o preço da placa já tinha caído pela metade. A concorrência e a tecnologia permitem essa evolução, principalmente, na produção e na capacidade das placas solares”, conclui Raimundo.

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ENTREVISTA.

Mercado solar em alta no estado atrai o interesse de pequenas empresas e do produtor rural Victor Ostetti

Sebrae/MT lança cartilha para orientar os consumidores interessados em investir no setor

Para se ter uma ideia, em Mato Grosso, segundo dados da Energisa, nós temos em torno de 1,4 milhão de consumidores de energia elétrica. E um pouco mais de 4 mil consumidores que produzem a sua própria energia, ou seja, 0,13% apenas, então tem um mercado gigante para esse segmento quanto mais hora de sol disponível em um determinado local, mais energia se tem disponível e mais se pode produzir no final do mês. Isso é um benefício muito grande para o estado. Um ponto é que Mato Grosso possui uma grande extensão territorial. Somos o terceiro maior estado em extensão territorial, o que quer dizer que se tem muita área disponível – seja área de telhado, estacio-

Carla Ninos

O

Brasil tem tudo para se tornar um exemplo no uso de diversas fontes renováveis, limpas e sustentáveis de energia, se ampliar a adoção dos sistemas alternativos de energia, como o sistema fotovoltaico. O sol é generoso com o país e com o estado de Mato Grosso, que tem uma das melhores irradiação solar em comparação com outros estados. São mais de 2 mil hora/ano por metro quadrado.

A redução dos custos da energia elétrica e os benefícios ambientais são as principais vantagens da tecnologia solar tanto para o cidadão como para empresários e empreendedores. Diante de um mercado tão promissor, a Revista RDM conversou, com exclusividade, com o en-

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genheiro eletricista José Valdir Santiago Jr, gerente da Unidade de Sustentabilidade nos Pequenos Negócios do Sebrae/ MT. Confira a entrevista: Qual o panorama da energia solar no Brasil? É um panorama positivo por que no Brasil nós começamos a estimular esse mercado em 2012, com a resolução normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que regulamentou o mercado de energia solar no país; o que permito ao consumidor – seja residencial, empresarial ou produtor rural – produzir sua própria energia, dentro de um limite de até cinco mega de potência.

O benefício financeiro para esse consu-

midor é que ele pode reduzir em até 95% a sua conta de energia. Isso foi um marco para a energia fotovoltaica no Brasil.

Qual o panorama da energia solar em Mato Grosso? É promissor? É promissor. Nós temos uma das tarifas de energia elétrica mais cara do Brasil – temos a terceira tarifa mais cara –; os impostos sobre a tarifa de energia são altos em Mato Grosso, o que torna o retorno do investimento em energia solar mais atrativo. Outro ponto, é que nós temos uma das melhores irradiação solar do Brasil, temos mais de 2 mil hora/ano por metro quadrado. Isso quer dizer que temos muito sol disponível para produzir energia por meio dessa fonte, ou seja,

namento, área já desmatada, etc. – para a produção de energia.

Hoje, vemos um bom investimento em energia solar no campo, o setor rural está aproveitando, do pequeno ao grande, com área disponível pode produzir sua própria energia. Então, têm um mercado bastante aquecido aqui em Mato Grosso, tanto que somos o quarto estado no ranking brasileiro com a maior potência instalada.

Como o investimento na energia solar pode ajudar na crise que assola o estado?

Esse mercado da energia solar é uma grande oportunidade para as pequenas empresas, as chamadas instaladoras – conhecidas no setor como integradoras – são aqueles prestadores de serviços que vão, de fato, fazer a instalação do sistema fotovoltaico em uma residência ou em uma empresa. Hoje, no Brasil, são mais de 10 mil empresas integradoras.

Em Mato Grosso não temos esse número catalogado, mas, estima-se que tenha mais de 200 empresas, em cada município do estado, com certeza, tem um instalador – e o perfil desse instalador é de pequena empresa.

Cada pequena empresa instaladora tem seis ou sete funcionários, ou seja, há uma grande oportunidade para a ge-

ração de emprego, por que essa empresa instaladora precisa de um técnico, um engenheiro, um montador, uma equipe de venda, então, tem uma estrutura funcional necessária que vai possibilitar a geração de emprego e renda. Como o mercado da construção civil está estagnado, o setor de energia solar vai ajudar a movimentá-lo.

E o Sebrae lançou uma cartilha que orienta o consumidor interessado em abrir uma pequena empresa nessa área da energia solar. Hoje, com pouco mais de R$ 100 mil reais se monta uma pequena empresa nesse mercado, gerando de seis a sete empregos diretos. Então, é uma oportunidade.

Para aquelas pessoas que atuavam na construção civil, que tem uma equipe técnica qualificada (eletricista, montador, etc.); essas pessoas tem se voltado para esse segmento.

Para se ter uma ideia, em Mato Grosso, segundo dados da Energisa, nós temos em torno de 1,4 milhão de consumidores de energia elétrica. E um pouco mais de 4 mil consumidores que produzem a sua própria energia, ou seja, 0,13% apenas, então tem um mercado gigante para esse segmento.

Agora, as pessoas precisam se qualificar para entrar nesse mercado, então, há sim uma grande oportunidade nesse seg-

Palestra do José Santiago durante o evento Ciclos 2019

Imagem aérea da usina solar do Centro Sebrae de Sustentabilidade

mento para a geração de emprego e renda.

Para as pequenas empresas que vão produzir a sua própria energia elétrica há também boas oportunidades, porque essa empresa vai ter de imediato, uma redução na conta de energia elétrica, essa redução de custo mensal significa que essa empresa pode reinvestir em seu próprio negócio. Então, esse segmento de energia fotovoltaica pode ajudar muito o estado de Mato Grosso.

De que forma os Microempreendedores individuais podem se inserir nesse mercado?

O microempreendedor é um prestador de serviço e vai prestar serviço para as pequenas empresas instaladoras, por exemplo, através do CNPJ que garante a pessoa jurídica desse trabalhador. Agora, é importante ressaltar que a pessoa que vai trabalhar, diretamente, na instalação das placas solares precisam estar aptas para tal. As pessoas interessadas precisam buscar qualificação, porque esse trabalho é realizado, muitas vezes, em grandes alturas (telhados) e mexe com energia, então, há riscos e precisa-se evitar acidentes de trabalho. O que a gente orienta é que esses empreendedores busquem informações.

Falo novamente que o Sebrae acabou de lançar uma cartilha com todas as informações sobre o mercado, de que forma abrir uma pequena empresa nessa área, os custos, enfim, todo o passo a passo.

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Fale sobre a parceria firmada entre Sicredi e Sebrae, o Programa de Energia Solar Fotovoltaica para Pequenos Negócios.

O objetivo dessa parceria é estimular o mercado, ou seja, incentivar que as pessoas busquem mais informações sobre o mercado solar e possam fazer investimentos com essa tecnologia fotovoltaica, mas também, motivar as empresas instaladoras, motivar esse mercado de instalação, porque quem vai fazer a instalação são essas pequenas empresas locais, não virão empresas de fora para fazer a instalação. Então, isso é um ponto positivo. Nós queremos movimentar esse mercado dos instaladores para poder fazer um bom atendimento para as empresas e residências que vão passar a ter mis interesse em gerar a própria energia.

Então, primeiro vem a informação, esse Programa de Energia Solar Fotovoltaica para Pequenos Negócios do Sebrae vai levar informação técnica para os consumidores, e vai, ainda, fazer estudos de viabilidade, enfim, esse é o papel do Sebrae. O Sicredi entra com os serviços financeiros por que o crédito é importante, as pessoas não têm o recuso ali no caixa para fazer o investimento. Então, o sistema Sicredi entra com o fornecimento de linhas de créditos mais acessíveis para que o consumidor possa por o projeto de geração de energia própria adiante. Esse é o papel da parceria, levar orientação

técnica de qualidade e disponibilizar recursos para que esse consumidor possa fazer seu investimento.

Quais os benefícios da energia solar para o campo?

A procura é muito grande. Nós temos até casos de sucesso de produtores rurais e estou falando do pequeno ao grande. O pequeno produtor que tem uma chácara ou o pequeno produtor de leite, que tem um alto custo de energia elétrica com um resfriador de leite, busca alternativas para reduzir esse custo e a geração de energia solar vira solução. Então, desde o pequeno, do médio ao grande produtor, a energia solar é uma realidade.

E esse Programa de Energia Solar Fotovoltaica para Pequenos Negócios também vai atender o produtor rural.

Nosso estado é um estado agrícola, tem um potencial enorme, portanto, há uma grande procura desse setor e o Sebrae está disponível para prestar orientação técnica, que é o nosso papel.

SAIBA MAIS Em agosto, a geração elétrica por fonte fotovoltaica no país foi de 2.103 Megawatts (MW), equivalente a 1,2% da matriz elétrica brasileira.

Mato Grosso é o 4º no ranking em potência instalada com 64 MW, participação de 6,4% no total gerado no país.

O primeiro colocado no ranking é Minas Gerais, com 196,7 MW (19,7%), seguido por Rio Grande do Sul com 158,7 MW (15,9%) e São Paulo com 126,2 (12,6%).

No ranking municipal, Cuiabá aparece na 6ª posição com geração de 8,9 MW, equivalente a 0,9% da geração brasileira.

Fonte: Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) Serviço: Conheça o aplicativo SebraeSolar, que permite simular, gratuitamente, o sistema solar fotovoltaico mais adequado para o negócio. Permite, ainda, adquirir consultorias em energia solar junto ao Sebrae-MT. O aplicativo está disponível sistema Android e IOS.

ECONOMIA | AGRICULTURA | TECNOLOGIA | MULHERES

A hora do campo amparar a cidade Anos e anos de concessões e benefícios devem agora ser retornados em um pequeno percentual para ajudar MT a sair da crise

José Medeiros

Ascom/Sebrae

ENTREVISTA.

Rodrigo Meloni – Especial para a Revista RDM

U

m dos principais pilares da economia brasileira, representando cerca de 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e por metade das exportações, o agronegócio tem condições de manter o crescimento e sua importância na inserção do Brasil no mercado global, desde que fique atento aos desafios a enfrentar na política e na economia para continuar obtendo resultados positivos. As avaliações foram feitas por especialistas reunidos no 8º Fórum e Exposição Abisolo, evento formulado pela entidade que representa empresas de nutrição vegetal.

Contudo, quando se fala em desafio, um dos principais a ser enfrentado, segundo os próprios especialistas da área, é ver como o setor se portará diante da necessidade de assumir seu papel atual e dividir sua saúde financeira com a sociedade, tendo em vista que o setor, para chegar onde está, contou com uma série de incentivos dos governos estadual e federal. Um exemplo? A Lei do Bem. Instrumento de apoio financeiro indireto à inovação tecnológica, instituído pela Lei nº 11.196/2005.

Esta lei permite de forma automática o uso dos incentivos fiscais pelas empresas que operam no regime de Lucro Real e que realizem atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. O agronegócio foi o setor que mais se beneficiou desta lei, mesmo que o setor possa – e deva –, ampliar significativamente sua participação, com aumento no número de empresas beneficiárias e aumento do valor beneficiado.

E quem buscar, não terá dificuldade em encontrar sistemas de benefício voltados para o agronegócio. As empresas do setor foram as que mais receberam auxílios, com maior prazo para benefícios fiscais concedidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), por meio do convênio 190 que regula a validação dos incentivos tributários de ICMS. Assim, os estados que atenderam às exigências – como publicar a identificação dos atos normativos relativos aos benefícios fiscais – ficam autorizados a conceder ou prorrogar os mesmos até 31 de dezembro de 2032 para o fomento das atividades agropecuária e agroindustrial.

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ECONOMIA Secom-MT

ECONOMIA

Segundo o diretor da KPMG (uma das maiores empresas de prestação de serviços profissionais do mundo), Ricardo Braghini, a medida foi um marco importante para futura concretização de remissão de débitos tributários decorrentes de incentivos da chamada guerra fiscal. “Além disso, podemos dizer que houve também a possibilidade de reinstituição desses incentivos com uma limitação temporal, desde que observados certos requisitos”, afirmou o gestor durante conversa com jornalistas.

E mesmo que o país continue a trabalhar com um horizonte econômico conservador, “o agronegócio vai seguir crescendo”, disse o economista José Roberto Mendonça de Barros, diretor da MB Associados, em entrevista veiculada em abril deste ano. Segundo ele, a pauta dos desafios do setor não é muito diferente da do passado, e o agro pode falar em alto e bom som que é o único setor da economia que cresce com qualidade e produtividade. Assim sendo, porque o setor não faz sua parte e auxilia o estado de Mato Grosso na recuperação econômica que o ente federativo tanto precisa?

Os meios, como o Fethab 2, já foram apresentados pelo governador Mauro Mendes e sua equipe econômica ao Fórum Agro – entidade criada em 2014 com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do agronegócio de MT – desde o início da gestão, por meio de reuniões 16 - RDM | 2019

e audiências públicas. “O Fethab 2, ao meu ver, é imprescindível e essencial para o equilíbrio de nossas finanças, caso contrário faltarão R$ 450 milhões no fechamento das nossas contas, e eu não consigo imaginar de onde tiraremos esse montante, e o resultado disso é que vai acabar, como sempre, sobrando para a população”, asseverou o governador do estado Mauro Mendes, em uma das diversas entrevistas dadas sobre o assunto.

A manutenção do fundo é essencial para o caixa do estado, que está desfavorável em relação à receita. “Não podemos abrir mão deste dinheiro e vamos continuar a debater a questão tributária com todos os setores, mostrando que a contribuição não é feita apenas pagando, mas também economizando”.

A equipe econômica tem reiterado que o ‘tema’ tributação é muito sensível e, por isso, tem chamado representantes do agronegócio – como a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) – para conhecer com mais profundidade e níveis de detalhamento alguns números do Estado. “Estamos mostrando, desde que assumimos o governo, quanto cada setor contribui e quanto cada um arrecada, para que possa ser formado um juízo de valor um pouco mais consistente e seguro. No entanto, posso dizer que todos

precisam contribuir um pouco mais com Mato Grosso. Vou dar o exemplo como governador: eu estou economizando tudo que for possível”, diz Mendes.

Criado em 2015, o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) 2, visa complementar a receita gerada pelo Fethab 1 e garantir os investimentos necessários em infraestrutura. Para isso, foi criado também um Conselho Diretor composto pelas principais entidades representativas do agronegócio. A lei também previa uma data para o fim das arrecadações: 31 de dezembro de 2018.

Mas, com o iminente fim do Fethab 2 e a crise fiscal que também atinge o Mato Grosso, o fundo tornou-se indispensável para que o estado não entre em processo de ‘falência’ – assim que foi eleito, Mauro Mendes viu a necessidade de decretar calamidade financeira, devido aos sérios problemas enfrentados pela administração estadual.

O Fethab 1 foi criado em 2000 pelo então governador Dante de Oliveira e sempre teve destino certo: aplicação dos recursos arrecadados para obras de infraestrutura das estradas e da habitação.

O fundo é formado a partir de recursos oriundos de cobrança sobre o diesel e sobre as transações de commodities, como soja, algodão, milho, entre outros; e os valores arrecadados são divididos entre Estado e municípios.

Mas, apesar da crise que assola o país, a agropecuária mantém, ano após ano, o desempenho positivo. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,7% entre os anos de 2014 e 2018,

o setor cresceu 10% no período, informa o economista José Roberto Mendonça de Barros. E se não é esse o setor que irá ajudar o estado que ‘criou’ o agronegócio e que experimenta um crescimento só visto na economia chinesa, quem o fará?

A resposta vem do secretário de Estado de Fazenda (Sefaz) Rogério Gallo, que defende uma política de redução nos incentivos fiscais do setor primário do agronegócio como forma de retomar o crescimento econômico.

“Queremos transferir estes incentivos para outros setores, como a industrialização da produção cultivada no estado, como o algodão. Precisamos criar uma cultura de vender os produtos já manufaturados, aumentando o volume financeiro e agregando valor ao material produzido e industrializado no estado”. Segundo o gestor da Sefaz, Mato Grosso precisa de uma política de desenvolvimento por meio dos incentivos fiscais para o setor têxtil. “Não faz sentido a gente exportar algodão ou mandar esta matéria-prima para outro estado”.

Empregos Estudo sobre o mercado de trabalho divulgado recentemente pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostra que o número de pessoas empregadas no agronegócio na região Centro-Oeste – sem considerar o Distrito Federal – aumentou 11,2% entre 2012 e 2018, totalizando 1,7 milhão de trabalhadores no ano passado.

A análise da dinâmica do crescimento entre os segmentos do agronegócio na

região aponta “expressiva contribuição da pecuária e toda a cadeia processadora de proteína animal e subprodutos (abate, laticínios e couro) desempenharam papel fundamental para a evolução positiva dos empregos no setor no período analisado”, diz o estado.

O estudo mostra ainda que 27,51% dos postos de trabalhos formais e informais existentes no Centro-Oeste em 2018 estavam relacionados ao agronegócio, e esse porcentual é ainda maior em Mato Grosso, onde atinge 33,68%. “Justamente por responder por quase um terço do total de ocupados no Centro-Oeste, o agronegócio gerou R$ 3,65 bilhões do total de R$ 13,19 bilhões recebidos em salários na região”, informa o estudo do Cepea, que destaca ainda que o agronegócio representou 27,66% de toda a massa de rendimentos gerada pelo trabalho em 2018. Em breve resumo, o agronegócio é capaz de produzir diversos tipos de matérias-primas e sustenta outros setores da econômica brasileira, oferecendo subsídios para confecção de roupas, produção de papel, móveis, biocombustíveis, medicamentos e materiais de higiene pessoal. Sem isso, outros pilares que sustentam a economia do país entrariam em colapso e desmoronariam, causando grande impacto negativo para o crescimento nacional. Ainda de acordo com o Ce-

pea, vendo-o pela ótica da produção, a análise destes dados para os últimos 22 anos (de 1996 a 2017) mostra que o PIB-volume do agronegócio cresceu 49,4% (1,84% a.a.), num cenário com produção em importante expansão, com sucessivos recordes de safras e crescente produção pecuária.

O segmento de insumos agrícolas seguiu impulsionado pelas indústrias de fertilizantes e de defensivos. De acordo com pesquisadores do Cepea, no primeiro caso, os maiores preços no primeiro trimestre de 2019 favoreceram o faturamento esperado para o ano e, no segundo, a produção esperada, significativamente, maior influenciou o resultado. No caso dos insumos pecuários, o aumento do PIB refletiu, principalmente, o comportamento da indústria de rações. A produção agroindustrial é e continua sendo uma válvula de escape fundamental contra a crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos.

Como bem dito, em 2012, pela ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi em artigo intitulado – O impacto do agronegócio na economia brasileira –: “Os tempos mudaram; e agora é hora deste que é o mais importante setor da economia mato-grossense mostrar que tem o dever de retornar um pequeno percentual destes investimentos para aqueles que tanto por eles fizeram”.

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AGRICULTURA Fotos: Assessoria

AGRICULTURA

Lavouras irrigadas são sinônimo de produtividade e sustentabilidade Especialista indica utilizar irrigação por pivô central em regiões que sofrem mais com períodos secos ou com a ocorrência de veranicos

Da Redação

D

izem que quando a lavoura vai bem, o sono do produtor é outro. Mas quando vai mal, a tranquilidade não é a mesma. A ausência de chuvas e os veranicos estão entre os fatores que mais prejudicam os cultivos, pois comprometem os resultados de produtividade em todas as regiões produtoras do Brasil.

Para não ficar à mercê de condições climáticas desfavoráveis, o produtor pode optar pela irrigação da lavoura, sistema em fase inicial e de expansão no estado de Mato Grosso, onde ocupa mais de 240 mil hectares em culturas como soja, milho, feijão e algodão.

Existe mais de um tipo de irrigação e, no Mato Grosso, a mais presente é a irrigação por pivô central. O objetivo do sistema é suprir a necessidade hídrica das plantas em regime parcial ou total, de acordo com a regularidade das chuvas. Independente da cultura e do tamanho da área, a agricultura precisa de água para produzir e a irrigação é

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a única técnica capaz de permitir o aumento da produção, sem, necessariamente, o aumento da área cultivada.

De acordo com o especialista em sistemas agrícolas irrigados e consultor agrícola, Daniel da Cunha, a situação ideal para se utilizar a irrigação por pivô central é justamente em regiões que sofrem mais com períodos secos ou com a ocorrência de veranicos.

Entre as vantagens, segundo ele, está a possibilidade de calendarização dos cultivos, a adição de água na quantidade certa e no momento certo, a possibilidade de fazer até três safras em uma mesma área, a melhor utilização da estrutura da propriedade e, por fim, o aumento da renda por unidade de área.

“Mato Grosso tem potencial para irrigar mais de 10 milhões de hectares, no entanto, como tem um regime de chuvas mais regular e melhor distribuído em comparação com outros estados, a irrigação tem um caráter predominantemente complementar

para as principais culturas produzidas nessa região, que é a soja, milho e o algodão”, destaca o especialista.

A exceção acontece no estabelecimento de uma terceira safra, que em Mato Grosso é de feijão e milho semente, neste caso, a irrigação será sempre plena do começo ao fim. Hoje, o feijão ocupa aproximadamente 60 mil hectares e as lavouras estão concentradas principalmente na região da BR 163.

Já na Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde o clima regional é mais instável, a irrigação contínua é necessária e oferece aos produtores a segurança de alcançar excelentes ganhos de produtividade.

Sustentabilidade O produtor Jadison Dors, de Campos de Júlio (MT), aposta na irrigação por pivô desde 2014, em 485 hectares de sua propriedade, onde planta soja, milho e feijão. A implantação do sistema em sua área se deu, inicial-

mente, para possibilitar a terceira safra.

Com o passar do tempo, no entanto, o agricultor explica que a modalidade ganhou espaço, permitiu o aumento da área de safrinha, passou a ser conduzida com auxílio de gestão profissional e os resultados foram inúmeros.

“Colocamos os pivôs em solo arenoso e médio, mais próximo da água. Mas não estávamos produzindo bem, pois estávamos trabalhando sem saber a quantidade de água que a planta precisava. A partir do momento que contratamos a consultoria de um especialista em manejo e irrigação não erramos mais e, além do aumento da produtividade nas três culturas, passamos a economizar principalmente em água e energia”, frisa o produtor.

O especialista em sistema irrigado determina onde e quanto vai irrigar e trabalha com o auxílio de dados de estações meteorológicas e sensores de solo instalados na propriedade. No caso do produtor Jadison, o custo com energia para o sistema de irrigação teve redução de R$ 250,00 por hectare.

Mas, infelizmente, este não é um exemplo comum em áreas irrigadas no estado. De acordo com o consultor, menos de 10% das lavouras com o sistema possuem gestão profissional de irrigação, ou seja, poucos agricultores utilizam algum parâmetro técnico para a tomada de decisão. “Quanto e quando irrigar é definido diariamente baseado em dados empíricos e apenas visuais, o irrigante trabalha totalmente no escuro”, explica.

Além de não obter o resultado esperado e correr riscos, o produtor pode enfrentar dificuldades por parte dos órgãos ambientais. “Grande parte da pressão e rigidez desses órgãos sobre o uso da água em irrigação está relacionada à falta de profissionalização, pois o irrigante chega a utilizar 20% a 30% a mais de água do que a planta realmente precisa ou que o solo consegue armazenar”, destaca Daniel.

“Portanto, quando se fala em sustentabilidade na irrigação estamos falando em utilizar água e energia de forma sustentável, respeitando o sistema de produção como um todo: solo,

planta e atmosfera”, completa.

Vantagens “As melhores médias da fazenda é onde tem pivô, mesmo onde o teor de argila é baixo”, conta o agricultor mato-grossense. Ele explica ainda que na cultura do feijão o resultado chegava a 42 sacas por hectare antes da implantação do pivô e, depois, a média foi de 61 sc/ha. O mesmo ocorre com a soja, que antes produzia até 54 sc/ha e com a irrigação alcança até 83 sc/ha, um aumento em torno de 30 sacas por hectare. É inegável que a planta que recebe o manejo assertivo e a quantidade ideal de água produz mais e melhor. E com a irrigação, todo o sistema de produção ganha. “Passamos a poder escalonar melhor o plantio, não precisamos adquirir novas máquinas e a fertilidade de toda a área melhorou”, conta Jadison. Como não há risco de falta de água, a adubação é feita de maneira “caprichada”, palavra usada pelo produtor para explicar o ganho de micro e macro nutrientes que a terra teve.

Implantação A irrigação por pivô central em culturas de grãos é recomendada para áreas a partir de 60 hectares. Áreas menores

podem ter custo por hectare mais elevado e se faz necessário estudar com mais detalhes a viabilidade do projeto. Assim como, acima de 250 hectares o custo operacional se torna maior.

Para a implantação não há receita pronta e é preciso entender que há interferência de alguns fatores que são elementos indispensáveis, como a disponibilidade de água em volume suficiente, energia trifásica e terra com aptidão.

“Para atingir a eficiência que o sistema oferece, precisa entender muito bem as características do equipamento, do solo e cultura ali estabelecida”, frisa Daniel.

A partir daí e com o acompanhamento de um profissional técnico pode-se dar início à primeira etapa, que consiste na escolha da área mais apropriada, com solo produtivo, bem drenado e que já tenha sido cultivado.

Em seguida, é necessária a análise da disponibilidade de água próximo à área, bem como se é possível solicitar a outorga junto à Secretaria de Meio Ambiente.

A etapa seguinte envolve a solicitação de energia e na sequência o levantamento topográfico da área escolhida. A implantação completa de um sistema de irrigação por pivô central está estimada em R$ 9 mil por hectare e o processo completo dura de oito a 12 meses.

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MULHERES NO AGRO Fotos: Vania Costa

MULHERES NO AGRO

Agroligadas faz história no Agronegócio mato-grossense

O foco do movimento é educação e comunicação para mostrar a realidade do agronegócio Vania Costa – Especial para a Revista RDM

E

m um ambiente tradicionalmente masculino, as mulheres vêm deixando de ser expectadoras no processo de desenvolvimento sustentável do agronegócio e têm se tornado protagonistas, não só de suas histórias, mas de muitas comunidades e entidades que promovem transformações econômicas, sociais e ambientais no meio rural. Segundo a pesquisa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em parceria com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, a participação da mulher no mercado de trabalho do agronegócio cresceu consistentemente entre 2004 e 2015, represen20 - RDM | 2019

tando a quase 30%. É neste contexto, que surge em Mato Grosso, movimento de mulheres ligadas ao agro chamado Agroligadas com a missão de ser ponte entre o campo e a sociedade, por meio de ações de comunicação e educação.

O primeiro encontro foi em 2018, com aproximadamente 40 mulheres e, hoje, conta com a participação de mais de 300, entre elas estão esposas de produtores rurais, pecuaristas, agricultoras, engenheiras agrônomas, economistas, jornalistas, publicitárias, administradoras, veterinárias, e entre outras.

Como o foco é educação e comunicação, o movimento quer alcançar as escolas, professores, alunos e a socieda-

de em geral. A ideia é mostrar através de atividades educativas a realidade do agronegócio, desde o dia a dia de uma propriedade, o funcionamento, as práticas ambientais e o valor dos alimentos.

O movimento vem ganhando corpo no estado e em outras regiões do país. O Agroligadas já participou de eventos e reuniões em nível nacional, já realizou suas primeiras atividades no campo, como o Dia de Campo que aconteceu no município de Campo Verde.

Workshop Recentemente, o Agroligadas ousou e foi além, realizou o primeiro “Workshop Agroligadas – Capacitar

para transformar”. O evento que reuniu mais de 150 mulheres de várias regiões de Mato Grosso aconteceu no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá.

O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, revela a admiração pelo movimento e pelo ‘poder’ da mulher à frente de um tempo de adoção de tecnologias que revolucionam a produção agropecuária.

“Quando conheci esse movimento logo vi o caminho para esclarecermos à sociedade quem somos realmente. O Agroligadas mostra a união, dedicação e comprometimento familiar do setor produtivo rural e os anseios de todas as mães de oferecer o melhor para seus filhos, porque, além de envolvidas com o agro, vocês são mães e esposas. E qual a mãe arriscaria a vida do filho, expondo-o a uma pulverização de defensivo agrícola se essa fosse uma pratica que colocasse a vida em risco.

Por isso, eu dedico muita confiança no trabalho que vocês estão fazendo e falo com tranquilidade que o Sistema Famato apoia e vai contribuir com ideias e sugestões para a consolidação desse projeto. E saibam mais, vocês começam a escrever uma vasta história em Mato Grosso e eu tenho a grata satisfação, orgulho na verdade de participar do início dessa história”, aponta o presidente Normando Corral. A presidente do Agroligadas, Geni Schenkel, acredita na capacitação como uma importante ferramenta de transformação social e cultural. “Podemos através da comunicação e da educação voltada ao agro, capacitar mulheres, que posteriormente poderão disseminar o conhecimento à sociedade, se tornando autenticas agentes de transformação”, conta Geni.

Podemos através da comunicação e da educação voltada ao agro, capacitar mulheres, que posteriormente poderão disseminar o conhecimento à sociedade, se tornando autenticas agentes de transformação A programação do workshop manteve o foco do movimento que é convidar a sociedade para uma reflexão quanto à importância do setor produtivo rural e, ainda, desmistificar informações que não condizem com a realidade do campo através da comunicação. A temática foi apresentada na palestra da publicitária, Cláudia Luz, gerente de Comunicação e Marketing do Sistema Famato, com o tema “A comunicação constrói pontes”.

“Eu considero muito positivo este movimento das mulheres. Não acho que precisamos comparar quem é melhor ou pior, mas penso que elas trazem uma grande contribuição para o setor ao eleger a educação e comunicação como prioridades”.

As redes sociais também fizeram parte do cronograma. Com o tema “O Agro nas Redes” a relações públicas Camila Telles, assessora de comunicação da Confederação Nacional de Agricultura

e Pecuária do Brasil (CNA), falou sobre sua experiência como fenômeno nas redes sociais e a repercussão das publicações e vídeos dos seus posicionamentos em defesa do agronegócio brasileiro.

O evento contou também com a palestra da produtora rural e agrocoach, Adriane Steinmetz, sobre desenvolvimento pessoal e protagonismo. Na mesa redonda “A força feminina do agro”, produtoras contaram suas histórias, experiências e cases de sucesso.

O que elas representam As mulheres sempre atuaram no campo, mas nas últimas décadas conseguiram conquistar mais espaço e assumir cargos de liderança no agronegócio brasileiro. Em uma pesquisa realizada, recentemente, pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) apontou que as mulheres que atuam no agronegócio são responsáveis pela gestão de no mínimo 30% do segmento.

Tendo em vista que o agro representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), as mulheres desse setor da economia são responsáveis pela gestão de pelo menos 8% do PIB nacional, algo em torno de US$ 165 bilhões.

A mesma pesquisa revelou que 73% das mulheres do agro atuam dentro da porteira, sendo 58% das mulheres proprietárias ou sócia das propriedades, representando algo em torno de 4,5% do PIB. O termo ‘dentro da porteira’ refere-se à produção, como plantio, manejo, colheita, beneficiamento, manutenção de máquinas, armazenamento dos insumos, descarte de embalagens de agrotóxicos e mão de obra. Enquanto que ‘depois da porteira’ faz referência à armazenagem e distribuição, incluindo a logística.

Quem apoia O movimento Agroligadas tem o apoio da Famato, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat).

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INCANSÁVEL.

Jana Pessoa

Virginia Mendes, uma primeiradama sensível e atuante

A primeira-dama tem coordenado diretamente ações com foco no combate à violência doméstica e foi decisiva para a reabertura do Hospital Santa Casa, entre inúmeras outras iniciativas Da Redação

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de violência, Virginia Mendes, em parceria com a renomada estilista alagoana, Martha Medeiros, e a empresária Silvia Lino, proprietária da loja de roupas Corpo e Arte, organizaram um leilão beneficente, arrecadando mais de R$ 120 mil em recursos financeiros.

Somado a esta ação do leilão, a pri-

meira-dama também assegurou mais doações financeiras em parceria com a empresária Daniella Almeida, embaixadora da tradicional joalheria carioca Sauer e que também serão investidos nas obras de reforma da delegacia que abrigará o Plantão. Virginia conseguiu ainda sensibilizar internamente o governador e secretários

Virginia Mendes mobiliza parceiros e viabiliza centenas de doações para o Hospital Estadual Santa Casa em seu Aniversário Solidário.

de Estado para viabilizar recursos estaduais para esta obra.

O Plantão 24 Horas vai funcionar no mesmo prédio da atual2ª Delegacia de Polícia, no bairro Carumbé. O prédio precisava de uma série de adequações, tais, como, substituição de toda a rede elétrica, reforma nos banheiros, construção de uma entrada totalmente separada para a delegacia da mulher, além de uma ambientação e acolhimento adequados às mulheres e acompanhantes.

As obras já iniciaram e a primeira-dama está se envolvendo diretamente, inclusive, com os recursos arrecadados, Virginia irá instalar uma brinquedoteca, paisagismo e um playground. Tudo para que a delegacia proporcione um atendimento humano e sensível às vítimas de violência doméstica e familiar.

“O enfrentamento da violência doméstica foi apenas o início de um amplo trabalho que nos propomos a fazer em prol desenvolvimento social de Mato Grosso.

O apoio dos nossos parceiros foi e tem sido fundamental, pois todos acompanham a situação financeira em que o Governo se encontra e sem a ajuda da sociedade não conseguiríamos viabilizar tanta coisa. Sou imensamente grata a todos que estão me auxiliando”, pontuou a primeira-dama.

Agosto Lilás Outra iniciativa com foco no enfrentamento e prevenção aos casos de violência contra mulher é o projeto ‘Ser Mulher’.

Em parceria com a desembargadora Maria Erotides Knneip, coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a primeira-dama de Mato

Grosso tem formatado ações com foco no empoderamento feminino, cursos de qualificação, palestras e informações para este público durante o mês de agosto. O Agosto Lilás é uma data fixada para reflexão e ações de luta contra a violência feminina.

Hospital Estadual Santa Casa Outra frente de atuação que tem recebido uma atenção especial da primeira-dama Virginia Mendes é a reabertura do Hospital Estadual Santa Casa. Virginia teve uma atuação incisiva para que o governador Mauro Mendes requisitasse o controle administrativo da unidade de saúde e assumisse o desafio de reabrir o hospital, que passou por uma ampla reforma e agora é dedicado integralmente para atendimentos de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por meio do evento‘ Aniversário Solidário’ em que, tradicionalmente, a primeira-dama comemora a data do seu aniversário, revertendo doações para causas e projetos sociais, foi arrecadado mais de 400 brinquedos, 28 televisões de

Virginia Mendes coordena ação de entrega de cobertores para os 141 municípios mato-grossenses.

Caroline de Vita

Plantão 24 Horas Para a implantação da Delegacia 24 horas de atendimento a mulheres vítimas

Caroline de Vita

A

tuante e sensível às causas sociais, a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, não mede esforços para conciliar as atribuições de empresária, mãe, esposa e a condução dos projetos e ações sociais desenvolvidos pelo Governo do Estado de Mato Grosso. Mesmo tendo decidido não ocupar nenhum cargo público, a primeira-dama tem atuado de forma direta em inúmeros projetos ao lado do governador Mauro Mendes e da secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Rosamaria Carvalho, e dos demais secretários de Estado.

Já nos primeiros seis meses de gestão, Virginia abraçou importantes projetos, tais como, o enfrentamento da violência doméstica e a implantação de uma Delegacia 24 horas de atendimento à mulher; a retomada do atendimento do Hospital Estadual Santa Casa, assim como a reforma e melhorias de toda a ala pediátrica do hospital; a distribuição de 100 mil cobertores para as famílias em situação de extrema vulnerabilidade em todo o Estado, entre outras ações sociais. Em todas as iniciativas, a primeira-dama articula e mobiliza uma ampla rede de parceiros, que, sob a gestão dela, somam esforços e ajudam com doações e participação nos projetos.

Para o segundo semestre, a primeira-dama também já está trabalhando com projetos que incluem o fomento e o desenvolvimento do artesanato mato-grossense, uma ampla programação de Natal e articula junto com a Assembleia Legislativa a aprovação de uma lei que institui um Fundo Social para o reforço das ações em Mato Grosso.

43 polegadas, 22 frigobares, um aparelho de ar-condicionado de 60 mil BTUs, sete mesas digitais com jogos recreativos e educacionais, entre outros itens. Além das doações, Virginia também conseguiu doações, em recursos financeiros, para a troca de todo o mobiliário de três brinquedotecas, instaladas na ala pediátrica do hospital, além de uma comunicação visual atrativa e adequada para as crianças.

“Como mãe, sempre me coloco no lugar destas famílias e sei o que é ter um filho doente. Somos gratos a todos os parceiros que nos ajudaram a tornar o ambiente hospitalar o mais acolhedor possível, levando mais amor e carinho para as crianças que precisarem da Santa Casa”, destacou Virginia Mendes.

Novas Doações – Ainda no mês de julho, a primeira-dama foi escolhida como madrinha de um evento festivo organizado por um grupo de voluntários em prol do Hospital Estadual Santa Casa. A esposa do presidente do Tribunal de Justiça, senhora Eliane Rocha, foi anfitriã e coordenadora de uma festa julina, cuja arrecadação também foi toda revertida para o hospital.

Assistência Social Virginia Mendes também tem atuado ao lado da secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc-MT), Rosamaria Carvalho, na condução de ações e projetos cujo público alvo são pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres chefes de família, crianças e idosos.

Dentre as ações já executadas, neste ano, está a entrega de 100 mil cobertores

Caroline de Vita

Primeira-dama Virginia Mendes, com Bia Doria e a estilista Martha Medeiros, uma parceria de sucesso a favor do social.

para os 141 municípios (programa Aconchego); oferta de sete mil vagas para qualificação profissional (programa Bom Começo), numa parceria com o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); apoio aos municípios na execução dos programas socioassistenciais e fortalecimento das políticas de geração de emprego e renda.

Pró-Família Para dar maior segurança e efetividade ao programa de transferência de renda estadual Pró-Família, a primeira-dama Virginia Mendes tem acompanhado de perto todas as trativas em relação ao programa.

No início do ano, a Controladoria Geral do Estado (CGE) realizou uma ampla auditoria e identificou uma série de medidas necessárias para a melhoria da gestão dos recursos e do atendimento às famílias beneficiadas. Em conjunto com a secretária da Setasc, a primeira-dama aprovou um plano de ação para atualização cadastral de todos os quase 20 mil beneficiados, nos 141 municípios. O objetivo do Governo do Estado é melhorar ainda mais o programa, que cumpre um importante papel social.

Fomento ao Artesanato O fomento e incentivo à economia criativa, com ênfase ao artesanato mato-grossense é outra frente em que a primei24 - RDM | 2019

ra-dama Virginia Mendes pretende atuar.

Para tanto, ela participou em Recife da 20ª Fenearte – maior feira de artesanato da América Latina –, em busca de experiência e troca de informações com o Governo de Pernambuco. A primeira-dama articula um amplo programa de incentivo à comercialização, organização e desenvolvimento

Temos um grande desafio pela frente e para tanto estamos em busca de novas fontes de financiamento. Com o Fundo de Apoio às Ações Sociais de Mato Grosso também terei condições de receber doações da iniciativa privada e ampliar os investimentos nas ações e projetos sociais em prol da população carente do nosso Estado

do artesanato, além de buscar apoio e cursos para os artesãos de Mato Grosso.

“Temos um acervo riquíssimo e acredito que podemos explorar ainda mais nossos produtos locais. Vejo que é preciso agregar alguns conhecimentos na área de design e empreendedorismo e voltei de Recife com muitas ideias na bagagem. Além de um local que reúna condições para implantarmos um centro de comercialização do artesanato, também estamos pensando em agregar oficiais para transmissão do conhecimento dos mestres artesãos para a nova geração, espaços para apresentações artísticas, galeria de arte”, destacou.

Fundo Social A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, trabalha pela aprovação de mudanças no Fundo Partilhado de Investimentos Sociais, para criar o Fundo de Apoio às Ações Sociais – FUS/MT. O novo fundo contará um percentual de recursos obtidos pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial (Fundeic) e a gestão dos recursos será realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc). Os recursos serão usados pelo governo para ampliar as oportunidades educacionais e profissionais de crianças e adolescentes, também para incentivar a prática de atividades esportivas, geração de renda, ocupação social, difundir práticas relacionadas à segurança nutricional, reduzir vulnerabilidade social e apoiar entidades filantrópicas. Os recursos do fundo também poderão ser usados para ajudar os municípios em seus programas de promoção e proteção social.

A primeira-dama buscou como referência o Fundo Social do Governo de São Paulo e esteve por duas vezes na capital paulistana em reuniões tanto com o presidente do fundo de São Paulo, Filipe Sabará, quanto com a primeira-dama do Governo, Bia Dória.

“Temos um grande desafio pela frente e para tanto estamos em busca de novas fontes de financiamento. Com o Fundo de Apoio às Ações Sociais de Mato Grosso também terei condições de receber doações da iniciativa privada e ampliar os investimentos nas ações e projetos sociais em prol da população carente do nosso Estado”, disse Virginia.

É responsabilidade do robô?

A

inda hoje, quando falamos de robôs ou de inteligência artificial, parece que estamos no mundo da fantasia ou da ficção científica. Quando nos enveredamos então por questionamentos éticos envolvendo esses “personagens”, as dúvidas parecem ter sido originadas de um dos livros de Isaac Asimov. Mas será que estamos tão longe dessa realidade?

Sou cirurgião-dentista há mais de vinte anos e durante este tempo tenho presenciado a evolução que vem ocorrendo na minha profissão, seja em relação às técnicas e materiais utilizados, seja em relação ao campo de atuação e ambiente de trabalho dos profissionais.

Entretanto, nos últimos anos essa evolução tem se dado de maneira quase disruptiva. Há pesquisadores e clínicos que afirmam que a odontologia vive agora um novo momento, a era digital.

E como contrapor essa afirmação se os congressos e cursos no Brasil e no mundo apresentam cada vez mais soluções digitais para diferentes situações clínicas? Não há dúvidas que a incorporação da tecnologia pelas diferentes especialidades odontológicas é uma realidade.

Mas e a inteligência artificial?

Os algoritmos são peças-chave na inteligência artificial. Por meio deles a máquina consegue observar padrões, identificar as mudanças nesses padrões e responder de acordo com a mudança ocorrida. A máquina sozinha consegue identificar o rosto de um usuário em meio aos 2,2 bilhões de usuários globais do Facebook (em julho de 2018).

Não seria ela capaz de identificar uma alteração patológica em uma radiografia ou tomografia computadorizada?

Se ela fosse programada com os parâmetros de normalidade do posicionamento

Divulgação

ARTIGO.

INCANSÁVEL.

dentário, após a obtenção de imagens dos dentes de uma pessoa por meio de scanners bucais, seria ela capaz de diagnosticar e planejar movimentações dos dentes para que eles atinjam o posicionamento parametrizado como ideal? Será que estamos longe dessa realidade?

Vamos imaginar uma situação hipotética: Uma pessoa faz uma tomografia e um escaneamento bucal. Um software faz a análise das imagens e entende que não há alterações nos tecidos dentários, apenas o mau posicionamento dos dentes. Imediatamente ele já planeja o tratamento ortodôntico por meio do uso de placas alinhadoras removíveis que serão impressas na impressora 3D. Essa pessoa vai para casa com seus alinhadores e faz seu tratamento em casa mesmo, trocando as placas conforme vão acontecendo as movimentações dentárias.

Na situação apresentada, o paciente teve seu diagnóstico e planejamento conduzidos pela inteligência artificial e o tratamento orientado por ela. Mas, e se o tratamento não ocorrer conforme planejado? Diferentemente da máquina, o organismo biológico pode apresentar inúmeras variações, próprias ou induzidas por agentes externos, que podem levar a resultados diferentes dos previstos inicialmente. Nesse caso a responsabilidade da falha no tratamento recairia sobre quem? Sobre o robô (a máquina)?

Sobre o próprio paciente?

Estamos prontos para prescindirmos da participação humana no cuidado com a saúde?

Luiz Evaristo Ricci Volpato é cirurgião-dentista e diretor tesoureiro do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

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FOTOS: Mailson Prado

COMPORTAMENTO.

Gabinete depois do Café aposta no conceito vintage e faz sucesso em Cuiabá O Gabinete é uma referencia de aconchego e foi indicado como um dos destaques gastronômico de Cuiabá na terceira edição do Veja Comer e Beber 2019 Mailson Prado, com supervisão da editora-chefe

Q

ue tal parar para tomar um café diferenciado, relaxar, não ver o tempo passar e ficar para o almoço? Vai de café com chocolate e pimenta ou um café no bule colombiano? O “Gabinete depois do Café” oferece um ar bucólico, colorido com cheiro de infância para agradar a clientela.

A publicitária Juliana Albernaz e a chapeleira Soraia Mourão, levaram para a Vila Maria – há três anos – o conceito de interação com o ambiente.

No local, o cliente pode admirar obras de arte, chapéus, móveis e até o contato

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com a natureza, o que torna a experiência de tomar um café bem especial.

Tudo começou com apenas um cômodo na Vila e, hoje, é um ponto de encontro para o café ou almoço.

O cardápio do café/bistrô – que é desenhado à mão pela artista plástica Ruth Albernaz – é totalmente saudável, isento de gorduras e excesso de açúcar. “Nós não trabalhamos com fritura, então isso muda até o cheiro do ambiente. As flores e as arvores tem um cheiro especial, o que contribui para o nosso ambiente, assim como a nossa geléia que não tem adição de açúcar, o doce vem apenas da

fruta”, conta Juliana. Além das obras de arte, o local ainda conta com objetos que compõem o ambiente, mas que são formados de diferentes outros conjuntos.

São cadeiras, mesas, aparadores e mesas de centro, é uma junção da diversidade.

Tudo é muito único, desde o piano até os patins, que enfeita uma das várias estantes do café. Para completar a decoração, os chapéus – produzidos por Soraia – com materiais do mundo todo, ficam expostos, colorindo ainda mais o ambiente.

Para Juliana, o Gabinete depois do Café se tornou uma referência de aconchego para quem busca familiaridade

com o ambiente. “Muitas pessoas passam por aqui e brincam dizendo que o local remete a casa da avó, mas a verdade é que remete a sua casa. Eu, por exemplo, tenho vídeo game que era meu. Bem como temos livros e CDs que também são encontrados aqui. Os adolescentes gostam muito de vir, tocam piano e aproveitam o espaço, acham mais vintage. Aos sábados, nós temos um pianista para acompanhar o almoço de quem vem”, afirma.

E para agradar, ainda mais, os clien-

tes, há um deck com cadeiras de veraneio e uma linda vista – o que possibilita ao cliente a escolha do melhor local para apreciar o café, brunch ou almoço com conforto. O Gabinete foi indicado como um dos destaques gastronômico da cidade pela Revista Veja, no Veja Comer e Beber 2019.

Tem comida para todos os paladares e momentos, como chipas, pão de queijo, bolo de fubá, ovos mexidos até um Tikka masala e o seu tempero indiano, uma ti-

lápia acompanhada de grelhados em um almoço de inverno. Vale ressaltar que a tilápia, neste caso, é fresca e vem direto do rio Manso e são criadas em um tanque suspenso que preserva o sabor natural. Já as bebidas são variadas: cafés, drinks, vinhos e cervejas.

Serviço O “Gabinete depois do café” fica localizado no Espaço Vila Maria, na Rua 24 de Outubro, número 566.

A loja abre das 10h às 18h.

MT.GOV.BR

ALIMENTAR O MUNDO DÁ ORGULHO. FAZER QUEIMADAS ILEGAIS NÃO.

Não deixe que o fogo coloque em risco todo nosso potencial. Ao ver um foco de incêndio, denuncie e ajude a preservar o que nosso estado tem de melhor.

Período proibitivo para queimadas: 15/07 a 15/09.

Em área urbana, queimada é ilegal o ano inteiro.

0800 647 7363 SEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente