Jornal do Ônibus ed. 557

JOR NAL D O

FATOS & MEMÓRIAS Primeira reportagem, de uma série especial, conta a história das três primeiras praças de Cuiabá

ESPORTE

Várzea-grandense promove torneio de vôlei de praia, inscrições estão abertas

ARTES PLÁSTICAS

Natureza e povos indígenas de MT são inspirações para artista Potiguar

GASTRONOMIA POPULAR

Há 25 anos, o restaurante Rei do Mocotó serve os melhores caldos na Feira do Porto

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QUEIMADAS

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Cuiabá, julho de 2019

Cuiabanos devem redobrar os cuidados para evitar focos de incêndio Por se tratar de um crime ambiental, o infrator que for pego em flagrante será autuado imediatamente Da Redação A população de Cuiabá deve redobrar os cuidados e evitar consequências penais em virtude da prática de queimadas urbanas na Capital.

Proibidas ao longo de todo o ano, as queimadas se intensificam no período de estiagem e para coibir este tipo de desmatamento, a Secretaria Municipal de Ordem Pública intensifica a fiscalização, mais especificamente entre os meses de junho e setembro. Neste primeiro semestre, 358 autos de infração já foram realizados pela equipe. Já em 2017, a pasta catalogou 719 autos referentes à irregularidade em questão.

Crime Ambiental Segundo a Lei N° 004/92, é definido como queimada toda a queima a céu aberto de mato, árvores, arbustos ou qualquer vegetação seca ou verde, com o objetivo de preparar terreno para semear, plantar, colher ou para qualquer outro fim, bem como a limpeza de pastos ou vegetação invasoras de terrenos.

Por se tratar de um crime ambiental, o infrator que for pego em flagrante é autuado de imediato.

O valor da penali-

Corpo de Bombeiros

dade é calculado de acordo com o metro quadrado de área afetada. De acordo com o secretário municipal de Ordem Pública, Leovaldo Sales, a equipe de fiscalização opera conforme recebe as informações pelo telefone.

“O monitoramento de terrenos e fiscalização intensa fazem parte da lista de medidas preventivas elencadas pela Prefeitura de Cuiabá no combate

DIRETOR DE REDAÇÃO: JOÃO PEDRO MARQUES EDITOR: CARLA NINOS REVISÃO: DORALICE JACOMAZI DIAGRAMAÇÃO: FERNANDO INÁCIO FOTOGRAFIA: LUCAS LEITE, MICHELLE CÂNDIDO, ARQUIVO PÚBLICO, LENINE MARTINS/ARQUIVO SESP,

às queimadas, mas a denúncia é o principal canal de comunicação do incidente. É por isso que contamos com o apoio e consciência das pessoas, para que cada um assuma a responsabilidade que tem com a preservação do planeta.

Os danos ao meio ambiente e à saúde pública causados nunca serão reparados por uma simples multa, por mais alta que seja, e queremos orientar a

CORPO DE BOMBEIROS, JANA PESSÔA/SETASC-MT, JLSIQUEIRA, VICENTE AQUINO, MARCOS VERGUEIRO/ SECOM-MT, MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL, ISTOCK, JÚNIOR MARTINS COLABORADORES: MICHELLE CÂNDIDO, EVELYN SOUZA, LUCAS LEITE, MAILSON PRADO

população quanto à essas consequências justamente por saber que o conhecimento faz a diferença nas atitudes.

Nosso encorajamento é para que todos pensem no futuro antes de agir precipitadamente, destruindo uma área de forma imprudente”, afirma Sales.

Após a apresentação da denúncia, os respectivos departamentos abrem procedimentos administrativos

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO: ARTUR DIAS DA FONSECA NETO (65) 3623-1170 | (65) 9 9682-1470 COMERCIAL: EVELYN DEIRANE: (65) 9 9988-1317 comercial@jornaldoonibusmatogrosso.com.br DISTRIBUIÇÃO/CIRCULAÇÃO: ADEMIR KUHNEN GALITZKI

JORNAL DO ÔNIBUS NÃO SE RESPONSABILIZA POR MATÉRIAS E ARTIGOS ASSINADOS, POIS NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL. AS MATÉRIAS ESPECIAIS PUBLICADAS EM jORNAL DO ÔNIBUS SÃO DE COLABORAÇÃO DE SEUS AUTORES E CEDIDAS ESPONTANEAMENTE, SEM FINS LUCRATIVOS.

REDAÇÃO: (65) 3623-1170/3622-2310

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redação@jornaldoonibusmatogrosso.com.br

www.jornaldoonibusmatogrosso.com.br

para averiguação e providências dos autos.

O aumento dos focos de queimadas resulta no crescimento da incidência de doenças respiratórias, que têm como principais vítimas crianças e idosos.

Outro problema é a elevação da temperatura na região onde são detectados os focos de incêndio, comprometendo a qualidade de vida daqueles que se encontram ao derredor.

Serviço As denúncias referentes a focos de queimadas podem ser feitas por meio do 193. Em relação à punição, a multa inicial é de R$ 908,86, para até 500 m². Para até 1000 m², o valor da infração alcança o montante de R$ 1.168, 27. Quando a área desmatada for superior a 1001 m², a taxa passa a corresponder a R$ 1.947,13 + 1.298,08 (para cada 1000 m² de área queimada.

JOR NAL D O ARTUR DIAS DA FONSECA-ME GALERIA 504 – RUA BRIGADEIRO EDUARDO GOMES, 504/BAIRRO POPULAR, CUIABÁ/MT CEP: 78045-300

ESTAÇÃO MATO GROSSO

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“Mato Grosso passa para a legalidade.

Não haverá mais concessões de incentivos fiscais de forma ilegal ou para favorecer determinado grupo ou empresa. É o fim de um passado que gerou prejuízos ao Estado, escândalos, operações e delações que confirmam que incentivos foram concedidos em troca de pagamento de propina”

“O pagamento dos salários dos nossos servidores em dia demonstra o respeito por aqueles que se dedicam incansavelmente para atender a sociedade cuiabana. Também é importante para a economia da Capital, pois tem um impacto positivo no comércio”

Jornal do Ônibus Reprodução

Reprodução

Mauro Carvalho

Cuiabá, julho de 2019 Reprodução

FRASES

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“Gostaria não apenas de anunciar o cumprimento do calendário salarial, bem como, que no decorrer, deste ano, iremos literalmente cumprir com os índices determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para gastos com servidores e para os desempenhos das receitas e despesas”

SAÚDE

EM MADRINHA

Indígenas da comunidade Xavante da Grande Sangradouro homenagearam a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, com a entrega de um cocar, simbolizando o título de madrinha da etnia. O cacique-geral, Graciliano Tsereptesé de Sangradouro, elogiou a forma Jana Pessoa/Setasc-MT com que o atual Governo tem atendido as comunidades indígenas, sob o olhar sensível da primeira-dama Virginia Mendes. Graciliano e outros representantes indígenas reivindicaram apoio de Virgínia nas ações de incentivo à produção agrícola e mais atenção do Estado para os cuidados na área de saúde indígena.

Cuiabá tem seu primeiro hospital de alta complexidade sob gestão estadual, com a reabertura do Hospital Estadual Santa Casa. O paciente atendido pela Santa Casa passará pela regulação ou por um encaminJLSiqueira hamento de outra unidade como um Posto de Saúde, por exemplo. O hospital retoma os atendimentos nas áreas de Oncologia (tratamento de câncer), Nefrologia (hemodiálise), UTI Adulto, Pediátrica e Neonatal, Pronto Atendimento Infantil, cirurgias pediátricas e cirurgia geral.

ELEIÇÕES 2020 O ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva afirmou que o PDT deve buscar unir um grupo de partidos de centro-esquerda, em Cuiabá, para disputar as eleições de 2020. A sigla já estaria, por ora, fechada com o PT e quer uma aliança com outros partidos como PSB, do deputado Max Reprodução Russi, e PCdoB, da ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Neder. Julier também admite a possibilidade de concorrer novamente à Prefeitura de Cuiabá. O ex-juiz foi candidato nas eleições de 2016 e ficou em quarto lugar na disputa, com 8,12% dos votos válidos.

PERDIDO

MOVIMENTAÇÃO

Reprodução

O deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) convidou o presidente da Unimed, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, para compor os quadros do partido Democracia Cristã (DC) e ser um dos articuladores do partido nas próximas eleições. Rubens é o novo representante do ramo Saúde da Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso – Sistema OCB/MT. Para o deputado, Rubens Júnior tem o perfil do partido, “é um médico de caráter exemplar, nosso partido busca o novo, é com muito orgulho que o convidamos para estar com a gente”, declarou Elizeu Nascimento.

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O deputado estadual Ulysses Moraes (DC) quer acabar com a cobrança do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) sobre o milho, mesmo o Estado sob o decreto de calamidade financeira, por conta da crise de caixa que se arrasta há quase cinco anos. Cálculos do Instituto Reprodução Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que a arrecadação este ano, com o Fethab milho, deve ser R$ 230 milhões. A arrecadação total do fundo deve ultrapassar R$ 1 bilhão.

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SEGURANÇA

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Cuiabá, julho de 2019

Mato Grosso registra redução de 12% no número de homicídios Lenine Martins/Arquivo SESP

A Sesp monitora os índices criminais semanalmente para que os gestores possam acompanhar as variações das ocorrências Da Redação Os casos de homicídio em Mato Grosso reduziram 12% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme dados consolidados pela Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) foram registrados 415 casos de assassinatos este ano e 473 no mesmo período de 2018.

A quantidade de roubos e furtos no Estado também teve redução de 22% e 11%, respectivamente. De janeiro a

junho foram registradas 7.308 ocorrências de roubos, enquanto no ano

passado foram 9.393 casos. Os números de furtos acumulam 22.711 bole-

tins de ocorrência contra 25.412 casos nos primeiros seis meses de 2018.

De janeiro a junho de 2019 houve registro de 1.059 casos de roubo de veículos, uma redução de 10%, em comparação com o mesmo período do ano passado, que apresentou 1.177 casos. Furtos de veículos caíram 1%, com 1.228 casos neste ano, ante a 1.244 registros no período anterior.

Na avaliação do secretário-adjunto de Integração Operacional da Sesp, coronel PM Victor Paulo Fortes, os números representam um resultado do empenho de todas as forças que compõem o sistema de segurança pública tanto na prevenção, quanto na re-

pressão.

“A gente observa os números de ações e operações que as forças policiais vêm trabalhando e desenvolvendo nesse primeiro semestre e o reflexo está nos índices.

As operações têm sido elaboradas exatamente em cima das localidades que vão apresentando as variações dos índices”, pontua.

O coronel Fortes destaca ainda a necessidade da população em fazer o registro do boletim de ocorrência, pois o documento é fundamental para direcionar as ações policiais e o planejamento da Secretaria de Segurança Pública.

ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO

Mauro Mendes assina protocolo para combater tráfico de pessoas entre Brasil e Bolívia Jana Pessôa/Setasc-MT

Documento será encaminhado para assinatura do governo boliviano

Da Redação O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, assinou o Protocolo de Intenções com a Bolívia para

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estabelecer políticas, projetos e ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico de pessoas. O documento, que estabelece responsabilidades e metas a

serem cumpridas pelos dois governos, será encaminhado para apreciação e assinatura do governo boliviano.

Os termos técnicos para execução das me-

didas que irão combater o tráfico de pessoas entre Brasil e Bolívia foram discutidos em reuniões realizadas nos dias 29, 30 e 31 de julho, em Cuiabá, na 2ª Reunião Bilateral Brasil-Bolívia sobre Tráfico de Pessoas. A ação foi coordenada pelo Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Netrap), que é vinculado a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc).

Além de representantes que atuam na área da segurança, educação e saúde de Mato Grosso, uma delegação da Bolívia estava pre-

sente para discutir as demandas e necessidades que deverão estar inclusas no acordo bilateral. O governador Mauro Mendes destacou a importância da parceria para coibir o tráfico de pessoas. “É fundamental que todos os organismos do Estado estejam alinhados para que a cooperação com a Bolívia funcione, assim evitaremos que pessoas sejam tratadas de formas inaceitáveis”.

Marlene Calvo Thames, representante do Ministério de Governo da Bolívia e integrante do Conselho Plurinacional Contra

ao Trafico de Pessoas da Bolívia, explicou que entre as medidas já discutidas e que deverão ser colocadas em prática nos dois países está o fortalecimento nos controles migratórios, principalmente no controle de entrada e saída de crianças e adolescentes.

“Iremos reforçar a identificação dos passaportes e documentos. Também devemos realizar eventos com a finalidade de prevenção e promover materiais gráficos com a mesma linha gráfica, mas disponível no português e no espanhol”.

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CONECTADAS

Jornal do Ônibus

Cuiabá, julho de 2019

Cuiabana e mãe de primeira viagem encontra apoio em aplicativo e grupo de mães no Whatsapp Lucas Leite

O BabyCenter aproxima mamães e facilita a troca de experiências durante a gestação Lucas Leite Com supervisão da editora-chefe Ser mãe é uma experiência multifacetada na vida de uma mulher.

Da mesma forma que ter filhos pode ser a fonte de grandes alegrias, a responsabilidade e as preocupações tornam a rotina materna turbulenta e, muitas vezes, extremamente atarefada.

Conciliar o cuidado com os filhos, a dedicação ao trabalho e a atenção com a casa – sem falar em passeios e descanso – é um desafio. Muitas vezes, parece que faltam horas no dia para dar conta de tudo e, diante de tantos compromissos, é normal esquecer uma consulta ao pediatra

ou não ter mais horários disponíveis para ir à academia. Em um mundo conectado, nada mais prático e eficiente do que um aplicativo que ajude, principalmente, as jovens mamães a lidarem com a maternidade com mais confiança. Através do aplicativo BabyCenter muitas mamães tem aproveitado para se conectar, trocar

experiências e compartilhar momentos únicos para elas. O aplicativo ajuda as mães a se sentirem mais preparadas e confiantes para enfrentar tudo o que vem pela frente.

O BabyCenter ainda pode ser um guia diário com ferramentas para apoiar os pais, todos os dias, ao longo do primeiro ano de vida da criança.

Grupo de WhatsApp Como o aplicativo BabyCenter permite que as mães usem use suas funcionalidades até um ano depois do nascimento da criança; e como algumas mulheres sentiram a necessidade de se manter conectadas continuarem com as trocas, algumas mães resolveram criar um grupo de WhatsApp. Ao criar o grupo “Babys novembro 2019”, 22 mamães de vários estados do país passaram a interagir e se ajudar em emergências.

“O grupo tem mulheres de todo canto do país, como Rio de Janeiro e Pará, por exemplo, e duas mães estão nos Estados Unidos”, conta Kassiely Ribeiro, 19 anos – única mamãe de Cuiabá que participa do grupo – que

encontrou apoio em mães mais experientes, que tiram as dúvidas e ajudam com as incertezas.

“Eu como sou a mamãe mais nova do grupo, tirei muitas dúvidas com essas mulheres! Elas me dão dicas sobre o que devo comprar para o bebê, na alimentação, o modo de dar banho no bebê. E atém em cuidados com o meu corpo depois do parto, como o tipo de creme ideal para usar na pele!”, conta Kassiely. Kassiely demorou em se adaptar às mudanças que a gestação proporciona na vida, por isso, presta muita atenção às dicas das amigas.

“O grupo é fundamental

Divulgação

para mim, pois estou tendo mais contatos com outras mães que estão passando pelas mesmas situações que eu. Valorizo todas as dicas que as veteranas têm para passar”, afirma.

E finaliza: “a troca de experiência é essencial por que há momentos em que estamos muito sensíveis e encontramos apoio na outra mãe, até por que somos todas gestantes/mães e entendemos as diferentes situações, como das mães solteiras, por exemplo, o apoio é fundamental”.

CIDADANIA

Projeto destinado aos jovens possibilita viagens 100% gratuitas e muitas outras vantagens

O projeto Identidade Jovem (ID Jovem) também conhecido por bilhete de viagem do jovem foi lançada em 2016 pelo Governo Federal do Brasil, com o objetivo de oferecer de formas gratuitas ou com descontos viagens interestaduais a jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Além das facilidades para viagens outros benefícios são oferecidos como meio entrada em shows, jogos de futebol, cinemas, teatro ou qualquer programa cultural oferecido na cidade.

Há quase três anos após o lançamento do projeto,

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poucas pessoas conhecem as vantagens do ID Jovem por causa da falta de divulgação. Os interessados podem procurar Centros de Referência da Assistên-

cia Social (Cras) nos municípios por todo o estado. A estudante de jornalismo, Katiele Costa, 25 anos, conta que foi através de pesquisas na internet que ela conheceu o projeto.

“Estava pesquisando programas sociais do Governo e acabei encontrando o ID Jovem, me interessei pelos seus benefícios e busquei um Cras para saber melhor como funcionava o programa e como poderia me inscrever”, conta Katiele.

Projeto ID Jovem O projeto é direcionado

a pessoas de baixa renda que recebem até dois salários mínimos, tem como apoio nas cidades de todo Brasil os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) onde os cidadãos podem se informar e se cadastrar em programas do Governo Federal.

A estudante elogia o atendimento feito pelo Cras do bairro Pedregal, pois “fui bem recebida e obtive uma excelente orientação e, graças a isso, não tive nenhuma dificuldade em me cadastrar”.

Para participar do programa é necessário ser inscrito no Cadastro Único do Governo Federal e obter o Número de Identificação Social (NIS), e ter as in-

formações atualizadas a menos de 24 meses. O projeto é a segurado pelo Decreto 8.537/2015 que regulamenta o benefício da meia-entrada para jovens de baixa renda, e pela lei nº 12.852/2013 do Estatuto da Juventude.

Katiele já usou por três vezes a carteirinha do ID Jovem para viajar para São Paulo e conta que “a experiência foi nova e bem tranquila, mas tive algumas dificuldades para obter a passagem, pois algumas agências se negaram a aceitar o bilhete de viagem do projeto, mas após saberem que as transportadoras são obrigadas a aceitar, tudo ocorreu bem”, finaliza.

ação

Evelyn Souza Com supervisão da editora-chefe

Divulg

Arquivo Pessoal

ID Jovem é destinado a pessoas com a faixa etária entre 15 e 29 anos e de baixa renda

Serviço: Para adquirir a carteirinha o jovem deve ir até o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) mais próximo da sua residência com os seguintes documentos o Número de Identificação Social (NIS) e com a Carteira de Identidade (RG), outro meio de se cadastrar no projeto Identidade Jovem é através do site www.idjovem.juventude. gov.br , ou pelo aplicativo IDJovem, disponível apenas para Android.

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ASSSISTÊNCIA SOCIAL

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Jornal do Ônibus

Cuiabá, julho de 2019

Primeira-dama distribui 22 mil cobertores para moradores em situação de rua Da Redação

Centro-Oeste.

“A singularidade do povo cuiabano é a generosidade. Essa é uma cidade de coração grande, coração aberto, que recebe a todos. Obrigada a todos os colaboradores, amigos e Vicente Aquino

Pelo terceiro ano consecutivo, a campanha Aquece Cuiabá, uma iniciativa da primeira-dama, Márcia Pinheiro, com apoio da Secretaria Munic-

ipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, distribuíram 22 mil cobertores foram arrecadados por meio de doações, sem recurso público, tornando o projeto na maior campanha de inverno do

funcionários da Prefeitura Municipal de Cuiabá. A nossa corrente do bem é um sucesso que vem sensibilizando o coração de outras pessoas para ampliarem a doação e a caridade nessa época fria na nossa capital e no nosso estado”, agradeceu Márcia Pinheiro.

A primeira-dama e seu núcleo são sempre acompanhados por profissionais técnicos em Abordagem Social, da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano. A distribuição dos cobertores é feita de forma qualificada e com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“A gestão Emanuel Pinheiro quer continuar com a campanha e é importante que os próximos gestores continuem este trabalho,

Vicente Aquino

Esse é o terceiro ano consecutivo da campanha que não contou com investimento público

isso é se preocupar com o próximo, dar dignidade às pessoas mais carentes e que mais necessitam ser ajudadas pelo poder público”, pontuou o secretário da Pasta, Wilton Coelho Pereira.

A distribuição ocorreu em áreas de aglomeração de moradores em situação de rua, como o Beco do Candeeiro e Praça do Porto.

Outra fase da campanha é basicamente contínua, os atendimentos de comu-

nidades carentes solicitados ao Núcleo de Apoio à Primeira-dama e também a pasta de Assistência Social, após o encerramento das doações. Nessa fase, foram distribuídos por volta de 2 mil cobertores às comunidades do Jardim Vitória, Assentamento Colina verde, Manduri, Tijucal, Getúlio Vargas, Jardim Presidente 1, Novo Millennium, Três Lagoas, Itamary e entre outros.

ARTIGO

O ano é 2019, quando chegando ao oitavo mês, quase R$ 7 bilhões de reais em educação foram congelados no Brasil. O que se faz com R$ 7 bilhões em uma das principais ferramentas de desenvolvimento, conscientização, formação crítica e ampliação de capacidades do ser humano? Por que tirar o foco da educação?

Em poucos lugares do mundo, ou quase nenhum, há governantes que cortam o dinheiro da educação. Ao contrário, toda campanha eleitoral tem como pauta o investimento e liberação de recursos para novas escolas, ampliação de universidades, aumento na oferta de vagas, estímulo a ações afirmativas voltadas para a educação, entre outras promessas.

Porém, no Brasil de 2019, a área vem sendo vergonhosamente atacada. Por trás disso, um triste e lamentável projeto

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de privatização da educação pública, com forte interesse da iniciativa privada não em colaborar com a formação cultural, social e política de jovens, mas com a capacitação técnica e industrializada de mão de obra. Mais empregados para empregadores.

Os robôs perderão o espaço para máquinas humanas, sem pensamento crítico, ‘sem partido’, poder de contestação, consciência do papel das classes sociais e, claro, sem qualquer força de argumentação ou contra argumentação. Enfim, temos o país do futuro. O Brasil que produz, que destrói seus recursos naturais, que mata pretos e pobres, que desfaz alianças democráticas, que agride mulheres, que criminaliza índios e trabalhadores rurais, que condena gays ao ralo da sociedade, que esquece que no país existe fome, sim. Existe racismo, sim.

Existe feminicídio, sim.

Nos últimos 50 anos, a taxa de brasileiros economicamente ativos com ensino superior subiu de 1% para 12%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Paralelo a isso, um trabalho do Centro de Estudos da Metrópole, da Universidade de São Paulo (USP) mostra a influência da educação na caracterização da desigualdade social. Quer um exemplo?

Na década de 60, a participação feminina na força de trabalho no Brasil estava abaixo dos 20%. Isto considerando que as funções exercidas por mulheres eram, majoritariamente, aquelas com menor grau de instrução ou formação profissional, uma vez que o nível de escolaridade delas era consideravelmente menor ao de homens. Menos estudo, menores salários. Felizmente, a taxa de escolarização das mulheres vem subindo, aliás,

com mais velocidade que a dos homens. O processo levantou a bandeira pela igualdade salarial no mercado de trabalho, entre outras pautas do movimento feminista.

Se, hoje, temos um país deixando de “gastar” quase R$ 7 bilhões em educação, o motivo é simples. Investir em educação é também reduzir a desigualdade social, a diferença salarial entre pobres e ricos, brancos e pretos, homens e mulheres e outras escalas da pirâmide social. Uma sociedade educada, não no sentido conservador do termo, é uma sociedade onde o acesso às oportunidades torna-se mais igualitário. Ao contrário do que movimenta o mundo nos últimos anos, a justiça social, educação livre e universal e respeito ao ser humano não estão entre as cores da bandeira brasileira. É falta de educação o que estamos vivendo. Literalmente.

Vicente Aquino

(Des) Educar o Brasil: Um projeto nacional do (des) governo

Bruna Pinheiro é jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e filha de professora.

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Fatos & Memórias

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Jornal do Ônibus

Cuiabá, julho de 2019

Conheça a história das três primeiras praças inauguradas em Cuiabá Arquivo Misc

Praça Alencastro, Praça Ipiranga e Praça da República ainda preservam um pouco da arquitetura clássica Michelle Cândido No coração da América do Sul, Cuiabá segue comemorando seus 300 anos de fundação. Vários cenários e fatos marcantes contribuíram para a construção de uma história que sofreu mudanças profundas a partir de 1960.

Nessa segunda metade do século XX, a capital de Mato Grosso passou por uma aceleração do processo de desenvolvimento e transformações políticas, tecnológicas, sociais e culturais.

Diante de tanta memória, o Jornal do Ônibus vai trazer em suas próximas edições a série de reportagens especiais – Fatos & Memórias – para dar luz aos grandes eventos e marcos para a Capital de Mato Grosso.

E abrindo a série, conheça a história das três primeiras praças inauguradas em Cuiabá: Praça Alencastro, Praça Ipiranga e Praça da República.

Praça Alencastro A clássica Praça Alencastro, antes de sua inauguração era chamada de Largo da Presidência, local em que aconteciam as disputadas touradas cuiabanas. Nomeado presidente da província de Mato Grosso em 1881, o coronel José Maria de Alencastro saiu da cidade de Porto Alegre para assumir o cargo em Cuiabá. De acordo com o relatório feito por Alencastro, Cuiabá não tinha um lugar para diversão, as pessoas só saiam de casa para ir à igreja; assim, o presidente decidiu construir a praça, mesmo enfrentando dificuldades para concretizar a obra, já

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que a província não tinha recurso e a população se mostrou resistente à construção.

A Praça Alencastro foi inaugurada no dia 28 de setembro de 1882, com o objetivo de proporcionar mais lazer para a

população cuiabana. Por muitas décadas o espaço foi chamado de jardim público e teve uma grande importância na vida social da capital, pois era o local onde as famílias se reuniam para passear nas passarelas, conversar e os

jovens paquerar. O nome da praça, portanto, é uma homenagem ao presidente da Província de Mato Grosso, coronel José Maria de Alencastro.

Durante muitos anos, o coreto da praça foi palco de shows artísticos, as Fotos: Arquivo Misc e Michelle Cândido

Praça Alencastro

chamadas “retretas”, realizadas às quintas-feiras e domingos, além disso, a praça também era palco atos cívicos.

Uma curiosidade, a praça foi construída com grades no seu entorno por que na época os animais (como cavalos) transitavam livremente pelas ruas e o coronel queria preservar a estrutura do local.

Segundo o

pesquisador, historiador e tataraneto de Alencastro, Aníbal Alencastro, 75 anos, a praça mudou a feição da cidade, no aspecto social, porque, até então, as pessoas dificilmente saiam nas ruas.

Com as retretas, as bandas embalavam a população, que sempre se fazia presente. “A Praça Alencastro deu outra vida para população cuiabana, mudou o comportamento daquele povo provinciano, onde se tornou um ponto de encontro. As mulheres queriam estar mais bonitas e enfeitadas para desfilar os modelitos e conquistar um namorado. A praça fomentou na cidade modo e modas, porque você tinha que se vestir de acordo com a moda das grandes capitais e, com isso, possibilitou a comercialização de produtos importados, como por exemplo, perfumes e maquiagens”, destaca Aníbal.

Algo que também encantava o povo era a fonte luminosa, que foi construída na administração do prefeito Vicente Emílio Vuolo em 1962. conforme relatos, a fonte impressionava multidões, em especial as crianças que ficavam fascinadas pelo sobe-desce das águas coloridas por luzes, que formavam um arco-íris.

A praça foi revitalizada em 2017, na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, atualmente, é utilizada para vários eventos culturais, sociais e políticos, bem como ponto de encontro e tráfego da população.

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Jornal do Ônibus

Fatos & Memórias

Praça Ipiranga

Praça Ipiranga A Praça Ipiranga localizada na região central de Cuiabá, às margens da

A Praça Alencastro deu outra vida para população cuiabana, mudou o comportamento daquele povo provinciano, onde se tornou um ponto de encontro. As mulheres queriam estar mais bonitas e enfeitadas para desfilar os modelitos e conquistar um namorado

Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), foi a segunda praça construída na capital, em 1895, também era cercada por grades

para evitar o trânsito de animais, além de ser o primeiro lugar, que se tem conhecimento, onde funcionou uma feira livre e um mercado público.

Seu primeiro nome oficial era Marquês de Aracati. Antes disso, na época do Brasil Colônia, era conhecida como o ‘Largo da Cruz das Almas’, lugar que foi cenário de inúmeros julgamentos que acabavam em excussões dos condenados (geralmente por enforcamento).

“Na época, falavase que as almas dos enforcados circulavam pelo local”, lembra o pesquisador Aníbal Alencastro.

Era considerada pelos moradores da época como praça cívica, porque sem-

Pesquisador, historiador e tataraneto do coronel José Maria de Alencastro, Aníbal Alencastro

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Cuiabá, julho de 2019

Praça da República

pre sediava os eventos da guarda nacional, cujo quartel ficava em frente, onde atualmente funciona o Ganha Tempo.

Por meio de uma lei, o governo provincial construiu um chafariz na praça. O monumento foi instalado ali porque Cuiabá não possuía um sistema de abastecimento de água na época, o chafariz usava as águas de um manancial existente onde, hoje, está a Avenida Generoso Ponce de Arruda (infelizmente, o Chafariz foi derrubado na reforma da praça realizada em 2017).

O visual da Praça Ipiranga era complementado por várias ‘Palmeiras Imperiais’, tornando o largo um ponto de encontro da população.

Uma curiosidade é o Gogó da Ema, uma palmeira centenária, retorcida, que lembra o pescoço da ave e sempre chama a atenção de quem a vê pela primeira vez. É considerada o símbolo da praça. Na década de 1930, o Coreto Municipal foi transferido para a Praça Ipiranga – o coreto foi retirado da Praça Alencastro – e per-

manece lá até hoje, onde é palco para vários atos e manifestações artístico-culturais.

Com o passar dos anos, a Praça Ipiranga foi ganhando ares urbanos e, por muitos anos, foi local de festas populares e apresentações culturais. Já o prédio usado pelos militares foi fechado, tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado e passou por várias reformas e, hoje, funciona o Ganha Tempo. Até hoje, tanto a Praça Ipiranga quanto o Ganha Tempo guardam detalhes da arquitetura original do período colonial.

Praça República Localizada no Centro Histórico de Cuiabá, a Praça da República foi fundada em 1922, conhecida como Largo da Matriz, onde aconteciam os principais atos religiosos e comemorativos, como a Festa do Divino.

O fundador da praça foi o governador Mario Correa da Costa, que escolheu o conceito da arte francesa art nouveau para estruturar o espaço, preservado até os dias de hoje. De

acordo com o historiador e escritor Aníbal Alencastro o nome da praça foi uma homenagem à Proclamação República, “além disso ela também era apontada como sede dos movimentos católicos. As procissões eram longas, todos com velas acessas na caminhada para lavar o santo na bica da Prainha”. Um evento que marcou Cuiabá naquele tempo, foi a árvore de natal toda iluminada que o governador mandou fazer no obelisco, localizado no meio da praça. Aníbal conta que esse fato chamou a atenção de toda população, todos queriam ver a árvore luminosa.

Popular por ser uma das mais antigas da capital, a praça é considerada por muitos o coração da cidade, tem a sua volta a Catedral Bom Jesus de Cuiabá, o Museu Histórico e o Palácio da Instrução. Repleta de grandes árvores, a Praça da República possui uma escultura que representa a Justiça, com seus olhos vendados; têm também as chamadas Estátuas das Estações, simbolizando o verão, o inverno, o outono e a primavera, famosas por representarem um período de “modernidade” de Cuiabá; e ainda, têm vários bancos que servem de descanso àqueles que por ali passam e um local aconchegante aos jovens casais de namorados.

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BANDEIRA VERMELHA

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Consumidores devem reduzir o consumo de energia elétrica Da Redação O Procon-MT orienta aos consumidores para que prestem atenção e reduzam o consumo de energia elétrica no verão, quando será cobrada bandeira tarifária vermelha, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

De acordo com a agência, a previsão hidrológica para o período sinaliza vazões abaixo da média histórica, com tendência de redução dos níveis de água nos principais reservatórios. Nesse cenário, faz-se necessário aumento no uso das usinas de geração termelétrica, que produzem energia mais cara.

O sistema de bandeiras tarifárias implementado pela Aneel sinaliza o custo da energia gerada. O objetivo é informar quando esse custo sobe para que o consumidor possa

reduzir o uso de energia e não pague uma conta mais cara que o esperado.

A bandeira tarifária vigente no mês julho foi a amarela, com uma cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh. Já em agosto, a cobrança extra é de R$ 4 a cada 100 kWh consumidos.

Com a bandeira vermelha em vigor em todo Brasil e o período de estiagem em Mato Grosso, o ProconMT dá dicas simples para o consumidor economizar energia e não se assustar com a chegada da conta: • Chuveiro: contamos com um clima seco e quente essa época do ano em Mato Grosso, por isso opte por utilizar o chuveiro na temperatura natural, que não consome energia elétrica; • Ar-condicionado: ainda que seja aliado do conforto, este equipamento consome muita energia.

Marcos Vergueiro

De acordo com a Aneel, taxa extra busca alertar ao consumidor sobre o aumento no custo da produção de energia elétrica durante o período

Evite utilizá-lo na potência máxima ou durante longos períodos em situações desnecessárias.

Além disso, feche todas as portas e certifique-se de que não haja frestas no

ambiente refrigerado para não haver desperdício; • Geladeira: tenha em mente o que vai retirar da geladeira, para não permanecer com a porta aberta sem necessidade.

Quem oferece serviço

Não guarde dentro da geladeira alimentos muito quentes e lembrese de regular a potência do equipamento de acordo com o manual de instruções.

DIREITO DO CONSUMIDOR

Consumidores já podem solicitar o bloqueio de ligações das empresas de telecomunicações Da Redação O cadastro nacional “Não me Perturbe” está em vigor e tem o objetivo de conter ligações indesejadas de prestadores de serviços de telecomunicações, a exemplo da telefonia móvel, fixo, TV por assinatura e internet. Entretanto, o sistema não se estende para empresas de outros setores.

O pedido de bloqueio deve ser efetuado no site (www.naomeperturbe.com. br), preencher o formulário com nome, CPF, e-mail e o número de telefone e solici-

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Divulgação

A suspensão das chamadas pelas empresas de telecomunicações deve ocorrer em até 30 dias

tar o bloqueio. A medida, que foi determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em

junho deste ano, possibilita ao consumidor realizar o bloqueio desses serviços de telemarketing com ofertas de produtos.

“O Procon /Cuiabá considera essa alternativa de bloqueio de chamadas indesejadas, uma grande conquista aos consumidores, que são incomodados em momentos e horários inapropriados, pois as empresas não estabelecem limites, ligando a qualquer hora do dia ou da noite, seja dia de semana, sábados, domingos e até mesmo em feriados”, disse o secretário

adjunto de Defesa do Consumidor, Gustavo Costa.

A suspensão das chamadas pelas empresas de telecomunicações deve ocorrer em até 30 dias, contados a partir da data de cadastramento. “É muito importante que o consumidor observe se o site que irá realizar o cadastro é o site oficial, pois do contrário irá repassar informações para pessoas com outras intenções, causando com isso um prejuízo e um desconforto ainda maior”, enfatiza Gustavo.

Caso o consumidor se cadastre na lista e, ainda

assim, receba alguma ligação com ofertas das empresas selecionadas, é importante que deixe claro ao atendente o registro do seu número na lista “não me perturbe” e peça o protocolo da ligação indesejada.

O “Não Me Perturbe” consiste em uma base de dados centralizada, que coleta as informações dos usuários que não possuem interesse em receber este tipo de ligação. “O consumidor tem todo direito de escolher a opção de não ser perturbado”, conclui o secretário.

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SAÚDE

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Cuiabá, julho de 2019

Da Redação Hoje em dia, com a correria da vida moderna, ficou muito mais fácil e prático escolher nas prateleiras dos supermercados aqueles alimentos industrializados, processados e de preparo rápido. Mas, nem sempre a praticidade deve ser o fator principal na hora de definir o cardápio do dia.

Um dos grandes vilão é o sódio contido na maioria desses alimentos.

Segundo a OMS, a Organi-

zação Mundial da Saúde, os adultos devem consumir menos de 5 gramas de sal por dia – o equivalente a menos de uma colher de chá rasa –, mas os brasileiros estão muito acima dessa recomendação e consomem em torno de 12 gramas ao dia.

Uma dieta com grande quantidade de sódio pode causar problemas de saúde, como hipertensão, insuficiência renal e problemas cardiovasculares.

Por isso uma boa dica é deixar o saleiro de lado

Reprodução

e passar a consumir o sal de ervas que, nada mais é, do que uma preparação que realça o sabor e o aroma dos pratos, ajudando a diminuir a quantidade de sal durante as refeições.

Algumas das ervas mais usadas são: o alecrim, manjericão, manjerona, orégano, cheiro verde e sálvia. É a partir delas que o sal de ervas é feito, acrescentando apenas uma pequena quantidade de sal. A receita-base é uma parte de sal para três partes de ervas, ou seja, para cada 100 gramas

de sal é preciso de 300 gramas de ervas.

Confira algumas sugestões de combinações: Receita 1 – 1 pacote de alecrim, 1 pacote de manjericão, 1 pacote de manjerona, 1 pacote de orégano, 1 pacote de cheiro verde e 200g de sal comum.

Receita 2 – 1 xícara de chá de sal grosso, 1 xícara de chá de orégano, 1 xícara de chá de alecrim, 1 xícara de chá de sálvia.

Receita 3 – 25g de manjericão, 15g de orégano, 10g de salsinha, 100g de sal.

Depois de preparar o sal de ervas, que tal fazer uma deliciosa receita de Salada de Frango temperado com sal de ervas. Veja a nossa dica: Reprodução

ISTOCK

DICAS DE SAÚDE: Conheça os benefícios do sal de ervas

Ingredientes para a salada • Quanto baste de file de frango em cubos para a quantidade de salada que você vai fazer • Sal de ervas • Mix de folhas (usei rúcula e alface americana) • Cenoura ralada • Tomates cerejas a gosto • Azeitonas verdes

• Queijo parmesão para finalizar (prefiro o ralado em casa)

Modo de Preparo Tempere o frango com o sal de ervas, substituindo pela quantidade de sal que você usa de costume.

Coloque o frango para assar em uma frigideira com teflon, esquente primeiro a frigideira para depois acrescentar o frango. Se for preciso acrescente um fio de azeite.

Depois de pronto reserve.

Enquanto o frango assa você prepara a salada.

Coloque a camada com as folhas, depois acrescente o restante dos ingredientes em camadas e, por fim, coloque o frango, polvilhe o queijo parmesão e sirva com molho de sua preferência.

Mentor para o desenvolvimento do conhecimento: Será responsável por indicar cursos específicos, sugerindo leituras e até viagens, ou aconselhar o departamento de desenvolvimento humano de uma empresa. Conhecimentos necessários: Conhecimentos em psicologia, inovação, educação e recursos humanos serão importantes.

Construtor de identidade empresarial: Construir histórias que mostrem o diferencial das empresas, produtos e serviços será requisitado para aumentar o destaque no mercado competitivo, caracterizando pela dimensão emocional, envolvimento e engajamento, e não apenas pela dimensão técnica. Conhecimentos necessários: Será importante ter conhecimento em publicidade, comunicação, história e sociologia.

Instalador de Energia Solar: Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a energia solar fotovoltaica desponta como a melhor alternativa para a energia elétrica. Conhecimentos necessários: Curso Técnico em Instalação de Painéis Solares.

Professor digital: Com a expansão do ensino EaD, o modelo de sala de aula virtual deve ser utilizado pelos docentes em busca do maior alcance de alunos. Essa é uma grande aposta para escalar os ganhos

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dos profissionais que vivem de transmitir o conhecimento. Conhecimentos necessários: Será preciso ter conhecimentos em matemática, estatística, software de apresentação de vídeo e estar familiarizado com interação digital.

Especialista em Segurança Digital (Hacker do Bem): A possibilidade de ataques virtuais realizados por hackers podem trazer prejuízos incalculáveis para uma organização. Dentro deste contexto, surgem os profissionais especializados em criar barreiras digitais. Conhecimentos necessários: Tecnólogo em Segurança da Informação.

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ESPORTE

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Várzea-grandense promove torneio de vôlei de praia, as inscrições estão abertas A competição faz parte do Calendário Anual da Federação de Vôlei Mato-grossense Evelyn Souza Com supervisão da editora-chefe O município de Várzea Grande será palco do segundo Torneio de Vôlei de Praia da Vila Sadia, nos dias 21 e 22 de setembro.

O evento é idealizado pelo atleta Renan Marques de Araujo, 34 anos, um dos representantes da cidade em diversos eventos esportivos.

Após participar de torneios em Cuiabá e em outras cidades do Brasil, Renan percebeu que Várzea Grande, sua cidade natal, poderia ser palco para um torneio de vôlei. “Como sou atleta de vôlei e várzea-grandense, não conseguia aceitar que

em minha cidade jamais havia ocorrido um evento voltado para este esporte, então, fui atrás de pessoas que me ajudariam a transformar meu sonho em realidade. E o Edilson foi o primeiro que

procurei e o primeiro a me dar suporte para iniciar o projeto”, Conta Renan.

Primeira edição do torneio A primeira edição do torneio de vôlei foi realizada no mês de junho e contou com a participação de 20 duplas masculinas e 19 femininas, com atletas de várias cidades de MT (Sinop, Sorriso, Rondonópolis, Barra do Garças e Primavera do Leste ) e também de outros estados (Mato Grosso do Sul). O projeto ganhou uma dimensão nacional, por isso, os organizadores correram para colocar o torneio no Calendário Anual da Federação de Vôlei Mato-grossense, conta o juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e par-

Podemos comemorar o sucesso da primeira edição, o que nos levou ao Calendário Anual da Federação de Vôlei Mato-grossense, assim vamos poder receber atletas de todo Brasil ceiro na organização do torneio, Edilson Ribeiro “Podemos comemorar o sucesso da primeira edição, o que nos levou ao Calendário Anual da Federação, assim vamos poder receber atletas de todo Brasil”, afirma Renan.

Segunda edição Para esse segundo torneio de vôlei de praia são

esperados atletas de vários estados, que já conta com 41duplas inscritas. A programação do torneio conta ainda com uma exposição de carros antigos, apresentações de danças típicas de grupos da região, o apoio da Policia Militar e o apoio do vice-prefeito de Várzea Grande, José Aderson Hazama. “A prefeitura, inclusive, após a realização do primeiro torneio, investiu na infraestrutura da praça em que acontecem os jogos, como iluminação pública e segurança”, conta Renan.

Os atletas, ainda, vão ter um espaço reservado para o descanso, café da manhã e almoço com preço simbólico de R$ 8 reais. Outra

novidade é a participação de atletas por idade, dos 13 aos 58 anos, os menores vão precisar de autorização dos pais.

Serviço As inscrições vão até o dia 13 de setembro Contato: (65) 99962-8329 Facebook: torneiovilasadia Instagram: @torneiovilasadia

FUTEBOL AMERICANO

Campeonato brasileiro rolando e o Cuiabá Arsenal mostra que tem alguns heróis no ataque Da Redação No futebol, o meia centralizado (se for canhoto, melhor ainda), o camisa 10.

No basquete, o armador dita o ritmo. No beisebol, o arremessador. Em cada modalidade, há um jogador que é crucial para o coletivo. Mas, nenhum desses mencionados chega a ter uma importância tão grande quanto à do quarterback no futebol americano.

Verdadeiro cérebro, alma e coração do ataque, é o quarterback o responsável por chamar as jogadas, por fazer a leitura da defesa e, logo em se-

guida, os ajustes necessários e assim ditar o ritmo ofensivo.

E não é a toa que um dos heróis do ataque do time do Cuiabá Arsenal é Thomas Anthony Kudyba, o ‘Locomotiva Kudyba’, de 34 anos, 1,82m de altura e 98kg, joga com a camiseta 7 na posição de Quarterback e é o chefão do time de ataque. É o jogador responsável por liderar o ataque, responsável por fazer os passes para touchdowns, primeiras descidas e entregar a bola nas mãos dos running backs/fullbacks/qualquer outro skill player que deseje correr para conquistar jardas

pelo chão.

Além de decorar o playbook de cabeça com um zilhão de jogadas diferentes, o quarterback ainda precisa ter sangue frio, concentração, precisão digna de um atirador de elite e força no braço.

Mas, como todo esporte coletivo, um só jogador não ganha campeonato, o Cuiabá Arsenal tem outro nome de peso, Bruno Rafael Loeschke, o ‘Aviador’ Loeschke, 28 anos, 1,75m de altura e 80kg, joga com a camiseta 27 na posição de corredor (Running Back) e é o atleta responsável por pegar a bola das mãos do

Quarterback e correr com a bola para conquistar território (Jardas) e também entrar na zona de pontuação (End Zone) para marcar Touchdowns (Gols). Por vezes também ajuda a bloquear os rivais. E o que falar sobre Leonardo Francisco Goulart, o ‘Kong da Manga’, de 35 anos, 1,90m de altura e 115kg, joga com a camiseta 76 na posição de linha ofensiva (Offensive Line), e é o atleta responsável por proteger o Quarterback, bloquear os adversários e mantê-los longe do Quarterback, até que o passe seja lançado ou

Júnior Martins

Thomas Anthony Kudyba, o ‘Locomotiva Kudyba’, é o Quarterback e o chefão do time de ataque

avançar sobre os rivais para abrir espaço para o corredor passar e marcar Touchdowns.

Finalizando essa lista, Raulin Silva Leal, o Raulin ‘Pontaria’, de 35 anos, 1,78m de altura e 80kg, joga com a

camiseta 13 na posição de chutador (Placekicker ou Kicker), que é o jogador responsável por chutar a bola oval, fazê-la passar por dentro das traves do poste/gol e marcar pontos.

Fonte: Nelson Severino, jornalista. Almanaque Cuyabá

Sob o comando do técnico João Batista Jaudy, o Operário, de Várzea Grande, disputava um amistoso com a Portuguesa, do Rio de Janeiro, no Dutrinha. O jogo estava, relativamente, equilibrado, porém o ponteiro esquerdo do time carioca infernizava a vida do lateral direito JK, levando perigo, constantemente, à meta operariana. O atacante da Lusa carioca pegava a bola

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em seu campo e arrancava em velocidade para cima do zagueiro operariano. Quando JK partia para o combate, o ponteiro jogava o corpo para a direita e saía pela esquerda, deixando seu marcador na saudade. A certa altura do jogo, depois atacante repetir a jogada pela quarta vez, o técnico Jaudy não agüentou e gritou: “Você é burro, JK? Não está vendo que o cara é canhoto e só sai pela esquerda?”. Muita gente que estava até mais distante o banco de reservas do Operário ouviu o grito de Jaudy. E, certamente, o jogador

da Portuguesa também ouviu a bronca do treinador. Na primeira bola que chegou aos pés do atacante da Portuguesa, ele avançou na direção do gol e, ao ser enfrentado por JK, ameaçou sir pela direita e saiu mesmo, enquanto JK esticava a perna direita para tentar impedir a passagem do adversário pelo lado esquerdo do ataque do time visitante. Desnorteado com o drible que havia levado de novo, JK olhou para Jaudy e gritou: “E agora, chefe?”. – “Agora, você vai pra pqp!” – foi a resposta do treinador.

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NATUREZA EM TELA

Natureza e povos indígenas de MT são inspirações para artista plástico Potiguar

CRÔNICAS DO BUSÃO

Fotos: Lucas Leite

José Augusto foi militar por 27 anos, mas nunca deixou de pintar “Sou um apaixonado pela beleza e pelas cores da natureza.

E o índio, no meu entendimento, é parte expressiva desse contexto” “Sou um apaixonado pela beleza e pelas cores da natureza. E o índio, no meu entendimento, é parte expressiva desse contexto. Sou um grande admirador da cultura indígena, da singularidade dos povos, da luta pela terra e do seu modo de vida, que inclui os animais e a floresta”, explica o pintor.

Evelyn Souza Com supervisão da editora-chefe O artista José Augusto, casado e pai de três filhos, é natural do Rio Grande no Norte e está em Mato Grosso há 50 anos. Ele já morou em Chapada dos Guimarães e, atualmente, reside no município de Sorriso.

“Lembro-me que com sete anos gostava muito de desenhar e assim que completei 14 anos mudei para Minas Gerais e passei a me dedicar às pinturas de paisagem usando tinta óleo, estilo de pintura que os mineiros adoravam,” conta o artista plástico.

Dessa vivência, ele

Telas da coleção “Cores Indígenas”.

em que retrata as paisagens naturais. A esta coleção ele deu o nome de “Cores da Natureza”.

“As minhas principais telas são de animais em extinção, pois sempre estou em defesa da natureza.

Por muitas vezes as pessoas passam por pássaros e não os admiram, mas eu sim sou um defensor da natureza por extinto”, conta José.

Outra coleção importante do artista, denominada “Cores Indígenas”, esteve em exposição na Assembleia Legislativa, por meio do Instituto Memória do Poder Legislativo (IMPL). Ao todo, 24 telas pintadas em tinta a óleo que retratam a temática indígena estaO artista plástico José Augusto durante exposição da coleção “Cores Indígenas” na ALMT vam em exposição.

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destaca a riqueza da paisagem pantaneira e amazônica encontradas em Mato Grosso e que são as fontes de inspiração para a composição dos quadros.

O artista possui um acervo

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Histórico José Augusto foi militar por 27 anos e nunca deixou de pintar, fez inúmeras exposições com o projeto Cores da Natureza pelo serviço militar. Em uma dessas exposições, José conseguiu vender alguns dos seus quadros, para estrangeiros que vinham do Canadá, Estados Unidos e Japão. Foi através dessas vendas que ele pode construir a sua casa. “Apesar de ter levado vários canos pelo site, isso não me desmotivou na verdade me deu mais incentivo para pintar.

Se nos meus 27 anos de vida militar não abandonei a arte, não seria alguns calotes que iria me desestimular”, afirma.

Algumas perguntinhas Por Aparecido Carmo — Bom dia, eu sou de um instituto de pesquisas e gostaria de fazer umas perguntas.

— Que perguntas?

— Coisa pouca. Só para testar a memória do senhor sobre alguns assuntos.

— Minha memória?

— Isso! Eu posso começar?

— Poder pode, mas não sei se vou conseguir responder.

— Mas o que é isso?! São coisas muito simples!

— Sei...

— Vou começar: Em quem o senhor votou para vereador na última eleição?

— No filho do coronel Araújo.

— E para quem o senhor votou para prefeito na última eleição?

— No coronel Araújo.

— Viu só, eu disse para o senhor que era fácil.

— Já acabou? Eu tenho que voltar para a venda.

— Ah, o senhor é dono de uma venda?!

— Sou dono, não senhor. O dono é o coronel Araújo. Sou só empregado.

— Ah, sim. Faltam algumas perguntinhas e já terminamos. Agora sobre a eleição do ano passado. Em quem o senhor votou para deputado federal?

— No sobrinho do coronel Araújo.

— E para senador?

— No afilhado do coronel Araújo, mas ele perdeu.

— Esse coronel tem uma família bem grande, não é mesmo?!

Para terminar: em quem o senhor votou para presidente da República?

— Sabe que não lembro o nome do rapaz... Não é esse que ganhou, não. Foi o que o coronel Araújo trouxe aqui.

— Não consegue se lembrar?

— Do nome eu não lembro, não senhor.

— Está tudo bem, já acabamos. Viu como não foi difícil?

— É. Até que não foi.

— Mas, antes de o senhor ir embora, me tire uma dúvida.

— Pode mandar.

— Quem é esse coronel Araújo?

— Ah, o senhor não conhece?

— Não conheço. Eu não sou daqui, vim só para a pesquisa e todo mundo fala muito desse coronel.

— O coronel é dono disso tudo aqui.

— De tudo?

— Sim! Essa cidade era toda dele, um terreno imenso onde ele criava gado. Aí ele ficou sabendo que tinha um povo sem terra lá na beira do rio e resolveu ajudar a gente.

— Ah, ele dividiu essa terra entre vocês?

— Que isso! O coronel diz que dar acostuma à vadiagem. Ele vendeu e a gente comprou. Dividiu em cem, cento e cinquenta vezes.

— Tudo isso?

— Ah, mas o preço era bom. Muito melhor que o do banco.

— E faltam quantas parcelas para o senhor pagar?

— Nem me fale nisso! Acho que meus filhos é que vão terminar por mim.

— E o senhor está conseguindo pagar em dia?

— Pior que não. A situação tá difícil, as coisas tão muito caras, quase não sobra dinheiro do salário.

— E o coronel, o que diz?

— Ah, o coronel pediu para eu pagar pelo menos os juros.

— E quanto são esses juros?

— Ah, varia de acordo com o mês.

— Como assim?

— Também não entendo. Tem alguma coisa com o dólar. Mês passado eu paguei quinze por cento, mas já teve mês deu pagar quase trinta.

— E não falta dinheiro?

— Às vezes. Mas, quando a coisa aperta o coronel sempre ajuda, empresta dinheiro, vende comida fiado.

— Um santo esse coronel!

— Olha, moço, eu tenho que ir. Já passou da hora deu voltar pra venda e o coronel não gosta que a gente chegue atrasado.

Ele desconta do nosso salário.

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GASTRONOMIA POPULAR

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Cuiabá, julho de 2019

Tradição dos caldos passa de mãe para filha e faz sucesso na Feira do Porto há 25 anos Fotos: Michelle Cândido

Nos fins de semana, o restaurante vira point dos baladeiros que querem curar a ressaca com os famosos caldos

Michelle Cândido Responsável pelo restaurante Rei do Mocotó na Feira do Porto, a cozinheira Simone de Souza batalha para que a tradição dos caldos de sua mãe, Dona Maria, seja mantida. Por isso, defende o que ela chama de comida raiz.

“Nossos caldos são diferenciados porque fazemos com amor e gostamos de oferecer o sabor brasileiro aos nossos clientes, hoje coloco em prática tudo que aprendi com minha mãe”, comenta Simone.

O Rei do Mocotó se dedica a mais de 25 anos a oferecer uma cozinha e ambiente que preservam a tradição do sabor e cultura brasileira. O cardápio tem como carro-chefe o caldo de mocotó, seguido da dobradinha e vaca atolada que, de acordo com Simone, são os pratos mais pedidos.

Frequentador do restaurante desde a fundação, o senhor Adelino Alves elogia muito os caldos da casa. “Todos os caldos são deliciosos,

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mas o caldo de mocotó é o meu preferido, recomendo para quem ainda não conhece, venha provar essas maravilhas”.

Simone aprendeu com a mãe uma lição que conduz sua vida profissional: o primeiro ingrediente que se coloca na panela é o amor. Dona Maria também mostrou à filha que é preciso ter garra, pois cozinha é uma paixão cansativa, que no caso dela inicia os atendimentos aos finais de semana as 4h00 da madrugada. “Da-

mos prioridade ao nosso estabelecimento, abrimos mão de muita coisa, não saímos para festas, justamente para não trabalhar cansada e oferecer um atendimento com qualidade para nossos clientes. Meu domingo é na segunda-feira e não tenho do que reclamar, porque é daqui que sai o sustento da minha família”, afirma Simone.

Só no final de semana são vendidos 150 quilos de caldo de mocotó e 40 pratos diários durante a semana. Ela explica que essa demanda

“Sou frequentador há oito anos, o diferencial do estabelecimento, sem dúvida, é o ambiente acolhedor e, claro, as comidas deliciosas, eu recomendo a rabada e a dobradinha que são meus pratos preferidos, sem falar nos ‘tira gosto’ que são saborosos” é tão alta por causa do colágeno que o alimento possui e da tradição. “Por gostar muito de abóbora eu acabei criando um caldo inédito, que leva carne seca, abóbora, alho e mandioca. Os fregueses gostaram bastante dessa novidade”, conta.

Para a despachante Vânia Borges,que reside na Cidade de Presidente Prudente, a visita ao Rei do Mocotó virou costume há cinco anos. “Todas as vezes que venho para Cuiabá visitar minha filha, tenho que vir aqui degustar os caldos e a cerveja que é estupidamente gelada. Para mim o caldo de feijão é especial, ele me dá sustância para continuar bebendo a minha geladinha”.

Natural de Apiacás, no interior de Mato Grosso, Simone de Souza comenta que na cidade natal sua mãe já fazia comida para vender e, nos anos 90, seus pais mudaram para a capital em busca de uma vida nova e iniciaram o empreendimento de caldos no antigo mercadão do Porto. Em 1994, se instalaram ali e, desde então, essa tradição familiar se mantém viva. “Atualmente, meu marido e minha filha, de 14 anos, trabalham comigo, quero que ela aprenda administrar o negócio, meu desejo é que ela dê continuidade nesse legado futuramente”.

“Sou frequentador há oito anos, o diferencial do estabelecimento, sem dúvida, é o ambiente acolhedor e, claro, as comidas

deliciosas, eu recomendo a rabada e a dobradinha que são meus pratos preferidos, sem falar nos ‘tira gosto’ que são saborosos”, conta o cliente Cimar Martins.

O Rei do Mocotó trabalha com um cardápio diversificado que varia de rodízio, a La Carte, prato feito e porções, além da marmita, com preços acessíveis que vão de R$6 a R$16. “Como alguns pratos são demorados para preparar e eu gosto de fazer tudo fresco, nós damos a opção ao cliente de ligar antes e fazer seu pedido, para chegar aqui e degustar, sem esperar.

A buchada de bode, por exemplo, demora em média 40 minutos para ficar pronta. Muitos clientes já aderiram a esse método e afirmam que é mais prático”, relata Simone.

Serviço O horário de funcionamento durante a semana é das 7h00 as 19h00. Nos finais de semana, o restaurante vira “point dos baladeiros”, e inicia o atendimento as 4h00, justamente para receber esse público que sai das festas e vão tomar aquele caldo para curar a “ressaca”.

Instagram: @reidomocotocba

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