Café&OutrasPalavras n.06

Page 1

issuu.com/cafeeoutraspalavras

Café&OutrasPalavras uma revista pra falar de café e literatura ano II | janeiro 2019

QUADRINHOS

O AMANTE PASSIONAL [alexandre costa]

6

CAFÉ UNIVERSO a origem da bebida que tanto amamos

setembro 2018

O INSETO

um texto clariciano de alice bispo


www.wiplay.com.br



TOMARAM CAFÉ CONOSCO NESTA EDIÇÃO: Rose Tayra (Nenê) Roberto Prado Alexandre Costa Alice Bispo Roberto Feliciano Silvio Castro Samir Dib Mereb Frederico Romanoff Armando Junior

capa e projeto gráfico Alexandre Costa diretor de conteúdo Roberto Prado


OS AUTORES

10/11 alexandre costa

12/13 roberto prado

16/17 roberto feliciano

18 rose tayra-nenĂŞ

20/21 silvio castro

24/25 armando junior

26/27 alice bispo

30/31 samir dib

32 frederico romanoff

"Nossos colaboradores trabalham a soldo de leite de pato" As opiniĂľes e textos contidos nos escritos publicados nesta revista sĂŁo de responsabilidade exclusiva de seus autores.

Quer colaborar com nossa revista? Mande e-mail para nossos editores: cafeeoutraspalavras@gmail.com

cafeeoutraspalavras@gmail.com



AVISO IMPORTANTE: apesar da imagem forte, nosso redator/editor passa bem, obrigado!


Amante Passional Tome um café

por: alexandre costa

conosco e nos acompanhe na leitura desta edição

cafeeoutraspalavras@gmail.com


cafĂŠ&outraspalavras

livros&sites dicas de livros, sites, blogs, programas e tudo mais

LIVRO

OS EDITORES ANDAM LENDO: http://modosdeolhar.blogspot.com/


café&outraspalavras

alexandre costa Designer Gráfico, formado em Comunicação e Tecnologia. Contista e racionalista convicto. Escrevinhador sim, escritor, não. Fã incondicional de Clarice e Rubião

bula hermética Alguém disse certa vez que esquerdo é ímpar e direito é par, assim como pode perceber o ar que se curvava para não atingir a vela, evitando assim apagar a nítida impressão de que a chuva tinha lá suas razões para lavar a alma daqueles que perderam a secura da monotonia da fluência das coisas na filosofia de Heráclito. Talvez porque seja verdade o que se diz de esquerdo e direito, par e ímpar, a falta de oxigênio sufoque a vela, desinformando a luz que explica para os olhos o que ele vê. Talvez seja verdade também que o filósofo seja um louco monótono tentando explicar a cor que os olhos do daltônico evita, que o latido do cão é o grito da mudez do paralelepípedo irregular, que aquilo que chamamos céu na verdade não tem nome para o deus que fugiu sem deixar vestígios. Alguém disse certa vez que hermética é a bula que não explica o que sente, mas que sente o inexplicável poder do peso e da massa das coisas – a gravidade da órbita dos olhos alheios -, embora tudo seja ilusão e que o mundo não é uma esfera e sim uma folha habitada pelas traças humanas. Talvez as palavras não mostrem o que as letras querem nos dizer, e que ímpar é o que se pede para depois e par o que se deixou de ter por falta de motivo. E assim, a única verdade é que você e eu não estamos em lugares diferentes, estamos aqui e agora dentro deste texto, no espírito que se entrega pacificamente ao seu destino de estar ao mesmo tempo dos dois lados da vida.

10

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

o pato

O pato sobre o prato, morto! O morto pato, em pedaços sobre o prato, quente. O pato morto, quente, em pedaços, sobre o prato, sobre a mesa. Sobre a mesa e sobre o prato, o pato, quente, morto, em pedaços no garfo. O pato, no garfo, em pedaços, quente, refeição. A refeição, sobre o prato, sobre a mesa, no garfo, quente, era o pato. A mesa sob o prato, sob o pato, decoração e apoio. E a família à mesa, segura o garfo, com pato morto, em pedaços, quente, sobre o prato decorado com patos, se alimenta de suas formalidades, tradições e de pato.

11

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

roberto prado

Encrenqueiro, formado em Comunicação e Tecnologia. Perpetrador de quatro livros. Atualmente dedica-se ao haicai, mais por preguiça que por talento. Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni- ALTO.

staplaft

ou como durou pouco a minha carreira de líder militar Não vou me demorar no relato de minha triste história. Ela começou assim numa quinta-feira de céu azul claro que mais parecia uma pintura, um dia tão lindo que só serve para aumentar ainda mais a ironia de tudo isso. Estávamos em guerra e os inimigos se aproximavam de nossa cidade. Todas as pessoas importantes estavam reunidas na sala principal da prefeitura onde eu pedira a palavra. E ai começa a minha desdita... - Isso não pode continuar assim, as hordas inimigas já estão nas nossas barbas – gritei e bati com mão espalmada no tampo da mesa. Esperava que o som fosse algo parecido com um trovão, que derrubasse os copos e as canetas, mas o som que produzi saiu mais parecido com um “staplaft”. Um som parecido com alguma coisa chata, plana, fina e inexpressiva caindo n'água. Um efeito bem pouco másculo, sem dúvida! Ao redor da mesa as pessoas me olharam mais com piedade do que com medo ou respeito. "Comecei mal, comecei bem mal." - pensei com meus botões. Mas à essa hora já havia perdido o fio da meada e seja lá qual fosse a crise, com aquela batida de mão na mesa eu já tinha demonstrado ser incapaz de resolve-la. Ninguém seguiria a liderança de um homem que bate na mesa e faz “staplaft”, ninguém em sã consciência me seguiria... Que tipo de líder faz “staplaft” numa hora de crise? Só eu! Esse

12

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

líder de quinta categoria. Por parcos segundos pensei ser Gêngis Kan, Aníbal, César, Napoleão, um general, um líder de homens, mas o “staplaft” acabou com a minha vida, minha liderança virou fumaça e fiquei ali, feito um fantasma, deixado de existir. Por mim, a crise poderia ter aumentado tanto naquela hora que o mundo poderia ter se acabado, os inimigos poderiam ter nos invadido, matados a todos e a terra ter me engolido. Mas nada disso aconteceu. O céu continuou ali, azul, e as pessoas em volta da mesa me olhando. Sai de lá humilhado e olhando para minha mão, me perguntava como uma mão máscula, grande, de longos dedos, com um grosso anel de ouro, poderia ter produzido tal “staplaft”? Uma vez na rua amaldiçoando minha mão, o céu, meu país, a guerra e os miseráveis na sala, que talvez agora estivessem rindo de mim, decidi: - Nunca mais me meto a ser o salvador da pátria, ser aquele que sabe, ser aquele que dá o primeiro passo. Não, nunca mais! Agora só espero o fim dessa guerra, a vitória dos inimigos e o fuzilamento de todos os que estavam naquela sala comigo, pois só assim terei coragem para sair à rua outra vez. Acompanho dia-a-dia, os noticiários do avanço do exército inimigo, em poucos dias, pelos meus cálculos, eles entrarão na cidade. Já estou tomando as devidas providências para recebê-los. A primeira será um belo discurso de rendição ao exército vitorioso e libertador, e a segunda, a mais complicada por hora, é arrumar uma mesa que não faça “staplaft” quando eu bater com a mão no tampo dela! Agora é tudo uma questão de tempo, tudo uma questão de tempo...

13

uma revista pra falar de café e literatura


caféuniverso TUDO SOBRE A BEBIDA MAIS CONSUMIDA NO MUNDO

#3


café&outraspalavras

A ORIGEM DO CAFÉ QUE TANTO AMAMOS Você, provavelmente, toma café todos os dias. Mas já parou para analisar e conhecer a sua história? De onde ele vem, como ele chegou aqui e como o Brasil conseguiu ser conhecido mundialmente através da produção do Café arábico? O café é uma planta que tem a sua origem no continente africano, na região da Etiópia. Estima-se que a região da Cafa, na Etiópia, é quem originou o nome de Café. Segundo reza a lenda, um pequeno pastor começou a perceber que suas cabras ficavam diferentes, alteradas, quando comiam determinada folhagem (que era a planta de café). Saindo da Etiópia e indo diretamente para a Arábia, os árabes tentaram manter o privilégio, já que a planta era considerada milagrosa e tinha um papel social muito importante, devido ao seu uso medicinal utilizado na época, para cuidar e curar vários males. Saindo da Arábia, o café foi levado diretamente para o Egito, ainda no século XVI e um pouco mais tarde, chegou a Turquia. Já na Europa, ele chegou no século XVII e foi produzido, primeiramente, na Inglaterra e na Itália. Lá o café era consumido por todas as classes sociais, incluindo os intelectuais da época. Pouco tempo depois, ele invadiu outros países como Suíça, Holanda, Alemanha, França e Dinamarca.

E no Brasil?

Mudas do Jardim Botânico de Amsterdã chegaram na Guiana Francesa (Onde hoje é o Suriname). A partir desse plantio, o Sargento Francisco de Mello Palheta transportou uma muda para o Brasil, chegando até a cidade de Belém, no Pará, ainda em 1727.

Como sabemos, em Belém a cultura do café não se difundiu bem devido ao clima e logo depois, foi transferida para o Maranhão, chegando ao estado do Bahia em 1770. Em 1774, essas sementes chegaram ao Rio de Janeiro, sendo semeadas na Chácara Convento dos Frades Barbadinos. E de lá, espalhou-se para os demais estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Brasil e o Ciclo do café Como estudamos nas aulas de história, o ciclo do café foi de suma importância para a a economia brasileira entre os anos de 1800 a 1930. O cultivo e sua exportação foi um verdadeiro marco divisor na história do nosso país. Foi neste período que a região do Vale do Paraíba acabou por concentrar toda a produção de café no nosso país. O Vale do Paraíba ficava localizado entre os estados de Rio de Janeiro e São Paulo. Eles se tornaram uma verdadeira influência para a economia, já que o grão estava em alta no mercado internacional. O Vale predominou no cultivo de café durante muitos anos. Excelentes condições climáticas, mão de obra escrava e a geografia perfeita contribuíram para o sucesso dessa empreitada. Contudo, passado a predominância do plantio do café no Vale, outros estados passaram a produzir café. Entre os destaques maiores, encontram-se o interior paranaense e o interior paulista. 1929, a grande crise econômica dos EUA, também conhecida como a Grande Depressão de 29, influenciou negativamente na economia brasileira, fazendo com que a safra sofresse desvalorização, fazendo com que tivéssemos um estoque absurdo do produto, gerando um grande rombo para a economia local. FONTE: https://www.graogourmet.com/blog/conhe ca-origem-do-cafe-e-sua-historia/

15

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

roberto feliciano Livreiro, formado em jornalismo e escreve no site 'estante caótica'. Não sabemos se ele aborrece com cores de capas de livros.

parênteses Certa vez, ao ler um texto meu, um amigo disse: “nossa, você gosta mesmo de parênteses, hein?!”. Eu realmente nunca tinha reparado nisso. Segundo ele, eu gostava de colocá-los nos títulos. Ele tinha razão, mas o 'problema' não era só ali. No desenrolar do texto eu também usava parênteses demais—e ainda uso. Sempre há alguma ideia citada, ou até mesmo desenvolvida, por meio desse subterfúgio gramatical. Mas o que realmente são os parênteses? Segundo o site Norma Culta: “São sinais de pontuação que marcam um momento intercalado no texto, onde há acréscimo de informação acessória. Sendo acessória, a informação dos parênteses pode ser retirada da frase sem alterar o sentido da mesma, sendo assim dispensável”. Se nos apegarmos apenas às regras, a explicação está bastante satisfatória. Mas confesso que nunca fui muito bom em regras da língua portuguesa. Não considero minhas “informações acessórias” dispensáveis. Se as coloquei na frase é porque têm que estar lá. E não vai ser nenhum sabichão do português culto que vai me dizer o contrário. Mas a verdade nua e crua é que os parênteses disfarçam minha prolixidade. Se pudesse, passaria páginas e mais páginas desenvolvendo uma ideia que dá para ser apresentada em um

16

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

parágrafo curto. Vejam bem, até consigo chegar a essa pequena quantidade de linhas graças a muito esforço, mas às vezes quero dar uma esticadinha—como quem precisa se despedir, mas quer dizer algo mais. Ou seja… Se eu estivesse conversando com o texto, essa seria a minha forma de dizer: “Desliga você… Não, desliga você… Desliga você, eu falei primeiro”. Além do motivo prático, sinto que exista uma razão quase existencial: isso tudo pode se tratar também de uma escolha, um estilo de vida. Não, não desligue ainda, amigo leitor. Vou tentar explicar. E em poucos parágrafos. Prometo. Você trabalha de segunda a sexta, o dia inteiro. Ganha pouco, escuta graça de um chefe que acha que entende de tudo bem mais que você e o “quilão” da esquina aproveita a mesma carne a semana inteira. O que você faz nos fins de semana nada mais é do que colocar parênteses nessa porcaria toda. Pra falar a verdade, nem precisa de sábados e domingos. Pode ser uma cervejinha na noite de terça-feira, um filme quinta-feira de manhã. São respiros, refúgios, antes de voltar para a crônica rotina do seu expediente. O casamento ou namoro não está a mesma coisa, como nos áureos tempos do casal? Dá pra tentar algo novo, beijar de um jeito diferente, colocar o colchão na sala, ficar horas e horas na varanda, conversando sobre os motivos que os levam a acreditar que no fim tudo dá certo, como diria Sabino. Dá pra aliviar o peso desse parágrafo da sua história, não com um, mas com vários parênteses. Esse texto está chato e sem propósito? Vá ler gente melhor. Coloque parênteses nesse meu blá blá blá. Te garanto que você não vai se arrepender. Entendam, essa não é uma escolha puramente técnica. É meu manifesto. Por um mundo com mais escolhas gramáticoexistenciais. Meu amigo—que escreve bem melhor que eu –, por exemplo, é tarado por vírgulas. Não me lembro se ele já explicou seus motivos. Mas é uma escolha, como preferir bife malpassado ou caipirinha com adoçante no lugar do açúcar. - Garçom, meu texto é com parênteses e o do meu amigo aqui com bastante vírgula, faz favor. Como gosto de contrariá-lo, encerro aqui sem (quase) nenhum uso de parênteses. Mas na próxima semana eles voltam com força total

17

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

rose tayra - nenê

Natural de Santos. Atualmente morando no interior. Tem como "ideia fixa" destilar das cenas do cotidiano a sua mais nobre essência, tendo como posto o balcão, seu aliado, onde recebe a outorga de ouvir confissões sem ser ordenada e fazendo análises sem ser diplomada. Formada em Arte e Educação.

crônicas do cotidiano

sem palavras Voltando das férias, a funcionária nos contou como foi a comemoração das Bodas de Ouro de seus pais. A festa já havia sido preparada há tempos por sua irmã mais nova, com a qual, seus pais moram em outra cidade. Antes da grande festa, todos foram para a igreja. No altar, o casal, que aqui vou chamá-los de Seu Chico e Dona Zezé estavam muito emocionados. Todos os familiares reunidos, alguns viajaram horas para estarem juntos naquele momento. A cerimônia ficara renomada por uma egrégora de emoções. Parecia estar blindada no tempo e no espaço. No final, Dona Zezé num gesto emocionado de agradecimento por tanto carinho, volta-se para os convidados . Na intenção de fazer o "coraçãozinho", com as duas mãos, sem perceber, faz outro sinal. Esticou os dedos indicadores e polegares, formando-se assim um "losango." Como num estalar de mágica, todos se libertaram da formalidade e caíram na gargalhada. Sem perder a espontaneidade, Dona Zezé, transforma o "possível" constrangimento em uma chuva de beijos para todos os lados. Nem o padre conseguiu se conter!

18

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

A porta aberta para indicar que o conhecimento é de acesso livre a todos

.

. .

Todos os 36 audiolivros de Roberto Prado

Revista Café&Öutras Palavras n. 237/ano XV

.

Bispo da rainha pronto para atacar um adversário menos atento

.

A expressão de quem obviamente entende o que está lendo


café&outraspalavras

silvio castro Bacharel em administração, funcionário público e palmeirense.

POR MARES DANTES NAVEGADOS

o impostor Cristóvão Colombo era um pirata genovês, que, dirigindo barcos dos mas diversos reinos, causava estrago no comércio de cabotagem europeu. Emboscado no Algarve, foi morto e teve sua identidade assumida por Salvador Fernandes Zarco, quatro anos mais velho. Salvador era neto de um templário do Infante D. Henrique, João Gonçalves Zarco, judeu convertido que teve o nome mudado para Câmara Lobo, e posteriormente tirou o Lobo, deixando todo a sua descendência legítima com a alcunha Câmara. Sua quinta filha antes de se casar teve Salvador com D. Fernando, sobrinho do Infante e pai da futura rainha Leonor. Bastardo, Salvador também precisava se livrar da alcunha judaica para não ser queimado pela Inquisição. Templário tal qual o avô, navegara no início do novo modelo de nau, a caravela, construída toda em volta da bujarrona, a vela de proa, com o cascaense Afonso Sanchez, provavelmente o verdadeiro pioneiro no descobrimento da América, dado o sigilo imposto pela suposta Escola de Sagres, que não era em Sagres, era em Tomar. Casou e enviuvou em Lisboa já com outro nome e quando houve uma conspiração contra o rei, foi despachado como um dos conspiradores para Castela, com a função de colocá-la nas navegações. Sabedor de que haviam enorme quantidade de terras á Oeste, seu primo rei queria se livrar dos castelhanos no Continente, ocupando-os com a falsa ideia de atingir as Índias por essas terras, enquanto Portugal

20

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

mantinha sua rota costeando as Áfricas, posteriormente divulgada. Salvador até dinheiro do rei português leva para inteirar a aventura castelhana financiada parte pela banca florentina. Passa pelas Canárias na ida, nomeia todas as ilhas que encontrou com nomes da geografia portuguesa e a principal, que lhe pareceu um continente, com o nome de sua vila natal no Alentejo, Cuba. Na volta, faz escala nos Açores descobertos pelo seu avô e aporta por fim no Tejo, onde fica sob proteção da Coroa, só aparecendo sempre para dizer que chegara nas Índias, uma mera contrainformação para enganar os castelhanos. Vai mais algumas vezes naquela rota, para manter a dissimulação e salva portugueses sitiados no Marrocos antes de morrer em Valladolid, longe do Mediterrâneo por onde jamais poderia andar para não correr o risco de ser desmascarado. Seus filhos após sua morte ainda pegam a herança do pirata em Gênova e o novo Continente é nomeado décadas depois de América por conta do contador da banca colocado para fiscalizar as expedições por ela financiadas Américo Vespúcio sempre o questionar. Como crer na idoneidade de um genovês cujo diário de bordo é escrito num sofrível portunhol típico de aldeias fronteiriças e num perfeito grego que só judeus escreviam na época sem ser grego?

SOBRE O TEXTO “O IMPOSTOR” DE SILVIO CASTRO Por Marcelo Lemos Tirando a questão da apropriação do nome de outrem, o qual nunca havia ouvido ou lido, o restante das informações ali contidas, batem com algumas correntes históricas ligadas a sociedades tradicionais, como a Maçonaria. É plausível e coerente, mas não expressa a versão tradicionalmente aceita da história. O sujeito é do Tatwa, Maçom, Martinista ou Rosa Cruz (além é claro de Marxista)? O único problema que vejo nesta crônica é ser taxativo em teorias não ortodoxas. Como disse anteriormente, altamente plausíveis, porém, longe de serem unânimes entre historiadores. O positivo que vejo em tal, é fomentar a pesquisa e discussão, fazendo que a Revista cubra também este papel de ser fórum.

21

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

grãos de poesia

NÁUFRAGO

E lá estava eu, náufrago... Um pontinho no oceano... Dando braçadas calmas, No vento fresco sem o desespero de um triatleta... Um respiro-alívio Eu aceitara a solidão Pausa no verão da piracema que escolhi como direção... Quase convicto de não encontrar rose tayra - nenê alguém para me acompanhar nessa jornada de Ulisses. Sem imitar gestos, padrões, seguindo apenas minhas intuições... Tudo era caos, riscos, perigos... meu sorriso, E num oceano de marasmos, é a flor que brota ela aparece como um Tsunami em meu peito, e me engole voraz... quando regado pelo teu olhar E onde outros náufragos se intimidaram, desesperaram, marcelo lemos fugiram... Eu me encontrei, de olhos abertos observando as dimensões desse oceano em forma de onda, enquanto girava em seu interior, ao invés de me entregar ao na espuma vertical desespero do incontrolável, no pipocar da rolha seguia observando os milhares de detalhes... no champanha no chão Sua fluidez, sua existência nos fogos do céu translúcida, sua força, sua direção... nas sete ondas do mar Do outro lado da imensa tanto tempo se perde onda quase devastadora de e o ano velho se (es)vai... informações, existe água calma, e o outro entra serena, acolhedora... tal e qual o que se foi... Me envolve de paz, roberto prado me deixa seguro... E em sua vastidão, me sinto muito grande... E plenamente acompanhado. E agora me encontro mais náufrago ainda, mas sem saudade de terra firme... foi-se o natal Graças a ela, descobri e a contar os dias que o oceano é o meu lar. a Velha passa a foice

VENTO FRESCO

SORRISO

RÉVEILLON

ANO NOVO

roberto prado

armando junior


cafĂŠ&outraspalavras


armando junior Um Náufrago social que, por requinte de crueldade, escolheu viver da arte. Minha DRT é de palhaço, mas trabalho muito confeccionando e manipulando bonecos. Faço iluminação para shows, cenotécnico, e por observar muito o planeta e seus habitantes, acabo escrevendo também.

Tomar café com um amigo:

uma das melhores terapias do mundo! Não há quem possa manter um mínimo de equilíbrio sem ter ao menos uma pessoa com quem dividir momentos de descontração e divertimentos, como um cafezinho ou uma cervejinha, para espairecer e se esquecer, por breves momentos que sejam, do montante de dissabores que fazem parte da vida. É cada vez mais difícil alguém conseguir ter algum tempinho de sobra ao longo do dia. Tudo é tão corrido, tão urgente, que as pessoas não mais têm tempo para desfrutar de um passatempo, de uma amizade, para não fazer absolutamente nada, apenas descansar. Trabalha-se mais, acumula-se serviço, enquanto os relacionamentos humanos se esvaziam cada vez mais. Ninguém aguenta, por muito tempo, passar as horas tão somente num pique atarefado e comprometido com responsabilidades que não trazem algum sossego. Por mais que se goste

24

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

de trabalhar, o corpo e a mente precisam de descanso, de um intervalo em que se consiga tirar um pouco de peso dos ombros. E nada melhor do que um amigo verdadeiro para ajudar essa vida a se tornar menos densa e pesada. Não há quem possa manter um mínimo de equilíbrio sem ter ao menos uma pessoa com quem dividir momentos de descontração e divertimentos, mesmo que simples, como um cafezinho ou uma cervejinha, para espairecer e se esquecer, por breves momentos que sejam, do montante de dissabores que fazem parte da vida. Rir com verdade, conversar sobre amenidades, lembrar-se de momentos especiais, tudo isso alivia a carga massacrante que o cotidiano nos obriga a enfrentar. Amigos não devem servir somente para consolar e ouvir nossas agruras, mas também podem ser ótimas companhias para as ocasiões em que dividimos amenidades frugais, sem nada de sério pairando sobre a conversa, apenas sorvendo aquele ócio que recarrega nossas baterias e nossas energias. Amigos nos ajudam nos momentos de escuridão, mas também nos alegram quando precisamos apenas estar com alguém para dividir café e risadas. Não podemos deixar de lado a necessidade de desfrutar momentos de lazer, junto a pessoas boas e verdadeiras, para que não sucumbamos diante dos inúmeros problemas que lotam nossa vida de entraves. Nosso emocional precisa de refresco e serão as pessoas que nos amam sem ressalvas os calmantes especiais que tornarão nossos passos mais seguros. Nada como um café com a pessoa certa. Texto coletado em https://www.revistapazes.com/tomar-cafe-marcel/

25

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

alice bispo

Escreve sem motivos e com muitos motivos. Na forma mais clara: escrevo o que vejo e o que sinto. E, como por ironia, me transformo em minhas próprias palavras.

o inseto E, numa caminhada rotineira ao pote de água do gato, algo aconteceu. Eu trocava a água do gato com certa frequência e acreditava ser porque gostava dele e queria que ele bebesse uma água transparente e insípida. Nessa caminhada de um cômodo a outro, onde não pensei em nada, porque nada acontece quando estou absorta em algo banal e não percebo que alguma coisa deveria acontecer; nisso, aconteceu. Asas pequenas, insignificantes, batiam contra a água em uma tentativa de não morrer. O esforço que aquele inseto fazia, cada vez mais rápido, me causava indiferença. Mas eu não sei por que e dessas coisas a gente nunca sabe, eu fiquei paralisada em sua luta. Observei uma das asas: uma leve torção, uma curva medíocre e dolorosa deixava-o mais e mais lento. Ele nadava e se afogava. Vivia e morria em pequenas doses. Então ele alcançou a borda. O dia estava abafado e meus olhos engolidos de expectativa; o dia estava chuva e da chuva não se espera nada que não seja lama. Ele nadava na lama da água por trocar. Ele nadava para não nadar. Idiota. Acabei pensando se ele gritava por mim. Um grito besta já que não o salvaria nem se o entendesse. É egoísmo e entretenimento. É o

26

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

que vemos nos veganos. Uma grande besteira compactuada de boa causa. Mas aplaudimos. A nossa prepotência transcende à covardia e solidariedade. Inseto. Voltemos. Quando voltei ao pote do gato, o gato também tinha voltado. Comeu o inseto. Esmagou. Deliciou. Me deixou perplexa e risonha. Quando sonhei com aquele inseto, vinha sempre uma moral trágica disso. A morte foi brutal. Mas aquela vida insignificante buscava isso. Com mais cansaço, mais ele sentia a vida saindo. Mais um que se livrou da agonia de viver.

27

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

CONVERSA POR WATTSAPP (SEGUE COM TODOS OS ERROS DE DIGITAÇÃO E MANIFESTAÇÕES DIABÓLICAS DO & NO TECLADO...) - ROBERTO PRADO ... e tudo começou quando o Sr. Vladimir Madeira da Silva avisou-me sobre o seu golpe sobre os restos mortais do, hoje saudoso, Grupo Etílico – Teatral João Ciclista O Glorioso! (procurem no GOOGLE, e nada encontrarão!) [5/1 10:18] Vadinho Cel: Você não recebeu o release? [5/1 10:27] .: Não! Devo compreender que o senhor deu golpe de Estado no G.E.T,???? É isso? Responda! [5/1 10:34] .: ?? [5/1 10:41] .: Está em contato com seus advogados? [5/1 10:55] .: ???? [5/1 11:01] Vadinho Cel: Não mil vezes não. Tudo foi feito de acordo com a lei. Pode perguntar para qualquer um [5/1 11:02] Vadinho Cel: Doutora celeste lavrou a ats [5/1 11:02] Vadinho Cel: Ata [5/1 11:11] Vadinho Cel: Tremeu na base? [5/1 11:12] Vadinho Cel: Então saiba que elzira Marta esteve presente [5/1 11:14] Vadinho Cel: E Varella fez a auditoria [5/1 11:29] .: Só posso lhe dizer isso: *BEM FEITO* ???????????????? E tem mais: *NÃO ACEITO DEVOLUÇÃO!* [5/1 11:31] .: Em tempo: PODE PINTAR A SEDE DE AZUL ROYAL!!! [5/1 11:41] Vadinho Cel: Uuuhuuu [5/1 11:42] Vadinho Cel: O senhor está abrindo mão do João ciclista- ex desconjuntado? [5/1 11:45] Vadinho Cel: Eu resolvi mudar o nome. Mas para não esquecer mudei Joãociclistopplis para desconjuntadopolis [5/1 11:56] .: Jamais. Só "aceitei" a _nova_ direção [5/1 11:57] .: Acho que posso viver com isso...?? Acho... [5/1 11:59] .: Bwahahshs ?? [5/1 12:01] .: Perdão Digníssimo CEO [5/1 12:14] .: Rapaz...

28

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

Tive uma terrível epifania: Quem vai reclamar JOÃOCICLISTOPÓLIS quando sairmos desse plano de existência??? Quem? Seu filho,? Minha -bahhhh- filha? Quem? [5/1 12:16] .: Engole as lágrimas ?? [5/1 12:20] .: ??? [5/1 12:23] .: Cortou os pulsos? [5/1 12:29] Vadinho Cel: Desbunde total [5/1 12:30] Vadinho Cel: Joãociclistopplis não ecxiste entendeu? [5/1 12:31] Vadinho Cel: Vamos construir um estacionamento lá [5/1 12:35] .: Isso nos dará dinheiro? Vc será, também, o CEO do estacionamento? [5/1 12:36] .: Responda. Vc tem o hábito besta de apagar conversas? [5/1 12:36] Vadinho Cel: Não [5/1 12:37] Vadinho Cel: O estacionamento faz parte do holding [5/1 12:38] .: Hummmm?? [5/1 12:38] .: Folgo em saber. [5/1 12:39] Vadinho Cel: Você está oficialmente convidado para o início das obras. Traga pás e enxadas [5/1 12:39] .: O senhor será, outra vez, o CEO??? [5/1 12:40] Vadinho Cel: Óbvio [5/1 12:42] .: ???????? Jura que o senhor consegue comungar com essa consciência??? [5/1 12:45] Vadinho Cel: É a vontade dos acionistas [5/1 12:45] .: ...que são quantos mesmo??? [5/1 12:46] Vadinho Cel: Quem não vive para servir não serve para viver [5/1 12:47] .: O senhor virou bombeiro? [5/1 12:47] Vadinho Cel: Vou consultar o departamento responsável por isso [5/1 12:48] Vadinho Cel: É o lema do lyons clube. Tolinho [5/1 12:49] .: Mas está escrito no muro do Corpo de Bombeiros de SV... Mas, vivendo e aprendendo (de aborrecendo também) [5/1 13:15] Vadinho Cel: Desde que o Rotary Club existe usa esse lema . Tenho certeza [5/1 13:16] .: Não discutiremos por isso senhor CEO... (ENTÃO NESSE MOMENTO DEUS EX-MACHINA! CAEM AS BATERIAS)

29

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

samir dib

Formado em Letras. Gosta de escrever, fotografar, cozinhar.... Sendo sempre intenso e atento às novas fusões de sabores da vida. E o não tão menos importante: curte demais a série STARS WARS!! “Salvo pela Graça” Ef 2.5

Jingle BELL's Quando acordei com o sol a pino nesta tarde (!) movimentada de véspera de Natal me pareceu que eu não sabia o que significa “Sábado”. Quebrei sistematicamente o primeiro mandamento cada vez que tentava tomar as rédeas da trindade (a criada, não o Criador) e cai do cavalo no processo. Tempo, espaço e matéria foram as entidades que tentei controlar, porém, saúde, sono e silêncio foi o que me foi cobrado da Trindade (essa sim o Criador!). Esse sistema de “três” é bem curioso, funciona como uma assinatura. Veja como funciona: tempo. Não dá pra tê-lo, tentei aproveitá-lo, procurei otimiza-lo... Mas só Quem está de fora do tempo (isso significa ser eterno, aliás) é que é dono do tempo. Não tem acordo! Aliás, o tempo também são três: passado; que sorrimos, que lamentamos, que aprendemos, mas que por fim nos esquecemos; presente, que... ué, já passou? E futuro, que definitivamente é uma oportunidade irresistível de brincar outra vez de dobrar os joelhos a trindade errada.

30

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

}

Espaço também são três, afinal é você quem vai determinar a altura do seu tombo, a largura do buraco e a profundidade do precipício que quer se afundar se não olhar (e respeitar) o tempo tendo visão na próxima entidade: matéria. Ter. Nada é sólido que não possa escorrer pelos dedos do dia pra noite; fluidas se tornaram as relações, e o ar dos nossos pulmões, que esperávamos gasoso, pode ser irrespirável quando não temos controle daquilo que não nos cabe controlar. Saber que nem o Adamah' (pó da terra) que te forma é “seu”... isso pode ser libertador se levar em consideração que o tempo também não o é. Nem tão pouco o espaço. Mas a boa notícia é que a nossa função é a de administrador, a de Dono já foi preenchida e podemos acordar com o sol a pino mais vezes. Gozar a trindade (a criada, não tente fazer isso com a Outra, tenha seu gozo Nela). Entender isso é entender o Sábado. É descansar. É literalmente, Vida. Nada mais que o Natal representa Vida. A força motriz da Trindade trouxe Vida pra quem não entendeu o Sábado. O plano perfeito! A boa, excelente notícia! Os sinos tocam. Hoje eu fiz linguiça e em homenagem ao portuga eu coloquei whisky na receita (ele que me ensinou, culpa dele). Foi um vagabundinho, mas honesto. Os sinos tocam. Jingle BELL's! Hoje entregue linguiça (literalmente) em VIDA! Feliz Natal!

31

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

frederico romanoff

Frederico Romanoff do Vale nasceu em Santos/SP nas imediações do canal 4, hoje vive no Rio de Janeiro onde desenvolve estudos na área de antropologia do ritual e da religião. Acredita na mudança e busca caminhos por entre a escuridão. A escrita então funciona como um dos instrumentos por excelência desta busca. O autor gostaria de lembrar ainda que qualquer definição homogeneíza, mas como se pede, o envio desta mini -bio se realiza. Paz.

o ser humano é sociável por excelência um dia sem contato poder já ser terrível a prisão é um lugar terrível a modernidade pode ser terrível - dá tanta liberdade - liberdade demais sufoca sufoca porque és tão liberto que só sobra você só te sobra é você e mais ninguém a tecnologia dá-te a ilusão da companhia, ilusão detesto ser fatalista mas a realidade é tão não-variável por mais que seja! o paradoxo característico dos nossos tempos um deles... um deles. são tantos! por onde vamos? a coletividade tem espaço? os deuses estão mortos, os ídolos estão mortos, a utopia está morta. p a r a o n d e v a m o s? ninguém responde, impossível responder. a vida é uma imaginação! o poema para o gullar nasce do espanto ou a epifania de clarice pra mim nasce também da constatação, constatar pode ser tão menos que um espanto mas é o que está dado, para mim, por enquanto a constatação do mundo é terrível

32

uma revista pra falar de café e literatura


cafĂŠ&outraspalavras

o que sai por aĂ­ e ganha o mundo, nĂŁo volta! uma campanha para a livre iniciativa de se jogar em uma aventura


café&outraspalavras

Para tomar a dois

Café Turco Esta forma de fazer café começou a se espalhar por todo o Oriente Médio no início do século XV. Para preparar e servir um autêntico café turco, a tradição pede o uso do ibrik, uma espécie de cafeteira feita de latão ou cobre, que ainda são feitas artesanalmente da Bósnia ao Egito. Medidas e especificações: Café : 4-6gr Temperatura da água: 100 °C Pressão: atmosférica Torra: leve a média Moagem: extra fino Volume de água: 40-60 ml Tempo de infusão: 3-5 min Modo de preparo: Despeje água fria no ibrik. Em seguida, adicione o café e açúcar. Mexa e leve ao fogo. Após o a primeira fervura, ferva uma segunda vez e, na terceira, tire o ibrik do calor. Despeje uma pequena quantidade de água fria para fazer com que os resíduos abaixem. O café turco está pronto! Ele é servido sem filtragem.


café&outraspalavras

Fim de tarde As andorinhas voltam Dá labuta de voar Noite quente Estrelas cintilam Cães latem sem parar

ninho desfeito passarinho procura pós chuva forte tarefas do lar alegra-se meu olhar teiú no muro gato no jardim da velha luminária pomba espreita

ANO NOVO foi-se o natal e a contar os dias a Velha passa a foice passarinho abusado desafia por um grão o sono do gato roberto prado

Tchau Natal... Esquecida no ipe Bola dourada rose tayra - nenê

35

uma revista pra falar de café e literatura


café&outraspalavras

Dr. Divago

em cidade abandonada (ó pobres desvalidos!) até puteiro rui... as mães desempregadas e os filhos distribuindo santinhos, tentando a (re)eleição. [ RP ]


café&outraspalavras

HUMMM... O MELHOR HAMBURGUER ARTESANAL DE SANTOS

Baixe nosso app e

aproveite os

descontos

café&outraspalavras


café&outraspalavras

COMPARTILHANDO João 10:1 “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.” Nessa boa Revista temos um homem de Deus. Continuem assim. Boa crônica de Natal, senti amor no coração desse cronista, um homem de sentimentos sinceros e puros. Um, porém: - É necessário mesmo usar cachaça na receita do drink de ano novo com café? Mas fiquei feliz em saber que nenhuma árvore foi cortada para a edição deste número, a natureza é tudo que temos. Sigam assim, que belo exemplo! Josefa (Zefinha) de Jesus/PA

Texto curto e doce. gatos no cio galos madrugadores - já acordei! Miau! Adorei Luzia Cristina/Uma grande fã

Sobre O Desapego... Li e reli esse texto umas duzentas vezes, e via e me revia nele. Como acumulei coisas e sentimentos ao longo desses meus anos de existência nesse plano... Texto profundo e serio. Copiei e imprimi e colei em meu caderno de recortes. (estou no 55º volume). Quero ler mais textos como esse. Parabéns pela ótima Revista. Lê-la alegra minha vida nesse rincão esquecido pelo Criador, onde meus pais são Missionários. Ana Oblonga Silverio/Japão

Show!

Luis Carlos Aati/SP


café&outraspalavras

Meu Deus!!!! Café, hambúrguer e livros!!!! Quero mais páginas! Quero mais haicais! Quero receita de café gelado, com esse calor não dá!!! Quero essa Revista nas bancas e livrarias! Quero que usem mais exclamações, hahahahahaha! Continuem assim! Maria Querência da Aparecida. Litoral de SP - lado Virado para o SOL/BRASIL Em tempo, meu nome é Querência mesmo!!!

COMENTÁRIO DE FRED SOBRE TEXTO NATALINO

Muito bom Roberto! Gostei dos seus textos, senti-me contemplado com a crônica natalina e a ojeriza em relação a esse frenético movimento consumista. Fiquei feliz em saber que ainda persiste uma dialética marxista! E emocionado em relação ao relato sobre sua amiga. Os anos vão passando e as coisas mesmo sendo elas mesmas e pouco diferentes vão se transformando. Nessa data tão especialmente paradoxal desejo os mais sinceros sentimentos de felicidade e muitas escritas no porvir! P.S.: final de semestre na universidade é horrível para pensar em textos outros, por isso tive de declinar do convite para escrever algo sobre a data, mas como dito mais acima, sinto-me muito bem representado pelo seu texto. Um grande abraço dialético-natalino! rs Att; Frederico


Café e Outras Palavras

retornará...

Leia café&outraspalavras onde você quiser Baixe o app do issuu e acesse issuu.com/cafeeoutraspalavras


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.