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DJ PEDRO ALMEIDA
from BACKSTAGE #6
É, um dos mais carismáticos Dj’s da noite micaelense. Foi ainda dos primeiros, da região, a animar as pistas de dança de algumas das casas mais importantes da “noite” nacional. Como se isso não bastasse, ajudou a formar mais de duas dezenas de Dj’s de São Miguel, da região norte do país e até da América do sul. Chamase Pedro Almeida e é o nosso convidado desta edição de Backstage.
Tens ideia de quantos Dj’s já formaste?
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Seguramente, mais de duas dezenas de jovens. Alguns deles, trabalham actualmente na noite. Foi um gosto trabalhar com todos eles e hoje é um orgulho muito grande vê-los em algumas casas nocturnas ou em eventos diversos.
Musicalmente, como é que defines a tua linha musical?
Linha musical certa não tenho, uma vez que sou muito versátil e passo todo o tipo de música, desde a eletrónica ao Pop, Rock, Reggae, Latina, etc. Foi assim que aprendi a trabalhar nesta área, no saudoso Pópulo's Inn, uma vez que era uma casa onde passávamos desde música electrónica ao Pop, Rock, Reggae. Enfim, era uma casa versátil, em termos musicais, como aliás sempre teve de ser cá na ilha, quer queiramos quer não. Também é certo que, na altura, não havia grandes tecnologias e muito menos acesso a música como hoje em dia, mas, felizmente havia cultura musical e qualidade técnica para dar e vender e o certo é que tive a honra de ter os melhores professores que havia; José Francisco, João Pereira e Óscar Baía! Aproveito para deixar-lhes aqui um grande abraço e o meu eterno agradecimento por tudo o que me ensinaram tanto a nível profissional, como a nível pessoal.
Mesmo assim, o Techno continua a ser especial para ti?
Sim, embora não tanto como em tempos passados. Hoje em dia, já não encontro muito Techno com o qual me identifique, como antigamente e a realidade é que tornei-me mais "soft" em termos musicais. Desde há uns 6 anos para cá, recomecei a ouvir Progressive House (género que sempre adorei também) e a partir daí fui começando a explorar melhor outros géneros como Melodic House & Techno, Deep Tech ou Organic House, que apesar de serem sonoridades bem mais calmas comparando com o Techno, conseguiram cativar-me pela sua qualidade cada vez mais vincada e alguns temas até são verdadeiros hinos à musica electrónica.
Produzir música, é algo que nunca te despertou muito interesse. Porquê?
A produção musical é algo que requer muito tempo disponível, além do investimento necessário que não é propriamente barato. A minha principal preocupação sempre foi ter música nova para presentear os clientes das casas por onde passei e ainda passo ocasionalmente. Assim sendo, o tempo que resta não permite que me aventure nessas andanças. Há ainda o facto de não haver muito mercado em Portugal, para o género musical que iria querer produzir, o que também acaba por ser um bocado desmotivante.
Planos para 2023?
Bem, hoje em dia é difícil fazer planos, uma vez que já não faço vida da música há alguns anos, apenas alguns eventos pontuais nos tempos livres. A ter algum plano, será o de continuar a fazer estes “gigs” com a liberdade musical que felizmente tenho tido na maioria deles, porque assim, são deveras divertidos de fazer.