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STORMWIND

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CLASSIC RAGE

CLASSIC RAGE

2023marca o 35º aniversário da formação dos Stormwind. Que memórias guardas dessa altura?

As melhores possíveis.Havia camaradagem, mesmo entre bandas de outras ilhas. Tudo era um mundo novo por explorar e tentar ser como o teu ídolo. Muito se sonhava na altura. Agora com um “click” tens acesso a tudo e com um “click” comprasum instrumento… antes, não era nada disso…

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Sentiam-se diferentes pelo facto de estarem numa banda?

Eu gostava daquela sensação (e ainda gosto) de estar em palco e depois do concerto estar com o pessoal que assistiu ao concerto, trocar ideias e beber um copo, mas não somos mais que ninguém por teres uma banda… (risos)

Tiveram apoio dos músicos mais velhos, apesar depraticarem um som mais pesado que o normal em Santa Maria?

Não… Nada, tudo de ouvido e muitos ensaios antes de tocarmos pela 1ª vez (2 anos). Ninguém sabia de música ou sabia ler uma pauta, mas quando um homem quer… ainda hoje só sei tocar campainhas de porta e não sei nada de música, “true story”...

Formação Original

Bateria - Fernando Monteiro

Guitarra - Rui Batista

Guitarra - António Monteiro

Baixo - Pedro Resendes

Voz - João Pimentel

Acho que os temas estão, alguns infelizmente, ainda atuais, por exemplo o tema "em Português" (sim é o nome da música) sobre a educação das novas gerações ou a "The Degenerated" e "Dead zone" sobre a guerra ou "Victimized" sobre a depressão ou "Racism sucks" sobre racismo. Mas a maior parte das nossas malhas eram sobre gozar a vida e “party time”… "Sexual activities", "Crack the Party","Breakin the Walls", "One Size Fits All" (sobre preservativos) ou "Sun, Sand, Sea, Sex and Satisfaction"… enfim ...bons tempos...

A saída de alguns membros da banda ditou o seu final. O mercado local não oferecia alternativas ou já não fazia sentido continuar?

As duas coisas… só ficaram em Santa Maria eu e o baixista. Foi embora o motor da coisa toda, o homem que fazia as letras e compunha, o baterista Fernando Monteiro. Todos davam a sua contribuição, mas o homem era a máquina…

Depois dos Stormwind, surgiram outras bandas em Santa Maria. Poderão ter sido uma consequência do vosso percurso?

Sim, quero pensar que sim. Depois de nós, chegamos a ter sete bandas na altura na ilha e chegamos a fazer festivais só com bandas marienses com temas originais.

Na altura, eras também responsável por um programa de rádio ligado ao Heavy Metal, de nome “Metalurgia”. Que importância teve na divulgação dessa sonoridade na região?

Bem, quero pensar que teve alguma influência também. Ainda hoje tenho pessoas que vêm ter comigo a dizer que ouviam o programa. Pessoal de cá, de São Miguel e até do Pico. Há um conhecido apresentador da RTP Açores, que ninguém desconfia, mas é um grande “metaleiro”. Já falou comigo sobre isso e a influência que teve...

Os marienses, Stormwind formaram-se há precisamente 35 anos. Foram pioneiros do Hard Rock na região, numa altura em que o Heavy Metal dava os seus primeiros passos. João Pimentel, vocalista e líder da banda fala-nos de como tudo aconteceu em 1988.

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