ISSN 2317-4544
BORRACHAAtual Atual - 1
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Editorial
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expediente
Merecemos esta Mediocridade
Democrática
?
Minha índole trabalhadora requer um mínimo de organização e
planejamento. Se repararmos bem, mesmo os nerds do Vale do Silício, na Califórnia, mantêm hábitos organizados à sua maneira. Planejam e seguem seus rituais aleatórios, sem perceberem que na realidade seguem um comportamento que lhes dá prazer e ao mesmo tempo lhes proporciona atingirem algum objetivo. Os nerds americanos não vivem na bagunça, nem tampouco sobreviveriam
seis meses sem planejamento. E nós brasileiros? Conseguiremos suportar tal displicência de nossos representantes em Brasília por quanto tempo? O que menos importa é se haverá “impeachment” ou não. Afinal, segundo afirmam, nossas estruturas democráticas são sólidas. E não seria lógico afirmar que para as estruturas continuarem firmes, a economia precisa ser saudável? As pessoas não precisam ter emprego e se sentirem confiantes em seu estilo de vida? Alguém em sã consciência acredita que um povo analfabeto, pobre e doente
ISSN 2317-4544
viverá num país grande, desenvolvido e realmente democrático? Líderes de grandes nações verdadeiramente democráticas
Ano XX - Edição 121 - Nov/Dez de 2015
governam para as vontades e necessidades do povo e não para suas próprias ambições políticas. Sem grandes líderes no presente
Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta
momento, vivemos tempos de mediocridade democrática, onde os alicerces da democracia continuam a serem constantemente
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corroídos pela corrupção, ignorância e ganância. Se continuarmos assim, um dia a casa cai. Felizmente alguns poucos e bravos combatentes mostram que a nação não está completamente anestesiada. A ELASTE deste ano mostrou a verdadeira revolução tecnológica que está se
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avizinhando na área da sustentabilidade e da mobilidade. Novas maneiras de viver e de se locomover serão sensação já na próxima década. Carros híbridos e elétricos circularão com desenvoltura
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em cidades sustentáveis. Os participantes da ELASTE puderam saborear um pouco do futuro próximo. Coroando o ano, foi entregue o 12º PRÊMIO TOPRUBBER, onde ganhadores tradicionais dividiram espaço com valentes novatos.
Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)
Assim, desejamos a todos um FELIZ NATAL e um ANO NOVO BELÍSSIMO, que nos ajudarão a superar os desafios que estão
Projeto Gráfico: Ponto Quatro Propaganda Ltda. Impressão: Gráfica Josemar Ltda. Tiragem: 5.000 exemplares
por vir. Sucesso a Todos os nossos leitores e amigos! Um FELIZ 2016!
Editora
Antonio Carlos Spalletta Editor BORRACHAAtual - 3
A revista Borracha Atual, editada pela ASPA Editora Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizada pela ASPA Editora.
Entrevista
“O produtor de borracha natural está “mal das pernas” porque a borracha está muito barata”
Percy Putz
Borracha Atual – Quais suas principais atribuições como presidente da Câmara Setorial de Borracha Natural?
O
empresário e engenheiro químico Percy Putz pode ser considerado um dos mais atuantes fomentadores do segmento de borracha natural no Brasil. Diretor-Geral da SEL - Soluções em Elastômeros Ltda. e proprietário de uma fazenda onde cultiva seringueiras, em Araçatuba, interior de São Paulo, possui uma extensa lista de colaborações com o setor. Atualmente Percy Putz é o presidente da Camara Setorial de Borracha Natural da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Membro da Câmara Setorial de Produtos Florestais da SAA e Membro da Câmara Setorial de Borracha do Ministério da Agricultura. No passado recente, fundou ou exerceu altos cargos em importantes entidades: 1984 a 1996 - Diretor Presidente da ABIARB (Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha) 4- BORRACHAAtual
1992 a 1996 - Diretor Presidente do Sindibor (Sindicato da Ind. de Artefatos de Borracha). 1994 a 1998 - Diretor da FIESP / CIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) 1995 a 1997 - Presidente da ABTB (Associação Bras. de Tecnologia da Borracha) 1992 a 1998 - Fundador e Presidente da APABOR (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha e Látex de São Paulo). Além de se dedicar à atividade de empresário, Percy Putz é um profundo estudioso da borracha natural, desde o cultivo até a precificação dos produtos. Nesta entrevista para Borracha Atual ele conta sobre sua atividade atual, o mercado em que atua e várias histórias interessantes colhidas ao longo de décadas de trabalho no setor.
Percy Putz - A câmara setorial tem um trabalho do princípio ao fim, do produtor ao consumidor. Engloba desde aqueles que produzem a muda, os técnicos que assessoram os plantios, os produtores, as usinas que transformam o coágulo em borracha matéria-prima e os usuários, da indústria – a qual é difícil conseguir a participação. Eu consigo as participações por amizade, como membro do sindicato (do qual o meu avô foi fundador em 1933), presidente da ABIARB e do SINDIBOR (que fui fundador), principalmente da associação da indústria de artefatos de borracha. Já a indústria de pneus é um órgão muito fechado. A ANIP não tem participado. Ela dá boas respostas ao que eu peço, me atende, mas não participa. A câmara se reúne a cada três, quatro meses, e discute os problemas, entre eles o de custo. Sobre mercado entendemos que não é algo que a câmara deva discutir, porque mercado é preço. O setor de borracha natural é unido? Difícil falar. Nós temos cerca de 5 mil propriedades produzindo. Mas é um caos, cada um faz de um jeito, não se unem. Há também uma associação, a APABOR, que eu fundei, em São José do Rio Preto, já faz muito tempo, mas que ficou dominada pelas usinas. Aí Barretos resolveu fazer uma, mas não começou bem.
Nessa associação de Barretos você tem participação? Sim. Sou conselheiro. Chama-se APOTEX Brasil. Foi por questão de registro que só a palavra APOTEX ficou com letras maiúsculas. O pessoal demorou um ano para formar a associação. Tem advogado, tem consultor, tem gente pesada lá dentro. Quando é assim nada funciona porque todo mundo é especialista. Para se ter uma ideia, ainda não recebi o primeiro boleto de cobrança. Eles estão depositando em conta particular, porque lá tem muitos diretores que assinam, tem isso, tem aquilo, tem fiscal, tem conselho... Tanta burocracia não funciona... Não. Podemos pensar que com a borracha ocorre o mesmo que com o milho e com a soja, tem que ter grandes propriedades para melhorar a produtividade? Sim, porque em grandes propriedades geralmente a administração é profissional. São propriedades adubadas, tratadas, é impressionante. Na minha propriedade em Araçatuba consigo um número acima da média de produção por hectare. O coágulo do látex é semelhante a um queijo que tem 53% de borracha contida nele (47% de outros produtos, que se perdem na lavagem). Quando se fala de quilo de coágulo, tem que ser feito um cálculo e tirar 47% para saber quanto tem de borracha. Esse coágulo na minha fazenda tem em média 9,2 quilos por ano e em Goiás a maioria das fazendas conseguem acima de 11. Eles adubam um pouco mais e adubo é caro. Adubando desde o princípio eles conseguem isso. E esse ano está atípico, magro... Difícil de obter financiamento, adubo caro... Sim.
“Estamos trabalhando há um ano e quatro meses tentando descobrir o custo correto do coágulo no estado de São Paulo.”
Qual é a produtividade média no estado de São Paulo? No estado de São Paulo nós adotamos 7 quilos de coágulo por árvore, o que resulta 1.600 quilos de borracha seca por hectare. Dentro da câmara nós temos um grupo de trabalho para custos. Nós estamos trabalhando há um ano e quatro meses tentando descobrir o custo correto do coágulo no estado de São Paulo e escolhemos uma fazenda padrão de 25 hectares. Estamos encontrando as médias das despesas, as médias da produção, para fazer um padrão. Geralmente as propriedades menores são mais produtivas. Quem trabalha não é empregado, é o dono... 25 hectares resultam em 10 mil árvores produtivas. Foi escolhida uma fazenda com 10 mil árvores, porque para esse número, você precisa de 2,5 a 3 sangradores. Na minha fazenda adoto uma política até com mais, faço mil árvores por sangrador. Temos uma divisão muito grande, eu diria, que de 70 a 80% da produção no estado de São Paulo é em parceria. Então a pessoa não é um empregado, é um autônomo, dá nota fiscal, ele trabalha o horário que quer... É um prestador de serviços... Sim. Ele é totalmente autônomo, e isso dá a ele uma condição de ir ao banco e financiar uma casa, um automóvel, um trator, o que individualmente é muito mais difícil. Ele tem independência. A mulher muitas vezes ajuda... O sujeito pode criar porcos... tem caso inclusive de um que é motorista de táxi. Ele
pega o carrinho, depois que acaba de trabalhar, e vai para o ponto do táxi. Enquanto que as fazendas exploradas por grandes empresas têm dificuldade em adotar isso porque há uma interrogação sobre a validade da parceria modal versus empregados registrados via CLT. São essas empresas de grandes grupos, como o Moreira Salles, Grupo Verdi, que é um grupo muito forte em São José do Rio Preto. Só para ter uma ideia ele tem 37 concessionárias Mercedes e Toyota. Ele tem um sistema de trabalho em parceria. Ele abre uma concessionária e arranja um parceiro na cidade com 50%. Ele cresceu tanto que a Mercedes começou a bloqueálo, porque ele ia para a Alemanha discutir diretamente com a Mercedes na matriz, com a diretoria. É uma família muito dinâmica. Já tiveram banco... Dou-me muito bem com eles... Eles são da família daquele compositor clássico... Giuseppe Verdi? Sim. Que modo de trabalho proporciona maior produtividade: o autônomo ou o contratado via CLT? As grandes propriedades só trabalham sob o regime da CLT. A dificuldade das empresas que atuam sob a CLT é o horário: na sangria ocorre o melhor resultado no amanhecer, 3, 4 horas da manhã, antes de clarear o dia. No momento em que clareia, a produção começa a declinar. Então quem é autônomo se dá melhor. Ele sangra, usando uma lanterna, das 2 às 8 da manhã. O pessoal trabalha gritando, pois estão muito longe um do outro, estão espalhados no seringal. Ou eles cantam ou gritam. Isso dá a eles uma sensação de conforto. Isso acontece só com os autônomos, já que os contratados por CLT só BORRACHAAtual - 5
Entrevista começam a trabalhar quando o dia está clareando (trabalhando à noite teriam que receber adicional noturno). Outro ponto de destaque é o fato das grandes fazendas não terem colônias, como as tradicionais fazendas. Elas têm ônibus. Porém, essas empresas têm a propriedades com o plantio muito mais bem tratado, mais adubado, do que aquelas que trabalham em parceria, que geralmente são pequenas propriedades que não praticam a adubação. Na minha fazenda, quando começam as primeiras chuvas, dá uma mosca, chamada mosca de renda, que deposita nas folhas e enfraquece a produção. Com a altura da árvore, que normalmente é de 15, 20 metros, o jeito é fazer pulverização aérea, que sai muito mais barato. Mas os menores não conseguem fazer isso - não estou dizendo que eu seja dos maiores. Tenho 50 mil árvores em produção de um total de 70 mil. Ainda tem uma boa reserva... Estou plantando mais um lote pequeno que vai começar a produzir daqui a dez anos. São árvores novas que vão determinar se elas vão se adaptar bem na minha propriedade... Daqui a 10 anos a minha fazenda vai ter 40 anos e talvez tenha que começar a diminuir, cortar certas áreas menos produtivas e entrar com árvores que produzem mais. Porque a produtividade de uma árvore dura 40 anos... Não... As nossas plantações em São Paulo têm sido exploradas por no máximo 35 anos. Somos novos. Nós não temos a experiência. O Brasil explora suas seringueiras de maneira completamente diferente, nós temos uma tecnologia - isso é interessante principalmente em São Paulo, muito mais moderna que o sudeste asiático. 6- BORRACHAAtual
“Tem muita gente por aí que faz cruzamentos para dizer que tem uma árvore precoce.”
A produção deles é muito inferior, muitos deles não usam estimulantes, vão sangrar dia sim dia não, são muito mais arcaicos no sistema de sangria, são rudimentares. Eles evoluíram muito no pós-guerra. Depois que apareceu a borracha sintética, os investidores se retraíram e deixaram para o governo explorar a seringueira, e isso é um passo atrás. Eles utilizam uma série de coisas que aqui no Brasil nós já evoluímos, como o sistema de sangria. Hoje estamos sangrando árvores a cada 5 dias, depois 7 dias. Atualmente cortamos um milímetro e meio de casca numa meia circunferência. Conforme essas árvores vão crescendo, nós vamos reduzindo para um terço. Quando você reduz para um terço você tem três painéis. Então descasca-se durante dez anos, que é o tempo para descascar metade ou um terço. Aí você vai descascar na outra metade mais dez anos. Em 20 anos a casca vai estar nova de novo, vai estar recuperada. Você pode fazer isso duas vezes, talvez uma terceira, mas na quarta a casca já vai ficar muito mais carcomida, muito mais difícil para sangria. Então não é que a árvore deixa de produzir - a Amazônia tem árvores centenárias. Tem árvores
“O governo brasileiro fez a mesma coisa que o americano: infiltrou pessoas para explorar e ficava com a borracha”
na Amazônia que se colocam 40 canecas, fazem várias sangrias na mesma árvore. Qual a diferença da extração de uma árvore nativa (da Amazônia) de uma cultivada em fazendas? O sistema de corte é igual. Antigamente usava-se uma machadinha e hoje usa-se uma faca que tem uma curvatura no qual o tronco é usado como uma guia e o corte está afastado até o dedo para tirar a casca de forma que ele não entre (porque ele está apoiando onde já descascou) no cerne da árvore. Tem que deixar pelo menos um milímetro de casca para não formar uma ferida. Pode criar uma bolha, virar um cancro. O sangrador tira mais ou menos um milímetro e meio de casca. Como ele sangra a cada quatro dias, a média é de 80 sangrias por ano, 320 dias, depois descansa um mês e meio, dois meses. No inverno a seringueira perde todas as folhas, é como se fosse uma árvore européia. Aí começa a plantação e deve-se dar um descanso para a árvore, para que ela tenha toda a força para a formação de folhas, para florescer. Na hora que está florescendo começa a sangria. Se você faz 80 sangrias por ano, coleta 7 quilos de borracha seca. E a história da clonagem das seringueiras, assunto em voga há algumas décadas? Ainda se fala nisso? Esse assunto começou quando descobriram a clonagem em orquídeas. Nessas flores se faz a polinização da planta. Começaram a fazer isso e parecia que tinham descoberto o mundo. Isso em 1975. Nós fizemos cruzamentos dos clones nos anos 80, clones brasileiros em cima de clones orientais,
clones orientais em cima de clones brasileiros, agora você imagina...isso aí vai gerar uma flor, que vai gerar uma semente, e essa semente vai germinar e depois de 7 anos você vai ter uma árvore para produção (para você descobrir depois que ela não está produzindo nada). Esses estudos comentados à época falavam até que o Brasil iria ser auto-suficiente na produção de borracha antes de 2010, que isso era precoce.... E como iriam saber que era precoce? A gente faz sangria precoce, pega uma árvore de 4 anos, vê quanto leite sai, pega uma testemunha, que é padrão... e compara: vê que uma sangrou mais, já diz que essa vai ser mais produtiva, e vai medindo... Tem muita gente por aí que faz cruzamentos para dizer que tem uma árvore precoce. Eu estive na Costa do Marfim com a Michelin, e vi que para determinar se um clone é bom, precoce, ou de alta produtividade, são 25 anos. Não é a primeira sangria que determina, você tem que somar quanto a árvore vem produzindo em um período de cinco anos. Quantos quilos ela produziu em cinco anos, isso é o que conta, e não quanto ela produziu na primeira, segunda, terceira sangria. Quando atinge os doze anos a árvore chega a uma sangria sadia. Nós fizemos todos esses estudos em uma fazenda e hoje ela tem plantas com 35 anos em produção, e produzindo na mesma quantidade das plantas de quinze anos. Nós acreditamos que ela pode continuar produzindo. Tudo depende da terceira sangria. Na minha fazenda eu determinei que quando a árvore atinge mais de 100 milímetros, em vez de sangrar meia, vai sangrar um terço. Quando chegar no chão, vai virar só em um terço. Estamos fazendo uma experiência na secretaria, em Pindorama, com uma
“O Brasil já foi o maior produtor mundial de borracha e o produto foi o segundo mais exportado entre 1850 e 1913”
árvore. A previsão é que ela vai produzir 60, 70 anos, sem chegar na terceira casca. Como surgiram a ABTB e a FIESP em sua carreira? Eu não tenho uma usina. Para fazer uma usina de processamento de borracha eu queria conhecer toda a área comercial, e através da ABTB eu poderia atingir todas as indústrias e consumidores de borracha. Fui participar da ABTB por causa de um interesse meu. Já na FIESP eu fui diretor do órgão que administrava o interior. Então eu viajava por todas as CIESPs do interior para conhecer potenciais fornecedores - na minha usina eu tinha 160 fornecedores, como a família Jacinto, de Presidente Prudente... A borracha fez parte da história econômica brasileira. Por que hoje não é mais relevante na balança comercial? O Brasil já foi o maior produtor mundial de borracha e o produto foi o segundo mais exportado entre 1850 e 1913. Em 1913 os alemães publicaram que a borracha Pará custava 20 marcos e o preço caiu no final do ano para 8. Isso dá quase um terço. Por isso que acabou. Foi um desastre. E isso por quê? Porque a produção
“Desde a crise do petróleo nos anos 70, as plantações de seringueiras começaram a crescer bastante.”
nativa brasileira, que era 30 mil, em 1913 chegou a 40 mil. E a produção de plantação a 42 mil. Quando falo em plantação aqui, falo de sudoeste asiático, que engloba Indonésia, Tailândia e Malásia, principalmente. Era a tripartite, os grandes produtores. Agora entrou o Vietnã e são quatro os grandes produtores atualmente. Eles evoluíram, mas também sofreram porque investiram pensando que o preço era 28 marcos e quando começaram a produzir os preços caíram. Durante a primeira guerra os preços ficaram muito baixos, e depois veio ainda a crise de 29. Nos anos 30 os países já estavam se preparando para uma possível guerra, quando a Alemanha conseguiu produzir a primeira borracha sintética, apresentando em 1932 um carro Volkswagen rodando com pneus de Buna (Nome comercial do SBR da época). SBR... Isso tudo é causado por investidores que produzem com as plantações, subsidiando o povo para plantar e extrair borracha. Com o surgimento da borracha sintética se desinteressaram, mas com o decorrer da guerra, voltaram a se interessar pela borracha natural. Separaram-se. Alemães e japoneses foram defender a Ásia enquanto os americanos foram defender a borracha brasileira. Terminada a guerra, a sintética prevaleceu. Essa é uma crítica que faço à indústria química, que tem dono: os acionistas, que visam o lucro. Uma indústria química chega em uma pequena fábrica de borracha, que trabalha com borracha natural e fala que aquilo não tem futuro, não dá lucro, e convence a usar a borracha sintética. Já os produtores de borracha natural são poucos, espalhados pelo mundo, não têm experiência nenhuma de
BORRACHAAtual - 7
Entrevista fazer fluxo e incentivar o consumo - a não ser as companhias de seguro, que exigem que os pneus de avião sejam feitos de borracha natural, determinando inclusive sua qualidade. Os pneus para aviação não podem ter nenhuma impureza, sendo aplicado inclusive um grau especial que tem um índice de 1 para um milhão de possibilidades do pneu conter uma sujidade. No Brasil a sujidade permitida é 20 por milhão, enquanto no resto do mundo é 10. Que outras dificuldades o setor de borracha natural enfrentou e ainda enfrenta atualmente no Brasil? A dificuldade da borracha nativa é que em um hectare na Amazônia, entre 400 árvores, se tiver mais de 60 seringueiras, é excepcional. Uma mesma árvore será explorada várias vezes por ano, mas só na época que não chove, porque quando chove não pode sangrar porque vai lavar o que ele coleta. O que o governo fez depois que os americanos entregaram de volta as plantações brasileiras, em 1945? (entre 1943 e 1945 o governo americano fez um contrato de exploração com o governo brasileiro no qual foram criados “soldados da borracha” – brasileiros recrutados pelo governo daqui e espalhados por toda a Amazônia para produzir e comprar borracha para os Estados Unidos). Os americanos tinham perdido o contato, não tinham borracha, nem poderiam chegar no sudeste asiático... Venderam todas as árvores para o governo brasileiro, por um dólar. O governo tomou isso com entusiasmo, criou o banco de crédito da borracha e começou a explorar, para voltar ao programa que tinha até o começo do século. A produção foi igual, para se ter uma ideia. Em 1910 foram produzidas 28 mil toneladas de borracha e no governo pós-guerra, depois de 1947, a produção chegou no máximo a 32 mil toneladas de borracha nativa. Mas o governo 8- BORRACHAAtual
ajudava. Fazia a mesma coisa que os americanos: infiltravam pessoas para explorar e ele ficava com a borracha. Não temos estatística de quanto os americanos tiraram daqui durante a guerra. Talvez eles tivesssem conseguido muito mais... Porém, o governo tinha que fazer algo com a borracha. Ele tinha que dar assistência aos seringueiros. Tinha que vender essa borracha para a indústria. Então ele calculou quanta borracha cada seringueiro tirava por ano. E calculou quanto era o salário mínimo por ano. Vamos falar em números gerais. O salário mínimo anual era de 300 cruzeiros. Ele dividiu os 300 cruzeiros pelo número de quilos que produzia. Isso precificou o produto. O governo recebia com sua estrutura, tinha usinas contratadas e vendia essa borracha por US$ 3 dólares. A indústria replicava que a borracha custava US$ 1 dólar. O governo vinha e falava que não se poderia importar... Como hoje é o caso do elastômero: o governo obrigou a indústria a pagar para subsistência do seringueiro, para que ele recebesse pelo menos um salário mínimo. A indústria chegou a pagar 2,6 vezes mais por um quilo de borracha nacional do que a importada. E ela não podia importar enquanto não tivesse garantia de que tinha sido escoada toda a produção brasileira... Então tinha que comprar a produção inteira... Toda essa dificuldade foi até 1985, quando um ministro abriu o mercado. O que aconteceu? Conforme a borracha estava difícil, muita gente arranjava borracha para vender para o governo para sobreviver, que vinha de plantações de Mato Grosso pra cima... e o governo percebeu que aquilo estava sendo manipulado e acabou com a história. Deu uma subsistência para a Amazônia, mas deixou a borracha em livre comércio, porque, desde a crise do petróleo nos anos 70, as plantações de
seringueiras começaram a crescer bastante (Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Mato Grosso). Fui para a Malásia em 1978 e formamos uma empresa com o Roberto Gênova – na época, com seu sócio Milton Torres tinha a Oeste Asiático, uma grande empresa, grande importadora, global, que dominava o mundo das commodities. Essa empresa foi fechada e começou a abertura do comércio em vários países. E eles abriram a Parabor, que era uma continuidade dessa empresa, com sede na Europa. Quando nos anos 70 o petróleo subiu de US$ 1 para US$ 10, US$ 20 dólares/barril, a borracha natural ficou interessante e nos anos 80 todo mundo começou a comprar borracha. Mas a borracha também subiu. Custava US$ 0,35 centavos de dólar até os anos 70, no pós-guerra. Tinha muita produção, todo mundo plantou demais... Quando subiu o petróleo, a borracha subiu de 35 centavos para um dólar. Tanto é que há 40 anos a borracha custava o que custa hoje, US$ 1,25 dólar. Estamos mal das pernas hoje porque a borracha está muito barata, o negócio de livre importação, você não é obrigado a comprar borracha nacional. Temos que vender a nacional pelo preço que o comprador consegue pagar e trazer aqui. Sem proteção ou subsídios? Nada. Importar para o Brasil custa uns 10% porque o imposto de importação é 4%, frete, seguro, 10% a mais da bolsa de Cingapura e é assim que nós brigamos com o nosso preço, é como estabelecemos o preço. Fazemos contratos para não mudar o preço a toda compra. Assim estabelece-se um preço médio da bolsa de Cingapura por dois meses, preço médio do dólar por dois meses, mais 10% do preço da borracha durante dois meses. Mas mesmo assim, nem a alta do dólar ajudou, porque o preço baixou de US$ 1,40 para US$ 1,25.
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Elaste
Elaste 2015 Focada em inovação para um futuro melhor Representantes dos mais importantes “players” dos setores de borracha, químico e de máquinas participaram da oitava edição da Elaste 2015 – Exposição e Seminário de Borrachas e Máquinas, realizado no dia 27 de outubro passado, no auditório do Instituto Milenium, em São Paulo. O evento foi composto por nove palestras relativas aos mais variados setores, com foco em inovação. Como novidade, neste ano, após as palestras, aconteceu a premiação do TOPRUBBER 2015, com os maiores e melhores da indústria recebendo o merecido reconhecimento.
Palestra 1 - Indústria Química: dificuldades, desafios e oportunidades
- País importa US$ 43 bilhões em produtos químicos - déficit superior a US$ 30 bilhões na balança comercial.
A primeira palestra da programação foi proferida por Fátima Giovanna C.
Patamar de importação é 70% maior que no início da série.
- Aumento dos juros, inflação e desemprego - Fim do REIC (regime especial da indústria química) - Extinção do PIS/Cofins sobre a
Ferreira, Diretora Técnica de Economia
- Produtos importados têm preço
compra de matérias-primas petroquímicas
e Estatística da ABIQUIM, convidada
duas vezes maior que os exportados.
- Redução da alíquota do Reintegra
especial da Birla Carbon, que apresentou
Preços subiram em termos nominais e
um amplo panorama da indústria
reais. Produtor: preços 30% inferiores
química e perspectivas para o futuro.
em dólar e 18% inferiores em Euro a
- Importação - demanda de 30%
apresentação foi iniciada com o
(Importação c/ tarifa 2014 - 6543
mapeamento da atual indústria química
US$/ton)
Dividida
em
cinco
partes,
(devolução de impostos na exportação) - Recriação da CPMF - Fortes altas de custos para as empresas Passando
para
a
parte
das
oportunidades, a especialista elencou
brasileira, com informações atualizadas
- Produção estagnada nos últimos
fatores essenciais para uma indústria
sobre faturamento (US$ 157 bilhões),
nove anos. Vendas internas em declínio
química forte (principalmente matéria-
posição no ranking da indústria nacional
- estão no pior nível dos últimos 9 anos.
prima competitiva e energia), citando
(6ª),
mil),
Em 8 anos as exportações caíram e só
o fato de que os EUA passou a ser
participação no PIB industrial (10%) e no
voltaram a crescer nos últimos meses
auto-suficiente em energia, com forte
PIB total (3%). Em seguida, a palestrante
devido à desvalorização do real.
descolamento do gás do petróleo e o
empregos
diretos
(400
Nacional
governo daquele país está utilizando
a sexta posição no ranking mundial da
(medida mais importante de demanda)
de suas reservas para dinamizar a
indústria química (atrás de Coréia do
caiu 5,2% entre janeiro e agosto de 2015.
economia. Fátima informou que nos
Sul, Alemanha, Japão, EUA e da líder
Para Fátima, é preciso romper o
EUA há atualmente 238 projetos em
China), acrescentando que o setor é um
círculo vicioso (importações, ociosidade)
petroquímica,
grande propulsor da economia e muito
para a indústria voltar a crescer.
setor hoje é de US$ 145 bilhões e
intensivo em capital.
Segundo ela, o cenário é preocupante
deverá exportar US$ 30 bilhões destes
por vários motivos:
produtos até 2030.
informou que atualmente o Brasil ocupa
Na
parte
das
dificuldades,
a
-
Consumo
Aparente
especialista citou vários problemas que
- Recessão em curso
atravancam a indústria química nacional
- Previsão de 2 anos seguidos de
e resultam em uma inédita capacidade
recuo para o PIB (2015 e 2016)
seu
investimento
no
Para o Brasil, afirmou que o présal é uma excelente oportunidade, porém, não será inteligente fazer do
ociosa de 21%, muito grande para o setor:
- Recuo da participação da indústria
país um exportador de petróleo (para
- Momento é difícil devido às três crises:
no PIB, com queda na produção
evitar a “doença da vaca holandesa”).
industrial
O ambiente de negócios precisará ser
política, econômica e de credibilidade. 10- BORRACHAAtual
mais saudável para o setor químico, que é um dos grandes propulsores da economia, estando entre os melhores
Palestra 2 – “Auxiliares de processo: utilizando de forma correta”
setores no encadeamento, tanto para a
benefício e traz excelente acabamento ao artefato) e o Dissecal AX-56. Terminou alertando para características dos auxiliares que merecem atenção:
frente, como para trás.
Reginaldo Barbosa, especialista em
- Ponto de fusão - escolha é definida
Segundo Fátima, o círculo vicioso
Auxiliares de Processo da Auxyborr, foi
pelo tipo de processo
(capacidade ociosa/importações) pode
o segundo palestrante, o qual discorreu
- Índice de acidez
ser quebrado pelo potencial do país:
principalmente
- Petróleo: Brasil estará logo entre os
até 2030
os
produtos
Segundo Reginaldo, os problemas mais comuns de processo são má dispersão,
fluidez
- Cinzas - definem o princípio ativo do auxiliar.
fabricados pela sua empresa.
10 maiores produtores do mundo - Produção de gás quase triplicará
sobre
do
composto,
composto
grudando
- Maior diversidade do mundo
viscosidade,
- Grande reserva de minerais como
no cilindro, sujidade no molde, peça
Palestra 3 – “Efficium, novo conceito em sílica, ganhos em produtividade e desempenho”
grudando no molde. Os auxiliares de
A nova sílica Efficium foi o tema da
A fim de retomar a competitividade
processo são produtos que acabam com
terceira palestra, a cargo de Guilherme
da indústria, Fátima alinhavou medidas
tais dificuldades, melhorando a qualidade
Brunetto, Gerente de Novos Negócios
essenciais:
do
da Solvay-Rhodia. O palestrante começou
quartzo
- Garantir disponibilidade de nafta, necessária para a competitividade e para a continuidade operacional dos polos petroquímicos. - Expandir desoneração das matériasprimas de primeira e segunda geração - Utilizar óleo e gás do pré-sal para estimular indústria química nacional
processo
e
permitindo
maior
eficiência, diminuindo o desperdício. Em seguida, listou os tipos de produto com que a Auxyborr trabalha:
contando a história dos 150 anos da Solvay (incluindo foto de um sarau técnico
promovido
pelo
pioneiro
Peptizantes - quebram a nervura da
Ernest Solvay em 1927, que contou com
borracha. Ajudam a reduzir o consumo
participação de Einstein e Marie Curie).
de energia.
Destacou o fato da empresa contar com
Dispersantes - reduzem ciclo de
9 plantas industriais de sílica (uma no Brasil, em Paulínia) e os produtos ante-
mistura e facilitam o processo.
riores ao Efficium, como o Zeocil, de 1992.
- Atenção especial para setores
Agentes de Fluxo - não provocam
com vantagem competitiva natural
sujidade em molde, aumentam o fluxo
O HDS de terceira geração da Solvay
em processos de injeção e reduzem
foi desenvolvido pensando no mercado
temperatura de descarga.
de pneus, segundo Guilherme. Entre as
e/ou vocação. BOX 1
Comparação de salários:
Homogeneizadores - melhoram a
vantagens do produto estão benefícios
homogeneização dos compostos que
na resistência ao rolamento, frenagem
possuem propriedades diferentes.
em piso molhado e durabilidade. Até então o HDS levava desvantagem em
R$ 2.616 (indústria química) R$ 1.396 (ind. de transformação)
Entre os produtos, o especialista
processo na comparação com o negro de
destacou o Auxylub 32 (que atrela custo/
fumo. Por isso, o foco do Efficium é em processo. Diminui número de etapas no processo de mistura da sílica e do tempo
QUADRO 1
de mistura. Aumenta a vazão de extrusão.
2004/2014
Melhora o desempenho de fórmulas
Determinantes de competitividade (em %)
previamente estabelecidas e proporciona
Brasil
EUA
México
90
30
55
Custo com gás
60
25
-37
Cresc. salários
100
27
67
Custo com eletricidade
estabilidade ao longo do tempo. Outras vantagens citadas foram:
Burocracia
116
4
53
- Incremento de 25% na produti-
Taxa de juros nominal
10,9
0,25
3,8
vidade da mistura (uma etapa da mistura)
Carga Tributária
35,3
24
19.7
- Melhoria da qualidade e produtividade da extrusão BORRACHAAtual - 11
Elaste PRIMEIRO PAINEL
sulfúrico, e também na produção em si). A sílica é, sim, amigável ao meio
Entre o primeiro e o segundo bloco
ambiente.
de palestras foi desenvolvido um painel, em que Antonio Carlos Spalletta, diretor da revista Borracha Atual e organizador da Elaste, formulou perguntas para os Borracha Atual: Como o fator preço
- Menor viscosidade em cada etapa da mistura
intensa de silicone no Brasil? Fátima
Giovanna
Ferreira
(ABIQUIM): Porque não temos escala
três primeiros palestrantes.
Guilherme Brunetto, Gerente de Novos Negócios da Solvay-Rhodia
Porque não temos produção mais
suficiente para a instalação de uma fábrica. Além disso, o Brasil depende de
afeta a competitivade? Ferreira
metanol importado. Há a necessidade
- Silanização mais rápida
(ABIQUIM): O Brasil hoje não é
de incentivos. Exportamos quartzo e
- Extrusão melhor e com mais
formador de preço, é tomador. Essa
importamos matéria-prima.
Fátima
produtividade
Giovanna
realidade só o futuro irá mudar. Os
- A densidade de ligações cruzadas
EUA hoje, com sua oferta imensa de
é maior com Efficium e a reticulação da
matérias-primas, mudou sua realidade.
Palestra 4 – Novas tendências de mobilidade e sustentabilidade
rede é mais homogênea. Empresas de menor porte têm hoje O Efficium apresenta vantagens
os mesmos problemas das grandes?
Roberto Falkenstein, Diretor de Desenvolvimento da Pirelli, foi o quarto
(laboratório,
Reginaldo Barbosa (AUXYBORR):
palestrante a se apresentar, mostrando,
processo industrial de produção do
Temos os mesmos problemas, com um
na primeira parte de sua exposição, os
composto e na construção de pneus e
agravante: é mais difícil a sobrevivência
quatro tipos de pneus reservas que o
teste de estrada). É o novo benchmark
porque não há injeção de investimentos.
mercado tem ou está desenvolvendo
em
todas as escalas
no momento, com suas características,
para formulação de pneus verdes e TBR. E aposta certa da empresa para novas bandas de pneu de caminhão. Proporciona
menor
viscosidade
e
Poderemos ter no futuro pneus só
vantagens e desvantagens:
de sílica? Guilherme
Brunetto
(Solvay-
limita o incremento de viscosidade.
Rhodia):
Permite a entrega dos pneus verdes
Programas como o de etiquetagem
TBR no mercado em menor tempo.
estimulam o uso de novas tecnologias.
Nas palavras de Guilherme, o Efficium
Há espaço para a sílica crescer no setor
tem regras de formulação equivalentes
de pneus de caminhão. A previsão é de
Run Flat:
às do Zeocil, porém com a superfície
que a sílica seja cada vez mais usada.
- roda até 80 km a 80 km/h
Há mercado para todos.
- suspensão adaptada
tratada com compostos orgânicos. Tem produtividade e desempenho suficientes
O processo de fabricação da sílica
para substituição em massa do HDS de
é ambientalmente mais amigável que o
referência e desenvolvimento de novos
de negro de fumo?
compostos de alto desempenho. Já está
Guilherme
- TPMS (sistema de monitoramento de pressão do pneu) - mais reforçado na parte lateral
Brunetto
(Solvay-
disponível para produção industrial em
Rhodia): Temos que ver a pegada de
várias unidades e zonas geográficas
carbono na produção (areia, ácido
Vantagens: - Não importa se é furo ou corte, continua rodando - Não há estepe
Tabela
- Evasão do local perigoso
Teste do pneu: NR-CB/HDS
- Troca-se em um revendedor
15% na melhora do Mooney, melhora em RR c/ HDS, manutenção do desempenho no uso
Desvantagens: - Após usá-lo murcho,
Coeficiente R
CB Puro
Z1165mp/CB
Efficium CB
9,7
7,6
7,5
não pode ser reutilizado - Menor conforto - Mais caro
12- BORRACHAAtual
BORRACHAAtual - 13
Elaste Pneu temporário:
Quanto ao uso no mundo, o executivo
- Menor dimensão
da Pirelli apresentou os seguintes
- roda até 80 km/h
números:
- aspecto desagradável
Palestra 5 – Próxima geração do EPDM Marcelo Mori, Diretor Comercial
- inflado a 80 psi
*Run Flat: 6 milhões de veículos
para Elétrica e Telecomunicações da
Vantagem:
*Pneu temporário: 10 milhões
Dow América Latina, discorreu sobre
- Ganho em volume
*Air Free: 0
a próxima geração do EPDM na quinta
no porta-malas
*Seal Inside: 2 milhões
palestra. Ele começou a apresentação
Desvantagens: - Inseguro
mostrando informações sobre a Dow Falkenstein, durante a palestra,
- Incômodo
apresentou o Cyber Tyre, dispositivo
- Empresa global
- Custo na reposição
colocado na cinta do pneu que monitora
- US$ 58 bi em vendas (2014)
(o estepe não entra na troca)
suas condições. Comunica-se com o veículo informando como está rodando e forne-
- mais de 6000 produtos feitos em 201 plantas em 36 países
cendo temperatura, pressão e informações
- mais de 53 mil funcionários
técnicas do pneu. Permite regular a pressão
- líder mundial na produção de EPDM
dos pneus conforme a necessidade.
com a tecnologia metaloceno
Dessa forma, o sistema permite
- Em 2016 inaugurará nova planta
que o pneu rode mais (porque vai rodar
de Nordel, de escala global, e com isso
Pneu Air Free:
com pressão correta) e pode, segundo o
aumentará a produção de EPDM
- Roda sem ar
executivo da Pirelli, “entender” a severidade
- Banda de rodagem substituível
do percurso, controlando a pressão.
- Roda especial
Também “entende” a carga, ajudando a
empresa avança em tecnologias de
economizar combustível. Proporciona
catalisadores, listando a evolução por
Vantagens:
maior comunicação entre o pneu e o que
ordem cronológica:
- Segurança
ele está sentindo com o veículo de modo a
- Comodidade
otimizar sua relação com o mesmo.
- Economia
Em
seguida,
mostrou
como
a
1960 até o presente - Ziegler Natth 1990 até o presente - Metaloceno
Em relação às aplicações, Falkenstein
2000
até
o
presente
Desvantagens:
informou que o Cyber Tyre é ideal para
metaloceno
- Dirigibilidade
frotas: pode prevenir furtos, ajudar no
consumo de energia).
- Compatibilidade
gerenciamento da frota e controlar toda
–
pós-
(menor desperdício e
a vida do pneu. Será usado na Fórmula 1.
Segundo Mori, o foco é em perfis de
O executivo finalizou sua explanação
portas para carros e o produto proporciona
afirmando que a inovação é o foco, mas o
maior produtividade, estética, redução de
caminho até ela é árduo. Ela nem sempre
peso e desempenho de longo prazo, além
é aceita pelo seu mérito, mas sim como
de menor desperdício, alta eficiência e
ela faz as pessoas se sentirem. Porém,
excelente dispersão do polímero.
Seal Inside:
quanto mais os benefícios da inovação
- Feito com material que não seca
forem para todos os envolvidos na
O processo de fabricação, de
- Funciona quando perfurado por
cadeia, mais rápida será a sua aceitação.
acordo com o executivo, é mais rápido
objetos de até 6 mm de diâmetro
e fácil com Nordel EPDM. Foram listadas algumas facilidades:
Vantagens: - Segurança
- Maior rapidez de cura
- Comodidade
- Extrusão mais rápida
Desvantagem:
- Retenção da forma
- Não é à prova de cortes 14- BORRACHAAtual
Cyber Tyre: dispositivo que monitora as condições do pneu
original da peça
SEGUNDO PAINEL
ao gosto do público. Dá autonomia e domínio do mercado. Por outro lado
Entre o segundo e o terceiro bloco de
palestras
foi
desenvolvido
o
sofremos com o clima interno do país. A economia sofre, sofremos também.
segundo painel, em que Antonio Carlos Spalletta, diretor da revista Borracha
Marcelo - Não temos fábrica, mas a
Atual e organizador da Elaste, formulou
estrutura local é como se tivéssemos.
perguntas sobre um tema respondidas
Temos
pelos dois palestrantes.
suporte técnico, atendimento ao cliente,
departamento
de
vendas,
logística, alguns serviços de laboratório. Antonio – É difícil ser uma empresa
É a maneira com que trabalhamos e temos tido êxito.
sustentável no Brasil? Marcelo - Não. E questão de você
Edgar Citrinite (Cabot)
entender as regras do país e saber o que
A inovação brasileira tem futuro?
deve ser feito. E difícil hoje uma empresa
Roberto - Sim. O brasileiro é muito
não ter metas de sustentabilidade. Na
criativo. Já ganhamos dois prêmios
Dow essa filosofia passa por medidas
nos EUA com produtos desenvolvidos
simples, como o uso do papel no xerox.
aqui - o projeto de sílica de casca de
Segundo o palestrante, são muitas as
As pessoas vão adquirindo hábitos,
arroz é nosso. O brasileiro só precisa
dificuldades atuais para os profissionais
comprando ideias. É uma questão cultural.
reconquistar aquele brilho nos olhos
do setor. Exemplificou afirmando que
para trabalhar.
os shoppings centers têm 5 mil vagas
setor de logística no Brasil atual.
para clientes que vão fazer compras,
Roberto - Trabalhando com essa visão o clima interno fica muito bom.
apresentação dura e realista sobre o
Marcelo - Sim. O pessoal nos EUA
mas
destinam
uma
portinha
para
Nosso presidente tem essa visão de
percebe que o brasileiro é criativo.
quem vai entregar. Dessa forma, os
sustentabilidade.
praticamente
Inclusive muitos estão deixando o Brasil
transportadores têm que se virar. Para
não vemos empresas trabalharem sem
em direção aos EUA para ensinar como
Adalberto, não tem regra nem receita
essa meta. É um caminho que todas têm
se trabalha de maneira criativa, achando
de bolo em logística, cada um usa os
que seguir, mais cedo ou mais tarde.
caminhos diferentes. A criatividade do
recursos que têm. Uma empresa pode
Futuramente todas as empresas terão
brasileiro é acima da média.
ter o Ayrton Senna dirigindo o caminhão,
Hoje
pode ter os melhores caminhões do
que ser sustentáveis. Como é trabalhar estando dentro do
Palestra 7 – “Os desafios da logística moderna”
mundo, mas se não fizer o planejamento direito, não vai funcionar. Tem que fazer e fazer isso bem feito.
mercado como produtor e importador? Roberto - É uma grande vantagem
Adalberto Panzan Jr. , presidente
ter um departamento de pesquisa e
da ADS Micrologística, abriu o terceiro
tecnologia forte para criar produtos
e último bloco de palestras com uma
Palestra 8 – “Sinais” Edgar Citrinite, Gerente de Vendas e Marketing da Cabot, manteve a tradição de suas bem-humoradas e também reflexivas palestras na Elaste. Para esse ano, como não poderia deixar de ser, o foco foi no momento de crise pela qual o país passa. Entre várias reflexões interessantes,
um
recado
para
os
profissionais de vendas: “Acabou a lista de preços. Voltou a negociação pessoa a pessoa. Em conseqüência disso, voltou a Antonio Carlos Spalletta (Borracha Atual), Roberto Falkenstein (Pirelli) e Marcello Mori (Dow)
humanização nos negócios”.
BORRACHAAtual - 15
Elaste “Foco foi na inovação, tendências, produtos novos. Foi proveitoso, pois sempre há palestras novas e encontramos os amigos.”
“Um evento interessante.” Cynthia Guenaga (Birla Carbon)
Edgar Solano Marreiros (presidente do Sindibor e Abiarb)
Eduardo Smetana (Si Group)
Palestra 9 – “Os rumos e as necessidades da indústria de artefatos para os próximos anos” Edgar Solano Marreiros, presidente do
Sindibor
e
apresentação
Abiarb,
com
uma
abriu
“A participação da indústria no PIB era de 28% há 20 anos e hoje é de 12,4%. O melhor jeito de falir no Brasil é ser industrial.”
sua
setores e os empresários pagam o pato.
PIB era de 28% há 20 anos e hoje é de
Informou que 50% das empresas está
12,4%. O melhor jeito de falir no Brasil é
inadimplente com o fisco (o setor tem
ser industrial”, declarou.
2.300 empresas, 1.100 em São Paulo) e justificou a necessidade do governo em
Para 2016 as perspectivas não são
recriar a CPMF afirmando que ninguém
boas, de acordo com Marreiros. “Em
está pagando imposto.
2016 vamos apenas administrar o nosso desespero. Nunca passamos por uma
“solução”
bem-humorada para a crise do setor:
Marreiros ainda informou que o
crise igual a essa. Em 2015 teremos
“A salvação para a indústria em
déficit nominal está em 5% do PIB e que
entre 18 e 20% de queda no setor. Tudo
2016 será fazer balões bem grandes
o Brasil, que tem a quarta maior carga
isso temos que vencer, reduzindo custos,
para encaixotar vento” (referência a
tributária do mundo, é o país que menos
automatizando ao máximo. Ou mudar
uma recente e infeliz declaração da
devolve dinheiro do imposto.
de país. Já em 2016 as projeções são de 5 a 6% de queda do PIB. Solicitei a
presidente Dilma Rousseff). Duro, afirmou que o Brasil não é Enérgico, continuou a apresentação
competitivo porque a corrupção não
afirmando que o setor foi afetado pela
deixa. Segundo o executivo, o governo
economia global. Gera 48 mil empregos
leva o dinheiro que deixaria a indústria
e, só em 2015, foram fechados 15%
mais competitiva. “Quanto mais pobre
de
Segundo
fica o pais, mais vantagem o governo
Marreiros, a crise está em todos os
leva. A participação da indústria no
postos
de
trabalho.
todos do setor que refaçam os cálculos”, finalizou.
“A Elaste foi bem diversificada. Gostei muito, foram trazidos temas interessantes, principalmente nas palestras da Evonik, Pirelli e do Marreiros.” Miguel Rovesta (Seriac)
Daiana Baldo, Fábio Morais e Juliana De Martini (todos da Orion) 16- BORRACHAAtual
BORRACHAAtual - 17
Elaste
“Ótimo evento. Foi muito proveitoso, principalmente as palestras da Abiquim e da Cabot.” João Visagre Alexandre Iara e Sidnei Eurípedes (ambos da Amazonas)
Palestra 10 – “Future of Mobility: A Global Perspective and Impact on Brazil”
megacorredores, megafavelas e cidades
as lojas serão pequenas, efêmeras e
inteligentes e sustentáveis. Exemplos
urbanas. O varejo estará totalmente
de cidades da América Latina que
conectado, e as lojas serão muito mais
estão próximas dessa realidade são
interativas (virtuais).
Manager,
Guadalajara, Lima e São Paulo. Na
Latam Research da Frost & Sullivan,
visão da empresa, as cidades serão
Yeswant
Abhimanyu,
e
os
automóveis
Em relação às concessionárias, é
convidado especial da Evonik, fechou os
clientes
serão
previsto que em 2025 elas ocupem um
trabalhos com uma interessante palestra
construídos em função das cidades e
terço do espaço que ocupam hoje, e
sobre o futuro da mobilidade, focada
não ao contrário, como ocorre hoje.
tenham somente 3 a 4 carros expostos.
nas megatendências que impactam a
Serão mais verdes, mais conectados,
Serão
indústria automotiva: urbanização e
mais seguros e mais inteligentes.
digitalmente integradas, customizadas.
socialmente
conectadas,
Serão divididas por setores (usados,
conectividade. Apresentou sua empresa, que trabalha com consultoria e estudo
Em 2025, acredita Abhimanyu, serão
de mercado, e citou as tendências do
80 bilhões de dispositivos conectados,
montadoras
mundo conectado, com destaque para
10 dispositivos por lar, 5 por pessoa, 5
em serviços. O carro deixará de ser
os robôs pessoais, impressão em 4D e
bilhões de usuários de internet, 31% das
o centro do universo. O foco será na
carros autônomos.
casas estarão conectadas e o trabalho
inovação, integração de mobilidade.
conectado representará 15%.
O car sharing para 2025 deverá ter
Nesse futuro que se avizinha (as
novos
e
financiamentos). estarão
mais
Já
as
focadas
uma frota de 500 mil carros.
projeções são para 2025), o executivo afirmou que as tendências de urba-
O futuro autônomo contará com
nização são megacidades, megaregiões,
carros, aviões e robôs. No comércio,
“A criatividade do brasileiro é acima da média.” Marcello Mori (Dow)
Primeiro Painel: Antonio Carlos Spalletta com Reginaldo Barbosa (AUXYBORR), Fátima Giovanna Ferreira (ABIQUIM) e Guilherme Brunetto (Solvay-Rhodia). 18- BORRACHAAtual
BORRACHAAtual - 19
Adesivos DALTON DYNAMICS
Edson Crespo
A 12ª edição do Prêmio TOPRUBBER foi realizada após o encerramento da programação da Elaste 2015. Foi a primeira vez em que dois dos principais eventos organizados pela Editora Aspa aconteceram no mesmo dia. Ambos ocorreram num clima de grande confraternização entre os representantes dos maiores players dos setores de borracha, químico e de máquinas, mostrando que todos estão unidos e confiantes para ultrapassar este momento tortuoso da economia. O Prêmio TOPRUBBER 2015 foi dividido em 21 categorias. Os eleitos foram escolhidos por meio de votação online no site da editora ASPA. Na categoria personalidade do ano foi escolhido Edgar Solano Marreiros, presidente do Sindibor. Ele e os outros 20 premiados aparecem nas páginas a seguir.
Artefatos de Borracha em Geral ITEB
Auxiliares de Processos SERIAC
Gabriel Formagio Cortez
Artefatos para Automóveis SABÓ
Nelson Julio
Carlos Barbosa
Borrachas & Elast么meros LANXESS
Clovis Ragno
m Bandas de Rodage L VIPA
Borrachas Termopl谩sticas QUANTIQ
Ocimar Galante Ricardo Verona
Distribuição de Matérias-Primas AURIQUIMICA Compostos de Borracha ZANAFLEX
Graciela e Leandro Auricchio
Desmoldantes CHEMTREND
Marcos Santis
Logística & Transporte PRIMAX
Máquinas & Equipamentos BONFANTI
Antonio Leite
Negro de Fumo CABOT
Adilson Cazão e Decio Luizotti
Willian Lima, Patricia Marchesan e Edgar Citrinite
Revenda de Mรกquinas EQUIPABOR
Edgar Tadeu
Pneus PIRELLI
Roberto Falkenstein
PERSONALIDADE DO ANO
Reciclagem de Borracha RECIBRAS
Edgar Solano Marreiros
Empresa de Destaque ADITYA BIRLA
Jo達o de Almeida
Cynthia Guenaga
Propaganda EVONIK
rio Propaganda - Anuรก ZEON
Felipe Rocha
Claudia de Souza
Pesquisa & Ensino IPT
Renato dos Santos, Vicente Mazzarella, Mari Katayama e Douglas da Silva
Artefatos de Borracha em Geral ITEB
Reciclagem de Borracha RECIBRAS
Revenda de Máquinas EQUIPABOR
Artefatos para Automóveis SABÓ Desmoldantes CHEMTREND
Pesquisa & Ensino IPT
Auxiliares de Processos SERIAC Distribuição de Matérias-Primas AURIQUIMICA Bandas de Rodagem VIPAL Logística & Transporte PRIMAX Borrachas & Elastômeros LANXESS
Empresa de Destaque ADITYA BIRLA
PERSONALIDADE DO ANO Edgar Solano Marreiros
Máquinas & Equipamentos BONFANTI Borrachas Termoplásticas QUANTIQ
Propaganda EVONIK Negro de Fumo CABOT
Compostos de Borracha ZANAFLEX Pneus PIRELLI
Propaganda – Anuário ZEON
Notícias
PIRELLI lança Pneu SUPER CITY para motos de 100cc a 160cc A Pirelli, multinacional italiana
a vida útil, além de transmitir precisão e
na precisão com que o pneu mantém
consagrada na indústria de pneus
segurança na condução, tanto em asfalto
a trajetória, tanto nas retas como em
lançou o Super City, evolução das últimas
seco quanto molhado”, afirma Humberto
inclinação, oferecendo confiança e
gerações
Andrade, diretor da unidade de pneus
segurança ao usuário em todas as
de motocicleta na América Latina.
condições.
do
segmento
commuting
(motos de 100cc a 160cc). Com novo perfil de raio duplo, o Super City possui
O desenho do Super City foi
Evolução tecnológica
uma área de contato com o solo 17% mais larga e 11% mais curta, o que resulta
projetado para reduzir o desgaste e aperfeiçoar a área de contato com o
remete
solo. Os sulcos foram redesenhados
durabilidade do novo pneu atinge mais de
diretamente à sua principal aplicação
Com
e reposicionados, deixando a região
25 mil quilômetros, o dobro em relação
e aos atributos técnicos empregados
central mais lisa, com uma área
ao principal concorrente, de acordo
em seu desenvolvimento, o Super City
de contato maior com o solo que,
com testes realizados pelo instituto
destina-se ao mercado de revenda.
juntamente com o novo perfil e a nova
em um nível superior de aderência. A
independente de pesquisas Falcão Bauer
um
nome
que
Seu composto de rodagem foi
estrutura, resultam em um rendimento
traseiros
desenvolvido visando prover um alto
quilométrico nunca antes visto em um
Pirelli Super City ao Levorin Matrix na
rendimento quilométrico e manter os
pneu para motos de baixa cilindrada.
medida 90/90-18 em motocicleta Honda
níveis de performance na pilotagem,
A nova distribuição dos sulcos
CG 150cc.). Além disso, o produto confere
tanto em pisos secos quanto molhados.
visa também otimizar a capacidade
(comparando-se
os
pneus
Para garantir que as dimensões
de drenagem de água em pisos
do perfil fiquem estáveis durante a
molhados, com estabilidade e precisão
o menor custo por quilômetro do mercado, segundo a empresa. O Super City vai atender ao
utilização, foi escolhida uma estrutura
superiores em piso seco. Para isso, o
segmento de motocicletas de baixa
em poliéster que resulta em um
sulco único central do pneu dianteiro
cilindrada, o mais representativo de
módulo de maior rigidez em baixas
foi substituído por sulcos mais curtos
toda a América Latina. Utilizadas
deformações. Os fios em poliéster
e eficientes, o que resulta em mais
tanto
quanto
proporcionam uma alta integridade
borracha em contato com o solo e
para escapar do trânsito no dia-a-
estrutural e, ao mesmo tempo, mantém
aprimora a capacidade de frenagem e
dia e durante o fim de semana, estas
os raios do perfil projetados
motocicletas
(visando
profissionalmente
locomoção
são ágil
alternativa e,
para
principalmente,
aumentar
rendimento
o
quilomé-
dirigibilidade em pisos secos. Do ponto de vista
econômica. O novo produto chega
trico). Desta forma,
este mês ao mercado latinoamericano
obtem-se a desejada
City
com duas medidas, 2.75 – 18 M/C 42P
área
aparência
TT dianteiro e 90/90 – 18 M/C 51P
com o solo mais
tiva
TT traseiro. Até maio de 2016, serão
curta e mais larga,
capaz de alcançar
onze medidas disponíveis, atendendo
que oferece uma
todos os requisitos
a uma ampla gama de opções para as
rodagem
dos usuários que
principais motocicletas do segmento.
eficiente e mantém
buscam um pneu
a
confiável, durável e
“O Super City é a nova referência
de
contato
mais
dirigibilidade
e
para o segmento de baixa cilindrada
aderência típicas da
no que diz respeito à durabilidade.
marca Pirelli.
O ponto forte do pneu é que mantém o mesmo desempenho durante toda
30- BORRACHAAtual
O benefício também é claramente percebido
estético, o Super conta e
com espor-
robusta,
ainda com o visual arrojado que é típico da marca Pirelli.
BORRACHAAtual - 31
Notícias
GOODYEAR lança os Pneus KMAX para Ônibus e Caminhões A Goodyear, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, lançou
A tecnologia RFID (identificação por
os pneus KMax, nova linha de produtos
radiofrequência) pode ser incorporada
para caminhões e ônibus que conta com
opcionalmente
os modelos KMax S, KMax D Traction e
pneus. O sistema permite a identificação
Linha KMax enfatiza maior quilometragem
KMax Extreme.
na
construção
dos
eletrônica do pneu na frota por meio do Control Max, uma solução inovadora
Esses pneus são voltados para as
da
Goodyear
que
proporciona
o
aplicações regional e regional severa,
O desenvolvimento da linha KMax
cujo mercado representa cerca de 40%
envolveu testes de rodagem com 19
controle completo de toda a vida útil
do que é comercializado atualmente no
frotas de vários Estados do Brasil,
dos pneus de uma frota. Isto traz mais
segmento de pneus comerciais. O serviço
totalizando mais de 350 milhões de
agilidade no dia a dia da operação
regional é aquele realizado em vias
quilômetros rodados. O atributo principal
e otimiza o controle da segurança
pavimentadas e sinuosas com aclives e
da nova linha é a ênfase na maior
patrimonial, auxiliando no controle de
declives acentuados, onde os veículos
quilometragem
trazendo
custos e manutenção. Trata-se de um
trafegam com velocidade variável no
melhor relação custo-benefício para as
importante diferencial para o gestor da
transporte de carga e passageiros. Esta é
frotas comerciais, uma das principais
frota, que busca constantemente novas
a condição mais encontrada nas estradas
demandas do segmento.
alternativas para ampliar a eficiência das
percorrida,
monitoramento,
gerenciamento
e
brasileiras. Já o serviço regional severo
Em testes com os seus respectivos
é feito em vias e ruas pavimentadas
antecessores, o modelo KMax S entrega
com percursos sinuosos e manobras
até 10% a mais de quilometragem, o
constantes, onde os veículos trafegam
KMax D Traction responde por até 5%
Os novos pneus KMax da Goodyear
com velocidade média baixa.
a mais de quilometragem, e o modelo
ainda contarão com uma novidade: sete
KMax Extreme entrega até 15% a mais
anos de garantia, dois a mais do que o
por essa linha de pneus equivale a R$
de quilometragem.
O percentual de
usual. Com isso, a companhia reitera
3,1 bilhões por ano. Até 2016, a previsão
quilometragem e atribuições máximas
seu compromisso em prover soluções
é de que corresponda a 3,5 milhões de
são comparações feitas com seus
eficientes e de alta confiabilidade
unidades e, até 2020, a expectativa é de
antecessores, G658, G667 e G658 em
para gestores de frota. Além disso, a
crescimento de 4,7% ao ano.
serviço regional severo.
capilaridade da rede Goodyear permite a
Atualmente, o mercado atendido
“Nossa competitividade no Brasil é
As
inovações
empregadas
na
muito forte. Fomos líderes no segmento em
construção dos pneus incluem a tecnologia
2014. Apesar de vivermos um momento
Intellimax, que engloba o uso de novos
desafiador, vemos a possibilidade de
compostos, bandas de rodagem com
retomar o crescimento em longo prazo.
camada dupla e sulcos interligados para
Por isso, continuamos investindo em
máxima quilometragem. A linha também
produtos com alta tecnologia agregada e
conta com a tecnologia Duralife, que fornece
performance comprovada, que atendem
maior resistência devido à combinação
à mais importante necessidade do nosso
entre otimização da banda de rodagem,
cliente: o menor custo por quilômetro”,
construção da carcaça com quatro cintas
afirma Antonio Roncolati, diretor da
estabilizadoras de aço e monitoramento
unidade de pneus comerciais.
constante da produção dos pneus.
32- BORRACHAAtual
operações e reduzir os gastos inerentes à circulação e manutenção dos pneus.
disponibilidade do lançamento já em todo o Brasil a partir de novembro de 2015.
BORRACHAAtual - 33
Notas de Pneus Significado das marcações “OE” nos pneus O processo de construção de um pneu funciona como uma receita: a combinação de diversos materiais permite a obtenção de diferentes comportamentos e desempenhos. E é na busca por essas diferenças que são criadas as especificações de um mesmo modelo e de uma mesma medida de pneu. Veículos diferentes demandam pneus diferentes. SUVs com centro de gravidade alto exigem pneus mais firmes, que não permitem, por exemplo, que a carroceria se incline demais nas curvas. Carros esportivos pedem pneus com maior poder de frenagem e aderência enquanto os de luxo buscam privilegiar o conforto através de pneus mais silenciosos. Algumas montadoras preferem solicitar a colocação de uma marcação especial nas laterais dos pneus cujas especificações foram testadas e aprovadas pelos seus engenheiros. É a chamada “Marcação OE”, de Original Equipment ou Equipamento Original. Dessa forma a montadora busca auxiliar seus clientes a encontrar o pneu original de seu veículo no mercado de reposição. Embora prática, a marcação acaba por gerar dúvidas na hora da troca. “Pneus identificados com OE podem ser utilizados em veículos de outras marcas, prática muito comum no mercado, assim como o consumidor tem o direito de montar em seu veículo um pneu de outro modelo ou marca. Misturar pneus com e sem marcação OE em um mesmo veículo também é possível, contanto que a regra de uma mesma especificação em um mesmo eixo seja respeitada”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus para o Mercosul. Legalmente falando, essas marcações não possuem valor. Elas são apenas uma forma de auxiliar os consumidores, não se caracterizando como uma obrigação, mas sim como uma recomendação. Essas marcações não atestam a qualidade do projeto do pneu, nem mesmo a qualidade de seu processo produtivo. Elas apenas apontam que uma determinada especificação foi aprovada pela montadora para ser equipada em um modelo de veículo durante a sua produção. Conheça a relação de montadoras que fazem uso dessas marcações e quais são elas: Audi Audi Quattro BMW BMW M Mercedes-Benz Jaguar Porsche Maserati GM (Estados Unidos) 3434-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
A0 R01 Estrela M3 MO“O” e não “zero” J N0 MGT TPC Spec. XXXX
Dunlop lança Direzza DZ102 O novo Direzza DZ102, lançado pela Dunlop, é a novidade de fim de ano da empresa para o mercado nacional. Projetado para suprir as necessidades dos motoristas que exigem mais performance, o modelo oferece conforto, esportividade e segurança, garantindo desempenho superior aos condutores que buscam nos pneus a mais avançada tecnologia japonesa. O lançamento já pode ser encontrado na rede de distribuidores Dunlop. Desenvolvido para equipar desde veículos compactos até esportivos, o DZ102 substitui a versão DZ101. Com excelente desempenho de aderência em superfícies secas e molhadas, o novo modelo garante aumento do desempenho de frenagem (5% de aumento no molhado e 3% no seco) e resistência reforçada (28% maior durabilidade do produto), além de ser 26% mais silencioso que sua versão anterior. “A Dunlop entende a infraestrutura das pistas brasileiras e trabalha para atender as exigências do consumidor local. Os pneus Direzza102 entregam o que prometem: alinhando o que há de mais avançado em conforto, desempenho, segurança e durabilidade”, comenta Renato Baroli, diretor de Marketing e Vendas da Dunlop Pneus no Brasil. O Direzza DZ102 é produzido na fábrica da Dunlop localizada em Fazenda Rio Grande na Grande Curitiba (PR) e está disponível nas revendas da marca, inicialmente em 3 medidas, 195/55R15, 195/50R16 e 205/55R16. A Dunlop é a única fabricante no Brasil a produzir todos os pneus sem emenda com a tecnologia Sun System, que garante maior precisão e melhor desempenho ao dirigir. Hoje, a fábrica brasileira já se aproxima da meta de produção de 15.000 pneus por dia.
BDMS1 é a nova banda de rodagem da Bridgestone Bandag A Bandag está lançando a banda de rodagem BDMS1, produto desenvolvido para aplicação mista em eixos de tração para caminhões rígidos. Sua tecnologia exclusiva proporciona ao usuário maior recapabilidade, segurança e melhor custobenefício.
BORRACHAAtual- -35 35 BORRACHAAtual
Notas de Pneus “Continuamos a inovar e encontrar as melhores formas de servir aos consumidores, atendendo suas necessidades”, comenta Marcos Aoki, Diretor Comercial da Bridgestone Bandag. “Queremos sempre proporcionar produtos com qualidade superior e excelente performance que contribuam para a redução dos custos operacionais”. A BDMS1 foi desenvolvida para proporcionar menor geração de calor e maior resistência a cortes e picotamentos, com excelente quilometragem, contribuindo para a durabilidade da carcaça e maximização dos resultados operacionais da frota. Dentre os outros benefícios da BDMS1 ainda estão a auto limpeza e o maior poder de tração, que proporcionam o desempenho ideal para o segmento. A BDMS1 já está disponível para comercialização nas medidas 230, 240 e 250 mm.
Pneu ContiPowerContact é equipamento original do Ford New Fiesta O New Fiesta – nas opções hatch e sedan – está deixando as plantas* da Ford calçando pneus Continental ContiPowerContact na medida 195/55 R15. “Mantemos com a Ford uma importante parceria no Brasil e já fornecemos nossos pneus como equipamento original para o Novo KA e para o EcoSport. Trata-se de um dos mais bemsucedidos projetos já desenvolvidos pela empresa no país e essa escolha é mais um importante passo em nossa estratégia de ampliar a presença da marca junto aos principais fabricantes de veículos do país”, comenta Caio Marchi, gerente regional de vendas de equipamento original - pneus para automóveis e camionetas da Continental Pneus Mercosul. Desenvolvido especificamente para o mercado latinoamericano, o ContiPowerContact emprega compostos de última geração, permitindo uma eficiente absorção de energia e aumentando a aderência do pneus com o solo tanto em pisos secos como molhados. Ele entrega ainda maior quilometragem, menor consumo de combustível e resistência ao rolamento, com a consequente redução na emissão de CO2, o que beneficia o meio ambiente. 3636-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
Para calçar o New Fiesta, o ContiPowerContact foi exaustivamente testado e aprovado em diferentes ensaios de homologação, incluindo desempenho em pista molhada, conforto e ruído, comportamento em perda rápida de pressão, frenagem em pista seca e molhada, desgaste, resistência ao rolamento, dirigibilidade em médias e altas velocidades, entre outros quesitos. Os testes foram realizados nos Estados Unidos, na Bélgica e na Alemanha. A equipe local de desenvolvimento utilizou também o Campo de Provas da Ford, em Tatuí, no interior de São Paulo. Carro-chefe de vendas da Continental no Brasil no segmento de passeio, o ContiPowerContact conta com as tecnologias ECOPlus™, para redução do consumo de combustível e menor emissão de CO2; e noise breaker™, que evita a ressonância e ruídos. Ele traz ainda os indicadores TWI™, que alertam o motorista para o momento ideal para uma eventual troca, e TWI Wet™, um sistema exclusivo da marca alemã que mostra quando o pneu não é mais indicado para pisos molhados.
Goodyear completa 61 anos de participação na NASCAR Com pneus de competição testados sob as condições mais severas e desafiadoras, a Goodyear Tire & Rubber Company tem em uma das mais aclamadas categorias do automobilismo norte-americano uma importante aliada para levar aos carros de passeio o que há de mais avançado em tecnologia para pneus. Em 2015, a empresa completou 61 anos de participação na NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing, ou Associação Nacional de Automobilismo Stock Car, em português), sendo um dos patrocinadores mais antigos da tradicional categoria. Desde 1997, a marca é a fornecedora exclusiva de pneus para a tradicional competição.
BORRACHAAtual- -37 37 BORRACHAAtual
Notas de Pneus Alemanha Pneus passa a integrar a Rede de Concessionários Tipler A Alemanha Pneus, de Uruçuí, no Piauí, é o mais novo concessionário da Rede Tipler. Atuando no mercado de recapagem há seis anos, a empresa buscava suporte de uma marca forte, de representatividade no segmento. A rentabilidade e a independência proporcionadas foram os principais motivadores para o ingresso da Alemanha Pneus na Rede Tipler. Na Rede Tipler, o Concessionário também tem liberdade para exercer o comando de sua empresa e ser o verdadeiro dono do seu negócio, através da Política Freedom. Esse é mais um dos benefícios oferecidos aos Concessionários, que têm na Tipler o parceiro ideal para garantir maior competitividade.
Pneu Conti FutureInMotion O pneu conceito Conti FutureInMotion™, na dimensão 385/65 R22.5, foi uma das atrações do estande da Continental na Fenatran 2015. Ele traz esculpido à mão em sua banda de rodagem os cinco conceitos que contribuem para tornar a marca reconhecida como sinônimo de produtos de alta qualidade em todo o mundo: história, emoção, robustez, eficiência e visão de futuro. O cavalo rompante simboliza uma história de sucesso que teve início em 8 de outubro de 1871, quando a Continental foi fundada em Hanover, na Alemanha. Inovação tecnológica sempre foi uma constante em sua trajetória e ela foi a primeira empresa em todo o mundo a desenvolver pneus com perfis para automóveis (1904) e a roda desmontável para carros de turismo (1908). Foi também a primeira companhia alemã a
Pneu Conti FutureInMotion
3838-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
produzir pneus sem câmara (1943) e precursora na proposta de apoiar motores com “componentes com liga aço-borracha” (1932), uma combinação especial para amortecer vibrações e absorver ruídos. A robustez também está impressa na banda do Conti FutureInMotion™ através do símbolo de obra em andamento. As bandas de rodagem dos pneus de carga da Continental empregam desenhos exclusivos, com blocos rígidos e largos. Eles se caracterizam por entregar uma longa vida útil, enfrentando as mais diversas condições de piso e de aplicações, preservando o investimento feito pelos frotistas mesmo em situações extremas, como nas plantações de cana de açúcar. O Conti FutureInMotion™ ainda faz referência em sua banda de rodagem à eficiência no consumo de combustível, outro fator decisivo para a geração de economia para as frotas. Graças ao reforço que a carcaça dos pneus de carga da Continental recebe, há uma redução na deformação, o que também contribui para diminuir a resistência do pneu ao rolamento, com reflexos na economia de combustível e na menor emissão de CO2 na atmosfera. Tecnologias de ponta, como o Air Keep Inner Liner™, também têm um papel importante nessa busca constante por maior uma economia de combustível. Por possuir uma estrutura molecular mais densa, ele proporciona menor perda de ar e, consequentemente, mantém a pressão a um nível ótimo por um tempo até 50% superior em relação às tecnologias convencionais. Por último, mas não em último lugar, está impressa no Conti FutureInMotion™ a preocupação da Continental em sempre construir uma visão de futuro, em sintonia com o DNA de pioneirismo presente na trajetória da marca. A silhueta de uma placa mãe de computador simboliza a inteligência que cada vez mais está presente quando se pensa no pneu do futuro, incorporando chips e sensores na busca por um produto cada vez melhor e mais seguro.
BORRACHAAtual- -39 39 BORRACHAAtual
Notícias de Inovação
ZF adquire transmissões industriais e a divisão de turbinas para energia eólica da Bosch Rexroth As autoridades antitruste deram o aval
Rexroth AG, em Witten, com quase
A planta também é responsável pela
e a partir de 1 de dezembro de 2015, a
900 colaboradores e em Pequim com
produção da unidade de negócios de
ZF assumiu oficialmente os negócios
mais de 300 funcionários, bem como
Wind Power Technology da ZF, que
de transmissões industriais e de
o site de serviços localizado em Lake
tem a sede localizada em Lommel,
turbinas para energia eólica da Bosch
Zurich com 15 empregados. No dia 1 de
Bélgica. Além disso, as transmissões
Rexroth AG. Os 1200 funcionários
dezembro as três plantas celebraram
ZF para o segmento eólico estão
das plantas de Witten, Pequim e
o day one sob o guarda-chuva ZF, além
sendo produzidas também em Pequim,
Lake Zurich farão parte da empresa
da data da aquisição oficial.
e, como resultado, a empresa está
de tecnologia. Para a ZF, a
ampliando sua presença neste
aquisição é a entrada no negócio
importante mercado na China.
de
equipamentos
industriais
de grande porte utilizados, por
A
exemplo,
em
plataformas
ZF
nomeou
Christoph
de
Kainzbauer, experiente gerente
petróleo, veículos de mineração,
do segmento de tecnologias de
máquinas de perfuração de túnel
transmissões de grande porte,
ou teleféricos. As diversas linhas
para gerir a unidade de negócios
de produtos serão reunidas na
Industrial Gears. Anteriormente,
nova unidade de negócios, a ZF
ele era responsável pelas vendas
Industrial Gears, localizada em
globais destas transmissões da
Witten, Alemanha. A empresa
Bosch Rexroth. A nova unidade
também fortalece seu negócio de
de negócios inclui as linhas
transmissões para turbina eólica.
de
produto
de
transmissões
para aplicações em mineração “Com a recém-criada unidade
e
de negócios Industrial Gears,
construção, transmissões para
pretendemos fazer as coisas
aplicações marítimas e offshore,
funcionarem
transmissões
literalmente
em
grandes
máquinas
para
de
plantas
grande escala”, declara o CEO da
industriais e equipamentos, bem
ZF, Dr. Stefan Sommer. “Estamos
como para teleféricos.
ampliando nosso portfólio com as transmissões de grande porte para
Estes dois novos negócios serão
“Vemos
aplicações industriais, máquinas de
adicionados à unidade de negócios
oportunidades para a Divisão de
perfuração de túnel e escavadeiras de
Industrial
Tecnologia
mineração de 600 toneladas. A gama
Industrieantriebe
de produtos também será ampliada na unidade de negócios de Wind Power
Gears
comandada Witten
pela
GmbH
e
um
futuro
Industrial,
com
muitas
relacionadas
principalmente
à
ZF Powertrain Systems (Beijing) Co.
eólica”
Wilhelm
Ltd. Witten é a sede da unidade de
responsável pela Gestão de Materiais
Technology com transmissões para
negócios que abriga não só a linha de
Corporativos e Tecnologia Industrial
turbinas eólicas, gerando até oito
produção e o escritório administrativo,
no
megawatts.”
mas
“O fortalecimento da ZF no segmento
de
também
os
departamentos
desenvolvimento
e
vendas
não
explica
Board
tecnologia
Administrativo
automotivo
é
um
Rehm,
da
ZF.
objetivo
Com a transação, a ZF está assumindo
para
transmissões
importante na nossa estratégia de
as duas plantas de produção da Bosch
(industriais e para energia eólica).
longo prazo. Estamos complementando
40- BORRACHAAtual
tecnologias
de
nosso portfólio de tecnologia industrial
Exteriores, na Escócia. A maior parte
todas as necessidades locais das
de forma otimizada enquanto abrimos
da
Hébridas Exteriores.
as portas a novos mercados e clientes”
carregar os veículos será produzida no
declara Rehm.
parque eólico de Pentland Road. Nove
O condutor de um veículo elétrico
eletricidade
necessária
para
hatches ZOE e um utilitário Kangoo
Renault pode ter certeza de que a
As duas empresas concordaram em
Z.E. fazem parte desta parceria única
pegada de carbono de seu carro
não divulgar o valor da aquisição.
entre o E?Car Club e os operadores
vai diminuir com o tempo, graças à
Em 2014, a Bosch Rexroth faturou
do parque. As características dos
evolução das energias renováveis e de
aproximadamente EUR 300 milhões
veículos elétricos Renault, seu prazer
sua participação na matriz energética
com o negócio de transmissões de
de dirigir, confiabilidade e o imenso
da maioria dos países do mundo.
grande porte. No mesmo ano as vendas
índice de satisfação apontado por seus
Comparativamente,
da Divisão de Tecnologia Industrial, na
clientes (98%, um índice inédito na
térmico
qual a empresa concentras todas as
Renault) permitiram que os modelos
sempre a mesma pegada de carbono.
suas atividades off-road, representou
fossem integrados em um sistema de
Segundo a agência internacional de
aproximadamente 12% das vendas
carsharing.
energia, 7 milhões de VE em circulação
globais do Grupo ZF. Esse número deve aumentar em longo prazo.
em
permitiriam Representando
um
investimento
um
circulação
economizar
veículo hoje
terá
400.000
barris de petróleo por dia até 2020.
de 24 milhões de libras esterlinas e
Energia eólica propulsiona veículos elétricos na Escócia
desenvolvido em 12 anos, o parque
A Aliança Renault-Nissan foi parceira
eólico
produz
oficial da COP21, a 21ª Conferência
energia
de
Pentland
ilhas,
das Partes das Nações Unidas para
Uma frota de 10 veículos Renault
permitindo
novos
Mudanças Climáticas. Uma frota de 200
100% elétricos, quase exclusivamente
veículos. Localizado em uma área onde
veículos elétricos da Aliança, sendo
alimentada por energia renovável,
o clima é perfeitamente adaptado à
100 Renault ZOE, fez o transporte dos
está disponível para locação (por
energia eólica, ele é tão eficaz que
delegados no Parque de Exposições
hora ou por dia) para os habitantes
seus seis aerogeradores produzem
Paris-Le Bourget, de 30 de novembro a
e
eletricidade suficiente para satisfazer
11 de dezembro de 2015.
visitantes
das
ilhas
Hébridas
renovável
Road para
alimentar
as os
BORRACHAAtual - 41
Notas de Máquinas FPT Industrial anuncia produção de motores Euro V para a Argentina
milhão de motores na América Latina em todos os segmentos onde atuamos, desde os veículos comerciais até os destinados ao mercado de geração de energia. Pretendemos nos próximos anos inaugurar novos pontos de assistência e serviços FPT, inclusive na Argentina”, aponta Rangel.
A FPT Industrial anuncia a produção de motores Euro V em sua fábrica de Córdoba, especialmente destinados para atender
A unidade industrial da FPT Industrial em Córdoba está
o mercado argentino, onde passa a vigorar a nova normativa,
preparada para produzir cerca de 50 mil motores ao ano,
a partir de janeiro de 2016. Para o Brasil, a FPT produz, desde
atendendo os segmentos agrícola, construção, veículos
2012, propulsores com tecnologia Euro V, comprovando a
comerciais e para geração de energia. A capacidade de
referência da FPT Industrial no fornecimento de soluções
produção é de 36 mil unidades da família NEF e 14 mil unidades
eficientes para atender às normas de emissões de acordo com
da família Cursor.
as necessidades regionais. De acordo com o executivo, a expectativa de vendas para De acordo com Marco Aurélio Rangel, presidente da FPT
o mercado argentino é realista para 2016. “Devido à atual
Industrial na América Latina, “a empresa já estava preparada
situação do mercado, inclusive na Argentina, a expectativa é
para atender a norma Euro V na Argentina, pois já produz
de comercializar cerca de 16.000 unidades no período, sendo
naquela unidade industrial os motores que equipam os
7.000 da Família Cursor e 9.000 da Família NEF para atender
caminhões da Iveco destinados ao mercado brasileiro, onde a
as demandas dos mercados de veículos comerciais, agrícola,
norma está em vigor desde 1º de janeiro de 2012”. Na ocasião,
de construção e de geração de energia”, prevê o presidente
cada um dos motores da FPT que equipam os caminhões da
da FPT Industrial. “O mercado argentino está reagindo da
IVECO, foram adaptados às condições de uso em toda a América
mesma forma como o brasileiro reagiu com a entrada da nova
Latina e passaram por testes de 5 milhões de quilômetros,
legislação em 2012, com as vendas de caminhões Euro III em
realizados sob as mais duras condições de uso. “Após todos os
alta e, consequentemente, baixa procura pela nova tecnologia
testes para aplicação na América Latina, os motores passaram
nesta primeira fase”, acrescenta Rangel.
por refinamentos de suas calibrações, específicas para missão no mercado argentino”, conclui o executivo.
A motorização da FPT Industrial que atende às normativas do Euro V emitem menos gases poluentes e materiais
“A partir da nova legislação que passará a vigorar na
particulados na atmosfera. Para isso, a linha utiliza tecnologia
Argentina, alcançaremos maior simplificação na operação
SCR (Redução Catalística Seletiva, em português), com pós-
industrial de Córdoba, produzindo somente motores com a
tratamento de emissões com o uso do agente ARLA32 ou
tecnologia Euro V”, reforça Rangel. O executivo explica que
ARNOX na Argentina (agente redutor líquido automotivo).
antes da normativa, a unidade Industrial vinha produzindo os motores Cursor Euro III, que eram destinados ao mercado local e a mesma família na versão Euro V, para atender o mercado brasileiro. Outra novidade será a nacionalização do motor que vinha
Receita Federal lança mecanismo para beneficiar máquinas agrícolas
equipando o caminhão Cursor da Iveco, antes importado da França. Com a nova legislação, o motor Cursor 8 será
Em tempos de contenção de gastos, a indústria brasileira
substituído pelo motor Cursor 9 que passará a ser produzido na
de máquinas agrícolas passará a contar com uma importante
Argentina com a tecnologia Euro V.
ferramenta para reduzir a burocracia e o tempo de tramitação na entrada e saída de mercadorias do País, cortar custos, além
A produção focada em Euro V também estimulou o
de ganhar agilidade e segurança na logística do comércio
planejamento com relação ao pós-venda na FPT Industrial.
externo. Tudo isso é possível com o lançamento do Programa
“Vamos melhorar cada vez mais o atendimento e a qualidade
Nacional de Operador Econômico Autorizado (OEA) – Módulo
dos serviços de manutenção dos nossos motores na América
Cumprimento, realizado no dia 11 de dezembro, em São Paulo,
Latina. Temos hoje um parque circulante de mais de meio
durante o Seminário Internacional Projeto OEA: Compliance,
42- BORRACHAAtual
organizado pelo Procomex – Aliança Pró-Modernização
sedã Kia Cadenza em 2014 e, por fim, a geração anterior do Kia
Logística de Comércio Exterior.
Optima em 2013.
O Programa OEA é uma iniciativa da Receita Federal e
“O Optima e o Sorento são dois best-sellers e ambos
visa beneficiar empresas brasileiras que se qualificarem.
modelos foram fundamentais para a transformação da marca.
Durante o seminário, diversas empresas que participaram do
Levar o ICOTY por quatro anos consecutivos e nesta edição
projeto-piloto receberão as Certificações OEA-Conformidade
termos dois modelos vencendo em suas categorias é uma
- Procomex. No caso da indústria de máquinas agrícolas, uma
indicação clara que os nossos produtos oferecem um equilíbrio
das empresas que receberá a Certificação OEA – Módulo
de classe mundial de design, instalações, segurança e valor aos
Cumprimento será a CNH Latin America.
seus consumidores”, diz Michael Sprague, diretor de operações e vice-presidente executivo da KMA.
O lançamento foi realizado no São Paulo World Trade Center (WTC) e contou com as participações do secretário da Receita
O ano de 2015 marca o 20º aniversário do prêmio
Federal, Jorge Rachid; do secretário geral da Organização
promovido pela publicação RTM, o qual inclui três categorias:
Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, entre outras
Carro Internacional, SUV Internacional e Veículo Familiar do
autoridades. Para a sessão de encerramento do seminário, foi
Ano. Além dos atributos dos veículos, critérios como estilo,
convidado o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
conforto, desempenho e como esses modelos conectam emocionalmente os consumidores por meio de ações de
John Mein, coordenador do Procomex, destaca que o
marketing são avaliados. Os vencedores são escolhidos pelo
seminário é direcionado para empresários e executivos que
júri ICOTY que inclui jornalistas automotivos de publicações
atuam no comércio internacional, profissionais e especialistas
renomadas como Consumer Guide Automotive, MSN Autos,
em comércio exterior, além de entidades e lideranças
New Car News Syndicate e RTM.
empresariais e de órgãos públicos ligados ao segmento. O evento será uma oportunidade para se atualizar com o
“Nunca tivemos uma marca que levou este prêmio por
Programa Nacional OEA, já adotado em 60 países, incluindo os
quatro anos seguidos. A Kia tem mostrado o quão seus modelos
principais parceiros comerciais do Brasil.
são excepcionais, evidenciando uma direção clara do seu rumo, seu nível de progresso mesmo com a forte concorrência”, disse Courtney Caldwell, editor-chefe da Road & Travel Magazine.
Novo Kia Optima e Sorento ganham prêmio “Carro Internacional do Ano” Durante o Salão Internacional de Los Angeles 2015, em novembro, a revista Road & Travel (RTM) nomeou o novo Kia Optima o “Carro Internacional do Ano” (ICOTY). Os jurados da revista elogiaram a nova versão do modelo da marca por conta do seu design agressivo e extensa lista de recursos disponíveis e diversas opções de motorização. A publicação também entregou ao Kia Sorento o prêmio “SUV Internacional do Ano”. O utilitário da marca sul-coreana foi reconhecido devido ao requinte Premium em seu interior, tração nas quatro rodas e dispositivos de segurança. Esse é o quarto ano consecutivo que a marca é prestigiada com o prêmio ICOTY. Em 2015, quem levou foi o Kia K900, também conhecido como Kia Quoris em alguns mercados, o BORRACHAAtual - 43
Notícias de Eventos Tendências 2016
Indústria de ônibus enfrenta pior período
Já o presidente da Volvo Bus abordou o modelo de negócios dos operadores de transporte público no Brasil. “Além da forte carga tributária, bem diferente de outros países da América Latina, o modelo de negócios dificulta e tira a eficiência do
“A continuar como está, a indústria brasileira de ônibus não
sistema brasileiro”, ressaltou Pimenta.
irá sobreviver”. Com essa declaração, o presidente da Neobus, Edson Tomiello, abriu o painel “Tendências da Indústria
Para o diretor da Michelin, apesar do momento atual, é
Fornecedora” no evento “Tendências 2016”, promovido pela
importante ficar atento aos sinais. “Quando o mercado voltar ‘a
Fepasc - Federação das Empresas de Transporte de Passageiros
ativa’, será com tudo. E é preciso estar preparado para atender
dos Estados do Paraná e Santa Catarina.
essas demandas”, alertou Almeida.
A indústria foi debatida ainda pelo presidente da Volvo Bus,
Mobilidade em discussão - O segundo painel promovido no
Luís Carlos Pimenta, pelo diretor da Chevron Brasil, Antônio
evento “Tendências 2016 teve como convidados o advogado
Carlos Rosa, e pelo diretor da Michelin, Feliciano Almeida. Antes
Ricardo Barretto de Andrade, o diretor de segmentos da
mesmo do painel, o presidente da Fepasc, Felipe Busnardo
TOTVS, Gustavo Bastos, o diretor-tesoureiro da Fepasc, Thadeu
Gulin, já havia dado um panorama das dificuldades do setor:
Castello Branco e Silva, o CEO da Fleety, André Marim, e a
“Estamos preocupados com o atual momento. Chamamos os
Country Champion do Curitiba GBG Google, Erica Marques.
parceiros comerciais para rediscutir o formato de negócio. Afinal, empresa de ônibus com dificuldades financeiras, ou
As discussões giraram em torno das novas tecnologias e o
quebrada, não consegue comprar insumos, como pneus,
marco regulatório do setor. Para Barretto, é necessário avançar
combustível, chassi e ônibus”.
e estimular a inovação para agregar serviços à população - sem criar concorrência desleal com o que já existe. Além disso, o
Durante o painel, realizado durante a manhã do dia 20 de outubro na Casa do Cliente Volvo, em Curitiba, os debatedores
transporte de passageiros é um serviço público, que precisa respeitar as regulações do estado.
alertaram para a grande queda do setor. “Os juros saltaram de
Erica Marques enfatizou a tecnologia mobile e a facilidade
2,5% ao ano para 13%. Sem contar o desequilíbrio cambial e
de integração entre desktop e celulares. A ferramenta Google
aumento geral de preços dos insumos básicos, como energia
Maps auxilia em rotas, horários e valor da tarifa. “O intuito é
e combustível. Isso impacta diretamente na operação de
facilitar a vida das empresas e dos usuários. São inúmeros
qualquer indústria, ocasionando uma queda de mais de 50%
recursos para cumprir esse importante papel”, destacou.
nos índices de produção”, lamentou Tomiello. Durante o painel, os debatedores apontaram um grande Outra dificuldade, segundo ele, é a “despadronização” entre
desnível entre áreas complementares. “As estradas e
as prefeituras. “Cada uma quer definir seu próprio produto. Ou
rodoviárias não conseguem acompanhar a evolução dos
seja, precisamos desenvolver um ônibus para cada cidade.
ônibus. O avião ‘tomou conta’ do nosso passageiro. O
Assim, não há escala, o que tira a competitividade das indústrias.
transporte coletivo precisa ter conforto em um trajeto com o
Se não arrumarmos isso logo e ajustarmos a economia, taxa de
menor tempo, para isso é necessário melhorar ruas, estradas e
juros e câmbio, teremos muitas dificuldades para recuperar o
tráfego. São variáveis que impactam diretamente o segmento
setor”, destacou o presidente da Neobus.
e que precisam de melhorias por parte do poder público”, afirmou Thadeu.
Para o diretor da Chevron, a instabilidade econômica
Para Bastos, é necessário atrair os usuários oferecendo
e a desvalorização do real dificultam muito a reação das
novos recursos nos diferentes modais. “As pessoas estão
empresas. “A maioria dos insumos é importada. O dólar e a
mudando e a necessidade delas também. A tecnologia
carga tributária brasileira impactam sobremaneira no preço
está aí para ajudar as empresas a acompanhar essa
final, prejudicando ainda mais as operações”, analisou.
evolução”, argumentou o executivo da TOTVS, que é líder
Por tudo isso, ele considerou 2015 como um dos anos mais
no desenvolvimento de softwares de gestão empresarial na
difíceis do setor. “O consumo está caindo, o mercado está mal
América Latina.
e os clientes estão com problemas gigantescos. E, em 2016, ainda não deve acontecer uma recuperação plena”, projetou Antônio Carlos Rosa. 44- BORRACHAAtual
Além disso, os meios de transporte também precisam continuar se atualizando. “O movimento pendular na cidade
diminui cada vez mais porque a vida das pessoas está com
Uma iniciativa da Inovatech Engenharia/Casa AQUA e
horários mais flexíveis. Por isso, a integração de modais é uma
da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para
tendência cada vez mais forte”, ressaltou Marim.
Construção e Mineração, organizadora da feira, o Salão da Sustentabilidade vai apresentar, de 15 a 17 de junho de 2016,
Tendências 2016 - O objetivo do evento, que contou com a
no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, como
participação do ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, e
as diversas tecnologias podem ser aplicadas de maneira
executivos do setor de transportes, foi debater o atual momento
integrada, potencializando resultados através da sinergia entre
econômico e político do Brasil e o futuro dos negócios. Durante
as soluções.
todo o dia, foram discutidos diversos temas com os mais de 100 participantes - entre eles empresários do setor de transportes e autoridades.
A palestra sobre esse espaço pioneiro ficou a cargo do engenheiro Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech
Além disso, o encontro apresentou novos horizontes e uma
Engenharia. “O Salão terá uma abordagem diferente, trazendo,
previsão do cenário econômico do próximo ano, mostrando
por exemplo, a questão da economia circular, mostrando
alternativas de financiamentos e custeios dos transportes públicos.
soluções para enfrentar a escassez de recursos naturais e trabalhando o contexto da distribuição populacional”, contou.
A Fepasc - A união de 10 sindicatos patronais forma a
“Nossa expectativa é proporcionar ao visitante da feira uma
Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos
experiência prática, sensitiva e interativa da sustentabilidade e
Estados do Paraná e Santa Catarina, a Fepasc. Representando
ecoeficiência na construção. Além disso, as empresas podem
aproximadamente cem empresas de transporte, a Fepasc
perceber como realizar negócios frente a uma realidade, na
abrange vários segmentos: rodoviário urbano, metropolitano,
qual exista uma escassez de recursos naturais”, complementou.
intermunicipal, interestadual e de fretamento e turismo. Por
Outra questão levantada foi o conceito da água e energia
representar um número expressivo de empresas, a Fepasc
incorporadas, no qual é contabilizado não só o uso de recursos
possui uma cadeira no Conselho de Representantes da
naturais utilizados no canteiro de obras, mas também a
Confederação Nacional do Transporte, com isso as demandas
utilização desses recursos para a fabricação dos materiais
do Paraná e de Santa Catarina são expostas e representadas
de construção, de equipamentos e na produção dos sistemas
em âmbito nacional. Atualmente a Fepasc é Presidida por Felipe
construtivos industrializados. “Esse será o próximo passo em
Busnardo Gulin, que assumiu em janeiro de 2015.
termos de sustentabilidade”, ressalta o diretor da Inovatech, que comentou sobre o impacto que isso poderá ter no cálculo
Construction Expo 2016
Salão da Sustentabilidade é lançado em São Paulo
estrutural de um projeto. Para os profissionais que participaram do lançamento do Salão da Sustentabilidade, a iniciativa é inovadora, pioneira e interessante. O gerente comercial da H2XTech Brasil, Araan
A Construction Expo 2016 – Feira e Congresso Internacional
Ionai, afirmou que a proposta do Salão e da Construction Expo
de Edificações e Obras de Infraestrutura promoveu, no dia
2016 tem sinergia com os objetivos de sua empresa. “Estou
5 de novembro, em São Paulo, o lançamento do Salão da
bem empolgado com a feira. Nossa ideia vai ao encontro do
Sustentabilidade. O evento reuniu mais de 40 profissionais
que foi apresentado, de não ficar somente restrito ao triple
da área da construção, incluindo empresários, engenheiros,
bottom line, uma vez que busca novos mercados e tecnologias
arquitetos e jornalistas, que estavam interessados em conhecer
inovadoras dentro do segmento de iluminação”, explicou. “A
a proposta desse espaço na feira.
proposta de mostrar para o mercado a aplicação dos produtos e passar informação para o visitante das novas tecnologias, seus
De acordo com Afonso Mamede, presidente da Sobratema,
benefícios e vantagens agrega muito mais do que simplesmente
que ministrou a primeira palestra no evento, a Construction
o padrão de feira que estamos acostumados a ver, que é cada
Expo 2016 receberá a visita de profissionais da engenharia e
um no seu quadrado. É a inovação que a feira está trazendo
arquitetura e é voltada para os interesses de seus expositores e
para o mercado”.
de toda a cadeia do construbusiness. “Os salões temáticos são um diferencial importante da feira, porque levam a informação
O professor Manuel Carlos Reis Martins, coordenador
completa para o visitante sobre o projeto e a obra, ou seja,
executivo do Processo AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental),
mostram quem foi o fornecedor dos sistemas construtivos, dos
da Fundação Carlos Alberto Vanzolini, destacou a importância
equipamentos e dos materiais”, destacou.
dessa iniciativa. “A Construction Expo 2016 tem uma frequência BORRACHAAtual - 45
Notícias de Eventos muito grande de empreendedores, empresários de todos os
Alcantara Machado promoveu rodadas de negócio entre
setores da construção e também profissionais ligados a esses
visitantes, convidados e expositores. O Premium Club Plus
setores, que são as pessoas que lideram o desenvolvimento do
reuniu 40 compradores em 72 reuniões. Durante a Feiplastic, as
processo da construção. Isso é importante porque permitirá
reuniões do programa Think Plastic Brazil receberam 62 empresas
que esse público tenha acesso e contato com as questões da
nacionais com compradores estrangeiros. Somadas, ambas
sustentabilidade, na prática, vendo exemplos reais e propostas
iniciativas movimentaram mais de R$ 40 milhões em negócios.
materializadas, podendo perceber de que maneira se pode contribuir com a sustentabilidade, do ponto de vista de meio
“Nossa parceria com a Abiplast para organizar a Feiplastic
ambiente, mas também do ponto de vista de negócios”, analisou.
está fechada até 2030. Essa aliança reforça que realmente organizamos o evento mais relevante no setor de plásticos”,
A terceira apresentação foi proferida pelo jornalista Enio Campoi, diretor da Mecânica de Comunicação e assessor
ressalta Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado no Brasil.
de imprensa da Construction Expo 2016, que detalhou o planejamento estratégico e as ações para a imprensa antes,
Serviço:
durante e depois da realização da feira.
Feiplastic - Feira Internacional do Plástico Data: 22 a 26 de maio de 2017
A Construction Expo 2016, cujo tema central é “Cidades
Local: Parque de Exposições do Anhembi, São Paulo, Brasil
em Movimento - Soluções Construtivas para os Municípios”,
Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana – São Paulo – SP – Brasil
contará também com “Feiras setoriais integradas”, realizadas
Site: http://www.feiplastic.com.br/
em parceria com as entidades específicas de cada segmento da construção, integrando os eventos e feiras do setor da construção em um único lugar; o “Congresso Construction Expo 2016”, que irá debater os principais temas que envolvem o universo das cidades no Brasil; e a “área tradicional de
Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos 2015
estandes”, envolvendo fabricantes nacionais e internacionais, fornecedores e demais prestadores de serviço para as diversas áreas da construção.
Feiplastic 2017
Abiplast anuncia parceria com Feira A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), entidade oficial do setor plástico, que reúne toda a cadeia dos transformadores do segmento, comprova apoio e participação na próxima edição da Feiplastic (Feira Internacional do Plástico),
Infraestrutura é o principal desafio da mobilidade elétrica no País
a maior feira da indústria da cadeia completa do plástico na América Latina. O evento é realizado pela Reed Exhibitions
Não há dúvida quanto à capacidade da engenharia
Alcantara Machado e já tem data confirmada: 22 a 26 de maio
mundial, ou mesmo local, de oferecer soluções para que a
de 2017, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
mobilidade elétrica seja realidade no Brasil em curto prazo. As tecnologias estão disponíveis e o desafio para que essa
o
modalidade de transporte ganhe espaço no mercado local está
reconhecimento da indústria de plásticos em relação ao evento,
“Nossa
presença
na
Feiplastic
2017
reforça
na implantação da infraestrutura. Foram essas as conclusões
que é a plataforma oficial de negócios para todos os expositores
a que chegaram montadoras, fornecedores de sistemas de
e compradores do setor na América Latina”, comenta o
energia elétrica,universidades e instituições governamentais
presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz.
durante o Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos 2015, realizado dia 17 de novembro, em São Paulo, sob direção
Na última edição da Feiplastic, além do encontro com expositores pelos corredores do Anhembi, a Reed Exhibitions 46- BORRACHAAtual
do engenheiro Alexandre Guimarães, diretor de Engenharia Elétrica e Eletrônica da General Motors América do Sul.
No primeiro dos cinco blocos, Ailton Conde Jussani,
para atender novas demandas. “Os engenheiros ainda chegam
professor doutor da Universidade de São Paulo (USP), abordou
com uma formação clássica na WEG, que muitas vezes assume
os desafios tecnológicos para a inserção do Brasil na cadeia
o papel de formar os profissionais. Em geral engenheiros
global de valor dos veículos elétricos. “O Brasil precisa saber
formados em escolas que incentivam a prática experimental
com clareza como contribuir para não reinventar a roda
precisam de menos treinamentos”, avaliou Passos.
e participar com investimentos em hardware e software, enquanto as mineradoras ganhariam com a exploração do lítio para a produção de baterias, uma vez que mais da metade das jazidas está na América do Sul”, afirmou Jussani. Regulamentações - Marcelo Gongra, coordenador de Inovação Corporativa na CPFL Energia, mostrou estudo que desmistifica o desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil e contou como determinar impactos causados pelas conexões de veículos elétricos nas redes de média e baixa tensão.“Queremos nos antecipar aos impactos para preparar a rede e oferecer propostas de enquadramento legislativo e regulatório da mobilidade elétrica no Brasil”, disse Gongra. Marco Antônio Bottacin, supervisor de Desenvolvimento
Marcelo Lima, gerente de Marketing e Engenharia da
Estratégico da VW ElectricVehicles, falou sobre o posicionamento
Bosch, mostrou soluções para veículos elétricos e híbridos,
estratégico das montadoras frente às regulamentações
e exemplos de treinamento para o setor de reparação,
brasileiras no setor. “Em longo prazo, as tecnologias elétricas
previstos para começar no Brasil em outubro de 2016.
e híbridas serão cruciais para atendermos as metas de redução
“Novos componentes trazem tecnologias que vão requerer
de emissões. Quanto mais parceiros tivermos para alavancar as
capacitação e, para o atendimento a esse mercado, os
tecnologias, mais o nosso País vai ganhar”, defendeu Bottacin.
reparadores precisarão de conhecimentos avançados em eletrônica, por meio de treinamentos específicos e
Neste bloco também participaram Luiz Felipe Hupsel,
reciclagens periódicas. É necessária ainda a mudança do
engenheiro do Departamento das Indústrias Metal-Mecânica
perfil do ‘trocador de peças’, porque em veículos elétricos
e de Mobilidade do BNDES, que apresentou linhas de
pode ser letal trocar peças erradas”, alertou Lima.
financiamento para comercialização e investimento em
João Carlos Fernandes, professor doutor da Escola de
inovação; e Kurt Engeljehringer, gerente de Desenvolvimento
Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia, apresentou o
de Negócios da AVL Internacional, que trouxe um panorama
método ativo de ensino-aprendizagem da Mauá, que traz para
das legislações internacionais para a redução de emissões e o
a academia as demandas de mercado. “A Mauá fez algumas
aumento da eficiência energética.
visitas em universidades americanas para treinar os seus professores nesse método, que é destinado a estudantes de
Adequação industrial - Adalberto Maluf, diretor de Relações Governamentais e Marketing da BYD Brasil, falou
alto desempenho, ou seja, alunos que são criativos e capazes de produzir patentes”, contou Fernandes.
sobre a experiência de 20 anos da empresa chinesa, hoje a maior fabricante mundial de ônibus elétricos, que no
Componentes - Maria de Fátima Rosolem, pesquisadora da
próximo ano inaugura fábrica de chassis de ônibus no País.
Área de Sistemas de Energia do CPqD, apontou a bateria como
“Acreditamos muito, em especial pela viabilidade econômica
principal desafio técnico dos veículos elétricos, embora os
que já se demonstra, na geração de energia limpa, que pode
principais requisitos – confiabilidade, desempenho, densidade
ser armazenada em sistemas estacionários extremamente
de energia, larga faixa de temperatura de operação, curto
competitivos”, afirmou Maluf.
tempo de recarga, elevada vida útil, custo e segurança –
Alex Sandro Passos, coordenador de Motores para Tração
estejam atendidos pela tecnologia já existente. “Temos visto
Veicular da WEG, abordou os desafios da indústria nacional
muita evolução, pesquisas em íon-lítio têm se intensificado nos
na adequação de processos para tração elétrica. Para o
últimos anos assim como em níquel-hidreto metálico, níquel-
engenheiro, os currículos de engenharia precisam de mudanças
cádmio e chumbo-ácido”, listou Maria de Fátima. BORRACHAAtual - 47
Notícias de Eventos Também participaram do bloco Alex França, engenheiro de
23 de novembro passado. Estiveram presentes representantes
Pesquisa e Desenvolvimento do CPqD, que comparou motores
de empresas associadas da entidade, os presidentes da
elétricos de indução e imãs permanentes,e José Geraldo
ABIMAQ, da ABIQUIM e da organizadora do evento, Informa
Almeida, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Freescale
Group. Agendada para 20 a 24 de março de 2017, a Plástico
Semicondutores Brasil, que abordou novos controladores para
Brasil será palco dos últimos avanços tecnológicos e
inversores e controle de motores.
tendências globais dos diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva do plástico.
Inovações e estado da arte - Flavio Cabaleiro, gerente de Desenvolvimento de Negócios América Latina da Primove/
Para Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de
Bombardier, falou sobre o desenvolvimento de sistema de
Administração da ABIMAQ, ter a ABIQUIM como parceiro na
recarga wireless para ônibus elétrico, que já tem projetos
realização da feira é de extrema importância, tendo em vista a
em operação comercial na Europa – três na Alemanha e um
relevância deste segmento no evento. O presidente do Informa
na Bélgica. “Pontos de ônibus são facilmente adaptáveis
Group, Marco Basso, recordou que é tendência mundial que as
para receber estações de recarga, que são posicionadas
entidades representativas sejam as realizadoras dos eventos
nas garagens, no início e no fim da rota e em pontos pré-
dos seus segmentos.
selecionados”, explicou Cabaleiro. Nessas estações, as recargas são automáticas e rápidas – quando o ônibus para na estação,
Ao reunir toda a cadeia industrial do plástico, a Plástico
o receptor de energia do veículo desce até o sistema de carga,
Brasil nasce com a missão de alavancar o desenvolvimento da
instalado na via, que faz o carregamento elétrico da bateria.
indústria de máquinas, equipamentos e acessórios, e estimular a realização de negócios com compradores do Brasil e do
Wanderlei Marinho, assessor da Superintendência do Programa Nuclear do Centro Tecnológico da Marinha do Brasil,
exterior, que buscam novidades, tendências e inovações para as mais variadas aplicações.
fez avaliação sobre o atual momento da engenharia, que deve
Fernando Figueiredo, presidente-executivo da ABIQUIM,
se voltar mais para a inovação incremental.“Hoje está muito
ressaltou que a entidade tem como tradição apoiar as
difícil chegar ao ‘uau’, aquela situação da eureca, então você
principais feiras do setor e que a proposta da Plástico Brasil
faz uma análise do momento. Entre o “now” (agora) e o ‘uau’,
em um ambiente inovador vem ao encontro das necessidades
tem algo muito difícil, que é o “how”, ou como fazer. Já criamos
do segmento.
muitas coisas, agora precisamos consolidar. Todos nós estamos em uma condição de evolução natural”, avaliou Marinho.
A diretora da feira, Liliane Bortoluci, apresentou o status do evento, que já conta apoio das principais mídias e entidades do
Por fim, Roberto Braun, gerente sênior de Assuntos
setor, inclusive da Euromap, organização europeia que reúne
Governamentais da Toyota, falou sobre veículos elétricos movidos
as associações da cadeia do plástico e apoia exclusivamente a
a hidrogênio com enfoque para o Mirai,veículo lançado ano
Plástico Brasil na América Latina.
passado no Japão, que oferece zero de emissões na condução, autonomia de 650 km e reabastecimento total de hidrogênio em
A parceria entre as entidades fortalecerá o evento e
três minutos. “É necessária infraestrutura para isso, no Japão
contribuirá para o desenvolvimento de toda a cadeia da
centenas de estações de hidrogênio estão previstas até 2020
indústria do plástico. A ABIQUIM integra o Conselho Gestor
para quatro grandes áreas metropolitanas”, comentou.
da feira, e as empresas associadas da entidade participarão do Comitê de Expositores, atuando junto à organizadora na
O Simpósio contou ainda com a exposição dos modelos
realização da Plástico Brasil.
elétricos e híbridos CT 200h (Lexus), e6 (Byd), Fusion (Ford), i3 (BMW), Outlander (Mitsubishi Motors) e Volt (Chevrolet)
Serviço PLÁSTICO BRASIL - Feira Internacional do Plástico e da Borracha
Plástico Brasil 2017
ABIQUIM assina acordo de parceria
Data: 20 a 24 de março de 2017 Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Iniciativa: ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.
O acordo de parceria foi assinado durante o evento de apresentação da feira Plástico Brasil na sede da ABIQUIM no dia 48- BORRACHAAtual
Promoção e organização: Informa Exhibitions (www.informagroup.com.br/plasticobrasil)
Frases & Frases
“Uma sociedade sem religião é como um barco sem bússola.” Napoleão Bonaparte “As lembranças são menos palpáveis do que os sonhos.” Isadora Duncan “A fraqueza da força é acreditar apenas na força.” Paul Valéry “A esperança é a exigência ontológica dos seres humanos.” Paulo Freire “Com a fé não conseguimos grande coisa, sem a fé, nada.” Gilbert Cesbron “A verdadeira bondade pressupõe a capacidade de sentir o sofrimento e as alegrias dos outros.” Andre Gide “Conquistas solitárias são glórias de pouca duração.” Charles Bright “Um homem se mostra muito forte quando confessa a sua fraqueza.” Honoré de Balzac “Reparar, quando o coração repara mais que o juízo, é amar.” Camilo Castelo Branco “A superstição é a religião das almas fracas.” Edmund Burke “Detesto esse arrependimento circunstancial que a idade traz.” Michel de Montaigne “A natureza não faz nada sem motivo.” Aristóteles “Viver um sonho é bem diferente que sonhar com a realidade.” Tony Flags
BORRACHAAtual - 49
Notas e Negócios
LANXESS e Saudi Aramco lançam “joint –venture” para borracha sintética A empresa de especialidades químicas LANXESS e a Saudi Aramco estabeleceram uma Joint Venture para borracha sintética, cujos detalhes encontram-se em um acordo assinado em setembro passado. A LANXESS e a subsidiária da Saudi Aramco, a Aramco Overseas Company, terão cada uma a participação de 50 por cento na joint venture, com vendas anuais de aproximadamente três bilhões de Euros em 2014. A Saudi Aramco deve pagar aproximadamente 1,2 bilhão de euros em dinheiro por sua participação de 50% após dedução de débitos e outros passivos financeiros. O valor total da joint venture é de 2,75 bilhões de euros. A transação ainda requer a aprovação de autoridades antitruste e deve ser concluída na primeira metade de 2016.
O novo empreendimento conjunto será administrado por uma holding com sede na Holanda. O CEO será indicado pela LANXESS e o CFO será indicado pela Aramco Overseas Company. Cada uma das empresas terá representação igualitária na diretoria da JV. A LANXESS consolidará as finanças da JV. Com a criação desta joint venture, a LANXESS está implementando a terceira etapa do programa de realinhamento em três fases. “Estabelecemos um ponto de partida estratégico completamente novo para nossa empresa em pouco mais de apenas um ano”, disse Zachert. “Não apenas racionalizamos nossas funções administrativas e já tornamos mais eficientes muitas de nossas estruturas de produção e processos, como também, com essa joint venture em negócios de borracha, estamos cumprindo a fase mais importante de nosso realinhamento – com o melhor parceiro possível e num prazo bastante curto. Com a margem financeira resultante conseguiremos voltar a crescer muito antes do esperado”. A LANXESS planeja usar cerca de 400 milhões de euros dos recursos obtidos com a transação para investir no crescimento de segmentos mais bem posicionados e menos cíclicos de Intermediários Avançados (Advanced Intermediates) e Produtos Químicos de Desempenho (Performance Chemicals). Outros 400 milhões de euros estão reservados para uma redução adicional de sua alavancagem financeira e cerca de 200 milhões devem ser usados para um programa de recompra de ações.
A LANXESS contribuirá com seu negócio de borracha sintética para o novo empreendimento conjunto. Isso incluirá as unidades de negócios Tire & Specialty Rubbers (TSR) e High Performance Elastomers (HPE), suas 20 instalações de produção em nove países e mais de 3.700 funcionários e pessoal de apoio adicional. As borrachas de alto desempenho fabricadas pela LANXESS são usadas principalmente na produção de pneus e aplicações técnicas, como mangueiras, correias e vedações. Os principais clientes incluem as indústrias automotiva e de pneus, mas os produtos também são usados na indústria de construção e por empresas de óleo e gás. A Saudi Aramco fornecerá à joint venture o acesso confiável e competitivo a matérias primas estratégicas a médio prazo. A joint venture une o maior produtor mundial de borracha sintética e o maior produtor mundial de petróleo e energia para formar uma parceria estratégica de longo alcance. “Esta aliança nos permitirá dar ao negócio de borrachas uma posição competitiva muito sólida e as melhores perspectivas futuras”, disse o CEO da LANXESS, Matthias Zachert. “Juntos no futuro podemos produzir borracha sintética em uma cadeia de valor integrada que vai desde o campo de petróleo até o produto final, estabelecendo assim um dos melhores fornecedores no mercado mundial. Desse modo, estaremos aptos a fornecer aos nossos clientes uma confiabilidade ainda melhor do que antes”.
Adriano Magalhães é o novo Diretor Executivo da Wacker Química do Brasil
Abdulrahman Al-Wuhaib, vice-presidente sênior de Downstream da Saudi Aramco disse: “Por meio do acordo de joint venture, estamos investindo em uma capacidade de produtos de elastômeros e borracha sintética de classe mundial que já abastece muitos dos maiores clientes mundiais em fabricação de peças de automóveis e pneus. Além de criar uma nova fonte de receita para a Saudi Aramco, o acordo incentivará o crescimento econômico e as oportunidades de diversificação para o Reino da Arábia Saudita e região do Oriente Médio em setores de alto volume, como manufatura de autopeças e pneus, que dependem de produtos químicos com valor agregado e margens mais altas”.
A Wacker, empresa alemã com sede em Munique, nomeou Adriano Magalhães como novo Diretor Executivo da sua subsidiária brasileira Wacker Química do Brasil Ltda. Ele sucede Danilo Timich, que deixou a companhia no início deste ano. Em sua nova função, Adriano Magalhães será responsável por liderar o crescimento global e a rentabilidade da Wacker dentro da região. Adriano Magalhães tem 18 anos de experiência em vendas, desenvolvimento de negócios, marketing e administração geral na indústria química. Na BASF, Magalhães ocupou posições de liderança e foi responsável pela equipe de estratégia regional para o segmento de Agro Feed & Food antes da sua nomeação na Wacker.
50- BORRACHAAtual
Dow e DuPont anunciam fusão Duas das maiores empresas mundiais do setor químico, a Dow Chemical e a DuPont, anunciaram no dia 11 de dezembro uma megafusão que envolve US$ 130 bilhões e resultará em três novas empresas, segundo informações do jornal norte-americano Financial Times. Da fusão resultarão outras três empresas com focos específicos: uma na área agrícola, concentrada em sementes e proteção às safras, uma de plásticos e outra em produtos químicos especializados. A nova empresa se chamará DowDuPont e deverá elevar o valor de mercado do grupo em US$ 30 bilhões, por conta da economia que será feita com a estruturação da mesma. Os acionistas da Dow ficarão com metade do grupo e os da DuPont com a outra metade. Também foram anunciadas nesta sexta as funções dos mais altos executivos das empresas: Andrew Liveris, da Dow, será presidente do conselho do grupo, enquanto Edward Breen, da DuPont, será o presidente-executivo. Maiores detalhes estarão na próxima edição de Borracha Atual.
Chem-Trend reconhecida nos segmentos de compósitos e borracha A Chem-Trend acaba de ser reconhecida por sua excelência em dois dos segmentos nos quais mais atua: borracha e compósitos. A empresa venceu, na categoria desmoldantes, o prêmio TOPRUBBER 2015 - Maiores e Melhores do Ano, promovido pela revista especializada Borracha Atual, que pretende valorizar as principais empresas da cadeia desse mercado, desde fornecedores de matéria-primas até fabricantes de produtos finais. A escolha dos vencedores é por meio de votação na qual participam os assinantes da revista Borracha Atual, da Aspa Editora. Já a indústria de compósitos também premiou a Chem-Trend, que ficou entre as mais lembradas no Top of Mind da Indústria de Compósitos 2015, na categoria desmoldante, do prêmio organizado pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). “Para nós, o recebimento desses dois prêmios significa a comprovação da nossa dedicação aos negócios desses segmentos que tanto tem crescido no Brasil e onde ainda existem muitas oportunidades”, diz Ana Clara Cordeiro, Diretora de Vendas da Chem-Trend do Brasil.
BORRACHAAtual - 51
Notas e Negócios
Borracha de silicone: alta performance em fios e cabos As borrachas de silicone, usadas em carros, eletrodomésticos, equipamentos médicos, navios, aeronaves, engenharia de controle e instrumentação e instalações elétricas em geral se distinguem das outras borrachas pela sua grande capacidade de alongamento e alta resistência a diferentes temperaturas e deformação. Elas suportam condições extremas de temperaturas, de - 50°C até +300°C , sem perder as suas propriedades originais. Por satisfazer rigorosos requisitos elétricos, mecânicos ou químicos, as borrachas de silicone possuem um conjunto de propriedades que torna a sua utilização em fios e cabos vantajosa em relação a outros materiais orgânicos. Elas também aumentam o tempo de vida útil das peças a que estão associadas, reduzindo a necessidade de substituição das peças e, consequentemente, os descartes no meio ambiente. A Comissão Setorial de Silicones da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) foi criada em 2000 para difundir conhecimentos sobre os benefícios da tecnologia do produto, promover sua imagem e defender políticas de investimento que incentivem a indústria brasileira. Ela é formada pelas empresas DowCorning, Bluestar Silicones, Wacker e Momentive.
Déficit em produtos químicos atinge US$ 26,8 bilhões em doze meses O saldo negativo da balança comercial de produtos químicos, nos últimos 12 meses, até outubro, alcançou US$ 26,8 bilhões, valor praticamente idêntico ao déficit registrado em 2011, o qual, naquele ano, foi de US$ 26,5 bilhões. De novembro de 2014 a outubro deste ano, o Brasil importou US$ 40,0 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 13,2 bilhões. Em termos de volume, as compras externas totalizaram, no mesmo período, 35,2 milhões de toneladas, ao passo que as exportações foram de 15,5 milhões de toneladas.
comercialização de correias automotivas, sobre o crescente número de ocorrências envolvendo produtos falsificados. A marca fornece correias para praticamente todas as montadoras e modelos de automóveis comercializados no país e, de acordo com a área técnica da empresa, os produtos falsificados representam um grave risco à segurança do consumidor. A ContiTech coloca à disposição de seus consumidores o telefone (11) 5070-1100 e o e-mail contitech-correias@ contitech.com.br para esclarecer qualquer dúvida sobre suas correias automotivas.
Solvay divulga resultados do terceiro trimestre de 2015 O Grupo Solvay obteve um faturamento de 2,714 bilhões de euros no terceiro trimestre de 2015, registrando um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo anúncio feito em 29 de outubro pela companhia. O REBITDA – lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 14% no período, alcançando 524 milhões de euros. O lucro líquido ajustado no terceiro trimestre de 2015 foi de 121 milhões de euros.
Indústria calçadista mira Alemanha O núcleo de Inteligência Competitiva da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) em conjunto com o Footwear Components by Brasil – projeto promovido juntamente com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – realizaram o estudo de oportunidades para o mercado alvo da Alemanha, estruturado por produtos de Moda, Tecnologia e Químicos para Couro. A análise aponta que, atualmente, a Alemanha é um dos principais destinos das exportações brasileiras de materiais para o setor coureiro calçadista, responsável por importar no primeiro semestre de 2015 US$ 34 milhões – o equivalente a 7,8% de participação do total exportado pelo Brasil. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), dentre os principais segmentos adquiridos pelo mercado alemão estão cabedal (78,1%); palmilha (6,1%); produtos químicos para calçado (5,5%) e outros (10,3%).
ContiTech alerta para o risco de correias automotivas Scandiflex investe falsificadas US$ 2 milhões em Mauá A ContiTech, marca ligada ao Grupo Continental, um dos maiores fornecedores mundiais para a indústria automobilística, orienta varejistas, consumidores finais e todos os profissionais ligados direta ou indiretamente à 52- BORRACHAAtual
A Scandiflex, indústria química especializada em plastificantes e especialidades químicas, pertencente à Eastman Chemical Holdings, acaba de comemorar 50 anos de Brasil.
Acreditando no potencial do mercado brasileiro, anunciou um investimento de US$ 2 milhões na ampliação de sua unidade fabril em Mauá, SP. A fábrica conta com uma área de 20 mil m² e os planos são de expansão para mais 5 mil m² já em 2016 – incluindo uma nova estação de tratamento de efluentes industriais.
Dow apresenta nova família de resinas de alto desempenho O negócio de Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow acaba de lançar as Resinas para Embalagens de Precisão INNATE™, uma nova família de resinas que oferece níveis de desempenho sem precedentes capazes de ajudar os clientes a atenderem algumas das necessidades mais desafiadoras de embalagens da atualidade. Desenvolvidas a partir de um catalisador molecular patenteado aliado a uma tecnologia de processo avançada, com as resinas INNATE os clientes poderão explorar novas oportunidades no setor de embalagens por meio de um balanço único entre rigidez e tenacidade, facilidade de processamento e sustentabilidade.
“As resinas INNATE foram desenvolvidas após inúmeras discussões com convertedores e proprietários de marca, além de uma análise detalhada das tendências de mercado”, apontou Diego Donoso, Presidente Global do negócio de Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow. “Estamos muito entusiasmados com as possibilidades que a família de resinas INNATE™ trará para o design das embalagens”. David Parrillo, Diretor Global de Pesquisa e Desenvolvimento para Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow, acrescenta: “A química por trás das resinas INNATE permite que os clientes controlem propriedades de uma forma totalmente inédita para criarem um novo padrão de desempenho por meio da combinação de rigidez, tenacidade e processabilidade do filme, tudo isso com uma única resina”. As resinas INNATE ajudarão a criar novos nichos de mercado e categorias para aplicações diversas, que vão desde embalagens flexíveis para alimentos até sacaria industrial de alta resistência.
BORRACHAAtual - 53
Notas e Negócios
Evonik investe na Airborne Oil & Gas
Magneti Marelli Aftermarket lança coxim frontal de motor
Por meio de seu braço de venture capital, a Evonik investe na empresa Airborne Oil & Gas, sediada em IJmuiden, Holanda. O grupo de especialidades químicas detém participação minoritária na empresa holandesa. O investimento foi realizado em conjunto com as empresas HPE Growth Capital (HPE) e a Shell Technology Ventures. As partes concordaram em não revelar o valor da transação. A Airborne Oil & Gas (AOG) domina uma tecnologia única para a produção de dutos compósitos termoplásticos para uma variedade de aplicações no setor de petróleo e gás offshore.
A Magneti Marelli Aftermarket, unidade de negócios do grupo focada no mercado de reposição e segunda maior empresa do segmento no Brasil com mais de 50 linhas de produtos com as marcas Magneti Marelli e Cofap, anuncia o lançamento do coxim frontal do motor do Honda Fit. O componente tem a função de fixar o motor ao chassi, absorvendo as vibrações geradas pelo próprio motor e também pelo movimento do veículo. Por essa razão, é recomendável a verificação periódica dos coxins de motor, que devem ser substituídos no caso de apresentarem deformações, folgas ou rupturas. A linha de produtos metal-borracha complementa o portfólio da marca Cofap, da Magneti Marelli Aftermarket, composta também por itens de suspensão, direção, transmissão, motor e freio, e que conta com a tradição e a qualidade de quem fornece os amortecedores Cofap para as principais montadoras e está no mercado de reposição há mais de 50 anos.
A atual infraestrutura de petróleo & gás offshore consiste em dutos rígidos de aço ou nos chamados flexíveis, compostos por camadas múltiplas de aço e polímeros. Os dutos compósitos termoplásticos da AOG dispensam totalmente o aço, o que os torna imunes à corrosão. Eles apresentam estabilidade mecânica extremamente alta, mas também são flexíveis. Como vantagem adicional, são leves e podem ser fabricados em comprimentos de até 10 km, o que significa que os dutos da AOG podem ser instalados de modo relativamente simples e econômico em custos. As linhas de aço rígido são soldadas umas às outras em segmentos de 10-20 metros de comprimento, usando navios de lançamento altamente especializados e financeiramente dispendiosos. Os dutos de compósito termoplástico da AOG são adequados e vantajosos em ampla variedade de aplicações offshore. Diversos operadores qualificaram os dutos da AOG para linhas de transporte offshore de petróleo & gás, nas quais os benefícios de uma instalação de baixo custo e a ausência de corrosão oferecem melhorias sem precedentes. Uma extensão considerável dos 150.000 a 200.000 km das linhas de transporte instaladas ao redor do mundo tem mais de 20 anos de idade e precisa ser substituída, o que representa um atraente ponto de entrada para a AOG.
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Nova tecnologia barateia custos de fábricas que trabalham com adesivo PUR A Adecol, um dos maiores players nacionais no setor de adesivos industriais, desenvolveu uma nova tecnologia para empresas da indústria moveleira que trabalham com adesivo PUR (poliuretano reativo), uma cola monocomponente que apresenta alta resistência física, química e elevado poder de colagem. A empresa estudou o setor e firmou uma parceria com a empresa GP Service para oferecer um serviço totalmente novo no Brasil: a adaptação de coleiros hotmelts para que as máquinas convencionais se tornem máquinas PUR, evitando a aquisição de novo maquinário específico. “Se um maquinário novo é avaliado em aproximadamente 120 mil euros (cerca de R$ 519 mil) na Europa, a adaptação custa aproximadamente R$ 25 mil. É uma grande economia para poder ter uma tecnologia premium como o PUR”, conta Peter Brill, da GP Service.
ABTB 40 anos
“...nenhuma pessoa é tão pequena que não possa ensinar e nem tão grande que não possa aprender.”
Cora Coralina
Uma associação deve sempre relembrar e exercer seus objetivos, mantendo-se sempre atual e engajada nos desenvolvimentos que acontecem no mundo ao seu redor, permitindo aos seus associados uma visão clara e moderna do mercado onde atuam. Fomos buscar a opinião de alguns associados. André Mautone, especialista na área de borrachas, afirma que a ABTB tem uma gestão muito participativa, onde as decisões são tomadas baseadas na opinião do grupo. Quinzenalmente são feitas reuniões via Skype com grande envolvimento do grupo, demonstrando todo o comprometimento da equipe. A participação das empresas nos eventos técnicos e no 16º Congresso de Tecnologia da Borracha da ABTB 2016 será uma grande oportunidade de expor e sedimentar sua marca a um maior número de técnicos ao mesmo tempo. Ter seu nome como apoiador do maior evento técnico de borracha no Brasil é ratificar sua crença no país e em seus técnicos. Quando o assunto é associados, o especialista vê que o principal mentor da associação das empresas são seus técnicos, pois somente eles têm condições de mostrar os benefícios que essa associação pode trazer. Com mais associados participando fica mais fácil trazer assuntos de maior interesse ao grupo. Afirma, ainda, que a ABTB cumpre seu papel de divulgar tecnologia no mercado brasileiro, mas muitas vezes de forma indireta durante as palestras realizadas em seus núcleos. Nas apresentações há sempre oportunidade de fazer perguntas e debater com o palestrante e convidados quais as melhores tecnologias disponíveis e como determinado produto é feito em outros países. “Não tenho dúvidas que quem se compromete a participar dessas gestões o faz com o intuito de colaborar, pois são todos voluntários que doam seu tempo à causa da associação. Muitas vezes ouço críticas à forma como os trabalhos são conduzidos, mas é raro alguém se apresentar para trazer suas ideias de como podemos melhorar e onde estamos pecando. Acredito que quanto mais pessoas e empresas participarem da gestão, mais alinhados estaremos com as necessidades do mercado e menos suscetíveis a interesses particulares, finaliza Mautone. Edgar Citrinite, executivo da CABOT, tradicional fabricante de negro de fumo, declara que a ABTB completa 40 anos, mostrando que ainda existem planos futuros e o desejo de ampliar o conhecimento neste segmento. “ Caso tenhamos uma visão geral dos negócios, vimos que os
“borracheiros” são profissionais bastante conservadores, e que agora com os eventos, locais ou com pessoas do exterior, estão se aprofundando mais, e ampliando as possibilidade de conhecimento e de passar adiante o que sabem. Já estou na terceira gestão da ABTB na diretoria, e cada vez mais se torna difícil o tempo para maior dedicação, mas o grupo da diretoria é bastante unido e luta por um ideal que é disseminar a informação e conhecimento. A Cabot é uma empresa voltada à tecnologia, novos produtos e novas aplicações com grande portfólio de negócios e profissionais competentes para ofertar e aplicar este produtos. Dentro deste escopo de empresa voltada à tecnologia, o foco é direcionado ao cliente, que utiliza seus produtos com a segurança de uma empresa com mais de 133 anos de conhecimento e produção de negro de fumo, cedente de tecnologia e inovadora. “Com tudo isto citado, estamos presentes e perto dos clientes reforçando o elo que temos de produto e cliente, em perfeita sintonia e acima de tudo respeito”, afirma Citrinite. A estratégia da atual da diretoria da ABTB já está colhendo frutos, pois tem mostrado que é uma grande vantagem ser associado da ABTB, que têm atuações em todos os mercados da borrracha, estando presentes nos grande pólos de uso da borracha, fazendo que empresas e mesmo pessoas físicas procurem a ABTB. O Congresso que ocorrerá no ano que vem juntamente com a EXPOBOR trará uma procura maior, o que mostra que o associado percebe o quanto é bom estar na ABTB. Segundo o executivo, a ABTB cumpre seu papel de divulgar tecnologia no mercado brasileiro plenamente, pois a dedicação dos diretores não está relacionada a ganhos materiais e sim ao ganho de conhecimento para o mercado e de instrução para quem procura aprender algo. Impossível não ter a poetiza Cora Coralina neste âmbito, o qual cita que nenhuma pessoa é tão pequena que não possa ensinar e nem tão grande que não possa aprender. Com isto a ABTB tem aprendido e ensinado junto com os associados as melhores formas de crescer e manter o que temos de bom, seja via “papers”, via digital ou “em loco”, com simpósios e palestras.
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ABTB
Marcos Carpeggiani, especialista e empresário na Zanaflex, sustenta que a ABTB é o principal veículo de promoção de tecnologia da borracha no Brasil tendo um papel importante na nossa sociedade, servindo aos seus associados e não associados com a divulgação da tecnologia da borracha através de palestras, seminários e conferências. Destaca, ainda, a possibilidade dos associados realizarem “networkings”, facilitando o intercâmbio de informações entre empresas, universidades e outras entidades. “Na atual gestão sou o Presidente do Conselho Fiscal e pretendo fazer os primeiros registros de atividades de um Conselho Fiscal, elaborando pareceres sobre a documentação legal e livros contábeis da associação”, afirma Carpeggiani. A Zanaflex é um associado efetivo que apóia economicamente para a manutenção e desenvolvimento da ABTB, isto porque entende que a tecnologia é essencial para o desenvolvimento e inovação do setor. A contribuição associativa de pessoa física ou jurídica é de fundamental importância para a existência e continuidade da ABTB. Sem este apoio a ABTB não tem mais motivos para existir. Uma associação forte se faz com uma indústria participante, a qual reconhece a necessidade de desenvolver e inovar seus produtos em base a novas tecnologias, e, principalmente, com técnicos em borracha. Atualmente existem poucos cursos de formação em tecnologia da borracha no Brasil. Como conseqüência há uma baixa geração de novos técnicos no mercado e o envelhecimento dos técnicos existentes. É necessário restabelecer a formação de novos técnicos em borracha no Brasil e estimular os jovens a participar deste mercado. Assim, existirão mais associados no futuro; Caso contrário, estaremos fadados a ser uma associação de um pequeno número de velhos associados sobreviventes. A ABTB cumpre seu papel de divulgar a tecnologia da borracha no mercado brasileiro promovendo palestras regionais, cursos, congressos nacionais e internacionais, divulgando material técnico na revista Borracha Atual, disponibilizando sua biblioteca e material técnico no formato eletrônico em seu website. O Brasil é um pais de grandes dimensões e a ABTB está tentando se aproximar dos principais polos de fabricação de artefatos de borracha, organizando eventos, palestras e workshops. O principal evento de divulgação é o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha que é realizado a cada dois anos. O próximo será o décimo sexto congresso e ocorrerá nos dias 28 e 29 de junho de 2016 no Expo Center Norte em São Paulo em conjunto com a Expobor. Programe-se e participe do maior evento brasileiro em tecnologia da borracha para o ano de 2016.
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Cynthia Guenaga, executiva da Aditya Birla, maior fabricante de negro de fumo do mundo, considera que nesses 40 anos a ABTB foi incansável na busca e divulgação de novas tecnologias para a indústria de borracha, além da promoção de palestras técnicas para todo o mercado, auxiliando assim na formação de novos químicos. A ABTB tem um papel importante na formação técnica dos profissionais da indústria da borracha, buscando agregar valor nas atividades, pregando a união do segmento através dos diversos eventos, tendo um papel essencial na divulgação do conhecimento. Algumas gerações de técnicos já passaram como integrantes ou como participantes dos encontros tecnológicos organizados pela ABTB. Nos anos de 2013 e 2014, a Birla foi patrocinadora da festa de encerramento das atividades culturais da ABTB na região de SC. Assim como a ABTB, a Birla Carbon também mantém seu foco em tecnologia na busca de eficiência para seus clientes. Entender as necessidades tecnológicas do mercado de borracha auxilia muito no desenvolvimento de novos negros de fumo e fortalece parcerias de longo prazo. A Birla Carbon tem a ABTB como parceira; como uma das possibilidades de interação com os clientes, para divulgação da marca, de conhecimento técnico, de novos produtos, de tecnologia e dos serviços disponíveis. Tanto em eventos técnicos, como nos congressos ou encontros tecnológicos, como nas reuniões de confraternização, se torna possível o contato com um número significativo de clientes em um tempo relativamente curto e o que é considerado central, encontrar o cliente fora de seu ambiente de trabalho, privilegiando o social, mas com ênfase no técnico e possibilidade de atendimento de questões específicas. De acordo com a executiva, um primeiro passo para trazer mais associados, seria a ABTB iniciar um trabalho de conscientização junto aos gestores das indústrias de borracha da importância da liberação de seus químicos iniciantes a frequentar as palestras técnicas. A partir desse contato técnico com a Associação, esses novos químicos poderão iniciar uma nova geração de associados na entidade. Mantendo os encontros tecnológicos mensais, promovendo cursos básicos das principais matérias-primas e processo de mistura e transformação. Outros pontos que podem ser abordados seriam o treinamento on-line aos associados ou promoção de palestras com temas diversos ligados indiretamente ao segmento. Ênfase em economia, petróleo, gás, montadoras, pneumáticos etc. A ABTB é atuante em várias regiões, promovendo palestras em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na região de Franca - interior de São Paulo.
ABTB 40 anos
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Matéria Técnica
Genomatica e Braskem confirmam produção direta de butadieno renovável em laboratório
A Genomatica, empresa norte-americana de bioengenharia,
Controlada pela Organização Odebrecht, a Braskem é a
e a Braskem, maior petroquímica das Américas, anunciam a
maior produtora de resinas termoplásticas das Américas,
produção de butadieno em escala de laboratório, através de
com capacidade anual de produção de mais de 16 milhões
processo direto a partir de fontes renováveis. As empresas
de toneladas de resinas e outros produtos petroquímicos
desenvolvem em conjunto uma nova tecnologia para a
básicos. Com faturamento de R$ 53 bilhões, é a maior
produção renovável do insumo desde 2013.
produtora mundial de biopolímeros – polietileno derivado do etanol de cana-de-açúcar (Plástico Verde), com capacidade
A Genomatica é uma empresa líder amplamente reconhecida
de 200 mil toneladas anuais. Com o propósito de melhorar
no campo de bioengenharia. A empresa desenvolve processos
a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da
com base em fontes renováveis que permitem aos seus
química e do plástico, a Braskem atua em mais de 70 países,
parceiros fabricar produtos químicos de uma “maneira
conta com cerca de 8 mil integrantes e opera 36 unidades
melhor”, a partir de matérias-primas alternativas, com
industriais, localizadas no Brasil, EUA e Alemanha. Lidera
melhores resultados econômicos e de sustentabilidade se
ainda a construção de um complexo industrial petroquímico
comparados aos insumos e processos tradicionais.
no México, em parceria com a mexicana Idesa, cujo investimento é avaliado em cerca de US$ 5,2 bilhões.
O processo GENO BDOTM já produziu milhares de toneladas de BDO; A BASF e a Novamont licenciaram o produto e
O butadieno é uma matéria-prima utilizada na fabricação
aumentaram seus contratos, enquanto a Cargill presta
de borracha para pneus, com aplicações também em
serviços de apoio à produção. O BDO produzido através
aparelhos elétricos, calçados, plásticos, asfalto, materiais
do nosso processo segue crescendo sua participação no
de construção e látex. A crescente demanda mundial pelo
mercado, tendo sido já validado por empresas como Invista
insumo já é, hoje, de mais de 9 milhões de toneladas por
(Lycra® spandex), BASF (PolyTHF®), DSM, Lanxess, Toray e Far
ano. A produção a partir do biobutadieno pode tornar
Eastern New Century.
produtos cotidianos feitos com o material, como pneus, mais sustentáveis, além de reduzir a sua pegada ambiental.
A Genomatica utiliza sua plataforma de engenharia de bioprocesso e mais de 600 patentes e aplicações no desenvolvimento de processos para produtos químicos
Alguns dos resultados do programa são:
adicionais. Entre eles estão os intermediários butadieno e poliamida, em parceria com a Versalis e a Braskem. A empresa
1) Produção contínua direta: As equipes do programa
já foi amplamente reconhecida por sua tecnologia inovadora
desenvolveram com sucesso um microrganismo que
e seu histórico de comercialização, inclusive com o Prêmio
consome açúcar e o converte em butadieno em escala
Kirkpatrick pela “mais importante tecnologia de engenharia
laboratorial, em fermentadores de 2 litros. O butadieno
química comercializada no mundo” e o prêmio de Pioneirismo
foi produzido, coletado e mensurado continuamente ao
em Tecnologia conferido pelo Fórum Econômico Mundial 2015.
longo de diversos dias de cada fermentação.
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2) Desenvolvimento de diversas rotas diretas e enzimas
cada passo das rotas metabólicas potenciais. A Genomatica
inéditas: Na busca pelo desenvolvimento do melhor
então aumentou em 60 vezes a atividade enzimática em
processo, a Genomatica utilizou ferramentas computacionais
substratos não nativos através de triagem de alta capacidade
na análise de todas as maneiras possíveis em que um
e engenharia enzimática.
microrganismo poderia, em teoria, produzir butadieno, identificando 60 rotas biológicas potenciais. As cinco
3) Mais propriedade intelectual: A equipe do programa
melhores rotas foram escolhidas para validação empírica,
acrescentou muito à já extensa propriedade intelectual
conduzida pelas equipes da Genomatica e da Braskem em
da Braskem e da Genomatica nessa área. O trabalho
San Diego e Campinas, juntamente com cientistas residentes
aborda o desenvolvimento dos melhores microrganismos
da Braskem no Centro de Inovação da Genomatica. A equipe
e processos, oferece apoio às próximas fases de
explorou um grande número de enzimas possíveis, através
desenvolvimento e representa uma importante vantagem
da aplicação de amostragem ambiental e metagenômica em
competitiva.
Braskem e Genomatica revelam êxito na produção biológica direta de butadieno em escala de laboratório
“Nossa equipe mista utilizou bem a plataforma integrada de bioengenharia da Genomatica, incluindo suas técnicas computacionais e processos de clonagem e triagem de alta capacidade, para alcançar um novo nível rapidamente”, destacou Nelson Barton, Vice-presidente Sênior de P&D da Genomatica. “Nossa abordagem ‘racional’ à criação de cepas deve acelerar o programa, permitiu maior previsibilidade durante o aumento da escala e elevou a eficiência econômica à medida que avançamos". “É uma grande satisfação anunciar este significativo avanço técnico”, disse Patrick Teyssonneyre, Diretor de Inovação e Tecnologia Corporativa da Braskem. “Isso representa a base para um importante e inédito processo na indústria. O trabalho que estamos realizando junto a Genomatica é mais um exemplo do sucesso do nosso sistema aberto de inovação, que visa oferecer aos clientes vantagens competitivas para os seus negócios. Acreditamos que a química renovável é uma parte importante do futuro do setor e do nosso”. Desde a sua criação, em 2002, a Braskem investe em processos tecnológicos que resultam em produtos mais eficientes e sustentáveis. Além do projeto em parceria com a Genomatica, a Braskem produz polietileno a partir de etanol desde 2010, sob a marca “I’m greenTM”, além de manter outros acordos de cooperação com parceiros para o desenvolvimento de isopreno verde.
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Classificados
LT QUÍMICOS
Atuando nos mercados de Borracha e Plástico.
Trabalhando com uma ampla linha de produtos: -
Poliuretanos Sólidos para revestimento de cilindros, petróleo e calçados. Mídias para rebarbação criogência de peças de borracha. Mídias para limpeza de moldes. Equipamentos para rebarbação criogênica e para limpeza de moldes. Aditivos para PVC. Negro de fumo. Óxido de zinco ativo e nano óxido de zinco Av. Pedro Severino Jr. 366 - cj. 35 - São Paulo/SP info@ltquimicos.com.br - www.ltquimicos.com.br Tel: (11)
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5581.0708
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2016
ABRIL 18 a 21.04.2016 • 189 Reunião Técnica & Simpósio de Educação - Hilton Palacio Del Rio em San Antonio, TX / EUA Informações: www.rubber.org/189th-technical-meeting-educational-symposium ou contate Linda McClure pelo tel 330.972.7978 ou lmcclure@rubber.org
19 a 21.04.2016 • TIRE RECYCLING WORLD section – at the 2016 North American Tire & Retread Expo - Ernest N. Morial Convention Center, New Orleans - Lousiana / EUA Informações: acesse www.usatireexpo.com ou Tel: +1 786-293-5186 e: info@usatireexpo.com
MAIO 03 a 07.05.16 • FEIMEC - Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos - São Paulo Expo Exhibition & Convention Center - São Paulo/ BRASIL Informações: www.feimec.com.br
JUNHO 28 a 30.06.16 • EXPOBOR - 12ª Feira Internacional de Tecnologia em Borrachas, Termoplásticos e Máquinas - Expo Center Norte, em São Paulo - São Paulo/ BRASIL Informações: 11 2226.3100 / sav@francal.com.br ou acesse www.expobor.com.br
28 a 30.06.16 • PNEUSHOW - 12ª Feira Internacional da Indústria de Pneus - Expo Center Norte, em São Paulo - São Paulo/ BRASIL Informações: 11 2226.3100 /sav@francal.com.br ou acesse www.pneushow.com.br
JULHO 13 a 15.07.16 • LATIN AMERICAN & CARIBBEAN TYRE EXPO - ATLAPA Convention Center, Cidade do Panamá / PANAMÁ Informações: www.latintyreexpo.com ou contate Yamila Ansourian pelo e-mail yamila@latintyreexpo.com ou tel +1 786-293 5186.
OUTUBRO 10 a 13.10.16 • 2016 International Elastomer Conference - International Rubber Expo, 190th Technical Meeting & Educational - David L. Lawrence Convention Center, Pittsburgh, PA / USA Informações: www.rubber.org/2016-international-elastomer-conference e www.rubberiec.org
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