PRELÚDIOS FOTOGRÁFICOS COLETÂNEA


Elisangela Lobo Schirigatti (Org.)
PRELÚDIOS FOTOGRÁFICOS COLETÂNEA
1“ edição

Projeto Gráfico: Júlia Pirchiner Maciel e Érica Casimiro Oba
Capa: Érica Casimiro Oba Fotos da capa: Elisangela Lobo Schirigatti
Capas das exposições: Guilherme Mendel Bastos
Textos: Alexandre Azevedo Perich e Elisangela Lobo Schirigatti Ilustração: Júlia Pirchiner Maciel Revisão: Giulia Pietra Dal Col Realização: Núcleo de Fotografia da UTFPR Curitiba Exibição das exposições: Mysma Mesquita de Melo e Alexandre Azevedo Perich Produção editorial: Elisangela Lobo Schirigatti
O presente trabalho foi realizado com o apoio da Universidade Tecnológica Federal do ParanáUTFPR, por meio da sua Pró-reitoria de Relações Empresariais e Comunitárias, da Diretoria de Extensão, da Assessoria de Cultura e da Comissão Central de Cultura. Este livro contou com a participação das bolsistas de Incentivo à Produção Artística-Cultural (BIPAC) contempladas no Edital 01/2021 - PROREC, Júlia Pirchiner Maciel e Érica Casimiro Oba. Além da colaboração dos voluntários do Núcleo de Fotografia da UTFPR, Alexandre Azevedo Perich, Giulia Pietra Dal Col, Guilherme Mendel Bastos e Mysma Mesquita de Melo.
Contato: Elisangela Lobo Schirigatti Av. Sete de Setembro, 3165 - Rebouças - Curitiba - PR - 80230-901 e-mail: nucleo.fotografiautfpr@gmail.com Facebook: @nucleo.fotografiautfpr Instagram: @nucleo.fotografiautfpr http://Linktr.ee/nucleo.fotografiautfpr
ESTE LIVRO NÃO PODE SER COMERCIALIZADO. DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
P924 Prelúdios fotográficos : coletânea / organização Elisangela Lobo Schirigatti. Curitiba, PR : Arte Final, 2021. 1 recurso eletrônico (166 p.) : il., PDF ; 146 MB
e ISBN: 978 65 993780 1 0
Acesso via World Wide Web Bibliografia: p. 166.
1. Fotografia Estudo e ensino (Superior) Curitiba (PR). 2. Desenho industrial Estudo e ensino. 3. Arte e fotografia. 4. Fotografia Exposição. 5. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Desenho Industrial. I. Schirigatti, Elisangela Lobo. II. Título.
CDD: ed. 23 770.7
Biblioteca Central da UTFPR, Câmpus Curitiba
Bibliotecário: Adriano Lopes CRB 9/1429
AGRADECIMENTOS
Os organizadores deste livro gostariam de estender agradecimentos a todos que contribuíram na realização do presente desafio, sendo estes: os 17 estudantes que se dedicaram durante a disciplina e concederam suas imagens para compor a primeira edição; às discentes que participaram das entrevistas e deram seus depoimentos acerca de como foi produzir durante esse período; aos voluntários do Núcleo de Fotografia que colaboraram com a confecção do livro e das exposições virtuais de forma incondicional, com suas expertises, reforçando os resultados obtidos; às bolsistas de Design, que atuaram no projeto gráfico e na execução do livro, se preocupando com cada detalhe que valoriza o teor da obra.
Também aos departamentos envolvidos na proposição do edital feito através da Pró-reitoria de Relações Empresariais e Comunitárias (PROREC), da Diretoria de Extensão, da Assessoria de Cultura e da Comissão Central de Cultura. Aos professores do Departamento Acadêmico de Design Industrial (DADIN), Marco Mazzarotto Filho e Eunice Liu, pela análise do projeto gráfico e orientações técnicas à equipe, atitudes que contribuíram significativamente para o melhoramento dos resultados apresentados. Ao professor Ismael Scheffler que se disponibilizou e compartilhou sua experiência para orientação de detalhes técnicos sobre a produção de um livro. Por último, o Núcleo de Fotografia da UTFPR pela idealização desta iniciativa, favorecendo assim, a concretização do portfólio dos estudantes.




































Disciplina

Disciplina 1.1
A disciplina de Fotografia está inserida no quarto período dos cursos de Bacharelado em Design e Tecnologia em Design Gráfico, apresentando carga horária de 60 e 90 horas, respectivamente. O ob jetivo da disciplina é preparar os discentes para produzir imagens fotográficas de modo profissional e os conteúdos englobam os princípios da fotografia básica digital, incluindo os aspectos históricos, conteúdo teórico e técnicas.
Dentre as técnicas abordadas estão: contra luz, light painting, projeção, múltipla exposição, fotografia de alimentos e pessoas. As práticas são realizadas no Laboratório de Narrativas Visuais (sala C201) da UTFPR Curitiba centro. O ambiente possui infraestrutura básica e layout adequado para os exercícios de captação, incluindo fundo infinito para fotografia de pessoas, equipamentos de iluminação e câmeras amadoras avançadas.
Em geral, as dinâmicas de aula se dividem em duas parte. Na
primeira parte é tratada a teoria para compreensão da lógica de funcionamento da técnica, ajustes da máquina, passo a passo da aplicação, apreciação e análise de exemplos com base em trabalhos realizados de outros fotógrafos, no intuito de inspirar novas abordagens e resultados, e consolidar a construção do repertório visual. Na segun da parte se concentra a execução da técnica em questão, a análise dos resultados e o retrabalho, se necessário. Visando o compartilhamento de suporte e apoio técnico, as captações são em equipe, mas os resultados individuais, pois visam a busca da criatividade, foco e enquadramento.
Além das atividades práticas, durante o semestre, os estudantes realizam os Projetos Fotográficos. Esses projetos são baseados em grandes temas, que podem variar de semestre para semestre. Os projetos deste livro foram “diários fotográficos”, “proje to empatia”, “projeto vai uma dica aí?” e “projeto onde é?”.
Na pandemia, distante do estúdio e dos equipamentos, as dinâmicas tiveram que considerar os recursos dos próprios estudantes, incluindo o uso de equipamento celular, câmeras amadoras e adapta ção de cenários e iluminação. Neste período, as práticas fo -

tográficas se concentraram principalmente nas questões externas de captação que envolvem o desenvolvimento do olhar fotográfico com base na estética aflorada pela nitidez, enquadramento, composição e criatividade. Os resultados evidenciaram que é possível
obter boas captações mesmo com a restrição de equipamentos. Reforçando assim, que as questões externas citadas influenciam na concep ção dos projetos e possuem um peso muito forte nos resultados obtidos.
1.2
Técnicas básicas de composição fotográfica
Os princípios de enquadramento e composição quando aplicados ajudam a conectar e guiar o olhar do espectador, proporcionando mais dinamismo e fluidez à cena, contribuindo para a construção da narrativa fotográfica.
Ao compor elementos em uma cena o fotógrafo deve considerar alguns cuidados básicos que contribuem para o sucesso de uma composição, tais como: manter a linha do horizonte nivelada, definir o objeto principal ou centro de interes se da foto, optar por não centralizar esse objeto principal na foto, inserir uma referência visual para indicar a escala de grandeza entre os elementos, enfatizar o objeto principal deixando-o maior ou destacando-o do fundo. Além destes fatores, também é importante optar por uma composição mais simples e com poucos elementos, estabelecer o que primeiro deve chamar a atenção e depois conduzir o olhar do observador para a aprecia ção de elementos secundários.
No senso comum, a composição fotográfica mais adota da é a simétrica, ou seja, as pessoas amadoras tendem a posicionar o objeto principal no centro da foto ou posicionar o limite da linha do hori zonte no meio da foto.
O fato é que o homem é atraído naturalmente por simetrias e isso ocorre de forma intuitiva porque a simetria aplicada na arte, na arquitetura ou identificada na natureza gera um equilíbrio visual, ou uma sensação de estabilidade. Na prá tica, a simetria está fortemente relacionada às ideias de beleza e pode ser compreendida como uma proporção perfeita ou uma estrutura que ao ser divida gera duas partes iguais. Tecnicamente a simetria pode ser bilateral ou radial. O primeiro caso ocorre quando um objeto possui um único eixo de simetria (e o segundo quando o objeto apresenta diversos eixos simétricos.
Na fotografia busca-se desta car o ponto de interesse, aquilo
que você quer ressaltar aos olhos do espectador, usando-se linhas guias para conduzir a leitura dos elementos contidos na cena. No entanto, é importante saber que ao aplicar a simetria perfeita e distribuir os elementos da composição de formas iguais em uma fotografia o fotógrafo dificilmente irá conseguir destacar algum elemento. Diante disso, a regra dos terços afirma que uma fo tografia se torna mais interessante quando o objeto principal é deslocado para um ponto não

central da composição.
Vamos ver como aplicar essa regra? O grid da regra dos terços se forma quando um retângulo é dividido por duas retas verticais e duas retas horizontais igualmente distribuídas, formando 09 retângu los iguais e 04 pontos de intersecção. Onde essas retas se cruzam são denominadas de pontos de interesse ou pontos focais e é onde os objetos de vem ser posicionados. Em geral, essas linhas de referência estão disponíveis no visor do
celular ou no live view da câ mera fotográfica e podem ser ativadas pelo usuário. Quan do o horizonte tem um papel predominante na composição, a linha do horizonte pode ser posicionada usando como referência as retas transversais das regras dos terços, buscando assim, uma composição horizontal mais harmoniosa. Cabe ao fotógrafo analisar o contexto, definir qual parte merece maior atenção e disponibilizar essa parte nos dois terços da área da composição.

Figura 5. Esquema da regra dos terços com realce para o céu (2/3 de céu e 1/3 de terra)
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
Figura 4. Esquema da regra dos terços com destaque para a terra (2/3 de dunas e 1/3 de céu).

Foto: Elisangela Lobo Schirigatti

Ao posicionar o objeto ou su jeito em uma das linhas, ou em um dos pontos de intersecção gera-se um maior destaque deste objeto na cena. Da mesma forma que, uma parte da natureza é enfatizada ao receber mais área para apreciação.
A aplicação das regras de composição trazem maior aceitação e se apresentam
mais harmônicas perante aos olhos, gerando uma melhor impressão estética.
Por outro lado, a captação de reflexos e linhas convergentes primam pela aplicação da centralização, ou seja, uma divisão de área 1/2 a 1/2 na foto.


Figura 6. Reflexo.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
Figura 7. Linhas convergentes.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
Outras técnicas de composição fotográfica tem como base as proporções áu reas que consideram o número Phi ou número de ouro ou número áureo. Este número está presente em grande parte das formas da natureza e nas propor ções do corpo humano e de animais. A divisão de um retângulo em retângulos áureos originam o Phi Grid e a espiral de fibonacci. As composições que empregam essas proporções são, de forma inconsciente, mais agradáveis aos olhos e consequentemente são esteticamente mais bonitas.
Figura 9. Espiral de Fibonacci na natureza



A grade das regras dos terços é um pouco diferente do Phi grid. No primeiro as retas verticais e horizontais originam 09 retângulos com tamanhos iguais e no segundo as retas estão posicionadas mais próximas do centro, gerando retângulos de tamanhos diferentes. Apesar da diferença estrutural das grades, a lógica de aplicação é a mesma, ou seja, o fotógrafo deve tentar disponibilizar os elementos da cena nas linhas e nas intersecções.
Para isso, algumas condições precisam ser analisadas. Quando o assunto definido está distribuído verticalmente ou horizontalmente dominando uma parte da cena, a tendência é posicioná-lo em uma das linhas das regras dos terços ou das proporções áureas. No entanto, quando o assunto está concentrado em um ponto da cena é interessante aplicar a lógica de composição baseada na espiral de Fibonacci ou espiral áurea, posicionando seu ponto de interesse no centro da espiral e distribuindo outros
elementos da cena no restante da curva dessa espiral. A exis tência de curvas naturais na cena a ser fotografada já é um motivo para adotar a composição com base na espiral áurea. Por fim, quando o objeto está sozinho na cena, prefira posicioná-lo em uma das intersecções. Importante considerar que, as retas causam uma sensação mais estática e as cur vas geram uma sensação de maior dinamismo para a cena.


Figura 12. Objeto principal posicionado em uma das linhas do Phi Grid.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
Figura 13. Aplicar a proporção áurea a partir da regra dos terços.

Foto: Elisangela Lobo Schirigatti

As linhas de referência do Phi grid e da espiral áurea não estão disponíveis no celular e na câmera fotográfica. Então, a aplicação pode ser feita mentalmente ou usando como re ferência a grade dos terços e deslocando o objeto um pouco para fora da intersecção.
no workflow do pós-proces samento.As linhas guias que podem ser ativadas são: pro porção áurea; grade, espiral de ouro, entre outras.
dispersão para elementos com menor importância.
A fotografia digital permite que ajustes de enquadramento possam ser realizados na pós -produção. Muitos programas de edição fotográfica disponibilizam a ferramenta de crop ou sobreposição de guia para corte que permite me lhor posicionar os elementos
Quanto ao formato, uma fotografia pode ser horizontal ou vertical. O formato vertical destaca o objeto principal quando este está distribuído neste mesmo sentido e eliminam outros elementos que estão dispostos nas laterais de um enquadramento. Isso concentra o olhar do observa dor para uma leitura mais verticalizada, seja de baixo para cima ou vice-versa, evitando a

Por outro lado, o formato horizontal prioriza o destaque dos elementos neste mesmo sen tido. Os fatores vistos neste capítulo são fatores externos que consideram questões estéticas que podem deixar uma foto mais atrativa perante o observador. Contudo, é importante ressaltar que realizar uma composição fotográfica envolve decisões que ainda dependem da sensibilidade e noções do fotógrafo e não da câmera fotográfica.
Figura 14. Objeto principal posicionado em uma das linhas do Phi Grid.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
1.3
Desafios atuais
Apesar de 2020 e 2021 se esta belecerem como períodos atípicos vividos pela humanidade, coisas boas aconteceram, foram registradas e merecem ser compartilhadas. O livro tem esse propósito, pois diante da ausência da vida presencial acadêmica e social, o registro da realidade individual, natural ou posado, disponibilizado em conjunto, tenta restaurar no estudante a sensação de pertencimento, estabelecendo laços mais fortes e marcantes com a universidade.
Outro fator a ser considerado neste semestre refere-se à questão técnica. As captações fotográficas foram realizadas utilizando-se recursos dos próprios matriculados e for matou, por si só, a superação de um desafio.

A coletânea em questão agregou uma parcela da produção fotográfica realizada durante as disciplinas de fotografia do Dadin no primeiro trimestre de 2021. Dos 60 alunos matriculados, 44 participaram das expo sições virtuais e 20 concederam o direito da imagem para o livro digital.
O resultado apresentado aqui ainda é singelo mas exprime a materialização de uma primeira conquista. Contudo, es pera-se que esse objeto digital seja capaz de gerar um impac to positivo, servindo de inspiração e incentivando futuros estudantes a compartilharem mais suas obras nas próximas coletâneas, fortalecendo as sim, a iniciativa de exibição.
Figura 16. Recursos e ambiente de trabalho do estudante.

Depoimentos 1.3
Foram produzidas entrevistas com discentes participantes das exposições presentes neste livro. Através das quais, explicitaram suas impressões acerca da disciplina e como foi o pro cesso de fotografar durante o período de isolamento, devido à pandemia de Covid-19. Um aspecto interessante, é o quanto a fotografia aproxima mesmo em tempos de afastamento social, podendo-se notar como cada exposição promoveu características específicas de cada discente.

“Eu gostei particularmente do Onde É [...] eu não conhecia bem a área da fotografia abstrata e foi bem legal poder prestar atenção nessas peque nas coisas do dia-a-dia. Também como estamos em casa o tempo todo, deixamos passar normalmente coisas que a gente não percebe, e com essa fotografia conseguimos perceber.”

- Lucielli Trevizan
“Acabou que nos Diários Foto gráficos, como minha família viu que todo dia eu estava fa zendo uma foto diferente, eles se colocaram nessa interação juntos. Então vinha minha avó e falava - Por que você não fotografa essa flor para mostrar para sua professora? - foi bem bonitinho.”
- Lucielli Trevizan
“Quanto aos Diários Fotográficos eu decidi fazer temático, cada semana eu resolvi fazer um tema diferente, como: cômodos da minha casa; copos do meu namorado; meu ambiente de traba lho; e por último usei os videogames do meu namorado”

- Karolina Marques
“A Onde É foi a mais divertida, me lembro da professora passando os slides e eu já pensando sobre as rachaduras de casa e como ficaram legais [...] foi a exposição mais espontânea.”
- Karolina Marques
“Foi uma experiência bem interessante [...] senti que me apro ximei da minha família, então em muitas exposições chamava meu pai, mãe, irmão para posar como modelo para fotos ou montar os cenários.”
- Mariana Siqueira
“Eu gostei muito do projeto aproveita [...] no caso, resolvi optar por fotografar receitas prontas, pensando na cozinha de uma forma criativa, utilizando todo o alimento.”
- Mariana Siqueira

“Eu gostei muito dos diários fotográficos, achei que foi algo muito pessoal de cada um. Todo mundo fotografou o que gostava ou pôde fotografar, principalmente por conta da pandemia.”



- Carolina Novinski

“Tive que usar meu celular, então tive que aprender a mexer nele [...] foi um desafio [...] e devido a isso tive que cuidar muito do pré-processamento, no caso a luz, focar nos enquadramentos, o fundo da foto.”
- Carolina Novinski


2.1
Núcleo de Fotografia da UTFPR
É um projeto de extensão do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (Dadin) da UTFPR Curitiba, sendo coordenado pela professora Elisan gela Lobo Schirigatti e tendo como vice-coordenador o professor Marcelo Abilio Públio. O projeto foi criado em março de 2021 e visa incentivar o estudo, a captação, o registro e a divulgação da produção fotográfica.
Considerando que a fotografia é um importante recurso para a comunicação e ferramen ta de expressão artística, as iniciativas propostas pelo Núcleo de Fotografia objetivam estimular as manifestações culturais dessa natureza e for talecer as disciplinas de Fotografia do Dadin e de outros cursos da UTFPR. Além disso, os esforços do projeto visam aumentar a interação do am biente acadêmico, com o mundo do trabalho e a comunidade externa, estimulando as articulações técnico-sociais, tais como o diálogo, a ajuda mútua e a troca de experiência.
O projeto nasceu devido a diversas necessidades relacionadas à área de fotografia, uma delas está associada a ausência de registros históri cos que impedem análises e reflexões que poderiam aflorar de estudos evolutivos e com parativos construídos a partir do referencial de uma fototeca. Durante o semestre os projetos fotográficos realizados nas disciplinas de fotografia geram muitas imagens, contabilizando em média 30 fotos por estudante, sendo que muitas destas apresentam ótimos resultados estéticos de capta ção e poderiam ser apreciadas pela comunidade. Infelizmen te, esse material visual não é mantido registrado na instituição e se perde com os anos. A iniciativa de realizar o evento Exposições fotográficas virtu ais nas redes sociais do Núcleo de Fotografia e em paralelo este e-book, é uma forma de iniciar a organização deste acervo visual, além de promo ver sua divulgação.
No seu primeiro semestre de existência o projeto já conta com a atuação de voluntários e estagiários, sendo classificado no edital 03/2021 organizado pela Pró-Reitoria de Relações Empresariais e Comunitárias (PROREC), em conjunto com a



Figura 1.




Diretoria de Extensão (DIREXT).

Essa homologação perante o edital, o torna apto para regis tro no Departamento de Extensão (DEPEX), aumentando as chances de receber estudantes bolsistas. Além de poder contar com a adesão contínua da
comunidade interna e externa, no formato de voluntariado, o projeto também é aberto a parcerias com outros projetos, coordenações, organizações e instituições do setor.
Figura 2.
2.2
Legado da exposição
Desde 2013, 02 exposições fotográficas ocorrem no final de cada semestre. Os eventos duram uma semana e são realizados no pátio central da UTFPR Curitiba. Em geral, cada exposição reúne 80 fotografias.

A disciplina aborda os princípios teóricos e práticos de Fo tografia, apresentando em média 17 técnicas fotográficas. Em geral, a disciplina é o primeiro contato dos estudantes com o assunto e os resultados expri mem esses primeiros passos.
Uma das exposições foi batizada de Prelúdios Fotográficos. A palavra Prelúdios (substantivo masculino plural) segundo o dicionário (dicio.com) significa “Passos iniciais para dar início a algo ou antecedentes à sua realização”. A adoção do termo faz alusão ao caminho inicial trilhado pelo estudante para o universo da fotografia. Um momento que reflete a construção do conhecimento básico por meio dos exercícios técnicos realizados durante a disciplina.
A exposição exibe essa miscelânea de técnicas, respeitando um padrão visual de estrutura. Neste caso, as fotografias são impressas em papel fotográfico fosco e sem textura, tamanho 20x30cm, coladas em papel color plus preto e de gramatura 120g. Os recursos utilizados na confecção do material de exposição são dos próprios estudantes. E por eles concederem as fotografias impressas tem porariamente para exibição, as obras são devolvidas logo após o final do evento.
Figura 3.
Exposição realiza da no pátio central da UTFPR Curitiba.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti

Figura 6. Exposição realizada no Mercado Municipal de Curitiba.
Foto: Elisangela Lobo Schirigatti
Figura 5. Exposição realizada na Sala de Exposições da UTFPR Curitiba.

Foto: Elisangela Lobo Schirigatti

Além dos Prelúdios Fotográficos, outra exposição realizada é direcionada para a temática do desperdício de alimentos. A técnica enfatiza a fotografia de alimentos em estúdio com a composição de elementos e aplicação de iluminação artificial. A lógica de estrutura ção e quantidade da exposição “Evite o desperdício de Ali -

mentos “ é a mesma que a dos “Prelúdios Fotográficos”.
Os projetos fotográficos tem objetivo de ressaltar as questões informativas sobre o desperdício de alimentos no Brasil e no mundo e as ques tões que orientam como evitar o desperdício em diversas etapas da cadeia produtiva.

Ana Paula Paludo
É discente do Departamento Acadêmico de Engenharia Mecânica da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Estagiária da empresa Volvo no departamento de desenvolvimento de produtos.




Bruno Ferreira Lopes
Discente em Design da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Participa do Núcleo de Fotografia da UTFPR.
Carolina Novinski

Estudante de Tecnologia em Radiologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e formada em Medicina Veterinária pela Universidade Tuiuti do Parana (UTP). Já participou do projeto “Meu Bicho é Legal” da Universidade Federal do Paraná (UFPR), atualmente está trabalhando na Clínica Veterinária Bicho Mania 24h em Campo Largo. Seus passatempos são: fotografar, ler e observar a natureza. Por isso, no primeiro semestre de 2021, ela fez a matéria de Fotografia da UTFPR, a fim de melhorar as técnicas desse passatempo que apreciou sempre.

Érin Lika Akamatsu

Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Participou das ex posições fotográficas online “Empatia” e “Vai uma dica aí?”, promovidas pelo Núcleo de Fotografia da UTFPR em 2021.

Geovana Marcos
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Participou do projeto de extensão em AnimaçãoDesign Anima-Ação na UTFPR, em 2019. Trabalha com Design Gráfico desde 2019 e é entusiasta pela fotografia de mo mentos especiais da rotina.




Ian Lages
Discente em Tecnologia em Design Gráfico pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Ex-colaborador do “Abrigo Maker” da UTFPR. Atualmente é estagiário em projetos audiovisuais da Coordenação de Tecnologia na Educação (COTED) da UTFPR.
Isabela Luiza Molin






Discente em Design na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. É voluntária no programa de extensão Núcleo Interdisciplinar de Tecnologias Sociais e Economia Solidária (TECSOL), Incubadora de Economia Solidária da UTFPR, onde busca desenvolver projetos de design para além da prática mercadológica. Atualmente trabalha como estagiária atuando em projetos de design de interação.
Jessica Salomão Jarek
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Intercambista pela Escola Superior de Artes e Design - Portugal (ESAD.CR) entre 2019-2020. Possui Atestado de Destaque pelo artigo “Foca no Voto” no evento “XXII Sul PET- Pelotas/RS”. Desde 2020, estagiária na área de Marketing Digital e Design Gráfico na empresa Invexo.
Karolina Marques
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Também é estudante de Anima ção no Grupo Uninter. Participa do Núcleo de Design de Animação da UTFPR. É bolsista no projeto de iniciação científica “Cabine Médica Maria”, de Tele medicina, onde atua como designer de interfaces, da UTFPR. Trabalha como Designer UI em uma Startup, e também como Ilustradora freelancer. Amante das artes, adora explorar e estudar novas técnicas, principalmente de ilustração e pintura.
Larissa Timofeiczyk




Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Trabalhou com foto grafia de produtos no setor de marketing de editora. Descobriu um amor por representações fotográficas abstratas e P&B nas aulas de fotografia.
Lorena Corrêa Bonoldi

Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Trabalha com expe riência do usuário e design de interfaces. Expôs trabalhos no projeto do Núcleo de Fotografia da UTFPR.

Luciano Pereira
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Nascido em Curitiba, vivido em Araucária, mas sempre indo e voltando de Curitiba. Faz personagens cartunescos, escreve descrições para jogos e conserta eletrônicos antigos no tempo livre.
Lucielli Trevizan
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Ilustradora freelancer e apai xonada pela arte, criando algo novo sempre que pode.
Marcel Higashiyama





Discente do Departamento Acadêmico de Eletrônica e Departamento Acadêmico de Mecânica. Estudante do Curso de Engenharia Mecatrônica (UTFPR). Formado em Técnico em Mecânica (UTFPR). Utiliza da arte da fotografia como Hobby para controlar ansiedade, estresse e melhorar sua concentração.
Mariana Luiza Siqueira
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Desde o segundo pe ríodo de Design, participou de diversos projetos de extensão na faculdade, incluindo uma iniciação científica na área de Design de Produto e Bioma teriais. Atualmente, trabalha em uma empresa privada na criação de peças gráficas impressas e publicou recentemente seu artigo de iniciação científica na revista Brazilian Journal of Development.

Mysma Mesquita





“Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, no curso de Tecnologia do Design Gráfico da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Participou do Núcleo de Fotografia também da UTFPR. É voluntário nos projetos de extensão: Nós – Nosso Olhar Solidário e do Núcleo de fotografia, onde auxilia nas postagens de ambas as redes sociais, ilustração no projeto Nós e demais áreas de design que necessitam.”
Nayra Chela

Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR).
Pedro Henrique Nonato
Discente do Departamento Acadêmico de Construção Civil (DACOC) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Formado em Proces sos Fotográficos pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Scarllet Gabardo



Discente do curso Bacharelado em Design na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Atua no mercado de trabalho como ilustradora e tem a fotografia como hobby.
Uriel de Abreu
Discente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN) da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR).




3.

Exposição Diários Fotográficos
A exposição “Diários
Fotográficos”, retrata a vida como ela é e foi o primeiro desafio proposto para a disciplina de fotografia. O princípio dessa exposição foi de que cada estudante fotografasse seu cotidiano, produzindo uma foto por dia, explorando ambientes da natureza, arquitetura, objetos e ações. Seu objetivo era de abordar os conceitos apresentados de composição, enquadramento e planos; desenvolvendo o olhar fotográfico através dessas práticas diárias.
De acordo com Elisangela Lobo, docente da disciplina, eram semanalmente feitos os uploads das fotos na plataforma Moodle, até completar trinta fotos. Os fatores de avaliação da imagem fotográfica foram fundamentados na ementa da disciplina, que são: foco, criatividade, enquadramento, composição, adesão a temática e objetivo da exposição. Sendo consideradas
condições mais externas do que internas, e essas dependem do olhar fotográfico do portador da câmera para compor a imagem.
Tendo como plataforma principal para divulgação a rede social “Instagram”, a exposição “Diários Fotográficos” foi separada em quatro fases de divulgação. Na “Fase 1 — Diários Fotográficos”, trinta estudantes participaram, totalizando 172 fotos postadas no feed da plataforma, o que culminou em 487 interações com as postagens, sendo essas 471 curtidas e 16 comentários. Já na “Fase 2 — Diários Fotográficos”, a participação aumentou, tendo trinta e quatro estudantes, com 194 fotos postadas, as quais tiveram o total de 454 interações, sendo 448 curtidas e seis comentários. As fases 3 e 4 ainda não tiveram uma conclusão em seus relatórios e serão divulgadas posteriormente.

ANA PAULA PALUDO






BRUNO FERREIRA LOPES






CAROLINA RAKSA NOVINSKI






IAN LAGES COELHO






ISABELA LUIZA MOLIN DE SIQUEIRA






JÉSSICA




SALOMÃO JAREK


KAROLINA DE PAULA MARQUES






LORENA CORREA DE MELLO BONOLDI




LUCIELLI MAHIRA TREVIZAN LUZ






MARCEL EIJI HIGASHIYAMA






MARIANA LUIZA SIQUEIRA





PEDRO HENRIQUE NONATO DA LUZ LAGO TEIXEIRA






SCARLLET GABARDO ANDERSON











URIEL DE ABREU





Repleto de referenciais teóricos de fotógrafos e pintores, a exposição “Onde é?” tem seu viés voltado para a fotografia abstrata. Seu desenvolvimento se deu a partir do estudo acerca de pintores do movimento do Expressionismo Abstrato, e subsequentemente, foram estudados fotógrafos do movimento da Fotografia Abstrata.
so físico da pintura, através de lançar a tinta contra a tela com gestos instintivos, a Color Field buscava exprimir a contemplação, através de cores saturadas dispostas pela tela de maneira sutil e com poucos elementos.
O advento do Expressionismo Abstrato surgiu na cidade de Nova York, nos Estados Unidos da América, como resposta às décadas seguintes à Primeira Guerra Mundial. Sua estética anti figurativa era baseada nas escolas abstratas da Europa, como o Futurismo, Bauhaus e Cubismo, carregando a intensidade emocional do Expressionismo Alemão.
A proposição para a exposição era de fazer produções que seguissem o movimento de abstracionismo na fotografia, esse, que através da abstração dos elementos, removia o lastro dos significados e símbolos da imagem, sendo voltado para uma produção a partir da criatividade do fotógrafo.

Os expressionistas buscavam retratar emoções e símbolos universais, tendo seu movi mento separado em duas tendências principais — Action Painting e Color Field — ambas opostas. Enquanto a Action Painting explorava o proces
Certos elementos se destacam nessa categoria, que tornam a foto mais impactante, tais como textura, curvas, luz e sombra, foco seletivo, diferença entre os planos, contraste e padrões. Segundo Elisangela Lobo, os estudantes tiveram de captar detalhes de objetos concretos, de forma que ficassem indefinidos ou identificá veis, utilizando dos princípios dos elementos de uma fotografia abstrata, produzindo dez
fotos distintas na horizontal, todas em preto e branco.

A exposição “Onde é?” foi através da rede social Instagram, durante os dias 6 a 14 de abril de 2021. Durante sua exi
bição foram feitas 33 postagens no feed da plataforma, com produções de 32 estudantes, concluindo a exibição com 256 fotos postadas no feed, as quais possuíram 444 interações com as postagens, contabilizan do 434 curtidas e 10 comentários.
Figura 1. Captação abstrata. Érin Lika Simoya Akamatsu
ANA PAULA PALUDO





CAROLINA RAKSA NOVINSKI






ÉRIN


LIKA SIMOYA AKAMATSU



GEOVANA MARCOS DA CONCEIÇÃO



ISABELA LUIZA MOLIN DE SIQUEIRA





JÉSSICA
SALOMÃO JAREK





KAROLINA DE PAULA MARQUES





LARISSA TIMOFEICZYK CARDOSO




LUCIANO AUGUSTO FERREIRA PEREIRA



LUCIELLI MAHIRA TREVIZAN LUZ





MARCEL


EIJI HIGASHIYAMA



MARIANA LUIZA SIQUEIRA





SCARLLET GABARDO ANDERSON





URIEL ABREU




ELISANGELA LOBO SCHIRIGATTI




















Exposição Empatia
A exposição “Empatia” surgiu a partir de uma parceria entre o Núcleo de Fotografia da UTFPR e o Projeto Estímulo, projeto de extensão da UTFPR registrado no Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) e vinculado ao Departamento Acadêmico de Desenho Indus trial (DADIN).
O Projeto Estímulo tem como seu propósito a produção de materiais audiovisuais para orientação da comunidade em relação à doença de Parkinson. De acordo com Elis Lobo, vice-coordenadora do projeto “Muitas pessoas têm a doença de Parkinson, que atualmente está cada vez mais precoce o diagnóstico, no entanto a grande maioria da população não sabe do que se trata, muitas vezes confunde com o Alzheimer, então há muito pre conceito”.
mo de registrar sentimentos e ações, a qual a palavra mais ressaltada entre os voluntários do Projeto Estímulo foi “empatia”.
Na disciplina em questão foram estudados quais são os principais sinais e sintomas do Parkinson. O público teve a oportunidade de assistir às lives que o Projeto proporciona, onde havia a possibilidade de conversar com médicos, enfermeiros, pesquisadores e pacientes acerca do tema. Dessa forma, os estudantes ao terem esse contato sobre o que é a doença, tiveram de produzir o seguinte material: um projeto que atua com o incentivo à atuação da comuni dade da comunidade externa e estudantes como voluntários.
O nome da exposição surgiu a partir do propósito do projeto: a fotografia como mecanis
Vale ressaltar que o cerne do planejamento é dar suporte e apoio no tratamento da doença de Parkinson, ressaltando a importância do apoio no tratamento da doença; as infor
mações sobre a evolução dos sinais e sintomas é o melhor forma de compreensão e que evita o preconceito; incentivar compreensão e superar suas limitações, através de adaptações e ajuda; e mostrar que é possível viver e realizar planos, mesmo com a doença. Aproxi mando esses estudantes da temática, tornando-os agentes e difusores dessas informações.



Os princípios de composição e enquadramento para a produção de imagens sobre o projeto ressaltaram sentimentos e ações positivas relacionadas ao tema, sendo produzidas 5 fotos por aluno. As principais características técnicas das fotos eram de uma iluminação suave, com fundo neutro claro ou escuro A exposição “Empatia” foi feita pela rede social Instagram, onde 25 estudantes participaram com 121 fotos no total, dessas, totalizaram 437 interações com as postagens, computando 423 curtidas e quatro comentários.

Figura 1.
Figura 3.
Figura 1, 2 e 3.
Trabalhos finalizados
Figura 2.
ANA PAULA PALUDO




CAROLINA RASKA NOVINSKI




SIMOYA AKAMATSU





COELHO




ISABELA LUIZA MOLIN DE SIQUEIRA

JESSICA

SALOMAO JAREK



KAROLINA DE PAULA MARQUES





LARISSA TIMOFEICZYK CARDOSO





LUCIELLI TREVIZAN



NAYRA AILANA CHELA


MARCEL EIJI HIGASHIYAMA



MARIANA LUIZA SIQUEIRA





SCARLLET GABARDO ANDERSON







Exposição Vai Uma Dica Aí?
A exposição “Vai Uma Dica Aí?” surgiu através do Projeto De sign Para a Produção e Consumo Sustentáveis, que existe desde 2017, em parceria com a Projeto Aproveita, Slow Food Brasil e a Slow Food Coré Etu ba, formada por jovens do movimento em Curitiba, Paraná.
A partir de uma conversa entre Gabriela Bonilha, coordenado ra local do movimento, e Elis Lobo, coordenadora da disciplina, surgiu o interesse acerca da problemática do Slow Food e o desperdício de ali mentos. Então, foram propostas ações de extensão, fazendo palestras para estudantes de Design, incentivando a produção audiovisual nas discipli nas de Fotografia, Animação e Audiovisual. Nessas, foi abordado a temática e desenvolvidos materiais de orientação, e informação, propondo dicas e apontando dados sobre desperdício de alimentos.
A Slow Food é um movimento que se iniciou na década de 1980, através de Carlo Petrini e um grupo de ativistas. Sua
proposta original era defender as tradições regionais e a comida boa. Nas décadas seguintes, o movimento passou a envolver, segundo o site da organização, “uma abordagem inclusiva do alimento, reco nhecendo os fortes vínculos entre prato, planeta, pessoas, política e cultura”.
O desafio dessa exposição, foi a produção de 5 propostas fotográficas por estudante, utilizando como composição principal de alimentos, lidando com uma fotografia mais voltada para uma estética publicitária, com profundidade de campo, composição de alimentos, para despertar o appetite appeal.
Nessa produção, era possível utilizar a máquina fotográfica ou celular para a produção da foto, e na pós-produção ser feita a inserção textual na imagem, para inserir informações de desperdício de alimento ou exigir uma ação, como uma campanha.
A exposição “Vai Uma Dica Aí?” foi feita pela rede social Instagram, onde 29 estudantes participaram com 148 fo tos no total, dessas, o alcance chegou a 2872 perfis, totalizando 528 interações com as postagens, computando 453 curtidas, 74 compartilhamentos e 1 comentário.





Figura 3.

Figura 1. Figura 2.
Figura 1, 2 e 3. Trabalhos finalizados
ANA PAULA PALUDO





CAROLINA RASKA NOVINSKI





ÉRIN LIKA



SIMOYA AKAMATSU

GEOVANA MARCOS DA CONCEIÇÃO





ISABELA LUIZA MOLIN DE SIQUEIRA






JESSICA SALOMÃO JAREK





KAROLINA MARQUES






LARISSA TIMOFEICZYK CARDOSO




LUCIELLI MAHIRA TREVIZAN LUZ

NAYRA CHELA




MARCEL EIJI





HIGASHIYAMA

MARIANA LUIZA SIQUEIRA





SCARLLET GABARDO ANDERSON





Referências
CURTIN, D. Manual de Fotografia Digital. 2. . Massachusetts: ShortCourses.com, 2007.
GERNSHEIM, Helmut. Creative Photography Aesthetic Trends 1839-1960 . New York: Bonanza Books, 1962.
HARMAN, Doug. O manual da fotografia digital. São Paulo, SP: Escala, 2013. HEDGECOE, John. O manual do fotógrafo. 6 . Porto: Porto Editora, 1977.
HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: Guia completo para todos os formatos . 4. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.
KELBY, Scott. The Digital Photography Book . United States of América: Peachpit Press, 2013.
MARTINS, Nelson. Fotografia: da analógica à digital . Rio de Janeiro, RJ: SENAC, 2014. NATIONAL GEOGRAPHIC. Guia completo de Fotografia . São Paulo: Editora Abril, 2008.
RAMALHO, José Antônio; PALACIN, Vitché. Escola de Fotografia . São Paulo: Futura, 2004.
REGINA, Cristina. Dicas de Fotografia . Rio de Janeiro: Creative Commons, 2015.
WARREN, Lynne. Encyclopedia of Twentieth – Century Photography. New York: Routledge, 2006.
Elisangela Lobo Schirigatti
Profa. Dra Elisangela Lobo Schirigatti é designer e docente do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), onde leciona as disciplinas de fotografia e animação. É coordenadora do Núcleo de Design de Animação e do Núcleo de Fotografia, ambos projetos de extensão da UTFPR. É responsável pela organização dos eventos de extensão: Exposições Fotográficas do Núcleo de Fotografia, Encontro Nacional de Animação Experimental - ExperimentAnima, Semana de Jogos, Quadrinhos e Animação - JoQA, Momento Animação, Roda de Conversa Animada e o Laboratório Aberto de Animação - LAAB. Fez parte da equipe de organização do Seminário Brasileiro de Estudos em Animação - SEANIMA 2020, é membro da Red Latinoamericana de Estudios de Animación - Sur a Sur e júri do Festival Internacional de Animação de Curitiba - Animatiba 2021. Na área da pesquisa coordena os projetos Observatório Internacional do Ensino em Animação e a Cadeia Produtiva da Animação, onde estuda as competências dos profissionais de animação. Entre 2005 e 2012 atuou como fotógrafa publicitária em seu próprio estúdio denominado Design Mestre.


A fotografia exprime um amplo leque de relevâncias sobre a sociedade atual, tais como a importância histórica, genealógica, cognitiva, psicológica, sentimental, criativa e profissional.
O registro e a transmissão de informações visuais por meio da fotografia permitem a compreensão da evolução dos processos, dos estilos de vida e de inúmeras outras situações que cercam a sociedade. A fotografia possibilita o enriquecimento da memória e





do sentimento de pertencimento, fortalecendo os vínculos entre os indivíduos, sejam de grupos sociais ou familiares.
Pode-se dizer que a proposta deste livro é enfatizar o registro visual das captações fotográficas realizadas durante o período pandêmico e sob o olhar de estudantes da UTFPR, a fim de estimular uma memória positiva daqueles que estão vivenciando este momento tão sombrio da nossa sociedade.