Revista PI Junho/Julho 2025

Page 1


www.arandanet.com.br/revista/pi

Pesquisa

Pesquisa

Empresas de transformação por injeção

Empresas transformação por injeção

Estudo avalia o uso de bioplásticos em produtos médicos

Estudo avalia o uso de bioplásticos em produtos médicos

Opinião

Opinião

Aditivos e cargas Sistemas de medição de cor Aranda

Bisfenol A (BPA)

As implicações do seu uso em para alimentos

As implicações do seu uso em embalagens para alimentos Bisfenol A (BPA)

Plásticos no setor automotivo, um mercado em transição

Plásticos no setor automotivo, um mercado em transição

Guias

Aditivos e cargas

Sistemas de medição de cor

www.arandanet.com.br/revista/pi

Transformadores por injeção investem em células robotizadas

P esquisa atualizada sobre investimentos realizados pelos transformadores por injeção mostrou aumento do uso de células robotizadas, utilizadas na execução de tarefas como sobre-injeção de materiais e insertos, além de soldagem por ultrassom.

GUIA IPÁG. 12

Bisfenol A (BPA) e as implicações do seu uso em embalagens para alimentos

Artigo trata das propriedades e aplicações industriais do BPA, discutindo os mecanismos de migração das embalagens para alimentos e os riscos associados para a saúde humana.

ANÁLISEPÁG. 18

Sistemas de medição de cor

Confira a oferta nacional de espectrofotômetros colorimétricos, colorímetros e cabines de luz usados para garantir que os produtos tenham cores consistentes e padronizadas ao longo do processo de fabricação.

GUIA IIPÁG. 28

Estudo da viabilidade do uso de plásticos biodegradáveis e de base biológica na área da saúde

R esultados de um estudo recente mostram que a biodegradabilidade dos plásticos oferece poucas vantagens no setor de saúde, mas que a origem renovável da matéria-prima é um aspecto crucial quando se trata de sustentabilidade.

BIOPLÁSTICOSPÁG. 30

Aditivos e cargas

G uia traz uma relação de empresas que desenvolvem e/ou comercializam produtos utilizados para modificar as propriedades de resinas.

GUIA IIIPÁG. 38

Pág. Editorial4

Notícias e curtas6

O plástico na embalagem40

Opinião42

Reciclagem46

Produtos48 Eventos49

Capa -Peças plásticas contendo canais de injeção. Nor Gal/Shutterstock. Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes.

As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.

EDITORIAL

Os tempos atuais cobram da indústria responsabilidade e compromisso com os efeitos colaterais de suas atividades. Esta edição destaca a crescente responsabilidade da indústria de plásticos em relação à sustentabilidade, saúde e inovação tecnológica.

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO :

Diretora de redação: Hellen Corina de Oliveira e Souza

Editor técnico: Antonio Augusto Gorni

Redator: Adalberto Rezende (MTb 78.879)

Jornalista responsável : Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799)

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA : Milena Venceslau

PUBLICIDADE

Gerente comercial: José Rober to Gonçalves

Nada é tão simples

Nada é tão simples

Seja na especificação de materiais ou no acompanhamento dos processos produtivos, exige-se hoje das empresas industriais, especialmente as do setor de plásticos, um comprometimento em termos de responsabilidade ambiental e social que é observado de perto. Nesta edição, um estudo sobre o bisfenol A – substância amplamente utilizada não só na indústria de plásticos – traz uma atualização sobre sua classificação e os riscos que apresenta para a saúde humana, aspectos que devem ser considerados atentamente por quem especifica materiais para embalagens, por exemplo. O fato de as autoras do artigo serem provenientes das indústrias de alimentos e farmacêutica confere um olhar diferenciado sobre a questão, distinto do que já conhecemos. Igualmente crítico é o artigo a respeito do uso de bioplásticos em aplicações médicas, área em que esses materiais tenderiam a apresentar muitas vantagens. O estudo de caso em questão, no entanto, mostrou que a opção por eles está mais relacionada à sustentabilidade inerente à sua origem renovável do que à sua compostabilidade. Isso propõe uma revisão da adequação desses materiais, que hoje são uma opção real de insumo complementar para empresas que buscam alcançar metas de ESG e atender às exigências do Tratado Global dos Plásticos, que em agosto estará novamente em discussão em Genebra, na Suíça.

As iniciativas em termos de produtividade também são tema desta edição, com os resultados da mais recente pesquisa sobre o mercado de transformação por injeção. A nova sondagem aponta que a adoção de células robotizadas de produção tem avançado no mercado brasileiro a passos mais largos do que o uso de robôs colaborativos, por exemplo, o que demonstra a maturidade do setor e o firme propósito de se manter atualizado em relação às tecnologias disponíveis.

Esses temas refletem a complexidade com que está sendo moldado o futuro da indústria de plásticos, sinalizando a necessidade crescente de atualização e troca de informações entre os agentes do setor, pautados pela responsabilidade ambiental e social, inovação e adaptação às novas exigências globais.

São Paulo e Rio de Janeiro

Luci Sidaui – Cel. n n (11) 98486-6198, luci@arandaeditora.com.br

Dora Bandelli - Cel. n (11) 95327-6608, dora.bandelli@arandaeditora.com.br

Ariane Ribeiro - Cel. n (11) 99101-5045, ariane.ribeiro@arandaeditora.com.br

Paraná e Santa Catarina Romildo Batista

Rua Carlos Dietzsch, 541, cj 204E – 80330-000 – Curitiba (PR) Tel. (41) 3501-2489/3209-7500, Cel. n n n (41) 9728-3060, romildoparana@gmail.com

Rio Grande do Sul Maria José da Silva Tel. (11) 2157-0291, Cel. n (11) 98179-9661 e-mail: maria.jose@arandaeditora.com.br

INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES

China: Mr. Weng Jie – Hangzhou Oversea Adv Ltd 596 Tiyuchang Rd., Hangzhou, Zhejiang 310007, China Tel.: (+86 571) 87063843, jweng@foxmail.com, wj@hz.cn

Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: (+49 202) 373294 11 , sa@intermediapro.de

Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7, 20148 Milan Tel.: (+39 2) 39216180, grquaini@tin.it

Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel.: (+81 3) 3263-5065, e-mail: aso@echo-japan.co.jp

Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl, Ana Blsdg, 257-1 Myungli-Dong, Kangdong-Gu, Seoul 134-070, Tel.: (+82 2) 481-3411, jesmedia@unitel.co.kr

Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon

Tel.: (+41 1) 720-8550, beatrice.bernhard@rdormann.ch

Taiwan: WORLDWIDE Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, Nº - 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel.: (+886 4) 2325-1784, global@acw.com.tw

UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btopenworld.com

USA: Ms. Fabiana Rezak – 2911 Joyce Lane, Merrick, NY 11566, Tel.: (1 516) 858-4327, arandausa@gmail.com

ADMINISTRAÇÃO:

Diretor administrativo : Edgard Laureano da Cunha Jr.

CIRCULAÇÃO: São Paulo : Clayton Santos Delfino - Tel.: (11) 3824-5300

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva

PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP

SERVIÇOS: Impressão : Ipsis Gráfica e Editora S/A Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

PLÁSTICO INDUSTRIAL , revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.

ISSN 1808-3528

Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br É enviada mensalmente a 12.000 pessoas-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.

NOTÍCIAS

Sistemas de IA se tornam adaptáveis ao ambiente fabril

A Rockwell Automation (EUA), que tem unidade brasileira em São Paulo (SP), desenvolveu um sistema de inteligência artificial (IA) generativa denominado Factory Talk Analytics Logix AI, que pode ser aplicado em diferentes ambientes da indústria de manufatura, incluindo as empresas do setor de plásticos, tornando possível a análise e a proposição de correções de processos em tempo real. Trata-se de um módulo que pode ser adicionado aos sistemas de controle da empresa, e que utiliza a aprendizagem de máquina (machinelearning), uma área da inteligência artificial que permite que computadores aprendam a identificar padrões em grandes volumes de dados e façam previsões ou tomem decisões automaticamente.

em uma linha de envase, conectada ao CLP das máquinas, que trouxe melhorias em menos de 20 dias. “Há muitos casos de sucesso na indústria envolvendo a IA, que está caminhando junto com a aprendizagem de máquina, fazendo a orquestração das aplicações”, comentou.

SistemadeIAfoiaplicadoemumalinhade envase,conectadoaoCLPdasmáquinas,e

O módulo emprega essas análises no controle de processos, transmitindo dados do controlador de modo a criar modelos preditivos. Ele pode monitorar continuamente uma operação de produção, detectando anomalias e capacitando os operadores a aplicar conceitos de aprendizagem de máquina para se anteciparem aos problemas de qualidade do produto final.

Eric Vieira, gerente de negócios Software & Control da Rockwell, explicou que a adoção do sistema pode ser feita de maneira gradual, proporcionando ganhos rápidos em termos de desempenho de processo, o que democratiza a adoção da tecnologia. Um exemplo recente foi a aplicação do sistema

O gerente ainda esclareceu que as IAs atuam nos diferentes níveis de aprendizagem de máquina: preventivo, que envolve o diagnóstico antecipado de possíveis falhas; o preditivo, que inclui o aconselhamento sobre medidas a tomar, e o prescritivo, que consiste na criação de uma “ordem” para os equipamentos, assemelhando-se a uma tomada de decisão por parte de um operador. No caso da linha de envase, foram contemplados o uso de variáveis, análise das variáveis e parâmetros, correlações entre parâmetros, criação de novos set points e prescrição de otimização. “Em se tratando de indústria 4.0, não há receita de bolo. Cada empresa é um caso e por isso é importante democratizar o acesso a ferramentas digitais como a inteligência artificial”, destacou Eric. Para promover o uso das IAs no ambiente fabril, ele aconselha o planejamento, a realização de workshops de transformação digital, a divisão dos projetos em fases executáveis sem grandes transtornos e, sobretudo, fazer com que a adoção da tecnologia se encaixe no orçamento das empresas.

Rockwell Automation Rockwell Automation –www.rockwellautomation.com

Mecalor recebe certificação internacional para realizar testes em chillers

O Grupo Mecalor anunciou que a sua unidade de testes de chillers MecaLabs recebeu certificação para executar testes em chillers de grande porte, conce-

dida pelo AHRI – AirConditioning, Heating, and Refrigeration Institute (Estados Unidos).

A partir daí, a unidade de testes situada em São Paulo (SP), inaugurada em 2023, se tornou a primeira da América Latina apta a realizar os procedimentos para a certificação de chillers de grande porte, muito presentes na indústria de manufatura e, inclusive, no setor de plásticos.

trouxe melhorias em menos de 20 dias.

A certificação também vai permitir que os chillers da marca Klimatix, que integra a linha de produtos do Grupo Mecalor, sejam comercializados nos Estados Unidos e na América Latina em conformidade com critérios técnicos auditados pelo AHRI. O grupo industrial também pretende estender a certificação para outras linhas de produtos no MecaLabs, que foi projetado para a realização de testes envolvendo chillers de até 450 TR. Farinha de madeira estável para uso em compostos plásticos

A Pinhopó (Ponta Grossa, PR), está promovendo entre as indústrias de transformação de plásticos o uso mais intensivo da farinha de madeira como carga funcional em formulações poliméricas.

Normalmente adicionado como carga inerte para obtenção de maior rendimento e resistência mecânica, ou mesmo com finalidade estética, nos chamados WPC ( wood plastic compounds, ou compostos com carga de madeira), o pó ultrafino de madeira pode ser usado tendo em vista a melhoria de características dos produtos finais, tais como melhor isolamento térmico e acústico. Estas propriedades tornam os materiais adequados para a fabricação de decks de caminhões frigoríficos, por exemplo, uma aplicação pouco usual até algum tempo atrás.

OMecaLabs,doGrupoMecalor,foi certificadoeestáaptoarealizar ensaios em chillers degrandeporte,a partirdeumaautorizaçãoconcedida peloAir-Conditioning,Heating,and RefrigerationInstitute.

“A certificação concedida pelo AHRI é um selo de excelência e representa um divisor de águas para o nosso projeto de internacionalização e posicionamento técnico. A Klimatix passa a competir com as maiores fabricantes globais com base em critérios técnicos reconhecidos internacionalmente”, comentou Guilherme Gomes, gerente de pesquisa e desenvolvimento do Grupo Mecalor e responsável pelo projeto.

Mecalor – www.mecalor.com

Ricardo Martins Soares, diretor de operações da Pinhopó, explicou que a farinha de madeira fornecida pela empresa é proveniente do corte e ser-

polietileno (PE), polipropileno (PP) e poli (cloreto de vinila) (PVC), processáveis por extrusão, injeção e rotomoldagem. A carteira de clientes da

AfarinhademadeiraestávelpodeserusadaemformulaçõesdeWPCparaa produçãodediferentesitens.

ragem de pinus puro, também conhecido como yellow pine, com teor de cinzas abaixo de 2%, composição granulométrica estável, na faixa de 35 a 200 mesh e umidade máxima de 8%.

Essas características tornam a farinha de madeira mais estável, fazendo com que ela apresente melhor índice de homogeneização no composto, podendo eventualmente dispensar o uso de aditivos compatibilizantes.

O material pode ser adicionado em polímeros como

Pinhopó é composta hoje por empresas de segmentos como utilidades domésticas (cabos de panelas), construção civil (portas, batentes, perfis) e formuladores de compostos de WPC, entre outros. Embora não se trate de uma novidade no mercado, muitas empresas não tiveram sucesso com a adição de pó ultrafino de madeira em matrizes plásticas devido ao uso de material inadequado ou à não observação dos cuidados necessários para a sua incorporação às formulações.

Imagem:
Pinhopó.

NOTÍCIAS

“Não basta comprar um saco de serragem e jogar na máquina”, comentou Ricardo.

Descarbonização

A farinha de madeira pode ser adicionada em compostos plásticos em teores de até 30%, conforme o material, o processo e o tipo de produto

a ser fabricado. Seu uso também está associado ao cumprimento de metas de responsabilidade social e ambiental (ESG), contribuindo para um melhor balanço de massa na indústria de plásticos, tendo em vista o potencial para substituição de material de origem fóssil e cargas minerais. O uso do pó ultrafino também ajuda a evitar a queima de serragem e maravalha (aparas de corte em formato espiral) da indústria madeireira, promovendo a neutralização de carbono ao longo da cadeia produtiva.

Antecipando o que pretende exibir na Feira K, que acontece em outubro deste ano na Alemanha, a suíça Clariant, com unidade em São Paulo (SP), anunciou o lançamento de sua linha de produtos AddWorks PPA, uma nova geração de aditivos auxiliares de processamento livres de PFAS, sigla em inglês para as substâncias fluoradas (perandpolyfluoroalkyl substances), também conhecidas como “químicos eternos” por possuírem ligações químicas extremamente estáveis entre carbono e flúor, o que dificulta a sua degradação natural.

Desenvolvidos especificamente para aplicações de extrusão de poliolefinas, os aditivos atendem à crescente demanda da indústria por alternativas mais sustentáveis aos auxiliares de processamento convencionais à base de fluoropolímeros, mantendo elevados padrões de desempenho.

rante ampla conformidade regulatória, incluindo adequação para contato com alimentos, atendendo a uma necessidade crítica da indústria de embalagens. Além disso, apoiam os requisitos de reciclabilidade previstos no novo Regulamento Europeu de Embalagens e Resíduos de Embalagens (PPWR), alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade do setor de plásticos.

Anovalinhadeauxiliaresdeprocessamentoé indicadaparaaproduçãodefilmesem poliolefinasenãocontémosPFAS,hoje conhecidoscomo“químicoseternos”devidoà suadifícildecomposição.

A nova linha inclui o AddWorks PPA 101 FG, voltada principalmente para os mercados da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) e Américas; e também o AddWorks PPA 122 G, direcionado para a China e Turquia. Ambos os produtos já estão disponíveis comercialmente.

As formulações possuem uma composição que ga-

Os aditivos da linha AddWorks PPA 101 FG podem ser incorporados às formulações via resina base, masterbatch ou concentrado. Já o AddWorks PPA 122 G é fornecido em forma de masterbatch, facilitando o manuseio e exigindo a mesma dosagem dos masterbatches convencionais, o que simplifica a transição para os fabricantes.

Clariant Clariant Clariant Clariant – www.clariant.com

P Pinhopó inhopó inhopó inhopó inhopó – www.pinhopo.com.br
Clariant lança aditivos livres de PFAS para processamento de filmes
Imagem: Clariant.

NOTÍCIAS

ERT inaugura nova fábrica de bioplásticos em Manaus

A ERT Bioplásticos, produtora de bioplásticos, inaugurou sua nova fábrica em Manaus (AM), destinada à produção de materiais de origem renovável como o poli(ácido láctico) (PLA) derivado da cana-de-açúcar. A nova unidade marca uma nova etapa na estratégia de expansão da companhia no Brasil, promovendo a cadeia de valor da bioeconomia na Região Norte. Instalada no Polo Industrial de Manaus, a nova unidade deve adicionar inicialmente 10 mil toneladas à capacidade atual, com expectativa de alcançar 15 mil toneladas já no

primeiro ano de operação. A fábrica é a segunda unidade fabril da empresa no País, somando-se à planta de Curitiba (PR), que possui capacidade de produção de 7 mil toneladas por ano. A localização estratégica também permite acesso a benefícios fiscais e maior proximidade com grandes locais, a exemplo da Positivo Tecnologia, primeiro cliente da região.

“A inauguração da planta em Manaus é um marco estratégico para a ERT. Além de ampliar nossa capacidade produtiva e nos aproximar ainda mais dos principais pólos industriais e

Distribuição de resinas aumenta em meio a incertezas

Mesmo diante das instabilidade do cenário internacional, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Afins (Adirplast) ganhou novos associados e anunciou um aumento de 7,6% na comercialização de resinas no primeiro trimestre deste ano, em

relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e final de março deste ano, foram movimentadas 99.669 toneladas de produtos. Embora a comparação com o primeiro trimestre de 2024 não seja possível, tendo em vista que a entidade conta com

logísticos do País, reforçamos nosso compromisso com a industrialização de base renovável e com o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou Kim Fabri, CEO da ERT. A nova unidade está preparada para atender tanto o mercado nacional quanto exportar para outros países da América Latina. A ERT também planeja estreitar relações com centros de pesquisa e universidades da região, desenvolvendo projetos voltados à biodiversidade e à inovação em biotecnologia.

ER ERT T – www.ertbio.com

uma nova base de empresas, os números podem ser considerados favoráveis.

Na análise por categorias, as resinas commodities (PEAD, PEBD+L, PP e PS) tiveram alta de 9,2%, somando 86.816 toneladas. Já os plásticos de engenharia (ABS-SAN, borrachas, poliacetal, PMMA, PC,

EVA, PBT, elastômeros termoplásticos e as PAs 6 e 6.6) registraram queda de 6,1%, totalizando 11.386 toneladas. O segmento de masterbatches e compostos teve o melhor desempenho percentual, com alta de 46%, chegando a 1.467 toneladas vendidas.

O desempenho do setor tem sido influenciado pelas incertezas do atual cenário internacional, especialmente diante do agravamento da guerra tarifária entre China e Estados Unidos.

Segundo o vice-presidente da ADIRPLAST, Laercio Gonçalves, “vivemos um momento em que fatores econômicos e geopolíticos

se entrelaçam e impactam diretamente o ambiente de negócios. A cotação do dólar, que recentemente atingiu R$ 5,61, pressiona os custos de toda a cadeia produtiva – especialmente para setores que dependem da importação de insumos, como o de resinas plásticas.”

A entidade também acompanha de perto possíveis mudanças na dinâmica de fornecimento de resinas, com a expectativa de que o cenário internacional possa abrir espaço para novos players no mercado local ou redirecionar rotas comerciais.

“Para o Brasil, que importa volumes relevantes de resinas,

esse contexto representa um ponto de atenção importante, com impactos tanto na competitividade dos produtos quanto no acesso a determinados insumos. É justamente nos ciclos mais difíceis que se abrem oportunidades para aqueles que investem em estrutura, inovação e relacionamento de longo prazo”, comentou o executivo.

Para o segundo trimestre deste ano Gonçalves crê que o ambiente continuará volátil, mas com possível estabilização da demanda interna.

Adirplast Adirplast – www.adirplast.org.br

Transformadores por injeção investem em células robotizadas de produção

Transformadores por injeção investem em células robotizadas de produção

Pesquisa atualizada sobre investimentos realizados pelos transformadores por injeção mostrou aumento do uso de células robotizadas no chão de fábrica. Elas são utilizadas na execução de tarefas como, por exemplo, sobre-injeção de materiais e insertos, além de soldagem por ultrassom.

Novo levantamento realizado no setor de transformação de plásticos por injeção, para atualização do guia de empresas que atuam nesta área, mostrou que aumentou o uso de células robotizadas nos parques fabris. A pesquisa de 2025 apontou que 17,07% das empresas entrevistadas possuem células robotizadas de produção, enquanto a sondagem de 2024 mostrou que 11,62% das companhias que foram entrevistadas naquele ano afirmaram possuí-las.

Ainda no que se refere à robótica industrial, aumentou também a quantidade de robôs manipuladores no setor de transformação de plásticos por injeção. Na sondagem de 2025 foi constatado que 32,5% das empresas possuem robôs manipuladores –contando, em média, com 17 robôs –, percentual que era de 27,91% em 2024.

Em se tratando do atual momento, as empresas utilizam células robotizadas para executar tarefas de sobre-injeção de materiais e de insertos metálicos, bem como soldagem por ultrassom, operações de corte, montagem e embalagem, montagem

de componentes, contagem e segregação.

A utilização de recursos digitais nos processos produtivos, os quais estão alinhados com os conceitos da Indústria 4.0, também foi um dos tópicos da nova pesquisa. Muito similar ao que foi apontado na sondagem de 2024, os recursos de computação em nuvem, manufatura aditiva (impressão 3D), sistemas MES (ManufacturingExecution System, ou sistema de gerenciamento de processos produtivos, em tradução livre) integrados com ERP (Enterprise Resource Planning, ou traduzindo para o português, planejamento dos recursos da empresa) e Internet das coisas (IoT) são os que mais estão em uso nas plantas fabris das empresas pesquisadas.

E não ficaram de fora, conforme informado pelas companhias que responderam à pesquisa atual, os recursos de cibersegurança e análise de big data no ambiente de produção, assim como sistemas de controle associados ao conceito de machinelearning ou inteligência artificial (IA), cujo uso ainda se

encontra em menor escala em comparação com os recursos abordados anteriormente.

No entanto, 73,17% das empresas pretendem investir nas tecnologias mencionadas, sendo que a maioria delas prevê que aportes de 1% a 10% do faturamento devem ocorrer nos próximos cinco anos. Uma parcela das entrevistadas pretende fazer investimentos de 20% a 40% do faturamento no mesmo período.

Questionadas sobre os segmentos para os quais fornecem, as empresas informaram que o setor automotivo consome 13,21% do que produzem, ao passo que a construção civil absorve 12,77% e o ramo de utilidades domésticas 10,13%.

Também informaram que o setor de eletroeletrônicos representa 9,69% do consumo, setor médico e farmacêutico, 9,25%, máquinas e equipamentos, 8,81%, embalagens, 8,38%, agronegócio, 8,37%, eletrodomésticos, 7,05%, moveleiro, 6,61%, e produtos de uso único, 5,73%. Além disso, 34,14% das empresas exportam produtos, o que, de acordo com informações fornecidas por elas, pode corresponder de 2% a 40% do volume total produzido.

Empresa, telefone e e-mail

Tipo e quantidade de máquinas que a empresa possui

Injetora de até 200 t Injetora de 200 a 800 t Injetora de 800 a 1.200 t Injetora acima de 1.200 t Injetora elétrica até 200 t Injetora elétrica de 200 a 800 t Injetora elétrica de 800 a 1.200 t Injetora elétrica acima de 1.200 t

AMG(19) 99651-7657 n 152

gabriela@amgplasticos.ind.br

Bells (41) 99601-5182 n 71895

bells@bells.ind.br

Buril (11) 3672-9411 n 5622

comercial@buril.com.br

Cipla Condor (47) 99941-8658 n 88

tatiana@cipla.com.br

CTM(47) 99739-0256 n 1512

ctm@testes.ind.br

CTR Manufacturing (11) 2656-3766 n 3

contato@ctr-br.com

Dom Plast (19) 99130-1730 n 62

contato@domplast.com.br

Duraplast (83) 98750-1000 n 4142

duraplast@grupoduraplast.com.br

Edplastic (11) 94037-4728 n 51

comercial@edplastic.com.br

Eldorado (11) 95329-2438 n 8762

fabiana.mendes@eldoradonet.com.br

Engeplastic (11) 91474-2478 n 122

contato@engeplastic.com.br

Engiplas (19) 99767-1823 n 2

comercial@engiplas.com.br

Fabinject (12) 98820-1115 n 822108

marcello@grupofabinject.com.br

Filamento (35) 98899-9787 n 4

filacon @gmail.com

Gama (19) 98991-7021 n 51

comercial@gamacomercial.com.br

Grupo Oiram (31) 99994-3282 n 51

mario@grupooiram.com.br

Homeplast (11) 98292-5006 n 11

home@homeplast.com.br

Injetados Giuseppe (51) 99268-4828 n 2

giuseppeinjetados@gmail.com

Injetados Maguibeth (51) 99268-4826 n 51

maguibeth@gmail.com

JLM(18) 99791-3929 n 7

jlminjetados@gmail.com

Materiais que injeta

Bioplásticos Compostos de plástico com carga de madeira (WPC)

Nanocompostos

Outros

Plásticos de engenharia

Faz projetos de moldes

Total de estações CAD Fabrica os moldes que usa

Faz desenvolvimento do produto

Possui equipamentos para

Injeção auxiliada com gás Co-injeção Decoração/rotulagem in mold labeling Montagem de peças Injeção com inserto (1) Capacidade (t/mês)

Reciclados (PCR) Compostos contendo grafeno

Empresa, telefone e e-mail

Tipo e quantidade de máquinas que a empresa possui

Injetora de até 200 t Injetora de 200 a 800 t Injetora de 800 a 1.200 t Injetora acima de 1.200 t Injetora elétrica até 200 t Injetora elétrica de 200 a 800 t Injetora elétrica de 800 a 1.200 t Injetora elétrica acima de 1.200 t

JNV (38) 99133-4480 n 4

jnvcontato@gmail.com

Mazza (54) 3224-1788 n 51524

mazza@mazzaplasticos.com.br

NTC(54) 3027-8888 n 91311

Materiais que injeta

Bioplásticos Compostos de plástico com carga de madeira (WPC) Outros Nanocompostos Reciclados (PCR) Compostos contendo grafeno

Plásticos de engenharia

Faz projetos de moldes

Possui equipamentos para Total de estações CAD Fabrica os moldes que usa

Faz desenvolvimento do produto

Injeção auxiliada com gás Co-injeção Decoração/rotulagem in mold labeling Montagem de peças Injeção com inserto (1) Capacidade (t/mês)

POM, ABS, ABS/PC, PA6,

ntc@ntc.ind.br PA66, PA4.6, PARA, PEEK, PEI

Ouro Fino (11) 2179-616151

autopecas@ourofino.com.br

Peel Projetos (51) 98031-6100 n

contato@peel.com.br

Plaspet (15) 99677-3798 n 32

plasticosplaspet@gmail.com

Plasteam (12) 3934-15594

plasteam@plasteam.com.br PC, TPU, PEEK, PES, PBT, PPA, PETG, entre outros

Plastherm (11) 97574-7752 n 311

ABS, SAN, PMMA, PA,15 comercial@plastherm.com.br POM, TPE, TPU

Plásticos Mirassol (17) 99709-5437 n 94

POM, PA 6.0, PA6.6,

plasticosmirassol@terra.com.br PC, PBT, ETC

Plásticos Nogueira (11) 99603-3979 n 6

PA, POM, PC

15 correio@plasticosnogueira.com.br

Plasticoville (47) 99197-9443 n 7301

ABS/PC, Noryl, PA, PP c/FV,

vendas@plasticoville.com.br POM, PBT, PMMA, PC, etc

Plastitres (51) 98409-4193 n 172

ABS/PC, PC, PMMA, PA,

comercial@plastitres.com.br PA6, PA66, PA12, POM, PEEK, POM, TPU, TPE, TPV, PVC flexível, PSU, PPS

Primo Industrial (11) 2622-2944126

vendas@primoindustrial.com.br

PMMA, PC Rasul (11) 97616-1290 n 126

rasuldppessoal@gmail.com

Schemco(11) 98802-9987 n 92

comercial@schemco.com.br

Poliarilamida,

PC, PPA entre outros Simaplast (47) 99994-3641 n 2

simaplast@bol.com.br

anti chama Sulbras (54) 2101-1800354491179

vendas@sulbras.com.br

Top Tool Matrizes (54) 99919-5510 n 1

comercial@toptool.com.br

Empresa, telefone e e-mail

Tipo e quantidade de máquinas que a empresa possui

Injetora de até 200 t Injetora de 200 a 800 t Injetora de 800 a 1.200 t Injetora acima de 1.200 t Injetora elétrica até 200 t Injetora elétrica de 200 a 800 t Injetora elétrica de 800 a 1.200 t Injetora elétrica acima de 1.200 t PE

Travi (54) 98119-8844 n 731

comercial@travi.com.br

Materiais que injeta

Bioplásticos Compostos de plástico com carga de madeira (WPC)

Outros Nanocompostos Reciclados (PCR) Compostos contendo grafeno

Plásticos de engenharia

Faz projetos de moldes

POM,

PEUAPM,

PEEK entre outros V&S Caps(41) 99602-2130 n 53

cescaps@gmail.com

Zapparoli (16) 99717-5811 n 1

zapparoli@zapparoli.com.br

Possui equipamentos para

Total de estações

CAD Fabrica os moldes que usa

Faz desenvolvimento do produto

Injeção auxiliada com gás Co-injeção Decoração/rotulagem in mold labeling

Montagem de peças Injeção com inserto (1) Capacidade (t/mês)

Nota: (1) Sobre um componente inserido na cavidade do molde. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.367 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, junho/julho de 2025. Este e muitos outros Guias PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.

Quatro feiras e congressos. Uma aliança pelo avanço global das energias renováveis.

GERAÇÃO DE ENERGIA + CALOR

INTE RS OLA R: CON EC TAND O O

SE TOR S OLA R

A Intersolar é a principal feira para o setor solar, com foco em energia fotovoltaica, tecnologias termossolares e usinas de energia solar. Desde sua fundação, mais de 30 anos atrás, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, instaladoras, prestadoras de serviços, desenvolvedoras de projetos, planejadoras, além de novas empresas no setor solar.

ARMAZENAMENTO DE ENERGIA —

EE S: IN OVA ND O O

A RMAZE NAME NTO D E E NERG IA

A ees é a feira internacional de baterias e sistemas de armazenamento de energia. Reúne fabricantes, distribuidoras, desenvolvedoras de projetos, integradoras de sistemas, usuários profissionais e fornecedoras de tecnologias inovadoras de baterias e soluções sustentáveis de armazenamento de energias renováveis, tais como hidrogênio verde e produção eletrolítica de gás.

USO DE ENERGIA

P OWE R2DRI VE: E NERGI A PA RA O FUTUR O DA M OBILI DAD E

A Power2Drive é a feira internacional focada em infraestrutura de carregamento e eletromobilidade, reunindo fornecedores, operadoras de postos de recarga, fabricantes, instaladoras e administradoras de frotas e energia. O evento destaca como a geração, o armazenamento, a distribuição e o uso da energia interagem e se articulam inteligentemente.

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

Eletrotec+EM-Power : INFRAESTRUTURA E GESTÃO DE ENERGIA

A Eletrotec+EM-Power South America é a feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias para distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. Destacando geração, armazenamento, distribuição e uso da energia e as maneiras como esses aspectos interagem e podem se articular inteligentemente.

Bisfenol A (BPA) e as implicações do seu uso em embalagens para alimentos

Bisfenol A (BPA) e as implicações do seu uso em embalagens para alimentos

O bisfenol A (BPA) é um composto amplamente utilizado na fabricação de resinas para embalagens de alimentos como o policarbonato (PC). Este artigo trata das suas propriedades e aplicações industriais, discutindo os mecanismos de migração do BPA das embalagens para alimentos e os riscos associados para a saúde humana. São apresentados dados de biomonitoramento que revelam exposição humana à substância acima dos limites seguros, mesmo após restrições regulatórias em diversos países. Este fato culminou nas restrições mais severas ao seu uso em embalagens alimentícias adotadas pela União Europeia em 2024.

R. Gorni e E. Lopes

Os bisfenóis são um grupo de substâncias amplamente usadas em diversas aplicações envolvendo resinas plásticas, sobretudo em embalagens. Desse grupo de substâncias, o bisfenol A (BPA) é o mais comumente usado. No caso de embalagens de alimentos pode haver migração para o alimento ou bebida. Vários estudos toxicológicos confirmaram que o BPA desencadeia diversos efeitos tóxicos, sendo o principal a disrupção endócrino hormonal. Recentemente, a EFSA (Autoridade europeia para a segurança dos alimentos) concluiu que o BPA também pode danificar o sistema imunitário humano em doses

Rosangela Gorni (rogorni@uol.com.br) é farmacêutica-bioquímica, MSc e especialista em segurança dos alimentos, contaminantes químicos em alimentos e materiais de embalagens. Ellen Lopes é PhD e CEO do Food Design Group, Brasil e União Européia (www.fooddesigngroup.com). Reprodução autorizada.

muito baixas. Na União Europeia (UE), dados de biomonitorização humana em urina em 11 países mostraram que, apesar de medidas regulamentares terem sido introduzidas em 2015, a exposição continua a ser demasiadamente elevada. Por consequência dos achados toxicológicos nos últimos anos, vários países adotaram restrições ao seu uso e, no final de 2024, a UE baniu sua utilização em embalagens em contato com alimentos pelo Regulamento (UE) 2024/3190. Embora a exposição por migrações em embalagens seja a principal fonte de exposição dos humanos ao BPA, vale mencionar que também há outras fontes de

exposição no ambiente, tais como lixiviação de aterros sanitários e efluentes industriais de empresas que processam o BPA, entre outras.

Os bisfenóis compõem um grupo de substâncias amplamente utilizadas em plásticos e resinas, com ampla aplicação em materiais de embalagem devido às suas inúmeras propriedades, tais como:

• Aditivos como estabilizantes e antioxidantes usados em adesivos de laminados plásticos, bem como em tintas, silicones, borrachas e retardantes de chamas;

• Contra a corrosão e a migração de substâncias do metal para os alimentos, protegendo-os contra a oxidação e preservando seu sabor e sua qualidade por mais tempo, conforme mostram as figuras 1 e 2. Muitas embalagens metálicas usam resinas/vernizes como revestimentos internos ou vernizes em latas de alimentos e bebidas, criando uma barreira para evitar o contato direto do metal com o alimento e minimizar as reações de corrosão, principalmente quando o alimento tem pH ácido.

Migração do bisfenol A (BPA) a partir de embalagens para alimentos e bebidas

• Na indústria de plásticos para embalagens de alimentos, o maior uso do bisfenol A está na fabricação de policarbonato (PC), para garrafas e utensílios (figuras 3 e 4). Os policarbonatos são compostos por polímeros termoplásticos de cadeia longa, formados por grupos funcionais, unidos por grupos carbonato (O- (-O-(C=O)-O-). Por sua transparência, assemelham-se ao vidro, sendo mais resistentes ao impacto. Permitem aplicação em diferentes tipos de embalagens e recipientes para acondicionamento de alimentos e bebidas.

A síntese do polímero de policarbonato é feita a partir do monômero de bisfenol A e fosgênio (figura 5).

A exposição humana ao bisfenol A ocorre principalmente por via alimentar. Seja através dos alimentos acondicionados em latas, onde o verniz de revestimento usado é à base de bisfenol A, ou pelo uso de recipientes plásticos à

base de policarbonatos, tais como garrafas, bebedouros e máquinas de café ou sucos.

Situações em que pode ocorrer migração:

• Se a polimerização durante a fabricação for incompleta, pode haver liberação do monômero de bisfenol A;

• Embora o policarbonato seja bem estável – uma vez que o bisfenol A é o monômero para sua síntese, ou no caso das resinas à base de epóxi – monômeros podem migrar para o alimento sob determinadas condições de temperatura e pH;

• Outros estudos também demonstram que o policarbonato sob altas temperaturas pode sofrer hidrólise;

• A progressiva reutilização dos recipientes de policarbonato, assim como sua reciclagem, aumentam a sua degradação, facilitando a migração do bisfenol A para o alimento;

• Diversos estudos revelaram a liberação de bisfenol A das resinas epóxi também durante a pasteurização de latas a 100ºC.

Alguns dos requisitos específicos exigidos dos vernizes em lata para contato com alimentos são a inércia química, a resistência à esterilização ou à pasteurização para produtos termoprocessados, a resistência aos ácidos orgânicos e a sulfuração, no caso de acondicionamento de produtos que contêm enxofre.

Toxicologia do bisfenol A (BPA)

O bisfenol A vem sendo usado em embalagens de alimentos e

Fig. 2 – Alimento pasteurizado acondicionado em lata com revestimento de verniz. Imagem feita a partir de inteligência artificial.
Fig.3–Garrafãodeáguafeitocom policarbonato. Fonte: Google Images, autor desconhecido.

bebidas desde a década de 1960. Com os avanços da toxicologia, os efeitos do BPA na saúde humana como um disruptor endócrino começaram a ser mais amplamente discutidos a partir de meados da década de 1990, quando pesquisadores realizaram um estudochave, publicado em 1996, que estabeleceu essa associação. Desde então, diversos outros pesquisadores, instituições de pesquisa e órgãos regulamentadores vêm estudando e acompanhando as consequências da exposição ao BPA via estudos em animais.

Os resultados têm demonstrado que o bisfenol A e outros produtos químicos têm ocasionado efeitos negativos sobre uma grande variedade de processos fisiológicos inerentes à saúde humana. Esses efeitos incluem a possibilidade de afetar a fertilidade, desenvolvimento neurológico, além de poderem estar relacionados a doenças como câncer de mama, próstata e problemas metabólicos. As exposições durante a gravidez e a infância são particularmente preocupantes devido ao impacto potencial no desenvolvimento do cérebro e na função hormonal.

Afinal, o que são disruptores endócrinos?

Disruptores endócrinos são substâncias que podem interferir com os hormônios naturais do corpo, como estrógenos (hormônio sexual feminino), andrógenos (hormônio sexual masculino) e hormônios da tireoide. O bisfenol A é capaz de se ligar a receptores hormonais e alterar processos fisiológicos como se “imitasse” hormônios ou parte deles, produzindo uma potencial super estimulação e bloqueando a ligação endócrino-hormonal normal. A figura 6 ilustra o mecanismo de um disruptor hormonal.

A EFSA, autoridade europeia para a segurança alimentar, e a FDA, administração de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, realizaram suas avaliações e estabeleceram diferentes limites seguros de exposição. Mas a comunidade científica continua a investigar e debater a toxicidade do bisfenol A, especialmente devido à sua onipresença em produtos do cotidiano. Além da migração de embalagens, há outras fontes não alimentares de

Fig.4–Distribuidordebebidasfeitocom policarbonato.Fonte:GoogleImages, autor desconhecido.

exposição ambiental devido a outros usos do BPA como, por exemplo, papel térmico e cosméticos.

Requisitos legais: Brasil, Estados Unidos e União Europeia

Brasil

O uso de bisfenol A (BPA) é permitido, porém com algumas restrições. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de BPA na fabricação e importação de mamadeiras de policarbonato destinadas à alimentação de lactentes com a Resolução RDC 41/2011 em vigor desde janeiro de 2012. Entretanto, o BPA ainda é permitido em outros tipos de produtos como embalagens plás-

ticas e revestimentos internos de latas de alimentos e bebidas. Como o BPA pode migrar da embalagem para o alimento, resultando em exposição dos consumidores, deve ser respeitado o limite máximo de migração específica de 0,6 mg/kg de alimento.

Estados Unidos

A FDA (Food and Drug Administration), em julho de 2012, alterou seus regulamentos, banindo o uso de resinas de policarbonato à base de BPA em mamadeiras e copos com canudinho, conforme “Indirect Food Additives: Polymers 21 CFR Part 177”. Em 2013 a FDA baniu o uso de resinas epóxi à base de BPA como revestimentos em embalagens de fórmulas infantis, conforme “Indirect Food Additives: Adhesives and Components of Coatings 21 CFR Part 175”.

União Europeia (UE)

Até 2018 a UE e a Anvisa seguiam as mesmas diretrizes, incluindo o limite de migração específica do BPA de forma harmonizada. Entretanto, com base em nova avaliação de risco toxicológico, a Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA) considerou novos estudos e maior segurança, e estabeleceu o Regulamento (EU) 2018/213:

• Permanecia a proibição da presença de BPA em mamadeiras de policarbonato para lactentes;

• O limite máximo de migração específica (LME) de BPA, para maior segurança, ficou mais restritivo: de 0,05 mg/kg de alimento, aplicável a materiais de embalagens alimentícias plásticas, vernizes e revestimentos à base da resina epóxi BPA, especialmente em latas;

• Não haveria tolerância a qualquer nível de migração de BPA a partir de vernizes ou revestimentos aplicados a materiais e objetos especificamente destinados ao contato com os seguintes produtos: fórmulas para lactentes, fórmulas de transição, alimentos transformados à base de cereais e alimentos para fins medicinais específicos, bem como bebidas lácteas e produtos semelhantes, especificamente destinados a crianças.

nanogramas por quilograma (ng/Kg) de peso corporal, valor esse 20.000 vezes inferior à IDA anterior;

• Em abril de 2023 a AESA, autoridade europeia para a segurança dos alimentos, concluiu que o BPA pode também danificar o sistema imunitário humano em doses muito baixas;

• Um grande estudo denominado HBM4EU para biomonitorização humana de urina (coletada de 2.756 adultos de 11 países da UE, de janeiro de 2017 a junho

A partir de 2024 –Regulamento (UE) 2024/3190

Em dezembro de 2024, considerando que a toxicologia é uma ciência dinâmica e baseando-se em novas evidências e na necessidade de resolver incertezas remanescentes sobre a toxicidade do BPA, a UE publicou o Regulamento (UE) 2024/3190 que baniu o uso do BPA para materiais e objetos de contato com alimentos e bebidas.

Razões para a publicação deste regulamento:

• Em 2023 a EFSA publicou um novo parecer científico mostrando resultados de novos estudos e dados científicos que identificaram o BPA como tóxico para o sistema imunitário para todos os grupos da população. Devido a esses resultados, a EFSA reduziu drasticamente a Ingestão Diária Aceitável (IDA) para 0,2

de 2022) mostrou que até 100% das pessoas estavam provavelmente expostas ao bisfenol A acima dos limiares de segurança para a saúde. Importante notar que a biomonitorização humana fornece medições efetivas da exposição total resultante de múltiplas fontes de exposição. A partir desse estudo concluiu-se que a exposição da população ao BPA na Europa é, portanto, demasiado elevada, sendo um potencial problema de saúde.

Principais pontos de atenção do Regulamento (UE) 2024/3190:

• Altera o Regulamento (UE) no 10/2011 e revoga o anterior (UE) 2018/213;

• Proíbe a utilização de BPA, incluindo seus sais, na fabricação de materiais e objetos destinados ao contato com alimentos, tais como adesivos, borrachas, resinas de troca iônica, plásticos, tintas de impressão, silicones, vernizes e revestimentos;

Fig.5–Síntesedopolicarbonato.

• No momento, devido ao novo valor da ingestão diária aceitável (IDA), e em razão da dificuldade em estabelecer um limite máximo específico de migração, não é possível estabelecer um método analítico confiável para quantificar a migração de BPA;

• Há a necessidade de buscar alternativas no mercado de substâncias que possam substituir de forma segura o BPA na fabricação de materiais de contato direto com alimentos;

• Em situações de grande desafio para sua substituição, seja pela falta de alternativas tecnológicas ou econômicas, as derrogações são passíveis de aceitação. A presença de BPA residual deve ser evitada ou reduzida a quantidades negligenciáveis, seguindo as boas práticas de fabricação;

• A utilização de outros bisfenóis ou seus derivados, como monômeros ou outras substâncias iniciadoras, não deve resultar na presença de BPA livre nos materiais ou objetos destinados ao contato com alimentos;

• A substituição do BPA em embalagens deverá ocorrer em um período de transição de 18 meses após a entrada em vigor da resolução, ou seja, vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE);

• A Declaração de Conformidade é um documento obrigatório nos países membros da União Europeia, para assegurar que os materiais e objetos destinados ao contato com alimentos estejam em conformidade com todas as resoluções pertinentes ao ma-

terial usado. A Declaração de Conformidade é uma declaração escrita que segue o Regulamento (CE) 1935/2004, atestando o cumpri mento das regras aplicáveis. Empresas que exportam para a UE devem, portanto, seguir esses critérios;

• Há algumas exceções para aplicações específicas e prazos para disposições transitórias – consultar o Regulamento (UE) 2024/3190 para verificar tais exceções.

Exposição dos humanos ao bisfenol A (BPA)

O BPA pode migrar por ser liberado da matriz plástica que o contém. A maior e principal fonte de exposição dos humanos ao BPA se refere às migrações a partir de embalagens, mas outras fontes também provocam alguma exposição. Porém, essas são de pelo menos uma ordem de grandeza inferior, tais como contato direto com papel térmico (recibos de compras), materiais odontológicos (como resinas e selantes), alguns dispositivos médicos e até a inalação de poeira doméstica que pode conter micropartículas de BPA. Outras

fontes de exposição no ambiente provêm de lixiviação de aterros sanitários e efluentes industriais de empresas que processam o BPA, podendo migrar pela água ou subsolo. Em relação às concentrações de BPA no meio ambiente, embora sejam poucos ainda os estudos disponíveis sobre a detecção em águas superficiais, sedimentos e solos, uma robusta revisão de mais de 500 artigos, publicada no conceituado Pub Med (The National Library of Medicine dos Estados Unidos), mostra com base em avaliações probabilísticas de risco a partir dos dados disponíveis de matrizes ambientais que os valores de PNEC (Predicted No Effect Concentrations) propostos pelo Canadá foram excedidos na maioria das vezes em descargas de efluentes e águas superficiais da Ásia, Europa e América do Norte.

Mercado de bisfenol A (BPA) e substitutos

O BPA é uma substância de enorme volume global de produção e com demanda crescente. Segundo a Mordor Intelligence, o tamanho do mercado em 2024 foi de 7,96 milhões de toneladas, e deverá atingir 10,76 milhões de toneladas até 2029. De acordo com uma publicação da Food Packaging Forum (organização não lucrativa com base em Zurique, Suíça), o poliéster, acrílico e poliolefinas são os revestimentos usados atualmente na substituição das resinas epóxi.

Fig.6–Mecanismodeumdisruptorhormonal. Fonte: European Parliament.

Os ácidos carboxílicos mais usados nas resinas de poliéster são os ácidos isoftálico (IPA) e tereftálico (TPA). Apesar de possuírem aderência na superfície do metal, são instáveis sob condições ácidas e têm baixa resistência à corrosão. As resinas acrílicas são mais comumente sintetizadas a partir do acrilato de etila, que tem uma aparência límpida e boa resistência à corrosão. No entanto, podem alterar o sabor e odor dos alimentos.

Os revestimentos à base de dispersão de poliolefinas estão recentemente presentes no mercado e conforme o fabricante, o revestimento final apresenta boa resistência à corrosão, adesão e flexibilidade, sem afetar as características organolépticas do alimento. Muitas delas têm custo superior ao BPA e não possuem o mesmo espectro de desempenho com respeito à estabilidade e aplicabilidade mais universal.

Conclusão

Apesar de o bisfenol A ter inúmeras aplicações na indústria

por suas propriedades de durabilidade e resistência, seu uso em embalagens destinadas a alimentos está sendo paulatinamente descontinuado por conta de diversos estudos que demonstraram a migração deste composto a partir das embalagens para o alimento, sendo essa a principal rota de exposição humana. Do ponto de vista toxicológico, a últimas avaliações da EFSA, AESA e o Projeto Europeu de Biomonitorização Humana HBM4EU, publicadas entre 2022 e 2023, demonstraram que o BPA, além de disruptor endócrino hormonal, é tóxico para o sistema imunitário para todos os grupos da população e que provavelmente 100% das pessoas da Europa estão expostas ao bisfenol acima dos limiares de segurança para a saúde.

Muitas empresas produtoras de alimento já substituíram e outras vêm substituindo o uso de bisfenol A, principalmente em embalagens metálicas, usando outros tipos de vernizes à base

de resinas de poliéster, acrílico e poliolefinas. Considerando os aspectos legais, no Brasil o bisfenol A teve seu uso proibido em mamadeiras desde 2012. Em dezembro de 2024 a União Europeia proibiu o uso de BPA pelo Regulamento (EU) 2024/3190, incluindo seus sais, na fabricação de materiais e objetos destinados ao contato com alimentos, tais como adesivos, borrachas, resinas de troca iônica, plásticos, tintas de impressão, silicones, vernizes e revestimentos. Esse regulamento entrou em vigor em 20 de janeiro de 2025.

Considerando as questões toxicológicas levantadas recentemente, e as crescentes restrições legais, o BPA é uma substância de enorme volume global de produção e com demanda crescente. Há dados já mostrando contaminação ambiental preocupante. É preciso urgenciar as pesquisas para encontrar substitutivos com funcionalidades similares mais seguros para a saúde humana.

REFERÊNCIAS

1) Krishnan AV, Sthathis P, Permuth SF, Tokes L, Feldman D. Bisphenol A: an estrogenic substance is released from polycarbonate flasks during autoclaving. Endocrinology.1993; 132(6): 2279-86. doi: http://dx.doi.org/10.1210/endo.132.6.8504731.

2) Jetten J, Kruijf N. Quality and safety aspects of reusable plastic food packaging materials: influence of reuse on intrinsic properties. Food Addit Contam. 2002; 19(1): 76-88. doi: 10.1080/02652030110071309.

3) Bernardo PEM, Navas SA, Murata LTF, Alcântara MRS. Bisfenol A: o uso em embalagens para alimentos, exposição e toxicidade –Uma Revisão. Rev Inst Adolfo Lutz. São Paulo, 2015;74(1):1-11.

4) Saron ES. Estabilidade de suco de maracujá acondicionado em embalagens de aço com diferentes revestimentos orgânicos [dissertação de mestrado]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2004.

5) Talsness, C. E., et al. Bisphenol A: an endocrine disruptor in the environment and in the body. Reviews on Environmental Health, 2009.

6) Takao Y, Lee HC, Kohra S, Arizono K. Release of bisphenol A from food can lining upon heating. J Health Sci. 2002; 48(4): 331-4.

7) Pérez, Mary Angela, 2012. O Bisfenol A e as legislações para contato com alimentos. Boletim de Tecnologia e Desenvolvimento de Embalagens - CETEA (Instituto de Tecnologia de Alimentos), vol. 24, número 2.

8) Commission Regulation (EU) 2024/3190 on the use of bisphenol A (BPA) and other bisphenols and bisphenol derivatives with harmonised classification for specific hazardous properties in certain materials and articles intended to come into contact with food.

9) European Food Safety Authority (EFSA). Scientific opinion on the risks to public health related to the presence of bisphenol A (BPA) in foodstuffs. EFSA Journal, 2015.

10) European Food Safety Authority (EFSA). Re-evaluation of the risks to public health related to the presence of bisphenol A (BPA) in foodstuffs. EFSA Journal, 2023.

11) World Health Organization (WHO). Bisphenol A in food and drinking water. WHO Food Safety Unit Report, 2017.

12) Food Packaging Forum: https://foodpackagingforum.org/resources/background-articles/can-coatings.

13) https://packagingeurope.com/comment/everything-you-need-to-know-about-bpa-and-packaging-materials/10559.article. Everything you need to know about BPA and packaging materials.

14) https://www.eea.europa.eu/publications/peoples-exposure-to-bisphenol-a/.

15) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22889897/.

16) https://www.mordorintelligence.com/pt/industry-reports/bisphenol-a-bpa-market.

Sistemas de medição de cor

Sistemas de medição de cor

Os medidores de cores são aparelhos essenciais para a indústria de plásticos, pois garantem que os produtos tenham cores consistentes e padronizadas ao longo do processo de fabricação. Eles são amplamente utilizados para controle da qualidade, desenvolvimento de novos produtos e garantia de conformidade com normas técnicas. Veja aqui a oferta nacional de espectrofotômetros colorimétricos, colorímetros e cabines de luz usados com esta finalidade.

Altmann (11) 2198-7198 altmann@altmann.com.br

CHNSpec (*)perry@colorspec.cn

Coralis (11) 2915-0544 pedro@coralis.com.br

Konica Minolta 0800-020-1565 marketing.brazil@

Espectrofotômetros colorimétricos Bluetooth RS-232 USB Fornecido com software próprio Outros Yxy XYZ L*C*h* CIE L*a*b* Tempo de medição (s) Abertura de medição (mm) Faixa de medição/variação (% de refletância) Faixa espectral (nm) Portátil De bancada

Espaço de cor Fonte de luz Interface de dados: Colorímetros

Espaço de cor Fonte de luz Interface de dados: E-mail Telefone

Tungstênio/

LED1.100

a0

Xenônio78030

LED/ 360 a0 a 2001 a

Xenônio740

LED/ 360 a0 a 2002 a1,2

konicaminolta.com Xenônio740

Mast (11) 2147-1199 vinicius@mastgrupo.com.br

Tecnal(19) 99391-2238 n vanessa.kalluf@tecnal.net.br

T&M Instruments(11) 99788-9300 n info@tminstruments.com.br

Torontech (*) info@torontech.com

LED400 a0 a 170122

LED/UV360 a0 a 2004 a1,5

78030

LED/ 360 a0 a 2003 a0,1

Xenônio74030a 1

LED/ 360 a

L*a*b* Tempo de medição (s) Abertura de medição (mm) Faixa de medição/variação (% de refletância) Portátil De bancada

Xenônio780Xenônio X-Rite (11) 99323-9109 n alexandrezerbatto@xrite.com

Xenônio780252,5122,5

Nota: (*) A empresa procura por representante para o Brasil.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 37 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Plástico Industrial, junho-julho de 2025.

Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.

Estudo da viabilidade do uso de plásticos biodegradáveis e de base biológica na área da saúde

Estudo da viabilidade do uso de plásticos biodegradáveis e de base biológica na área da saúde

Os produtos plásticos desempenham papel importante na área da saúde, mas seu uso generalizado entra em conflito com os atuais esforços de sustentabilidade. Plásticos biodegradáveis e de origem biológica estão sendo considerados para reduzir o impacto ambiental desses produtos. Os resultados de um estudo de caso recente mostram que a biodegradabilidade dos plásticos oferece poucas vantagens no setor de saúde, mas que a origem da matéria-prima é um aspecto crucial, pois determina que os plásticos de origem biológica sejam mais sustentáveis do que os convencionais.

C. E. Lauber, C. Hugi e J. Backmann

Os plásticos são muito utilizados no setor da saúde porque atendem a altos requisitos de higiene, possuem as propriedades mecânicas necessárias e são econômicos. Entretanto, os produtos farmacêuticos e médicos feitos com polímeros, e que muitas vezes são

Camille Ernesto Lauber (camille.lauber@gmail.com) é estudante de tecnologias ambientais na Universidade de Ciências Aplicadas do Noroeste da Suíça (Hochschule für Life Sciences der Fachhochschule Nordwestschweiz, FHNW) e colaboradora da F. Hoffmann-La Roche AG. Christoph Hugi é diretor interino do Instituto de Ecoempreendedorismo (Instituts für Ecopreneurship) e professor de sustentabilidade e desenvolvimento, economia circular, gestão de águas, risco e segurança de sistemas técnicos e economia ambiental na FHNW. Jan Backmann é chefe de legislação química no Departamento Corporativo de Saúde e Proteção Ambiental da F. Hoffmann-La Roche AG. Este artigo foi publicado originalmente na edição de maio de 2024 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.

usados em grandes quantidades, não atendem aos princípios da sustentabilidade porque são feitos a partir de recursos fósseis e, principalmente, porque muitas vezes a reciclagem não é possível, gerando assim grandes quantidades de resíduos. Para se resolver esse problema, várias soluções foram discutidas em um estudo conjunto de caso entre a empresa Roche e o Instituto de Ecoempreendedorismo da Universidade de Ciências Aplicadas do Noroeste da Suíça. Em particular, está sendo considerado o uso de polímeros de base biológica e bio-

degradáveis como materiais descartáveis em diagnósticos clínicos.

O estudo de caso em questão possui alta relevância para aplicações práticas porque foi conduzido em um cenário da vida real. Os experimentos foram realizados sob as mesmas condições de produção dos produtos reais, com os ferramentais normalmente usados na produção. Além disso, nos

próximos anos, a redução da pegada de carbono assumirá grande importância para muitas empresas. A indústria pode considerar o uso de bioplásticos como uma solução para enfrentar esse desafio ambiental. As experiências com esse tipo de material que se encontram descritas aqui têm como objetivo ajudar outras empresas em seus esforços e decisões no âmbito da sustentabilidade.

Uso de plásticos na área da saúde

O uso generalizado de plásticos na área da saúde e os problemas dele resultantes são bem descritos na literatura. Estima-se que, só no Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde gere a cada ano 133.000 toneladas de resíduos plásticos (1) . A nível global, isso significa que, se o setor da saúde fosse um país, seria o quinto maior emissor de gases com efeito estufa no mundo, fato que demonstra claramente a necessidade de mudança (2) .

No entanto, os plásticos oferecem propriedades e funções ideais para produtos usados em diagnósticos in vitro. Eles podem ser facilmente fabricados em diferentes tamanhos e formatos e, portanto, são adequados para o design de produtos de diagnóstico muito diferentes. Seu baixo peso os torna fáceis de transportar e manusear. Os plásticos são inertes, o que significa que não reagem com os componentes típicos dos reagentes (produtos químicos solúveis em água e biomoléculas) e matrizes (fluidos corporais) usados nos diagnósticos in vitro. Os plásticos também permitem vedações herméticas e à prova d’água. Portanto, eles são ideais para uso em dispositivos médicos onde contaminação ou reações químicas não intencionais podem levar a resultados incorretos de testes. Além disso, os plásticos

apresentam baixo custo e são amplamente disponíveis, o que os torna uma excelente solução para produtos de diagnóstico descartáveis. Entretanto, as grandes quantidades de resíduos plásticos gerados pelos diagnósticos in vitro representam um fardo significativo para o gerenciamento de resíduos, com seu descarte atual consistindo principalmente de incineração controlada devido à potencial contaminação biológica que eles representam. Além disso, a produção de plástico consome quantidades significativas de combustíveis fósseis que, junto com sua combustão posterior, contribui para as emissões de gases de efeito estufa e mudanças climáticas.

Fig. 1 – Foi testado um bioplástico na produção de suportes (racks) descartáveis para pontas de pipetas e recipientes de reação, conforme exigido no processo automatizado do diagnóstico in vitro (© Roche).

Polímero biodegradável para fabricação de produtos descartáveis usados nos diagnósticos in vitro

A Roche, empresa multinacional da área de saúde, quer resolver esses problemas e está procurando matérias-primas alternativas mais sustentáveis para seus produtos de diagnóstico (3) . Nesta área, são necessários produtos plásticos descartáveis para garantir resultados de testes de diagnóstico invitro com alta qualidade. Existem várias abordagens para resolver esse

desafio, desde materiais alternativos até soluções técnicas, como reciclagem química, e mudanças no design do produto de forma a usar menor quantidade de plástico.

Outra opção é o uso de polímeros biodegradáveis, que podem ser facilmente compostados após seu uso e, portanto, não poluem o meio ambiente, desde que não estejam contaminados. Foi investigada a adequação desta solução para a substituição ao poliestireno convencional de alto impacto originalmente usado pela Roche em um suporte (rack) de pipetas usado em testes de diagnósticos (figura 1).

O suporte foi escolhido para o teste porque não entra em contato direto com o material das amostras e possui requisitos de qualidade mais baixos. Todos os anos a Roche usa milhares de toneladas de poliestireno para produzir esse suporte, o que exerce um impacto significativo no meio ambiente.

O plástico biodegradável usado neste estudo de caso consistiu principalmente de polilactídeo, ou seja, poli(ácido láctico) (PLA), o qual foi selecionado devido à alta similaridade de suas propriedades mecânicas em comparação com as do poliestireno. Além disso, este novo material é produzido a partir de matérias-primas de origem biológica. O fabricante dessa resina é uma empresa de médio porte que desenvolve e produz bioplásticos na Alemanha há mais de 20 anos e é um dos líderes nessa tecnologia. Esse material foi testado sob várias perspectivas para determinar sua adequação, como os requisitos do cliente, avaliação do ciclo de vida e biodegradabilidade.

Consultando os requisitos do cliente

Para garantir que o conceito a ser testado seja relevante em termos práticos e totalmente compreendido pelos usuários, foram visitadas em-

presas que atualmente usam esse suporte de pipetas. As empresas selecionadas foram diversos laboratórios de diagnóstico invitrona Suíça, que processam diariamente desde muitas dezenas a muitos milhares de testes. Todas as partes concordaram que soluções sustentáveis são de grande interesse. Entretanto, análises de custo também foram consideradas como muito importantes, já que custos adicionais obviamente não podem ser repassados aos clientes, pelo menos não atualmente na Suíça. Consequentemente, se assim fosse, os laboratórios teriam que arcar com todos os custos incorridos.

Balanço ecológico com avaliação do ciclo de vida

Como o principal objetivo dessa mudança de material era melhorar

a sustentabilidade do produto, foi conduzida uma avaliação do ciclo de vida usando uma abordagem do berço ao berço de acordo com a norma técnica ISO 14040. Foi demonstrado que o impacto ambiental do polímero biodegradável foi até 30% menor, desde que apenas as emissões de CO2 fossem consideradas, ou seja, sem incluir, por exemplo, o consumo de água no cultivo das plantas necessárias à obtenção dos monômeros. Entretanto, o impacto ambiental total ao longo de todo o ciclo de vida, que leva em consideração vários aspectos, como o uso da terra, a acidificação da água ou o impacto ambiental dos pesticidas, além das emissões de CO2, foi quase duas vezes maior para a resina biodegradável do que para a convencional. As matérias -primas, em particular,

causam uma elevada pegada ambiental (figura 2).

Isso se deve principalmente ao uso de milho, que, segundo se supõe (por falta de informações do fabricante), serve como matériaprima para a síntese do bioplástico, e que geralmente é cultivado com o uso intensivo de pesticidas. Tal situação exerce forte impacto no meio ambiente e leva a um resultado desfavorável na Análise de Ciclo de Vida. Por outro lado, o transporte de um único suporte é pouco significativo, pois quantidades muito grandes podem ser transportadas de uma só vez. O fato de o material ser biodegradável levou apenas a uma melhoria insignificante no balanço ecológico. Isso ocorre porque a degradação biológica produz apenas uma pequena quantidade de biogás utilizável em

comparação com a energia usada na síntese do material. Este método de reciclagem de resíduos é, portanto, apenas um pouco mais ecológico do que a incineração direta do plástico, em que a energia pode ser gerada na forma de calor e eletricidade – especialmente porque o CO 2 também é liberado durante a degradação biológica. Tal

torna mais fáceis de serem integrados à economia circular, por exemplo, por reciclagem química. Entretanto, essa alternativa só deve ser considerada se a matéria-prima desse plástico ser proveniente de fontes biológicas sustentáveis como, por exemplo, resíduos como óleo de cozinha usado (as chamadas matérias-primas de segunda gera-

Fig. 2 – Suporte convencional versus o que foi feito com bioplástico. Avaliação do ciclo de vida (Suíça): os impactos ambientais são mostrados, medidos em pontos de impacto ambiental (kPt). Menos é melhor. O biogás gerado durante a degradação biológica é creditado como um impacto ambiental positivo (valor negativo) (fonte: C. E. Lauber; Gráfico: © Hanser).

resultado mostra que o material testado não constitui uma alternativa sustentável ao plástico convencional que é usado atualmente.

O PLA, que é o principal componente da resina aqui testada, pode ser produzido a partir de outras matérias-primas além do milho, principalmente da cana-deaçúcar. Com base na revisão da literatura que foi feita sobre o tema, presume-se que os impactos negativos na avaliação do ciclo de vida observados para o milho serão comparáveis aos da cana-de-açúcar (4) Uma alternativa para melhorar a sustentabilidade dos plásticos poderia ser o uso de polímeros convencionais, não biodegradáveis, mas com origem orgânica. Isso os

ção) e não de culturas cultivadas especificamente para essa finalidade.

Teste de biodegradabilidade

Para testar a biodegradação industrial do material e obter valores para estabelecer comparações com as alegações de biodegradabilidade feitas pelo fabricante (certificação com OK para compostagem doméstica, OK compost home, ou seja, 90% de degradação ao longo de seis meses numa composteira de jardim doméstico), o material foi testado em pequena escala para biodegradação anaeróbica industrial (fermentador) sob temperatura de 58°C (figura 3). Para o teste foi

usada a resina original em grânulos e não os suportes moldados por injeção, pois um agente desmoldante foi usado em sua produção (ver mais adiante). Tal agente é tóxico para microrganismos. O plástico contaminado com ele pode ter exercido impacto negativo na tentativa de degradação. Entretanto, os resultados foram considerados comparáveis, uma vez que, de forma padrão, todo o

Caracterização do material

Como o fornecedor do material testado liberou pouquíssimas informações sobre sua composição, uma análise de isótopos de Carbono 14 foi feita para confirmar se o polímero foi feito a partir de matérias-primas com origem biológica. Ela mostrou que a fração atômica de carbono com origem biológica foi igual a 77%. Foi realizada uma caracterização detalhada do material para uma melhor compreensão deste resultado, a qual mostrou que o material era composto por dois polímeros, a saber, polilactida (PLA) e policaprolactona (PCL), em proporção de aproximadamente 2:1.

Fig.3–Processodebiodegradaçãodobioplásticoemum fermentador,sobcondiçõesanaeróbicas.Osgrânulospodem servistosapós0(A),10(B),20(C)e30(D)diasno fermentador(©C.E.Lauber).

material usado nas usinas de biogás é triturado e os fragmentos individuais de plástico teriam tamanho semelhante aos grânulos aqui usados. O potencial do plástico para produção de biogás, que constitui matériaprima valiosa, também foi investigado. O material era de fato biodegradável, mas não completamente dentro do tempo necessário para tratamento industrial. Enquanto as plantas de digestão anaeróbica normalmente têm um tempo de retenção de sete a vinte dias para resíduos biológicos convencionais, neste experimento foram necessários trinta dias para que o material testado perdesse aproximadamente 50% de sua massa. Isso significa que este material não atende aos requisitos para degradação biológica dentro do prazo normal.

Já era de se esperar que outro polímero fosse incorporado ao PLA, o bioplástico mais usado no mundo, porque essa resina pura é bastante quebradiça e inadequada para muitas aplicações. Em combinação com um plástico como o PCL, cuja temperatura de transição vítrea encontra-se abaixo da ambiente, a manifestação dessa propriedade do material pode ser reduzida, expandindo-se assim sua área de aplicação. Ambos os polímeros são biodegradáveis, embora o PLC seja geralmente sintetizado a partir de recursos fósseis. Também foi identificado o uso de silicato de magnésio (talco) como carga, em proporção de 15% em peso. Acreditase que ela foi adicionada para melhorar a resistência do material à temperatura.

Resultados dos ensaios de moldagem por injeção

Para determinar se o novo material é adequado para o processo de moldagem por injeção, foram feitos testes em uma injetora Allrounder 520 A da Arburg, usando molde com cavidade dupla usado na produção industrial. Os parâmetros do processo foram definidos de acordo com as especificações do fabricante do material, mas dificilmente foi possível obter resultados satisfatórios com o bioplástico. As peças moldadas por injeção permaneceram presas ao molde, tendo sido rasgadas pelo mecanismo de ejeção (figura 4). Supõe-se que isso se deva ao alto módulo de elasticidade desta resina, o que indica que o material é pouco flexível. Além disso, muitas vezes o molde não foi completamente preenchido, de modo que certos elementos do componente permaneciam sem serem devidamente preenchidos.

cante, o que poderia ter influenciado as propriedades da resina. Concluiu-se que esse novo material não pode ser usado em equipamentos e ferramentais já existentes, sem que sejam feitas adaptações. O agente desmoldante precisou ser usado após cada injeção para se ter um ciclo completo. Entretanto, as poucas peças intactas assim obtidas apresentaram alta qualidade e suas dimensões estavam dentro dos valores definidos para a peça de referência feita com plástico convencional.

Má relação custo-benefício

Os cálculos mostraram que os custos podem aumentar em quase 50% em comparação com a solução atual. Grande parte desse aumento pode ser atribuída ao preço mais alto da resina. Mas a maior densidade do novo plástico também contribuiu significativamente para o aumento do preço, porque ela alongou o tempo do ciclo e consumiu mais massa para a mesma peça. Isso resultou em custos de cerca de 1.300 francos suíços (aproximadamente 1.350 euros) por tonelada de CO 2 que poderia ser suprimida com o uso desse bioplástico.

Fig.5–Suportedebioplásticopresoerasgadoduranteos testesdemoldagemporinjeção(©C.E.Lauber).

Pode-se conceber que a cavidade pudesse ter sido completamente preenchida ao se aplicar maiores valores de temperatura ou pressão. Entretanto, isso exigiria ir muito além dos parâmetros do processo especificados pelo fabri-

Com o número de suportes produzidos na casa dos dois dígitos de milhões, isso resultaria em alto ônus financeiro para a Roche. Mesmo em comparação com o valor de referência de 120 francos suíços por tonelada de CO2 (aproximadamente 125 euros) verificado em outros projetos de redução de emissões na Suíça, isso resulta em uma relação custobenefício muito baixa.

BIOPLÁSTICOS

Conclusões

Os plásticos biodegradáveis podem parecer promissores e atraentes para os clientes, mas é preciso estar ciente de suas desvantagens. Este estudo mostrou que o material examinado, em sua forma atual, não é adequado para substituir o plástico usado atualmente, nem do ponto de vista técnico e nem do da sustentabilidade. É provável que um resultado satisfatório de moldagem por injeção seja alcançado pela otimização individual do plástico num trabalho conjunto com seu produtor. Entretanto, especialmente quando se trata de ferramental complexo, parece não haver praticamente nenhuma solução pronta disponível no momento. Pode ser mais fácil obter resultados perfeitos com outros polímeros de origem biológica, mas, no setor de moldagem por injeção, quase nenhum outro plástico além do PLA, que foi usado neste estudo de caso, está disponível atualmente em quantidades suficientes.

A compostagem de plásticos usados na área da saúde não é prática por vários motivos, principalmente do ponto de vista da biossegurança (germes patogênicos). Assim, devem ser consideradas mais ativamente outras abordagens para melhorar sua sustentabilidade, como a reciclagem quí mica e a captura e o uso de carbono (Carbon Capture and Utilization, CCU) (5) Mas, também surge a questão do custo envolvido.

Os plásticos e processos atualmente usados foram otimizados ao longo de quase um século. Consequentemente, continua sendo um desafio inicial para os produtos alternativos de origem não fóssil não apenas exceder os

custos e as características de aplicação dos processos de produção estabelecidos, mas também garantir a sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de vida. Será necessário que haja pioneiros dispostos a assumir compromissos, que assumam os custos e se esforcem para superar possíveis obstáculos regulatórios. Áreas economicamente fortes, como o setor de saúde, serão de grande importância no avanço dessas soluções.

Agradecimentos

O Instituto de Ecoempreendedorismo da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Ciências Aplicadas do Noroeste da Suíça (Hochschule für Life Sciences der Fachhochschule Nordwestschweiz, FHNW) proporcionou apoio valioso a este trabalho. Os ensaios de moldagem por injeção foram feitos na empresa Hack Formenbau GmbH, na Alemanha. Os ensaios de biodegradabilidade foram feitos pelo Grupo de Biotecnologia Ambiental da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (Zürcher Hochschule für Angewandte Wissenschaften, ZHAW), na Suíça. A análise de isótopo Carbono 14 foi feita por Lukas Wacker, no Laboratório de Física de Feixe de Íons da Escola Superior Tecnológica Suíça de Zürich (Labor für Ionenstrahlphysik der Eidgenössische Technische Hochschule Zürich –ETH Zurich).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A literatura citada neste artigo pode ser encontrada em www.kunststoffe.de/ onlinearchiv.

Telefone

Aditivos e cargas

Aditivos e cargas

Este guia traz uma relação de empresas que desenvolvem e/ou comercializam produtos utilizados para modificar as propriedades de resinas. Eles são requeridos em diversos tipos de aplicações, com finalidades que vão desde o aumento da resistência mecânica de peças que serão submetidas a grandes esforços à diminuição da rigidez de itens que devam ter alta flexibilidade, ou cujo projeto inclua parâmetros de proteção contra intempéries.

Cargas

E-mail

Additiva 0800 006 0050 adriana.fischer@additiva.com.br

Additiveone (11) 95024-3689 n gerente@additiveone.com.br

Adeka (11) 97337-7815 n adeka@adeka.com.br

ADPG (11) 96190-6752 n vendas3@adpg.com.br

Alternativa (11) 2628-7071 alternativa.aditivos@terra.com.br

Ampacet (11) 98850-3977 n eliton.dasilva@ampacet.com

Arkema (11) 99108-4905 n fabio.paganini@arkema.com

Avient(11) 99601-5016 n edson.marcal@avient.com

Basf (11) 2039-2273 vitor.pegolo-de-barros@basf.com

BBC(11) 97150-6651 n gisele@bbcind.com.br

Braschemical (11) 3623-1550 yuri.silva@braschemical.com.br

BrasilMinas (11) 99286-0358 n reginaldo@brasilminas.net

Brenntag (81) 99411-3323 n leina.camarotti@brenntag.com

BSA(48) 99805-0075 n comercial@bsa.ind.br

Cargill (11) 91714-8428 n felipe_lopes@cargill.com

Colorfix (41) 99159-8049 n comercial1@colorfix.com.br

Colormix (11) 99347-8935 n alexandre.monteiro@colormix.net.br

Colortrade (11) 98265-0767 n marcelo.lopes@colortrade.com.br

Concept (54) 3260-5163 vendas@conceptchr.com.br

Cromaster (11) 3465-4664 carlos@cromaster.com.br

Cromex(11) 99499-8408 n comercial@cromex.com.br

Eco Ventures (11) 2369-6095 evb@ecoventuresbrasil.com

IMI Fabi Talco (11) 99860-4332 n danilo.wada@imifabi.com

Kalay (41) 3665-8000 info@kalay.com.br

Liton Chemicals (11) 4636-8256 ricardo.carmelito@liton.com.br

Macroplast (11) 4393-6200 macroplast@macroplast.com.br

Midland (11) 97494-8247 vendas@midland-quimica.com.br

Agentes Branqueadores ópticos

Inertes Reforçadoras ou funcionais Fibras

De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O 2 Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Clarificantes Deslizantes Desmoldantes internos Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de biodegradação Dispersantes Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Outras

Empresa
Aditivos

Empresa

Nacional de Grafite (11) 98354-1671 paulo@grafite.com

Nanoxem (11) 98928-1668 n harry@nanoxem.com

Nexo International (11) 94563-6626 contato@nexointernational.com.br

Neotrade (11) 96641-2674 n sylvio.carmo@neotrade.ind.br

Oxy Química (11) 91213-9047 n vendas@oxyquimica.com.br

Parabor (11) 98967-1133 n vendas@parabor.com.br

Pedras Congonhas (31) 3223-9165 contato@pedrascongonhas.com.br

Pinhopó (42) 98424-0715 n comercial@pinhopo.com.br

Prismex (11) 98782-6309 n marrelaro@prismex.com.br

Procolor(11) 98244-0313 n rodrigo.avelino@procolormaster.com

Reagens Varteco (47) 98868-6543 n llobato@reagensvarteco.com

RES Brasil (19) 98111-1311 n resbrasil@resbrasil.com.br

SM Resinas (47) 99682-0500 n mkulmann@smresinas.com

Vinyl Arena (11) 98165-0854 n vinylarena@vinylarena.com.br

Termocolor (11) 4053-4053 gerencia.contasespeciais@

termocolor.com.br

Tiken (11) 5555-2080 vendas@tiken.com.br

Cargas

Aditivos De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Clarificantes Deslizantes Desmoldantes internos Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de biodegradação Dispersantes Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Outras

Agentes Branqueadores ópticos

Inertes Reforçadoras ou funcionais Fibras Nanocargas Promotores de adesão

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 183 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Plástico Industrial, junho/julho de 2025.

Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.

O na embalagem

Uma solução compostável para os sachês individuais

A produtora de filmes compostáveis Futamura, a fabricante de embalagens flexíveis Repaq e a fabricante de máquinas GK Sondermaschinenbau (ambas alemãs) trabalharam juntas para desenvolver uma solução compostável para o segmento de sachês individuais de uso único para acondicionamento de molhos e temperos.

As novas embalagens compostáveis são baseadas na tecnologia NatureFlex™ e podem acondicionar desde produtos alimentícios como ketchup e outros molhos prontos, até cremes para as mãos.

O novo laminado compostável inclui uma camada de filme de celulose Futamura e outro biofilme, que proporciona uma vedação hermética, formando uma estrutura que foi certificada como compostável tanto industrialmente quanto em condições domiciliares, recebendo o selo OK Home Compost, do TÜV Austria.

As novas estruturas demonstraram ser eficazes como solução para embalagens individuais quando pro duzidas nas máquinas de última geração da GK Sondermaschinenbau. As embalagens de demonstração entregues aos clientes confirmaram a vida útil e a proteção necessárias para uma grande variedade de molhos.

Joachim Janz, Gerente Regional de Vendas da Futamura, declarou que a embalagem compostável doméstica para líquidos é um lançamento empolgante. “Sachês pequenos ou recipientes laminados sempre foram muito difíceis de reciclar, então este sucesso com a sua compostabilidade é uma ótima notícia para compartilhar”, comentou.

Os primeiros sachês comerciais estarão no mercado em breve. Sven Seevers, Gerente de Tecnologia da Repaq, declarou: “Era muito importante para nós substituir embalagens não recicláveis, que poderiam ser prejudiciais ao meio ambiente, por uma solução compostável. Conseguimos isso após muito trabalho e com a inestimável cooperação de nossos parceiros. Nossa embalagem oferece excelente proteção do produto e benefícios ecológicos significativos com a mesma velocidade de envase.

A maioria desses sachês é feita de multicamadas capazes de resistir à natureza dos ingredientes e preservar o produto ao longo da cadeia de suprimentos necessária para sua vida útil. Normalmente são feitos com uma estrutura de três camadas composta de poliolefinas, alumínio e, frequentemente, poliéster, o que os torna difíceis de reciclar, pois os componentes estruturais do laminado são incompatíveis com e não são facilmente separáveis. Seu pequeno tamanho e o fato de frequentemente estarem contaminados com resíduos de

Novos sachês compostáveis para molhos, condimentos e produtos em doses individuais devem chegar ao mercado em breve.

Resíduo de difícil destinação

Os sachês pequenos e individuais têm atraído atenção significativa da mídia devido aos desafios ambientais que representam. Amplamente utilizados para acondicionar condimentos, molhos, cosméticos e muitos outros produtos líquidos, eles são convenientes para os consu midores, mas criam problemas ao final de sua vida útil. A título de ilustração, estima-se que aproximadamente 855 bilhões desses sachês foram usados em todo o mundo em 2018, de acordo com o Relatório da Future Market Insights.

alimentos tornam a reciclagem ainda mais difícil, o que reforça a total adequação de uma solução compostável para este tipo de aplicação.

A Futamura Chemicals Company Limited fabrica os filmes de celulose das linhas NatureFlex™ e Cellophane™. Após a aquisição da empresa de celulose Innovia Films, passou a ter presença internacional, com fábricas no Reino Unido, Estados Unidos e Japão. Informações sobre o fornecimento dos materiais da Futamura no Brasil podem ser obtidas pelo e-mail veruska.rigolin@ futamuragroup.com.

F F Futamura utamura utamura utamura utamura – www.futamuragroup.com

Imagens: Futamura

Garrafas de fibra terão liners de bioplástico

A Avantium NV (Holanda), desenvolvedora de materiais poliméricos renováveis e circulares, anunciou uma parceria com a Bottle Collective, um grupo de marcas que se uniram para desenvolver garrafas especiais com fibras. O resultado foram as garrafas produzidas com a tecnologia de Fibra Moldada a Seco (DMF, do inglês dry molded fiber).

Foi utilizado o polímero de origem vegetal polietileno furanoato (PEF) da Avantium na aplicação de liners das garrafas, aprimorando as suas propriedades de barreira e o índice de sustentabilidade. O PEF da linha Releaf já é utilizado na moldagem de frascos (foto acima).

O Bottle Collective foi lançado em 2023 pela PA Consulting, consultoria global em inovação e transformação, e pela PulPac,

empresa sueca de pesquisa e desenvolvimento e de propriedade intelectual responsável pelo processo de produção DMF, que utiliza celulose para produzir embalagens à base de fibra de baixo custo e alto desempenho.

Em 2024, a LogoPlaste, especializada em moldagem por sopro

ObioplásticoPEFseráaplicadono desenvolvimentodegarrafas produzidascomatecnologiadeFibra MoldadaaSeco(DMF).

e injeção, juntou-se ao Bottle Collective e desenvolveu os primeiros protótipos funcionais. Parceiros de marcas líderes globais, incluindo Diageo, Opella e Haleon, também se juntaram ao Bottle Collective para continuar desenvolvendo e expandindo as aplicações para as garrafas de fibra.

A Avantium fornecerá o PEF ao Bottle Collective para a moldagem dos liners que garantem a estanqueidade dos frascos após o seu fechamento. De origem 100% vegetal, o material possui propriedades de barreira superiores, protegendo o sabor e as características das bebidas gaseificadas.

O PEF também possui maior resistência mecânica do que os plásticos convencionais, permitindo a moldagem de embalagens mais finas e reduzindo a quantidade de material necessária.

Avantium Avantium – www.avantium.com

Plásticos no setor automotivo, um mercado em transição

Plásticos no setor automotivo, um mercado em transição

Construção mais leve e eletrificação são fatores que tendem a modificar o perfil da demanda de materiais plásticos pelo setor automotivo para os próximos anos.

Flávio Silva

Atualmente, no Brasil existem 26 montadoras, cerca de 490 produtores de autopeças e mais de 4 mil concessionárias. A capacidade atual de produção nacional passa de 4,5 milhões de unidades por ano e estamos utilizando hoje pouco mais que 50% dessa capacidade. A ociosidade é grande no País.

Observando a participação de mercado, considerando os números de unidades licenciadas para circulação, a Fiat é a líder de mercado com 22% de market share, seguida por Volkswagen com 16%, General Motors com 15% e Hyundai com 10% de parcela do mercado.

A primeira análise que se faz é entender o panorama geral do setor automotivo no Brasil nos últimos anos. Utilizando dados da Anfavea, observa-se a seguinte situação, mostrada no gráfico a seguir:

O gráfico traz a evolução da produção nacional de veículos automotivos (inclui automóveis, caminhões, ônibus e outros). Fica nítido

Flávio Silva é sócio-diretor da Ohxide Consultoria (Rio de Janeiro, RJ e Paulínia, SP). www.ohxide.com.br

Fonte:AnfaveaeelaboraçãodeOhxideConsultoria

que até hoje o setor não conseguiu voltar ao patamar de produção pré-pandemia de Covid-19.

Em 2019 eram produzidas mais de 3 milhões de unidades por ano, enquanto em 2024 ficamos, ligeiramente, acima das 2,5 milhões, ou seja, ainda 16% abaixo.

Detalhando melhor estas informações, o quadro abaixo mostra que o impacto se deu, exclusivamente, no segmento de carros de passeio.

Em um primeiro momento, algumas das explicações são: o impacto do modelo de home office implementado durante a pandemia, que fez com que muitas pessoas não precisassem mais se locomover ao trabalho; e os altos preços dos automóveis que têm impactado na decisão de compra entre um automóvel novo ou seminovo.

Consequentemente, o volume de plásticos utilizados na produção de automóveis

Fonte:AnfaveaeelaboraçãodeOhxideConsultoria

nacionais também deve ter sido reduzido. Sim, essa hipótese é correta; porém, a queda não ocorreu na mesma proporção. Utilizando dados públicos, segundo a Abiplast, entre 2024 e 2019 o consumo de termoplásticos na produção de autos nacional caiu apenas 2%. Ou seja, oito vezes menos que a produção de autos no Brasil. Isso significa que mais plásticos foram utilizados por unidade produzida.

Fonte:

E cada vez são utilizados mais plásticos nos automóveis, como mostra a figura acima.

Atualmente, o peso de plásticos nos automóveis no Brasil varia na faixa de 150 a 220 quilos, dependendo do modelo, tendo evoluído rápido nos últimos anos. Desde 2015 houve um crescimento de 17% deste índice

Dentre os termoplásticos,o principal produto

utilizado é o polipropileno (PP), devido ao seu custo e versatilidade. No entanto, outros tipos de termoplásticos também são bastante empregados, tais como as poliamidas (PAs), poli(cloreto de vinila) (PVC), acrilonitrila butadieno estireno (ABS), polietilenos (PE) e policarbonatos (PC). O perfil de consumo de termoplásticos no setor automotivo no Brasil é diferente da média mundial. Devido a questões tecnológicas, produtivas e de disponibilidade, o setor automobilístico nacional tem um percentual maior de uso de resinas commodities, como PP, PEAD e PVC. Porém, poliamida, policarbonato e ABS são bastante utilizados também. A figura abaixo mostra as diferenças de perfil.

Pensando no futuro e como os mercados irão se comportar, foram identificadas algumas tendências do setor automotivo mundial que se aplicam ao mercado nacional. Algumas delas são:

• Busca por redução das emissões de gases (carros low-carbon);

• Influência do peso do veículo na emissão e consumo de combustível;

OPINIÃO

• Eletrificação da frota;

• Necessidade de aumento da infraestrutura de carregamento;

• Aumento do uso de materiais reciclados na composição;

• Aprimoramento da segurança;

• Uso de materiais mais leves e resistentes;

• “Smartification”, ou uso de recursos digitais de inteligência;

• Integração e conectividade do automóvel;

• Carros autônomos (prazo mais longo);

• Aumento das especificações de PP reciclado pós-consumo com blend de PP virgem, por exemplo, e o uso de compostos com fibra de vidro para consoles de carros;

• Expansão do uso do ABS em sistemas de iluminação automotiva. Peças que usavam PC/ABS, porém com LED (emite menos calor) podem usar somente ABS (em alguns casos ABS de uso geral, não necessariamente ABS high heat). Já os carros elétricos

Atémaiode2025,aproduçãorealizadanoBrasilestáem1,03milhões. Seanualizarmosestesnúmeroschegaríamosemcercade2,47MM.

Fonte:Pesquisaeelaboração de Ohxide Consultoria

• Compartilhamento de automóveis;

• Aumento do serviço de uso de carros, no lugar da sua compra;

• Micromobilidade: em áreas mais densas, troca do veículo por bicicletas ou scooters elétricas;

Com base nessas informações, algumas conclusões podem ser tiradas sobre as tendências de uso de plásticos nos automóveis para os próximos anos:

exigem outros tipos de termoplásticos:

• Com o aumento da produção lo cal de carros elétricos, a pro cura por polímeros mais específicos está aumentando. Principalmente, para peças que compõem os motores elétricos;

• Propriedades como retardamento de chama, isolamento elétrico e resistência térmica e química se tornam cada vez

mais relevantes para aplicações nos carros elétricos;

• Alguns exemplos: polifluoreto de vinildeno (PVDF); poliftalamida (PPA); sulfeto de polifenileno (PPS); polieteretercetona (PEEK); polifenilsulfona (PPSU);

• Dentre os polímeros convencionais, com o aumento dos carros elétricos as poliamidas e as blendas de ABS–PC devem ganhar mais espaço;

• Assim como os compostos com fibras e vidro, o PP também pode se beneficiar;

Como resultado do estudo, tem-se as projeções estimadas

para a produção de automóveis no Brasil (em milhões de unidades) e o respectivo uso de resinas termoplásticas no setor (em mil toneladas por ano).

Os gráficos mostram estas estimativas para o ano de 2025. No estudo completo, no entanto, as projeções vão até 2030.

O principal polímero utilizado no Brasil para o setor automobilístico continuará sendo o polipropileno em toda a série projetada. No entanto, o uso de plásticos de engenharia crescerá mais do que os plásticos commodities.

O estudo contempla ainda uma série de indicadores quantitativos, mas que não podem ser divulgados publicamente, com projeções de crescimentos, resinas termoplásticas que mais serão utilizadas, entre outros. Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas com a Ohxide consultoria, pelo e-mail ohxide@ohxide.com.br.

Fonte:PesquisaeelaboraçãodeOhxide Consultoria

Grupo Flexível promove a reciclagem do PU na cadeia do frio

O Grupo Flexível, com sede em Jaraguá do Sul (RS), incluiu em suas ações de economia circular a reciclagem do poliuretano proveniente dos itens destinados à chamada “cadeia do frio”, que envolve todos os requisitos logísticos para manter sob temperatura controlada produtos que são sensíveis a variações térmicas.

O setor tem trabalhado ao longo de décadas para ser mais sustentável, inclusive nas formas de fazer o descarte adequado de seus resíduos pós-industriais e pós-consumo. O processo é delicado, principalmente, quando envolve refrigeradores e freezers mais antigos, pois além da necessidade de separar materiais como plástico, ferro, cobre, alumínio, entre outros, os equipamentos têm componentes que precisam de cuidados especiais, tais como óleos lubrificantes e o gás CFC (clorofluorcarbono), nocivo à camada de ozônio.

tonelada de resíduo: “Além de eliminar o custo do aterro ou da incineração, a reciclagem permite transformar o resíduo do processo produtivo ou obtido após o descarte de um equipamento usado, em um produto novo e sustentável”, comentou.

A economia circular do PU usado na cadeia do frio pode usar dois tipos de processos de reciclagem:

O Grupo Flexível é também proprietário da EVO – Soluções Termoacústicas, com sede em São João do Itaperiú (SC), que produz o Bloco e Painel Eco, feito por 51% de espumas rígidas de PU oriundas da reciclagem e 49% por poliol de fontes renováveis.

• Mecânica, na qual as espumas de PU usadas no isolamento térmico são isoladas e trituradas. Em seguida, são misturadas a um adesivo desenvolvido com poliol de fontes renováveis, criado a partir de ésteres graxos ou ácidos graxos de origem vegetal, oriundos de sementes e resíduos do agronegócio, e aglomeradas. Por fim, o resultado são espumas que podem ser usadas em painéis termoacústicos para construção civil e no enchimento de portas;

As espumas de poliuretano (PU) usadas no isolamento térmico destes equipamentos e produzidas com matériaprima de base petroquímica normalmente são descartadas em aterros ou incineradas. A terceira alternativa, adotada pelo Grupo Flexível, é a reciclagem, que além de mais sustentável é mais econômica.

Segundo Thaize Schmitz, diretora de Inovação, Novos Negócios, Marketing e Sustentabilidade do Grupo Flexível, as empresas podem gastar até R$ 1,50 por

• Química, na qual as espumas de PU também são separadas e trituradas, mas seguem para a etapa de manipulação química, onde se transformamem uma nova base de poliol. Esse produto serve como base para novos sistemas de poliuretano, inclusive para a produção de novas espumas para isolamento térmico.

“Como a espuma de PU é um material aerado e leve, é possível compactar o produto em prensas e reduzir o volume que precisa ser transportado aos pontos de reciclagem, também reduzindo os custos”, explicou Thaize.

Grupo Fle Grupo Fle Grupo Fle Grupo Fle Flexível xível xível - www.grupoflexivel.com.br

PRODUTOS

Desmoldante à base de grafeno

A Degrad (Portão, RS), que fornece especialidades químicas para o processamento de materiais plásticos, desenvolveu o desmoldante em aerossol

DGD Desmolgraph AE, com

base na tecnologia de grafeno, para aplicação em moldes destinados à fabricação de peças em materiais plásticos e elastômeros (imagem acima). Livre de oleosidade e sem contaminação do meio ambiente, o desmoldante atua ainda como antioxidante e protetor contra raios UV, eliminando a necessidade de produtos extras. Com propriedades antiestáticas, evita também a ocorrência de choques indesejados durante a produção. O departamento comercial da Degrad está disponível pelo e-mail tulio@degrad.com.br. Tel. (51) 99898-8520

Agentes nucleantes e clarificantes

A Adeka Adeka Adeka Adeka Adeka (Japão) está introduzindo no mercado brasileiro as suas linhas de aditivos nucleantes para polietileno (PE) e polipropileno (PP), assim como os clarificantes para PP. Os produtos estão sendo comercializados pela Piramidal, uma das maiores distribuidoras de resinas do País. Dentre os

aditivos desenvolvidos destacase o ADK STAB NA-11, recomendado para a moldagem de utilidades domésticas e peças para o segmento automotivo. Já o ADK STAB NA-908HT substitui o conservante benzoato de sódio, porém em dosagens muito menores e sem problemas de absorção de umidade. Também estão disponíveis as linhas de antioxidantes, retardantes de chama não halogenados, plastificantes para poli(cloreto de vinila) (PVC) e borrachas, além de estabilizantes de luz (anti UV e HALS), entre outros. www.adeka.co.jp

PCR para eletrodomésticos

eletrodomésticos já buscam as soluções de resinas recicladas pós-consumo para atingir seus objetivos de sustentabilidade. A Mondial é um exemplo. A empresa começou a usar o PCR Wenew, em 2022. Com bons resultados, a marca ampliou o uso e recentemente incorporou os materiais na produção de caixas de som. www.braskem.com.br

Robôs colaborativos

Os novos robôs colaborativos da italiana Comau Comau, com filial brasileira situada no município de Santo André (SP), estão disponíveis para comercialização. Trata-se da linha de autômatos MyCo, composta por seis modelos de cobots que têm capacidade de 3 kg a 15 kg. Os robôs apresentam alcance de 590 mm

A Braskem Braskem está apresentando ao mercado o seu novo portfólio de resinas recicladas pósconsumo (PCR) que atendem às especificações do setor de eletrodomésticos. O portfólio exclusivo, vendido sob a marca Wenew, possui seis grades de polipropileno (PP) reciclado específicos para aplicações em refrigeração, lavanderia, eletroportáteis e equipamentos de áudio. Atualmente, várias empresas do segmento de

e 1.300 mm, e podem ser utilizados em operações complementares à transformação de resinas, sendo recomendados para a fabricação de embalagens e também para trabalhos que envolvem a soldagem de plásticos, além de montagem de peças, por exemplo. Possuem seis graus de liberdade e são fáceis de programar. O design dos cobots recém-lançados facilita a realocação deles, de maneira que possam operar tanto em espaços compactos quanto em grandes áreas. www.comau.com

Próximos cursos do setor de plásticos

Próximos cursos do setor de plásticos

CursoPeríodo

In mold label 9/08

Escola LF

São Paulo, SPtel. (11) 3277-0553, e-mail: escolalf@escolalf.com.br

Ecodesign e modelos de projeto Senai-SP para economia circular 4 horas On-line tels. (11) 3322-0050, Geração de valor circular e 0800-055-1000 modelos de negócio

Moldes para processamento Almaco

produtivo dos19 e 20/08São Paulo, SPtel. (11) 4934-5799, materiais compósitos e-mail: secretaria@almaco.org.br

Comportamento mecânico de ABPol termoplásticos para 20, 21, 27 e 28/08 On-line tel. (16) 3374-3949, aplicações de engenharia e-mail: abpol@abpol.org.br

Caracterização Afinko mecânica: tração, 22/10

São Carlos, SP tel. (16) 9.9791-1027, flexão e impacto e-mail: contato@afinkopolimeros.com.br

do setor de plásticos Próximos eventos do setor de plásticos

Próximos

Evento

Plastfair – feira de

tecnologia para plásticos

5 e 8/08

Diretriz Feiras e Eventos

Pinhais, PRtel. (41) 3075-1100, e embalagens e-mail: contato@diretriz.com.br

Workshop imersão em embalagens 5 a 22/08

InovaSopro 2025 - 1º simpósio

On-line e híbrido

Instituto de Embalagens tels. (11) 2854-7770, (11) 3431-0727

Markeplan de tecnologia para13/08

São Paulo, SP tel. (11) 9.8481-9754, sopro de plásticos. e-mails: luciavalverdes@markeplan.com.br, eventos@markeplan.com.br

Techmei – feira de importadores e Expo Solutions distribuidores de máquinas e16 a 18/09São Paulo, SP e-mails: projeto@exposolutions.com.br, equipamentos industriais abimei@abimei.org.br

18º CBPol –Campos ABPol Congresso brasileiro19 a 23/10 do Jordão (SP) tel. (16) 3374-3949, de polímeros e-mail: 18cbpol@abpol.org.br

SERVIÇOS

LITERATURA

“Cientista Industrial” ganha edição em inglês

A Learn Ltda. lançou uma nova edição em inglês do livro “Cientista industrial”, que possui o título “ Industrial Scientist Industrial Scientist ”. Assim como a obra escrita em português, a nova versão é de autoria de Cesar Eduardo da Silva, engenheiro químico e especialista em gestão empresarial, e sócio-fundador da

Learn Ltda. O autor forneceu informações à reportagem da Plástico Industrial sobre a edição em inglês, enfatizando que nela são abordados os mesmos tópicos da primeira edição. O leitor vai encontrar relatos sobre temas recorrentes no chão de fábrica e na rotina da cadeia de manufatura, o que abrange o setor de transformação de plásticos. A utilização de tecnologias e métodos ligados aos conceitos da Indústria 4.0 tam-

ANUNCIANTES

Aços Formosa --------------------29

AdditiveOne ---------------------15

Adeka-----------------------------32

BBC-------------------------------22

BOHM Tecnologia e Inteligência -------------4ª - Capa

CCP Compostos ---------------10

Chen Hsong --------------3ª - Capa

Dynaflow-------------------------36

Eco Ventures --------------------25

Emanuplast ----------------------34

bém é tratada na obra, assim como os desafios para se obter alta produtividade, eficiência em processos e controle da qualidade, entre outros temas. Há capítulos que trazem exemplos de como usar de forma proativa o conhecimento relacionado aos fatores mencionados acima no dia a dia de parques fabris, tendo como base casos reais e a combinação de pensamento crítico, criatividade lógica e rigor dos métodos científicos.

Braços para bonecas

Entre os relatos sobre casos reais presentes no livro, há um que trata da busca pela otimização de um processo produtivo voltado para a fabricação por injeção de peças para bonecas. Mais especificamente, o assunto diz respeito a uma empresa que teve problemas na fabricação de braços para bonecas, em que o principal desafio foi produzir peças sem que ocorresse a variação do diâmetro da parte onde o braço se encaixa com o corpo do brinquedo. A partir daí, o leitor pode acompanhar o que foi feito para tentar solucionar o problema. Neste sentido, são fornecidas informações sobre as estratégias adotadas pela liderança da empresa, além das sugestões e opiniões provenientes dos departamentos envolvidos na fabricação das bonecas. Conforme é mencionado no livro, as estratégias utilizadas envolveram a análise dos polímeros usados na fabricação das peças, o que abrangeu as propriedades dos materiais,

como eles foram fornecidos e processos preliminares necessários para a otimização da produção como, por exemplo, parâmetros da desumidificação dos grânulos. A máquina de injeção que foi utilizada para a produção das peças para bonecas também foi tema dos estudos realizados pela empresa. E indo além dos processos produtivos voltados para a fabricação de peças plásticas, o caso mencionado também teve como desafios o alinhamento de ideias propostas pela equipe envolvida e as definições que deveriam ser estabelecidas.

Criatividade produtiva

No livro, Cesar também aborda a importância do incentivo à curiosidade de colaboradores no que tange ao aprendizado no dia a dia do chão de fábrica, incluindo o incentivo ao pensamento crítico e à criatividade produtiva. O conteúdo da obra é composto por exercícios propostos pelo autor e ainda traz tópicos sobre temas como entrega de valor, ferramentas para execução de projetos, foco e dedicação, mapas de raciocínio, gestão, criatividade lógica, observação atenta e raciocínio circular, por exemplo. Mais informações sobre as edições em português e em inglês podem ser obtidas pelo e-mail cesar@learn.net.br e pelo site da Learn Ltda. (https://learn.net.br). O livro em versão física ou digital também pode ser adquirido pelo site da Amazon (www.amazon.com).

Haitian---------------------------05

InovaSopro ----------------------37

Krisoll -----------------------------39

Miraí Química-------------------44

Olifieri----------------------------41

Pinho Pó --------------------------44

Place -------------------------------36

Plaschem -------------------------09

Poli Positivo----------------------32

Primotécnica---------------------11

Projedata -------------------------27

Purgex-----------------------------45

Replas -----------------------2ª - Capa Shibaura --------------------------43

Souza & Ramos -----------------26

Superfinishing ------------------23

TotalPet --------------------------35

Travi -------------------------------33

Tsong Cherng -------------------34

Wittmann ------------------------21

Word Facas -----------------------45

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Revista PI Junho/Julho 2025 by Aranda Editora - Issuu