EM Julho | Agosto 2025

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GUIA – 1

Monitoramento de temperaturas em painéis

O levantamento reúne soluções para medição e controle térmico de painéis, incluindo sensores, controladores, termostatos, resistências, exaustores, ventladores e módulos de ventlação com termostato integrado. Apresenta faixas de operação, tpos de equipamentos e contatos das empresas fornecedoras.

CONGRESSO

Eletrotec+EM Power 2025 reforça protagonismo da engenharia nacional

Com sessões distribuídas ao longo de três dias, o evento trará ao Expo Center Norte, em São Paulo, uma agenda densa e altamente especializada, reunindo normas atualizadas, aplicações prátcas, inovações tecnológicas e estudos de caso.

ARCOS ELÉTRICOS

Nova norma eleva o padrão de segurança no Brasil

Considerada um marco para a segurança elétrica no Brasil, a NBR 17227 organiza metodologias consolidadas e defne critérios técnicos para o gerenciamento do risco de arco elétrico. A norma abrange desde a coleta de dados até a escolha de EPIs.

REESTRUTURAÇÃO

A transformação da distribuição de energia no Brasil

Elo fundamental entre a geração e o consumo, a distribuição de energia está sendo reformulada para acompanhar os avanços tecnológicos, a emergência de novos modelos regulatórios e o protagonismo crescente do consumidor. Renovação de concessões, mercado livre total e resiliência climátca estão no centro do debate que mobilizou especialistas em evento do setor.

TECNOLOGIAS

Transformação do setor elétrico impulsiona inovações na ExpoSendi 2025

Organizado pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica e com a Cemig como anftriã, a 25a edição do Sendi – Seminário Nacional de Distribuição de Energia trouxe uma agenda estratégica com foco na modernização do setor, qualidade do serviço, abertura de mercado e sustentabilidade. A feira, realizada paralelamente ao congresso, contou com mais de 150 empresas. A reportagem apresenta diversas soluções tecnológicas em destaque na exposição.

ENASE

Sobra energia, falta potêncial

Paulo Ludmer, colunista de EM , faz um relato do que de mais importante viu no Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico 2025. Entre os temas debatdos, inefciência de polítcas setoriais e públicas; carência de hidrelétricas; curtailment ; polítca climátca; reindustrialização na transição energétca; hidrogênio verde; armazenamento de energia, entre outros.

GUIA – 2

Alicates hidráulicos para crimpagem de terminais e conectores

O guia apresenta diversos modelos de alicates manuais e a bateria para crimpagem, com faixas e forças de compressão, pressão máxima de operação e temperatura de serviço. O objetvo é facilitar a escolha da ferramenta adequada para cada necessidade profssional.

Capa

Roberto Montcelli Wydra, Foto: PV Productons/ Shuterstock IEE-USP

As opiniões dos artgos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

Carta ao Leitor

Uma edição “da casa”

Esta edição de Eletricidade Moderna traz apenas reportagens produzidas pela “casa”, isto é, desta vez não temos artigos de fundo assinados por colaboradores. A edição conta, sim, com o nosso time de colunistas de escol: Paulo Ludmer, há mais de 30 anos titular da imperdível coluna “Momento”, analisando virtudes e defeitos do setor brasileiro de energia; Estellito Rangel Jr., com “EM-Ex”, a primeira e mais longeva (22 anos) coluna dedicada exclusivamente ao assunto das atmosferas potencialmente explosivas no Brasil; Sergio Roberto Santos, autoridade da proteção contra raios e surtos, com “EM Aterramento”; e mais recentemente Vinícius Ayrão, que em “EM Pro ssionais” aborda temas diversos do interesse dos pro ssionais da área.

Da lavra da competente jornalista Jucele Reis, há aqui nada menos que três reportagens. Pela ordem, temos a matéria sobre o Eletrotec+EMPower, o melhor congresso dedicado a temas de interesse dos pro ssionais de instalações elétricas no Brasil, sucessor do Enie –Encontro Nacional de Instalações Elétricas, criado e promovido por EM desde os anos 1980. A reportagem relata e comenta o conteúdo do congresso, que é um dos quatro eventos (junto com Intersolar, ees e Power2Drive) abrigados sob o hub de inovação energética e smarter E South America, que acontece neste nal de agosto em São Paulo.

Na sequência, há o texto sobre a recentemente publicada norma brasileira de cálculo de energia incidente de arcos elétricos, a ABNT NBR 17227, documento robusto e muito bem fundamentado que, como diz o título da reportagem, eleva o padrão da segurança elétrica no Brasil. Além do conteúdo da norma, de que a matéria faz um panorama com aspectos selecionados, a reportagem mostra a estrutura do documento, situa o problema da segurança contra explosões de arcos elétricos no Brasil e traz importantes insights sobre o cuidadoso processo de elaboração.

A última das matérias assinadas pela jornalista é sobre o Sendi –Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, o principal encontro da comunidade de distribuição de energia elétrica no Brasil, realizado desde os anos 1960. Este ano, como relatado no texto, especialistas e personalidades discutiram como reformular a distribuição para acompanhar a emergência de novos modelos regulatórios e o protagonismo crescente do consumidor, a renovação dos contratos de concessão e a abertura total do mercado, entre outros desa os. Ainda da responsabilidade da nossa redação temos na sequência uma reportagem sobre novidades em produtos e serviços da Exposendi, a concorrida exposição paralela do Sendi.

Encerrando aqui a autolouvação: o jornalista Paulo Ludmer, nosso colunista de “Momento”, como dito, assina por m reportagem sobre o último Enase – Encontro de Agentes do Setor Elétrico, onde expõe e comenta com maestria os caminhos e descaminhos apontados por autoridades e pro ssionais de destaque da indústria de eletricidade, acerca de di culdades atuais e perspectivas para o setor.

DIRETORES

Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens

Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.

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Ibama libera 1a licença para eólica offshore

O Ibama concedeu recentemente a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica o shore no Brasil. O sítio de testes de aerogeradores o shore será implantado no litoral de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, com capacidade de até 24,5 MW. A proposta é liderada pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), vinculado ao Senai/RN, e será executada a cerca de 15 a 20 km da costa.

Com instalação prevista de dois aerogeradores, um de 8,5 MW e outro de 16 MW de potência, com toda a energia destinada ao consumo do Porto-Ilha, o projeto é uma iniciativa piloto voltada ao desenvolvimento cientí co e tecnológico, com foco na adaptação de tecnologias eólicas marítimas às condições ambientais brasileiras. Além disso, o projeto também prevê a quali cação de mão de obra local e a geração de dados para futuras iniciativas no setor.

A análise do licenciamento foi conduzida por equipe técnica multidisciplinar do Ibama, que avaliou os impactos ambientais e determinou medidas de controle e mitigação. O projeto deverá implementar um plano de gestão ambiental com 13 programas, incluindo monitoramento de fauna, ruídos subaquáticos, e ações de comunicação e capacitação.

Segundo comunicado do Senai, a licença prévia atesta a viabilidade ambiental do empreendimento em sua fase inicial e estabelece requisitos para as próximas etapas do licenciamento. A autorização também marca o primeiro licenciamento federal de um projeto eólico o shore no País.

Aneel exige garantas para acesso

A diretoria da Aneel aprovou o resultado da Consulta Pública 23/2024, que colheu subsídios e informações adicionais para o tratamento regulatório associado às requisições de acesso à Rede Básica por unidades consumidoras. A resolução normativa cria novas regras para conexão de grandes consumidores de energia, como plantas de hidrogênio verde e data centers.

As regras determinam que o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico tem o prazo de 90 dias para apresentar proposta de alteração nos procedimentos de rede associados aos aprimoramentos normativos, além da necessidade de avaliação de resultado regulatório (ARR) em até dois anos contados a partir da entrada em vigor da resolução.

Conforme minuta de resolução normativa, a revisão 4 do Módulo 5 das Regras de Transmissão tem início de vigência a partir de 1º de janeiro de 2026, com exceção da aplicação de forma imediata das novas regras de garantias nanceiras como condição para solicitar parecer de acesso e assinatura do contrato de uso do sistema (CUST) por grandes consumidores. Trata-se da GPA, que é a garantia nanceira para solicitação de acesso, e a GPC, garantia nanceira necessária para assinatura do CUST.

A GPA é para solicitar parecer de acesso e equivale a três meses de tarifa para uso do sistema de transmissão (Tust) proporcional ao Must (montante de uso do sistema).

Regras criam garantas fnanceiras para parecer de acesso e assinatura de contratos de uso da rede de grandes consumidores, como data centers e plantas de hidrogênio verde

Já a GPC, a segunda garantia, equivalente a 36 meses de Tust proporcional ao Must.

O assunto objeto da CP recebeu contribuições de 34 instituições, dentre agentes de geração, conselho de consumidores, agentes de transmissão, grandes consumidores, consultorias, entre outros. Ao todo, foram recebidas 152 contribuições, das quais 36% foram aceitas total ou parcialmente, 48% não foram aceitas e 16% não se aplicavam.

Brasil adiciona 4 GW no 1o semestre

O Brasil acrescentou 4.096,3 MW à sua capacidade de geração de energia elétrica no primeiro semestre de 2025, com a entrada em operação de 61 novas usinas, segundo dados da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. O crescimento foi puxado pelas termelétricas, responsáveis por 2.428,05 MW, o equivalente a 59,28% da nova capacidade.

O destaque do período foi a entrada em operação da UTE GNA II, no estado do Rio de Janeiro, que adicionou 1,7 GW ao sistema em maio. Além das térmicas, entraram em funcionamento 25 usinas eólicas (828,90 MW), 17 solares fotovoltaicas (738,63 MW), seis pequenas centrais hidrelétricas (95,85 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,70 MW).

Freepik
Projeto piloto será implantado em Areia Branca (RN) com 24,5 MW

Somente em junho, 13 usinas iniciaram operação comercial, totalizando 194,83 MW. A Bahia liderou no mês, com nove novas usinas eólicas somando 144,00 MW. Minas Gerais cou em segundo, com 45,00 MW provenientes da usina fotovoltaica Pedro Leopoldo 2.

No acumulado do semestre, as principais ampliações ocorreram nos estados do Rio de Janeiro (1.672,60 MW), Bahia (658,20 MW) e Minas Gerais (508,25 MW). Ao todo, os empreendimentos foram distribuídos por 13 estados brasileiros.

Com os acréscimos de janeiro a junho, a capacidade total das usinas centralizadas no Brasil chegou a 212.526,6 MW em 1o de julho, conforme dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel (SIGA). Fontes renováveis representam 84,44% dessa potência instalada. Itaipu vai

praticamente nulo, por meio de retro ts (processos de atualização ou modernização de equipamentos, sistemas ou estruturas existentes) que combinam medidas de e ciência energética e sistemas de geração distribuída fotovoltaica.

A Itaipu não executará diretamente os projetos, mas atuará como agente de divulgação e capacitação, especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul. A ideia da empresa é intermediar para que prefeitos, vereadores e outros agentes públicos conheçam o programa e participem. A binacional planeja organizar atividades, como convidar representantes da ENBPar para eventos no Paraná, para ampliar o alcance da chamada pública. As propostas técnicas selecionadas para retro t de prédios públicos têm o objetivo de alcançar uma redução de 90% a 110% no consumo de energia elétrica fornecida pela concessionária, utilizando medidas como substituição de lâmpadas e equipamentos obsoletos, modernização de sistemas de ar-condicionado e instalação de placas fotovoltaicas. O orçamento total é de R$ 100 milhões, com R$ 25 milhões destinados exclusivamente a municípios do Rio Grande do Sul afetados pela catástrofe climática de 2024, conforme o Decreto no 57.646/2024.

MME regulamenta digitalização das redes

A Itaipu Binacional vai colaborar com a ENBPar - Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional no programa Energia Zero em Prédios Públicos, do Procel. A iniciativa visa transformar edi cações públicas em construções de consumo energético

O MME - Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria Normativa no 111/2024, que de ne diretrizes para a digitalização das redes e do serviço de distribuição de energia elétrica de baixa tensão. A medida regulamenta o uso do Open Energy, sistema que amplia o acesso aos dados de consumo pelos próprios consumidores e terceiros autorizados, e tem meta de facilitar a oferta de produtos

personalizados e estimular a concorrência, principalmente visando favorecer as condições para a abertura completa do mercado de energia.

A portaria estabelece que as distribuidoras devem adotar mecanismos para disponibilizar dados de medição, faturamento e per l de consumo em formato padronizado e interoperável. Também será exigida a instalação progressiva de medidores inteligentes, que permitem a leitura remota e contínua das unidades consumidoras, substituindo os sistemas analógicos convencionais.

As distribuidoras deverão desenvolver mecanismos de aferição de indicadores técnicos e comerciais relacionados à qualidade do fornecimento e ao desempenho operacional. Esses indicadores serão acompanhados pela Aneel, responsável pela scalização. A portaria também autoriza a contratação de veri cadores independentes, que deverão seguir critérios de neutralidade e qualicação técnica.

A norma trata ainda da integração de tecnologias digitais com recursos energéticos distribuídos, como geração solar e eólica, e prevê exigências para que as redes possam operar com esses recursos de forma segura e e ciente. Entre os requisitos estão a detecção automatizada de falhas, controle de tensão e resposta rápida a interrupções no fornecimento.

A publicação da portaria atende ao Decreto no 12.068/2024, que regulamenta a prorrogação das concessões de distribuição com vencimento entre 2025 e 2031. A continuidade do contrato dependerá da demonstração, por parte das distribuidoras, de prestação de serviço adequado, com base em critérios técnicos e econômicos avaliados pela Aneel.

As novas regras fazem parte das condições associadas à eventual prorrogação dos contratos de concessão, que poderá ser de até 30 anos. O MME informou que a digitalização será considerada um dos componentes na análise da

Termelétricas lideraram expansão, com 59% da nova capacidade instalada Reprodução

qualidade e modernização da prestação do serviço público de distribuição.

Fortescue faz estudo ambiental para planta H2V

A australiana Fortescue, que tem projeto de hidrogênio verde para ser construído no complexo portuário e industrial do Pecém, no Ceará, está realizando na região um monitoramento ambiental, com execução de pesquisas e análises técnicas conduzidas pelo Labomar - Instituto de Ciências do Mar, da UFC - Universidade Federal do Ceará.

A ação faz parte de acordo de pesquisa e inovação firmado entre as duas instituições em 2024 e visa diagnosticar a vida marinha no entorno da futura planta de hidrogênio verde da companhia. De acordo com a responsável pela área de meio ambiente da Fortescue, Gianpaola Ciniglio, o monitoramento permitirá uma compreensão precisa do ambiente marinho ao redor da área onde será construída a planta, abrangendo as fases anterior, durante e posterior à implantação do projeto.

Segundo ela, as atividades envolvem estudos geotécnicos e marinhos para a de-

O monitoramento inclui diagnóstco marinho e geotécnico no Pecém, onde empresa australiana pretende erguer unidade de produção de hidrogênio verde

Solato inicia preparação de terreno de usina de H2 verde no Piauí

A espanhola Solatio iniciou a construção de usina de produção de hidrogênio verde no Piauí. A primeira fase do megaprojeto, com valor estimado em R$ 27 bilhões, é a supressão vegetal e limpeza de 154 hectares dentro da ZPE - Zona de Processamento de Exportação de Parnaíba, no litoral do estado. Só nessa fase a expectativa é de gerar 2 mil empregos diretos.

A unidade está projetada para produzir 400 mil toneladas de hidrogênio verde e 2,2 milhões de toneladas de amônia verde para exportação por ano em sua capacidade total, atendendo especi camente a demanda futura da Europa, mas também de outros mercados. A limpeza do terreno deve durar de cinco a sete meses.

Solato

Projeto visa a produção de 400 mil toneladas de hidrogênio verde e 2,2 milhões de t de amônia verde

Após essa fase, segundo comunicado, a Solatio começa as obras civis, com a construção de edifícios e instalações elétricas e hidráulicas, até culminar com a instalação dos equipamentos. A previsão é que a usina entre em operação no segundo semestre de 2029, mas a capacidade plena será atingida apenas após a conclusão de todas as etapas, prevista para 2031.

Para produzir o H2 verde, a usina da Solatio consumirá 3 GW de energia, o triplo do que todo o Piauí consome – 1 GW. Hoje o estado produz sete vezes mais energia (99% limpa) do que consome e o excedente vai para o sistema nacional de energia, que distribui para regiões que demandam mais.

O investimento da Solatio equivale a aproximadamente um terço do Produto Interno Bruto do Piauí, estimado em R$ 72,8 bilhões, e é quase dez vezes o PIB do município de Parnaíba, segunda maior cidade do estado.

nição da con guração da planta e para o estabelecimento de padrões de gerenciamento ambiental, além de avaliar seus possíveis impactos ambientais. Intitulado Marine Environmental Baseline Studies (MEBS), o estudo conta com a participação de mais de 30 pesquisadores da UFC.

De acordo com o coordenador do projeto, o professor Marcelo Soares, do Labomar, foram realizadas quatro campanhas em mar na região adjacente à futura unidade da Fortescue, no município de São Gonçalo do Amarante, próximo ao porto do Pecém. “Nosso diagnóstico inclui toda a área da vida marinha, além da geologia da região. Ou seja, tudo o que existe no fundo do mar e na faixa de praia também está contemplado no monitoramento”, relata.

As atividades de campo foram realizadas com o apoio de ferramentas tecnológicas, como drones subaquáticos e câmeras de alta precisão.

Prysmian desenvolve laboratório móvel de cabos AT

A fabricante de cabos Prysmian está investindo na aquisição de um laboratório móvel que permite testar em campo sistemas de alta tensão com cabos isolados. Trata-se da segunda fonte ressonante em posse da empresa no Brasil, que elevará a sua capacidade e disponibilidade de realizar ensaios de cabos isolados de alta e extra alta tensão.

Dos atuais 345 kV, a companhia agora é capaz de realizar ensaios superiores a 500 kV, a exemplo do projeto de interligação desenvolvido para a Taesa na Subestação Assis. Antes de estrear no comissionamento no segundo semestre, o novo laboratório móvel da Prysmian foi apresentado aos visitantes da feira do SendiSeminário Nacional de Distribuição de Energia 2025, realizado entre 27 e 30 de maio em Belo Horizonte, MG. Para serem comissionadas, as linhas de transmissão subterrâneas devem ser submetidas a testes de aplicação de tensão alternada com fonte independente de

Reprodução

É a segunda fonte ressonante da empresa no Brasil, que eleva sua capacidade para ensaios superiores a 500 kV

energia. Trata-se de exigência prevista nas normas IEC 60840 (até 150 kV) e IEC 62067 (acima de 150 kV até 500 kV), de modo a testar o sistema sob uma condição que vai além da capacidade prevista, para comprovar a con abilidade, durabilidade e segurança não apenas dos cabos, mas de todo o conjunto, o que inclui os acessórios.

Além do laboratório móvel, a empresa investe em contratação e capacitação da mão de obra local, com 300% de crescimento nos últimos anos, com mais de 50 pessoas exclusivamente dedicadas ao segmento de sistemas de alta tensão. Com os dois laboratórios, a Prysmian aumenta a capacidade de atendimento, uma vez que a combinação entre os reatores ressonantes permite executar testes que exijam uma grande elevação de tensão (ligação em série) ou cobrir longos lances de cabos (ligação em paralelo).

Engerey

linha de painéis elétricos

A Engerey, fabricante de painéis elétricos, de Curitiba, PR, está ofertando nova linha de painéis primários, visando principalmente o setor de distribuição de energia elétrica. Os novos equipamentos com disjuntores (EasyPact EXE) que, segundo a empresa, oferecem alta proteção para

instalações de média tensão, com a capacidade de suportar correntes nominais de até 2.500 A, tensões de até 17,5 kV e interromper correntes de curto-circuito de até 31,5 kA.

Os painéis são produzidos a partir de uma parceria com a Schneider Electric e visam operação em plantas industriais, conectando essas instalações à rede elétrica externa e distribuindo energia para diferentes áreas. Com sua aplicação em sistemas de média tensão, os painéis desempenham papel na segurança e controle do fornecimento de energia, particularmente em regiões e setores com alta demanda elétrica. “Esses painéis entram em cena em setores que possuem alta demanda de energia, como a indústria do agronegócio, mineração, automobilística, cimento, papel e celulose, alimentos e bebidas”, explica o CEO da Engerey, Fábio Amaral.

O novo disjuntor EasyPact EXE utiliza tecnologia de vácuo para interromper a corrente elétrica de maneira rápida. Além disso, segundo a Engerey, eles protegem contra curtos-circuitos e sobrecargas, evitando danos aos sistemas e assegurando que o uxo de eletricidade seja interrompido sempre que necessário. Com a tecnologia, ainda segundo a empresa, a manutenção é reduzida, aumentando a durabilidade e a e ciência dos componentes, além de reduzir os custos operacionais. Além dos painéis primários, a Engerey mantém a produção de painéis de baixa tensão, como o PrismaSet e APM, e tecno-

logias mais avançadas, como as células modulares SM6 (24 e 36 kV). Os SM6 são painéis de média tensão modulares, projetados para garantir segurança e e ciência na distribuição de energia. Já o PrismaSet é uma solução de baixa tensão conectada, que permite monitoramento remoto e otimização do desempenho elétrico. Além disso, os painéis APM (do inglês Altivar Process Modular) são inversores de alta potência (1200 kW) com função de controlar a velocidade de motores de alto desempenho.

Hitachi Energy testa trafo de 765 kV com éster

A Hitachi Energy concluiu os testes de um transformador monofásico de 765 kV/400 kV com potência de 250 MVA, preenchido com uido de éster natural. Segundo a empresa, o equipamento é o primeiro do mundo, nesse nível de tensão e potência, a utilizar esse tipo de isolante, considerado mais seguro e ambientalmente sustentável do que o tradicional óleo mineral.

Os transformadores de 765 kV são usados na transmissão de grandes volumes de eletricidade por longas distâncias, sendo parte essencial da expansão de redes de alta tensão. Um único transformador trifásico dessa classe pode atender uma cidade com 250 mil habitantes. O novo projeto faz parte da plataforma tecnológica TrafoStar, utilizada pela empresa em todas as suas fábricas no mundo.

lança
Em parceria com a Schneider Electric, equipamento tem disjuntores que oferecem alta proteção em instalações de média tensão
Divulgação
Prysmian
Segundo a empresa, equipamento é o primeiro do mundo com essa tensão usando fuido biodegradável
Reprodução

No Circuito

O uso do éster natural, segundo comunicado da Hitachi, representa um avanço técnico importante. O uido tem ponto de fulgor duas vezes maior do que o do óleo mineral, é autoextinguível e até 100% biodegradável em 28 dias, reduzindo riscos de incêndio e de contaminação ambiental. O transformador também conta com a tecnologia batizada de TXpand, desenvolvida para resistir a rupturas.

Segundo Bruno Melles, diretor global da unidade de transformadores da Hitachi Energy, o desenvolvimento atende à crescente demanda por soluções seguras e sustentáveis no setor elétrico. “A inovação com éster é uma alternativa e ciente para operadores de rede, especialmente em áreas sensíveis”, a rmou.

O novo equipamento reforça a estratégia da empresa em modernizar redes existentes e desenvolver infraestrutura de ultra-alta tensão, presente em regiões como América do Norte, América do Sul, África do Sul e Ásia. Em média, a energia elétrica passa por quatro a cinco transformadores entre geração e consumo nal.

A Hitachi Energy já fornece transformadores com uido de éster há mais de 20 anos, com instalações em mais de 40 países. A plataforma TrafoStar garante padronização de projeto, fabricação e controle de qualidade em todas as unidades produtivas, com mais de 30 mil transformadores de potência entregues.

Brasol vai investr em BESS como serviço

A Brasol vai investir R$ 150 milhões em projetos de sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS, em inglês) em 2025. A estratégia é implementar os sistemas no modelo BESS as a Service, ou seja, como serviço, no mercado de comércios e indústrias e ainda no setor agropecuário. A empresa já oferta esse tipo de

Empresa identfca potencial em aplicações junto à geração, transmissão e distribuição, mas que ainda depende da regulamentação do setor

contrato as a service em usinas solares fotovoltaicas e subestações.

Em 2024, a empresa lançou unidade de negócios dedicada ao segmento, que coordena as ofertas de contratos de serviços, pela qual os clientes não precisam realizar investimentos e ainda garantem pagamento mensal com desconto de até 20% na conta de energia.

“Vamos replicar o modelo da Brasol, no qual nós arcamos com os riscos operacionais e os custos da implantação e manutenção dos projetos, fazendo com que o cliente não tenha nenhum investimento inicial, apenas os pagamentos mensais conforme contrato”, disse o diretor da unidade de negócios de armazenamento de energia da Brasol, Diogo Zaverucha. No médio prazo, a ideia é atender grandes projetos de utilidades, como o do previsto leilão de reserva de capacidade em forma de potência prometido para a tecnologia.

Para o agronegócio, a ideia é aproveitar a demanda em áreas remotas, longe do fornecimento das distribuidoras, para reduzir a dependência de geradores a diesel nessas aplicações. “Atualmente, esse setor é pouco atendido pelas distribuidoras e usa alternativas caras e poluentes. No entanto, já é possível e mais barato gerar energia através da combinação de microrredes com geradores a diesel e energia fotovoltaica, reduzindo a dependência exclusiva do diesel”, disse Zaverucha.

A Brasol também identi ca potencial em aplicações junto à geração, transmissão e distribuição, mas que ainda depende da regulamentação do setor. “Pela falta de regulação, a gente não pode implantar o BESS

para solucionar problemas estruturais do setor elétrico. Mas quando essa regulação for estabelecida, o mercado vai ganhar tração de maneira exponencial”, disse.

Parceria GoodWe e Fotus vai comercializar

300 MW

A chinesa GoodWe e a distribuidora brasileira Fotus assinaram memorando de entendimento (MoU) para comercializar 300 MW em equipamentos e soluções solares fotovoltaicas no Brasil. Segundo comunicado, a aliança visa fortalecer a atuação das empresas no mercado nacional, por meio de estratégia conjunta voltada à geração distribuída.

Parceria busca ampliar oferta de soluções fotovoltaicas para integradores em todo o país

A parceria combina a tecnologia global da GoodWe com a infraestrutura logística e o conhecimento de mercado da Fotus. A expectativa é atender integradores em todas as regiões do país com soluções em geração solar, arma-

Divulgação

zenamento de energia e suporte técnico especializado.

A Fotus atua com centros de distribuição em seis estados, além da sede administrativa em Vila Velha (ES), e planeja a abertura de dois novos centros logísticos neste ano. A estrutura tem como foco ampliar o alcance nacional e reduzir prazos de entrega e atendimento.

A GoodWe, presente em mais de 100 países, oferece portfólio voltado à energia solar, com inversores, sistemas de armazenamento e soluções integradas para edifícios. No Brasil, a empresa busca consolidar parcerias estratégicas para ampliar sua participação no segmento de geração distribuída.

O acordo visa ainda reforçar a rede de integradores com capacitação técnica, suporte de engenharia e atendimento espe-

cializado, contribuindo para a pro ssionalização do setor e a ampliação do acesso às tecnologias fotovoltaicas. A Fotus atua no mercado B2B e tem se destacado na distribuição de equipamentos para integradores solares desde sua fundação, em 2019.

ABB adquire fabricante de conversores para VEs

A ABB adquiriu a francesa Bright Loop, fabricante francesa de conversores de energia de alta e ciência presentes nos veículos elétricos que competem na Fórmula E. Em comunicado, a empresa disse ter iniciado a compra de 93% das ações da

Vendas de eletrifcados crescem 9,5% no 1o semestre

As vendas de veículos leves eletri cados no Brasil somaram 86.849 unidades no primeiro semestre de 2025, crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho mantém o segmento com participação de 8% no total de automóveis e comerciais leves vendidos no país, segundo dados da ABVE.

Com 86,8 mil unidades vendidas, setor consolida 8% do mercado de leves

Reprodução contnua ➠

Os modelos com recarga externa (BEV e PHEV) lideraram o mercado, com 72.946 unidades, alta de 33,8% sobre o ano anterior. Já os híbridos convencionais (HEV e HEV Flex) registraram 13.903 unidades, avanço mais modesto de 4%. Os elétricos plug-in representaram 84% das vendas de eletri cados no semestre.

O mês de junho encerrou com 15.525 unidades eletri cadas vendidas, ligeira queda em relação a maio (16.641), mas crescimento de 8% frente a junho de 2024. Os BEV somaram 5.912 unidades, enquanto os híbridos plug-in (PHEV) lideraram com 7.347 unidades. HEV e HEV Flex responderam por 1.384 e 882 unidades, respectivamente.

A expansão ocorre mesmo após sucessivos aumentos no imposto de importação de eletri cados, iniciados em julho de 2024. O setor registrou

Bright Loop, o que deve ser concluído até o terceiro trimestre de 2025.

também aumento da oferta, com 57 fabricantes e 293 modelos disponíveis no primeiro semestre, frente a 39 fabricantes e 225 modelos em igual período de 2024.

A região Sudeste concentrou 47% das vendas em junho, com destaque para São Paulo (4.791 unidades). Sul e Sudeste somaram 64,4% do mercado no mês. Os cinco municípios com maior volume semestral foram São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba.

Modelos micro-híbridos (MHEV), que não integram mais o total o cial de eletri cados da ABVE, também avançaram: 5.808 unidades vendidas em junho, alta de 390% frente a 2024. A tecnologia é considerada uma etapa intermediária de transição da frota a combustão para veículos eletri cados

Com planos de adquirir a totalidade da empresa até o m de 2028, a expectativa é que a tecnologia de conversão da francesa, sob a gestão da ABB, adquira aplicações para versões a bateria de veículos pesados para mineração e construção. A empresa também espera criar aplicações dos conversores para embarcações movidas a baterias.

Nos últimos anos, a Bright Loop desenvolveu portfólio de conversores de diferentes tensões, capazes de lidar com uxos de energia bidirecionais. Além do transporte pesado, da navegação e dos carros da Fórmula E, a ABB acredita que esses conversores possam encontrar aplicações também nos setores aeroespacial, de mobilidade a hidrogênio e até na indústria de defesa.

“A aquisição é um salto estratégico em nossa missão de ajudar as indústrias de transporte a operar de forma mais enxuta e limpa”, disse o presidente da divisão de tração da ABB, Edgar Keller. “A plataforma de energia de nida por so ware da Bright Loop e a experiência em aplicativos de alto desempenho nos permitirão agregar ainda mais valor aos nossos clientes”.

Em 2024, a Bright Loop registrou receita de 16 milhões de euros, impulsionada pelos esforços para eletri car operações e

elevar indicadores de e ciência energética industriais. Os valores do negócio não foram divulgados.

MME agenda novos leilões de transmissão

O MME - Ministério de Minas e Energia divulgou o cronograma dos leilões de transmissão de energia elétrica até 2027. De acordo com a Portaria Normativa MME n o 110, estão previstos cinco certames para os meses de outubro e abril do próximo ano. O primeiro deles será realizado em outubro de 2025.

A portaria também indica as datas-limite, em cada leilão, para a assinatura dos Contratos de Uso dos Sistemas de Transmissão (CUST) por parte das distribuidoras, com requisito para licitação de transformadores de potência de fronteira.

O próximo leilão, o 04/2025, agendado para o dia 31 de outubro, prevê investimentos de R$ 7,67 bilhões, abrangendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia. Serão construídos 1178 quilômetros de novas linhas de transmissão e ampliada a capacidade de transformação em 4.400 MVA.

Aneel faz campanha contra incêndios em linhas de transmissão

A Aneel iniciou campanha nacional de comunicação para alertar a população brasileira sobre impactos ambientais, sociais e econômicos de incêndios próximos às linhas de transmissão de energia durante a época seca, de junho a outubro. O tema da campanha é “Onde o fogo passa, a vida silencia. Diga não às queimadas. Em caso de incêndio, ligue 193”.

De acordo com dados do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2024 foi o ano com a maior quantidade de focos de calor ativos observados nos últimos 14 anos, com 278.299 ocorrências.

Além disso, foi registrado também no passado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico recorde de 931 desligamentos de linhas transmissão da rede básica provocados por queimadas. A campanha é composta por mensagens de rádios, vídeos educativos e materiais para as redes sociais, com canais de comunicação para denúncias e orientações de prevenção para a população e as transmissoras de energia.

Meta é combater crescente número ocorrências pelo país durante o período de seca

Entre as recomendações da campanha, a Aneel orienta sobre o risco de se fazer queimadas para limpar terrenos, pastagem e descarte de lixos e de soltar balões na época de São João próximos de linhas de transmissão. Além disso, orienta a população a sempre apagar pontas de cigarro antes de jogá-las fora, de avisar os bombeiros em caso de incêndio e de utilizar os canais de comunicação disponibilizados pelas autoridades municipais para denunciar queimadas às prefeituras. Ainda como ações de prevenção, a agência atua por meio do sistema de gestão geoespacializada da transmissão, o GGT, e de aplicativo para dispositivos móveis, que permitem aos agentes de transmissão registrarem evidências fotográ cas das inspeções e limpezas realizadas. A Aneel também utiliza painel de monitoramento para acompanhar o desempenho das linhas de transmissão com relação aos desligamentos provocados por queimadas. Com o uso do GGT, o aplicativo e o painel, segundo comunicado da agência, foram observadas reduções nas taxas médias anuais de desligamentos forçados provocados por queimadas tanto no grupo de linhas de transmissão inseridas no GGT desde o seu início em 2017 quanto naquelas que caram fora do sistema de monitoramento. A Aneel monitora 46.250 quilômetros de linhas de transmissão em todas as regiões do Brasil. Em 2024, foram monitoradas 106 linhas de transmissão. Neste ano foram incluídas no sistema de monitoramento mais 21 linhas de transmissão. Outras 15 linhas de transmissão estão em processo de inclusão no sistema GGT.

Programação inclui certames nos meses de outubro e abril do próximo ano

Também estão previstas no certame instalações de equipamentos, como um controle automático rápido de reativos e sete compensadores síncronos. As obras do primeiro leilão devem gerar aproximadamente 19,1 mil empregos diretos e indiretos.

Ainda no leilão de 2025, o MME destaca as obras que compõem o Lote 4, como a LT 500 kV Jauru - Vilhena 2, de 344 km, no sistema de transmissão nas regiões Norte e Centro-Oeste. A intenção é aumentar a capacidade de transmissão do subsistema Acre-Rondônia, tornando-o mais resistente às mudanças climáticas.

Além disso, o lote 3, que atenderá Rio Grande do Sul e Paraná, passou por reavaliação das características devido às enchentes que ocorreram no estado gaúcho em maio de 2024. Essas obras, retiradas do Leilão no 02/2024, foram incluídas no atual certame com ajustes para fortalecer a resiliência da infraestrutura da região.

Eletrobras

comemora redução de

custos

A Eletrobras, em seu balanço nanceiro do primeiro trimestre, divulgou medidas adotadas para redução de custos e para implementação de novos investimentos. No primeiro caso, o destaque

Leitos para cabos elétricos Eletrocalhas Perfilados Eletrocalhas aramadas Vergalhões

Do projeto à execução:

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Suporte da equipe técnica no planejamento da obra

No Circuito

foi a redução de 28%, em comparação com o último trimestre de 2024, com despesas de pessoal, material, serviços e outros, conhecida pela sigla de PMSO. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a redução foi de 8%.

Na mesma linha, a empresa destaca os acordos para renegociação de empréstimos compulsórios, que seguem em trajetória decrescente desde a capitalização. O estoque da dívida diminuiu R$ 2,9 bilhões ante igual período do ano passado, com recuo de R$ 447 milhões na comparação com o último trimestre de 2024. No segundo trimestre de 2022, o estoque totalizava R$ 26,1 bilhões e hoje está em R$ 13,1 bilhões.

Este passivo de empréstimos compulsórios tem origem em cobranças debitadas nas contas dos consumidores finais que financiaram a expansão do sistema elétrico brasileiro e deram origem a disputas judiciais.

Em investimentos, a Eletrobras somou R$ 912 milhões no primeiro trimestre. Mesmo que o volume represente queda de 25% em relação ao desembolso do mesmo trimestre de 2024, os aportes foram utilizados na conclusão de uma das maiores obras da companhia, o parque eólico de Coxilha Negra, em Santana do Livramento (RS). Em operação desde abril, o parque tem capacidade de geração de 302,4 MW e representou investimentos de mais de R$ 2,4 bilhões .

Entre os projetos do primeiro trimestre, a empresa destaca o avanço das obras do Linhão Manaus-Boa Vista, que já tem 87% das obras concluídas e previsão de conclusão no segundo semestre. Com esta obra, que esteve paralisada por mais de 10 anos, todos os estados do Brasil estarão conectados ao sistema integrado nacional. O investimento total no Linhão chega a R$ 3,3 bilhões.

No primeiro trimestre, a Eletrobras registrou prejuízo de R$ 81 milhões. O resultado reflete a revisão feita pela Aneel na base regulatória de ativos da Chesf, uma das principais subsidiárias da Eletrobras. O impacto desta revisão totalizou R$ 952 milhões, o que afetou o resultado contábil.

MME aprova conexão de data center

O MME - Ministério de Minas e Energia publicou portaria que permite ao projeto de data centers Scala AI City, a ser implantado em Eldorado do Sul, RS, requisitar acesso à rede básica do SIN junto ao ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. Na portaria, o MME reconhece a alternativa técnica apresentada pela Scala Data Centers para a conexão. A unidade será construída em uma área estratégica no município da região metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com o documento, a proposta da Scala atende ao critério de mínimo custo global, considerando tanto o investimento nas instalações quanto os custos de perdas elétricas ao longo do tempo. Além disso, o projeto é compatível com o planejamento da expansão do setor elétrico para um horizonte mínimo de cinco anos.

O novo empreendimento implantará 1,8 GW de demanda de energia até 2033. A empresa já apresentou o potencial de expandir para até 5 GW em horizonte posterior, o que exigirá novos estudos da EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Ao alcançar o potencial nal projetado de 5 GW, o projeto adicionará ao SIN demanda equivalente a aproximadamente 20% da carga máxima atualmente registrada pela Região Sul do país.

Após o reconhecimento do MME, a conexão à rede básica está sujeita à disponibilidade sistêmica e aos estudos especícos conduzidos pelos outros órgãos envolvidos no processo, o ONS e a Aneel. O operador, aliás, tem negado acesso a outros projetos de grande porte, tanto de data centers como de hidrogênio, por indisponibilidade de margem de escoamento.

Engie amplia uso de drones para monitoramento

A Engie tem expandido o uso de drones em suas operações, incluindo usinas eólicas, solares, hidrelétricas e linhas de transmissão. Os equipamentos vêm sendo aplicados em inspeções técnicas e na segurança patrimonial, com testes e operações remotas a partir da sede da companhia em Florianópolis, SC.

As usinas eólicas e solares concentram os casos mais avançados, com destaque para inspeções de pás e torres, estruturas civis e linhas de transmissão. Nas hidrelétricas, os testes são realizados na Usina de Estreito (MA) e na Transmissora Gralha Azul (PR). O monitoramento remoto segue protocolos técnicos e normas da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil.

Entre os benefícios já identi cados pela empresa estão a maior agilidade na detecção de anomalias, redução de custos operacionais, resposta rápida a ocorrências e menor exposição humana

Projeto pretende ser instalado em Eldorado do Sul e depende ainda de parecer de acesso do Operador Nacional do Sistema Elétrico
Shuterstock

a riscos. Segundo a Engie, os drones também permitem compartilhamento de dados em tempo real e análises mais e cientes sobre a performance dos ativos. A empresa utiliza modelos com câmeras visuais, noturnas e termográ cas. As tecnologias são aplicadas tanto na vigilância patrimonial quanto na análise de desempenho em usinas solares, com apoio de sistemas de inteligência arti cial para identicar falhas em módulos fotovoltaicos.

Na segurança, a expectativa é substituir parte das rondas físicas por monitoramento automatizado. Cada posto de vigilância substituído pode representar economia de até R$ 360 mil por ano, segundo estimativas ainda em validação. O uso estratégico está em teste na Gralha Azul, com foco em prevenção e reação rápida.

Atualmente, a Engie opera cerca de 6 mil torres de transmissão. Com a expansão em curso, esse número deve chegar a 11 mil até 2027. A companhia vê nos drones uma ferramenta-chave para padronizar inspeções, evitar deslocamentos físicos e sustentar a expansão com e ciência.

Notas

PPA – A Auren Energia fechou acordo de fornecimento de energia renovável do mercado livre com a Algodão Apolo. O contrato garante o abastecimento integral da unidade industrial da produtora de algodão para cuidados diários, higiene e beleza em Cataguases, Minas Gerais, pelos próximos cinco anos. Foram negociados com a Auren o fornecimento de 0,30 MW médios. Segundo a Apolo, além do menor custo, a opção visou a transição energética. Nos últimos anos, a unidade em Cataguases operava com geração própria a diesel.

Novas subestações – A Cemig colocou em operação uma nova subestação no leste do estado mineiro, na cidade de Mutum, a SE Mutum 2. O empreendimento vai atender a

demanda de cerca de 90 mil habitantes das cidades de Aimorés, Ipanema, Pocrane, Taparuba, Conceição de Ipanema e Mutum. Com investimento de R$ 62 milhões, as obras incluem ainda a construção de 40 km de linha de distribuição para integrar a nova SE Mutum 2 ao sistema elétrico da região. A entrada em operação da nova subestação vai acrescentar a disponibilidade de 15 MVA para a região, o su ciente para garantir a qualidade do fornecimento para 40 mil novos consumidores. Por sua vez, a distribuidora EDP iniciou a construção de uma nova subestação de energia para Ferraz de Vasconcelos, no estado de São Paulo. Com investimentos de R$ 31 milhões, a unidade ampliará capacidade energética da cidade em 38%. Trata-se da segunda do município, cujo projeto tem a previsão de início de operação no segundo semestre. O projeto prevê a instalação de dois transformadores, com o acréscimo de 45 MVA de potência ao sistema atual de Ferraz de Vasconcelos. Os transformadores utilizarão óleo vegetal, material biodegradável extraído de fontes renováveis e que também aumentam a durabilidade dos equipamentos. O investimento envolve ainda a conexão da nova subestação ao sistema de distribuição de energia local: uma rede de média tensão

Engie
Equipamentos reforçam inspeções, segurança e reduzem custos na operação

com 11,7 km. Também serão instalados 16 equipamentos de proteção e de manobras de carga, que funcionam de forma automatizada para limitar o impacto de possíveis ocorrências.

Inauguração de parque eólico – A Enel Green Power inaugurou o parque eólico Pedra Pintada, nos municípios de Umburanas e Ourolândia, no interior da Bahia. Com 194 MW de capacidade instalada e 43 aerogeradores, o empreendimento pode produzir mais de 894 GWh por ano, o su ciente para abastecer cerca de 435 mil residências. A construção do parque envolveu R$ 1,8 bilhão em investimento e gerou, segundo a empresa italiana, mais de 2.100 postos de trabalho, sendo 51% ocupados por trabalhadores locais.

Modernização de transmissão – A Isa, companhia de transmissão de energia, investiu R$ 306 milhões no primeiro trimestre

de 2025 para modernizar sua infraestrutura instalada no estado de São Paulo, um volume 26% superior ao registrado no mesmo período de 2024. Segundo comunicado, o grupo é responsável por cerca de 95% da energia transmitida no território paulista. Parte de plano de renovação de ativos, ao longo do trimestre foram substituídos 268 equipamentos, entre disjuntores, chaves seccionadoras, transformadores de instrumento e sistemas de proteção. De acordo com a Isa, as ações devem aumentar a con abilidade e a capacidade do fornecimento de energia em municípios das regiões de Bauru, Assis, Presidente Prudente, Votuporanga, Sorocaba, Ribeirão Preto, São Carlos, Porto Ferreira e na região metropolitana de São Paulo. No mesmo período ainda foram autorizados adicionalmente 14 novos projetos em subestações e linhas de transmissão, com um investimento total de R$ 330 milhões a serem executados até 2029.

Financiamento para LT – O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou nanciamento no valor de R$ 117,5 milhões, com recursos do Finem, para a Anastácio Transmissora de Energia construir uma linha de transmissão e ampliar subestação no Mato Grosso do Sul. Do total de recursos aprovados, R$ 58,75 milhões são destinados à linha de transmissão entre as subestações Inocência, em Paranaíba (MS), e Ilha Solteira 2, em Selvíria (MS). A linha terá cerca de 74 km de extensão e será conectada ao SIN. Para a ampliação da subestação, com investimento de R$ 58,75 milhões, haverá a substituição dos autotransformadores trifásicos TF1 e TF2 230/138 kV de 75 MVA por duas novas unidades 230/138 kV de 100 MCA e a construção de novo pátio 138kV, no município de Anastácio. As obras terão um custo total de R$ 180 milhões e a operação possui prazo de concessão de 30 anos.

EM Sintonia

Aneel

A Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica nasceu entre 1996 e 1997, paralela ao período de privatização (tendo Escelsa e Light-RJ como pioneiras), sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso. Nessa época, não era mais possível a raposa cuidar do galinheiro: as estatais e o governo geriam o antigo DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, e as concessionárias privadas não representavam nem 10% do fornecimento do mercado brasileiro.

Nesse contexto, a agência surge como órgão independente para cumprir as políticas públicas (pois não legisla); mediar conflitos entre os agentes do setor elétrico brasileiro; fiscalizar e normatizar. Além disso, a agência delega parte de suas funções e do seu orçamento para as congêneres estaduais, que, adicionalmente, são o Poder Concedente para o gás natural em sua respectiva Unidade da Federação.

Desde os anos 1990, o Tesouro Nacional se apropria de polpudas e crescentes somas do orçamento anual da Aneel para gerir a dívida pública. No entanto, a fonte de coleta da entidade é um dos encargos cobrados na fatura da energia elétrica dos consumidores, a TFSEETaxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica. Ao ser desviado para o Tesouro, o encargo se veste de imposto. São centenas de milhões de Reais desde que o festim começou. Mas, em 2025, a diretoria da Aneel finalmente se rebelou: chamou de volta altos funcionários emprestados ao Ministério de Minas e Energia, Itaipu e outras unidades estatais. Reduziu o horário de funcionamento e as remessas para os Estados.

A ver qual será o desfecho dessa novela.

Curtailment

O excesso de oferta de geração por falta de carga em determinadas regiões do

País, ou por falta de transmissão, ou ainda por vulnerabilidade energética do SIN - Sistema Interligado Nacional, não tem ainda uma equação econômica-financeira.

Eletroenergeticamente, o ONS - Operador Nacional do Sistema dita os cortes na geração, aqui e acolá, segundo a necessidade para manter a rede em atividade. Considera-se risco do negócio a maior parte das perdas financeiras dos empreendimentos afetados. Entidades de classe clamam no Judiciário que os consumidores arquem com os danos. Tudo ocorre mais dramaticamente quando o sol se põe e as usinas solares cessam a geração. As intermitentes eólicas também estão expostas. Espantosamente há áreas no País que concomitantemente carecem de falta de potência.

A falta de solução para os leilões de reserva de energia (baterias, usinas reversíveis e outras soluções térmicas) aumenta a imprevisibilidade que tomou conta do lado ofertante superavitário. Em consequência, várias renúncias a novos investimentos em geração no Brasil estão sendo oficialmente anunciadas. Outras empreitadas têm sido adiadas. Em resumo, trata-se de um resultado ruim para atração de datas centers , que podem alijar o Brasil de seus radares; igualmente para as eólicas no mar, voltadas para exportação de hidrogênio, químicas, papeleiras, automotivas e outros segmentos de olho nas vantagens e desvantagens do País.

Para visitar a feira ou increver-se no congresso acesse o site

I N TERS O LA R SOUT H AMER I C A

A maior feira & congresso da América Latina para o setor solar

A Intersolar South America, maior feira & congresso da América Latina para o setor solar, enfoca os ramos de fotovoltaica, produção FV e tecnologias termossolares. O evento reúne fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, prestadoras de serviços e parceiras do setor solar, incentivando um meio ambiente mais limpo, acesso universal à energia e redução

de preços. Solidamente estabelecida na América Latina, a feira destaca seu expressivo potencial solar. A Intersolar South America será realizada de 26 a 28 de agosto de 2025 no moderno e bem localizado Expo Center Norte, em São Paulo, dentro do evento The smarter E South America, a maior aliança de eventos para o setor energético da América Latina.

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EE S SOUT H AMERIC A

O evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina

A ees South America, o evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina, enfoca soluções de armazenamento de energia que apoiam e complementam sistemas energéticos com número crescente de fontes renováveis de energia, integrando prossumidores e veículos elétricos. Com presença consolidada na região, o evento reflete a crescente importância da

integração entre eletricidade, calor e transportes. A esposição especial integrada à ees, destaca especificamente o alto potencial do hidrogênio verde no Brasil. A ees South America será realizada de 26 a 28 de agosto de 2025 no moderno e bem localizado Expo Center Norte, em São Paulo, dentro do evento The smarter E South America, a maior aliança de eventos para o setor energético da América Latina.

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ELET R OT EC+E M-POWE R SOUT H AMERIC A

O evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia

A Eletrotec+EM-Power South America é o evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia na América Latina. A feira destaca as tecnologias de distribuição de energia elétrica, bem como serviços e soluções de T.I. para gestão de energia em rede, de serviços públicos e de edificações. Solidamente estabelecida no continente, a feira conecta profissionais e empresas das áreas de projeto,

instalação e manutenção – da geração distribuída até a distribuição de energia por redes aéreas e subterrâneas. Será realizada de 26 a 28 de agosto de 2025 dentro do evento The smarter E South America, a maior aliança de eventos para o setor energético da América Latina.

Para visitar a feira ou increver-se no congresso acesse o site

POWE R2DRIV E SOUT H AMERIC A

A feira e congresso fundamental para infraestrutura de recarga e eletromobilidade na América Latina

Power2Drive South America: a feira & congresso fundamental para infraestrutura de recarga e eletromobilidade na América Latina. Solidamente estabelecido no continente, o evento evidencia a importância do veículo elétrico para um futuro sustentável de transporte e para sua crescente contribuição na matriz energética. A feira

reúne fabricantes, fornecedoras, instaladoras, distribuidoras, administradoras de frotas e de energia, fornecedoras de eletromobilidade e novas empresas. Será realizada em São Paulo, dentro do evento The smarter E South America, a maior aliança de eventos para o setor energético da América Latina.

Eletrotec+EM Power 2025 reforça protagonismo da engenharia nacional

Com curadoria rigorosa e compromisso com o conteúdo genuinamente técnico, o Eletrotec+EM Power South America 2025, que ocorrerá de 26 a 28 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP, consolida-se como um dos principais fóruns técnicos do setor elétrico no Brasil. Voltado especialmente a pro ssionais que atuam nas áreas de engenharia aplicada, automação, infraestrutura elétrica, gestão energética e sistemas fotovoltaicos, o congresso reforça sua vocação de excelência ao priorizar normas técnicas, segurança operacional e práticas de campo.

“É importante lembrar essa característica essencial do Eletrotec: trata-se de um congresso que realmente analisa os trabalhos enviados por pro ssionais do setor”, destaca João Gilberto Cunha, coordenador da comissão organizado-

A programação técnica do Eletrotec+EM Power South America 2025 reforça o compromisso do congresso com a atualização profissional e a excelência da engenharia nacional. Com sessões distribuídas ao longo de três dias, o evento trará ao Expo Center Norte, em São Paulo, uma agenda densa e altamente especializada, reunindo normas atualizadas, aplicações práticas, inovações tecnológicas e estudos de caso.

ra. Segundo ele, o evento se diferencia por não aceitar apresentações de cunho comercial, priorizando a qualidade e a relevância técnica. “Quando avaliamos os resumos, o que vale é o mérito técnico. Nosso modelo privilegia a prática e o compartilhamento de experiências”, completa.

Para Cunha, o Eletrotec+EM Power

South America é um re exo da engenharia nacional, e a espontaneidade e a diversidade dos trabalhos submetidos — enviados por engenheiros e especialistas — conferem ao evento uma representatividade única. “Os pro ssionais apresentam projetos que mostram o que está acontecendo de fato nas instalações elétricas do País”, a rma.

Outro destaque é a troca direta entre autores e participantes, que contribui para um ambiente altamente técnico e cola-

borativo. “Essa troca de experiências é enriquecedora. Dar visibilidade aos trabalhos técnicos que estão sendo desenvolvidos no Brasil é essencial. Isso fortalece o mercado e amplia a compreensão sobre os desa os e soluções enfrentados localmente”, pontua Cunha.

Em 2025, o número de resumos submetidos triplicou em relação ao ano anterior, ultrapassando 60 propostas.

A grade, que em 2024 era composta por 16 apresentações, foi ampliada para 24, a m de garantir maior diversidade de temas e participação. Com o aumento signi cativo na submissão de resumos, a expectativa é de que o público também seja mais numeroso.

Com um conteúdo direcionado a quem está no campo da engenharia aplicada — e não a um público genérico — o Eletrotec+EM Power South America desempenha, segundo Cunha, um papel estratégico na formação contínua de pro ssionais da área. “A profundidade das discussões e o rigor na seleção dos trabalhos fazem do congresso um espaço de atualização real”, conclui.

Organizado pela Aranda Eventos

Ao reunir conteúdo técnico aprofundado e aplicado, o Eletrotec+EM Power 2025 reafrma sua posição como principal congresso do setor para profssionais da engenharia elétrica que buscam atualização contnua, troca de experiências e contato direto com as principais tendências do setor energétco nacional

João Cunha: “O evento refete a engenharia nacional e propicia a troca de informação, tanto entre os partcipantes quanto do público com os palestrantes”

& Congressos Ltda. (do mesmo grupo que publica Eletricidade Moderna e FotoVolt), em parceria com as alemãs Solar Promotion International GmbH e Freiburg Management and Marketing International GmbH, o Eletrotec+EM Power integra o hub de inovação em energia TSESA - e smarter E South America, que contempla outros três eventos (Intersolar South America, maior feira da América Latina dedicada à energia solar fotovoltaica; ees South America, focada em armazenamento de energia e sistemas de baterias; e Power2Drive South America, dedicada à eletromobilidade e infraestrutura de recarga). Mais informações sobre o evento podem ser obtidas em: https://www.empower-south america.com.br.

Programação

26 de agosto

A manhã do primeiro dia do evento será dedicada à abertura institucional, com presença de representantes do setor público e entidades setoriais. Pela primeira vez, o Eletrotec+EM Power South America participará da cerimônia de abertura conjunta com os demais congressos do hub e smarter E South America — Intersolar, ees e Power2Drive.

Na parte da tarde, o congresso se volta ao seu eixo tradicional: a normalização técnica. Três normas de alto impacto para a segurança e a e ciência das instalações elétricas estarão em pauta, apresentadas por especialistas diretamente envolvidos em sua elaboração: a nova ABNT NBR 17227, que trata do gerenciamento do risco de energia incidente em arcos elétricos; a ABNT NBR 17193, dedicada à segurança contra incêndios em instalações fotovoltaicas; e um painel sobre a revisão da tradicional norma ABNT NBR 5419,

que trata da proteção contra descargas atmosféricas — um tema recorrente nas discussões técnicas e de segurança em instalações de diferentes portes.

27 de agosto

No segundo dia, a programação começa com uma sessão dedicada à energia solar fotovoltaica e ao armazenamento de energia, com foco em geração distribuída e sistemas sem injeção na rede. Serão destacadas aplicações reais e modelos inovadores. Em seguida, entram em pauta a e ciência energética e a gestão de energia no setor industrial, passando por soluções para otimização do consumo e aumento da con abilidade energética.

As tecnologias digitais também terão espaço garantido: o uso de BIM e inteligência arti cial em projetos elétricos será explorado em uma sessão especíca, que mostrará como essas ferramentas estão transformando a modelagem e a execução de sistemas elétricos. “O BIM está bem avançado na parte predial, mas ainda incipiente na área industrial”, comenta Cunha.

O dia se encerra com uma sessão voltada à infraestrutura de recarga de veículos elétricos, abordando os desa os técnicos e regulatórios para a expansão desse mercado, e também cenários de aplicação.

28 de agosto

O último dia será intensamente dedicado às instalações elétricas e aos sistemas de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). As sessões da manhã abordarão soluções para instalações elétricas de baixa tensão, com foco em critérios para contratação de projetos, segurança e proteção contra surtos. Estão previstas análises de normas e soluções para aplicações.

À tarde, três sessões consecutivas tratarão de temas relacionados ao aterramen-

to e SPDA. A primeira focará técnicas de execução, comportamento dos eletrodos em alta frequência e atualizações normativas para instalações acima de 1 kV. Em seguida, serão abordados estudos sobre aterramento em usinas fotovoltaicas perante descargas atmosféricas, projeto de malhas de aterramento, análise da efetividade do aterramento tipo trunk cable na proteção contra sobretensões, e a avaliação das con gurações de aterramento em UFV de geração distribuída. A última sessão da série discutirá estudo de pontos quentes em chapas de tanques de combustíveis atingidas por raios, e medidas de proteção contra descarga lateral em estruturas altas.

Minicursos

O evento contará com minicursos simultâneos, com duas horas de duração cada, também com foco prático, direcionado a engenheiros, técnicos e pro ssionais de manutenção e projeto. Estão previstos os seguintes temas:

• Aterramento de equipamentos sujeitos a descargas atmosféricas, com João Cunha (Instituto Mi Omega);

• Inspeção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas segundo a NBR 5419, com Luciana Matos (Termotécnica) e Sergio Roberto Silva dos Santos (Lambda/ Embrastec);

• Dimensionamento e especi cação de BESS em horário de ponta, com Vinicius Ayrão (Sinergia);

• Planejamento estratégico de pontos de recarga elétrica, com Rafael Cunha e César Quinteiro (movE); e

• Segurança em trabalhos com eletricidade segundo a NBR 16384, com Edson Martinho (Abracopel).

Feira

Além do congresso, será realizada a feira Eletrotec+EM Power South America , que vai apresentar tecnologias de instalações elétricas, serviços e soluções de gestão de ener-

Congresso

gia. Os segmentos que estarão em destaque na exposição são: projeto de estações e sistemas; gestão de energia/automação predial; softwa-

re de projeto e gestão de edifícios e instalações; serviços de energia; e componentes e serviços de engenharia elétrica.

Eletrotec+EM-Power South America 2025

10h – Abertura dos congressos The Smarter E South America

13h - Painel de normalização técnica I

Dia 26/08/2025

A lista prévia, das empresas expositoras, pode ser acessada via o link https:// www.empower-southamerica.com.br/ relacao-de-expositoras.

A nova norma ABNT NBR 17227 - Arco elétrico — Gerenciamento de risco de energia incidente, precauções e métodos de cálculo

14h30 - Painel de normalização técnica II A nova norma ABNT NBR17193 - Segurança contra incêndios em instalações fotovoltaicas — Requisitos e especifcações de projetos — Uso em edifcações

16h - Painel de normalização técnica III Revisão da norma ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas

9h - Sessão 1 - Energia solar fotovoltaica e armazenamento de energia

11h - Sessão 2 - Efciência energétca e gestão de energia

14h - Sessão 3 - Projetos e montagens (IA e BIM)

16h - Sessão 4 – Instalação de estações para recarga de veículos elétricos

9h - Sessão 1 – Instalações elétricas de baixa tensão

11h - Sessão 2 - Aterramento e SPDA I

14h - Sessão 3 – Aterramento e SPDA II

16h - Sessão 4 - Aterramento e SPDA III

Dia 27/08/2025

Instalações de geração distribuída, soluções de armazenamento de energia e sistemas de geração sem injeção na rede, com foco em aplicações reais e modelos inovadores.

Sessão focada em tecnologias para otmização do consumo de energia, aumento da confabilidade energétca e prátcas aplicadas à transição energétca no setor industrial.

Uso das tecnologias BIM e inteligência artfcial (IA) para aprimorar projetos, modelagens e previsões no setor elétrico, promovendo maior efciência, precisão e inovação.

Sessão voltada ao projeto e instalação de estações para recarga de veículos elétricos, abordando desafos técnicos, normatvos e cenários de aplicação.

Dia 28/08/2025

Análise das normas e soluções aplicadas em instalações elétricas de BT, com foco em segurança, critérios para contratação de projetos, e especifcação de medidas de proteção contra surtos.

Sessão focada em sistemas de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas, abordando técnicas de execução, comportamento dos eletrodos em alta frequência e atualizações normatvas para instalações acima de 1 kV.

Estudos sobre aterramento em UFV perante descargas atmosféricas, projeto de malhas de aterramento, análise da efetvidade do aterramento tpo trunk cable na proteção contra sobretensões, e a avaliação das confgurações de aterramento em UFV de geração distribuída.

Discussão sobre proteção contra descargas atmosféricas, incluindo alerta antecipado de queda de raios na cidade de São Paulo, estudo de pontos quentes em chapas de tanques de combustveis atngidas por raios, e medidas de proteção contra descarga lateral em estruturas altas.

CLAMPER Front Multipolares

Menos conexões, mais agilidade e economia

Proteção contra surtos elétricos nos modelos:

Diversas combinações de proteção. Consulte modelos existentes.

Nova norma eleva o padrão de segurança no Brasil

Considerada um marco para a segurança elétrica no Brasil, a NBR 17227 organiza metodologias consolidadas e define critérios técnicos para o gerenciamento do risco de arco elétrico. A norma abrange desde a coleta de dados até a escolha de EPIs, estabelecendo uma referência nacional para elevar o nível de proteção e mitigar riscos em instalações de alta, média e baixa tensão.

Os arcos elétricos representam um dos eventos mais perigosos nas instalações de baixa, média e alta tensão, com potencial para causar acidentes graves, resultando em mortes, danos materiais expressivos e longas interrupções na operação industrial. No entanto, os dados sobre esse tipo especí co de ocorrência ainda são escassos no Brasil.

Apesar de a Abracopel – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade publicar anualmente o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, os registros de arcos elétricos são subnoti cados. O levantamento, baseado em reportagens da imprensa, reúne estatísticas sobre choques elétricos, descargas atmosféricas e incêndios, mas não capta com precisão os episódios relacionados a arcos elétricos, em grande parte devido à resistência das empresas em divulgar esse tipo de acidente. Estima-se que mais de 90% dos casos ocorram em ambientes de trabalho, sobretudo em indústrias e nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. “Os arcos elétricos geralmente ocorrem em indústrias, unidades de geração, transmissão ou distribuição

de energia. Há uma grande di culdade para conseguir essas informações, talvez por reservas técnicas ou mesmo legais por parte das empresas, ou pela falta de informação sobre como fazer o registro apropriado”, observa Marcio Bottaro, especialista de laboratório no IEE-USP e integrante do grupo de trabalho da nova norma sobre arcos elétricos.

Segundo Bottaro, há ainda outro fator que contribui para a subnoti cação: muitos desses eventos são erroneamente classi cados como incêndios, já que o arco pode rapidamente evoluir para uma combustão de grandes proporções.

Com o objetivo de mitigar esses riscos e estabelecer critérios técnicos claros

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Arcos elétricos

para o setor, foi publicada em 27 de maio a norma brasileira NBR 17227 –Arco elétrico — Gerenciamento de risco de energia incidente, precauções e métodos de cálculo. Desenvolvido pelo GT de Energia Incidente da CE003:064.012, Comissão de Estudos do Cobei/ABNT CB-03, o documento inédito no Brasil apresenta diretrizes abrangentes para análise e controle dos riscos associados a arcos elétricos em todos os segmentos do setor elétrico, incluindo geração, transmissão, distribuição e usos nais de energia. A norma de ne métodos de cálculo da energia incidente, orientações para sinalização de riscos e critérios para seleção adequada de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), promovendo um novo patamar de segurança nas instalações elétricas.

Desenvolvimento

A elaboração da norma contou com a participação de mais de 30 especialistas, representando segmentos variados do setor elétrico. Participaram pro ssionais da indústria, de laboratórios de pesquisa, universidades, consultorias independentes, mineradoras e fabricantes de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros. “A diversidade técnica foi considerada essencial para garantir a abrangência do documento”, a rma Bottaro.

De acordo com o especialista, a proposta da norma surgiu diante da constatação de que, embora existam diversas abordagens voltadas para ambientes industriais, concessionárias e diferentes tipos de corrente (alternada ou contínua), muitos profissionais enfrentam dificuldades para escolher o método mais apropriado. “O objetivo foi justamente estruturar uma diretriz sobre qual metodologia a ser usada em cada contexto e também sobre quais informações devem ser coletadas antes de aplicá-las”, explica.

Desta forma, a NBR 17227 não propõe métodos de cálculo próprios, mas organiza e orienta de forma didática o uso das metodologias já consolidadas, além de indicar caminhos para encontrar a abordagem mais adequada a cada situação. “Temos frisado que a norma brasileira não criou um método de cálculo nacional. O que ela faz é organizar e indicar os pontos cruciais para aplicação dos métodos existentes, e isso já representa um avanço enorme em termos de padronização e clareza técnica”, explica Bottaro. Além de reunir os métodos mais recomendados para cada tipo de instalação, a norma os apresenta em português, superando uma barreira prática frequentemente citada pelos pro ssionais: a di culdade de compreender normas estrangeiras em língua inglesa. “Só esse ponto já representa um avanço expressivo para ampliar a aplicação correta dos estudos no Brasil”, pontua o especialista.

Destaques

Cada seção foi construída com base em pesquisas aprofundadas, consultas a documentos internacionais e reuniões com especialistas de outros países, explica Bottaro. A norma nacional direciona o pro ssional para metodologias consolidadas, como a IEEE 1584, considerada a principal ferramenta em ambientes industriais com tensões até 15 kV, e orienta de forma clara sua aplicação, apresentando dois cenários principais: um voltado a sistemas com tensões entre 208 V e 600 V, e outro destinado a instalações de 600 V a 15 kV.

Os diferentes processos de cálculo também são amparados por uma sistemática de análise que abrange desde o levantamento de dados até a con guração e parametrização dos sistemas, com o objetivo de orientar a aplicação mais e caz dos métodos disponíveis. Em suma, um diferen-

cial da ABNT NBR 17227 está na organização sistemática dessas fontes , propondo uma trilha lógica para análise técnica.

Para tensões mais elevadas, a norma traz tabelas adaptadas da Nesc - National Electrical Safety Code , nacionalizadas para facilitar a consulta por pro ssionais brasileiros. O documento também aponta caminhos para metodologias alternativas, como o Epri Report de 2011, publicação essencial para quem trabalha com sistemas de potência e riscos de arco elétrico. A norma nacional também reconhece a importância dos so wares especializados utilizados na modelagem e análise de riscos, citando-os por seus termos técnicos, e não comerciais. “A norma entrega um ponto de partida sólido para quem precisa entender como navegar por esse universo de metodologias e ferramentas”, destaca o especialista.

Para equipamentos acima de 15 kV, o documento indica metodologias apoiadas em estudos e referências internacionais, como os modelos da OSHA 1910.269, Apêndice E e do Epri - Electric Power Research Institute. Bottaro relata que, no caso de tensões superiores ou contextos distintos, como concessionárias de energia, surgiram dúvidas quanto à aplicação de algumas metodologias disponíveis. Para tratar dessas incertezas, o grupo promoveu reuniões com pro ssionais envolvidos diretamente na formulação das normas internacionais. “Organizamos encontros com representantes do Epri e outros organismos para esclarecer pontos críticos, como parâmetros de entrada exigidos por modelos complexos”, relata.

Em muitos casos, segundo ele, até mesmo os desenvolvedores internacionais admitiram di culdades em justi car determinados critérios de

cálculo, o que reforçou a importân cia da iniciativa brasileira. O rigor e a curiosidade técnica demonstrados pelo grupo levaram à participação de seus integrantes em comitês interna cionais, especialmente em áreas vol tadas a concessionárias.

Energia incidente

Um dos principais avanços da nor ma está na de nição de metodologias criteriosas para o cálculo da energia incidente. O texto determina que os cálculos devem ser realizados indivi dualmente para cada equipamento, utilizando dados atualizados e consi derando características particulares, que impactam diretamente na segu rança e na necessidade de proteção.

A NBR 17227 exige que todos os equipamentos com potencial de gerar arco elétrico com energia incidente superior aos limites de queimadu ra de segundo grau na pele sejam devidamente sinalizados. As placas de identi cação devem conter da dos claros sobre a energia inciden te, distância de trabalho, limites de aproximação e EPI recomendado, e essas informações precisam estar em consonância com os estudos técnicos e memoriais de cálculo elaborados para cada instalação.

A norma enfatiza a necessidade de uma análise e uma hierarquia de con trole dos riscos de arcos elétricos, in cluindo a implementação de medidas de engenharia que priorizem a miti gação dos efeitos térmicos e a segu rança coletiva.

O documento reforça ainda a proibi ção do uso de modelos genéricos, a m de impedir a prática errônea de aplicar o mesmo estudo na forma de modelo típico. Segundo os especia listas envolvidos na norma, é comum que empresas tentem reaproveitar es tudos de outros projetos, adaptando cenários sem considerar as particula

Arcos elétricos

Com 67 páginas distribuídas em 11 capítulos, a norma ABNT NBR 17227 apresenta uma abordagem inédita e aprofundada sobre o gerenciamento do risco de energia incidente por arco elétrico, cobrindo desde a caracterização do sistema elétrico até as diretrizes para operação segura.

Capítulos 1 a 3

Elementos introdutórios

Contêm os itens tradicionais de qualquer norma técnica: escopo, referências normativas e de nições.

Capítulo 4

Etapas preliminares do estudo

Aborda o levantamento da documentação técnica, a caracterização dos circuitos e a coleta de informações essenciais.

Capítulo 5

Análise da energia incidente

Totalmente dedicado ao cálculo da energia incidente, inclui:

• Seção 5.1 – Aplicação da norma IEEE 1584 em ambientes industriais com tensões entre 208 V e 15 kV, onde se concentram os acidentes mais graves.

ridades técnicas de cada instalação. “O documento orienta quais metodologias são recomendadas em diferentes cenários e quais dados precisam ser considerados antes mesmo da escolha da abordagem. Isso praticamente não existia no País”, destaca Bottaro.

Com a publicação da norma, que representa um documento o cial nacional que orienta de forma sistemática o estudo de energia incidente, desde a coleta de dados até a seleção de metodologias e EPIs, os especialistas almejam que a justi cativa de ausência de orientação técnica — argumento frequentemente usado para práticas questionáveis no setor – seja eliminada. “Agora existe um documento de referência. Isso cria também uma obrigação pro ssional, especialmente para engenheiros que assinam projetos e laudos”, ressalta o especialista.

Além disso, a expectativa é que a norma funcione como um ponto de partida estruturante, obrigando os pro ssionais que não dominam o tema a buscar capacitação para sua correta aplicação. Com a aplicação dos procedimentos conforme as diretrizes da norma, es-

• Seção 5.2 – Determinação da distância de aproximação segura.

• Seção 5.3 – Cálculos para sistemas com tensões acima de 15 kV, voltado às concessionárias de distribuição, geração e transmissão.

• Seção 5.4 – Cálculo em corrente contínua (CC), aplicável a sistemas de energias renováveis, como os fotovoltaicos e também bancos de baterias (armazenamento de energia). A norma traz referências inéditas, inclusive de artigos cientí cos.

Capítulo 6

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Destaca orientações detalhadas sobre seleção e combinação de vestimentas, luvas, capacetes e visores. A ênfase está na escolha adequada, considerada etapa crítica da proteção. Ainda há propostas de aprimoramento para as seções relacionadas ao uso e à manutenção dos EPIs, que deverão ser incorporadas em futuras revisões.

Capítulo 7

Sinalização de risco

De ne os elementos mínimos exigidos nas placas de identi cação dos equipamentos, padronizando critérios e eliminando ambiguidade na sinalização de perigos.

pera-se não apenas a redução da frequência dos acidentes, mas principalmente a mitigação de sua gravidade, quando inevitáveis. “A norma sozinha não resolve tudo, mas cria o ambiente necessário para elevar o padrão técnico e, com isso, proteger vidas e ativos industriais”, conclui Bottaro.

EPIs

Outra inovação importante trazida pela nova norma brasileira ABNT NBR 17227 é a inclusão de um capítulo especí co sobre a seleção, uso e cuidados com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) frente ao risco de arco elétrico. Trata-se de um avanço expressivo, já que o tema era anteriormente tratado de forma dispersa em normativos nacionais e internacionais. “O conteúdo é praticamente inédito. Embora existam menções pontuais na NFPA 70E e em documentos europeus de orientação, nenhuma dessas referências apresenta o nível de detalhamento agora consolidado na norma brasileira”, a rma Bottaro.

Até a publicação da NBR 17227, a principal referência nacional era a ABNT

Capítulo 8

Técnicas de mitgação

Apresenta soluções como EPCs, sensores de luz, relés de proteção e painéis resistentes ao arco, visando a mitigação de riscos.

Capítulo 9

Análise estatstca

Apresenta análise estatística e da probabilidade de ocorrência do arco elétrico, etapa fundamental para a construção da matriz de risco e, consequentemente, para a tomada de decisão sobre medidas de proteção.

Capítulo 10

Operação e manutenção

Relaciona a análise da energia incidente com procedimentos operacionais seguros e rotinas de manutenção preventiva, contribuindo para uma abordagem sistêmica de gestão de risco.

Capítulo 11

Gestão do estudo

De ne responsabilidades, prazos de atualização, critérios de revisão periódica da documentação técnica e validação técnica, sempre que houver alterações relevantes na instalação elétrica.

NBR 16384 — atualmente em revisão pelo mesmo grupo técnico. No entanto, conforme apontam os especialistas, essa norma já se encontrava desatualizada e não atendia mais às demandas práticas do setor. “Ela foi escrita em um momento muito diferente do que vivemos hoje. Por isso, decidimos incorporar na norma de arco elétrico um capítulo dedicado exclusivamente à escolha e manutenção dos EPIs”, completa o especialista.

A nova norma busca apoiar a correta seleção de EPIs com base no risco residual identi cado pelos estudos técnicos. “Até então, cada pro ssional ou empresa adotava o método que considerava mais conveniente, muitas vezes guiado apenas por so wares disponíveis. Era necessário um direcionamento mais claro”, a rma ele.

De acordo com Bottaro, até mesmo muitos fabricantes de vestimentas ainda desconhecem os riscos associados ao arco elétrico. “Há casos de empresas que produzem vestimentas com tecidos técnicos, mas não entendem de fato os perigos aos quais os trabalhadores estarão expostos”, explica o

Estrutura da NBR 17227

Arcos elétricos

especialista. A proposta é ampliar o entendimento de que a proteção vai muito além do cumprimento formal de especi cações.

Outra meta da ABNT NBR 17227 no quesito de EPIs é servir como complemento à NR-10, norma que regula a segurança em instalações e serviços com eletricidade. Embora a NR-10 em sua versão atual estimule sutilmente os estudos de energia incidente, a nova norma detalha como esse processo deve ser realizado e exige que os resultados sejam documentados e utilizados para a adequação dos EPIs. “No caso especí co do arco elétrico, a NR10 menciona o risco apenas de forma indireta, por meio de uma exigência genérica de que as vestimentas devem atender a requisitos de in amabilidade”, relata.

A perspectiva, no entanto, é de mudança. O texto da nova NR10, atualmente em processo de revisão, traz menções diretas e mais robustas ao arco elétrico, segundo especialistas que acompanharam a minuta submetida à consulta pública. Caso as alterações sejam mantidas na versão nal, espera-se um novo patamar de exigência em relação à avaliação de riscos e à adoção de EPIs especí cos. “Embora a NR10 não cite diretamente normas técnicas da ABNT, ela deve exigir a realização de estudos de energia incidente, o que naturalmente conduzirá os pro ssionais à ABNT NBR 17227 como principal referência técnica. Quando atualizada e em vigor, o impacto será muito mais direto e abrangente”, projeta Bottaro.

A manutenção e auditoria dos EPIs também ganharam atenção especial na nova norma. A ABNT NBR 17227 reforça a importância de um controle rigoroso da vida útil e da integridade dos EPIs, por meio de auditorias periódicas. A intenção é garantir que os equipamentos mantenham sua e cácia e estejam em conformidade com as exigências de segurança.

Marcio Botaro (IEE-USP): “A diversidade técnica foi considerada essencial para garantr a abrangência do documento”

Hoje, o Brasil conta com um laboratório independente, o LAEVe (Laboratório de Arco Elétrico em Vestimentas e outros EPIs), acreditado pelo CGCRE/ Inmetro e reconhecido internacionalmente (ILAC). O laboratório realiza os ensaios exigidos nos processos de certi cação, fundamentais para a obtenção do Certi cado de Aprovação (CA) e para assegurar a con abilidade dos EPIs utilizados no País.

Capacitação

Embora a ABNT NBR 17227 represente um marco importante na orientação para estudos de energia incidente, os especialistas alertam que o documento oferece as diretrizes iniciais, mas não substitui a necessidade de capacitação técnica especializada e que seu impacto prático dependerá da disseminação de conhecimento técnico e da formação de pro ssionais capacitados. “A norma indica o que deve ser feito, mas não ensina como fazer. Por isso, o maior desa o agora é promover a capacitação”, a rma Bottaro.

Os especialistas reforçam que a formação técnica ainda é um gargalo no Brasil. Segundo Bottaro, muitos pro ssionais acreditam que vídeos na internet ou tutoriais rápidos são sucientes para atuar com segurança nesse campo, o que representa um risco. “É fundamental buscar capacitação séria e aprofundada”, alerta. “A capacitação pro ssional é a chave para garantir sua correta aplicação e efetividade na redução de acidentes”, completa

A percepção da lacuna entre teoria e prática motivou a criação de um li-

vro que aborda conceitos da norma, intitulado “Arco elétrico e energia incidente”, desenvolvido por Claudio Mardegan, Filipe Resende e Marcio Bottaro. “A norma orienta sobre o que deve ser feito; o livro mostra como fazer, passo a passo”, resume Bottaro. Com 464 páginas, a publicação pode ser descrita como um manual técnico, que cobre desde aspectos de proteção e seletividade até a análise de so ware e seleção de EPIs. São apresentados exemplos reais, orientações detalhadas sobre cálculos e explicações sobre a evolução dos circuitos. A publicação traz exemplos práticos de implementação de cálculos e abordagem de so wares para estimativas de energias incidentes, análises exclusivas sobre as metodologias de cálculos e suas limitações, bem como a fundamentação dos métodos teóricos e empíricos utilizados pela engenharia de segurança. Há ainda uma seção dedicada à seleção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e uma abordagem exclusiva da análise de con abilidade de dados laboratoriais sobre a caracterização e avaliação de desempenho dos EPI empregados na proteção do trabalhador. “Muita gente ainda se baseia apenas no ATPV (indicador de desempenho ao arco elétrico) de um único ensaio laboratorial, que é o mínimo exigido na certi cação e obtenção do CA. Mas é preciso ir além e analisar se o EPI realmente atende ao risco especí co e se não trará efeitos colaterais”, destaca o especialista. “Por isso, o livro traz diretrizes sobre como interpretar os relatórios dos fabricantes, além de abordar os critérios técnicos necessários para uma escolha e ciente e segura”, completa.

Outro canal para formação técnica no tema é o ESW Brasil - Electrical Safety Workshop, considerado um evento de alto nível técnico na área de segurança elétrica no País. Realizado a cada

dois anos, o workshop promove debates aprofundados, apresentação de estudos de caso e simulações práticas de arco elétrico. “É uma oportunidade rara e valiosa para quem quer se capacitar com base em situações reais”, ressalta Bottaro.

A próxima edição do evento está marcada para 7 a 9 de outubro, no auditório do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. O evento é organizado desde 2003 pelo IEEE – Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos – Seção Sul Brasil, através do capítulo IAS – Sociedade de Aplicação Industrial, em parceria com a Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas em www.ieee.org.br/eswbrasil.

Revisão da norma

A norma já tem previsão de revisão , com a estabilidade da versão publicada de aproximadamente dois anos. De acordo com Bottaro esse processo faz parte da dinâmica natural de atualização de normas técnicas. “Trata-se de um trabalho contínuo. À medida que o setor evolui, novas demandas surgem e a norma precisa acompanhá-las”, afirma.

O comitê responsável pelo documento já iniciou os trabalhos preparatórios. Um dos destaques é a proposta de ampliação do capítulo 6, que trata especificamente dos EPIs. Bottaro afirma que a ênfase nesta primeira edição do documento está mais centrada na seleção adequada dos equipamentos , mas há necessidade de ampliar as diretrizes relacionadas ao uso e à manutenção dos EPIs. “Já há uma proposta formal de complementação para esses pontos, mas, como a norma atual já havia passado por consulta pública, as alterações não puderam ser incluídas nesta edição”, conclui.

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 155 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

A transformação da distribuição de energia no Brasil

Em meio à transição energética, o Brasil inicia o redesenho de seu modelo de distribuição de energia. Com investimentos anuais de cerca de R$ 35 bilhões — e previsão de alcançar R$ 145 bilhões até 2028 —, o segmento ocupa uma posição estratégica no cenário econômico nacional, representando 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando mais de 220 mil empregos diretos.

Esse processo de transformação é impulsionado por fatores diversos, como o novo papel do consumidor e sua relação com as distribuidoras, o avanço das inovações tecnológicas e dos recursos energéticos distribuídos e os impactos das mudanças climáticas. Para discutir e alinhar soluções frente a tantos desa os, o segmento de distribuição se reuniu na 25ª edição do Sen-

Agnes Costa (Aneel): “A distribuidora do futuro não poderá se basear apenas no modelo tradicional. O contrato precisa ser capaz de acompanhar mudanças tecnológicas e de mercado que ocorrerão ao longo de 30 anos”

Elo fundamental entre a geração e o consumo, a distribuição de energia está sendo reformulada para acompanhar os avanços tecnológicos, a emergência de novos modelos regulatórios e o protagonismo crescente do consumidor. A renovação dos contratos de concessão, a abertura total do mercado e as metas de resiliência climática também estão no foco da reestruturação. Especialistas debateram oportunidades e desafios desse contexto em evento do setor.

di – Seminário Nacional de Distribuição de Energia, realizada em maio, em Belo Horizonte, MG, sob coordenação da Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica e organização da Cemig.

No centro dos debates estiveram os novos contratos de concessão e a abertura total do mercado. Especialistas destacaram que a renovação desses contratos inaugura uma nova fase no setor elétrico, com exigências mais robustas e maior foco em modernização e qualidade do serviço. Por serem compromissos de longo prazo, os contratos envolvem investimentos expressivos e demandam uma análise detalhada, não apenas nanceira, mas também estratégica e institucional.

Entre as mudanças previstas, destacam-se a ampliação da competição em serviços hoje concentrados nas distribuidoras com a abertura do mercado e o fortalecimento da escuta ao consumidor, com maior peso do Índice de Satisfação do Consumidor (IASC) na composição tarifária. “A distribuidora do futuro não poderá se basear apenas no modelo tradicional. O contrato precisa ser capaz de acompanhar mudanças tecnológicas e de mercado

que ocorrerão ao longo de 30 anos”, a rmou Agnes da Costa, diretora da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, durante painel no evento. Segundo Costa, o contrato atual é estruturado como um “combo fechado”, onde todos os serviços vêm juntos.

Glaucimara Castro / @bsfotografas

A proposta é permitir maior separação entre atividades, o que pode abrir espaço para novos negócios e agentes, desde que resguardadas questões como a indenização de ativos e os limites de competição em atividades essenciais.

Outro desa o, segundo ela, é assegurar isonomia entre distribuidoras com realidades operacionais muito distintas. “Não estamos mais em um Brasil onde o principal objetivo era levar energia a todos. Agora, é preciso tratar desigualdades com regras que garantam comparabilidade e justiça regulatória”. Nesse sentido, a nova modelagem deverá permitir ajustes conforme a realidade de cada região, com novos formatos para localidades de baixo crescimento ou maiores desaos operacionais, como disputas territoriais ou atuação de forças ilegais. Nessas situações, os custos adicionais deverão ser absorvidos pelas concessionárias ou pelos consumidores locais. “Infelizmente, não há fonte de recursos externos para subsidiar essas perdas. É um custo que será internalizado no contrato”, alertou.

Para o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, os novos contratos enviam um sinal claro de incentivo à melhoria do serviço, com reconhecimento antecipado dos investimentos, que antes só ocorria nas revisões tarifárias. “Agora, isso poderá acontecer antes da primeira revisão tarifária das empresas, o que garante mais previsibilidade ao setor”.

Outro eixo importante é a avaliação do desempenho. A aferição da qualidade do serviço não será mais feita apenas de forma global, mas também por agrupamentos especí cos, visando análises mais realistas, especialmente em contextos operacionais desa adores.

A resposta às mudanças climáticas por parte das distribuidoras também é um aspecto importante no cenário

Vitor Sarmento (Rolim Goulart

Cardoso Advogados):

“A prorrogação das concessões foi feita com a consciência de que será necessário espaço para que a regulação amadureça e acompanhe essas transformações”

de transformação. O subsecretário de assuntos econômicos e regulatórios do MME - Ministério de Minas e Energia, Gustavo Manfrim, ressaltou que os eventos climáticos extremos recentes impuseram à rede elétrica desa os de resiliência. Como resposta, as novas concessões exigirão das distribuidoras ações concretas para fortalecimento dos sistemas. O tempo de recomposição após tais eventos se tornará um indicador mensurável, com impacto direto sobre a continuidade da concessão.

Outro desa o apontado refere-se à convivência entre os novos contratos de concessão e os antigos, com estruturas e obrigações distintas. Até 2031, vencem 19 concessões que deverão ser renovadas com base em novas regras, com foco em resiliência das redes, qualidade do serviço e e ciência econômico- nanceira. Para o advogado Vitor Sarmento, que atua na área de Direito de Energia, embora essa convivência crie assimetrias operacionais e regulatórias, ela não compromete a segurança jurídica. “Cada distribuidora atua em uma área especí ca, o que mitiga riscos jurídicos advindos da coexistência de modelos”. A maior preocupação, segundo ele, é a inde nição de várias obrigações previstas nos novos contratos, cuja regulamentação ainda está pendente. “O termo aditivo remete a cláusulas que só serão detalhadas futuramente, como critérios de vulnerabilidade da rede e indicadores de satisfação do consumidor”. Para ele, o verdadeiro risco está na forma como o novo marco será implementado ao longo dos anos, e o desa o será garantir que esse novo arcabouço seja

Vitor Brito (Sergio Bermudes): “Contratos mais abertos e complexos geram questonamentos, mas isso é natural em qualquer transição regulatória”

construído de forma escalonada, clara e isonômica ao longo da execução dos contratos, que se estendem por até 30 anos. “A prorrogação das concessões foi feita com a consciência de que será necessário espaço para que a regulação amadureça e acompanhe essas transformações”, a rmou.

Vitor Brito, advogado e especialista em energia, acredita que o novo modelo inevitavelmente trará maior judicialização. “Contratos mais abertos e complexos geram questionamentos, mas isso é natural em qualquer transição regulatória”. Para ele, contratos com validade de 30 anos não podem ser rígidos. “Haja vista a longa duração, eles foram estruturados para permitir adaptações às transformações tecnológicas, sociais e econômicas ao longo do tempo”, explicou. Contudo, ele criticou a distribuição dos riscos, em especial a responsabilidade atribuída às distribuidoras em eventos climáticos extremos. “Expressões como ‘condições possíveis’ ou ‘serviço adequado’ são subjetivas e podem gerar litígios prolongados, com impactos na segurança jurídica”, alertou.

Abertura do mercado, incentvos e encargos

A abertura total do mercado também é considerada um ponto de atenção, que exigirá aprimoramentos regulatórios, operacionais e estratégicos. Com a recente publicação da Medida Provisória 1300, a pauta histórica ganha força e se aproxima da concretização. “Estamos falando de 90 milhões de unidades consumidoras que passarão

Wander Faria / @bsfotografas
Wander Faria / @bsfotografas

Reestruturação

a ter o direito de escolher de quem comprar a sua energia, com liberdade para negociar, comparar ofertas e buscar soluções alinhadas ao seu per l de consumo”, a rmou Alexandre Ramos, presidente do conselho de administração da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Para ele, nesse novo cenário, o papel das distribuidoras se fortalece como responsáveis pela qualidade e con abilidade do fornecimento.

Ramos defendeu ainda a necessidade de garantir, por meio de regulação complementar, que os consumidores que permanecerem no mercado regulado não sejam penalizados. “A sustentabilidade do setor dependerá de uma remuneração justa pelo uso da rede, da inovação e de novos modelos de prestação de serviços”.

O diretor da Abradee, Marcos Madureira, avaliou a MP 1300 como positiva no aspecto em que propõe a redistribuição dos custos entre consumidores do mercado regulado e do mercado livre. A MP estabelece que consumidores do mercado livre também participem do rateio de encargos, incluindo os relacionados às usinas nucleares de Angra 1 e 2 e aos incentivos à geração distribuída. Para ele, a proposta corrige distorções históricas que sobrecarregam os consumidores do mercado regulado. “Quem migra para o mercado livre compra energia mais barata, mas deixa encargos que acabam sendo pagos pelos que permanecem”, a rmou.

Para os especialistas, o atual cenário impõe uma re exão urgente sobre o peso tarifário dos subsídios e a necessidade de reposicionar a política pública como vetor da inovação. Para Madureira, os encargos cresceram o dobro da in ação nos últimos 15 anos, comprometendo investimentos no setor. Além disso, ele defende a reformulação da estrutura de subsídios, com foco em tecnologias emergentes.

Marcos Madureira (Abradee): “Se cada nova tecnologia trouxer benefcios apenas para um grupo, prejudicando os demais, a energia vai contnuar parecendo mais barata na teoria, mas fcando cada vez mais cara na prátca”

“Há incentivos de mais de 50 anos que já não se justi cam. Precisamos redirecionar esses recursos”, disse. “Deveríamos direcionar os incentivos para as tecnologias mais novas. Esse ponto tem sido reiteradamente colocado, pois é preciso de nir qual o sinal queremos dar para o Brasil”, ressaltou.

Além disso, ele destacou que, embora existam novas tecnologias que podem baratear e modernizar o setor elétrico, é preciso mudar a maneira como essas inovações são incentivadas. “Se cada nova tecnologia trouxer benefícios apenas para um grupo, prejudicando os demais, a energia vai continuar parecendo mais barata na teoria, mas cando cada vez mais cara na prática”, concluiu.

Angela Gomes, diretora da PSR, criticou os R$ 15 bilhões anuais em subsídios à micro e minigeração distribuída (MMGD), argumentando que “quem usa o o, precisa pagar pelo o”. Segundo Madureira, as isenções para a geração distribuída distorcem a competitividade do setor, gerando oferta desconectada da demanda real. “Muitas usinas, inclusive grandes projetos para o mercado livre, foram construídas sem qualquer correlação com o aumento do consumo”.

Madureira alertou ainda para os riscos jurídicos de usinas que não conseguem entregar a energia contratada, levando a disputas judiciais que acabam onerando o consumidor. “No m das contas, é o consumidor quem acaba pagando a conta duas vezes: primeiro pelo incentivo dado e depois pela indenização ao investidor”.

Guilherme Breder / @bsfotografas

Reestruturação

Segundo ele, é preciso romper esse ciclo. “Não dá mais para cada segmento defender apenas seu próprio interesse. Estamos caminhando para uma situação insolúvel. A Medida Provisória 1300, atualmente em discussão, acerta ao buscar corrigir distorções, principalmente entre os mercados livre e regulado”, defendeu.

Consumo

Os debates durante o evento também apontaram a necessidade de incentivar o consumo, principalmente por meio de tarifas que estimulem a demanda em horários de sobra de energia. “Sempre há um incentivo para crescer a oferta, a despeito de a demanda não estar crescendo. Isso acaba estimulando um excesso de oferta que já existe”, a rmou Reynaldo Passanezi Filho, presidente da Cemig.

Para o executivo, os data centers estão na mira como grandes consumidores de energia. Segundo ele, o segmento representa cerca de 2% da carga global, e, em 10 anos, deve atingir 6% ou 8%. “É um número gigantesco. Pelas metas de descarbonização, precisamos atrair parte disso”. Ainda de acordo com Passanezi, o Brasil oferece condições vantajosas, como energia limpa e preço competitivo. “Os poucos data centers instalados no País hoje são voltados para atender empresas brasileiras, e não para inteligência arti cial generativa, por exemplo. Temos espaço para atrair esse tipo de infraestrutura”. Ele destacou que os

Reynaldo Passanezi Filho (Cemig): “Sempre há um incentvo para crescer a oferta, a despeito de a demanda não estar crescendo. Isso acaba estmulando um excesso de oferta que já existe”

obstáculos scais, como impostos de importação sobre os equipamentos, acabam encarecendo o investimento. “Os custos das soluções tecnológicas no Brasil são muito mais altos do que em outros países, o que reduz a competitividade. Talvez exista um espaço de política pública para atrair tais data centers”, sugeriu.

Especialistas defendem políticas de incentivo para priorizar outros setores também, como mobilidade elétrica. “Se temos folga no sistema em determinados horários, por que não criar tarifas que atraiam novas demandas para esses períodos? Isso ajudaria a evitar desperdício e ainda estimularia o consumo inteligente”, disse Madureira.

A acumulação de energia — por meio de baterias ou outras soluções de armazenamento — foi apontada como chave para lidar com a oferta excedente, especialmente da energia solar, que tem picos de geração em horários de menor demanda. “É preciso usar esse recurso de forma inteligente. Acumular energia no momento de sobra e injetá-la quando o sistema mais precisa é fundamental. Para isso, precisamos de sinal tarifário adequado”, completou o diretor da Abradee.

Novas tecnologias

Outro eixo de discussão foi a transformação digital. O uso de inteligência arti cial (IA) na gestão da distribuição pode revolucionar a operação das redes, melhorando o monitoramento, a resposta à demanda e até o combate ao furto de energia, que hoje custa mais de R$ 10 bilhões por ano, de acordo com Angela Gomes. “A IA será decisiva tanto na interface com o consumidor quanto na modelagem climática, essencial para a resiliência da rede”, a rmou. Ela acrescentou ainda que as soluções técnicas precisam ser acompanhadas de novas relações comer-

Angela Gomes (PSR): “A IA será decisiva tanto na interface com o consumidor quanto na modelagem climátca, essencial para a resiliência da rede”

ciais e, sobretudo, de uma regulação adequada.

O advogado especialista em energia, Luiz Eduardo Diniz Araújo, destacou que existe um descompasso entre inovação tecnológica e o marco regulatório vigente. “O arcabouço regulatório tem di culdade de acompanhar a velocidade das transformações tecnológicas e de mercado”.

Para Sandoval Feitosa, a integração de recursos como veículos elétricos, geração fotovoltaica e armazenamento exige a digitalização das redes. Ferramentas como automação, monitoramento em tempo real e medidores inteligentes serão fundamentais. “Em um sistema com fontes renováveis e intermitentes, o conceito de flexibilidade passa a ser vital”, defendeu.

Nesse contexto, as distribuidoras assumem um papel estratégico, próximo ao de operadoras do sistema. Com a entrada de fontes descentralizadas e intermitentes, a operação da rede se tornou mais complexa e imprevisível. “O carro elétrico, por exemplo, ora consome, ora injeta energia na rede. As distribuidoras precisam gerenciar esse uxo com e ciência”, explicou Madureira.

Para ele, esse novo papel das distribuidoras de energia exige uma remuneração adequada. “Quem entrega valor, precisa ser remunerado. E quem usa, precisa pagar”, disse. “O negócio das distribuidoras é o o”, concluiu.

Pedro Costa / @bsfotografas
Pedro Costa / @bsfotografas

Transformação do setor elétrico impulsiona inovações na ExpoSendi 2025

da Redação de EM

Realizada em maio, em Belo Horizonte, MG, a 25a edição do Sendi – Seminário Nacional de Distribuição de Energia reuniu os principais agentes do setor para discutir os rumos da distribuição de energia no Brasil em meio à transição energética e à reestruturação regulatória. Organizado pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica e com a Cemig como an triã, o evento trouxe uma agenda estratégica com foco na modernização do setor, qualidade do serviço, abertura de mercado e sustentabilidade.

Cabos de alumínio

A Neocable apresentou na feira uma ampla linha de cabos elétricos de alumínio: multiplexados, singelos, nus, exíveis e protegidos por tripla camada. Os cabos nus são indicados para circuitos aéreos em redes de distribuição e transmissão, projetados para longas distâncias e condições adversas. Outro destaque foram os cabos solares para ligação de painéis fotovoltaicos em corrente contínua até 1,8 kV, que contam com dupla camada de isolamento em termo xo elastomérico, de alta resistência aos raios UV. www.neocable.com.br

Sofware

A Elipse So ware expôs o Elipse Power 6.8, que apresenta inova-

Com investimentos estimados em R$ 145 bilhões até 2028, o segmento de distribuição ocupa posição estratégica na economia, e os debates promovidos no evento reforçaram a importância de políticas públicas que incentivem a inovação e a e ciência. Neste sentido, a ExpoSendi, feira realizada paralelamente ao congresso, contou com mais de 150 empresas e apresentou soluções tecnológicas voltadas à digitalização da rede, inteligência arti cial, combate a perdas e integração de novos recursos como geração distribuída, veículos elétricos e armazenamento. A seguir, con ra algumas das soluções em destaque na exposição.

ções na análise de desempenho do sistema de proteção, detecção de distúrbios e balanço energético, além de maior velocidade de processamento. O Elipse Power Analytics, módulo focado na aplicação conjunta de técnicas de modelagem/análise elétrica com técnicas de Data Analytics, também foi destacado na exposição, assim como o Self-Healing, módulo capaz de isolar, restabelecer e aliviar cargas automaticamente em caso de faltas. www.elipse.com.br

Conectores

A KRJ destacou seu portfólio de produtos, que inclui conectores para painéis fotovoltaicos, conectores perfurantes universais para baixa e média tensão, com especial destaque ao Karp, além de soluções es-

pecí cas para a iluminação pública em LED. A empresa também mostrou seus conectores tipo cunha para ligação de consumidores e aterramento e ferramentas voltadas à instalação dos conectores. https://krj.com.br

Transformadores elétricos

A Trael mostrou na feira sua linha de transformadores de distribuição, de força e especiais. A empresa conta com

um parque fabril de mais de 77 mil m2 e atende as concessionárias de energia elétrica, segmentos industriais, comerciais e de eletri cação rural. Destaque para os transformadores para aplicação solar, com potência de 300 kVA a 3000 kVA, nas classes de tensão de até 36,2 kV, com frequência de 50 Hz ou 60 Hz; e para os transformadores especiais, como o tipo pedestal pad-mounted, feito com ligações especiais, e os subterrâneos e

Guilherme Breder/@bsfotografas

Tecnologias

os subterrâneos submersíveis, com frequência de 50 Hz ou 60 Hz.

www.trael.com.br

Analisadores

A Fluke apresentou na exposição o FEV-350, analisador de estações de carregamento de VE, que possui conformidade pelas normas IEC e integração ao so ware TruTest. Outro destaque foi o PVA-1500, traçador de curva IV, que realiza varreduras em até 9 segundos. A empresa também mostrou a câmera termográ ca para Android Fluke iSee e os testadores de isolamento Fluke 1535 e 1537

www. uke.com/pt-br

Fios e cabos

A Sulminas esteve na ExpoSendi apresentando diversos cabos de alumínio: para redes compactas, protegidos, com alma (CAA), singelos isolados de 1 kV a 38 kV e multiplexados. A empresa também fornece materiais para redes compactas,

eletroferragens galvanizadas a fogo, chaves fusíveis e chavesfaca, conectores e uma série de miscelâneas para redes de distribuição aéreas e subterrâneas até 38 kV. Ao todo, a Sulminas conta com mais de 3 mil itens disponíveis em seu portfólio e destaca que, em mais de 20 anos

de mercado, já comercializou mais de 105 mil quilômetros de cabos de alumínio de diversos tipos.

www.sulminas osecabos.com.br

Transformadores

A Itam mostrou na feira sua variada linha de transformadores. Seus principais produtos são os transformadores a óleo mono-

fásico e trifásico, os transformadores de média tensão encapsulados em epóxi a seco com IP00 ou IP21 e os transformadores de força. www.itam.com.br

Iluminação pública

A distribuidora de material elétrico Exponencial levou à exposição uma vasta linha de produtos voltados para a distribuição de energia elétrica, com destaque para iluminação pública e eletri cação rural no segmento de média e alta tensão. Seus produtos são homologados pela Cemig, o que coloca na sua lista de clientes instaladoras e empreiteiras cadastradas na concessionária mineira. No seu portfólio, destaque para os ca-

bos de média tensão, cruzetas, conectores para rede de distribuição, ferragens eletrotécnicas, dutos corrugados, para-raios, além de grampos e isoladores, entre outros produtos. www.exponencialmg.com.br

Cestas aéreas

A Embark mostrou na feira diversos tipos de cestas aéreas fabricadas pela americana Versali . A empresa também comercializa veículos chamados “todo-terreno”, produzidos pela Morooka, que são equipados com esteira de borracha, po-

dendo operar em condições úmidas, lamacentas, íngremes ou inseguras. A Embark conta ainda com máquinas de instalação e manuseio de condutores com tensão controlada, fornecidas pela Timberland. www.embark.com.br

Medidores de energia

A Nansen atua em diversas frentes: infraestrutura para recarga de veículos elétricos, plataformas de gestão, soluções smart grid, transformadores, sensores para iluminação pública, switchgear e Ring Main Unit (RMU), energia solar e baterias (BESS). Na feira, a empresa destacou seu portfólio de medidores de energia, que inclui modelos polifásicos da linha Vector; monofásicos da linha Lumen; e inteligentes da série NSXi. A empresa também fornece medi-

dores especiais, como o Nexus 1500, e o sistema de medição centralizada Garnet NS. www.nansen.com.br

Manutenção

A Solução é especializada no projeto e fabricação de ferramentas para manutenção de sistemas elétricos energizados e desenergizados nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia até 800 kV. Sua fábrica conta com laboratório próprio para realização de ensaios elétricos até 150 kV e mecânicos até 30 T. Na ExpoSendi, apresentou uma linha de produtos diversa, composta por varas e bastões de manobra, equipamentos para aterramento temporário, dispositivos para abertura de chaves (load stopping) e instrumentos de teste e detecção, entre outros. Entre seus lançamentos, estão a ferramenta automática para instalação de conectores do tipo cunha e o descascador de cabos protegidos de 5 kV a 35 kV. www.sesolucao.com.br

Materiais elétricos

Com mais de 65 mil itens em seu portifólio, a Loja Elétrica atua como um grande hub de fornecimento de produtos para os segmentos de distribuição e transmissão de energia. A empresa conta com um segmento direcionado para a gestão de

Tecnologias

compra e fornecimento de soluções às empresas de distribuição e transmissão. Segundo a Loja Elétrica, seu centro de distribuição de materiais elétricos é o maior da América Latina e funciona de forma totalmente automatizada. A empresa fornece diversos tipos de produtos: para-raios, isoladores, transformadores, componentes para aterramento, conectores, emendas, terminais, eletroferragens, condutores e cordoalhas para redes aéreas e subterrâneas, acessórios desconectáveis, etc. www.lojaeletrica.com.br

Terminações termorretráteis

gama de produtos: afastadores (braço tipo L, de armação secundária); braços (afastador horizontal, tipo C, tipo L 15 E 35 kV, de iluminação pública), cantoneiras; hastes de aterramento; suportes (circular, de escada, L para cruzeta, poste de madeira, retangular, T, Z, isolador pilar vertical, etc.); mãos francesas; além de uma série de pinos e parafusos, entre outros equipamentos.

www.marvitec.com.br

Cabos

longevidade. Tem grau de proteção IP65 e opera em ampla faixa de temperatura, de -40º C a + 70º C. É projetado para resistir a atividades sísmicas de até 8 graus na escala Richter. https://en.wasion.com

dores de sistema de aterramento; e a MedCap, para análise de bancos de capacitores. www.montrel.com.br

Qualidade da energia

O analisador de qualidade de energia classe A PowerNET Godel PQA-900 G5, com oscilogra a contínua, exposto na feira pela IMS, permite acesso às formas de onda de tensão e corrente continuamente. Pode ser

A chinesa Cotran apresentou na exposição sua linha de materiais poliméricos. A empresa fornece terminações termorretráteis (10-36 kV), que atendem parâmetros de normas internacionais de cabos e acessórios para cabos, projetadas para um e três núcleos extrudados UA, SWA/STA, CWS/CTW. Destaque também para a ampla linha de tas, como à prova de fogo, à prova d’água, de vinil, de PVC, de armadura e as malhas de blindagem de metal, entre outros produtos. www.cotranglobal.com

Ferragens eletrotécnicas

A Marvitec, que atua na produção de ferragens eletrotécnicas para redes de distribuição de energia, mostrou na feira uma

A Alubar marcou presença na feira com seu mix de produtos voltados à transmissão e distribuição de energia e energias renováveis. A linha AlTec é composta por cabos nus, utilizados em linhas de transmissão, cabos de alumínio cobertos e mutiplexados, aplicados em redes aéreas compactas de distribuição em regiões urbanas e arborizadas. A empresa tem foco também na energia renovável, fornecendo condutores de média tensão para circuitos de entrada/distribuição de energia e circuitos de alimentação e distribuição de subestações. www.alubar.net.br

Religador automátco

A Wasion América/WE levou à ExpoSendi o religador automático WE & controle WSDT. O equipamento possui design modular, o que permite adaptabilidade a diferentes tipos de projetos. Segundo a empresa, a tecnologia de interrupção a vácuo, combinada com isolamento sólido, proporciona e ciente desempenho de interrupção e

Analisador de desvio de energia

A Montrel Tecnologia expôs sua linha ADR, composta por analisadores de desvio de registro de energia, que são utilizados por distribuidoras de energia para veri cação do funcionamento dos medidores dos seus clientes, diretamente na unidade consumidora. São equipamen-

tos portáteis, com seis modelos diferentes, que oferecem uma gama de funcionalidades, como conexão wireless, medição via clamps (TCs), produção de grácos e tabelas, além de permitir testes em carga controlada sem interromper o fornecimento de energia. A empresa conta também com outras três linhas de produtos: a MCM, de cargas arti ciais; a AMT600, de analisa-

aplicado para geração de relatórios de conformidade com base no Prodist, detecção de fugas de corrente de neutro, estudos de e ciência energética com medição de potência, identi cação de distúrbios nas redes, etc. www.ims.ind.br

Chaves de aferição

A Konecty mostrou na exposição as chaves de aferição da linha KEY, que conta com modelos de sobrepor (S) e em-

butir (E). O modelo KEY-S proporciona, na posição aberta, o isolamento elétrico para ligação, reparo ou monitoramento de equipamentos. Na posição fechada, mantém o funcionamento e continuidade dos circuitos elétricos. www.konecty.com.br

Chave religadora

A Maurizio esteve na exposição com um amplo catálogo de

equipamentos para distribuição. A empresa destacou sua chave religadora polimérica tipo MZRP, desenvolvida para operar em redes de distribuição nas tensões de 15 kV, 27 kV e 38 kV. Segundo a Maurizio, os isoladores são fabricados com um núcleo de resina epóxi com bra de vidro, envolto em composto de borracha de silicone, o que propicia um peso inferior e distância de escoamento superior ao dos isoladores de porcelana.

https://maurizio.com.br

Corte de condutores

A Solvere Brasil apresentou na ExpoSendi seus cortadores de condutores elétricos aéreos de baixa e média tensão, com até 50 mm XLPE ou 12 mm2. Segundo a empresa, o equipamento é totalmente isolado, sem partes móveis aparentes, e possui sistema de arma-

zenamento de força que evita a eletroerosão das lâminas. Conta com acionamento manual, que, de acordo com a companhia, reduz o esforço e permite operação segura a partir do solo.

www.solverebrasil.com.br

Monitoramento de buchas isolantes

A PS Soluções mostrou no evento o sistema Fractive 4.0, que, além de realizar os tradicionais testes de corrente de fuga, detecta alterações estruturais antes que ocorram perdas dielétricas. Segundo a empresa, o Fractive é o primeiro equipamento do gênero a aplicar a técnica de análise de resposta em frequência

Nascemos com a experiência do fundador, com mais de 20 anos no mercado de xação, atuando nas linhas de xação não roscáveis (anéis elásticos e retenção, arruelas lisas, dentadas, de pressão, estriadas, cupilhas etc.); na linha de xação roscáveis (parafusos, porcas, prisioneiros etc.) e na linha de vedação (orings, cordões orings, gaxetas, raspadores etc.) com produtos normalizados e/ou especiais.

Empresa certi cada ISO 9001:2015 desde Setembro de 2022, temos um processo de qualidade robusto, para os mais altos níveis de necessidade, com uma equipe apta e treinada. Dispomos de diversos equipamentos para garantia de qualidade de nossos processos e produtos. Fornecemos uma linha extensa de produtos aplicando sistema de Lean manufacturing, Kanban, V.M.I e componentes em kits.

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Tel. +55 11 5625-2656 Cel. +55 11 94524-5204 atendimento@ xscrew.com.br

Tecnologias

(FRA) de forma online no monitoramento de buchas isolantes. O aparelho apresenta faixa de frequência de 1 kHZ a 10 MHz, e trabalha em conjunto com a plataforma Preditor, um so ware de gerenciamento e análise de dados, utilizado para cadastro de ativos, coleta de sinais, acompanhamento de curvas de tendência e geração automatizada de relatórios, entre outras funções. www.pssolucoes.com.br

Óleo ecológico

Como alternativa aos óleos minerais para transformadores, os óleos vegetais têm se tornado uma realidade global em função de fatores como sustentabilidade, melhor classe térmica, etc. A Biovolt apresentou na feira o uido Biovolt à base de éster natural de recursos naturais e matérias-primas renováveis, o

que o classi ca como atóxico e biodegradável. Segundo a empresa, a solução possui 16 vezes mais saturação de água, o que contribui para reduzir a taxa de envelhecimento. Outra vantagem destacada pela companhia é a classi cação K, de resistência ao fogo, o que proporciona redução de riscos de incêndio nos transformadores. www.biovolt.com.br

Sistema de vigilância

A Dahua Technology, que participou da ExpoSendi em parceria com a Connectoway, demonstrou uma solução que

inclui proteção perimetral e de ativos com câmeras térmicas e radares, telas interativas e switches industriais (que suportam altas temperaturas). No estande da empresa, também foram apresentados casos de sucesso nacionais e internacionais, com destaque para o da Usina Hidrelétrica de Itaipu, onde é feito o monitoramento térmico da casa de válvulas e do perímetro de usinas fotovoltaicas, utilizando radar, câmeras PTZ e térmicas perimetrais. www.dahuasecurity.com/br

Análise e testes

Focada na produção de equipamentos de inspeção e scalização, a Comercial Gonçalves mira o setor de combates a fraudes e perdas de receita nas redes de energia. Fornece uma série de alicates amperímetros digitais, além de sondas de -

bra ótica com monitor, entre outros produtos. Os equipamentos da linha Powermaster são utilizados pelas concessionárias para fazer análises e realizar testes na rede, procurando detectar desvios e erros na instalação. Há modelos que podem fazer diagnósticos no local. O portfólio da companhia conta também com registradores de corrente e medidores de corrente de redes primárias, como o Ampstik Plus www.comercialgoncalves.com.br

Ferramentas

A Restart mostrou em seu estande equipamentos de segu-

rança e ferramentas para o setor elétrico. Destacou o aplicador de conector cunha para chave de impacto ½ ReSafe, que tem o objetivo de tornar a aplicação mais rápida, segura e e ciente, automatizando um trabalho antes feito manualmente. Outra solução exposta foi o cabeçote prensa terminal de compressão. A Restart possui também uma grande linha de mantas isolantes e ferramentas isoladas, como ponteiras, suportes para condutores, chaves de fenda e alicates, entre outros produtos. www.restartbrasil.com

Infraestrutura para subestações

A Brametal esteve na ExpoSendi com um catálogo de estruturas metálicas para distribuição, transmissão e geração de energia. Um dos destaques foram as torres treliçadas para linhas de transmissão e subestações, com pré-montagem de protótipo para validação de estrutura e teste de carga na escala real do projeto. A empresa também atua no segmento de subestações, fornecendo produtos para todas as classes de tensão e consultoria técnica durante a execução do projeto, e fornece postes monotubulares, com opções de fundação engastada ou chumbada. www.brametal.com.br

produtos é o conector automático com sistema de abas centrais (pop-up) indicadoras de nalização de conexão e pasta interna antioxidante. Segunda a empresa, o produto suporta no mínimo 95% da tensão de ruptura do cabo, conta com código de cor para correta identi cação e com pasta antioxidante no contato garra/ condutor para anticorrosão. www.macleandobrasil.com

Cabos

A Induscabos mostrou na ExpoSendi o cabo Epronax Slim 105 (3,6/6 kV a 20/35 kV) Construído com condutores de cobre eletrolítico nu, têmpera mole, encordoado circular compactado (classe 2), o produto possui blindagem elaborada com um material termo xo semicondutor e a isolação é um composto termo xo de borracha EPR 105 0C. Segundo a empresa, a tecnologia utilizada na fabricação do Epronax proporciona uma alternativa técnica e econômica para os circuitos de entrada e/ou distribuição de prédios residenciais, industriais e subestações, etc. O cabo pode ser instalado ao ar livre, em eletrodutos, canaletas, bandejas ou diretamente enterrados.

www.induscabos.com.br

Emendas automátcas

A MacLean mostrou em seu estande suas emendas automáticas para condutores de alumínio. Um de seus principais

Equipamento de teste

A Conprove levou à feira seus equipamentos de teste primário e secundário, com destaque para o CE-7012. O equipamento tem seis canais de tensão dis-

CABINES PRIMÁRIAS

Soluções completas em proteção, controle e monitoramento de subestações.

Vendas

Tecnologias

poníveis (até 300 V por canal) e seis canais de corrente (até 50 A por canal), além de geração monofásica de até 300 A e 2 kV. No nível primário (equipamentos de pátio), faz medições de TTR monofásico e trifásico, Burden, resistência de enrolamento, resistência de contato, entre outros parâmetros. No nível secundário, segundo a empresa, trabalha com todos os IEDs do mercado e todas as funções de proteção. Realiza testes dinâmicos com reprodução de arquivos ATP e Comtrade e processamento digital de sinais para criação de formas de onda de até 3 kHZ. www.conprove.com

Equipamentos de proteção

Com seu principal foco de atuação nos equipamentos de proteção, a Leal apresentou produtos de trabalho em eletricidade, EPIs, ferramentas pro ssionais em geral, etc. A empresa fornece coberturas protetoras para cabo nu,

lençóis isolantes classes 0 a 4, coberturas exíveis e rígidas, luvas isolantes, mangas isolantes, varas de manobra, jumpers temporários, detectores de tensão, ferramentas isoladas, multímetros, amperímetros, dispositivos de abertura em carga, etc.

www.leal.com.br

Projetos

A Ultra Energia divulgou seus serviços de construção e reforma para concessionárias de energia, subestações, empresas de energia renovável e instalações comerciais

e industriais em geral. Destacam-se os serviços destinados às concessionárias de energia, como elaboração de projetos, construção, reforma e desmontagens, linha viva e projetos de combate de perdas. Para subestações, além de projeto, construção e ampliação, a empresa faz também manutenção civil e eletromecânica, comissionamento e realização de ensaios e testes. www.grupoultraengenharia.com.br

Polímeros

A Vicentinos apresentou na feira seus acessórios poliméricos para aplicação em redes elétricas de distribuição de 15 kV a 35 kV e redes BT. O portfólio de produtos inclui isoladores de pino polimérico, isoladores híbridos, isoladores de pilar polimérico, isoladores de ancoragem poliméricos, isoladores roldana poliméricos, suportes roldanas, espaçadores e diversos tipos de coberturas. A fabricante também produz postes, cruzetas e caixas para medidores. www.vicentinos.com.br

Logístca reversa

pela NLR nesse processo de logística reversa estão: transformadores, postes, cruzetas, cabos, isoladores e eletroferragens em geral.

www.novareversa.com.br

Cesta artculada

A Next apresentou sua cesta área articulada isolada Skycity 10S. O equipamento é fabricado em bra de vidro, tem liner isolante em polietileno, e pode ser comandado pela torre ou pela caçamba. Possui bomba manual de emergência e sistema basculante para limpeza e resgate de acionamento hidráulico. Segundo a empresa, o Skycity 10S é quali cado para trabalhar com tensões de até 46 kV (categoria C) e os braços do equipamento, do tipo side by side, baixam o centro de gravidade do conjunto, favorecendo a dirigibilidade. A altura máxima de trabalho é de 10 metros e o alcance horizontal é de 4 metros. www.nextimplementos.com.br

Infraestrutura

A NLR presta serviços de logística reversa para concessionárias de energia elétrica. Segundo a empresa, a objetivo é oferecer soluções sustentáveis para os materiais que saem das linhas de energia, desde o transporte dos materiais inservíveis até a sua destinação nal, o que pode englobar a desmontagem e venda de componentes, reformas e tratamentos especí cos das peças, além de descarte ambientalmente adequado. Entre os equipamentos processados

A Remo Engenharia mostrou na feira seu portfólio de serviços. A empresa atua na construção de redes de distribuição de até 34,5 kV, tanto aéreas quanto subterrâneas. Realiza também manutenção em linha viva; recuperação de energia, inspeção e perdas; serviço técnico-comercial; poda e faixa;

sistema de medição inteligente; aplicação de IA para gestão de produção; etc. www.remo.com.br

Consultoria e fabricação

A Metrum expôs soluções de medição, gestão e automação de energia. A empresa oferece consultoria energética, estudos elétricos e elaboração de projetos. Também atua na implantação de sistemas de medição de faturamento de energia e de energia setorial, automação predial, sistemas de proteção, controle e supervisão de subestações, etc. Fabrica aparelhos de medição e testes, e revende algumas marcas de medidores eletrônicos de energia, calibradores, equipamentos de termogra a, etc. A Metrum faz ainda assessoria energética, manutenção e gestão de ativos, entre outros serviços. www.memt.com.br

Soluções IOT

Com soluções baseadas em IOT, a Zaruc trabalha com sofwares e projetos para automação e modernização de serviços no sistema elétrico. O objetivo é criar uma rede de equipamentos capaz de realizar tarefas de maneira autônoma, como a coleta e análise de dados provenientes dos medidores de energia. O so ware PLM, segundo a empresa, é capaz de fazer coleta de dados, envio de informações e gerenciamento, tudo num único app. Também permite a realização de corte e religamento

de medidores inteligentes, testes em remotas de outros fabricantes e leitura da saída de usuários dos medidores. www.zaruc.com.br

Telemedição

A SSE Gridtech apresentou os equipamentos REM.1000 e REM 1000E , voltados para a leitura e parametrização de medidores de energia. Segundo a fabricante, o aparelho é compatível com os sistemas de telemedição

das principais concessionárias do país e permite a transmissão automatizada de dados, como informações de faturamento, alarmes e eventos em geral. A comunicação é feita via rede celular (REM.1000) ou via satélite (RE.1000E ). www.ssegridtech.com

Detectores de tensão

A STEE mostrou na feira seus detectores de tensão e testadores de cordas isolantes, com destaque para o MDTC SB, um detector portátil de tensão por contato, que opera na faixa de tensão de 50 V a 1000 V. Segundo a empresa, o aparelho é fabricado com tecnologia

microprocessada e não permite intervenção de ajuste pelo usuário. Já o TCB-01, também portátil, é utilizado para veri car a condição de isolamento de varas de manobra e bastões com diâmetro de 25 mm a 51 mm, e de cordas isolantes com diâmetro de 8 mm a 19 mm. O teste equivale à aplicação de tensão de 100 kV, confor-

me as normas IEC 62192 e ASTM F711. www.steeletronica.com.br

Isolador polimérico

A VGrow expôs uma linha ampla de para-raios, isoladores, cabos, ferragens e acessórios para linhas de transmissão. Destaque para o isolador polimérico de núcleo oco, utilizado em para-raios, disjuntores, capacitores e vários tipos de transformadores. Trabalha com tensão nominal de 11 kV a 800 kV e carga mecânica de exão (SCL) de 4 kN a 25 kN. O tubo é confeccionado em bra de vidro e núcleo de porcelana. www.vgrow.com.br

Manutenção de usinas solares: custo ou estratégia?

Nos últimos anos, houve forte crescimento da construção de usinas solares de MMGD (micro e minigeração distribuída), as quais, na maioria, são de:

• autoprodução local, com o ativo de propriedade do consumidor de energia;

• autoprodução remota, com o ativo de propriedade do consumidor de energia; ou

• autoprodução remota, com o ativo de propriedade de terceiros, sendo locada para o consumidor de energia.

Quando o dono do ativo é o próprio consumidor de energia, além do aspectonanceiro (retorno do investimento), a segurança energética é um diferencial que pesa na decisão de investimento. No entanto, para ativos que serão locados, a lógica é totalmente do retorno do investimento. Em ambos os casos, a geração de energia efetivamente entregue ao consumidor deve ser igual ou maior que a projetada na fase de análise do investimento.

Uma simulação correta, com as premissas e modelagens certas, aliadas a projeto, execução e equipamentos adequados ajudarão a atingir o ROI (retorno sobre o investimento).

Entre a decisão de investir e a usina estar operacional, há um intervalo de 2 a 3 anos. O ativo deve performar, pelo menos, 25 anos. Ou seja, manter o ativo é mais relevante do que construí-lo para o retorno nanceiro.

de soluções que não são inteligentes, e uma delas é não investir em soluções de monitoramento da usina.

Raras são as falhas que não podem ser diagnosticadas com antecedência se houver dados, e se esses forem analisados corretamente. E estou falando apenas de análise simples, sem o uso de IA. O tal do básico bem-feito.

As usinas estão prontas. E os problemas

também...

Com os ativos prontos, não há mais o que falar das falhas anteriores e o que poderia ter sido melhor. Mas os problemas acontecem. Os mais comuns são:

• inversores com alarmes e fora de operação;

• cabos com baixa resistência de isolamento;

• strings sem tensão;

• transformadores com sobretemperatura;

• t ransformadores/skids que incendeiam;

• relés de proteção de MT com desarmes recorrentes; e

• vegetação alta, provocando sombreamentos.

Em muitas usinas, inclusive de empresas proprietárias de muitos ativos, esses problemas não estão sendo diagnosticados preliminarmente, principalmente pela falta de informações ou, como eu gosto de chamar, por serem usinas cegas.

o de energia gerada pelo inversor. Em usinas maiores, isso não deveria ser suciente.

As usinas normalmente não têm operadores na planta e muitas vezes estão localizadas em locais remotos. Informações e a possibilidade de ação remota reduzem muito o tempo de usina parada.

A seguir, são listados os itens principais que devem estar presentes em uma usina de minigeração:

1) Internet

Parece ridículo começar por isso, mas muitas usinas estão em locais remotos, onde não há sinal de telefonia e internet. Nesses casos, podem ser utilizados provedores de acesso locais ou soluções via satélite, como Starlink. A boa prática seria de nir isso na etapa de desenvolvimento e garantir a disponibilidade de internet antes da conexão da usina. Mas é bastante comum as usinas serem inauguradas sem internet e/ou sem automação. Com isso, o período inicial de funcionamento — crucial para ajustes e correções — ca sem nenhuma informação, impedindo a análise e a tomada de decisões.

2)

Comunicação entre os inversores

Na ânsia de maximizar as taxas de retorno, existe uma luta para redução do Capex da usina. Isso é do jogo, mas o mercado tem optado por uma série

Monitoramento, supervisão e controle

Em usinas pequenas, de telhado, é comum que o único monitoramento seja

Plantas de minigeração maiores que 250 kW costumam possuir mais de um inversor. Tais equipamentos podem ser monitorados um a um, pela plataforma do fabricante, se tiverem acesso à internet, ou podem ser todos interligados e se comunicarem com um logger, que enviará os dados para a plataforma de monitoramento escolhida. O uso do logger permite mais recursos, bem como comunicações com outros equipamentos. Por isso, entendo mandató-

Capex vs. Opex

EM Profssionais

rio o uso de loggers, e não apenas o monitoramento/portal do fabricante dos inversores.

3)

Estação solarimétrica

Uma das piores economias é não utilizar estação solarimétrica nas usinas. É difícil determinar a potência mínima que justi ca a estação, mas diria que é obrigatório a partir de 1000 kW de inversor e recomendável a partir de 500 kW. Essa estação precisará ser monitorada a distância e, a partir dos seus resultados, é possível veri car se a performance está dentro do esperado, analisar se as condições meteorológicas encontradas estão muito diferentes das simulações realizadas, dentre outras coisas.

4) Status do disjuntor geral de baixa tensão

Os quadros gerais das usinas (QGBT) de maior porte costumam ter disjuntores gerais de 1000 A ou superiores, muitas vezes carcaça aberta e com motorização ou opção de motorização. Frente ao custo da usina, a disponibilidade de contatos NA+NF e de motorização são um custo pequeno pelas vantagens e versatilidades. Mesmo sem um sistema de automação e operação remota, os contatos NA e NF permitem o monitoramento dos status do disjuntor.

Quando há falta de Vca nos inversores, não sabemos se falta energia da concessionária, se houve abertura dos relés de MT ou se o disjuntor de BT atuou. Apenas o monitoramento do status do disjuntor oferece avanço no atendimento. Se soubermos que o disjuntor de BT atuou, o pro ssional a ser deslocado não

precisa, necessariamente, ter conhecimento em MT. Ou seja, pode-se ter uma operação mais inteligente.

5) Relés dos transformadores

Nas usinas fotovoltaicas, são utilizados transformadores a óleo ou a seco.

Os transformadores a óleo podem ter sensores/relés de temperatura do óleo e relé Bucholz. Esses relés podem atuar no disjuntor de MT ou de BT, dependendo do projeto, mas o mais comum é que atuem no disjuntor de BT. Se eles atuam e são monitorados, é possível fazer cenários para essa ocorrência. Sendo assim, a equipe que fará o primeiro atendimento já terá um plano de ação/inspeção prédeterminado antes de chegar na usina.

Nos transformadores a seco, há o relé de temperatura dos enrolamentos. Esses relés normalmente têm dois estágios, sendo um alarme e o outro trip; nos casos de ventilação forçada, fornecem sinal para energização dos exaustores/ventiladores.

O acompanhamento diário da temperatura vs. curva de geração permite identicar precocemente problemas no transformador e possíveis perdas de vida útil.

Esse relé normalmente atua no disjuntor geral de baixa tensão, mas é muito comum que não seja conectado pela equipe de obras.

6) Ventladores dos transformadores

Particularmente, não gosto de transformadores a seco com grau de proteção IP-54 e uso de ventilação forçada. Acho

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profssionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profssisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profssionais”.

uma decisão péssima ter um equipamento que, em caso de falha, inutiliza toda ou boa parte da usina, dependendo de exautores e ventiladores.

Mas sou minoria nessa opinião. Por ser crítico, entendo que, em caso de adoção desse tipo de solução, o funcionamento dos ventiladores/exaustores deve ser monitorado.

7) Relés de média tensão

Esse é um ponto crítico. Muitas usinas têm atuado por sobre e subtensão, e a ação do operador em caso da atuação das funções 59/59N e 27 é bem distinta da que deve ser tomada em caso de atuação da função 50, por exemplo.

Em função de repetidas atuações por tensão (sobre ou sub), a tendência é, ao longo do tempo, não realizar as análises necessárias. Porém, muitas vezes o responsável pelo primeiro atendimento em usinas remotas não é um pro ssional quali cado, que saiba veri car a função que gerou o trip e o que fazer. A comunicação remota do relé permite que o Centro de Operações veri que antecipadamente o problema, sendo possível instruir a equipe de campo. Isso pode preservar o patrimônio e salvar vidas.

Conclusão

Com as usinas em operação, os problemas aparecem. E a operação e a manutenção são um item estratégico. O integrador que dominar O&M com inteligência embarcada e análise de dados sairá na frente. Não é mais sobre vender módulos, e sim entregar performance. Quem entender isso, vai liderar o setor nos próximos 10 anos. E olha que nem considerei o uso de IA nisso tudo.

Até a próxima edição.

Sobra energia, falta potência

Paulo Ludmer, colunista de EM , faz aqui um relato do que de mais importante viu no Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico 2025 (junho, Rio de Janeiro): ineficiência de políticas setoriais e públicas; carência de hidrelétricas e, portanto, de potência; curtailment ; política climática; reindustrialização na transição energética; hidrogênio verde; armazenamento de energia e vários outros temas.

Uma das mais consistentes metáforas abrangendo o setor elétrico nacional, nos dias que correm, veio trazida a este Enase pelo presidente da Abrace Energia (associação de grandes consumidores de energia que agora incorpora os consumidores livres), Paulo Pedrosa: “Estamos nos afastando no micro e no macro da prudência. Cada um de nós arbitrando contra a ine ciência das políticas e do merca-

do. O setor elétrico e as políticas públicas empurram ou encurralam as indústrias grandes consumidoras para realizar o máximo em casa e para se moverem blindadas, como os automóveis nas ruas.”

É um paralelo ao cidadão no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Em tradução livre, o grande consumidor deve correr para a autoprodução de sua energia (em casa) e assegurar por si sua segurança (contra subsídios, tributos, encargos, cada vez maiores). Neste momento, Xisto Vieira, da Abraget (geradores térmicos), questionou Pedrosa, que de imediato o contradisse: “Preciso de suas térmicas, que me reforçam a segurança, até o momento em que eu não possa pagá-las e sair de cena”. Na la dos subsídios, mormente via o encargo na fatura da energia, a CDE – contribuição ao desenvolvimento econômico, estão o lixo e os resíduos urbanos

dirigidos à geração de energia elétrica, entre outros.

O consumidor de energia não suporta mais, está no limite, no papel de substituto das obrigações do Tesouro Nacional em políticas públicas. Em baixa tensão, metade da fatura são tributos e encargos.

Enase 2025: três “ilhas” de conhecimento, cada uma com seus painéis específcos
Paulo Pedrosa, da Abrace: “preciso de térmicas até o momento em que eu não possa pagá-las” Túlio Thomé/Enase
Túlio Thomé/Enase
Xisto Vieira Filho, da Abraget: robustez do sistema depende de máquinas síncronas, hoje um desafo
Túlio Thomé/Enase

Enase

Evolução do Enase e do setor elétrico

Impressões pessoais de quem viu o Enase nascer e não perdeu uma das 25 edições

O que dizer ao nal do Enase, em junho no Rio de Janeiro, uma vez celebrado seu quarto de século?

No início dos anos 2000, o jovem jornalista Rodrigo Ferreira, criador do nascente Canal Energia, me procurou na avenida Paulista, sede então da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia) pedindo minha opinião e apoio para a realização do I Encontro. Ali juntamos várias entidades de classe que logo toparam. Algumas eram industriais: Abiquim (química), Abiclor (cloro e soda) e Abal (alumínio).

Ferreira, menino na época, talentoso e empreendedor, educou-se numa casa frequentada por ícones eletricitários - Celso Ferreira, Furnas; Mário Santos, Chesf; Dr. Brito, Eletrobras; Luiz Alquéres, Light; Antonio Tatit Hotlz, governo; Getulio Lamartine, DNAEE; João Cotrim, Eletrobras; Mário Behring, Eletrobras; Xisto Vieira, Cetrel; e dezenas de outros. Do lado do governo, estatais, DNAEE, CNP; do lado consumidor, a isolada Abrace e o Procom; do lado da oferta, a ABCE do Nelson Vieira Barreira. Vale dizer, o setor veio se despedaçando em dezenas de vozes que se enfraqueceram perante o Poder Concedente. Se isso convinha a Brasília, também a prejudicava, pois uma das nalidades sociais das entidades de classe é organizar a interlocução con ável governo-sociedade.

O Enase começou em São Paulo, nas instalações do Instituto Incor das Clínicas. E só fez crescer. Deslocou-se para o Rio de Janeiro, onde compareciam ministros e presidentes dos principais entes e empresas do setor e dos governos. Na sessão inaugural se anunciavam medidas rele-

Nos diálogos, cou claro que é real o risco de falta de potência no setor elétrico brasileiro. Faz seis anos que o item é trazido no Enase, e pelo menos por mais cinco deve sobreviver. O desa o é desmontar o modelo do setor elétrico e inová-lo. E o Brasil não tem planos estratégicos e tecnológicos para isso. Parece cção, mas é real, falta potência na ponta em alguns locais do País e sobra energia, em outras paragens, daí o curtailment (corte na geração por falhas técnicas de transmissão, falta de carga e excesso de oferta).

Paulo Ludmer

vantes para o momento presente e para o futuro do setor. Dezenas de frequentadores contavam com novidades. Além disso, os encontros nos intervalos do cafezinho eram valiosos para os participantes (e continuam até hoje).

O Enase cresceu fortemente. E valorizou-se. Para assisti-lo, presencialmente, o interessado desembolsa milhares de Reais pelo convite, mais hotel, mobilidade aérea e terrestre, além de refeições (noturnas). Muitos gastam perto de dez mil Reais para comparecer. Hoje recebem ao nal um texto que posso chamar de cartilha para o desenvolvimento do setor.

Não foi por menos que o UBM (antigos IIR e IBC, hoje informa Markets) comprou o Canal Energia do Rodrigo Ferreira (hoje presidente da Abraceel, de comercializadores de energia), seja por que o Canal é a praça favorita onde o setor elétrico conversa (milhares de visitações), seja porque outras realizações do Canal Energia, semelhantes ao Enase, também têm crescente sucesso.

A logística do evento veio sendo enormemente melhorada pelo novo controlador. Os relatos diários produzidos e enviados a cada participante são ótimos. Milhares de pessoas presenciaram ou o acompanharam pela internet. Mas nem tudo é só bom. Poucos ministros e primeiro escalão estatal, em relação ao passado, vieram. Não houve informes robustos para o devir, porém os parâmetros conhecidos para decisão foram bastante discutidos e examinados pelos apresentadores.

Como prêmio de consolação, valeu a discussão daquilo que está em curso, que embasa o futuro, desenvolvido pelas mesas distribuídas em po-

Xisto Vieira, com propriedade, discorreu sobre a complexidade de operar o sistema (diante das usinas solar e eólica intermitentes). A segurança é hidrotérmica. Sua robustez exige máquinas síncronas a colaborar com a estabilidade do sistema, hoje um desa o. Em cinco anos ingressaram no sistema 41 GW de usinas eólicas e solares, enquanto a expansão das hidrelétricas cou aquém das necessidades. Nessa seara há usinas não despacháveis e curtailments

En m, na solene abertura, entre palavras que as brisas carregam, estiveram

lítica, mercado e inovação. Esmiuçaram-se de modo inédito muitas questões de todas as naturezas. Desta vez, até salas limitadas para conversas mais extrovertidas, mais francas e aprofundadas, puderam ser usufruídas pelos inscritos. Consultei alguns presentes que se revezavam: uns chegavam outros antecipavam a saída. Nenhum discordou da minha percepção. Renovo que a idade média dos presentes caiu bastante, situando-se entre 40 e 50 anos de idade. Portanto o Enase também valeu porque ensina, educa.

As mais diversas mesas acolheram muitos oradores, com pouco tempo para falar (houve muito menos power points), fato este que ditou narrativas que tinham perfume de super cialidade, fossem ou não fossem. O interesse do UBM determinou a escolha de várias pessoas e temas, fato que não escapou ao radar de frequentadores mais antigos. É consenso que não existe almoço grátis.

Considerando que o Canal Energia dos tempos do Ferreira era uma empresa jornalística por excelência, sofrendo ou não alguma vulnerabilidade a lobbies, o portal suportava algum viés humano inevitável de quem tem lado nas discussões. Mas, pode-se dizer que nas mãos do UBM, justo ou injusto, o marketing do patrocinador ressurge mais explícito.

Na véspera do Enase, houve reuniões em Brasília e no Rio de Janeiro. No Planalto obrigaramse a comparecer nomes importantes desfalcados no programa do dia seguinte. No Rio, uma reunião mais restrita de experts em energia, na própria Barra da Tijuca, também roubou frequentadores do UBM.

os sonhos e peculiaridades do Brasil, somavam-se inclusão, justiça, igualdade para todos os extratos da sociedade, uma cartilha de transição energética da Luz e do Bem.

Em geopolítica global, diante da fragmentação, debilidade do multilateralismo, o País pode vir a oferecer produtos industriais a partir de energia limpa, dependendo de regulamentação e de políticas por ora no universo do sonho. Mas o Congresso Nacional não faz ideia disso. Os partidos políticos, menos ainda.

Enase

Em política climática, surgiu a ideia de revisão dos subsídios e revisão do mercado com novos mecanismos para valorizar cada fonte. Uma novidade foi o apoio ao aproveitamento dos resíduos urbanos, entre outras mitigações do que está por vir.

Tratando de reindustrialização na transição energética, lembrou-se dos datas centers, do hidrogênio verde, sendo o grande destaque a Arcelor Mittal (que absorve 846 MW médios), que reduz suas emissões em 45%, desenvolve um vergalhão de aço verde usando sucata e energia renovável, além de reuso de gases em energia elétrica.

Esta mesa climática recomendou planejamento (respeitado), incremental ao tempo de longo prazo, revisão de subsídios, incentivos equilibrados e descentralização da carga. Crítica ao imediatismo, fundada em historicidade.

O Enase pelo menos deu aos partidos políticos uma plataforma relevante do que poderiam abraçar. Indica que a descarbonização não seja um m em si, pede governança e entendimento multissetorial.

Por sua vez, o hidrogênio verde (70% do seu custo vem da energia elétrica) pode ser relevante no futuro do Brasil mas, como quase tudo aqui, depende de políticas públicas e harmonização de interesses com setores privados. Mercados como Japão, Coreia do Sul e Europa, atendidos por navios de metanol e amônia, são enormes janelas de oportunidade. Se o Brasil não zer bobagem, atinge rapidamente competitividade mundial.

Hoje fertilizantes, química e re no de petróleo podem empregar imediatamente o hidrogênio verde; logo virão siderurgia, transporte e mineração. Mas, um operador requer formação de no mínimo dois anos. A elevação da produção

brasileira está prevista para 2029, apesar de a produção de equipamentos ser pequena diante da demanda desenhada.

No concernente a armazenamento, o encontro otimizou a transmissão: despacha-se quando no sistema o kWh está caro e guarda-se nos intervalos de energia barata no sistema, oferecese potência na hora de pico se preciso e controle de tensão e frequência. Mas falta regulação, há 70% de impostos na importação, faltam remuneração adequada e sinais econômicos claros.

Sugerem-se três modelagens para as baterias: empilhamento nas receitas de geração, receitas pré- rmadas na transmissão e ditadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A ISA, no sul de São Paulo, já usa 30 MW. Urge, segundo os presentes no Enase, um leilão para baterias, velozmente. O mercado de baterias no ano passado alcançou US$ 52 bilhões, enquanto aqui estamos com a con abilidade ameaçada, diz Xisto Vieira.

Em termos de matriz energética, a Medida Provisória 1300 (que deve sofrer modi cações por parlamentares) indica gratuidade para consumo da baixa renda, mecanismos para equacionar o GSF (perdas e ganhos dos geradores hidrelétricos) e redistribuição de subsídios. Há que valorizar as hidrelétricas e seu novo papel de provedor de exibilidade, estabilizador de frequência e ponta, fazendo rampas de até 45 GW para compensar a intermitência solar e eólica. Tornam-se assim baterias naturais do sistema. Recomenda-se adicionalmente o aproveitamento de 14 GW de pequenas centrais hidrelétricas.

Nos próximos dois anos muitos consumidores poderão adotar a liberdade na compra. Os sistema atuais não comportam os novos milhões de consumidores. Espera-se uma digitalização completa dos usuários e uma nova

arquitetura tecnológica de integração do setor. O que se ouve é que se todos serão livres, mas qual a atração de ser livre? Esse mercado distinguiu seus integrantes. O que será deles? Discutiu-se o modelo open nance em que todos os agentes compartilhariam dados, sob a manta da segurança jurídica e comercial, rigor técnico e inovação.

Ora, como disse Paulo Pedrosa, da Abrace, estamos deslocando encargos e tributos para a área de livre negociação (ACL, mercado livre), no rumo inverso, na cobrança equivocada, adversa a competitividade da indústria e da economia brasileira.

Haja o que houver, o Enase deixou forte sensação do risco de que haverá falta de potência entre 2027/28. Cumpre trabalhar em todos os níveis da cadeia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Até mesmo a expansão do saneamento básico depende disso.

Não vi menção a Itaipu (os Estados Unidos querem comprar a energia paraguaia da usina binacional para abastecer data centers). Nem ouvi algo sobre recursos humanos (com a inteligência arti cial há que treinar os eletricitários). A questão do gás para usinas térmicas in exíveis (seja com GNL ou gás natural) carece de ser previsível, tanto em estrutura de transporte, quanto em processamento.

Na agropecuária, como substituir diesel e oleodutos nos sistemas isolados? Como desmontar modelos e melhorálos? A nal, todos temos de descobrir novas formas de consumir energias, o planeta não é inesgotável, a obsessão de crescer e mais crescer não é realizável de maneira in nita.

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 26 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

EM Aterramento

Considerações sobre os materiais utlizados no aterramento

Nenhum sistema de aterramento será adequado para o seu objetivo caso não sejam utilizados materiais de qualidade para a sua construção. Devido aos esforços elétricos, térmicos, químicos e mecânicos, um aterramento pode deteriorar-se progressivamente, criando condições para que a instalação elétrica se torne insegura, ine ciente e não con ável.

Basicamente, o aterramento pode ser de nido como uma ligação intencional de parte eletricamente condutiva à terra, através de um condutor elétrico, sendo por isso formado por componentes metálicos, cujas características são indicadas nas normas técnicas sobre instalações elétricas, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 14039, ABNT NBR 5419, nas normas delas derivadas e na ABNT NBR 15751. Essas normas apresentam as dimensões e materiais que podem ser utilizados nos subsistemas de aterramento, considerando também as condições em que eles serão instalados.

A norma técnica ABNT NBR 5410:2004 Versão corrigida 2008, Instalações elétricas de baixa tensão [1] determina em sua seção 6.4.1.1.6 que a seleção dos eletrodos de aterramento leve em consideração os materiais utilizados e as suas dimensões, para que, quando instalados, eles resistam à corrosão e apresentem resistência mecânica adequada. A norma apresenta, na sua tabela 51, os materiais comumente utilizáveis em eletrodos de aterramento, com as dimensões mínimas do ponto de vista da corrosão e da resistência mecânica,

quando os eletrodos forem diretamente enterrados.

Em relação aos materiais utilizados no sistema de aterramento, a norma ABNT NBR 14039:2021, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV [2], determina que eles resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas, e que sejam adequadamente robustos, possuindo proteção mecânica apropriada para atender às condições de in uências externas. Essa norma também orienta sobre a necessidade de serem tomadas precauções para impedir danos aos eletrodos e outras partes metálicas por efeito de eletrólise.

Embora priorize a geometria e as dimensões do subsistema de aterramento como o fator mais importante para a sua e cácia, a norma técnica ABNT NBR 5419:2015, Proteção contra descargas atmosféricas [3] também apresenta determinações e orientações sobre os materiais utilizáveis, como recomendações para que não sejam utilizados materiais diferentes em um mesmo subsistema, devendo ser adotadas medidas adequadas quando isso não for possível. Na parte 3 da norma, o aterramento é de nido como o componente de um SPDA externo destinado a conduzir e dispersar a corrente da descarga atmosférica na terra. Ainda em relação especi camente aos componentes do aterramento, essa norma, como as demais normas de instalação, apresenta uma tabela, no caso a tabela 7 da parte 3, com os materiais, con gurações e

dimensões mínimas dos eletrodos de aterramento.

Especi camente em relação aos materiais utilizados no aterramento, existe a norma técnica ABNT NBR 16254:2024 Versão Corrigida:2024 [4], que especi ca os requisitos para materiais utilizados em sistema de aterramento e prescreve os métodos dos ensaios (conforme seus anexos A e B) que devem ser realizados nesses materiais a m de veri car a sua conformidade com os requisitos dessa e de outras normas técnicas aplicáveis. Segundo essa norma, os materiais indicados para os sistemas de aterramento são o cobre principal material e utilizado como referência , aço revestido de cobre, aço zincado por imersão a quente e aço inoxidável.

Ainda segundo essa norma, produtos como hastes, conexões e condutores, incluídos aqueles utilizados para interligação e equipotencialização, que compõem os sistemas de aterramento, para dissipação tanto das correntes de curto-circuito [5] quanto das correntes das descargas atmosféricas, necessitam ser escolhidos e dimensionados (ou seja, especi cados) para atender solicitações mecânicas, elétricas e térmicas, com o objetivo de assegurar a sua e ciência operacional durante toda a vida útil da instalação, independentemente da quantidade de ocorrências e/ou duração das falhas.

Um aspecto que vale a pena ressaltar em relação ao aterramento e à qualidade dos materiais que devem ser utilizados na sua construção refere-se à

corrosão e o quanto ela é nociva para os metais, reduzindo não só a seção de condução mas também a resistência mecânica dos eletrodos, condutores e conexões utilizados. Embora priorize os aspectos condutivos dos elementos do aterramento em seu projeto, cabe também ao projetista assegurar que os componentes especi cados tenham resistência à corrosão compatível com o ambiente onde a instalação elétrica será executada.

Além dos materiais que estarão enterrados, deve-se ter muito cuidado também com as ligações equipotenciais, principalmente com as interligações expostas ao tempo e à umidade, entre partes metálicas da instalação. Neste caso devem ser utilizados materiais com potenciais eletroquímicos próximos, para evitar, ou ao menos minimizar, diferenças de potencial entre eles que causem efeitos corrosivos.

Ainda cabe ressaltar a importância das conexões, que devem assegurar continuidade elétrica e resistência mecânica, suportando esforços mecânicos e variações de temperatura inerentes ao ambiente onde serão utilizadas ou aos fenômenos elétricos a que serão submetidas, como correntes de curto-circuito ou descargas atmosféricas. Segundo a norma ABNT NBR 16254:2024 Versão Corrigida:2024 [4], são admissíveis de forma permanente, sem a necessidade de inspeções periódicas, conexões exotérmicas ou a compressão, e quando em conjunto com caixas de inspeção para manutenções periódicas, conexões por pressão ou aparafusadas.

Por último, mas extremamente importante: será a qualidade dos materiais utilizados em uma instalação elétrica que determinará se ela será e ciente, con ável e segura. Como em engenharia qualidade é um critério objetivo, mensurável não só no produto, mas também no processo de fornecimento, cabe ao conjunto de pro ssionais responsáveis pela instalação projetista, instalador e nesse caso também o comprador assegurar que o material utilizado no aterramento tenha sido adquirido de fornecedores idôneos, com sua origem certi cada e rastreável.

REFERÊNCIAS

[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida:2008, Instalações elétricas de baixa tensão

[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 14039: 2021, Instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2kV

[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 5419:2015, Proteção contra descargas atmosféricas

[4] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 16254:2024 Versão Corrigida:2024, Materiais para sistema de aterramento — Requisitos gerais

[5] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 15751:2013, Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos.

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_ aterramento@arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.

IEC 6007914 ed. 6.0

Publicada em agosto de 2024, a atual edição da IEC 60079-14 acrescenta poucas páginas em relação à versão anterior, mas apresenta uma nova estrutura redacional, organizada em três grandes seções: projeto, seleção e instalação. Além disso, introduz exigências inéditas que exigem maior atenção por parte dos instaladores.

As mudanças já aparecem no título da norma: “Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto de instalações elétricas, seleção e instalação de equipamentos, incluindo inspeção inicial”. Duas alterações se destacam: o termo “montagem” foi substituído por “instalação de equipamentos”, e a inspeção inicial — anteriormente tratada na IEC 60079-17 — passou a integrar esta norma, reconhecendo sua importância no processo de instalação.

Em relação aos eletrodutos, a seção 7.6.1 passa a permitir, em determinadas condições, o uso de eletrodutos em RTRC (Reinforced ermosetting Resin Conduit), ampliando as possibilidades anteriormente restritas aos modelos metálicos. No entanto, para aplicações no Grupo II, os eletrodutos metálicos são a única opção permitida.

As unidades seladoras instaladas na fronteira entre zonas deixam de ser obrigatórias quando não houver emendas ou acessórios. Além disso, passam a ser consideradas como instaladas “junto” ao invólucro Ex d mesmo que exista um acessório intermediário, como uma união, entre a seladora e a caixa.

Já a seção 8.2.7 autoriza o uso de caixas de ligação, ou emendas, imersas em resina em áreas classi cadas. E a seção 8.3.2.2 reforça que a instalação de bujões em redutores não é permitida.

A norma não traz nenhuma restrição especí ca ao uso de baterias de íons de lítio em equipamentos Ex — uma lacuna relevante, considerando que rádios e outros dispositivos que utilizam baterias de maior capacidade estão sujeitos a riscos de ignição espontânea com o envelhecimento desses componentes.

Os critérios para seleção de cabos passaram por importantes alterações. Na seção 7.4, a de nição de “cabos aprovados” foi revisada, deixando explícita a possibilidade de utilização de cabos não armados. No entanto, quando o cabo apresentar resistência mecânica à ruptura da capa inferior a 7 N/mm2 — característica dos chamados easy tear cables, comuns na Austrália — sua instalação deverá ser feita em eletroduto.

O item 10.6.2 da IEC 60079-14 estabelece que a utilização de prensa-cabos com compressão elastomérica em invólucros Ex “d” só é permitida quando forem atendidos três critérios:

1. o prensa-cabo deve possuir certi cação conforme a IEC 60079-1, classicado como equipamento;

2. o cabo utilizado deve estar em conformidade com o item 9.3.2 , ou seja, ser circular, compacto, com enchimento não higroscópico, etc.; e 3. o comprimento do cabo instalado deve ser de no mínimo 3 metros

A polêmica em torno dos prensa-cabos não começou com a IEC 60079-14 ed. 5.0. A Inglaterra optou por não adotar o uxograma apresentado naquela ed. 5.0, a rmando que este poderia induzir a riscos consideráveis em certas situações e emitiu a BS EN 6007914 mantendo o uxograma de seleção da edição anterior.

Durante minha participação no grupo de trabalho IEC MT-60079-14, como represen-

tante do Brasil, testemunhei um delegado alemão a rmar, em reunião o cial, que a exigência do prensa-cabo de barreira havia sido incluída na norma apenas devido à pressão de um fabricante britânico interessado na comercialização de um modelo mais caro de seu produto. O episódio ilustra que interesses comerciais podem in uenciar o conteúdo normativo.

A próxima edição da BS EN 60079-14 está prevista para 2025, mas ainda não está claro se ela adotará os novos critérios da IEC 60079-14, edição 6.0, ou se continuará mantendo seu anexo divergente.

O Anexo C da IEC 60079-14, que na edição 5.0 tinha caráter apenas informativo, tornouse normativo na edição atual. Ele de ne o procedimento de teste de pressão para cabos que penetram em invólucros Ex “d”, nas seguintes situações:

• quando o comprimento do cabo for superior a 3 m (aplicável apenas a invólucros dos grupos IIC ou IIC + H2); ou

• quando o comprimento do cabo for superior a 0,5 m e o volume nominal do invólucro exceder 2000 cm3.

Com isso, o ensaio passou a ter papel decisivo na escolha dos prensa-cabos utilizados em invólucros Ex “d”, conforme indicado no uxograma da gura 1.

Apesar de sua importância, o Anexo C esclarece que “não é necessário que o teste seja realizado pelo fabricante do cabo”. O próprio

Fig. 1 – Fluxograma para seleção de prensa-cabo Ex d

usuário pode executá-lo, desde que elabore um relatório conforme o modelo sugerido na Tabela C.1, devidamente assinado por um responsável técnico.

Esse teste serve apenas para auxiliar o usuário na de nição do tipo de dispositivo de entrada de cabos Ex “d” a ser utilizado; ou seja, se será necessário um prensa-cabo com vedação elastomérica ou de barreira.

Questões relevantes a serem consideradas

• Os fabricantes de cabos não realizam, atualmente, o ensaio previsto, pois ele não está inserido em normas de fabricação, mas sim em uma norma de instalação. Dado que os cabos industriais geralmente são desenvolvidos sob encomenda, será que os fabricantes farão produções limitadas apenas para realizar esse teste? E, caso o cabo não atenda aos critérios, estarão dispostos a alterar seus processos fabris para desenvolver um “cabo especial”? Qual será o custo médio repassado ao comprador por essa customização?

• Se o comprador, que pode ser um “epecista” (Engineering, Procurement and Construction), decidir adquirir o conjunto necessário para o ensaio (composto por instrumento de medição de baixa pressão com precisão mínima de 0,01 kPa, invólucro com volume interno de 5.000 cm3 e amostra de cabo de 0,5 m), assumindo também os encargos com calibração, controle e quali cação do pessoal, o cliente nal aceitará o resultado se o ensaio não for realizado por um laboratório pertencente à RBC - Rede Brasileira de Calibração?

• Prensa-cabos Ex d já certi cados deixam de ser considerados seguros se forem instalados com cabos que atendem apenas aos critérios da IEC 60079-14, edição 4.0?

• Considerando a variedade de modelos e marcas de prensa-cabos no mercado, é possível que um mesmo cabo seja reprovado no ensaio previsto no Anexo C, mas apresente desempenho desejado quando instalado com outro?

• Considerando que o texto ressalta que este ensaio não serve como comprovação de que o cabo é “estanque a gás” ou “à prova de chamas”, e que apenas o tipo Ex p exerce pressão nos cabos, e mesmo assim, apenas com ar, tal ensaio necessita ser aplicado ao tipo Ex d?

• Ao tornar o ensaio normativo, signi ca que as instalações realizadas anteriormente com base em versões anteriores da norma são, agora, consideradas inseguras e precisarão ser refeitas?

• Se a resposta à pergunta anterior for negativa, qual é, então, a utilidade prática desse ensaio?

Esses questionamentos evidenciam a importância de se discutir, no âmbito de cada país, a adoção parcial das normas IEC. Elas são elaboradas por consenso nos respectivos Maintenance Teams, nos quais apenas alguns países têm participação efetiva. Como no caso da BS EN 60079-14, nem todas as decisões tomadas pelos MTs são adequadas para todos os mercados.

A norma IEC é voluntária, não implica ser aplicada de imediato, tampouco exige que ela seja mecanicamente traduzida e transformada em norma nacional.

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Commitee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relatvos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certfcação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

Produtos

Detecção de raios

A Simepar, empresa do terceiro setor que atua na área de previsões meteorológicas, fornece o Sipper, um sistema de detecção de raios que registra em tempo real as descargas atmosféricas associadas às tempestades. Segundo a empresa, a partir dos dados coletados, o Sipper indica a probabilidade de raios e suas características, como posição geográ ca, densidade, direção e velocidade de deslocamento. A Simepar realiza também monitoramento de barragens em usinas hidrelétricas com a utilização de algoritmos que geram mapas digitais capazes de evidenciar as regiões com eventuais riscos de rompimento. www.simepar.br

Proteção antvandalismo

A UCB Power, que fornece sistemas de armazenamento de energia, ampliou seu portfólio de produtos da marca Usafety, especializada em soluções antivandalismo para proteção de baterias. A linha conta com blindagem desenvolvida para proteger contra furtos e atos de vandalismo, especialmente em locais remotos e vulneráveis. Segundo a empresa, o grande diferencial é a resina de alta resistência Mabece, patenteada pela UCB Power, que envolve as células da bateria, formando uma camada impenetrável

e rastreável, com chip incorporado para localização via GPS. A empresa destaca que a blindagem segue o padrão internacional LPS 1175, da britânica LPCB - Loss Prevention Certi cation Board , referência mundial em segurança física. Além disso, o sistema conta com monitoramento remoto 24 horas, rastreamento GPS e detecção/supressão de incêndio via sensores BMS ou EMS, que ativam automaticamente agentes extintores em caso de falha elétrica ou superaquecimento. A linha Usafety é indicada para data centers, quadros elétricos, instalações industriais, painéis de controle e sites de telecomunicações. Pode ser dimensionada conforme a demanda especí ca de cada projeto, a rma a companhia. www.ucbpower.com.br

Relés eletrônicos e auxiliares

A Tramontina lançou novos modelos de relés eletrônicos e acessórios para controle e proteção de processos . Entre os produtos apresentados estão o relé de monitoramento de subtensão e sobretensão monofásico (TCE-MM ), o relé eletrônico de controle de nível (TCE-CN ) e a caixa com três eletrodos TCE-EN, voltados para projetos industriais, comerciais, residenciais e agronegócio. Segundo a empresa, os relés de monitoramento de tensão detectam em tempo real as variações de tensão fora dos limites ajustados, protegendo motores, bombas, inversores e outros equipamentos e eletroeletrônicos sensíveis contra danos causados por subtensão ou sobretensão. Permitem

ajuste da faixa de tensão e do tempo de retardo na energização ou desenergização, a m de aumentar a vida útil dos equipamentos conectados. Já o relé eletrônico de controle de nível monitora e controla automaticamente líquidos condutivos, como água, em reservatórios, caixas d’água, poços ou tanques. Pode ser con gurado no modo de enchimento ou esvaziamento, acionando bombas ou válvulas conforme a necessidade do sistema. Por m, a caixa com três eletrodos, utilizada em conjunto com o relé de controle de nível, atua como sensor condutivo para detectar a presença ou ausência de líquidos, garantindo precisão no controle de nível. Este conjunto é indicado para uso em indústrias, sistemas de abastecimento, irrigação de plantações, automação predial e no agronegócio, mas não deve ser utilizado com líquidos in amáveis, adverte a companhia. Todos os modelos atendem às normas IEC 60947-1 e 609475-1, com garantia de dois anos para os relés eletrônicos. www.tramontina.com.br

UPS

A ABB apresentou dois novos produtos de fontes de alimentação ininterrupta (UPS) monofásicas. O PowerValue 11RT G3 1-3kVA LIB IEC é compac-

to, indicado para pequenas empresas, salas de TI e outras aplicações com espaço limitado. Possui uma bateria de íons de lítio, com garantia de cinco anos. Também inclui um sistema de gerenciamento de bateria (BMS) integrado que fornece monitoramento e gerenciamento em tempo real da bateria. Já o PowerValue 11/31/33T G2 1020kVA IEC é projetado para aplicações maiores, como data centers , instalações industriais e instalações de saúde. Ele apresenta uma seleção exível de entrada e saída, incluindo 1/1, 3/1 e 3/3 de fase de entrada/ saída, bem como uma opção de

proteção contra retroalimentação. Também inclui um sistema de segurança cibernética que protege o UPS contra acesso não autorizado e ataques cibernéticos, a rma a empresa. https://new.abb.com

E X P O C ENTE R NO RT E, SÃO PAU LO, B RASI L

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ORGANIZAÇÃO

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Solar Promotion International GmbH

Caixa postal 100 170 75101 Pforzheim, Alemanha Tel.: +49 7231 58598-0

Gestão de projetos: Sra. Gioia Müller-Russo mueller-russo@solarpromotion.com

www.TheSmarterE.com.br

FMMI – Freiburg Management and Marketing International GmbH

Neuer Messplatz 3 79108 Freiburg i. Br., Alemanha Tel.: +49 761 3881-3900

Gestão de projetos: Sra. Anna Kageneck TheSmarterE_sa@fwtm.de

Aranda Eventos e Congressos Ltda

Al. Olga, 315 – 01155-900 São Paulo, SP – Brasil Tel.: +55 11 3824-5300

Gestão de projetos: Sra. Monica Carpenter mc@arandanet.com.br

Cabos elétricos

A Cobrecom disponibiliza gratuitamente em seu site livros sobre cabos, escritos pelo professor e consultor técnico da empresa, Hilton Moreno . Uma das publicações oferecidas é Cabos elétricos para instalações fotovoltaicas , que visa oferecer embasamento técnico para o adequado dimensionamento, seleção e instalação de condutores em sistemas fotovoltaicos. A obra tem o objetivo de ser referência prática e didática para projetistas, instaladores e profissionais

da área elétrica que atuam com sistemas fotovoltaicos, tanto em geração distribuída quanto centralizada. Com linguagem objetiva e abordagem estruturada, oferece uma visão dos aspectos técnicos relacionados aos condutores elétricos utilizados no lado CC das instalações so -

lares. São abordados desde os conceitos fundamentais da geração fotovoltaica até as exigências específicas para os cabos –incluindo características construtivas, tipos de isolação, resistência aos agentes ambientais e requisitos normativos. Os capítulos incluem um panorama dos sistemas fotovoltaicos, descrição dos principais componentes, critérios de seleção e instalação de cabos, e orientações para o correto dimensionamento, com base nas condições reais de operação. Um exemplo prático de cálculo também é apresentado, a fim de facilitar a aplicação dos conceitos em projetos reais. O livro está disponível no site: https://cobrecom. com.br/conteudos#conteudo-tecnico.

ESG

A Copel publicou um relatório, relativo a 2024, sobre as principais iniciativas e resultados no âmbito ESG. O objetivo é informar a acionistas, empregados, clientes, fornecedores, órgãos reguladores e a sociedade em geral sobre o desempenho da empresa nesses temas. Com mais de 300 indicadores, o Relato Integrado segue, segundo a companhia, padrões internacionais de reporte de sustentabilidade, principalmente os do setor elétrico, com o objetivo de permitir uma análise do desempenho da companhia e compa-

rar o resultado com outras do setor. Um dos destaques do documento é o fato de a Copel ter completado seus 70 anos em 2024 com geração de energia 100% renovável. O documento está disponível no site de Relação com Investidores, em ri.copel.com, e no Portal da Sustentabilidade, em www.copelsustentabilidade.com.

Novo site institucional

A Aeris Energy, fabricante de pás e serviços para aerogeradores, lançou um novo site institucional: www.aerisenergy.com.br. De acordo com a empresa, a plataforma proporciona uma navegação mais intuitiva, ressaltando a presença da companhia no mercado e evidenciando os negócios e portfólio. O novo site oferece possibilidade de cliques no decorrer de cada tela, a fim de gerar mais interatividade e facilidade no complemento de conteúdos. Há ainda uma área exclusiva para cada linha de negócio: Energy (fabricação de pás eólicas), Services (inspeção, manutenção e reparos em pás eólicas) e Tooling (soluções industriais avançadas com foco no setor eólico). Além disso, a plataforma tem sessões voltadas para as notícias acerca da companhia, participações em eventos, redirecionamento para página de carreiras, relações com investidores e contatos.

No Brasil

e smarter E – O evento e smarter E South America vai acontecer de 26 a 28 de agosto em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+ EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br.

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www. ee.com.br.

ESW Brasil – De 7 a 9 de outubro será realizado no auditório do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo a 12a edição do Electrical Safety Workshop Brasil (ESW Brasil), um seminário dedicado totalmente à segurança em eletricidade. O evento é organizado bianualmente desde 2003 pelo IEEE – Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos – Seção Sul Brasil, através do capítulo IAS – Sociedade de Aplicação Industrial, em parceria com a Abracopel – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade. Outras informações em www. ieee.org.br/eswbrasil.

SNPTEE 2025 – O XXVIII Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica ocorrerá de 19 a 22 de outubro, no Recife Expo Center, em Recife, PE. Promovido pelo Cigre-Brasil, esta edição, organizada pela Eletrobras, pretende promover a inovação, o compartilhamento de conhecimento técnico entre pro ssionais, especialistas, acadêmicos e jovens talentos. A programação contará com 98 temas distribuídos entre 16 grupos de estudo e diversos painéis especiais, reunindo cerca de 3000 participantes, e com uma feira

de negócios, reunindo cerca de 100 expositores. Informações sobre o evento e inscrições: www. snptee.com.br.

Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando, entre outros temas, solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV o grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolarsummit-brasil.com/sul .

Mobilidade elétrica – O Simecs - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região vai realizar a Electric Move Brasil - Feira de Veículos, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis de 6 a 8 de novembro, em Caxias do Sul, RS. O evento deverá reunir soluções em transição e e ciência energética, novas tecnologias e mobilidade elétrica alinhadas ao propósito da descarbonização. A feira, que pretende atrair empresas dedicadas à eletri cação no Brasil, vai incluir conteúdos sobre o tema e espaços de negócios, entre outras atividades. Informações: https://simecs.com.br.

CURSOS

Segurança - A Elgin vai realizar nos dias 2 e 3 de setembro no Rio de Janeiro, RJ, palestras com o objetivo de conscientizar pro ssionais da área sobre boas práticas em instalações elétricas. Com uma apresentação de 30 minutos, o tema abordado será “Segurança nas instalações elétricas”. A participação no evento é gratuita, mediante inscrição prévia pelo site https://eletricistaconsciente.org.br/ eventos/encontro-de-eletricistas-conscientes-eseguros-do-rio-de-janeiro/. Operadores do mercado de energia – A CCEE vai realizar a certi cação de Operadores do Mercado de Energia 2025. O exame, realizado em parceria com a FGV - Fundação Getúlio Vargas, tem o objetivo de avaliar o conhecimento dos participantes sobre as regras, a legislação e as operações que permeiam o setor de energia no Brasil. A prova está prevista para 14 de setembro com resultados divulgados em 23 de outubro. As inscrições podem ser realizadas em https://conhecimento. fgv.br/node/914.

Gestão em energias renováveis - A AHK Rio oferece o curso de Gestão em Energias Renováveis

(GENRE), que tem o objetivo de formar pro ssionais com visão ampla em geração de energias renováveis no Brasil, com ênfase nas tecnologias solar, eólica, biomassa e outras. O conteúdo do curso é desenvolvido a partir da expertise alemã e adaptado à realidade brasileira por especialistas da Coppe/UFRJ. Composto de módulos gerenciais e técnicos, o curso é oferecido em formato online e combina conteúdos assíncrono (12 blocos de aulas + 12 quizzes de xação; 24h de aulas com especialistas e exercícios práticos); e síncrono (2 horas de encontro ao vivo após cada bloco da disciplina; aulas quinzenais, workshops e palestras). Os blocos abordam temas como: Fundamentos da energia; Mercado de energia elétrica; Gestão de projetos e rentabilidade; Gestão energética e ISO 50.001; Mudança de clima e comércio de emissões; Programa de E ciência Energética da Aneel (PEE); Energia solar; Energia eólica; Biomassa e biogás; Outras energias renováveis; Geração distribuída e smart grid; e Microrredes elétricas. Mais informações: https://brasilien.rio.ahk.de/pt/cursos/ genre?utm_campaign=genre_0205&utm_ medium=email&utm_source=RD+Station Dimensionamento de cabos – A Cobrecom, fabricante de os e cabos elétricos de baixa tensão, oferece o curso Dimensionamento de os e cabos elétricos, que aborda aspectos como escalas, pontos de carga e diagramas, quedas de tensão, circuitos de iluminação, seções dos condutores, entre outros. O curso é gratuito e on-line, e está disponível no site https://parceirodaconstrucao.com. br. A empresa também oferece outros três cursos por meio da plataforma Parceiro da Construção, que tratam de temas como “Condutores elétricos: o que é preciso saber na hora de instalar”; “Condutores Elétricos: Aplicação dos Fios e Cabos” e “Introdução à Eletricidade”.

Mercado de créditos de carbono – A Universidade do Carbono, instituição educacional que visa capacitar pro ssionais para o mercado de ativos ambientais, vai realizar o curso, em formato online, Soluções baseadas na Natureza: mercado e projetos de carbono, que abordará, entre outros temas, as mudanças climáticas, o planejamento nanceiro de projetos, a regulamentação do mercado e técnicas de monitoramento e mensuração orestal. As aulas, que contam com tradução simultânea português-inglês, ocorrem ao vivo aos sábados, das 8h às 12h, com duração de 18 meses. As inscrições estão disponíveis em https://conteudo.pecege.com/universidade-do-

carbono-mercado-e-projetos-de-carbono. Mais informações: universidadedocarbono@pecege. com ou (19) 2660-3337.

Energia na América Latina – A Olade - Organização Latino-Americana de Energia oferece um programa de formação executiva, que abrange diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético da região através de 16 cursos, organizados em cinco eixos temáticos: tecnologias, hidrocarbonetos, transição energética, políticas energéticas e integração energética regional. Os cursos serão ministrados em diferentes modalidades (e-learning, virtuais e semipresenciais, webinars e o cinas de trabalho). Para mais informações, acesse https://capevlac.olade.org.

Elétrica e iluminação - A Tramontina oferece o Educa+, plataforma virtual de cursos e treinamentos gratuitos. A iniciativa está dividida em ambientes, entre os quais se destaca o Conectar+, com conteúdos sobre elétrica e iluminação. Os cursos e treinamentos EAD (Educação a Distância) disponíveis nessa seção são direcionados a eletricistas, instaladores, arquitetos, decoradores, estudantes e clientes da marca, abordando normas e especicidades de produtos utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais. Para participar dos cursos, basta acessar a plataforma e criar um login no site https://global.tramontina. com/educa.

Treinamento Ex – A Tramontina mantém a Cabine de Treinamento para instalações em ambientes com atmosferas explosivas e áreas industriais, localizada em Carlos Barbosa (RS). O ambiente está equipado com painéis, luminárias, botoeiras, caixas de ligação, plugues e tomadas com proteções “Ex e” (segurança aumentada), “Ex d” (à prova de explosão) e “Ex t” (proteção contra ignição de poeiras), a m de proporcionar uma experiência prática e teórica aos participantes. Os interessados podem obter mais informações por meio do site https://global.tramontina.com/atmosferasexplosivas ou telefone (54) 99981.1022. Indústria e energia – A Siemens promove cursos presenciais e à distância com o objetivo capacitar clientes, estudantes e interessados em temas de indústria e energia. Para processos produtivos, com linha de produção de uma indústria que possui equipamentos ou sistemas Siemens, os cursos são ministrados no Sitrain, localizado na sede da companhia, em São Paulo. Na Power Academy, que ca na planta de Jundiaí, o destaque está no setor de energia, nos segmentos de geração, trans-

missão e distribuição com foco na digitalização de subestações. Os treinamentos e cursos disponíveis podem ser conferidos nos sites https:// www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/ energia/power-academy-brasil.html e https:// www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/ industria/servicos-treinamentos/sitrain.html. Proteção de sistemas de energia – A Universidade SEL oferece treinamentos em proteção de sistemas de energia, abrangendo tópicos que vão desde princípios fundamentais de sistemas de energia até aplicações e testes práticos de produtos SEL, em versões presenciais e on-line. O calendário completo 2025 está disponível em https://selinc. com/pt/selu/calendario.

Proteção – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, realiza treinamentos para quali cação pro ssional, dirigido a engenheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários temas, como geradores síncronos; transformadores e reatores de potência; subestações de média e alta tensão; relés de proteção; descargas parciais; transformadores de corrente e potencial convencionais e não convencionais; harmônicos, etc. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em https://conprove.com.

Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência arti cial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica, robôs industriais, certi cação LEED, entre outras. Inscrições no site mitsubishielectric.com.br/webinars. A companhia lançou recentemente mais um curso em sua plataforma EAD: Con guração Rápida do Inversor FR-E800, que visa abordar recursos como ligação de entrada e saída, parâmetros básicos para sua operação, con guração dos parâmetros, habilitação de seu funcionamento, parada de segurança e retomada dos parâmetros de fábrica. O curso está disponível no link https:// mitsubishielectric.eadplataforma.app/. Capacitação técnica – Por meio da plataforma Centro de Treinamentos, a Schneider Electric oferece capacitações e cursos nas áreas técnicas para engenheiros, eletricistas, técnicos, operadores e estudantes da área de tecnologia. Os cursos – com duração média de dois dias – podem ser realizados no formato online (com aulas ao vivo), presencial (no Centro de Distribuição Inteligente e Innovation Hub de Cajamar – SP) ou nas locações dos clientes. São oferecidos cursos sobre controladores lógicos, interfaces grá cas, sistemas de supervisão,

relés de proteção, equipamentos de média e baixa tensão, sistemas de energia ininterrupta e monitoramento e ar-condicionado de precisão. Mais informações sobre os treinamentos estão disponíveis em https://loja.se.com/so ware-e-servicos. SPDA – A Termotécnica Para-raios realiza diversos cursos voltados a pro ssionais da área, como o curso de SPDA, que aborda, entre outros temas, estrutura e tabelas da nova norma, avaliação da necessidade de SPDA, análise do afastamento do SPDA das demais instalações e massas metálicas, dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo, etc. Outro curso ministrado é o de MPS, que trata de características de um raio nas instalações de energia e de sinal, efeitos e danos de um raio em equipamentos eletroeletrônicos, princípios básicos e níveis de proteção de equipamentos, características dos protetores, etc. Informações: www.tel.com.br.

No Exterior

Transição energética – Com expectativa de atrair mais de 12 mil visitantes e 350 expositores, a Enlit Asia vai acontecer de 9 a 11 de setembro, em Bangkok, Tailândia, reunindo representantes de toda a cadeia elétrica da região. O evento é referência no setor de energia do Sudeste Asiático e se destaca por integrar temas como geração, transmissão, distribuição, redes inteligentes e engajamento do consumidor. A programação contempla soluções que vão da energia convencional às fontes renováveis e emergentes, incluindo solar, armazenamento, hidrogênio, nuclear e tecnologias de captura e armazenamento de carbono. Mais informações em www.enlit-asia.com.

Semana da Energia – A Olade - Organização Latino-americana de Energia, em parceria com o Ministério de Energia do Chile, a Universidade Santo Tomás, a Cidere Coquimbo e a ISA Energía, vai realizar o evento acadêmico Conectando mentes, energizando o futuro, que ocorre em 26 de setembro, em La Serena, Chile, durante a X Semana de la Energía. Voltado à comunidade acadêmica, pro ssionais e estudantes da América Latina e do Caribe, o encontro busca fomentar a colaboração entre governos, empresas e universidades em temas estratégicos como energias renováveis, transições energéticas, gênero e adaptação climática. Mais informações: enerlac. olade.org.

Dez dissabores do setor elétrico brasileiro

Eis dez distopias — ao acaso e em desordem, numa lista que não caberia neste espaço — que sacodem o enfermo setor elétrico brasileiro:

1) Excedente e escassez

Segundo o ex-diretor da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, o desequilíbrio do sistema é tão inexplicável que é possível ter, ao mesmo tempo, excedente combinado com escassez. São mais de 200 GW de usinas disponíveis (diferente de capacidade instalada), diante de uma demanda em termos médios de 82 GW.

2) Medida Provisória

Uma recente Medida Provisória para reformar o setor elétrico brasileiro ampliou a isenção na fatura de energia para 60 milhões de brasileiros e encareceu a conta de clientes (como indústrias de base)

ro público, apenas dinheiro criado pelas atividades produtivas?

4) Eletrobras

A Eletrobras inaugura nova fase e distribui dividendos (R$ 1,8 bilhão). Emplacou seus desejados conselheiros candidatos e homologou sua saída no chamamento de capital da construção da usina nuclear Angra 3. Porém, ainda vive encrencas herdadas do governo por todo lado, como um bilionário projeto de geração em eólica, em Rivera, na fronteira Brasil-Uruguai, em terras que o país vizinho reivindica como suas.

5) Subsídios

O m dos subsídios deixaria a energia em média até 15% mais barata. A política irracional de subsídios é artefato para explodir. O Brasil utiliza menos de 40% de

“O setor elétrico vive o paradoxo de ter sobra e escassez, tarifas infacionadas por subsídios, leilões travados e decisões polítcas que ampliam a conta”.

Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

com impacto multiplicado na in ação, na perda de competitividade econômica no mapa global, na taxa de juros, na insegurança jurídica, e, portanto, adversa à totalidade da sociedade nacional.

3) Tarifas

Cortes de energia reacendem uma guerra tarifária. O debate sobre riscos na cadeia da oferta e demanda de energia elétrica no País, há décadas, é uma roleta que busca amparo no dinheiro do Estado. Ao nal, quem pagará pelo curtailment? Os empreendedores que não chamam os riscos de seus, ou os consumidores, uma vez que não existe dinhei-

suas usinas de geração. A expansão sem planejamento resulta de uma regulação conquistada por lobbies e intervenções inquali cáveis, principalmente no Congresso Nacional. A concepção de preço de energia aderente ao seu custo real inexiste ou aqui não se aplica em geral.

6) Carvão

Em meio à transição energética e a mudanças climáticas, o carvão no mundo contraria expectativas e vê seu consumo crescer na última década. O mundo queima o dobro nos dias que correm em relação a 2020. Cresce na China, Índia, EUA, União Europeia e no resto do mundo. No

Brasil também, sob incentivos, se mantém. Cerca de 30% das emissões de metano no mundo exalam do carvão mineral.

7) Jabutis

Jabutis continuam a ser inseridos em normas e comandos legais voltados para energia, e acabam sendo aprovados pelo Poder Legislativo brasileiro, mesmo quando vetados pela presidência da República. Atualmente, os vetos são derrubados sem sinais de racionalidade sobre suas consequências político-econômicas. Restam jogos de empurra sem atribuição de responsabilidades.

8) Encargos

Cortes em encargos e mudanças em contratos com Itaipu são imprescindíveis, mas entraves políticos impedem. Vários encargos deveriam ser de absoluta responsabilidade dos erários federal, municipal e estadual. Alguns deles, como o que sustenta a Aneel (taxa de scalização dos serviços de energia elétrica) são carimbados e destinados ao cumprimento de suas obrigações. Todavia, o Tesouro Federal se apropria há anos de mais da metade dos recursos para abater do décit público. Uma parte da tarifa que brasileiros pagam por Itaipu é investida, sabese lá como, em gastos com o bem-estar social do Paraguai, Mato Grosso do Sul, Paraná, COP 30, etc.

9) Aneel

A Aneel iniciou o processo de renovação de concessões de distribuidoras, mas como obriga-las a investir em modernização, digitalização, redes e medições inteligentes? Assaltada pelo Tesouro federal, a Aneel está, por incapacidade nanceira, chamando de volta seus emprestados altos funcionários de estatais, inclusive do Ministério de Minas e Energia. A Agência está reduzindo horário de atendimento e ceifando parcialmente suas disseminações de recursos pelas agências estaduais a seu serviço.

10) Leilões de energia

Os certames, especialmente de capacidade (reserva, baterias e térmicas), atrasam com prejuízo da imagem do Brasil, um virtual acolhedor de data centers e exportação de hidrogênio verde, enquanto o mundo está competindo por equipamentos e esses empreendimentos.

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