Revista FotoVolt Maio 2024

Page 1

Transformadores de alta performance para APLICAÇÃO SOLAR

Eficiência comprovada, economia garantida.

Os transformadores para aplicação em parques solares são submetidos a condições de operação específicas em comparação com transformadores convencionais. Para atender aos requisitos de cada projeto e garantir a operação dos transformadores solares sob as diversas situações de carga, a WEG conta com uma equipe de engenharia especialmente dedicada que desenvolve soluções de alta performance.

A WEG protagoniza a evolução do mercado de transformadores para energias renováveis, proporcionando ganhos em eficiência e adaptando-se à nova geração de inversores solares.

www.weg.net
Tipo seco A óleo

Variabilidade da fonte solar deve impulsionar armazenamento

Com a crescente participação de energias renováveis, principalmente solar, na matriz energética, sistemas de armazenamento de energia serão fundamentais na gestão da variabilidade e da intermitência dessas fontes. Desafios enfrentados pelo setor elétrico atualmente, como constrained-off e rampa noturna, apresentam-se como oportunidades para evolução da tecnologia no mercado nacional.

Cabos e conectores para sistemas fotovoltaicos

Cabos e conectores solares são projetados para operar em sistemas fotovoltaicos de forma segura e eficaz, especialmente concebidos para resistir a intempéries e manter as perdas de energia no mínimo, contribuindo para a máxima produção de energia solar. Neste levantamento trazemos uma descrição da oferta de diversas empresas no mercado nacional, facilitando a pesquisa pelo interessado.

Tendências e desa os da energia solar no Nordeste do País

Evento de referência na região, compreendendo congresso e feira, o Intersolar Summit Brasil Nordeste atraiu mais de 5 mil profissionais e aproximadamente 100 empresas expositoras. O evento proporcionou oportunidades de networking e negócios, além de debates sobre assuntos importantes do setor solar e áreas correlatas. Esta reportagem faz um apanhado de seções do congresso e descreve destaques da exposição.

Distribuidores de produtos para energia solar fotovoltaica

A cadeia de distribuição de equipamentos fotovoltaicos tem papel fundamental na expansão da energia solar no País, pois são as distribuidoras as responsáveis por fazer chegar aos integradores os equipamentos de que estes necessitam para seus projetos. Este guia de FotoVolt lista algumas dezenas dessas empresas, com indicação dos produtos que distribuem, agrupadas por Estado (UF) para facilitar a consulta.

Estações de recarga para VE associadas a vídeo inteligente

O processamento de imagens assistido por software proporciona maior segurança e eficiência em múltiplas aplicações. Para o usuário de estações de recarga de veículos elétricos, esta tecnologia simplifica a operação e a manutenção. Já para os operadores, resultam benefícios de longo prazo em termos de disponibilidade e utilização da capacidade do sistema.

Molduras de aço e resistência contra ventos fortes

O artigo descreve testes em túnel de vento realizados em módulos com molduras de aço, que comprovaram que o material melhora a resistência dos equipamentos contra ventos fortes, trazendo mais confiabilidade e durabilidade aos sistemas fotovoltaicos.

Capa

Helio Bettega (foto da empresa e-STORAGE planta de armazenamento de energia em utility scale Crimson II, nos EUA, 150 MW/600 MWh)

Carta ao leitor
Armazenamento de Energia Guia – 1 Intersolar Summit Brasil Nordeste Guia – 2 Eletromobilidade Módulos 4 8 22 28 30 44 48 52 62 64 65 65 Colunas 56 60 66
Sumário
Notícias
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.
anunciantes
Agenda Produtos Publicações Índice de
Veículos elétricos
Projeto & Instalação Solar FV em foco
Ca tá st r of e n o RS, l e g i s l a ç ão am b i e n ta l e c o m o r e c u p e ra r a s i n sta l a ç õ e s

Carta ao leitor

Neste espaço, na edição passada, falamos das mudanças climáticas que afetam o mercado de seguros, no que tange ao aumento das indenizações pagas em decorrência de eventos severos que danificam sistemas fotovoltaicos. Mas nem de longe imaginávamos o vulto da catástrofe que estava prestes a se abater sobre o Rio Grande do Sul embora já chamássemos atenção, no editorial e na reportagem que lhe dava mote, para o fato de que os ciclones extratropicais se tornaram comuns na região Sul do País.

As imagens da tragédia que a todo momento nos chegam, ao vivo ou logo depois de gravadas, a nós que não estamos no olho da desgraça, que moramos em outros estados ou em regiões menos afetadas do estado gaúcho, ficarão para sempre em nossas mentes. Que se dirá então na memória daqueles a quem foram roubados filhos, pais, outros parentes ou amigos, muitas vezes sob suas impotentes vistas.

Esta é uma edição de FotoVolt que, em seu conteúdo, nada tem a ver com a atual catástrofe. A não ser porque, tanto nas reportagens de Jucele Reis (”Tendências e desafios da energia solar no Nordeste do País” e “Variabilidade da fonte solar deve impulsionar armazenamento”, que relatam as discussões do último Intersolar Summit Brasil Nordeste) quanto nos artigos técnicos, colunas e noticiário do setor, se defendem as fontes limpas de energia, principalmente a solar fotovoltaica e o hidrogênio verde, e tecnologias facilitadoras, como armazenamento de energia, ou relacionadas, como veículos elétricos.

Nunca é demais lembrar que o mundo segue muito distante dos objetivos do Acordo de Paris e o Planeta está na verdade esquentando, em vez de resfriando. E também convém apontar, como amplamente fizeram veículos de imprensa, que enquanto morriam mais de 150 e ficavam sem casa centenas de milhares de gaúchos, no Congresso Nacional do Brasil avançaram projetos de lei que enfraquecem a legislação ambiental, apropriadamente apelidados de “pacote da destruição”.

Muito se aplaude o trabalho de parlamentares proponentes e defensores de leis que visam beneficiar o setor fotovoltaico com isenções ou redução de entraves para o progresso da fonte solar na matriz energética nacional, o que é justo. Mas é preciso demonstrar o mesmo entusiasmo no apoio àqueles que defendem um futuro não só com mais sistemas fotovoltaicos mas também com mais verde, menos degradação ambiental, menos aquecimento, menos poluição, e por consequência menos desastres como o que ora nos espanta e entristece.

De nossa parte, vamos contribuindo com todos os instrumentos à nossa disposição, a exemplo do webinar com dois professores de universidade gaúchas, Caroline Raduns, da Unijuí – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e Leandro Michels, da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Estes dois doutores nos ensinam no webinar quais os cuidados e medidas a serem adotadas pelos profissionais de eletricidade, depois que as águas baixarem, em relação às instalações elétricas convencionais e aos sistemas solares fotovoltaicos de unidades que estiveram submersas. O evento, transmitido ao vivo e gravado, em breve estará disponível gratuitamente no canal de Youtube da Aranda Eventos: https://www.youtube.com/c/ArandaEventos

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis

PUBLICIDADE

Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti

Contatos:

Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br

Pricilla Cazarotti – priscilla.cazarotti@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300

REPRESENTANTES BRASIL:

Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br

Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br

Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com

Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br

Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br

INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de

Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it

Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp

Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr

Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch

Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw

UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com

USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com

ADMINISTRAÇÃO

Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva

CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino

Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br

SERVIÇOS

Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A.

Distribuição: ACF Ribeiro de Lima

TIRAGEM: 10.000 exemplares

FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br

ISSN 2447-1615

E X P O C E N TE R NO RT E, SÃO PAU LO, S P

A maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade

I N TERS O LA R SOUT H AMER I C A

A

maior feira & congresso da América Latina para o setor solar

A Intersolar South America é a maior feira & congresso da América Latina para o setor solar, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Simultaneamente, no Congresso Intersolar South America, especialistas renomados esclarecem assuntos atuais do setor Com vistas a alavancar o alto potencial de energia solar da América Latina, a Intersolar South America congrega fabricantes, fornecedoras, distribuidoras,

prestadoras de serviços e parceiras da indústria solar no esforço de criar um meio-ambiente mais limpo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é mundialmente o principal ciclo de feiras e congressos para o setor solar.

EE S SOUT H AMERIC A

O evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina

A ees South America e o evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina, enfocando soluções de armazenamento de energia para apoiar e complementar sistemas energéticos com número crescente de fontes renováveis de energia, e integrando prossumidores e veículos elétricos. A ees South America congrega investidores, concessionárias,

instaladoras, fabricantes e empreiteiras do mundo todo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Juntamente com a ees Europe em Munique e a ees India em Gandhinagar, o ciclo de feiras ees está representado em três continentes.

____

ELET R OT EC+E M-POWE R SOUT H AMERIC A

O evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia

A Eletrotec+EM-Power South America é o evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias de distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. A feira é voltada para

profissionais e empresas dos ramos de projeto, montagem e manutenção de infraestrutura elétrica atuando em geração distribuída a partir de fontes renováveis, redes de distribuição aérea e subterrânea, subestações transformadoras, iluminação pública, instalações industriais e prediais

POWE R2DRIV E SOUT H AMERIC A

A feira e congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletro-mobilidade na América Latina

Em 2024, a Power2Drive South America fará sua estreia como a feira & congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletromobilidade na América Latina, enfocando a relevância do carro elétrico na matriz energética e na sustentabilidade do transporte no futuro, e apresentando soluções inovadoras de carregamento, conceitos de bateria e modelos de negócios para uma eletromobilidade sustentável. A Power2Drive South America é o ponto de encontro ideal para

fabricantes, fornecedoras, instaladoras, distribuidoras, administradoras de frotas e de energia, fornecedoras e eletro-mobilidade e novas empresas. A feira é uma oportunidade para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios Juntamente com a Power2Drive Europe em Munique e a Power2Drive India em Gandhinagar, o ciclo de feiras está representado em três continentes.

____
____

Preço médio da energia solar cai 5% no primeiro trimestre

Opreço da energia solar caiu 5% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o quarto trimestre de 2023, apontou um levantamento da Solfácil, empresa especializada em financiamento de projetos solares. De acordo com o sistema de acompanhamento da evolução dos preços da empresa, batizado de Radar, o novo valor médio é de R$ 2,76/Wp, o menor já registrado desde o início da divulgação do indicador.

mais acentuada, de 6,16% no período. A região Sul tem média de preço de R$ 2,82/Wp, com redução de 5,69% e o Norte, apesar da alta incidência solar, tem o preço médio mais elevado do País, de R$ 2,93/Wp, com queda registrada no acompanhamento de 3,93%.

2–4Wp

4–6Wp

6–8Wp

Preços médios em R$/Wp, por faixa de potência

Preços médios em R$/Wp, de cada estado do Brasil

Acompanhamento aponta valor médio como o menor já registrado: R$ 2,76/Wp

Segundo a Solfácil, a queda foi motivada principalmente pela diminuição do preço do polissilício, principal matéria-prima utilizada na produção dos módulos solares. Embora o valor do material não tenha diminuído significativamente no primeiro trimestre, as quedas registradas em 2023 ainda impactam nos preços dos projetos em 2024.

A redução do preço médio foi observada em todas as regiões do País. O CentroOeste se destacou como a de menor preço médio, com R$ 2,67/Wp, uma queda de 3,61%. Em segundo lugar, o Sudeste teve redução de 4,86% no preço médio, agora registrando R$ 2,74/Wp e empatado com o Nordeste, com idêntico custo médio, mas com queda percentual

O estudo também revelou os estados com menores custos para ter energia solar residencial. Os dois líderes, apesar do preço médio da energia solar ser maior na região Norte, são Amapá e Rondônia, seguidos por Santa Catarina, Amazonas e Paraná. Já o Acre é o único estado que não apresentou queda nos preços no período analisado. As maiores reduções no trimestre foram observadas no Distrito Federal. Em projetos menores, de até 4 kWp, aponta a Solfácil, a diferença de preço entre as regiões pode ser maior, chegando a R$ 0,49 por Wp acima da média nacional.

Petrobras vai instalar usinas solares em refinarias

APetrobras vai implantar usinas solares fotovoltaicas em algumas de suas refinarias com recursos de seu fundo de descarbonização. As instala-

ções serão nas refinarias Gabriel Passos (Regap), em Betim, MG; na Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, PE; e na de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo.

A capacidade total estimada das três UFVs será da ordem de 48 MW de potência, segundo informou a Petrobras, com partida prevista para 2025. As novas obras farão parte da carteira atual de 33 projetos financiados pelo fundo, que juntos devem reduzir a emissão em 1,52 milhão de toneladas de CO2 por ano da estatal, o equivalente às emissões operacionais de toda uma refinaria.

“A instalação de usinas fotovoltaicas integradas ao sistema de geração de refinarias permite a melhoria da integração e confiabilidade operacional, reduzindo o consumo de gás e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa, em linha com o planejamento estratégico da empresa para uma transição energética justa”, disse o diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, William França da Silva.

Os investimentos aprovados por meio da carteira do fundo de descarbonização envolvem todas as áreas de negócio da empresa e visam neutralizar as emissões operacionais até 2050 e antes disso, até 2030, devem reduzir em 30% os gases do efeito estufa emitidos. O mecanismo de financiamento foi criado para apoiar projetos nos segmentos de exploração e produção, refino, gás e energia e logística e conta, atualmente, com a disponibilidade orçamentária de US$ 1 bilhão no quinquênio 2024-2028.

Grupo Dasart cria Nortis Energia e anuncia

R$ 80 milhões em solar

OGrupo Dasart, conglomerado com atuação em diversos segmentos como construção e incorporação imobiliária, mercado

FotoVolt - Maio - 2024 08 Notícias
3,26 2,90 2,67 2,63 2,56 2,59
8–10Wp 10–15Wp >15Wp
Radar Solfácil Marcos Peron/Petrobras
Com potência total instalada de 48 MW, UFVs serão instaladas na Regap, Rnest e Replan (foto)

financeiro e shoppings centers, anunciou sua incursão no mercado de energias renováveis através da Nortis Energia. Com investimento próximo a R$ 80 milhões, a companhia vai focar na construção de usinas solares de geração distribuída com capacidade total de aproximadamente 20 MWp, potência capaz de atender em torno de 18 mil residências.

Atualmente, 10 usinas solares estão em operação ou em obras. Vitor Frota, CEO do Grupo Dasart, destaca que essa iniciativa reflete um conjunto de ações voltadas para a entrada estratégica no segmento de energia renovável. “Acompanhamos o crescimento do setor há anos e o recente marco regulatório nos deu a segurança necessária para iniciar os investimentos”, afirmou em comunicado.

A Nortis Energia oferecerá o serviço de energia solar por assinatura para residências, condomínios ou empresas, que poderão ter economia de até 15% em relação aos valores pagos na conta de luz. O modelo de geração compartilhada já existe desde 2012 e foi “recentemente sancionado na lei 14.300/2022 e na Resolução Aneel 1.059/23, o que possibilitou a oferta no modelo por assinatura. Esse crescimento também tem sido impulsionado pelos incentivos governamentais, o que permite que a eletricidade gerada seja mais barata que a tradicional”, afirma o comunicado da empresa.

Além de atender consumidores no sistema por assinatura, o grupo pretende ainda fornecer energia para seus próprios negócios de construção e imobiliários. “Vamos abastecer todos os nossos canteiros de obras e oferecer energia barata e renovável para nossos condomínios já entregues. Nossos clientes terão a certeza de que, ao adquirir um imóvel Dasart, toda a energia utilizada na construção provém de fontes renováveis”, conclui.

RZK e FIT Energia vão implantar usinas para GD compartilhada

ARZK Energia e a FIT Energia fecharam acordo para implantar 12 usinas solares fotovoltaicas e uma a biogás até 2025, com um total de 40 MW em potência instalada. Com vigência de 22 anos, o contrato de alocação de longo prazo contemplará instalações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Ceará, Piauí, Mato Grosso e no Distrito Federal.

A RZK Energia, que atua em geração e comercialização, será responsável pela instalação e operação dos ativos, enquanto a FIT, braço de comercialização varejista de energia do Banco Santander, fará a gestão dos créditos de compensação de seus clientes físicos e corporativos.

A estimativa é de que a operação movimente mais de R$ 800 milhões até 2045 por meio da geração distribuída compartilhada, atendendo cerca de 20 mil residências ou pequenos negócios. Isso deve evitar, segundo comunicado das empresas, a emissão de cerca de 75 mil toneladas de CO2

A maior parte das usinas previstas deve ser inaugurada entre maio de 2024 e o primeiro semestre de 2025, segundo garantiu o CEO da RZK, Luiz Serrano. “Trata-se de um planejamento compatível com a nossa experiência e com o ganho de escala operacional que já estamos implementando desde o ano passado”, afirma.

Já para o CEO da FIT Energia, Bruno Menezes, a expectativa reflete o novo fôlego que a empresa ganhou após ter negociado o controle acionário com o banco espanhol. “Após a entrada do Santander, temos ampliado nossa capacidade de oferta, investindo em contratos de longo prazo”, disse.

Albioma faz estruturação financeira para investir em minigeração solar

AAlbioma, empreendedora de energia renovável francesa, anuncia que concluiu a estruturação de R$ 200 milhões em notas comerciais privadas, em série única, para financiar a construção de projetos de minigeração distribuída de fonte solar fotovoltaica no Brasil. Os projetos estão em desenvolvimento, alguns em implantação e outros ainda em prospecção pelo grupo.

A emissão foi estruturada na modalidade project finance, com prazo de 26 meses, e se deu pela subsidiária Albioma Solar Brasil III. O crédito será destinado a financiar até 65 MW em novos projetos fotovoltaicos GD I, em diferentes estados. O novo portfólio de projetos é adicional aos 50 MW em ativos operacionais e em fase de comissionamento detidos pelas subsidiárias da Albioma.

O credor integral da operação é o banco BTG Pactual, que já fez a primeira integralização. A estruturação do crédito contou com a assessoria financeira da Watt Capital e a assessoria jurídica ao emissor foi realizada pelo escritório Tauil e Chequer, associado ao Mayer Brown. Já a assessoria técnica ao credor foi de responsabilidade do grupo Energia, e a assessoria jurídica foi do escritório Mattos Filho.

Para o presidente da Albioma no Brasil, Christiano Forman, a emissão foi um marco importante porque, somada aos aportes

FotoVolt - Maio - 2024 09 Notícias
Serão 13 novas instalações, sendo 12 solares e uma a biogás (na foto, usina FV Ceilândia da RZK) Reprodução

de capital próprio da companhia, garante 100% do capital necessário para executar o plano de investimentos.

“Trabalharemos agora na estruturação de financiamento de longo prazo para concluir a estruturação dos projetos. Ademais, seguimos prospectando novos projetos de GD I, pois ainda não atingimos nossa meta de expansão”, disse.

GreenYellow e Enerzee oferecem solar para comércio e indústria

AGreenYellow, empresa francesa especializada em projetos solares e de eficiência energética, fechou parceria com a integradora Enerzee para implantar no Brasil telhados solares nos setores de comércio e indústria. A operação visa projetos de geração descentralizada, que pode ser aplicada em modelo sem injeção na rede (grid zero).

os telhados como também para a gestão operacional e de manutenção. Já as equipes da Enerzee farão a instalação e o fornecimento dos equipamentos, que no caso são kits fotovoltaicos da empresa catarinense WEG.

Embora ambas as empresas tenham a intenção de fazer a prospecção de novos clientes, a parceria aproveita a capilaridade da Enerzee pelo País, em virtude de seus mais de 1500 consultores independentes ativos e seu portfólio superior a 100 MW de capacidade instalada em GD solar.

“Por meio da parceria serão gerados contratos de locação de longo prazo, um fato característico entre os acordos que firmamos no Brasil. Com essas funções bem definidas de cada parceiro, destacamos nosso posicionamento como player de infraestrutura de geração descentralizada”, disse o presidente da GreenYellow no Brasil, Marcelo Xavier.

Segundo a GreenYellow, a estratégia reflete a mudança na regulação da geração distribuída no Brasil, que alterou as condições do modelo de autoconsumo remoto, em que a empresa francesa tem mais de 200 MWp conectados ou em construção. Com os telhados em comércios e indústrias, a meta é fechar mais 30 MWp até o final de 2024. Como base do acordo, a GreenYellow será responsável pelo investimento total para viabilizar os projetos, recurso utilizado não só para implementar

Já para Etiara Sperafico, da Enerzee, a parceria atenderá o plano da empresa de crescer entre os clientes do grupo A, de média e alta tensão, e no mercado livre de energia. “A estratégia da Enerzee envolve oferecer soluções completas e personalizadas para cada cliente, conhecidas como soluções turn-key”, disse. Segundo Sperafico, as soluções visam tornar a energia solar mais acessível, com a não necessidade de investimento inicial dos clientes.

Telhados solares movimentaram R$ 8 bi no trimestre

As novas instalações de geração própria de energia solar em telhados de residências e empresas atingiram patamar de R$ 8 bilhões em investi-

FotoVolt - Maio - 2024 10 Notícias
Meta é encontrar novos modelos de geração descentralizada e instalar 30 MWp em telhados até o m do ano Reprodução (GreenYellow)

mentos no primeiro trimestre do ano, segundo mapeamento do Portal Solar, franqueadora de integração solar que atua em todo o País.

O balanço da empresa, com base em relatórios da Aneel, aponta que cerca de 200 mil novos consumidores adotaram a energia fotovoltaica no período, aí incluindo todas as modalidades de geração distribuída.

Isso significa que foram adicionados aproximadamente 2 GW de capacidade operacional em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil.

Segundo a empresa, os sistemas solares instalados no primeiro trimestre de 2024 somam cerca de 100 mil novas conexões em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais, e teriam sido responsáveis pela geração de aproximadamente 60 mil empregos diretos e indiretos.

Na análise do Portal Solar, o uso da energia solar pelas empresas e consumidores residenciais foi impulsionado pela queda do preço do equipamento, em torno de 40% nos últimos doze meses. Além disso, aponta como causas importantes a onda de calor no período, a elevação da tarifa de energia elétrica no Brasil e a busca por mais autonomia e conforto térmico com a implantação de aparelhos de ar condicionado, o que favorece o uso de energia própria.

Edsun faz captação para investir em solar para condomínios

AEdsun, startup que atua em energia solar para condomínios, iniciou rodada de captação na Captable, plataforma de investimentos em inovação no Brasil. A empresa de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, busca levantar R$ 1 milhão para acelerar a expansão de suas operações.

O modelo de negócio visa condomínios residenciais e comerciais. A startup financia o custo da instalação e divide a rentabilidade gerada pela energia

produzida. Segundo a Edsun, o condomínio consegue até 30% de desconto na conta de energia no primeiro mês de operação e, após dez anos, a economia pode chegar a 50%. O restante do valor referente à energia gerada é utilizado para remunerar investidores e a própria startup.

te em países como Estados Unidos, além de outros na Oceania e no sul da Ásia. O motivo principal é a constante queda nos custos dos módulos solares fotovoltaicos, que desde 2010, no caso dos baseados em silício cristalino, têm registrado baixa nos preços de 80%.

A Edsun opera três usinas em São Paulo e no Rio Grande do Sul e planeja usar o capital captado, além do conseguido em outra rodada de captação prevista para 2025, para expandir suas operações para mais de 100 condomínios nos próximos cinco anos. No curto prazo, até o fim de 2025, a ideia é ter 13 clientes. Os investidores podem participar da rodada com aportes a partir de R$ 1 mil, via o portal da Captable na internet.

Renováveis serão 62% da matriz energética global em 2050

As fontes renováveis, principalmente a solar e a eólica, dominarão progressivamente a matriz energética global, segundo estudo da consultoria EY. De acordo o relatório intitulado “Se a transição energética é diferente, que rumo ela deve tomar?”, a estimativa é a de que elas respondam por 38% da matriz até 2030 e por 62% até 2050.

Pesa muito a favor da tendência, segundo a EY, o boom na adoção da energia solar em diversos mercados, o que fará com que ela seja dominan-

Na Europa, aponta o estudo, a energia eólica vai se destacar, com a projeção de que se tornará a principal fonte em 2027, por meio não só da sua versão onshore mas também da offshore, que deve começar a crescer de forma mais acentuada no médio e longo prazo. A consultoria cita o caso do Reino Unido, cuja capacidade eólica já ultrapassou a de gás em junho de 2023. Para o chefe de sustentabilidade da EY, Ricardo Assumpção, porém, há alguns desafios que precisam ser superados para a implementação das fontes. Ele cita a necessidade de integrar as energias renováveis na rede, o aprimoramento do financiamento das atualizações da infraestrutura e a demanda de que a regulamentação acompanhe as mudanças do mercado. “A superação desses desafios exige esforço colaborativo entre os setores público e privado, reunindo políticas, investimentos, parcerias inovadoras e avanços tecnológicos”, disse.

Segundo o estudo, a maior adoção da energia solar centralizada e distribuída, da eólica e do hidrogênio vão impulsionar a transformação de todo o sistema, colocando sob pressão a rede elétrica. Isso exigirá soluções para expansão, especialmente em relação à flexibilidade, ou seja, a capacidade do sistema se adaptar à demanda de energia de forma constante.

Para se ter uma ideia, na Europa os requisitos de flexibilidade vão aumentar dez vezes até 2050, de acordo com as previsões da EY. Além do amadurecimento do uso de baterias e sistemas de armazenamento de longa

12 Notícias
FotoVolt - Maio - 2024
Empresa quer ter 13 clientes até o m de 2025 e 100 até 2029 Edsun/divulgação
SATISFAÇÃO
INDICAM A SERRANA SOLAR 96,35% 96% ESTÃO SATISFEITOS CONEXÕES QUE COMPROVAM A ESCOLHA CERTA! NOSSO MUITO OBRIGADO AOS 1.114 INTEGRADORES PARTICIPANTES! SÃO MAIS DE 15 VANTAGENS PARA INTEGRADOR E CONSUMIDOR ACESSE E CONFIRA
PESQUISA DE
2023 RESULTADO

duração na rede, a consultoria aponta que serão necessárias para superar esse risco estratégias que envolvam os consumidores como participantes ativos da rede, com o apoio de novos modelos de tarifação para gerenciar a intermitência da rede.

Outro desafio a ser superado são os problemas da cadeia de suprimentos e os atrasos nas licenças para instalação e operação de novos ativos de energia renovável. Há dificuldades na conexão de usinas em vários países, que podem levar alguns anos nos Estados Unidos e até 15 anos no Reino Unido.

O estudo está disponível via o link https://www.ey.com/en_gl/insights/ energy-resources/how-bold-actioncan-accelerate-the-worlds-multipleenergy-transition .

White Martins

produzirá hidrogênio verde em Jacareí, SP

Aprodutora de gases industriais White Martins informou que vai construir e operar um eletrolisador alcalino para produzir hidrogênio verde no Brasil. A nova

unidade, a segunda da empresa no País, terá sistema pressurizado de 5 MW e será construída ao lado da atual instalação de separação de gases em Jacareí, São Paulo.

A unidade será alimentada por energia de projetos locais das fontes solar e eólica, sendo que o hidrogênio verde gerado será certificado por empresa independente. A previsão é a de que a unidade comece a funcionar em 2025. Em 2022, a White Martins colocou em operação sua primeira planta de hidrogênio verde em Pernambuco, de 1,4 MW, alimentada por geração solar fotovoltaica.

A nova planta em Jacareí fornecerá hidrogênio verde à fabricante de vidros Cebrace, localizada na mesma

cidade. O planejamento é de a empresa receber o produto por meio de um gasoduto. Além do mercado do Estado de São Paulo, a planta também atenderá à demanda por hidrogênio verde de clientes atuais e novos da White Martins no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, em diversos setores industriais, incluindo metalurgia, alimentos e químico.

Além desses dois projetos, a White Martins, pertencente ao grupo alemão Linde, assinou memorandos de entendimento com os governos dos estados do Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e com os complexos portuários de Pecém, no Ceará, e do Açu, no Rio de Janeiro, para a realização de estudos de viabilidade para implantação de projetos de hidrogênio verde e de amônia verde.

Scatec assina PPA com Statkraft para usina em MG

AScatec, empresa norueguesa de soluções de energia renovável, assinou um contrato de compra de energia (PPA) de 10 anos com a Statkraft Energia do Brasil para uma usina solar de 142 MW em Minas Gerais. O PPA cobre cerca de 75% da energia a ser produzida, enquanto o restante deverá

14 Notícias FotoVolt - Maio - 2024
Além da indústria de vidros Cebrace, planta de H2 atenderá à demanda de clientes atuais e futuros da White Martins no Rio de Janeiro e em Minas Gerais White Martins/divulgação

ser vendido sob contratos de curto, médio e longo prazo.

As despesas de capital totais estimadas (Capex) para a usina solar são de US$ 94 milhões, a serem financiados por non-recourse financing, cobrindo cerca 63% deste montante com capital próprio da Scatec. Além disso, a empresa está em negociações avançadas para obter a uma linha de crédito de aproximadamente € 15 milhões para financiar parcialmente sua participação acionária no projeto. O fechamento financeiro e o início da construção da usina solar estão previstos para o segundo semestre deste ano, com o início das operações comerciais previsto para o final de 2025.

A Scatec terá participação acionária de 100% na usina solar, com o objetivo de atrair parceiros de capital assim que a operação comercial for alcançada para aumentar a geração de valor. A empresa também será a gestora de EPC do projeto, mas com um escopo de EPC limitado.

A Statkraft Energia do Brasil faz parte da Statkraft AS, que está presente no Brasil desde 2012. A empresa possui 26 usinas eólicas e hidrelétricas em operação, com capacidade instalada superior a 2 GW no País, considerando as aquisições existentes, recentes e projetos em construção. Sua unidade de operações atende a clientes comerciais e industriais de diversos segmentos por meio de seus escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo.

Este é o terceiro projeto solar da Scatec no Brasil, elevando sua capacidade total no País para 835 MW. É a primeira planta da empresa no submercado Sudeste.

“O Brasil é um dos nossos mercados foco e continuaremos a buscar oportunidades e a impulsionar Biden no anúncio do

a transição verde”, afirmou Terje Pilskog, CEO da Scatec.

A usina solar Mendubim, de 531 MW, no Rio Grande do Norte foi a segunda operação da Scatec no Brasil, desenvolvida em parceria com Equinor e Hydro Rein, além da Alunorte. A usina iniciou operação comercial no início deste ano. Já a primeira usina solar da Scatec no País, Apodi, de 162 MW, está localizada no município de Quixeré, no nordeste do Ceará. O projeto é uma parceria com Equinor e XP, e a planta entrou em operação comercial em novembro de 2018.

A Scatec desenvolve, constrói, detém a propriedade e opera centrais de energia renovável que somam 4,6 GW, entre plantas em operação ou em construção, em quatro continentes.

EUA investem US$ 7 bi em solar para população de baixa renda

Ogoverno dos Estados Unidos lançou um programa de subsídios de US$ 7 bilhões voltado para financiar projetos de energia solar fotovoltaica para famílias de baixa renda e comunidades desfavorecidas no período de 2024 a 2029. Batizado de Solar for All, o programa é administrado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês).

16 Notícias FotoVolt - Maio - 2024
programa Solar For All, que deve bene ciar 1 milhão de residências Adam Schultz/White House

Anunciado oficialmente pelo presidente Joe Biden no dia 22 de abril, o Solar for All foi incluído na Lei de Redução de Inflação (IRA, em inglês), a política federal norte-americana de transição energética baseada em incentivos fiscais.

A expectativa com o programa é de que 1 milhão de residências sejam beneficiadas com os subsídios, as quais devem economizar cerca de US$ 400 por ano com a energia solar distribuída. Com a implantação dos sistemas fotovoltaicos, também devem ser gerados por volta de 200 mil empregos no período. O programa se alinha com a meta do governo Biden de destinar 40% dos investimentos federais voltados à energia limpa para comunidades carentes.

Os subsídios são concedidos por intermédio de 60 agências ambientais estaduais e regionais, além de organizações não-governamentais (ONGs), que precisam se candidatar com projetos para receber os financiamento a fundo perdido. Por enquanto, entre os beneficiados do programa, estão várias ONGs que vão implantar microusinas em residências de indígenas de estados como Alasca, Arizona, Novo México e Colorado.

Alemanha compensa com renováveis o fim das nucleares

Depois de completar exatamente um ano sem ter energia nuclear na matriz, a Alemanha registrou aumento na geração de renováveis, aponta levantamento do ISE - Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar, que tem uma plataforma de dados própria para acompanhar o desempenho energético do país (energy-charts.info).

Com as últimas três usinas nucleares alemãs desligadas oficialmente em 15 de abril de 2023, em Emsland, Neckarwestheim e Isar, o ISE calculou a geração de energia renovável entre abril do ano passado até 15 de abril de 2024 e

17 FotoVolt - Maio - 2024

identificou aumento de 33 TWh gerados pelas fontes em comparação com mesmo período anterior, o que totalizou 270 TWh, representando 58,8% da carga elétrica da Alemanha.

O desempenho da fonte solar, principalmente com o aumento da geração distribuída no país, tem papel importante. A Alemanha tem cerca de 85 GW de potência instalada da fonte e ainda cerca de 70 GW em eólica e 9,5 GW de hidrelétricas reversíveis.

O acréscimo das renováveis também representa queda no consumo de energia a partir de fontes fósseis. Foram gerados de abril de 2023 a abril de 2024 cerca de 154,4 TWh a partir de carvão, gás natural e petróleo, o que representa, segundo o ISE, volume bem inferior à média dos últimos anos e, especificamente em comparação ao período anterior, 26% a menos.

Além da maior oferta das fontes renováveis e da disposição da sociedade alemã em optar pelas tecnologias de transição energética, o instituto analisa como fatores de influência para a mudança os esforços do país em eficiência energética, a redução de carga e o aumento nas importações de energia limpa de outros países. O desestímulo à matriz fóssil tem a ver também com os altos preços do gás natural e do carvão e os altos custos europeus de taxação/ precificação do carbono.

A redução da carga no país, segundo os dados do ISE, foi de 2,1% no período avaliado, chegando a 459 TWh. A explicação para isso tem a ver com muitas ações de economia de energia nos setores industrial e privado, o que evitou perdas, mas também com o declínio da produção industrial da Alemanha.

A maior importação de energia também ajudou a compensar o “vácuo” deixado pela geração nuclear, que em seu último ano de operação, entre 16 de

abril de 2022 e 15 de abril de 2023, correspondeu a 29,5 TWh de eletricidade. Segundo os dados da ISE, as compras externas de energia subiram de 21,3 TWh para 23 TWh.

Mas, na análise do instituto, o motivo da maior importação tem a ver com os baixos preços de energia renovável de usinas na Dinamarca, Noruega, Suécia e dos Alpes Suíços, principalmente durante o verão europeu de 2023. O cenário de compras externas de energia barata renovável fez com que a Alemanha não precisasse acionar usinas térmicas a carvão, que além de poluentes são mais caras do que as opções. Os preços da eletricidade no mercado (para o dia seguinte) caíram para o nível de abril de 2021, ou seja, menores do que antes da guerra na Ucrânia. O preço médio mensal da eletricidade no mercado diário em abril de 2024 era de € 48,39/MWh, ou 4,8 centavos/ kWh. Os preços da eletricidade residencial também estavam ao nível de 4 de junho de 2021 para novos clientes.

J6 planeja investir R$ 1,65 bilhão até 2029

AJ6 Energia Renovável, empresa do Grupo JMalucelli, anunciou investimentos de R$ 1,65 bilhão em projetos fotovoltaicos e hidrelétricos no Brasil nos próximos cinco anos. O plano de expansão prevê o desenvolvimento de usinas solares e hidrelétricas, considerando geração distribuída e produção

independente. As operações estão localizadas nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Em seu mais novo empreendimento, a empresa inaugurou em abril três usinas fotovoltaicas de geração distribuída (GD) com potência instalada total de 3 MW, no município de Trindade, em Goiás.

A carteira atual de desenvolvimento da empresa conta com os Complexos Solar e Eólico Joazeiro, em Bodó, no Rio Grande do Norte, com potência instalada de 718,7 MW e 198,0 MW, respectivamente, e os Complexos Solar e Eólico Belos Ventos, em Macau, também no Rio Grande do Norte, com 522,4 MW e 130,5 MW respectivamente. Além dos parques híbridos, a carteira de desenvolvimento conta com 62 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 30 MW em projetos fotovoltaicos.

A carteira operacional contempla a UHE Espora com 32 MW, a PCH Queixada com 30 MW, ambas no Rio Corrente, em Goiás; e a UHE Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, na qual a participação da companhia corresponde a 28,1 MW de capacidade.

A J6 Energia Renovável possui ainda experiência no setor de transmissão, com aproximadamente 1300 km de linhas (345-500 kV) e 5000 MVA de subestações implantados. Além da transmissão, já desenvolveu, implantou e operou mais de 500 MW em empreendimentos hidrelétricos, eólicos, solares, biomassa e a biogás de aterro desde 2001. Ao todo, a J6 Energia Renovável já investiu cerca de R$ 7,7 bilhões em projetos de energia renovável no País.

Notas

Inversores em garantia –A Solfácil anunciou uma otimização em seu serviço de entrega de inversores em

18 Notícias
FotoVolt - Maio - 2024
Usinas fotovoltaicas Limirim II, III e IV, em Trindade, Goiás J6 Energia Renovável/divulgação

casos de garantia: prazo de envio de até 48 horas. Antes disponível apenas para inversores da Goodwe, agora a agilidade se estende aos das marcas Growatt e Deye. Todo o processo de garantia é realizado diretamente pela Solfácil, sem necessidade de passar pela fabricante do inversor. No caso de inversores da GoodWe, o integrador não precisa enviar o inversor defeituoso para a Solfácil. Basta descartá-lo de forma responsável e um novo inversor será enviado para reposição, sem necessidade de logística reversa (sujeito a análise). Já para as demais marcas, é preciso devolver o inversor defeituoso, porém, não é preciso aguardar sua chegada ao distribuidor. A Solfácil é a primeira empresa do setor de geração distribuída a oferecer o envio de inversores em até 48h para casos de garantia, afirma em nota. Segundo a empresa, o tempo de espera no mercado em geral pode chegar a até 30 dias.

ONS contrata consultoria – O Operador Nacional do Sistema Elétrico contratou em 25 de abril consultoria com a joint venture formada pelas empresas PSR Soluções e Consultoria em Energia e Tempo OK Tecnologia em Meteorologia, que vão prestar serviços de desenvolvimento de modelos para previsão de geração solar fotovoltaica em curtíssimo e curto prazo, que se estende desde um dia até um mês à frente. Além disso, são esperados avanços para os processos que contemplem a análise e o tratamento de dados observados e previstos, metodologias de previsão de variáveis meteorológicas e técnicas de exploração e utilização destes dados. O contrato terá vigência até 23 de novembro de 2025.

Incentivo para integradores – A Chint Power Brasil lançou em 6 de maio seu “Rally de Vendas 2024” de incentivo aos integradores visando às vendas dos inversores da marca. O principal prêmio é uma viagem para Nova Iorque, nos Estados Unidos, com passagem de ida e volta, e cartões premiação de até R$ 10 mil. A campanha teve início em 6 de maio e considerará as vendas realizadas e cadastradas até 4 de agosto de 2024. Ganha o integrador que mais comprar inversores Chint Power, comprovado pela entrega das notas fiscais das compras, válidas durante o período da campanha. Regulamento e cadastro em: https://www-br-chintpowercom-4.rds.land/rally-de-vendas-pagina-de-captura

Expansão – A Fox ESS, empresa global de desenvolvimento de inversores e soluções de armazenamento de energia, está investindo aproximadamente R$ 1 milhão na expansão de seu centro de distribuição em Cotia, além da inauguração de um novo escritório, ambos situados em São Paulo. A iniciativa visa uma expansão da marca com foco nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País, principalmente voltado ao agronegócio, com sistemas off grid com inversores híbridos e baterias.

20 Notícias FotoVolt - Maio - 2024

Eficiência com solar – A distribuidora EDP disponibilizou R$ 2,1 milhões para projetos de eficiência energética em Poá, São Sebastião e Guarulhos, em São Paulo. Serão quatro projetos aprovados na Chamada Pública do Programa de Eficiência Energética (PEE) da empresa. Em Poá, o Hospital Municipal será beneficiado com a instalação de um sistema de energia solar com 114,38 kWp e substituição de 16 luminárias de maior consumo por LED. A EDP também realizará a substituição de 320 luminárias da iluminação pública da cidade por modelos com tecnologia LED. Em Guarulhos, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) terá substituídas 3346 luminárias por LED e instalado sistema fotovoltaico de 14,30 kWp. Em São Sebastião, o projeto aprovado contempla a substituição de 551 luminárias da iluminação pública no município por modelos de tecnologia LED.

GD compartilhada a correntistas – O banco Santander passou a oferecer a correntistas um serviço de uso de energia solar por meio do modelo da geração distribuída compartilhada. A oferta é feita por meio da FIT Energia, coligada do banco, e voltada para consumidores residenciais e pequenas e médias empresas. Os interessados aderem ao consórcio de GD da FIT, que permite o compartilhamento de créditos gerados principalmente por usinas solares fotovoltaicas. O processo de adesão é 100% digital: o interessado deve efetuar um pré-cadastro pelo site www.fitenergia. com.br/santander e anexar uma conta de luz recente e a documentação solicitada, para que a FIT verifique se há disponibilidade na região. Atualmente disponível para clientes de 13 estados brasileiros, o serviço deve alcançar até o fim do ano 20 estados e o Distrito Federal.

Quilombolas – O grupo Nexans, do segmento de cabos, sistemas e serviços para os setores de energia e industriais, está promovendo, por meio de projeto com a ONG Litro de Luz, um curso de capacitação no manuseio e instalação de energia fotovoltaica para moradores de comunidade quilombola em Magé, no Rio de Janeiro. Segundo comunicado da Nexans, a iniciativa vai beneficiar mais de dez moradores da comunidade quilombola Bongabá. Serão dois meses de aulas aos fins de semana, com conteúdo focado nos equipamentos e aspectos técnicos. Ao término das aulas, os alunos farão a instalação de módulos fotovoltaicos na Associação de Moradores da Bongabá.

21 Notícias FotoVolt - Maio - 2024

Variabilidade da fonte solar deve impulsionar armazenamento

Oarmazenamento de energia vem ganhando força no setor elétrico mundial. Em 2023, foram instala dos mais de 30 GW de novos sistemas no mundo, segundo informações de Markus Vlasits, diretor da NewCharge e presidente da Absae Associação Brasileira de Soluções de Armazena mento de Energia, em palestra na 4a edição do Intersolar Summit Brasil Nordeste, realizada em Fortaleza, CE. O crescimento tem sido apoiado pela redução do custo da tecnologia e o alcance da viabilidade econômica. De acordo com Vlasits, atualmente 1 MWh de um sistema de armazenamento com baterias de íons de lítio custa mais ou menos a metade de 1 MWhp de um sistema solar fotovoltaico mesmo no Brasil que, na visão de

Vlasits, tem alta carga tributária para baterias.

Expectativas apontam que o arma zenamento deverá aumentar exponen cialmente no mercado brasileiro ao longo dos próximos 5 a 7 anos seme lhante ao crescimento verificado pela GD solar fotovoltaica , impulsionado por programas de resposta de deman da, mobilidade elétrica e integração com geração e carga. E a sinergia com a geração solar é considerada um incentivo para o aumento da implan tação de baterias no Brasil. Um estudo da consultoria Cela Clean Energy Latin America prevê que o segmento deve crescer 12,8% ao ano até 2040 e adicionar até 7,2 GW de capacidade, movimentando mais de US$ 12,5 bi lhões no Brasil, levando em conta o

Com a crescente participação de energias renováveis, principalmente solar, na matriz energética, sistemas de armazenamento de energia serão fundamentais na gestão da variabilidade e da intermitência dessas fontes. Desafios enfrentados pelo setor elétrico atualmente, como constrained-off e rampa noturna, apresentam-se como oportunidades para evolução da tecnologia no mercado nacional.

cenário atual em que não existem po líticas específicas para a tecnologia. Já com incentivos e metas para fomentar a integração das baterias à infraestru tura de geração, transmissão e distri buição de energia elétrica, a consulto ria estima que a capacidade poderia chegar a 18,5 GW no período. Segundo Vlasits, o armazenamento já é competitivo para diminuir o custo da energia durante o horário de ponta para clientes de média tensão, e tam bém se apresenta como solução eficaz para prover flexibilidade à operação do sistema elétrico nacional em função do crescimento das fontes renováveis não despacháveis na matriz energética brasileira. De acordo com ele, a inte‑ gração do armazenamento com a gera ção solar oferece uma solução para os

22
Armazenamento de energia
FotoVolt - Maio - 2024
Jucele
ISA CTEEP
Dois exemplos de aplicação com grande potencial no Brasil: apoio ao sistema de transmissão da ISA CTEEP, para alívio da ponta, e a eletrificação de comunidades isoladas realizada pela Energisa, no programa “Mais Luz para a Amazônia” Energisa

desafios de “descasamento” entre pro dução fotovoltaica e demanda, equacio nando a variabilidade. “O pico da produção fotovoltaica ocorre durante o dia, e o pico da carga, no fim do dia. De acordo com dados do ONS [Operador Nacional do Sistema], a rampa noturna atualmente é de cerca de 20 GW, mas deve atingir 40 GW nos próximos 3 a 4 anos”, explica. Para Vlasits, há solu ções técnicas para os desafios, os quais abrem novas oportunidades de atuação para profissionais do setor fotovoltaico. “Precisamos de políticas públicas no setor brasileiro de energias renováveis e também atitudes por parte dos em preendedores para trazermos respostas e as melhores práticas internacionais para nossa realidade”, afirma.

Markus Vlasits, diretor da NewCharge: “Armazenamento apresenta-se como solução eficaz para prover flexibilidade à operação do sistema elétrico nacional em função do crescimento das fontes renováveis não despacháveis na matriz energética brasileira”

A falta de margem de escoamento na rede básica para a geração renová vel intermitente, que tem provocado desperdícios significativos do poten cial de geração de energia, aumentan do as taxas de constrained-off, também pode impulsionar a utilização de siste mas de armazenamento para elevar a flexibilidade de despacho. “Há usinas que estão perdendo de 10% a 20% do seu potencial de geração por questões de congestionamento de rede. É um problema sério para o business case desses empreendimentos e também

uma ineficiência muito grande para o sistema elétrico como um todo”, destaca Vlasits. Previsões do ONS apontam que o montante da energia vertida pode chegar a aproximada mente 50 GW até 2027, que correspon de, segundo o presidente da Absae, a quase 60% da carga diurna no Brasil. “Vemos que a operação de um sistema elétrico com uma elevada participação de fontes renováveis não despacháveis tem novas características e exige novas tecnologias”, afirma.

Para Tiago de Barros Correia, CEO da RegE Consultoria, flexibilidade é essencial, e pode ser obtida por meio de um sistema de transmissão mais robusto objetivo que tem sido perse guido pelo governo com a realização dos leilões e de recursos energéti‑ cos flexíveis. “Hoje em dia não é mais possível fazer hidrelétrica com reser vatório. Então, temos de encontrar um portfólio de térmicas e baterias”, afirma. “Além disso, é preciso desen volver flexibilidade também pelo lado da demanda, através de novas cargas, novos mercados. A bateria pode criar um mercado efetivo no Brasil de res posta da demanda, e o consumidor passa a ser parte da solução, não só do problema”, defende. A realidade do setor elétrico no Brasil, que antigamen te era muito peculiar, atualmente está convergindo com a de outros países, com a maior presença de renováveis variáveis e protagonismo da fotovoltai ca solar, alerta Barros.

Ainda segundo o CEO da RegE Consultoria, o baixo fator de capaci‑ dade das usinas solares é outro de‑ safio que, de imediato, pode ser solu cionado com a instalação de BESS na transmissão e em subestações cole toras de geração, abrindo margem para conexão. “A fonte solar, apesar de muito eficiente do ponto de vista econômico, gera ao longo de 6 a 8 horas, com pico de uma hora. Duran‑ te 12 horas, não produz volumes sig‑ nificativos de energia. Mas exige a

Tiago de Barros Correia, CEO da RegE Consultoria: “Hoje em dia não é mais possível fazer hidrelétrica com reservatório. Então, temos de encontrar um portfólio de térmicas e baterias”

construção de uma linha de transmis são ou de distribuição para atender a ponta, e que vai ficar ociosa. Desta forma, cria se um paradoxo: existem linhas de transmissão disponíveis, que são difíceis de operar na carga leve, e não há margem para implantar novas usinas”, explica. Outra solução para esse problema, segundo ele, é ampliar investimentos em usinas híbridas e associadas. “Eólicas e fotovoltaicas, se construídas juntas, aproveitando a mesma conexão, se complementam, e resolvem o problema do fator de ca pacidade”. No entanto, de acordo com Correia, essa medida não é adotada em larga escala, pois não há uma sinaliza ção de mercado. “Tem pouco benefício e a Aneel está muito confusa no pro cesso de outorga”. Segundo ele, o pla nejamento está desorientado. “Não se sabe quais projetos vão entrar até que peçam conexão. Por outro lado, não é possível expandir a conexão se não se sabe quais projetos devem ser atendi dos”, afirma. Correia defende a criação no Brasil de uma política energética para orientar os investidores a buscar flexibilidade e reduzir as ineficiências verificadas atualmente no mercado.

Onde estão as oportunidades

O leilão de reserva de capacidade, previsto para agosto, que tende a in cluir as baterias, conforme sinalizou o ministro Alexandre Silveira, do MME

23 Armazenamento de energia FotoVolt - Maio - 2024

Ministério de Minas e Energia, é considerado um acontecimento favorável para o segmento de BESS. “Sabemos que as térmicas têm seu papel. Estamos pleiteando um espaço para que a bateria possa atuar como complementariedade, e reduzir custos nos momentos de flexibilidade”, ressalta Ricardo Rosa, coordenador do GT de armazenamento da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica e conselheiro da Absae. Por sua vez, Aldhir Alves, do Departamento de Armazenamento de Energia do Grupo Moura, destaca que as baterias oferecem rapidez para atender períodos curtos de demanda, e custos menores do que os das térmicas nessas situações. “A térmica tem seu papel para demandas maiores. Por outro lado, tem pegada de carbono absurda. A bateria está entrando nesse leilão como solução de descarbonização de parte da reserva de capacidade”, esclarece.

Em função da falta de regulação para o segmento de armazenamento de energia, fabricantes, fornecedores e outros players do mercado têm sugerido como modelo de negócio para o leilão a junção de baterias a fontes intermitentes, de modo a que estas se tornem despacháveis. “Sabemos que o agente armazenador ainda é um desafio, tem muita coisa para regular. Mas os órgãos já estão cientes e conscientes que a regulação do armazenamento de energia é uma necessidade para o sistema elétrico. Hoje, a associação com renováveis é considerada o caminho mais curto para inserção das baterias já neste próximo certame”, afirma Rosa. Outra vertente para incluir futuramente o armazenamento em leilões específicos de novas energias prevê utilizar sandboxes regulatórios. “Em alguns países desenvolvidos, com regulamentações já mais robustas, usinas solares têm sido obrigatoriamente implementadas com pelo menos 15% a 25% de capacidade de baterias. Nosso

mercado tende a migrar para esse modelo, para conseguir controlar o despacho de energia na rede”, prevê Alves. Com o objetivo de discutir alternativas de soluções regulatórias para a inserção de sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro, a AneelAgência Nacional de Energia Elétrica lançou em outubro do ano passado a Consulta Pública (CP) 39, que propõe oito soluções normativas e cinco nãonormativas. Entre as normativas, há modelos para definição do montante, contratação e tarifação pelo uso do sistema de transmissão e distribuição (MUST-D, CUST-D e TUST-D) pelas baterias, e também proposta para definições de outorga para usinas reversíveis, para armazenadores autônomos, usinas com sistemas de armazenamento e para aprimoramento de modos de remuneração. No caso das propostas não-normativas, há sugestões para elaboração de procedimentos para a divulgação de dados da regulação e sobre o mercado, além de critérios para incentivar no País projetos de pesquisa e unidades piloto, e ainda sugestões para adoção de medidas para ampliação do conhecimento sobre os sistemas, com fomento a cursos e eventos, e de criação de agendas entre instituições públicas e privadas ligadas ao setor para incentivar a tecnologia. Diante da complexidade do tema, a Aneel organizou um roadmap regulatório, e dividiu o tema em três ciclos. No primeiro, de 2022/2023, o foco é caracterizar os recursos de armazenamento e definir os serviços a serem prestados. Fazem parte dessa agenda ainda o acesso da energia armazenada à comercialização e ajustes para eliminar barreiras regulatórias aos serviços prestados ao sistema. O segundo ciclo, 2023/2024, abordará as especificidades das usinas hidrelétricas reversíveis de ciclo aberto, ou seja, aquelas não conectadas a um curso d’água ou que não interfiram significativamente no regime hidrológico. Essa etapa tam-

FotoVolt - Maio - 2024 24 Armazenamento de energia

bém tem meta de avaliar os chamados sandboxes regulatórios para questões de interesse, como as receitas necessárias para viabilizar economicamente o armazenamento. No último ciclo, 2024/2025, estão previstos debates mais complexos, como os que envolvem regulação sobre os agregadores de serviços, além de simulações nos modelos computacionais e exploração de novos modelos de negócio como aplicações de armazenamento para a mitigação de constrained-off das usinas de geração.

A CP foi encerrada em dezembro, e recebeu diversas contribuições de associações e empresas, que estão sob análise. De acordo com o conselheiro da Absae, Ricardo Rosa, a Aneel declarou publicamente que os projetos não serão bloqueados por falta de regulação. “A agência comprometeuse a criar alternativas, como sandbox regulatório, para não impedir o desenvolvimento desse mercado no Brasil”, afirma. “As opções escolhidas pela Aneel dentre as possíveis aparentam uma abertura, contribuindo para o destravamento do mercado. Nota-se nitidamente que há uma intenção de simplificar”, completa.

Os sistemas isolados também despontam como oportunidades para o segmento, representando um mercado de R$ 11 bilhões, de acordo com Breno Machado, diretor comercial da unidade de negócios ProSummer, da UCB Power. Ele cita que atualmente existem cerca de 300 MWh de sistemas de armazenamento instalados no Brasil, sendo que os sistemas isolados respondem por 68% dessa capacidade. Só na região amazônica, segundo ele, existem 990 mil pessoas sem acesso à energia. “Um programa do governo federal, chamado ‘Mais Luz para a Amazônia’, pretende atender 219 mil famílias até 2030. Até 2026, deverão ser instalados 200 mil novos sistemas de armazenamento hoje, existem 84 mil sistemas instalados em comunidades isoladas”, relata.

Além disso, os sistemas de armazenamento podem deslocar a ponta, ou seja, armazenar energia quando ela é barata e utilizá-la nos horários de preço mais elevado, e as baterias podem ainda prestar serviços ancilares. “A bateria é o canivete suíço do setor elétrico, pois se aplica em todas as escalas, seja numa residência, sistema off-grid, ou mesmo colada numa subestação para apoio na frequência e na tensão”, afirma Jonas Becker, diretor da Colibri Capital. Outra aplicação é em sistemas de transmissão, como demonstra o case de sucesso da ISA CTEEP, que instalou na cidade de Registro, SP, um sistema de armazenamento de 60 MWh, o qual se mostrou uma solução mais viável do que refazer uma subestação de transmissão, permitindo postergar o investimento.

Uma solução que ainda está no radar da regulação e do mercado é o V2G, vehicle-to-grid, quando o carro elétrico é utilizado como um sistema de armazenamento de energia. Relacionado ao segmento de mobilidade, há ainda a possibilidade de reaproveitamento das baterias. “A bateria não é descartada, e pode ser utilizada, por exemplo, para armazenamento de energia ou outras aplicações de backup É uma solução para o futuro, que tende a acontecer muito fortemente quando a vida útil das baterias dos carros elétricos começarem a acabar”, prevê o diretor da UCB Power.

Um dos principais entraves para o avanço do BESS, de acordo com Vlasitz, é a falta de uma política de transição energética capaz de incorporar o armazenamento com base em diretrizes de competitividade, descarbonização e segurança energética. “Há deveres de casa a serem feitos na parte da regulamentação e de formulação de políticas públicas, e ainda na redução da carga tributária incidente, que é da ordem de 50% a 70%. Ao inviabilizar projetos devido ao preço proibitivo, o governo não arrecada. É um perde-perde”, conclui.

FotoVolt - Maio - 2024 26 Armazenamento de energia

Cabos e conectores para sistemas fotovoltaicos

Empresa, Telefone e E-mail

Aerial (11) 91337-4410 contato@aerialcabos.com.br

Boreal (12) 99114-0637 vendas@borealfiosecabos.com.br

Cabos e conectores solares são projetados para operar em sistemas fotovoltaicos de forma segura e e caz, especialmente concebidos para resistir a intempéries e manter as perdas de energia no mínimo, contribuindo para a máxima produção de energia solar. Neste levantamento trazemos uma descrição da oferta de diversas empresas no mercado nacional, facilitando a pesquisa pelo interessado.

Sua empresa é Cabos flexíveis Cabos para conexão em série de baterias Conectores MC4

Fabricante Importadora exclusiva do fabricante Seção

Tensão nominal (V) Classe de encordoamento Normas técnicas Seção

• 6 a 300 2A NBR 5111, 6524 e 5349

• 10 a 300 0,6/1kV 5 NBR 7286

Tensão nominal (V) Classe de encordoamento Terminal: L Terminal Rosqueado Furação

Normas técnicas

Simples Paralelo Para cabos

Normas técnicas

Cabelauto (35) 3629-2522 comeercial@cabelauto.com.br • 0 a 400 1,8kVcc ou max.1,2kVca 5 NBR16612:2017, EN 50618:2014 e TÜV 2Pfg 1169/ 08.2007 10 a 120 450/750V 5 • • 10 a 120 NM247-3/ ISO 6722

Cobrecom (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br

Corfio (49) 3561-3777 thais@corfio.com.br

KRJ Indústria (11) 97511-3110 comercial@krj.com.br

Lamesa (19) 99314-6559 vendas@lamesa.com.br

LCI Brasil (11) 96334-4673 vendas@lci-brasil.com

• 0 a 400 1.8 kV e 0,6/1 kV C5

Megatron (11) 4636-1920 vendas@megatron.com.br •

PAN Electric (54) 99704-5001 vendas@pan.com.br

28 FotoVolt - Maio - 2024
NBR 16612 e NM-280 0 a 400 1.8 kV (CC) e 0,6/1 kV (CA) C5
• 4
6 1.800 5 NBR
a
16612
UL:
EN 62852 + (Amd.1:2020)
2,5 a 6,0
6703 1500V e TUV: IEC 62852:2014 + (Amd.1:2020);
• 4 a 6 1,8kV 5 ABNT NBR 16612
• • • 2 a 10 TUV/CE (IEC 62852:2014)
10
4 a
1,8kV 5 NBR 16612
0 a 240 0,9/1,8KV
EN 50618
NBR16612
5
e
Guia1

Empresa, Telefone e E-mail

Proauto (15) 99613-8269 solar@proauto-electric.com

Prysmian Group (11) 97656-7391 marcondes.takeda@prysmiangroup.com

RCM (42) 3523-8785 rcm@rcmcaboseletricos.com.br

SIL Fios (11) 94341-6337 sil@sil.com.br

Stäubli (11) 91442-6564 fht.affonso@staubli.com

Weidmüller Conexel (11) 4366-9600 vendas@weidmueller.com

Wireflex (12) 2139-4900 renan@wireflexcabos.ind.br

Stäubli Electrical Connectors Ag/Suíça

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 128 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, maio de 2024

Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

29 Guia - 1 FotoVolt - Maio - 2024
Sua
Cabos flexíveis Cabos para conexão em série de baterias Conectores MC4 Fabricante Importadora exclusiva do fabricante Seção Tensão nominal (V) Classe de encordoamento Normas técnicas Seção Tensão nominal (V) Classe de encordoamento Terminal: L Terminal Rosqueado Furação Normas técnicas Simples Paralelo Para cabos Normas técnicas
empresa é
• • • • 0 a 6 EN 50521:2008+A1:2012
• 1 a 500 750 a 1.000 5 NBR NB247-3, NBR 13248 e NBR 7286 • 2,5 a 10 IEC-62852 e EN 62852:2015
• 0 a 10 1kv CA e 1,8 CC 6 NBR 16612
• 4 a 10 1.8 kV C.C. 5 NBR 16612
• • 0 a 10 MC4; TÜV/UL; IP68; IP2X; CAT III; MULTILAM; PC/PA; UL94:V-0
• • 4 a 6 DIN EN 50521, TUV
• 0,50 a 630 750 V e 0,6/1 kV 4 a 5

Tendências e desafios da energia solar no Nordeste do País

Evento de referência na região, compreendendo congresso e feira, o Intersolar Summit Brasil Nordeste atraiu mais de 5 mil profissionais e aproximadamente 100 empresas expositoras. O evento proporcionou oportunidades de networking e negócios, além de debates sobre assuntos importantes do setor solar e áreas correlatas. Esta reportagem faz um apanhado de seções do congresso e descreve destaques da exposição.

Aenergia solar fotovoltaica representa 17,5% da matriz elétrica brasileira, com 41 GW em operação, sendo 28 GW de geração distribuída e 13 GW de usinas centralizadas, segundo dados da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica divulgados em abril. A expectativa é de que até 2050 a fonte seja responsável por uma fatia de 30% do setor elétrico nacional. O uso da energia solar deve ser potencializado pelo aumento da eletrificação, expansão do mercado de hidrogênio verde e ainda pela associação com sistemas de armazenamento de energia (veja matéria na página 22). O Nordeste conta com 12,7 GW em operação, somando geração distribuída e centralizada, mais de R$ 61 bilhões investidos na fonte, 383 mil empregos e cerca de R$ 18 bilhões de impostos arrecadados, de acordo com a Absolar. Seis estados da região estão entre os dez primeiros em volume de energia no segmento de geração centraliza-

da. O Ceará ocupa a quarta posição nesta modalidade; já em geração distribuída, apresenta 833,8 MW de capacidade instalada. O estado também tem demonstrado um potencial notável para produção de hidrogênio verde, com mais de 30 memorandos de entendimento assinados e empresas que preveem iniciar a produção já em 2024.

Por conta desse protagonismo do Nordeste no cenário de geração renovável, foi realizada nos dias 10 e 11 de abril em Fortaleza, CE, a 4ª edição do Intersolar Summit Brasil Nordeste, que se consolida como evento referência na região. Organizado pela Aranda Eventos e Congressos, de São Paulo, SP, e pela Solar Promotion International GmbH de Pforzheim, Alemanha, o summit recebeu mais de 5000 visitantes e 100 empresas expositoras, e abordou temáticas relevantes para o setor, como as perspectivas para o seg-

30 Intersolar Summit Brasil NE
FotoVolt - Maio - 2024
Jucele Reis, da Redação de FotoVolt

mento de energia solar, hidrogênio verde, armazenamento de energia e mobilidade elétrica, entre outros assuntos. O evento também ofereceu minicursos, abordando dimensionamento de sistemas de armazenamento de energia e otimização de operação usando IA; energia fotovoltaica para produção de hidrogênio verde; aterramento de usinas fotovoltaicas; demanda de energia para consumidores com alta densidade de estações de recarga para veículos elétricos; aplicações de balanceamento de carga em estações de recarga para veículos elétricos; e oportunidades para o integrador em energia solar, mercado livre e mobilidade. “Estamos muito contentes com os resultados dessa edição do Intersolar Summit Brasil Nordeste. Tivemos discussões de alto nível em nossos painéis, geração de conhecimento nos minicursos e diversos negócios em nossa feira. Esperamos seguir contribuindo nessa jornada, que gera benefícios para toda a sociedade”, destacou Dr. Florian Wessendorf, diretor-geral da Solar Promotion International GmbH. A próxima edição do evento vai acontecer em 23 e 24 de abril de 2025, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, CE.

Mais apoio, menos tributos

O congresso destacou o potencial do Nordeste do Brasil no setor de energia solar e seu papel na transição energética, enfatizando a integração da fonte com outros serviços, como digitalização e hidrogênio verde. No primeiro painel, Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, ressaltou que a redução do preço da tecnologia e o aumento da conta de energia elétrica tendem a manter a atratividade da geração solar. “O Nordeste é um carro-chefe da energia solar fotovoltaica, tanto pelo recurso solar, que é o melhor do Brasil, quanto pelo acesso a terras com preços razoáveis, o que

facilita o aproveitamento de áreas para grandes projetos”, acrescentou. No entanto, de acordo com ele, para impulsionar novos negócios na região, é necessário criar programas estaduais a fim de gerar demanda, e também projetos de conscientização da população sobre os benefícios da tecnologia. Outra reivindicação é a abertura de linhas de financiamento através do apoio de bancos públicos e privados e cooperativas de crédito. “Também estamos buscando estruturar programas municipais, que envolvem desconto de IPTU para quem investe em energia solar, e redução de ISS para empresas do segmento, a fim de atrair mais empresários para a região”, acrescenta. Segundo o presidente da Absolar, também está na mira o pedido de implementação do ReidiRegime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura para as usinas de pequeno porte e acesso a debêntures. Sauaia relatou ainda que o setor reclama a publicação, por parte do MME - Ministério de Minas e Energia, da resolução do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética para que a Aneel possa calcular o valor da energia injetada na rede a partir de 2029. Segundo um estudo encomendado pela Absolar à consultoria Volt Robotics, a geração distribuída agrega cerca de R$ 85 bilhões em benefícios líquidos, já descontados todos os custos para os consumidores brasileiros, mesmo daqueles que não geram a própria energia. “Na média nacional, de uma tarifa na faixa de R$ 730/MWh, incluídos impostos, a geração distribuída gera benefício entre R$ 403 e R$ 405 reais por MWh”, defendeu.

Dificuldade de conexão

na GD e na GC

Sobre a evolução da geração distribuída na região Nordeste, o presidente do Sindienergia - Sindicato das

Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará, Luis Carlos Gadelha, destacou a importância de uma estratégia governamental centralizada para explorar o potencial do setor de maneira mais assertiva. Gadelha chamou a atenção para a dificuldade de conexão dos sistemas fotovoltaicos às distribuidoras, que representa ainda um obstáculo para a expansão da geração distribuída. No segmento de geração centralizada, a conexão ao SIN - Sistema Interligado Nacional também é um desafio. Segundo Sauaia, há mais de 140 GW de projetos solares outorgados, mas não há conexão para todos. Além dos leilões, o executivo sugere a criação de uma metodologia competitiva que privilegie projetos que efetivamente têm condições de serem implantados, evitando especulação. Outro problema apontado pelo presidente da Absolar é o aumento do constrained off. “A limitação da infraestrutura não é culpa do empreendedor. Portanto, ele não pode ser penalizado e deixar de receber o faturamento que está previsto no seu projeto, já que pode gerar”, disse.

Na área de transmissão, a expectativa é de que os investimentos previstos, de cerca de R$ 50 bilhões, favoreçam o escoamento da produção de novos projetos. “Até 2026 e início de 2027, há pouca disponibilidade de margem de conexão para novas gerações. A rede está saturada e daí a necessidade realmente desses investimentos em transmissão para desafogar e permitir as novas conexões”, destaca Filipe Souza, gerente de desenvolvimento de projetos da Kroma Energia. Segundo ele, devido a limitações na transmissão e uma “fila imensa de empreendimentos renováveis com pedidos de acesso ao SIN, uma alternativa é a competição entre os projetos pela conexão”. O executivo também destacou a MP 1212, que tem como um dos objetivos “casar” o cronograma dos projetos

31 Intersolar Summit Brasil NE FotoVolt - Maio - 2024

de geração com o das obras de transmissão por meio da prorrogação do prazo de 48 para 84 meses para início de operação dos projetos de energia renovável.

Marcio Tranin, diretor-presidente da Sunco Capital para a América Latina e vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar, ressaltou que embora o ambiente seja desafiador para novos investimentos em geração centralizada, o Brasil possui fundamentos sólidos, que favorecem os investimentos, como recursos naturais e boas condições para crescimento do consumo per capita, além de histórico de segurança regulatória e redução do Capex, tornando a solar mais competitiva.

A autoprodução de energia tem sido considerada uma modalidade importante para viabilizar projetos. A promessa de o Brasil vir a ser o principal hub mundial de hidrogênio também é motivadora. Além de exportador, o País também deve desenvolver um mercado interno. Outros fatores incentivadores são a eletrificação, o avanço do uso das baterias, inclusive para dar estabilidade à operação do sistema, e a abertura do mercado para baixa tensão. Além disso, o País conta com financiamento consolidado, segundo ele. “O BNB e BNDES são grandes financiadores de renováveis. E tem surgido alternativas, como debêntures incentivadas de infraestrutura e PPAs em dólares”, completou.

Em sua palestra, Jurandir Picanço, consultor de energia da FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará, destacou diversos fatores que deverão acelerar a adoção, e consequente expansão, de fontes renováveis de energia. A principal delas é a substituição da produção de energia térmica a partir dos combustíveis fósseis. Outro impulsionador é o processo de eletrificação, que tem como expoente a mobilidade elétrica. Por fim, tem-se o hidrogênio verde, considerado vetor para a transição energética.

Discussões descoordenadas e oportunistas

Segundo Picanço, o Brasil tem um enorme potencial de energias renováveis, que não tem sido aproveitado. “Só a fonte solar soma 28 500 GW, sendo 24% desse montante localizado no Nordeste”, cita. “Neste País, as decisões são tomadas em função das ocasiões. As discussões sobre leis do mercado de carbono, da transição energética, do hidrogênio verde e eólica offshore têm sido realizadas de forma descoordenada e oportunista, com idas e vindas. Estamos perdendo a oportunidade de fazermos um projeto de longo prazo”, advertiu. Para ele, o Nordeste tem uma excelente condição de combinar geração solar com eólica, sendo capaz de criar um ambiente único no mundo para o modelo de negócio de hidrogênio verde. Entre os obstáculos estão a falta de um marco legal e de incentivos apropriados. Segundo o consultor, o mercado atual de hidrogênio verde é incipiente, mas as projeções apontam crescimento. Ele citou que o negócio totaliza 110 milhões de toneladas e US$ 150 bilhões anuais atualmente. Para 2050, a projeção é de 500 milhões de toneladas e US$ 600 bilhões por ano.

Picanço afirmou ainda que a União Europeia estabeleceu que a partir de 2030 será preciso importar hidrogênio devido à impossibilidade de produzir o volume necessário no território europeu. “Serão importadas cerca de 10 milhões de toneladas por ano a partir de 2030. Essa é uma grande oportunidade, e temos de disputar esse mercado”, alertou. De acordo com o consultor, há mais de 140 GW de projetos eólicos e solares outorgados no Nordeste. “Levando em conta que 1 milhão de toneladas de hidrogênio requer cerca de 6,6 GW de eletrólise e 16,6 GW de energia renovável, então 140 GW é capaz de suprir uma produção de 8 milhões de toneladas de hidrogênio verde”, contabilizou.

Para Rodrigo Sauaia, é importante que o governo crie demanda nacional

para o País não depender só de exportação. Segundo ele, espera-se que todas as ferramentas utilizadas com sucesso para as energias renováveis sejam revertidas para o mercado de hidrogênio verde, a fim de prover competitividade, como debêntures de infraestrutura, redução da carga tributária sobre os equipamentos e condições de financiamento diferenciadas.

Diversos projetos e memorandos de entendimento (MoUs) de hidrogênio verde têm sido firmados no Brasil. Segundo Picanço, no Piauí há dois projetos promissores, um da Green Energy Park e outro da Solatio, somando investimentos de R$ 200 bilhões. Por sua vez, o Ceará conta com diversos MoUs, sendo que alguns projetos já reservaram espaço na área da zona de processamento de exportação do Porto de Pecém. O consultor também mencionou o projeto de pesquisa e desenvolvimento, já em operação, da EDP. No Rio Grande do Norte, ele aponta o projeto piloto da Petrobras, que investirá R$ 90 milhões para estudar a produção do combustível. Em Pernambuco, foi criada uma chamada pública para um projeto de grande porte e existe uma unidade da White Martins produzindo o hidrogênio. Há projetos ainda de um centro de pesquisa chamado TechHub, envolvendo recursos externos para o desenvolvimento de tecnologias do hidrogênio verde. A Bahia tem oito memorandos de entendimento assinados, sendo da Unigel o mais avançado, já com a contratação dos eletrolisadores. No entanto, segundo Picanço, nenhum desses projetos vai avançar caso não seja estabelecido o marco legal de hidrogênio no País e estabelecidos incentivos. “Diversos países, como Estados Unidos, Europa, Austrália, Canadá e Japão, já garantiram incentivos ao hidrogênio verde. O hidrogênio de baixo carbono é mais caro do que o hidrogênio cinza. Se não tiver incentivo, não vai mudar nunca”.

32 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

H2V mais barato do mundo

Joaquim Rolim, secretário de indústria da SDE Secretaria do De senvolvimento Econômico do Ceará, disse que o Brasil tem condições de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo. Um estudo da Cela Clean Energy Latin America aponta que já é possível produzir hidrogê‑ nio verde no Brasil com custo nive‑ lado entre US$ 2,87/kg e US$ 3,56/kg em algumas localidades estratégicas. E, com otimizações e incentivos, esses valores podem chegar a até US$ 1,69/ kg, com custos altamente competiti‑ vos frente ao hidrogênio cinza, pro‑ duzido por fontes fósseis e poluentes. Já um estudo da McKinsey cita que o Brasil pode ser uma potência em sustentabilidade, com um mercado de US$ 125 bilhões em várias verten tes, com contribuição de US$ 20 bi lhões do hidrogênio verde e de US$ 11 bilhões das energias renováveis. Até

2040, a perspectiva é de que o mer‑ cado de exportação de hidrogênio verde represente entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões por ano. “O mercado interno também tem um potencial fabuloso, possivelmente gerando re ceitas de US$ 10 a US$ 12 bilhões até 2040, principalmente nos segmentos de caminhões, aço e aquecimento in dustrial”, diz o secretário. A projeção é de que em 2030 o Ceará produza 1 milhão de toneladas de hidrogênio, o que representa 16 GW de energia renovável. “O Porto do Pecém já tem capacidade de receber 3,6 GW de ele trólise, o que propicia em torno de 600 mil toneladas de hidrogênio”, afirmou Rolim.

De acordo com ele, o governo do Ceará tem feito resoluções e decretos para impulsionar o mercado de hi‑ drogênio verde, e o estado conta com US$ 35,6 bilhões de investimentos anunciados. “O governo também tem

trabalhado para resolver o problema de escassez de água, que é essencial para produção de hidrogênio verde”, afirmou. As soluções propostas são água de reúso e água de dessaliniza ção. Ele citou ainda que há vários pro jetos de pesquisa no Ceará em energia renovável, hidrogênio verde, arma zenamento e eletrólise, que culminou na criação de uma rede cujo objetivo é concatenar os esforços nas universida des para obtenção de resultados mais efetivos e otimizados.

De acordo com o consultor Airton Feitosa, o mercado de carbono tam bém promete impulsionar as tecno logias limpas. “Na União Europeia já existe uma valoração dos produtos de menor emissão de gás de efeito estufa. Vai haver taxação do produto em função do índice de emissões. São políticas que realmente vão criar condições para o desenvolvimento do hidrogênio verde”, disse.

34 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

Um universo de inovações

Em paralelo ao congresso, foi realizada a exposição que contou com mais de 100 empresas do setor, ocupando área de cerca de 5000 m2. Grandes players do segmento de energia solar marcaram presença no espaço, voltado para concretização de negócios, apresentação de inovações do setor e troca de contatos. Nesta reportagem, são apresentados alguns destaques e lançamentos desses expositores, como produtos, sistemas, serviços e soluções voltadas ao mercado de geração solar fotovoltaica.

Estruturas de solo

A NTC Somar, fabricante de estruturas fotovoltaicas, apresentou na Intersolar Summit sua linha de fixação solo. Com

opções que atendem aos diversos

módulos do mercado, a empresa oferece soluções estruturais em aço USI Civil 300 galvanizado a fogo e terças e grampos em alumínio 6005-T5. Além das opções personalizadas, que são o carro-chefe, a companhia destacou uma amostra de sua solução monoposte com a marca gravada à laser.

www.ntcsomar.com.br

Microinversor e módulo solar

A Serrana Solar apresentou em seu estande produtos de geração de energia e vantagens comerciais oferecidas para integradores e consumidores. A empresa fornece kits fotovoltaicos, e

permite o acompanhamento de todos os pedidos, da compra até a entrega. Na feira, o destaque foi o lançamento nacional do microinversor da SAJ com 97,5% de eficiência e 4 entradas

MPPT individuais, e também o painel solar ReneSola, empresa Tier1, nos modelos

P-Type, N-Type e bifacial com alta geração e eficiência.

www.serranasolar.com.br

Inversores fotovoltaicos

A Nansen, uma das expositoras da feira, destacou seu pacote de soluções de inversores fotovoltaicos, que inclui modelos on grid, monofásicos híbridos, all-in-one e ainda módulos de baterias e monitoramento remoto.

35 Intersolar Summit Brasil NE FotoVolt - Maio - 2024

Os inversores trifásicos 220 V on grid contam com corrente de string até 16 A, ampla faixa de tensão MPPT, eficiência máxima de 98,5%, análise da curva IV e função AFCI (opcional). A linha conta com modelos com potência nominal de saída de 10, 12 e 15 kW; corrente nominal de saída de 26,2 A, 31,5 A e 39,4 A; e máxima saída de corrente de 28,9 A, 34,6 A e 39,4 A. A empresa também oferece modelos trifásicos on grid de 220 V que possuem operação em altitudes elevadas, proteção CA e CC integrada, comunicação WiFi e bluetooth, além de acompanhamento e atualização remota.

www.nansensolar.com.br

Bombeamento solar

O sistema solar para bombeamento de água Écaros, da Ebara, é indicado para abastecimento de reservatórios, caixas d´água, cisternas e pressurização, pequenas irrigações e aplicações de pequeno porte nas indústrias. A motobomba de superfície com motor de ímã permanente B-13 Ci possui carcaça em ferro fundido, rotor em bronze, bocais de sucção e recalque 1” BSP, enrolamento do motor em cobre e ponta do eixo em aço inoxidável. O motor de ímã permanente sem escovas possui alimentação em corrente contínua, carcaça em alumínio, refrigeração por ventilação forçada e controlador eletrônico interno com função MPPT. A conexão é feita diretamente no painel solar. www.ebara.com.br

Estruturas de solo

A Metal Light Solar esteve presente na

Intersolar Nordeste e apresentou suas estruturas fixas para usinas de solo, destacando a linha Premium, que suporta ventos de até 180 km/h ou 50 m/s. O equipamento tem estrutura conformada no aço civil 300 e pósgalvanizada seguindo a NBR 6323. Segundo a empresa, os produtos têm alta robustez em todos seus componentes estruturais. A Metal Light Solar também expôs os grampos Max, que possibilitam a fixação por cima dos painéis fotovoltaicos. Outro destaque foi o Robust Tracker, uma estrutura de seguidor solar com eixo único horizontal – bifila, que possui um controlador baseado por georreferenciamento para posicionar o tracker, a fim de maximizar a captação dos módulos fotovoltaicos. O equipamento conta com sistema de acionamento via eixo cardam com 2 redutoras e 1 motor de 144 W, que movem a estrutura. É capaz de suportar ventos de 50 m/s e inclinações de solo de 15% em todos os sentidos.

www.metallightsolar.com

Distribuição de produtos FV

A TVin Solar apresentou na feira diversos produtos que distribui, como microinversores da Enphase e Dah Solar, inversores monofásicos e trifásicos da Growatt (foto) e Kehua Tech, e módulos solares da ZNShine Solar e Dah Solar, além de cabos da Reicon e estruturas de fixação da Pratyc. A empresa também oferece consultoria em equipamentos fotovoltaicos e assistência técnica local para integradores. https://tvin.com.br/tvin-solar

Módulo autolimpante

A ZNShine Solar mostrou o módulo solar que possui nanotecnologia autolimpante. Revestido com grafeno, o equipamento possui propriedades fotocatalítica e hidrofílica, aumentando a geração de energia. O frame tem estrutura de poliuretano, que, de acordo com a empresa, oferece diversas vantagens, como resistência a riscos e a corrosões, propriedades de antirreflexo, além de ser altamente isolante e possuir ultrabaixo carbono. www.znshinesolar.com

Fixadores FV

A Inox-Par apresentou na feira diversos fixadores para painéis fotovoltaicos. A linha Solar compreende ganchos solares, grampos terminais,

arruelas de borracha, porcas sextavadas flangeadas serrilhadas, parafusos martelo e francês, ganchos de alumínio, hastes, conjuntos hastes, chapas retas com furo, arruelas e abraçadeiras, etc. A empresa afirma possuir estoque com mais de 18 mil itens disponíveis, além de fábrica própria. www.inoxpar.com.br

Distribuição

A Connectoway Solar distribui módulos, inversores e estruturas metálicas de diversas marcas. Na feira, o destaque foram os diversos modelos de inversores fabricados pela Huawei, direcionados a aplicações em residências, comércios e indústrias, além de utilities. Os inversores trifásicos 800 V contam com comunicação smart-

36 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

logger3000 e diagnósticos de curva IV. Já os inversores trifásicos

380 V possuem monitoramento integrado e dispositivo de proteção contra surtos CC/CA.

connectowaysolar.com.br

Tracker

O Hexatracker foi o destaque da Brametal na exposição. O sistema comporta até 64 módulos em retrato (vertical) no modelo monofileira e 128 módulos na versão bifileira. Segundo a empresa, o equipamento dispensa solda e ferramentas especiais, e é compatível com todos os módulos do mercado, inclusive bifaciais. Utiliza um acionamento com motor DC, que pode ser integrado a uma bateria, e tem comunicação wireless (Zigbee), não necessitando de infraestrutura elétrica para instalação em campo. www.brametal.com.br

Inversores on grid

A distribuidora FiberX Renováveis destacou na feira os inversores on grid de 3 a 350 kW e os híbridos monofásicos até 6 kW, fabricados pela Sineng. A empresa também distribui módulos fotovoltaicos Tier 1 e Tier 2, estruturas de fixação e acessórios, como cabos, conectores e string boxes. A empresa oferece suporte técnico local e pronta entrega. renovaveis.fiberx.com.br

Inversor híbrido

A série HYS-LV, destacada pela Hoymiles, é composta por inversores híbridos monofásicos com classes de

potência de 3 kW a 6 kW. Segundo a empresa, a função EMS suporta modo de autoconsumo, modo econômico e modo de reserva para aplicações em vários cenários. Possui gerenciamento de monitoramento por meio do S-Miles Cloud, que permite aos usuários diagnosticar e rastrear remotamente o desempenho do sistema, a fim de maximizar a produção de energia e a utilização da bateria. Entre os recursos destacam-se: limite de exportação inteligente, rastreador MPPT duplo, até 14 A de corrente MPPT, tempo de comutação de nível UPS inferior a 10 ms, relação CC/CA até 150%, etc.

hoymiles.com

Bomba solar

A tecnologia para realizar o bombeamento

solar, apresentada pela Intelbras, é voltada para aplicações no agronegócio e em áreas remotas e isoladas. A empresa também expôs outras soluções, como gerador on grid com inversor de 75 kW e módulo Finame de 550 W; inversor carregador ICS 5002; carregadores para veículos elétricos, com potências de 3 a 22 kW; e baterias de lítio.

racterísticas do produto são: grau de proteção IP 66, conexão Ethernet, WiFi e GPRS, compatibilidade com carregadores não-inteligentes (modo 3); monofásico e trifásico; plugand-play. Permite comunicação com carregadores residenciais comuns e operação e gestão remota de equipamentos não-inteligentes. www.use-move.com

www.intelbras.com.br

Soluções de recarga de VEs

A movE Eletromobilidade fornece o dispositivo movE Smarter. Segundo a empresa, a solução transforma em inteligente e comunicável qualquer carregador de veículo elétrico do mercado. Possui a funcionalidade smart charging, que permite modular a potência de recarga dos carregadores. Outras ca-

Inversores e armazenamento

A Solis lançou na exposição os inversores trifásicos S6-GU350K-EHV, que possuem 12/16 MPPTs, eficiência máxima de 99%, > 150% de relação CC/CA, função SVG noturna, monitoramento inteligente de string e varredura de curva IV inteligente. Os equipamentos contam ainda, de acordo com a empresa, com atualização remota de firmware com operação simples. Possuem nível de proteção IP66 e C5, recuperação de PID integrada para melhor desempenho e design sem fusíveis. A empresa também mostrou a solução de armazenamento de energia S6-EH3P(5-10)K-H-EU, que conta com modelos com potência máxima de entrada de 8, 9,6, 12,8 e 16 kW. A tensão máxima de entrada, tensão nominal e tensão de partida são, respectivamente, de 1000 V, 600 V e 160 V. A bateria é de Li-ion, com intervalo de tensão de 120-600 V e máxima potência de carga/descarga de 5, 6, 8 e 10 kW, dependendo do modelo. Já a corrente máxima de carga/descarga é de 25 A ou 50 A. Conta com comunicação CAN/RS485. Possui proteção de ilhamento, de sobrecorrente de saída, contra curto-circuito, contra inversão de polaridade CC, contra sobreten-

38 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

são fotovoltaica e reversa da bateria, além de AFCI e interruptor CC integrados.

www.solisinverters.com

Lastro solar

A Fortlev mostrou na exposição seu lançamento: estruturas de lastro solar. Trata-se de uma solução que, de acordo com a empresa, gera ganhos em escala para usinas de solo ou laje. Os lastros são preenchidos com terra, areia, brita, concreto ou similares para sustentar a estrutura em que se fixam os perfis e os módulos. O produto é produzido em polietileno, pesa 15 kg, e possui alta resistência. Segundo a empresa, proporciona redução no tempo de montagem da usina e o cronograma do projeto não atrasa em caso de mau tempo e chuvas, já que não é necessário o uso de massa à base de cimento. Outra vantagem é que, por ser feito com material não corrosivo e de alta durabilidade, dispensa gastos recorrentes na manutenção. fortlevsolar.com.br

Financiamento

cada vez mais espaço na carteira de negócios da instituição financeira, que fechou o 4º trimestre de 2023 com R$ 4,5 bilhões de crédito para o financiamento de painéis solares.

www.bv.com.br

Inversores

A Chint Power Systems Brasil apresentou em seu estande um inversor monofásico (CPS SCA7~10KTL-PSM/ EU) e dois trifásicos (CPS SCA 15~25KTL-T1/EU e o SCA75~125T(SA)EU), todos com Bluetooth integrado, RS485 e Wi-Fi para monitoramento. A linha de produtos suporta monitoramento local e também ajuste remoto de parâmetros. Além disso, os inversores string CPS possuem proteção com DPS Tipo II para CA e CC. A linha monofásica suporta maior corrente de

com 8 packs, energia nominal de 372 kWh, potência nominal de 186 kWh e tensão nominal de 1331,2 V, corrente nominal de 140 A e temperatura de operação de 25 +/- 5 C. A empresa também mostrou o inversor string TS150KTL, que apresenta diagnóstico inteligente e alta precisão de curva IV, monitoramento online, algoritmo MPPT otimizado e rápida resposta no ajuste de potência ativa e reativa, suportando despacho de energia, entre outras características.

http://www.tbea.com

Módulo bifacial

A TSun Power divulgou na Intersolar Summit o módulo bifacial com vidro duplo TSXXXS8T-144 545-565 W. O equipamento possui resistência PID, suporta carga de vento de 2400 pascal e carga de neve de 5400 pascal.

A empresa oferece garantia de energia linear de 30 anos e o módulo tem degradação anual de energia de 0,45%.

O BV, juntamente com a Meu Financiamento Solar, fintech parceira do banco no segmento fotovoltaico, apresentou ao público durante a feira financiamentos disponíveis para aquisição de módulos solares e carregadores de veículos elétricos, tanto para uso residencial quanto para estabelecimentos comerciais, além de linhas de crédito para condomínios e seguros para acidentes pessoais. O banco afirma disponibilizar prazos flexíveis e taxas competitivas. Segundo a empresa, o portfólio de financiamento solar contribuiu para a maior diversificação dos negócios do BV e a energia solar vem ganhando

entrada, sendo facilmente compatível com vários módulos FV, afirma a empresa. Já o modelo SCA75K-T-SA –220V tem overload de 100%, tornando o inversor bastante competitivo no mercado, segundo a Chint.

https://chintglobal.com.br

Rack de bateria e inversor

A potência do módulo aumenta de 5 a 25% em geral, permitindo LCOE menor e maior IRR, destaca a companhia. www.tsunpower.com.br

Módulos monocristalinos

A TBEA destacou na exposição o rack de bateria com refrigeração líquida TBCH-372. O sistema apresenta vida útil de 10 anos, eficiência energética menor ou igual a 94%, sensores de segurança, grau de proteção IP 67 (pack), IP 65 (caixa de alta pressão) e IP 55 (gabinete). O gabinete de controle tem interface de comunicação com o EMS por meio de fibra/Ethernet (A/B rede dupla). O rack conta

A Ronma Solar fornece a série de módulos monocristalinos N-Type TopCon bifaciais denominada SkyMax. O modelo com potência de 560-595 W tem 144 células e 23,02% de eficiência.

A célula mede 182 × 91 mm; já o módulo tem dimensões de 2279 × 1135 × 30 mm. A empresa oferece garantia do produto de 15 anos e garantia de energia linear de 30 anos. Os módulos TopCon utilizam a tecnologia de filme de redirecionamen-

40 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

to de luz e o corte de células por meio da tecnologia NDC (não destrutivo), que evita a perda de estrutura mecânica das células e garante corrente suficiente, afirma a Ronma.

www.ronmasolar.com.br

Módulo solar

O módulo Tangra L HD 595-615 W foi exposto pela Sunova na feira. Do tipo N-Type TopCon, half cell e monocristalino, apresenta 132 células, melhor retenção de luz e coleta de corrente para melhorar a potência e a confiabilidade do módulo, afirma a fabricante. Possui 30 anos de vida útil e 10 a 30% de geração de energia adicional em comparação com o módulo convencional P-type. Certificado para suportar carga de vento de 2400 Pa e carga de neve de 5400 Pa.

www.sunova-solar.com

Equipamentos fotovoltaicos

A distribuidora de equipamentos fotovoltaicos Techlux destacou na mostra os kits geradores personalizados que oferece, com seguro engenharia e equipamentos avulsos, além do suporte especializado, intermediando o contato entre clientes e fabricantes. A companhia oferece inversores das marcas Sofar, Livoltek, Solis, Kehua Tech e Hopewind, e módulos fabricados pela ReneSola, Consort Solar, Hanersun, ZNShine Solar, JH Solar e Onsolar.

www.techlux.com.br

Fixadores de módulos

Os fixadores da VesprSolar, expostos na feira, possuem dentes que fixam

41 FotoVolt - Maio - 2024

e aterram o módulo solar e o sistema de estantes. As abas de travamento são inseridas no trilho para fornecer fixação segura e resistente à vibração, afirma a empresa. Conta com slot de cabide, que permite pendurar fios ao longo da estrutura do módulo. Batizado de V-Clamp, o equipamento tem revestimento de flocos de zinco, possui resistência à corrosão e à vibração e continuidade de aterramento. Fabricado com aço 1075, pesa 13 gramas, com dimensões de 25 x 26 x 31 mm.

www.vesprsolar.com

Estruturas metálicas

A Pratyc divulgou na Intersolar Summit suas soluções de estruturas metálicas para sistemas fotovoltaicos. A empresa fornece kits para estruturas de telha ondulada, de laje, telha metálica, telha fibrocimento, telha fibrometálica, telha colonial, telha calhetão e telha zipada. Também fabrica estruturas de solo galvanizadas a fogo, compreendendo emenda, grampo final, grampo intermediário, suporte de fixação L, tesoura, estaca, terça, mão francesa e contravento.

www.pratyc.com

Cabo solar

O Amphesolar, cabo solar exposto na feira pela Amphenol, possui área nominal transversal de 4, 6 ou 10 mm. O diâmetro máximo de fios no condutor é de 0,31 mm ou 0,41 mm, dependendo do modelo. Já a espessura nominal de isolamento é de 0,70 mm, e o diâmetro exterior nominal varia de 5,80 a 7,50 mm. Os condutores são formados por fios de cobre estanhado

classe 5, de acordo com NBR-NM-280 e EC-60228, isolados com composto de poliolefina termoendurecível livre de halogênio, revestimento UV e resistente a intempéries.

www.amphenolbroadband.com.br

Módulo com vidro duplo

O modelo bifacial com vidro duplo N-Type DMxxxM10RT-B72HST/HBT, divulgado pela DMEGC Solar na exposição, tem faixa de potência de 590 a 610 W, eficiência máxima de 22,6% e tolerância de potência de 0~+3%. A empresa afirma que a tecnologia bifacial aumenta em até 25% o rendimento elétrico do módulo. Também destaca o coeficiente de temperatura otimizado e saída de energia mais alta em condições de baixa luminosidade, que oferecem melhor desempenho. A produção é certificada de acordo com a norma SA 8000, da OIT.

www.dmegcsolar.com

Módulos e inversores

A BYD destacou na exposição a fabricação nacional de módulos fotovoltaicos, os benefícios do código Finame e a garantia de 12 anos de fabricação para tais equipamentos. A empresa

também produz inversores on-grid, LV, off grid e híbridos, que contam com dez anos de garantia de fabricação. O inversor Pro BYD, de 3 kW a 250 kW, possui monitoramento remoto e em tempo real da geração de energia.

Já os modelos Max BYD, de 3 kW a 250 kW, possuem alta capacidade de adaptação, que visa garantir a estabilidade da rede, e plataformas inteligentes na nuvem com comunicação RS485 e Wifi. A solução de armazenamento de energia on grid ou off grid é equipada com baterias de fosfato ferro lítio, expansível e tem garantia de dez anos. www.byd.com.br

Estações solarimétricas

A Romiotto destacou na feira as características de suas estações solarimétricas, como orientação de rastreamento solar por GPS e alimentação solar (opcional), comunicação serial (RS232 e RS 485), ethernet (TCP/IP e Modbus/TCP) ou GPRS e pré-configuração ou pré-programação para facilitar a instalação. A solução permite agregar os sensores necessários, e destina-se a avaliar potencial e/ou eficiência FV, bem como performance Ratio. www.romiotto.com.br

Módulos,

inversores e estruturas

A Go Solar, pertencente ao grupo Golden, divulgou na feira sua plataforma que oferece soluções personalizadas de módulos e inversores e opções de financiamento. A empresa distribui inversores Hoymiles, Solis e Sungrow; módulos da TW Solar, Trina Solar, Jinko Solar e Osda; acessórios da Clamper e Reicon; e estruturas da NTCSomar e Romagnole. A Go Solar também tem uma linha própria de estruturas fabricadas em alumínio e aço inox.

www.gosolarbr.com.br

Fixação em lajes e telhados

A Solar Group é especializada em estruturas de fixação para telhados e lajes. Em seu estande, expôs seus produtos, que são fabricados em alumínio

42 FotoVolt - Maio - 2024 Intersolar Summit Brasil NE

e aço inox. Um dos destaques foi o Fibro+, fabricado em alumínio 6060-T5, com dimensões disponíveis de trilho segmentado de 260 mm e 425 mm. Para lajes, a empresa fornece os triângulos L e Smart, ambos fabricados em alumínio 6060-T5. O modelo L tem inclinações de 10, 12, 15, 18, 20, 22 e 25 graus, podendo ser instalado na posição retrato e paisagem. Já o modelo Smart, com inclinação de 15, 20 e 25 graus, deve ser utilizado no modo retrato.

www.solargroup.com.br

Limpeza de módulos

A Eccocleaner destacou na feira a robotização na limpeza de painéis solares. O equipamento utiliza água desmineralizada, que protege compo-

nentes estruturais, como vidro, metais e borrachas, permitindo, de acordo com a empresa, efeito de polarização, cujo objetivo é manter os módulos limpos por mais tempo.

www.eccocleaner.com.br

Estruturas para módulos

A CCM Solar do Brasil fabrica estruturas para painéis fotovoltaicos. Na feira, a empresa apresentou estruturas para solo e para telhados e carports, entre outros produtos. A estrutura de solo monoposte é composta por duas fileiras, com ajuste de inclinação

de 5 a 30 graus, fabricada em aço galvanizado a fogo, alumínio e aço inox. Já o modelo biposte tem estrutura com três linhas de módulos, indicada para instalações com restrições de área, tem ângulo padrão de 20 graus.

www.ccmsolar.com.br

Tecnologia de silício e orgânica

O Prismax foi o destaque da Tenka Solar na exposição. O módulo solar, que será lançado este ano, possui eficiência de 29% e cobertura única de 30 anos. Segundo a empresa, o equipamento conta com uma camada orgânica extra, que é colocada sob a camada de silício com base na tecnologia tandem. A camada de silício revela espaços estreitos entre as cadeias de células solares, permitindo que a camada orgânica e, portanto, todo o módulo fotovoltaico seja ativado, mesmo em situações com pouca luz solar. www.tenkasolar.com

43 Intersolar Summit Brasil NE FotoVolt - Maio - 2024

Distribuidores de produtos para energia solar fotovoltaica

A cadeia de distribuição de equipamentos fotovoltaicos tem papel fundamental na expansão da energia solar no País, pois são as distribuidoras as responsáveis por fazer chegar aos integradores os equipamentos de que estes necessitam para seus projetos.

Da Redação de FotoVolt

Empresa Telefone E-mail UF

Amara Nzero (71) 3483-3212 sac@amaranzero.com

HandySolar (71) 4020-7720 sac.solar@handytech.com.br

Flash Soluções (62) 98245-0003 lucianoflash@hotmail.com

Garonce (31) 99714-8514 contato@garoncefotovoltaica.com

Loja Elétrica (31) 4020-2882 energiasolar@lojaeletrica.com.br

Sulminas (35) 99936-6274 edna.nascimento@sulminasfiosecabos.com.br

Plugmais (65) 99622-4952 joao.almeida@plugmais.com.br

Serra Distribuidor (65) 98118-5796 contato@disteibuidoraserra.com.br MT

Grupo Centry (83) 3502-1155 comercial@grupocentry.com.br PB

Concabos (81) 99216-7617 vendas2@concabos.com.br PE

Connectoway (81) 97601-0228 carlos.neto@connectoway.com.br PE

Sunlight (81) 4141-4717 energiasunlight01@gmail.com PE

Aldo Solar (44) 3261-2000 contato@aldo.com.br PR

Balfar (44) 99854-0616 contato@balfarsolar.com.br PR

BayWa r.e. Solar (41) 98487-8303 info@baywa-re.com.br PR

L8 Energy (45) 9135-3555 contato@l8energy.com PR

Técnica Solar (41) 99131-0202 tecnicasolarcontato@gmail.com PR

WIN (21) 93523-8097 atendimento@win.com.br RJ

D Soli (84) 2226-5500 juliana@dsoli.com.br RN

Jags (69) 98462-3392 contato@jagssol.com.br RO

Atilio Sobrinho (51) 98418-0672 atiliofontana@yahoo.com.br RS

Painel solar fotovoltaico

Monocristalino Policristalino Outros

Este guia de FotoVolt lista algumas dezenas dessas empresas, com indicação dos produtos que distribuem, agrupadas por Estado (UF) para facilitar a consulta.

Estrutura de montagem para módulos Rastreador solar Inversor fotovoltaico Caixa de junção Cabo de c.c. para instalações FV Conector de corrente contínua Disjuntor de corrente contínua Dispositivo de Proteção contra Surto Bateria estacionária FV Controlador de carga de baterias Materiais para aterramento

44 FotoVolt - Maio - 2024
BA • • • • • • • • •
BA • • • • • • •
GO • • • • • • • • • •
MG • • • • • • • • • • • •
MG • • • • • • • • • • • • •
MG • • • • • • • • • •
MT • • • • • • • • • •
• • • • • • • •
• • • • • • • • • • • •
• • • • • •
• • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • •
• • • • • • •
• • • • • • • • •
• • • • •
• • •
• • • • • • •
• • • • • • • •
• • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • •
• • • • • • •
Guia2

Empresa Telefone E-mail UF

Exatel (51) 98557-0204 comercial@exatel.com.br

Feluc Solar (53) 99113-3611 projetos01@felucsolar.com.br

Mazer Solar (51) 99950-0212 contato@mazer.com.br

OIW Solar (51) 3653-6838 vendas@oiwsolar.com.br

Orizon Energia (51) 3064-1298 danielmoreira@orizon.eco.br

Serrana (54) 3039-9999 serrana@serranaenergia.com.br

Soprano (54) 2109-6029 energiasolar@soprano.com.br

Bold Energy (49) 99185-5157 marcelo@boldenergy.com.br

Dynamis (47) 3062-8301 comercial@dynamisimportadora.com.br

FiberX (48) 99999-0093 distribuidora.renovaveis@fiberx.com.br

Foco Energia (49) 3664-3739 contato@focoenergia.ind.br

Izzy Energy (49) 99174-9553 comercial@izzyenergy.com

Brassunny (11) 95459-8938 contato@brassunny.com.br

Corsolar (11) 2227-5000 contato@corsolar.com.br

Labramo Centronics (11) 99884-1017 vendas1@sunlab.com.br

LCI Brasil (11) 96334-4673 vendas@lci-brasil.com

Logik (11) 98807-7222 vendas@logik.com.br

MTR (11) 97894-8227 contato@mtrsolar.com.br

Negrini (11) 93481-4391 daniele.vendar@negrini.com.br

NeoSolar (11) 99935-4535 contato@neosolar.com.br

AVT (19) 2109-7798 comercial@avtenergy.com.br

Ecori (17) 99207-0590 ecori@ecori.com.br

Painel solar fotovoltaico

Monocristalino Policristalino Outros

Estrutura de montagem para módulos Rastreador solar Inversor fotovoltaico Caixa de junção Cabo de c.c. para instalações FV Conector de corrente contínua Disjuntor de corrente contínua Dispositivo de Proteção contra Surto Bateria estacionária FV Controlador de carga de baterias Materiais para aterramento

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 487 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, maio de 2024

Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

46 Guia
FotoVolt - Maio - 2024
- 2
RS • • • • •
RS • • • • • • • • • •
RS • • • • •
RS • • • • • • • •
RS • • • • • • • •
RS • • • • • • • • • • • • •
RS • • • • • • • • •
SC • • • • • • • • •
SC • • • • • • • • • •
SC • • • • • •
SC • • • • • • • • •
SC • • •
SP-G • • • • • • • •
SP-G • • • •
SP-G • • • • • • • • • • • • •
SP-G • •
SP-G • • • • • • • • • • •
SP-G • • • • • • • • • • • • •
SP-G • • • • • •
SP-G • • • • • • • • • • • • •
SP-I • • • • • • •
SP-I • • • • • • • • •
www.intersolar-summit-brasil.com MARQUE EM SEU CALENDÁRIO SAVE THE DATE PORTO ALEGRE, B RA Z I L, FIERGS — IN TE R S O LAR SUM I T SUL B R AZ I L’ S M O ST SU C CESSFUL S O LA R EVE N T B O OST I N G SOUTH EA ST’S P V B US IN ES S IN TE R S O LAR SUMM I T BRASIL SUL O PR I NC I P A L E V EN T O D O SE T OR S O LAR B R A S I LE I RO P O TEN CI AL I Z A O S N E G ÓCI OS F V N O SUL 29–30 OUT 2024 Part of

Estações de recarga para VE associadas a vídeo inteligente

Markus Niederberger e Andreas Seeger, da Siemens Smart Infrastructure, Frankfurt/Main (Alemanha)

Entre, abasteça, pague e pronto! De rotinas simples assim, como num posto de gasolina, o mercado de estações de recarga para VE ainda está muito distante. A principal causa de processos de cobrança complicados e propensos a erros é a falta de digitalização. Porque, ao contrário do abastecimento com combustíveis fósseis, a eletromobilidade depende decisivamente de processos digitais conectados em rede, seguros e inteligentes.

Fig. 1 – O processamento de imagens assistido por software proporciona maior segurança e eficiência na operação de recarga

Até o momento, porém, as estações de recarga raramente são orientadas para a experiência do usuário. Apenas algumas operadoras empregam tecnologias inteligentes, que conectam as diversas áreas de sua infraestrutura, além de reconhecerem e relatarem problemas de imediato. Em vez disso, as estações comumente dependem de tecnologias ultrapassadas, sem rede e sem recursos de controle.

Isto significa que falhas técnicas, danos ou erros operacionais só se tornam aparentes na próxima verificação de rotina. A essa altura, muitos clientes potenciais já se deslocaram até a próxima estação de recarga. Diante deste cenário, está provado que monitorar as estações com tecnologia associada a aplicativos em nuvem e recursos de análise é a

chave para ampliar a utilização de capacidade e a segurança, evitar erros e falhas e oferecer uma experiência de usuário otimizada para os clientes (figura 1).

Sistemas inteligentes

trazem segurança e eficiência

Os objetivos conflitantes de alta segurança e proteção simultânea da privacidade são alcançados pela atual tecnologia de vídeo mediante captura inteligente de metadados: graças à computação de última geração, a inteligência do sistema está localizada na câmera ou em um computador de IoT sem ventilador. Conforme os requisitos e a aplicação, há uma ampla varie-

O processamento de imagens assistido por software proporciona maior segurança e eficiência em múltiplas aplicações. Para o usuário de estações de recarga de veículos elétricos (VE), esta tecnologia simplifica a operação e a manutenção. Já para os operadores, resultam benefícios de longo prazo em termos de disponibilidade e utilização da capacidade do sistema.

dade de componentes de IoT disponível. Em vez da gravação de imagens de vídeo, realiza-se o processamento de dados em tempo real e no próprio local. No sistema de gerenciamento de vídeo (VMS, do inglês), nenhum dado pessoal é processado, e sim, metadados. Estes são analisados em nuvem e apresentados num sistema de gerenciamento de modo transparente e facilmente compreensível.

Em virtude da abertura e da flexibilidade dos sistemas, quase não há limites para os operadores no uso da tecnologia inteligente. Entre as inúmeras possibilidades das técnicas de vídeo e de segurança na eletromobilidade, as atenções se concentram em cinco áreas de aplicação: segurança (geral e contra incêndio), satisfação do usuário, otimização de processos, controle de acesso e monitoramento remoto. As operadoras que optarem pelo monitoramento de suas estações de recarga usando tecnologia inteligente podem contar atualmente com múltiplos cenários padronizados. Também é possível adaptar facilmente os sistemas a requisitos e solicitações específicas.

Para os usuários, os operadores, a infraestrutura e o meio ambiente, o sistema deve, acima de tudo, garantir a segurança. Estações remotas se beneficiam da mera visibilidade dos sistemas

48 Eletromobilidade
FotoVolt - Maio - 2024

de vídeo. Eles podem contribuir significativamente para evitar incidentes como vandalismo, roubos e furtos, por estarem presentes 24 horas por dia. Diferentemente das gravações de vídeo convencionais, os sistemas inteligentes podem não apenas ajudar no esclarecimento, mas também oferecer proteção preventiva: se o sistema reconhecer um veículo mal estacionado, por exemplo, o processo de recarga é bloqueado até que o motorista siga as instruções e estacione o veículo corretamente. Isto também aumenta a eficiência, pois permite a cada usuário usar sua vaga na estação de recarga. Se forem detectadas pessoas com comportamento suspeito no local, um funcionário de plantão pode se comunicar por alto-falante e, se necessário, dirigir-se a elas para evitar possíveis atos de vandalismo ou roubo.

Otimizar os processos e o atendimento ao usuário

Dificuldades durante o processo de recarga podem ser resolvidas com os clientes de modo rápido e eficiente por interfone. Graças à comunicação bidirecional, a equipe de atendimento pode responder a perguntas e prestar assistência aos usuários.

A tecnologia de vídeo inteligente pode até mesmo reconhecer quando os carros param sobre os cabos elétricos de outras estações durante a recarga, ou quando esses cabos são atropelados nas manobras de estacionamento. A tecnologia auxilia os operadores não apenas no quesito segurança, mas também na limpeza e na preservação de um ambiente positivo para os usuários da estação de recarga. As imagens de vídeo mostram o estado da estação 24 horas por dia, e podem contribuir para a segurança e a operação também nas áreas de espera e de autoatendimento.

Além disso, a tecnologia de vídeo possibilita coletar dados sobre a utilização da instalação, como o número

de veículos e tempos de permanência. Quaisquer desvios no tempo de recarga também podem ser verificados. Este recurso permite o uso mais eficiente de cada estação de recarga por exemplo, pode-se cobrar uma taxa de estacionamento, após um certo tempo, dos veículos que permanecem no local depois de totalmente recarregados. Se as análises indicarem que a estação de recarga é usada com frequência por famílias, a infraestrutura pode ser adaptada para atender a necessidades específicas, tais como um playground ou áreas de descanso protegidas e vestiários para troca de fraldas.

Controlar o acesso, analisar a utilização da capacidade

Estações de recarga privadas para colaboradores e clientes geralmente são protegidas por cancelas. O acesso controlado por reconhecimento das placas dos veículos aumenta a segurança e melhora o serviço. Ao comparar as placas com as listas de permissão e de bloqueio, a cancela só abre para veículos e visitantes registrados, permanecendo fechada caso veículos não autorizados ou indesejados solicitem acesso. Com base no número da placa e na identificação do veículo ao entrar e sair, em combinação com metadados, tais como registros de data e hora, podem ser acumulados dados estatísticos, por exemplo, tempo de permanência, número e frequência de visitas. Esses dados são importantes para a operação econômica da instalação, e podem ser usados para análises de mercado. A verificação se o veículo se encontrava ileso ao entrar na estação também pode ser feita posteriormente, em caso de reclamações.

Monitoramento remoto simplificado e avaliação de dados

Os parques de recarga são operados com poucos funcionários ou mes-

mo de modo totalmente autônomo. Associada a aplicativos em nuvem, a tecnologia de vídeo permite que as estações de recarga sejam operadas confortavelmente à distância 24 horas por dia, com intervenções remotas somente se necessário. O acesso remoto economiza recursos e dispensa visitas para inspeção de rotina.

Os operadores de múltiplas estações de recarga se beneficiam em especial da possibilidade de supervisionar diversos locais simultaneamente. O acesso pode ser definido para cada colaborador individualmente: enquanto colaboradores locais têm acesso apenas local, os gerentes, por exemplo, podem ter uma visão geral de todas as localidades. A pesquisa de eventos com base em metadados coletados abrange todos os locais, o que facilita a avaliação dos dados. A infraestrutura técnica local não requer energia para armazenamento de dados nem servidores onerosos, o que se reflete em benefício para os operadores.

Proteção dedicada contra incêndio com sensores de vídeo

Incêndios em baterias representam um alto risco para a segurança, que os operadores devem evitar a todo custo para prevenir possíveis danos e longos períodos de inatividade. Portanto, a proteção dedicada contra incêndio em combinação com a tecnologia de vídeo inteligente para detecção de fumaça e fogo é particularmente importante. Em especial para veículos com unidades de armazenamento de energia externas ou de grande porte, a tecnologia de vídeo pode prover proteção adicional contra incêndio durante a recarga; nestas aplicações podem ser usadas câmeras ópticas ou térmicas. Se o sistema de gerenciamento de baterias estacionárias for supervisionado contra falhas como descarga profunda ou sobrecarga,

50 FotoVolt - Maio - 2024 Eletromobilidade

uma proteção adicional contra sobre aquecimento pode ser realizada por detecção via vídeo.

Estações de recarga para carros elétricos costumam ser localizadas em espaços abertos. Nesses locais, a detec ção precoce de fumaça é difícil devido à falta de confinamento e à ação das correntes de ar. É nestas condições que

a detecção de fumaça, de calor e de chamas mediante algoritmos de vídeo mostram seus pontos fortes.

A combinação de vídeo e detecção torna possível disparar um alarme para a central de incêndio e, via siste ma de gerenciamento de vídeo (VMS), verificar a situação. Assim, os bombei ros podem ser avisados rápida e con fiavelmente, assegurando uma proteção contra incên dio adequada para essas áreas.

Proteção de dados e retrofit

Possibilidades abran gentes e os mais rigorosos requisitos de proteção de dados já não representam uma contradição para sis temas de vídeo inteligente. Tecnologias em conformi‑

dade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) cumprem todas as exi gências legais para a análise de dados, protegendo a privacidade dos usuá rios, bem como os operadores contra infrações inadvertidas.

Com interfaces abertas, a tecnolo gia de vídeo inteligente se integra per feitamente a estruturas pré existentes e pode ser adaptada até para compen sar a falta de recursos de estações de recarga existentes, sem necessidade de um retrofit completo (figura 2). Aqui, os pacotes de serviços dos fabrican tes, padronizados ou personalizados, contribuem para realizar o potencial e tornar a visita à estação uma experiên cia plenamente positiva.

Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 18/2023. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro. net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

51 Eletromobilidade FotoVolt - Maio - 2024
Fig. 2 - Com interfaces abertas, a tecnologia de vídeo inteligente pode ser perfeitamente integrada a estruturas existentes

Molduras de aço e resistência contra ventos fortes

Nos últimos anos, a energia solar fotovoltaica emergiu como uma das principais al ternativas para atender à crescente demanda por energia elétrica de forma limpa e sustentável. Com o aumento do interesse global na redução das emissões de gases de efeito estufa e na transição para fon tes renováveis, empresas do setor buscam constantemente inovações para aprimorar a eficiência e a via bilidade econômica dos sistemas fotovoltaicos, assim como a durabi lidade das usinas.

Porém a indústria solar ainda enfrenta grandes desafios relacio nados ao desenvolvimento de novas tecnologias. Muitas pesquisas são fei tas, por exemplo, com células fotovol taicas para o aumento da eficiência de conversão fotoelétrica como células perovskita, já capazes de chegar aos 33,9% de eficiência, segundo o Ins tituto de Pesquisa Helmholtz (HZB) [1]. No entanto esse tipo de tecnologia ainda não está disponível para produ ção em massa.

Muito se pesquisa também sobre os impactos e a resistência dos módulos solares a condições ambientais extre mas, como neve, água salina e ventos fortes, com o intuito de aumentar a longevidade dos produtos em opera

ção. As molduras (frames) de alumínio tradicionalmente utilizadas nos mó dulos solares, embora leves e resisten tes à corrosão, apresentam limitações em termos de resistência a condições climáticas adversas específicas. Além disso, o processo de produção dos frames de alumínio pode ter um impacto ambiental significativo devido ao alto consumo de energia e à emissão de gases de efeito estufa.

Em resposta a esses desafios, em presas do setor têm buscado inovações para melhorar a eficiência e a susten tabilidade dos sistemas fotovoltaicos. Uma dessas inovações é a introdução de módulos solares com frames

O artigo descreve testes em túnel de vento realizados em módulos com molduras de aço, que comprovaram que o material melhora a resistência dos equipamentos contra ventos fortes, trazendo mais confiabilidade e durabilidade aos sistemas fotovoltaicos.

liga de aço, uma solução que promete oferecer uma alternativa mais durável, resistente e sustentável aos frames de alumínio convencionais.

Este artigo descreve ensaios reali zados em módulos com frames de aço produzidos com liga de aço revestida com zinco, alumínio e magnésio, co‑ nhecida por sua alta resistência mecâ nica e à corrosão. O revestimento do aço com tal liga forma uma barreira densa na superfície dos frames, preve‑ nindo a penetração de fatores corrosi vos e garantindo alta resistência à cor rosão. Além disso, o revestimento pos sui propriedades de autorreparação, proporcionando resistência à oxidação significativamente maior em compara ção com as chapas de aço galvanizado comuns.

A fim de confirmar a real efetivida de, módulos com frames de aço foram submetidos a testes em túnel de vento, de acordo com o seguinte procedimen to: os módulos foram instalados em estrutura fixa de acordo com o manual de instalação do produto, então os módulos foram submetidos a ventos de 10, 30, 50 e 60 m/s, com duração de 3 minutos para cada carga de vento, exceto para a de 60 m/s, com a qual o teste continuou por mais 10 minutos. As amostras foram submetidas a angu lações de zero, 45 e 90 graus, nas posi

52 Módulos
FotoVolt - Maio - 2024
de Felipe Picoli Orsi Leme, gerente de produtos da ReneSola Brasil Fig. 1 – Teste de módulo com frame de aço em túnel de vento (fonte: o autor)

ções de barlavento e sotavento, e também foram adicionados strain gauges em quatro posições, tendo seus valores sido registrados. A figura 1 mostra o arranjo dos ensaios.

Após os testes realizados, os módulos foram submetidos a ensaios de eletroluminescência, a fim de averiguar a presença de microfissuras ou qualquer outro dano interno. Em comparação com o estado verificado antes dos ensaios do túnel de vento, não foi encontrado nenhuma diferença (figura 2), ou seja, os módulos suportaram muito bem todos os ensaios.

O método de instalação do módulo é semelhante ao dos produtos com frames de alumínio, podendo ser realizado de duas maneiras (figura 3): utilizando grampos para a fixação ou utilizando estruturas com porcas, podendo-se aparafusar os módulos na estrutura principal de fixação. Neste caso, quando comparamos com a instalação dos frames de alumínio, temos uma melhora de até 58% no tempo instalação.

Os frames de aço se mostram versáteis e duráveis nas instalações de usinas fotovoltaicas. As características do

aço conferem ao frame alta resistência, além de módulo de elasticidade (rigidez) e ponto de fusão mais elevados, o que o torna mais confiável em ambientes de aplicação adversos. O frame de aço possui maior capacidade de resistência à ruptura, o que reduz efetivamente o fenômeno de ruptura dos furos de instalação em condições climáticas extremas. Em comparação com o coeficiente de expansão térmica do alumínio, que é 2,67 vezes o do vidro, o coeficiente de expansão térmica do aço é apenas 1,3 vezes o do vidro, tornando o frame de aço mais estável, o que ajuda a reduzir significativamente o risco de ruptura do vidro durante mudanças de temperatura severas.

Além disso, sabemos que a energia utilizada na produção do alumínio nos processos de extrusão, endurecimento, anodização e processamento é muito alta. Os frames de aço têm essa outra vantagem: são produzidos por processo de conformação a frio dos perfis, que consiste em curvar mecanicamente chapas e tiras de metal em uma determinada forma e tamanho, a temperatura ambiente. As vantagens da conformação a frio são a produção de uma variedade de perfis finos, largos e complexos, economizando ma-

terial metálico e reduzindo o consumo de energia.

Considerações finais

Os frames de aço são uma rápida resposta às necessidades do mercado no que se refere ao aumento da longevidade e resistência dos módulos solares. Como vimos, os módulos foram testados com ventos de 60 m/s, ou seja, a velocidades de 216 km/h. Na escala de Beaufort [2] essas velocidades correspondem a ventos provenientes de furacões e tufões, o que comprova que os módulos com molduras de aço são muito resistentes e irão aumentar a longevidade dos módulos solares em lugares com condições adversas de clima. E já começam surgir os primeiros grandes fornecimentos: recentemente fechou-se um contrato de 200 MW em módulos de 635 W com frames de aço no Japão, que contam com células do tipo N TopCon.

Referências

[1] Casarin, R. Célula solar de perovskita atinge efi ciência de 33,9% e quebra recorde mundial Disponível em: <https://www.portalsolar.com. br/noticias/tecnologia/equipamentos-fv/ celula-solar-de-perovskita-atinge-eficienciade-33-9-e-quebra-recorde-mundial>. Acesso em: 15 abr. 2024.

[2] MS, C. Escala modificada de Beaufort intensi‑ dade do vento (km/h) Disponível em: <https:// www.cemtec.ms.gov.br/wp-content/ uploads/2019/02/ESCALA-MODIFICADADE-BEAUFORT-INTENSIDADE-DOVENTO-2.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2024.

54 FotoVolt - Maio - 2024 Módulos
Fig. 2 – Ensaio de eletroluminescência antes e após os ensaios em túnel de vento (fonte: o autor) Fig. 3 - Métodos de fixação de frame de aço (fonte: o autor)

Patologias nas instalações

“ Não é raro encontrar instalações com dimensionamentos subestimados, seção de condutor inferior à exigida ou carregadores compartilhando circuitos com outras cargas elétricas”

As vendas de veículos elétricos plug-in (veículos que permitem a recarga) no primeiro trimestre de 2024 foram bem acentuadas, alcançando 24 766 unidades, valor muito superior às 6939 de unidades vendidas no mesmo período de 2023. É razoável estimar que para cada 10 veículos plug-in vendidos, seis ou mais terão um SAVE - Sistema de Alimentação de Veículo Elétrico próprio instalado, podendo este ser tanto um carregador quanto uma tomada para carregador portátil. É evidente que o número de instalações de carregadores ou tomadas para carregamento está aumentando rapidamente em resposta a esse crescimento nas vendas de veículos plug-in, o que nos leva à pergunta: o mercado está preparado para absorver tantas instalações?

Diante deste cenário de crescimento, torna-se fundamental destacar o papel do eletricista consciente. Em uma situação de instalar um equipamento com o qual nunca interagiu antes, ele irá pesquisar e buscar o método correto e seguro de fazer a instalação o que, diga-se, não é uma tarefa complexa pois a NBR 17019 [1], norma que trata do tema, detalha as especificidades desta instalação, e também já existem diversos bons artigos e vídeos apresentando as questões de segurança acerca do assunto.

Porém, é comum que pessoas continuem delegando a sua própria segurança e a de sua família a terceiros que não possuem nenhum conhecimento técnico. Ou, o que é pior, assistindo a vídeos que ensinam qualquer um a “conectar fios” e fazer o equipamento funcionar, trazendo assim riscos ao seu patrimônio e saúde. Infelizmente a negligência com a segurança das instalações elétricas não é algo exclusivo do mercado de mobilidade elétrica; este mercado só está sentindo agora os impactos de uma realidade comum às instalações elétricas brasileiras.

A NBR 17019 [1] é uma norma de requisitos específicos para alimentação de veículos elétricos, portanto é complementar à NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, que é a norma de requisitos gerais. Dentre as necessidades específicas apresentadas na NBR 16079 estão o dimensionamento do alimentador, considerando fator de demanda adequado, e a proibição de uso de DR tipo c.a. para as alimentações. A norma apresenta ainda o conceito de SAVE: “equipamento ou conjunto de equipamentos que asseguram as funções dedicadas à alimentação de energia elétrica até um VE, para fins de recarga, a partir de uma instalação elétrica fixa ou de um outro tipo de rede de alimentação.”

Portanto, qualquer conjunto de equipamento que se destina à alimentação

de um veículo elétrico se enquadra como SAVE e deve atender aos critérios da norma, englobando os carregadores ou tomadas comuns que têm como fim a recarga de veículo elétrico.

Apesar das poucas exigências específicas para uma simples instalação de SAVE, não é raro eu me deparar com patologias nas instalações, erros ocasionados por inexistência de um estudo um pouco mais aprofundado. Alguns desses SAVE são executados por pessoas leigas, sem nenhuma instrução, já outros por profissionais eletricistas e engenheiros. As patologias mais comuns nas instalações de carregadores, por observações e relatos, são três: 1) Dimensionamento do alimentador, 2) Tipo de DR e 3) Manutenção preventiva.

Dimensionamento do alimentador

O dimensionamento do circuito alimentador deve obedecer à NBR 5410, a partir dos critérios de capacidade de condução de corrente, queda de tensão e seção mínima, acrescentados de aplicação do fator de demanda igual a 1 para os circuitos terminais, a não ser que seja possível configurar o equipamento para uma corrente inferior, e fator de demanda igual a 1 para o circuito de distribuição, a não ser que seja instalado um controlador

FotoVolt - Maio - 2024 Veículos elétricos 56

de demanda. Ainda, a seção 4.2.5.101 da norma exige a individualização do circuito para cada SAVE. O critério de seccionamento automático da alimentação é suprimido devido à obrigatoriedade de uso do dispositivo DR. O requisitos acrescentados pela NBR 17019 são pontuais, e qualquer pessoa que tenha projetado minimamente um circuito alimentador é capaz de realizar um projeto seguro de instalação de SAVE. A atenção que o projetista e executor devem ter é que o SAVE irá operar com potência nominal por um período longo, e no mais se mantém como uma instalação comum. Porém, não é raro encontrar instalações com dimensionamentos subestimados, uma seção de condutor inferior à exigida, ou ainda carregadores compartilhando circuitos com demais cargas elétricas ou entre si.

Os riscos de um dimensionamento mal realizado vão desde uma inoperância do equipamento, já que o disjuntor pode desarmar, interrompendo o processo de recarga, ou ainda um princípio de incêndio devido à não proteção de sobrecarga do condutor. Segundo a Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, ocorreram no Brasil 963 incêndios com origem elétrica em 2023, 11,7% a mais do que no ano anterior [2].

Tipo de DR

A principal diferença entre o dimensionamento de um circuito para SAVE e um circuito para outra carga comum é o tipo de proteção contra choques elétricos. A NBR 17019 proíbe o uso de DR Tipo c.a., que é comumente utilizado para as demais cargas. Para SAVE, é exigido DR Tipo A para instalação do modo 2, recarga por meio de carregador portátil, e DR Tipo B ou DR Tipo A em série com um dispositivo de detecção de corrente diferencial-residual contínua, para instalação do modo 3.

A seleção do DR muda porque, como o sistema de baterias e os barramentos internos do veículo operam em corrente contínua, adiciona-se a proteção para uma possível fuga, a qual pode inibir a atuação do DR tipo c.a.

Apesar de ser amplamente divulgado como a principal distinção deste tipo de instalação, é comum que esta medida seja omitida, inclusive sendo ofertado por empresas “especializadas” no ramo de eletromobilidade soluções com o DR tipo c.a.. O principal risco desta omissão é à saúde das pessoas, já que uma fuga de corrente pode gerar um choque elétrico, pois o DR convencional não atuará.

Manutenção preventiva

A manutenção é essencial nas instalações elétricas, pois são sistemas frequentemente utilizados e nos quais um mau funcionamento pode trazer riscos aos usuários. Com o SAVE não é diferente. Recomenda-se ao menos uma manutenção preventiva a cada seis meses, a fim de verificar a integridade dos componentes, atuação das proteções, garantindo assim a segurança da instalação.

Um dos efeitos comuns em sistemas elétricos, incluindo os SAVE, é o aquecimento e arrefecimento das conexões, devido à passagem da corrente elétrica, gerando com o tempo o afrouxamento da fiação nos bornes. O risco surge a partir do momento em que a conexão fica frouxa o suficiente para reduzir o contato das partes condutivas, de modo a aumentar a resistência de contato, gerando ponto de calor nestas conexões, o qual pode evoluir para um incêndio. O recomendado é realizar a manutenção regularmente, e de preferência fazer uso de bornes de pressão, os quais mitigam este tipo de problema.

Conclusão

Passados dois anos da publicação da NBR 17019, ainda vemos diversas

patologias nas instalações de SAVE, trazendo riscos às instalações, aos veículos e às pessoas que são facilmente mitigáveis. Como especialista do tema, recebo dúvidas, relatos e até mesmo fotos sobre sinistros envolvendo instalações de má qualidade ou omissões de requisitos de projeto de SAVE. Nós, os profissionais do setor, necessitamos instruir e compartilhar conhecimento com os demais colegas a fim de disseminar o conhecimento para a realização e execução de projetos bons e seguros.

Felizmente, passados já bons anos de início do mercado, ainda não tivemos ocorrências graves com origem no SAVE, segundo o Anuário Abracopel 2024. Porém não é preciso esperar que estas apareçam para conscientizar os profissionais sobre a importância de aplicar as normas técnicas, de desenvolver projetos seguros.

As principais patologias aqui apresentadas são de simples solução, um pequeno ajuste no projeto, no produto e/ou na instalação é capaz de mitigar um risco inaceitável de dano, provendo a segurança necessária para pavimentar o crescimento sustentável do mercado.

Referências

[1] ABNT NBR 17019: Instalações elétricas de baixa tensão — Requisitos para instalações em locais especiais — Alimentação de veículos elétricos. 2022.

[2] Abracopel: Anuário Estatístico De Acidentes De Origem Elétrica 2024: Ano base 2023

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.

FotoVolt - Maio - 2024 Veículos elétricos 58

Comissionamento de usinas fotovoltaicas: a NBR 16274 e suas exigências

“ A segurança dos usuários e daqueles que intervêm nas instalações elétricas está intrinsecamente ligada ao conhecimento dos riscos. Sem informações, as ações serão lentas ou erradas, sujeitando todos a riscos inaceitáveis”.

Na edição anterior, começamos a tratar nesta coluna de comissionamento de usinas solares. Nesta edição e nas seguintes, continuarei abordando o tema de maneira circular e um pouco holística. Venham comigo.

Comissionamento antes do projeto e instalação

Desde 2014 temos uma norma referente ao comissionamento de sistemas fotovoltaicos, a NBR 16274 [1]. Uma curiosidade é que essa norma é anterior à norma de instalações elétricas fotovoltaicas, a NBR 16690 [2], que é de 2019.

Por isso, vale destacar alguns aspectos da NBR 16274:

1) As seções referentes às instalações elétricas de baixa tensão em c.a. fazem referência à série IEC 60364 [3] e não à NBR 5410 [4], a norma brasileira de instalações BT;

2) As tecnologias evoluíram bastante desde a publicação da norma, e dependendo do equipamento e tecnologia utilizada (por exemplo, MLPE), é possível que nem todas as prescrições possam ser aplicadas.

A despeito desses fatos, é uma boa norma e deve ser de conhecimento de todos os envolvidos no projeto e na instalação de um sistema fotovoltaico.

Documentação: descaso e importância

Este ano completo 30 anos como profissional da indústria de instalações. Grande parte desse período, mais de 20 anos, foi dedicada à execução de instalações elétricas.

Uma confissão: não gostamos de papel. Sim, você pode torcer o nariz, mas a maioria das pessoas que estão no campo querem terminar o serviço. Está funcionando? Então está pronto! Mas esse posicionamento é errôneo. Vamos aos porquês:

1) Um bom projeto não termina na entrega ao cliente; um bom projeto é aquele que enxerga a necessidade do uso e o seu desempenho durante toda a vida útil, até o descomissionamento.

2) Não se faz a gestão do ativo (manutenção preventiva, corretiva, preditiva, retrofit, expansão, etc.) sem informações. A ausência de documentação fidedigna impede que decisões ótimas sejam tomadas, além de causar perda de tempo na tomada de decisões.

3) A segurança dos usuários e daqueles que intervêm nas instalações elétricas está intrinsecamente ligada ao conhecimento dos riscos e das formas de eliminá-los, mitigá-los e de quais ações tomar em caso de emergência. Sem informações, as ações serão lentas

Ayrão*

ou erradas, sujeitando todos a riscos inaceitáveis.

Analisando as normas e regulamentos de instalações vigentes no Brasil, temos:

NR-10 [5]

“10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas...”

Se analisarmos apenas a NR-10, que é um regulamento técnico, já temos que, para qualquer instalação, devemos ter o esquema unifilar atualizado e, para instalações maiores, o Prontuário de Instalações Elétricas.

No entanto, a NR-10 também determina que as normas técnicas oficiais sejam seguidas.

NBR 5410

Buscando na NBR 5410 a seção referente a documentação, temos: “6.1.8 Documentação da instalação

6.1.8.1 A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no mínimo:

a) plantas;

b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis;

c) detalhes de montagem, quando necessários;

d) memorial descritivo da instalação;

e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem atender);

FotoVolt - Maio - 2024
Projeto & Instalação 60

f) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda considerados, temperatura ambiente etc.).

6.1.8.2 Após concluída a instalação, a documentação indicada em 6.1.8.1 deve ser revisada e atualizada de forma a corresponder fielmente ao que foi executado (documentação ‘como construído’, ou ‘as built’).”

A norma traz uma exigência maior para locais onde não haja continuamente manutenção por profissionais qualificados:

“6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê̂ equipe permanente de operação, supervisão e/ou manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, redigido em linguagem acessível a leigos...”

Ou seja, as normas de instalações elétricas exigem documentação, item bastante relegado em nossas instalações.

NBR 16274

A NBR 16274 traz exigências de documentação, porém de forma mais explicita e detalhada, conforme a figura 1.

Avaliação de desempenho

Verificação NBR 16274

Requisitos de documentação

b) nome do proprietário do sistema; c) localização do sistema (endereço ou coordenadas geográficas); d) potência nominal do sistema (kWp e kVA) e) módulos fotovoltaicos e inversores – fabricante, modelo e quantidade; f) período da instalação; g) período dos ensaios de comissionamento; h) período dos ensaios de avaliação do desempenho (quando aplicável).”

Eu complementaria ainda com a data de início de operação, bem como um relatório fotográfico de entrega. Chama a atenção que, ao solicitar o período de ensaios de comissionamento, a norma torna implícita a obrigatoriedade desses ensaios!

Quanto ao(s) projetista(s) temos:

“4.2.2 Informações do projetista do sistema:

No mínimo, as seguintes informações devem ser fornecidas sobre todos os responsáveis pelo projeto do sistema. Quando mais de uma empresa tem a responsabilidade pelo projeto, as seguintes informações devem ser fornecidas sobre todas as empresas, juntamente com uma descrição do seu papel no projeto.

a) nome da empresa;

b) responsável técnico;

Fig. 1 – Exigências de documentação na NBR 16274

Um grande avanço, em comparação com a NBR 5410, está na seção 4.2 “Dados do sistema”:

“4.2.1 informações básicas do sistema: No mínimo, as seguintes informações básicas devem ser fornecidas. Estas informações “de placa” normalmente são apresentadas na capa da embalagem da documentação do sistema. a) identificação da referência do projeto (quando aplicável);

Dados do sistema

Diagramas

Folha de dados técnicos

Informações do projeto mecânico

Informações de O&M

Resultados dos ensaios de comissionamento

Resultados dos ensaios de avaliação de desempenho

c) endereço postal, número de telefone e endereço de correio eletrônico;

d) atividade realizada no projeto (quando aplicável).”

A importância destas prescrições tem a ver com a necessidade de facilmente identificar e entrar em contato, se necessário, com os responsáveis pelos projetos, além de garantir os direitos intelectuais sobre o projeto. E com relação aos executores da instalação:

“4.2.3 Informações do instalador do sistema:

No mínimo, as seguintes informações devem ser fornecidas sobre todos os responsáveis pela instalação do sistema. Quando mais de uma empresa tem a responsabilidade pela instalação, as seguintes informações devem ser fornecidas sobre todas as

empresas, juntamente com uma descrição do seu papel na instalação.

a) nome da empresa;

b) responsável técnico;

c) endereço postal, número de telefone e endereço de correio eletrônico;

d) atividade realizada na instalação (quando aplicável).”

Em um segmento em que temos uma série de sistemas “órfãos”, essas informações são de suma importância. Entendo que essas listas, tanto para os projetistas quanto para os instaladores, possam ser melhoradas incluindo-se as informações:

• CNPJ da empresa;

• Número do registro do conselho do Responsável Técnico;

• Titulação do Responsável Técnico; e

• Número das ART(s) ou RRT(s).

Apenas uma análise superficial do início da NBR 16274 ocupou todo o espaço da coluna dessa edição.

Encerro por aqui e na próxima edição continuaremos a análise.

Até lá!

Normas citadas

[1] ABNT: NBR16274: 2014 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho

[2] ABNT: NBR16690: 2019 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos - Requisitos de projeto

[3] IEC 60364 - Low-voltage electrical installations (partes 1 a 8)

[4] ABNT: NBR 5410: 2004 Versão Corrigida:2008 - Instalações elétricas de baixa tensão

[5] Ministério do Trabalho e Emprego: NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19.

* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv_projetoinstalacao@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”.

61 Projeto & Instalação FotoVolt - Maio - 2024

No Brasil

CBENS – A próxima edição do CBENSCongresso Brasileiro de Energia Solar, evento bienal da ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar, será realizada de 27 a 31 de maio em Natal, RN, com organização do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). Informações em www.abens. org.br/evento.php?evento=3.

Rio Energy SumMIT – O Energy SumMIT, realizado em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), acontecerá no Brasil pela primeira vez de 15 a 17 de junho, no Porto Maravilha, Rio de Janeiro. O evento terá como palestrantes renomados professores do MIT e pretende reunir mais de 10 mil pessoas. O foco das discussões são transição energética e sustentabilidade no mundo. Mais informações: https://rd.mittechreview.com. br/energySumMIT_webinar.

Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, RJ. Mais informações em www.enase.com.br.

The smarter E – O The smarter E South America acontece de 27 a 29 de agosto de 2024 no Expo Center Norte, em São Paulo, congregando os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South AmericaFeira de produtos e serviços para eletromobilidade. Organização de Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International e Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br

Intersolar Summit Sul – Em 29 e 30 de outubro acontece no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em

formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https:// www.intersolar-summit-brasil.com/sul.

360 Solar – Realizado pela Elektsolar Innovations, o 4º 360 Solar acontece em 7 e 8 de novembro de 2024 em Florianópolis, SC, constituído por congresso e exposição de produtos e serviços para energia solar e tecnolgias relacionadas. Mais informação: https://360solar.com.br/.

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https:// www.fiee.com.br.

Cursos

Armazenamento de energia – O SolaXP é um evento presencial, no formato roadshow, que foi lançado no mês de março, em São Paulo, e percorrerá até novembro 12 cidades em todo o País. Com o tema “Domine o mercado de inversores híbridos”, a iniciativa da SolaX Power visa capacitar distribuidores e integradores com informações sobre o mercado e a tendência do armazenamento de energia. Os próximos eventos acontecerão em Cuiabá (25/6), Goiânia (12/7), Recife (9/8), Curitiba (13/9), Belo Horizonte (29/10), Florianópolis (13/11) e Porto Alegre (14/11). Informações: https://br.solaxpower.com.

Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento profissional Energia Solar FotovoltaicaTecnologias e Aplicações, do Senai SP, tem

carga horária de 24 horas, com uma turma programada para Osasco, em 11/6 e 20/6. Inscrições em www.sp.senai.br/ curso/energia-solar-fotovoltaica-tecnologias-e-aplicacoes/89542

Gratuitos - tecnologias, instalação –A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, oferece uma série de treinamentos gratuitos online sobre energia solar, com temas como aplicação técnica e comercial para sistemas FV, tecnologias e boas práticas de instalação. Visite https://loja.elgin.com. br/energia-solar/cursos-e-treinamentosde-energia-solar

No exterior

SNEC 2024 – A 17ª Conferência e Exposição Internacional de Geração de Energia Fotovoltaica e Energia Inteligente será realizada em Xangai, China, de 13 a 15 de junho, com organização da Asian Photovoltaic Industry Association e outras entidades chinesas e internacionais. Em 2023, a feira teve mais de 270 mil m² de exposição com 3100 expositores de 95 países. Acesse: https://pv.snec.org.cn/.

The smarter E/Intersolar Europe – Principal evento mundial do setor de energia solar, composto por feira e congresso, a Intersolar Europe 2024 vai acontecer de 18 a 21 de junho no centro de exposições Messe München, em Munique, na Alemanha, sob a plataforma de soluções de energia The smarter E Europe. Mais informações podem ser obtidas em www. thesmartere.de

RE+ – A exposição e conferência de energias limpas RE+ acontece de 9 a 12 de setembro em Anaheim, Califórnia, EUA. O evento reúne os predecessores Solar Power International, Energy Storage International e Smart Energy Week. Esperam-se mais de 40 000 profissionais e 1350 expositores. Realização da Smart Electric Power Alliance (SEPA) e Solar Energy Industries Association (SEIA). Website: www.re-plus.com

Agenda 62
FotoVolt - Maio - 2024

Produtos

Módulos de alta resistência

Os módulos fotovoltaicos de alta resistência da Renesola contam com estrutura de aço que têm o objetivo de reduzir emissões no processamento, tornando mais eco-friendly que alumínio. Segundo a empresa, o aço aumenta a resistência e confiabilidade dos componentes fotovoltaicos em condições adversas. O equipamento possui reforçada resistência à ruptura, reduzindo fadiga ao metal; e película de proteção zinco-alumínio-magnésio autorreparável para aumentar a durabilidade e resistência à corrosão dos componentes, a fim de garantir conversão eficiente de energia em diversas condições de aplicação. Tem coeficiente de expansão térmica estável do aço, que reduz o risco de ruptura de vidro em mudanças de temperatura intensas, garantindo a operação segura dos componentes fotovoltaicos, especialmente em climas extremos, destaca a empresa. www.renesola.energy/br

Galvanização a frio

A Quimatic oferece serviços de galvanização a frio para manutenção corretiva ou preventiva dos equipamentos em usinas solares. Segundo a empresa, a galvanização de metais protege as estruturas de ferro e aço das centrais fotovoltaicas da corrosão porque se funde ao metal e não deixa a ferrugem se estabelecer. A empresa destaca que a solução oferece alto grau de proteção (equivalente ao da galvanização a fogo), não requer mão de obra especializada e pode ser aplicada in loco com pincel ou pistola de pintura, evitando gastos com locomoção ou desmontagem das estruturas. A Quimatic oferece duas opções de produtos para a galvanização a frio: o CRZ, na cor cinza escuro (que pode receber pintura por cima, mas não é obrigatório); e o Galvalum, já com acaba-

mento aluminizado e cor semelhante à da galvanização a quente – ambos disponíveis nas versões líquida e aerossol. Ao aplicar uma camada de zinco sobre os metais, as soluções da Quimatic formam uma barreira física que impede o contato direto do metal com elementos corrosivos, como umidade e oxigênio, e também promovem proteção catódica, com o zinco atuando como camada de corrosão antes do metal base. Desta

forma, de acordo com a empresa, preserva-se a integridade do metal mesmo em caso de danos à camada de zinco, através da contínua proteção catódica, que cria uma rede eletrônica na superfície, dificultando a oxidação. A linha de galvanização a frio da Quimatic utiliza zinco com pureza de 99,9% e atende às normas ASTM A 780 e ABNT 6323. www.quimatic.com.br

Inversor híbrido

O inversor híbrido de armazenamento de energia da linha ES G2, da GoodWe, foi projetado para aumentar o autoconsumo da energia solar gerada, com a capacidade de controlar o fluxo de energia de forma inteligente. O inversor realiza automaticamente a comutação entre os modos on-grid e off-grid em menos de 10 ms (nível UPS). Também possui, de acordo com a empresa, grande suportabilidade de backup para cargas pesadas, como ar condicionado. Oferece flexibilidade para aplicações monofásicas de maior porte, pois suporta conexão para-

lela de até três inversores em uma mesma fase. As conexões CC, CA e de comunicação são plug & play, o que reduz o tempo de instalação e comissionamento, destaca a fabricante. Além disso, o ES G2 é compatível com diversas marcas e modelos de baterias de baixa tensão (48 V), assim como a bateria Lynx Home U da GoodWe. Também é compatível com módulos de alta potência de até 16A (Imp) para garantia de flexibilidade nas escolhas dos módulos FV, afirma a Goodwe. Conta ainda com controle de carga inteligente com contatos secos, integração com casa inteligente através de vários protocolos de comunicação, desligamento remoto e proteção contra arco (AFCI) opcional no lado CC. https://br.goodwe.com

Contêiner solar

A Solarfold fornece a versão on-grid do contêiner solar móvel, que pode ser ligada diretamente à rede elétrica pública, e a energia produzida permite abastecer até 40 residências unifamiliares (3500 kWh/ano/moradia unifamiliar). O equipamento também pode ser conectado a diversas soluções de armazenamento de energia. Cada pacote

contém um número diferente de contêneires solares e a capacidade correspondente da bateria. As combinações visam otimizar a cobertura das necessidades de consumo do cliente e também podem ser utilizadas para negociação no mercado de reservas operacionais. A empresa oferece modelos básicos, sem armazenamento; Pró, com 160 kWh de armazenamento; Performance, com armazenamento de 240 kWh; Ultra, com armazenamento de 480 kWh; e Especial, que visa atender necessidades individuais de armazenamento. www.solarfold.eu

FotoVolt - Maio - 2024 64

Cenário energético da América Latina A Aggreko lançou recentemente o e-book “Relató rio de transição energética na América Latina: estratégias, barreiras e oportunidades”, que analisa e fornece dados para profissionais do setor de energia para compreen der tendências, desafios e oportunidades emergentes na região. De acordo com a obra, nos últimos anos, o setor energético da América Latina tem se transformado signifi cativamente, com crescente interesse em fontes de energia limpas e sustentáveis, além da garantia da segurança ener gética. O estudo contou com a participação de mais de 830 profissionais (entre gerentes, diretores, supervisores, en genheiros e consultores) do setor elétrico e de infraestru tura desde concessionárias e empresas de T&D até agên cias reguladoras, empresas de GD e prestadoras de serviço relacionados a utilities em 13 países latino americanos. No Brasil, 66% dos profis sionais do setor energético consideram a transição para fontes de energia sustentáveis como uma oportunidade de negócio. Já 33% acreditam que a transição para fontes lim pas é a principal prioridade comercial e já existem muitas soluções sustentáveis e planos em vigor. Para 26%, a falta

de clareza sobre legislação, regulamentos e subsídios constitui o principal motivo pelo qual a empresa não está fazendo a transição. Entre as descobertas, está a preferência por Energia como Serviço (35%) como um modelo de negócio; em seguida, aparece O&M Operação e Manuten ção (32%) e “Direct Selling” (19%). Alguns países específi cos destoam em suas escolhas, como a Colômbia, em que apenas 13% se sentem mais confortáveis com o modelo O&M, com 55% preferindo o “Energy as a Service”. Já no Chile, a preferência se inverte, com 40% preferindo O&M. A pesquisa também revelou que as empresas têm uma visão geral positiva em rela ção à transição para fontes de energia sustentável, com 65% considerando a uma oportu nidade significativa. Cerca de 34% dos respondentes veem a transição para fontes de ener gia sustentáveis como uma prioridade máxima e já têm planos sustentáveis em vigor. Outros 20% a classificam entre as três principais pre ocupações relacionadas aos negócios. 84% mencionaram a energia solar como fonte protagonista na transição, 72% a eólica e 43% hidráulica. Para aumentar a penetração de fontes de energia renová veis, o investimento estrutural

foi destacado por 35% dos entrevistados. Já 22% dos pes‑ quisados também destacam a integração de soluções de armazenamento de energia como um fator crítico para impulsionar a adoção de ener gias renováveis. www.aggreko.com

Fontes renováveis na matriz energética global O estudo If every energy transition is different, which course will accelerate yours?, elaborado pela EY, aponta um boom na adoção da energia solar em diversos mercados do mundo devido principalmente à queda do preço dos módulos solares fotovoltaicos. Desde 2010, a redução do preço desses equipamentos, feitos de silício cristalino, foi de 80%. A expec tativa é que a fonte seja domi nante em países como Estados Unidos, além de muitos outros na Oceania e no sul da Ásia. O relatório aponta que as fontes limpas ou renováveis vão domi nar a matriz energética global em 2038. A geração renovável, princi palmente eólica e solar, deve responder por 38% da matriz energética até 2030 e por 62% até 2050. O Brasil encerrou 2023 na sexta colocação do

ranking mundial de geração de energia solar fotovoltaica, de acordo com relatório da Agên cia Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). Em 2022, o País ultra passou Itália e Austrália ao chegar a 37 GW de capacidade instalada. Entre os desafios para expansão da geração re novável estão: necessidade de integrar as energias renováveis na rede, proporcionar finan ciamento das atualizações nessa infraestrutura de energia e assegurar a adequação da regulamentação às mudanças do mercado. O crescimento da adoção de energia solar, eólica, hidrogênio, além do modelo de geração distribuída, vai exi gir soluções para expansão da rede, especialmente em rela ção à flexibilidade. Na Europa, os requisitos de flexibilidade vão aumentar dez vezes até 2050, de acordo com as previ sões do estudo da EY. Também deverá ser amplia do o uso de bate rias e sistemas de armazenamento e de estratégias que envolvam os con sumidores como participantes ativos da rede. O estudo pode ser acessado em www.ey.com/pt_br/ agencia ey/noticias/fontes renovaveis vao dominar matriz energetica global.

Índice de anunciantes

FotoVolt - Maio - 2024 Publicações 65
59 45 55 27 39 4ª capa 26 37 10 e 11 57 ......................................... 3ª capa 43 21 24 .................................... 15 46 41 35 ......................................... 25 14 17 51 ....................................... 16 53 13 33 .............................................. 49 19 29 34 ....................................... 2ª capa Absolar Baywa Chint Cobrecom Dlight FiberX Geodesign Gimi Inox-Par Instituto Mi Omega KRJ Ludufix Marvitec Megatron Metal Light Mi Omega Novemp NTC Somar Pextron Power Solar Renesola Romagnole Romiotto SAJ Serrana Solar Solar Group Solis Trael Tsun Volts and Bolts WEG

Energia solar acessível para todos

“ Surgiu um novo modelo de negócio, simples e de fácil adesão, que consiste na instalação do gerador de energia solar no telhado do consumidor sem que este tenha de pagar por isso”

Mesmo a região Norte no Brasil, que tem a menor irradiação solar média do País, de cerca de 4,7 kWh/m2.dia, possui mais potencial para geração de eletricidade a partir da luz solar do que países líderes no setor, como a Alemanha ou Japão. Apesar disso, ainda pouco aproveitamos esse potencial. Após 12 anos da publicação da primeira resolução normativa que autorizou o consumidor a gerar a sua própria energia elétrica renovável, apenas 3,5% das unidades consumidoras brasileiras fazem uso de créditos de energia elétrica da geração própria solar. Fatores como falta de poupança, dificuldade de acesso ao crédito e altas taxas de juros têm sido apontados como limitantes do crescimento da quantidade de consumidores com geração fotovoltaica de pequeno e médio portes.

Existem basicamente quatro formas de participação no universo da geração própria renovável: (i) instalação de um sistema solar fotovoltaico no imóvel ou terreno de um consumidor final e uso dos créditos de energia elétrica nesta mesma unidade consumidora (geração local); (ii) instalação de um sistema solar no imóvel ou terreno de um consumidor final e uso dos créditos de energia elétrica em outra unidade consumidora do mesmo titular (autoconsumo remoto); (iii) reunião de consumidores de um condomínio para instalação de um sistema solar fotovoltaico e uso dos créditos de energia elétrica em área comum ou privativa do mesmo condomínio (empreendimento

de múltiplas unidades consumidoras –EMUC); e (iv) geração fotovoltaica em local distinto da unidade consumidora do consumidor final e uso dos créditos de energia elétrica por meio de consórcio, cooperativa, associação ou condomínio (geração compartilhada). São modelos que apresentam características e desafios distintos.

A instalação de um sistema próprio garante que o consumidor seja proprietário dos seus equipamentos, permitindo uma maior economia imediata na conta de energia elétrica e diminuindo o tempo de retorno do investimento. No entanto, a aquisição do sistema fotovoltaico requer um investimento inicial, seja com recursos próprios ou via financiamento em bancos, fintechs ou cooperativas de crédito.

Já a modalidade de geração compartilhada oferece uma alternativa para aqueles que não possuem poder de compra, habitam imóveis alugados ou não têm telhado disponível para instalar um sistema solar no imóvel, caso de apartamentos e de escritórios comerciais em prédios. Um dos modelos de negócio da geração compartilhada consiste em o consumidor assinar contrato com uma empresa especializada em energia solar fotovoltaica, a qual fica responsável por todo o projeto, instalação, operação e manutenção do sistema, além da administração da estrutura jurídica e dos créditos de energia elétrica gerados. Neste caso, o sistema é normalmente instalado em uma localização distinta da unidade consumidora que utilizará os créditos de energia

elétrica, mas dentro da mesma área de concessão. O consumidor faz uso de parte ou de todos os créditos de energia elétrica, para redução da sua conta de luz, correspondente à sua participação no empreendimento. Embora o consumidor pague um valor mensal pela operação, o sistema fotovoltaico não é de sua propriedade, efetivamente. Para popularizar ainda mais o acesso à energia solar, surgiu um novo modelo de negócio, simples e de fácil adesão, que consiste na instalação do gerador de energia solar no telhado do consumidor sem que este tenha de pagar por isso. Neste caso, o consumidor percebe um benefício de redução de gastos com energia elétrica durante o período do contrato, resultado do sistema solar instalado na edificação. A diferença básica entre este modelo e o de geração compartilhada é que, de imediato, o cliente recebe a posse do sistema fotovoltaico e, após transcorrido um período previsto no contrato, a propriedade do sistema solar é transferida integralmente a ele.

Este novo modelo oferece aos consumidores uma oportunidade facilitada de se tornarem geradores de sua própria energia elétrica, limpa, renovável e acessível, sem qualquer investimento inicial. Também abre novas oportunidades de trabalho e renda para profissionais que queiram atuar junto aos integradores de energia solar, estimulando o crescimento econômico e a geração de renda no Brasil.

* Mário Viana é Diretor Comercial e de Marketing da Sou Energy; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

FotoVolt - Maio - 2024
Solar FV em foco 66
Mário Viana, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Condutores 2,5mm2 a 6mm2

Diâmetro externo condutor 4,7 a 7mm

Faixa de Temperatura Ambiente -40°C a +85°C

Temperatura Máxima Limite 120°C

Grau de Proteção (IP) IP68

Classe de Proteção/Segurança II

Classe de Sobretensão III

Tipo de Conexão Crimpagem

Material de contato Cobre Estanhado

Material de isolamento PA

Tensão nominal (Vdc) 1500V

Corrente Nominal 2,5/4/6mm2 25A/35A/45A

Classe de chamas (flamabilidade) UL94: V-0

O conector KSE K4 é usado para conexão serial segura e simples de módulos solares fotovoltaicos, em uma única solução atende condutores de 2,5 a 6mm2. Por possuir moderna tecnologia de produção, sistema de conexão multicontato, componentes e matéria-prima de alta qualidade, oferta alta estabilidade e segurança nas conexões para todo o sistema.

www.bluemedia.com.br
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.