nossa tutela até que sejam adotados. Em outros casos são custeadas – com verba de doações – o tratamento de animais de quem é de baixa renda ou até mesmo de rua, sendo que nesse último caso, quando não é possível a ONG acolher, eles ficam com pessoas intituladas “lar temporário” – que abrigam esses bichinhos até que eles sejam adotados; e há ainda o pedido por divulgação de animais desaparecidos ou maltratados. A associação funciona como um trabalho qualquer. Há funções definidas entre os membros. As voluntárias responsáveis pelos animais tem que saber dos remédios, histórico de saúde e também os dias de levar o bichinho ao veterinário, sendo que elas também ficam responsáveis por fazer a entrevista dos interessados na adoção.
CASTRAÇÃO X FILHOTES Claro, é indiscutível que dez entre dez pessoas que gostam de animais amam filhotes. Eles cheiram a leite, são fofinhos, engraçados e fáceis de levar pra cima e pra baixo, mas o ideal é que ao adotar, comprar ou ganhar um bichinho, você o castre. A prática é a única forma de impedir a superpopulação e ainda evita uma série de doenças que podem prejudicar seu pet. A veterinária Cláudia Rufino explica, por exemplo, que o anticoncepcional comumente usado em fêmeas é uma verdadeira bomba de hormônios, que contribui severamente para o desenvolvimento de câncer. “O ideal é realizar a castração antes do primeiro cio da fêmea, o que acontece por volta dos cinco meses. Já o macho, a idade ideal é depois de um ano, seja cão ou gato”, defende. Além da castração, são explicadas aos novos donos as obrigações da posse responsável, informações sobre os primeiros cuidados, vacinas e a importância da visita regular ao veterinário.
ADOTE! Existem inúmeras formas de ajudar animais de rua e uma delas é adotar um animal. O publicitário Marco Antônio Braga fez a parte dele ao adotar a Margot, gatinha que tinha dois meses quando foi abandonada na porta do consultório da esposa dele. Resgatada muito magra e com verme – como quase todos os animais tirados das ruas – nos primeiros dias ela comia desesperadamente, mas rapidamente se acostumou com a nova casa e a comer calmamente. O publicitário conta, orgulhoso, que ela o escolheu como dono e é muito inteligente. “Ela é tão esperta que aprendeu a usar a areia de gatos de primeira. Ela também tem algumas manias como derrubar o sabonete líquido do banheiro social só pra ver ele fazer barulho ou pegar sol de manhã na sacada. Quando avalio, vejo que a minha vida e da minha esposa mudou pra melhor com a chegada da Margot”, afirma.
Aína Gorayeb e Vitório.
Só gratidão Qual é o pagamento? “Gratidão”, responde Aína Gorayeb ao ser indagada sobre qual recompensa ela tem ao ser voluntária. Na associação, cada membro tem uma história especial com um animal, a dela foi com o Vitório, um cão Marco Antônio Braga e a gatinha Margot. Revista Alvo - Edição 20
91