Boletim aimmp Maio 2011

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BOLETIM INFORMATIVO

INDÚSTRIAS DE MADEIRA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Edição Maio de 2011

4.º Congresso das Indústrias da Madeira, Mobiliário e Afins

Empresários determinados em ocupar lugar no futuro Conclusões da reunião magna do sector vão ser discutidas com representantes das cinco principais forças políticas com assento parlamentar. Reportagem sobre o congresso nas páginas 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12 e 13

Milão

Nova Iorque

São Paulo

Móveis portugueses “brilham” na capital do design Págs. 22 e 23

Seis empresas portuguesas expõem na ICFF Pág. 24

Missão empresarial da aimmp voa até ao Brasil Pág.25

Nemátodo. Governo aprova medidas de controlo

Pág. 19

Gold Mercury Cerimónia de entrega dos Prémios Sustentabilidade Págs. 14,15,16 e 17


ões Condiç ara ais p especi dos a associ AIMMP

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EDITORIAL

ficha tĂŠcnica

LeilĂŁo polĂ­tico

Propriedade AIMMP – Associação das IndĂşstrias de Madeira e MobiliĂĄrio de Portugal

Direcção e Coordenação Editorial João Paulo Mendes (Departamento Comunicação) comunicacao@aimmp.pt

Colaboradores Carlos Martins carlos.martins@aimmp.pt (Departamento Financeiro) Liliana Mota liliana.mota@aimmp.pt Raquel Costa raquel.costa@aimmp.pt (Departamento JurĂ­dico)

Jorge GuimarĂŁes jorge.guimaraes@aimmp.pt

Tecniforma Print

1500 exemplares Distribuição Gratuita

Contactos: Rua Ă lvares Cabral, 281 4050-041 Porto Tel. +351 223 394 200 Fax +351 223 394 210 aimmp@aimmp.pt Web www.aimmp.pt

Aproximamo-nos de eleiçþes. No PaĂ­s e na aimmp, que em breve elegerĂĄ nova direcção. Nunca processos eleitorais atĂŠ hoje foram tĂŁo importantes como estes, tendo em conta as drĂĄsticas mudanças que ocorreram no mundo, na Europa, em Portugal e no nosso sector. Pela parte da aimmp mostramos, jĂĄ em 2011, a nossa vitalidade. Realizamos o congresso, entregamos prĂŠmios e fizemos feiras internacionais que mereceram visitas de membros do Governo. Mas o PaĂ­s vive numa encruzilhada, numa crise interna e internacional de dimensĂŁo poucas vezes vivida por uma geração. Precisamos de estabilidade. HĂĄ muito que os partidos da oposição desejavam eleiçþes antecipadas. E, apesar do Governo queixar-se dos efeitos de uma “coligação negativaâ€? no Parlamento, a verdade ĂŠ que um Executivo minoritĂĄrio nĂŁo conseguiria sobreviver por muito mais tempo a quatro planos de austeridade (cada um deles apresentado como sendo o Ăşltimo) e ao aumento imparĂĄvel da dĂ­vida soberana. Chegados a este ponto, que culminou com o pedido de ajuda externa, urge uma clarificação no PaĂ­s. Clarificação e estabilidade. A eternização desta crise sĂł agravaria a situação econĂłmica e poderia ser um rastilho a agitaçþes sociais.

“

Vamos fazer junto dos partidos um ‘leilĂŁo polĂ­tico’ da resolução dos nossos problemas e ansiedades

Infelizmente, ao contrĂĄrio do que acontece por esse mundo fora, por vezes parece nĂŁo haver em Portugal uma cultura de partilha de responsabilidades, de compromisso. NĂłs queremos compromisso! É por isso que em vĂŠspera de eleiçþes legislativas, e Ă semelhança do que aconteceu em 2009, vamos discutir as conclusĂľes do nosso congresso com os partidos polĂ­ticos e conhecer as suas propostas para a Fileira da Madeira e MobiliĂĄrio. O encontro assume particular importância apĂłs o anĂşncio das medidas de austeridade impostas pelo pacote de ajuda externa a Portugal. A realizar-se a menos de 24 horas do inĂ­cio da campanha eleitoral, dia 20 de Maio, na Mealhada, o debate conta com conhecidos representantes das cincos principais forças polĂ­ticas: BasĂ­lio Horta (cabeça de lista do PS pelo cĂ­rculo eleitoral de Leiria), Couto dos Santos (cabeça de lista do PSD por Aveiro), AntĂłnio Loureiro (presidente da Distrital de Aveiro do CDS-PP), Pedro Filipe Soares (cabeça de lista do BE por Aveiro) e Miguel Viegas (cabeça de lista da CDU pelo distrito de Aveiro). Queremos saber que apoios Ă economia tencionam os diferentes partidos adoptar. O encontro ĂŠ pois uma oportunidade Ăşnica para os empresĂĄrios conhecerem os programas eleitorais para as nossas indĂşstrias e, talvez, decidirem o seu sentido de voto. Dia 20, vamos fazer junto dos partidos um “leilĂŁo polĂ­ticoâ€? da resolução dos nossos problemas e ansiedades!

Direitos de Autor e reprodução - A informação

Fernando Rolin Presidente Direcção aimmp

divulgada no Boletim Informativo Indústrias de Madeira Ê propriedade da aimmp, podendo ser reproduzida parcialmente ou na sua totalidade, desde que seja assegurada a respectiva indicação da fonte.

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DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

Determinados em ganhar o futuro Feita a radiografia do sector e delineadas estratégias, conclusões do congresso vão ser discutidas com os partidos, dia 20, na Mealhada

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fileira da madeira e do mobiliário reuniu em congresso no passado dia 7 de Abril, um dia depois do Governo ter anunciado a intenção de pedir ajuda financeira à União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. Perante mais de duas centenas de empresários, que encheram por completo o auditório da FIL, em Lisboa, os 22 oradores convidados fizeram a radiografia do sector e traçaram estratégias para o futuro. Apesar de todas as incertezas e do momento difícil que o País atravessa, uma coisa ficou patente: os empresários estão determinados a ganhar o futuro. As conclusões extraídas deste 4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins (IMMA) (ver páginas 10,11 e 12) vão agora ser apresentadas e discutidas com os cinco principais partidos com assento parlamentar no próximo dia 20 de Maio, na Quinta dos Três Pinheiros, na Mealhada. Organizado pela aimmp, o debate será moderado por João Peixoto de Sousa, director do jornal Vida Económica. A realizar-se na véspera do início da campanha eleitoral para as eleições legislativas, o encontro conta já, do lado dos partidos, com a presença confirmada de Basílio Horta (cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Leiria), Fernando Couto dos Santos (número um do PPD/PSD por Aveiro), António Loureiro (presidente distrital de Aveiro do CDS-PP), e Miguel Viegas (primeiro candidato da lista da CDU pelo distrito de Aveiro). O BE também já confirmou a sua presença.

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“Com as medidas de austeridade impostas pelo pacote de ajuda a Portugal, e tendo em conta uma floresta que

Mais de duas centenas de empresários encheram o auditório do Centro de Congressos da Fil, em Lisboa

está infectada a 100 por cento, com ameaças da Comissão Europeia fechar, a curto prazo, as fronteiras à madeira

portuguesa, e porque os assuntos hoje desenvolvem-se a uma velocidade estonteante, esta é uma oportunidade para os empresários decidirem a que partido dar o seu voto nas próximas eleições, ouvindo de que forma é que cada um pensa resolver os problemas do nosso sector”, considera o presidente da aimmp. “Vamos apresentar aos cinco partidos com assento parlamentar as conclusões do nosso 4.º c ongresso e fazer um “leilão político” da resolução dos nossos problemas e ansiedades”, acrescenta Fernando Rolin.


DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

AIMMP pede mais fiscalização à ASAE Há, em Portugal, móveis de origem asiática que são prejudiciais à saúde, alerta o presidente da associação do sector do mobiliário

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a sua primeira intervenção no congresso, o presidente da aimmp alertou para o facto de estarem à venda, em lojas portuguesas, móveis de origem asiática com riscos para a saúde e segurança dos consumidores e reclamou maior actuação da ASAE. Fernando Rolin, que falava na abertura do congresso, justificou que actualmente “a lógica de controlo [dos produtos] já não é alfandegária” e que “as coisas chegam ao consumo, por isso é preciso controlar o que há nas lojas”. O dirigente associativo defendeu que os móveis devem ser fiscalizados como qualquer outro produto. “Se a ASAE encontra uma manteiga sem condições num restaurante, tem de ser retirada ou o restaurante fecha.” Seguindo a mesma lógica, afirmou, “a ASAE tem de fazer a mesma coisa com os móveis, fazer as análises e obrigar a retirar se for caso disso”, acrescentou, considerando que em causa está o incumprimento de várias obrigações comunitárias. A madeira maciça, por exemplo, “não cumpre os requisitos fitossanitários porque não vem seca e muitas vezes traz parasitas e fungos”, afirmou o responsável, dizendo até que “reza a lenda que foi assim que o nemátodo entrou na Península de Setúbal”. Fernando Rolin apontou outros casos de violação das regras, como o formal-

deído livre presente nos aglomerados de madeira em valores dez vezes superiores às exigências comunitárias, os químicos cancerígenos presentes nos vernizes (nitrocelulósicos) que são dez vezes mais baratos do que os produtos alternativos que a indústria portuguesa é obrigada a usar e as lacas “com dióxido de chumbo, que é venenoso” face às alternativas impostas pelas regras comunitárias, que

são 15 vezes mais caras. O presidente da aimmp adiantou ainda que, nos sofás, são introduzidos “saquinhos de desinfectantes, alguns deles banidos há mais de 40 anos em Portugal e que provocam fortíssimas alergias”. Por isso, defende que “a grande batalha” é a aprovação do certificado de origem: “Pelo menos, o consumidor pensa duas vezes antes de levar para casa estes produtos”.

Sector perdeu 700 empresas desde 2008 Portugal perdeu, nos últimos três anos, 700 empresas ligadas à indústria da madeira e do mobiliário e 12 500 postos de trabalho, disse hoje o presidente da associação do sector. “Perdemos empresas de todas as áreas: mobiliário, carpintaria, serração e embalagem de

madeira”, declarou. O arrefecimento do consumo e da economia e a “excessiva liberalização que abriu os mercados à concorrência dos produtos baratos do extremo oriente” foram apontados como os principais motivos para o encerramento das empresas.

Secretário de Estado da Energia considera sector da madeira “verdadeiro pilar” do País Presente na cerimónia de abertura do congresso, o secretário de Estado da Energia e Inovação elogiou as “mais de cinco mil empresas do sector que sobreviveram às dificuldades, fazendo desta fileira uma das mais importantes da economia portuguesa”. Lembrando que no primeiro trimestre deste ano o sector da madeira e mobiliário “aumentou em vinte por cento a sua exportação”, quando comparado

com o período homólogo, Carlos Zorrinho assumiu que “de facto vem aí um tsunami do ponto de vista económico, político e social”. No entanto, disse, “mesmo nos tsunamis há quem resista, se reconstrua, reposicione e, por vezes, fique ainda mais forte”. É isto que o governante espera que aconteça a estas indústrias, “verdadeiros pilares e ponto de equilíbrio para o funcionamento do País”.

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DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

“Empresas devem procurar novos mercados Gestor do Compete incentiva empresários a apostarem noutras regiões do globo e a crescerem ao nível da competitividade resente no 4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins (IMMA), o presidente do Compete, Nélson de Souza, afirmou que “os sinais mais recentes, e ainda que pouco conclusivos, relativamente ao primeiro semestre da economia portuguesa, mostram que as empresas encontram-se disponíveis para lutar com os mercados mais longínquos e complexos”. Prova disso, refere, são os números das exportações registados nesse período, em

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que se registaram “crescimentos da ordem dos 18 por cento, quando comparados com o período homólogo. O gestor do Compete

Presidente do Compete avisa que nos encontramos a viver dias difíceis e com elevada complexidade

frisa “a necessidade de as empresas portuguesas, face à estagnação interna, continuarem a procurar novos mercados, a crescerem ao nível da sua competitividade e cumprirem os compromissos assumidos com os bancos”. Só no primeiro trimestre de 2011, revelou, apresentaram-se àquele instrumento de financiamento “cerca de dois mil projectos

que rondam os 2,4 mil milhões de euros”. Ciente de que “muita desta procura não se vai traduzir em investimento efectivo”, o gestor refere “que são dados significativos porque mostram que continuam a existir projectos exigentes, mesmo neste contexto, e que as empresas revelam vontade de reagir às contrariedades”. Perante uma plateia de mais de duzentos congressistas, aquele responsável reconheceu que “nos encontramos a viver dias difíceis e com elevada complexidade em que os acontecimentos são extremamente rápidos e parecem tão esmagadores”. No entanto, disse, é importante “ter a consciência, que, apesar de todos estarmos com uma sensação de impotência, a realidade não é tanto assim, pelo que cabe a cada um de nós fazer ainda melhor a nossa função e assumir responsabilidades”.


DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

Escassez de matéria-prima é problema Responsável pela pasta da Agricultura defende tomada de medidas fiscais de incentivo para reduzir abandono da terra

O

ministro da Agricultura, que encerrou o 4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins (IMMA), reconheceu que um dos principais problemas da indústria do mobiliário é a falta de matéria-prima e lamentou não ter tido tempo para

António Serrano disse perante os congressitas lamentar não ter tido tempo para resolver a situação

resolver a situação, embora, disse, o Governo tenha dado “alguns passos importantes”. “Lamento não ter tido tempo de ter resolvido tudo, mas demos alguns passos importantes nesse sentido”, afirmou António Serrano, admitindo, ao mesmo tempo, que o que mais aflige os empresários da indústria do mobiliário é o acesso à matéria-prima, muitas vezes importada. “Para não termos que importar matéria-prima são necessárias algumas alterações”, disse o ministro, defendendo a necessidade de reduzir o abandono da terra, nomeadamente através de medidas fiscais de incentivo. António Serrano referiu que o seu ministério elaborou um projecto de lei para fomentar a produção agrícola e florestal, que já estará pronto, faltando apenas ir a aprovação na Assembleia da República. No final, o ministro manifestou esperança de poder continuar a ajudar a indústria de madeira e mobiliário e resolver alguns dos problemas pendentes, após as eleições legislativas de 5 de Junho.

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DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

“Tempos do crédito fácil não vão regressar” Responsável do IAPMEI alerta para o problema da baixa autonomia financeira das empresas e a excessiva dependncia do crédito

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presidente do Instituto de Apoio às PME (IAPMEI) disse aos congressistas que “os tempos do crédito fácil não vão regressar” e adiantou que as empresas só terão melhorias no acesso ao crédito quando houver uma normalização do sistema financeiro. “É fundamental haver uma normalização das condições de refinanciamento da República Portuguesa para haver condições de normalização de refinanciamento da banca e para as empresas poderem ter acesso ao crédito em condições mais vantajosas”, declarou Luís Filipe Costa. Para o responsável do IAPMEI, este “efeito de cascata” depende das taxas de juro e das notações de ‘rating’.

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“Os ‘downgradings’ [revisões em baixa dos ‘ratings’] têm de parar, seja para a República, para a banca ou para as empresas portuguesas e as taxas de juro têm de começar a baixar” para que

Luís Filipe Costa diz que o estigma do sector da madeira junto da banca pode e deve ser ultrapassado

haja condições de normalizar o sistema, considerou Luís Filipe Costa durante a sua intervenção. O responsável do IAPMEI, que interveio no painel “Financiamento às Empresas”, alertou para o problema da baixa autonomia financeira das empresas e a excessiva dependência do crédito sublinhando que “os tempos do crédito fácil não vão regressar” e destacou que é necessário capitalizar as empresas, nomeadamente promovendo os aumen-

tos de capital através dos incentivos fiscais, uma solução que não tem sido facilitada pelo ministério das Finanças. “O ministério das Finanças tem de se preocupar mais em receber alguma coisa do que em ter taxas elevadas para não receber nada”, comentou. Luís Filipe Costa sublinhou que “o estigma do sector da madeira junto da banca pode e deve ser ultrapassado se as empresas fizerem o trabalho de casa” e salientou o trabalho que tem sido desenvolvido pelo IAPMEI a nível do acesso ao financiamento. Desde Junho de 2008, foram criadas sete linhas de crédito PME Investe (em que o Estado partilha o risco comercial com a banca) ao abrigo das quais foram concedidos oito mil milhões de euros de que beneficiaram 54 mil empresas com 700 mil postos de trabalho. No sector da madeira, foram financiadas 1830 operações de crédito no valor de 234 mil euros que beneficiaram 1203 empresas com 24 mil trabalhadores.


DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

Imagem de Portugal no exterior é problema Dirigente da CIP exorta empresas nacionais a apostarem em produtos que se diferenciem pela qualidade

O

presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que abriu o primeiro painel do 4.ª Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins (IMMA), considera que “a imagem externa de Portugal tem sido um grande problema para as empresas portuguesas” e lamenta que a economia nacional esteja mal preparada para os “embates” da globalização. “A economia nacional não se preparou devidamente e a tempo para todos os embates anunciados e previsíveis”,

Não basta a ajuda externa, é preciso uma ajuda interna que nos tire deste rumo catastrófico

afirmou António Saraiva, lembrando que “por diversas vezes disseram que o problema estava lá fora e que Portugal estava imune”. O presidente da CIP falava aos congressistas sob o tema “Evolução da Indústria Portuguesa na Actual Situação de Crise”. O líder dos patrões alertou para a má

imagem externa de Portugal e exortou as empresas a apostarem em produtos que se diferenciem pela qualidade, design e certificação, mas também a cumprirem os prazos de entrega. Salientou, ainda, que “é preciso diminuir as necessidades de financiamento externo” e frisou que “o crédito é cada vez mais escasso e mais caro”. Sobre o pedido de ajuda externa que “lamentavelmente já se vinha adivinhando”, considerou que se devia “ter promovido a correcção às contas públicas para não ter essa necessidade”. Para António Saraiva, não basta a ajuda externa, é preciso uma “ajuda interna que nos tire deste rumo catastrófico”.

O dirigente da CIP manifestou a esperança de que este tipo de ajuda “acalme a voracidade dos mercados”, mas comentou que as empresa vão precisar de ajuda já que o aumento das exportações tem de ser sustentado no investimento. António Saraiva adiantou que para 2011 “ainda existe margem para o aumento das exportações com base na capacidade instalada”, mas será preciso aumentar essa capacidade a partir de determinado momento. “É preciso um esforço de investimento empresarial na indústria”, sublinhou, ressalvando que este esforço “tem de ser fiscalmente incentivado”.

Ex-ministro Augusto Mateus acusa governantes de estarem a negar a realidade Num discurso bastante duro, o antigo ministro da Economia Augusto Mateus dirigiu-se aos congressistas dizendo que “um dos problemas da sociedade portuguesa é que acorda todos os dias, olha no espelho e mente consecutivamente”. Neste sentido, o antigo responsável pela pasta da Economia, Indústria, Comércio e Turismo de António Guterres considera que “seria bom que nas próximas aparições públicas, a classe governativa e política não continuasse a investir num processo claro de negação sobre a realidade das contas do País”.

Convidado a intervir no painel “Evolução da Indústria Portuguesa na Actual Situação de Crise”, o economista alertou para a necessidade de Portugal “abrir a sua economia” e implementar “competitividade empresarial” através “da qualidade e não do tamanho”. O antigo governante criticou ainda os defensores da tese de que os sectores tradicionais não têm futuro: “O que está ultrapassado é o modelo de gestão praticado no seu funcionamento e não as indústrias em si. Tem de se adaptar o negócio à evolução dos mercados”.

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MISSĂƒO .. MISSion

valores .. values

A MISSĂƒO da XC Consultores ĂŠ criar valor aos clientes, colaboradores e accionistas, garantindo inovação e excelĂŞncia nos processos e serviços, sustentada em relaçþes de confiança.

Orientação ao cliente .. Customer focus Idoneidade .. Suitability Flexibilidade .. Flexibility Espírito de Equipa .. Teamwork Confidencialidade .. Confidentiality Inovação e Qualidade .. Innovation and Quality Respeitar a Cultura do Cliente .. Respect the Clients Culture

THE MISSION of XC consulting is to create value for customers, employees and shareholders, ensuring innovation and excellence in processes and services, supported on trust.

CLIENTES CLIENTS

PESSOAS PEOPLE

CONHECIMENTO

KNOWLEDGE

EVOLUĂ‡ĂƒO HISTĂ“RICA .. HISTORICAL COMPANY DEVELOPMENT A XC Consultores, Lda. foi constituĂ­da em finais de 1995 tendo como actividade principal prestar serviços de consultores na ĂĄrea da qualidade. XC Consultants, Ltd. was founded in late 1995, having as main activity consulting services in the quality area. PORTFĂ“LIO DE PRODUTOS .. PRODUCT PORTFOLIO ORGANIZAĂ‡ĂƒO E GESTĂƒO

SISTEMAS DE GESTĂƒO

ORGANIZATION AND MANAGEMENT

MANAGEMENT SYSTEMS

Fruto da evolução do Mercado, novas oportunidades e solicitaçþes dos clientes, foi progressivamente alargando a sua actividade para outras åreas como o Ambiente, Organização, Produção, Segurança e EstratÊgia. As a result of developments in the market, new opportunities and demands of customers, it has been gradually extending activity into other areas such as environment, organization, production, safety and strategy.

PRODUTIVIDADE PRODUCTIVITY

FORMAĂ‡ĂƒO .. TRAINING

sisTemas de gesTĂŁo .. managemenT sYsTems QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA .. QUALITY, ENVIRONMENT AND SAFETY Implementação de Sistemas de GestĂŁo (NP EN, ISO 9001, 14001; 4397) Implementation of Management Systems (NP EN, ISO 9001, 14001, 4397) SEGURANÇA ALIMENTAR .. FOOD SAFETY Implementação de Sistemas de Segurança Alimentar ISO 22000 Implementation of Food Safety Systems ISO 22000 RESPONSABILIDADE SOCIAL .. SOCIAL RESPONSIBILITY Implementação de Sistemas SA 8000 Implementation of SA 8000 Systems INOVAĂ‡ĂƒO INVESTIGAĂ‡ĂƒO .. RESEARCH INNOVATION GestĂŁo, Desenvolvimento e Inovação (IDI) NP EN 4457 Management, Development and Innovation (RDI) NP EN 4457

porTfĂłlio de produTos .. producT porTfolio

LEAN MANUFACTURING ‘ % ÓÙ Industrial organization improvement systems ‘ Reengineering and Process Redesign ‘ N N


DESTAQUE

4.º Congresso IMMA

Conclusões debatidas com partidos Transcrevemos, na íntegra, documento que será apresentado aos partidos, dia 20 de Maio, na Mealhada

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4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins (IMMA) realizou-se no dia 7 de Abril na FIL, em Lisboa, sob o mote “Ganhar o Futuro… O Futuro é Já Hoje”. Este congresso contou com a presença de 230 congressistas e constituiu, em si mesmo, uma iniciativa de reflexão e optimismo, tendo em vista uma mudança face à crise em que se encontra o País. As suas conclusões, que constituem orientações para a definição de uma estratégia que promova o desenvolvimento do sector, norteando a actuação futura dos representantes associativos, dos responsáveis políticos e do tecido empresarial, serão transmitidas às tutelas em gestão. Mas, dado o presente momento político, com eleições legislativas agendadas para breve, serão ainda discutidas e apresentadas em reunião, no próximo dia 20 de Maio, na Quinta dos Três Pinheiros, na Mealhada, na presença de representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia da República: Basílio Horta (PS), Couto dos Santos (PPD/ PSD), Antóno Loureiro (CDS-PP), Pedro Filipe Soares (BE) e MIguel Viegas (PCP). O sector pode assim decidir o seu voto pelo partido que melhor corresponda às suas necessidades e expectativas.

Desafios e oportunidades Portugal e a sua indústria enfrentam hoje grandes e difíceis desafios. Poderá mesmo afirmar-se que está em causa a solvência do País. Assim sendo, o País precisa de mudar a sua forma de estar, começando por reduzir o consumo e trabalhar mais e melhor, isto é, ser mais produtivo.

Distorções de mercado: O sector não é contra a importação e a concorrência de preço do mobiliário do Extremo Oriente; o que não se admite é que se importem produtos fabricados com materiais que já foram banidos da UE há décadas, por serem tóxicos para o consumidor: t Os materiais de construção europeus têm marcação CE; t O mobiliário tem normas de segurança, pelo que deverá ter rótulo “Made in”, que atesta o seu cumprimento; Há que unir esforços por parte das entidades competentes para desenvolver acções dirigidas, de modo a combater situações irregulares.

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DESTAQUE

t Neste momento crĂ­tico, a organização das empresas tem que ser definida do mercado para os recursos e nĂŁo o inverso; t A inovação ĂŠ fundamental para diferenciar os produtos, de modo a criar competitividade e atingir mercados internacionais; t Que os empresĂĄrios sejam empreendedores, aderindo a processos de ganhos de escala, seja por concentração (fusĂľes e aquisiçþes) seja por cooperação, seja pelo funcionamento em rede para a aquisição de conhecimento e para a abordagem aos mercados; t Existem neste momento os mecanismos de apoio ao desenvolvimento; cabe aos empresĂĄrio aderir e eles: - Acçþes de promoção que estĂŁo criadas - Novas oportunidades de mercado identificadas - Formação nunca ĂŠ suficiente, principalmente a auto-formação t Promovam a profissionalização da gestĂŁo nas empresas familiares; t Investimento: sejam corajosos; invistam com recurso Ă mobilização de Capitais PrĂłprios (do empresĂĄrio ou com recurso a investidores – que os hĂĄ, Ă procura de oportunidades para investir).

t Precisamos de estabilidade, com polĂ­ticas estruturantes, mas realistas; t É fundamental a redução da despesa pĂşblica, e a melhoria dos sistemas de justiça e a diminuição da carga fiscal (e justeza na sua distribuição); t Reduza-se o peso do Estado: reestruturar o organograma do Estado na lĂłgica clĂĄssica da Administração Francesa, em que os cargos polĂ­ticos sĂŁo apenas os do Governo, e profissionalizar toda a Administração PĂşblica, sem definiçþes partidĂĄrias; t A dĂ­vida pĂşblica salda-se com crescimento econĂłmico, e esse, sĂŁo as empresas que o geram; compete ao Estado incentivar: recomenda-se a promoção da inovação (sim) mas nos sectores tradicionais em que somos especializados e temos recursos, como sĂŁo o mar e o nosso – a Floresta; t Sigam-se finalmente as linhas de orientação do Estudo Porter “Construir as Vantagens Competitivas de Portugalâ€?, de que se recomenda uma actualização. t Que os investimentos em mega-projectos, que nĂŁo geram emprego nem riqueza para o PaĂ­s, sejam transferidos para investimentos nos sectores industriais, em particular atravĂŠs do estĂ­mulo Ă reabilitação urbana (e estabilização do mercado do arrendamento), que impacta grande parte dos sectores de actividade industrial.

Indústria sem desperdícios t Em 2000, a årea florestal de Portugal era de 1 milhão de hectares. Os incêndios e o Nemåtodo reduziram essa årea para metade atÊ 2012; no entanto, existem 2 milhþes de hectares, dos quais pelo menos 500 mil poderiam ser (bem) plantados para repor os níveis de volume de madeira de pinho na floresta aos níveis dos anos 90. t A concorrência distorcida pela biomassa como matÊria-prima Ê hoje uma ameaça à sobrevivência do sector. t O sector apela ao Estado para não deixar morrer um dos poucos sectores que transforma uma matÊria-prima endógena, acrescentando-lhe atÊ 30 vezes o seu valor,

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e a exporta (Saldo da Balança Comercial positivo em 200 milhĂľes de Euros) t É urgente regulamentar a utilização da madeira, e vigiar a madeira para serrar, de

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PRODER tem que funcionar para apoiar a floresta de pinho, fragmentada e sem gestĂŁo profissionalizada

forma a que só vå para biomassa aquilo a que não de pode acrescentar mais valor; t Concluir os trabalhos em curso, relativamente às políticas de utilização de solos, ao

cadastro das åreas, ao incentivo à gestão por åreas conjuntas; t Seguir o exemplo dos espanhóis, com a sua política SOS Nemåtodo; O PRODER tem que funcionar para apoiar a floresta de pinho, fragmentada e sem gestão profissionalizada, com longos prazos de retorno do investimento e grau de risco elevado: t Deve apoiar a certificação florestal, t Tal como com o sector da cortiça, tambÊm a modernização da primeira transformação de madeira deve ser apoiada, desde a floresta, atÊ à estilha, passando pelas pranchas ou tåbuas (tudo produtos da primeira transformação).


DESTAQUE

Inovação nas Indústrias de Madeira e Mobiliário Inovar é condição de sobrevivência, porque o mercado, a tecnologia e o gosto dos consumidores estão em constante mudança. Há que estimular as práticas de inovação onde quer que possam ocorrer (no processo, no produtos, na gestão, no marketing, etc), desde que seja para ter sucesso no mercado. Mas para a inovação ocorrer, tem de ser apoiada com capital: em relação ao financiamento, este ter que ser mais claro, rápido e directo: As medidas do IAPMEI (PME INVESTE e equivalentes) não deverão passar pela banca; devem ser geridas por organismos autónomos, de forma a evitar o que tem sucedido – a banca tem-se financiado, e o dinheiro não chega a entrar nas empresas, fica retido por conta de livranças, ou outros mecanismos que a empresa já lá tenha. É necessário promover fiscalmente a capitalização das empresas. QREN: deve ser agilizada a conclusão dos projectos, com o recurso à disponibilização do incentivo por adiantamento, contra apresentação de facturas, devendo a despesa ser paga em 30 dias com o incentivo recebido, utilizando para tal uma conta bancária dedicada em que não pode realizar outros movimentos.

Internacionalizar sustentadamente Os mercados novos acarretam riscos e originam novas formas de estar e de os abordar. É fundamental ter uma óptima organização interna, design adaptado às tendências da procura, marketing, comunicação e muita preparação na abordagem do mercado em questão. A exportação não se faz com uma feira, mas sim através de esforço continuado. A feira tem de ser preparada através de uma boa base de contactos prévia, que garanta potenciais clientes a visitar a exposição, e com a adequação do produto ao mercado. Os “Cadernos de Tendências” são uma ferramenta que ajuda a orientar as empresas na tomada de decisões sobre novos produtos e contribui para a divulgação e implementação da metodologia de Design Integral como uma actividade que suporta à sua competitividade.

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DESTAQUE

Prémios Sustentabilidade

Elvira Fortunato Personalidade do Ano 2010 Gold Mercury International e aimmp realizaram cerimónia de entrega destes galardões pela primeira vez em Portugal

O

grupo de reflexão de governação mundial Gold Mercury International (GMI) e a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (aimmp) entregaram os primeiros Prémios de Sustentabilidade Gold Mercury e Personalidade do Ano 2010. A cerimónia de entrega dos galardões realizou-se no passado dia 7 de Abril, no Centro de Congressos da FIL, em Lisboa, durante um Jantar de Gala presidido pelo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro. A investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Elvira Fortunato recebeu a estatueta Gold Mercury Sustainability Awards 2010, na categoria especial de Personalidade do Ano, pelas boas práticas ambientais e contribuição para um desenvolvimento sustentável. Foram ainda premiados a Costa Ibérica, a Tafibra, a Jular, a Swedwood Portugal, a Fibromode, o IADE, o Grupo Palser, a Vicaima, a Orizon Energias e a arquitecta Lívia Tirone.

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Com estes prémios, a GMI e a aimmp pretendem estabelecer um novo padrão para distinguir as empresas mais inovadoras, bem-sucedidas em termos de gestão e sustentáveis em cada subsector da indústria de madeira e mobiliário. O prémio reconhece os líderes mais visionários da indústria na promoção desta mensagem nas realidades básicas. Esta iniciativa tem como objectivo melhorar a forma como a madeira é vista enquanto material, e a protecção florestal enquanto parte da diver-

Prémio reconhece líderes visionários da indústria, bem como as empresas inovadoras e sustentáveis

sidade biológica do nosso planeta. Fernando Rolin, presidente da aimmp, considera que “o papel da associação é promover o pensamento e a visão da indústria com vista à sustentabilidade”. Com este prémio, disse, “pretendemos estabelecer o padrão industrial para grandes êxitos em termos de sustentabilidade.” Desde que foi fundada, a Gold Mercury International tem sido um actor chave na promoção da globalização sustentável. Já Nicolas De Santis, secretário-geral da Gold Mercury International entende que “este prémio é uma grande oportunidade

para às empresas portuguesas que a sustentabilidade deve fazer parte das suas estratégias de crescimento, tornando-as mais competitivas nos mercados internacionais. A indústria portuguesa de madeira e mobiliário é um sector crítico onde a inovação sustentável irá marcar a diferença entre vencedores e vencidos. Este Prémio Gold Mercury especial irá tornar-se uma referência da melhor prática neste sector.” Os Prémios Gold Mercury, trazidos para Portugal pela aimmp, visam distinguir e reconhecer actividades e realizações de relevo em oito áreas, liderança visionária, na iniciativa empresarial, pessoal ou governamental. Desde 1961 premeiam personalidades e empresas de relevo em todo o mundo.


DESTAQUE

Vencedores Prémios Gold Mercury 2010 nas diferentes categorias

PERSONALIDADE DO ANO

SERRAÇÃO E EMBALAGEM

Elvira Fortunato

Costa Ibérica (Serração Mais Eficiente)

PAINÉIS DE MADEIRA

CARPINTARIA E OUTROS PRODUTOS DE MADEIRA

Tafibra - Sonae Indústria (Empresa Mais Responsável)

Jular – Madeiras (Empresa Mais Responsável)

MOBILIÁRIO

DESIGN E DECORAÇÃO

Swedwood Portugal (Expansão Mais Sustentáve)

IADE ( Design Mais Sustentável)

ENERGIA

INOVAÇÃO

Grupo Palser, SA (Melhor Projecto Energético)

Vicaima (Melhor Breaktrough Industrial)

ARQUITECTURA

GESTÃO FLORESTAL SUSTENTÁVEL

Lívia Tirone (Contributo para Construção Sustentável)

Orizon Energias (Prémio Devolver à Natureza)

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DESTAQUE

Jantar onde decorreu a cerimónia de entrega dos Gold Mercury Awards encerrou o 4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins. Foram muitas as personalidades presentes.

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DESTAQUE

História

A origem dos prémios Gold Mercury Estatueta começou por ser entregue a personalidades com iniciativas de referência em termos de produtividade e inovação

I

nicia-se em 1961 como “Premio Mercurio D’oro” um prémio italiano, iniciativa do “Centro Giornalistico Annali”, uma associação independente de jornalistas interessados na promoção da cooperação económica. O “Mercurio D’oro” era atribuído a empresas e indivíduos que demonstrassem iniciativas de referência em termos de produtividade e inovação. Tornou-se cada vez mais prestigiado, recebendo o patrocínio do Presidente da República; a cerimónia de entrega realizava-se no “Campidoglio” em Roma, um edifício de Michelangelo (século XVI) de grande valor simbólico. A Gold Mercury adoptou como símbolo a estatueta de Mercúrio, deus grego patrono do comércio e das viagens, grande negociador e pacificador de interesses

Galardoados com prémios Gold Mercury no mundo Juan Carlos I (Rei de Espanha)

Ronald Reagan (Antigo presidente dos EUA)

Mohamed Anwar El-Sadat (Antigo presidente do Egípto)

Emílio Botin (Banco Santander)

Kerry Kennedy (Robert Kennedy Center)

Álvaro Uribe (Presidente da Colômbia) Hosni Mubarak (Ex-presidente do Egipto)

Robert Gallo (Investigador)

díspares: o Mercúrio de Ouro simboliza assim a excelência em governação, a paz e a cooperação através dos negócios. Em 1975 tornou-se o Gold Mercury International. Durante os anos 70 e 80 desenvolveu conferências e cerimónias de entrega de prémios por toda a Europa, nas Américas, Ásia, África e no Médio Oriente: a promoção da paz e diálogo através dos negócios, cooperação e práticas sustentáveis chamou a atenção dos líderes governamentais e empresariais de todo o mundo, bem como da imprensa e do público. O prémio iniciou-se com 4 categorias: Indústria & Comércio, Paz, Direitos Humanos e Media. A Categoria Indústria & Comércio sempre foi um reconhecimento público àqueles que demonstrem vontade de melhorar as práticas das empresas e estimular desenvolvimento produtivo e cooperação económico-social. Nesta categoria foram premiados, entre outros, Masaru Ibuka, fundador da Sony Corporation e Gunnar Engellau, por fazer do nome “Volvo” um sinónimo de segurança, qualidade, durabilidade e valor. O Gold Mercury foi relançado já no século XXI, com um enfoque mais forte na promoção da Governança Global e da Liderança Ética, para fazer face aos novos desafios de sustentabilidade; o “Gold Mercury International Building” foi construído em Londres. Hoje em dia, o “Gold Mercury Awards” para Liderança Visionária reconhece indivíduos e organizações que demonstrem o seu compromisso com uma gestão Ética, e que contribuam para o processo de melhorar a Governabilidade Global em oito áreas: Paz e Segurança; Políticas Económicas e Sociais; Ambiente; Saúde; Ciência e Tecno logia; Recursos Naturais; Cultura; Assuntos Humanitários. A Gold Mercury International opera uma rede global (a Glogonet) de organizações, universidades e especialistas, que lhe confere a

capacidade de operar numa escala global, mantendo o pulso em iniciativas locais e regionais, como a que a aimmp pretende iniciar em 2010.

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NOTÍCIAS DO SECTOR

Medida

Diploma para controlo do nemátodo aprovado Decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros prevê registo de produtores envolvidos na exploração florestal de coníferas

O

Governo aprovou um decretolei que estabelece medidas extraordinárias para o controlo do nemátodo do pinheiro-bravo. Prevê o registo dos produtores, a possibilidade de se rastrear a madeira e de controlar a sua circulação, bem como um regime de coimas para os prevaricadores. O diploma aprovado em Conselho de Ministros prevê ainda a obrigatoriedade de registo de todos os operadores económi-

São estabelecidas exigências específicas relativas ao abate, circulação e armazenamento

cos envolvidos na exploração florestal de coníferas, bem como dos operadores económicos que procedem ao fabrico, tratamento e marcação de material de embalagem de madeira e tratamento de madeira. Estabelece ainda exigências específicas relativas ao abate, circulação e armazenamento de pinheiros e define as medidas relativas ao tratamento da madeira e ao seu material de embalagem, a par das restrições à sua circulação no território nacional e à sua expedição para outros países. O nemátodo-do-pinheiro-bravo é um dos organismos com maior potencial destrutivo para o pinhal, tendo sido detectado em Portugal há 12 anos.

Blocos de aglomerado de partículas Costa Ibérica aprovados pela EPAL Foram aprovados pela EPAL, ao abrigo da UIC 435-2, os blocos de aglomerado de partículas de madeira produzidos pela Costa Ibérica. Este componente destina-se à incorporação nas paletes de madeira possibilitando inúmeras vantagens aos

fabricantes, reparadores e utilizadores. De entre as vantagens, destacamse a reduzida necessidade de espaço e armazenamento, produto 100 por cento reciclável, biodegradável e ecológico (fabricado a partir de partículas virgens de madeira de

pinho, recentemente processadas). Também o tratamento fitossanitário IPPC/ISPM15 garantido pelo próprio processo de fabrico, resistência contra intempéries, humidade compreendida entre 8 e dez por cento e isenção de fungos e bolores.

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Produtividade e Engenharia Industrial

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NOTÍCIAS DO SECTOR

Marcação CE

Novo regulamento revoga Directiva 89/106/CEE Foi publicado no jornal oficial da UE o regulamento que estabelece condições para a comercioalização dos produtos de construção

U

ma das directivas com maior impacto no nosso sector, nomeadamente no sector das carpintarias e painéis de madeira é a chamada DPC - Directiva dos Produtos de Construção, de 21 de Dezembro de 1988 (Directiva 89/106/CEE), que se refere à obrigatoriedade de Marcação CE nos produtos e materiais de construção.

DPC foi criada com o objectivo de eliminare as barreiras técnicas à livre circulação dos produtos de construção

Ao abrigo da aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-membros no que respeita aos produtos de construção, a DPC foi criada com o objectivo de eliminar as barreiras técnicas à livre circulação dos produtos de construção no Espaço Económico Europeu (EEE, Islândia, Liechtenstein e Noruega). Havendo marcação CE, já nenhum Estado-membro pode obrigar ao cumprimento de requisitos específicos diferentes. Foi agora publicado no Jornal Oficial da União Europeia de 4 de Abril, o Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011, que estabelece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e revoga a Directiva 89/106/CEE do Conselho. Este regulamento fixa as condições de colocação ou disponibilização de produtos de construção no mercado, estabelecendo regras harmonizadas sobre a forma de expressar o desempenho dos produtos de construção correspondente às suas características essenciais e sobre a utilização da marcação CE nesses produtos. Segundo o artigo 4 do Regulamento (EU) número 305/2011, “se um produto de construção for abrangido por uma norma harmonizada ou estiver conforme

com uma Avaliação Técnica Europeia emitida para esse produto, o fabricante deve elaborar uma declaração de desempenho para esse produto aquando da sua colocação no mercado.” As disposições transitórias deste regulamento são as seguintes:

Fabricantes podem fazer a declaração de desempenho com base num certificado de conformidade

t Os produtos de construção colocados no mercado nos termos da Directiva 89/106/CEE antes de 1 de Julho de 2013 estão conformes ao presente regulamento; t Os fabricantes podem fazer a declaração de desempenho com base num certificado de conformidade ou numa declaração de conformidade emitidos antes de 1 de Julho de 2013, nos termos

da Directiva 89/106/CEE; t As directrizes para aprovação técnica europeia publicadas antes de 1 de Julho de 2013, nos termos da Directiva 89/106/CEE, podem ser utilizadas como Documentos de Avaliação Europeus; t Os fabricantes e os importadores podem utilizar como Avaliações Técnicas Europeias as aprovações técnicas europeias emitidas, nos termos da Directiva 89/106/CEE, antes de 1 de Julho de 2013, durante o período de validade dessas aprovações. O Regulamento (UE) n.º 305/2011 entra em vigor no dia 24 de Abril de 2011, contudo, os artigos 3.º a 28.º, 36.º a 38.º, 56.º a 63.º, 65.º e 66.º, bem como os anexos I, II, III e V, são aplicáveis a partir de 1 de Julho de 2013. Poderá consultar o Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011, em: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/ LexUriServ.do?uri=OJ:L:2011:088:0005: 0043:PT:PDF.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

iSaloni

Mobiliário português “brilha” em Milão Empresas e criadores nacionais marcaram presença em Itália, onde participaram no maior evento mundial do design

S

ucesso é o adjectivo que as empresas portuguesas presentes na edição de 2011 do iSaloni – Salão Internacional do Móvel usam para rotular a sua participação na última edição da maior feira do sector do mobiliário, que decorreu em Milão de 12 a 17 de Abril. Os empresários portugueses inseridos na delegação portuguesa liderada pela aimmp efectuaram inúmeros contactos com profissionais de todo o mundo, tendo conseguido excelentes oportunidades de negócios. “Não há nenhum sítio na Europa melhor do que este para conhecermos

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profissionais de todo o mundo”, disse Rui Cunha, da Induflex. “Para além da Europa, já cá tivemos [stand] gente dos Estados Unidos, Canadá e África. Este é, sem dúvida, o melhor sítio para estarmos presentes”, acrescentou o empresário,

Visita do primeiroministro, no terceiro dia da feira foi um apoio importante para os empresários do sector

elogiando a organização da aimmp. Opinião idêntica têm, entre outros, os responsáveis pela Caronel, empresa de Paços de Ferreira com mais de 70 anos e que também esteve presente no iSaloni. A visita do primeiro-ministro, no terceiro dia de feira, foi também um “apoio importante para os empresários do sector”, considera o presidente da

aimmp, Fernando Rolin. Considerado vitrina do design, ao apresentar, num espaço de cerca de duzentos mil metros quadrados - dos quais 11 mil metros quadrados de área de stands -, as mais recentes e inovadoras tendências da Fileira Casa, o certame contou com a presença dos principais representantes mundiais do mobiliário e decoração, tendo recebido mais de 300 mil visitantes.

Balanço positivo também na Tortona Design Week Também os empresários e criadores presentes no espaço da aimmp na Tortona Design Week, através da marca Associative Design, mostraram-se satisfeitos com o resultado da sua participação no evento. “Somos uma marca muito recente, mas a receptividade que as nossas peças estão a ter junto do público está a ser muito positiva”, disse Ricardo


INTERNACIONALIZAÇÃO

Coelho, da Tusse. Nesta sua primeira participação num evento internacional, a marca – que representa a segunda geração da Caronel – exibiu três peças de arte funcional. Balanço positivo faz também Susana Loureiro, da Vandoma. “Temos sido abordados por muita gente e, também, pela imprensa internacional”, disse, acrescentando que “a aceitação por parte dos visitantes tem sido fantástica”. Neste evento paralelo ao iSaloni, onde a aimmp dispôs de um espaço em plena Via Tortona, estiveram ainda expostas peças da Antarte, Way Beyond, Glamour’Arte, JAS, Spleen, Meireles, Re-Made in Portugal, Alda Tomás, Souto Moura, Siza Vieira e do vencedor da segunda edição do Concurso Nacional de Design de Mobiliário, na categoria Mente Verde. “Acabei a minha licenciatura há pouco tempo e ter uma peça exposta em Milão é muito bom”, disse Sean Patrick.

Depois dos sucessos que alcançou em Itália nas edições de 2009 e 2010, este ano a aimmp, através da sua marca Associative Design, regressou a Milão acompanhada por um total de 27 empresas e marcas nacionais:

Espaço já garantido pela aimmp no iSaloni 2012 quase duplica: passa de 340 para 600 metros quadrados

Jetclass, Caronel, Alvo (Espaço Clássico), Redi, Induflex, Fertini, Piodão, Sachi, Glammfire (Espaço Moderno), AMMóveis, Anaric, Colunex, Fenabel, More Contract, TemaHome (stands individuais), Antarte, Way Beyond, Vandoma, Glamour’Arte, Tusse, JAS, Spleen, Meireles, Re-Made in Portugal, Alda Tomás, Souto Moura, Álvaro Siza Vieira e o jovem vencedor da

segunda edição do concurso de design. Criada no início de 2009, e tendo já levado a cabo diversas acções em algumas das maiores capitais mundiais, os números que fazem parte do percurso da Associative Design falam por si: cerca de uma centena de empresas da Fileira Casa e Decoração portuguesa esteve associada ao projecto que visa a promoção dos produtos portugueses em solo internacional, num investimento total que ronda os cinco milhões de euros. Segundo Vasco Pedro, da Comissão Executiva da aimmp, “voltar a Milão “é uma prova do sucesso alcançado nestes dois primeiros anos de existência da marca Associative Design e uma mostra da força das empresas portuguesas”. As empresas levadas este ano pela aimmp a Milão distribuiram-se por 340 metros quadrados. Mas em 2012, o espaço, já garantido pela associação, quase duplica: 600 metros quadrados.

Protocolo. Na sua visita ao iSaloni, o primeiro-ministro presidiu à cerimónia de assinatura de um protocolo entre a Aicep e a Aimmp no âmbito do Inov-Export, que este ano abrange 500 estágios profissionais.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

ICFF - Nova Iorque

Seis empresas integram delegação lusa AIMMP vai estabelecer sinergias com a AICEP local, no sentido de atrair potenciais compradores norte-americanos

S

ão seis as empresas portuguesas que a aimmp leva este ano a Nova Iorque para participar na ICFF. Fertini, Greed, Induflex, Mambo, Saal e Sachi compõem a delegação nacional que, entre os dias 14 e 17 de Maio vai mostrar do outro lado do Atlântico o design de mobiliário que actualmente se faz em Portugal. A aimmp e os responsáveis destas

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empresas que estarão presentes na ICFF partem para os Estados Unidos com objectivos ambiciosos, depois do sucesso que foi a participação da delegação portuguesa no iSaloni, Milão.

Centro de exposições da International Contemporary Furniture Fair está localizado no coração de Manhattan

Em Nova Iorque, a aimmp vai também estabelecer sinergias com a Aicep local, no sentido de atrair potenciais compradores norte-americanos à feira, e lançar

campanhas publicitárias junto de associações congéneres dos Estados vUnidos – arquitectura, design e mobiliário. O centro de exposições da Internacional Contemporary Furniture Fair está localizado no coração de Manhattan. O recinto dispõe de uma área de cerca de 14 mil metros quadrados dedicada ao mobiliário, iluminação, têxteis, decoração e afins. Durante quatro dias, a feira acolhe, em média, trinta mil visitantes, a maioria arquitectos, designers de interiores, distribuidores, retalhistas e compradores internacionais, comerciantes de mobiliário à procura do melhor produto, daquele produto que marca a diferença.


INTERNACIONALIZAÇÃO

Missão Empresarial

AIMMP leva empresários a São Paulo Eventos como o mundial de futebol em 2014 e os jogos olímpicos em 2016 fazem deste um mercado apetecível

A

aimmp vai realizar, entre 23 e 29 de Maio, uma missão empresarial a São Paulo, Brasil, mercado que se apresenta bastante atractivo para o sector das madeiras e mobiliário. Para esta missão estão inscritas oito empresas – AEF Meubles, Albino Miranda,

Brasil é a primeira economia da AméricaLatina e ocupa o ranking das dez mais elevadas a nível a mundial

Lda, QMC, AJ Cruz, Lda, Gualtorres, Mood, Haut de Gamme e XC Consultores. Recorde-se que a economia brasileira está numa rota de crescimento e sustentabilidade. As reformas económicas que têm vindo a ser implementadas deram ao

Empresários terão possibilidade de participar em bolsas de contacto e negócio com principais promotores

país a capacidade de assumir uma posição de relevo a nível internacional, integrando-se no grupo das quatro economias emergentes

- Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). O Brasil é a primeira economia na América Latina e ocupa o ranking das dez mais elevadas a nível mundial. O forte avanço de subsectores industriais como a construção civil, estimulada por grandes eventos como o mundial de futebol em 2014 e os jogos olímpicos em 2016, fazem deste um mercado com oportunidades para os empresários portugueses.

Durante a missão empresarial, os empresários terão a possibilidade de participar em bolsas de contacto e negócio com os principais promotores mobiliários, importadores e outros agentes económicos, visitar os principais pontos de venda deste mercado e estabelecer relações institucionais facilitadoras da concretização e dinamização das oportunidades de negócio identificadas.

Compradores internacionais vêm a Portugal dispostos a potenciar oportunidades de negócios A aimmp está a organizar a vinda a Portugal, de forma faseada, de 70 dos melhores compradores internacionais, para contacto directo com a oferta das empresas do sector. O objectivo é potenciar e maximizar

oportunidades concretas de negócio, através da preparação cuidada de bolsas de contactos, tendo em conta o perfil, expectativas e necessidades de cada empresa participante na iniciativa. Esta iniciativa, inédita no sector, visa

criar oportunidades para estabelecer relações pessoais com os compradores, no ambiente da sua empresa, mostrando a fábrica e dispondo de tempo. Em cada encontro, a empresa dispõe da dedicação exclusiva do comprador internacional.

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INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Banca

Garantia de 100 mil euros para além de 2011 Portugal procedeu, à semelhança de outros estados, à alteração do limite do Fundo de Garantia de Depósitos em 2008 garantia de 100 mil euros prevista para os depósitos, no âmbito do Fundo de Garantia de Depósitos (FdG) vai prolongar-se além de 2011, confirmou o Banco de Portugal.

A 26

Recorde-se que antes da crise, o FdG português garantia aos depositantes 25 mil euros por titular. No entanto, a falência da Lehman Brothers e a crise financeira que se seguiu obrigou diversos Estados a aumentarem o valor das garantias prestadas pelos mecanismos de segurança, de forma a dar maior confiança aos clientes bancários e impedir uma fuga de depósitos. Portugal não foi excepção e procedeu a uma alteração do limite do Fundo de

Garantia de Depósitos em Novembro de 2008, de 25 mil euros para 100 mil euros. Contudo, tratava-se de uma medida transitória e com prazo de validade. Era esperado que no final deste ano - a partir de 31 de Dezembro de 2011 - a garantia prestada pelo FdG regressasse aos limites antes da crise. Mas tal não vai acontecer. “O limite de garantia do Fundo de Garantia de Depósitos continuará a ser de 100 mil euros após 31 de Dezembro de 2011”, explicou fonte do Banco de Portugal.


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Aumento do IVA

Estado arrecada mais 18,4 por cento no IVA Saldo consolidado dos cofres da Administração Central e Segurança Social registaram melhoria de 1742 milhões de euros

A

receita fiscal com o IVA – o imposto que mais rende aos cofres do Estado – subiu 18,4 por cento no primeiro trimestre, em termos homólogos. Os dados são do boletim de execução orçamental divulgado pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO). O conjunto das receitas fiscais aumentou 14,9 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado, revelam os mesmos dados. Já a “despesa efectiva do Estado registou um decréscimo de 3,6 por cento em termos homólogos, resultado semelhante ao mês precedente. A variação homóloga da despesa efectiva primária situou-se em -3,3 por cento”, revela o mesmo documento da DGO. “O saldo consolidado da Administração Central e da Segurança Social manteve-se positivo, em 432 milhões de

euros, o que representa uma melhoria de 1742 milhões de euros relativamente ao primeiro trimestre de 2010”, revela ainda

o comunicado do Ministério das Finanças que acompanha a divulgação do boletim da DGO.

Taxas Euribor continuam a renovar máximos em todos os prazos As taxas interbancárias europeias continuam a avançar em todos os prazos, com destaque para o prazo a três meses, que foi o que mais subiu, situando-se nos 1,385 por cento. Quem tem o crédito indexado à maturidade a três meses sofrerá o maior impacto do aumento dos indexantes a médio-prazo, uma vez que os indexantes de maturidades mais curtas começam agora a incorporar de forma mais expressiva a tendência do mercado, ou neste caso, a tendência de subida dos juros de referência. É que o mercado desconta actualmente duas subidas da taxa de juro de referência até Dezembro: para 1,5 por cento em Agosto e 1,75 por cento no final do ano. No mesmo sentido, o prazo a 6 meses - o mais usado

na concessão do crédito à habitação - avançou até 1,675 por cento. Os ganhos consecutivos para os juros nesta maturidade, representa m o maior ciclo de subidas de sempre, ao mesmo tempo que o prazo a 12 meses aumentou para 2,132 por cento, mantendo-se assim acima da barreira dos dois por cento pela décima nona sessão consecutiva. As taxas Euribor estão a subir há precisamente um ano e, desde então, a factura com o pagamento

das prestações do crédito. E o aumento dos custos com o crédito à habitação está ainda apenas a começar.

Subida. Prestações de créditos bancários indexados à Euribor em alta

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INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Conjuntura económica

Encomendas à indústria abrandam Cotação do euro em relação ao dólar continua em alta, assim como o preço do petróleo e de outras matérias-primas elativamente aos últimos dados publicados nesta informação económica surgiram grandes e importantes acontecimentos que afectam a conjuntura económica. O facto de estar em curso um pedido de ajuda externa ao Fundo Monetário Internacional (FMI), derivado de todos os factores anteriores (descida do rating, elevado défice e dívida pública, dificuldades de financiamento), afectam negativamente o panorama económico português. São expectáveis portanto tempos

R

28


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Formação Profissional Financiada - Para os Colaboradores das Empresas

Ú

D

M E R O E

50

FORMAÇÃO FINANCIADA N

difíceis para a nossa economia (dados do FMI: taxas de crescimento expectáveis de -1,5 por cento em 2011 e -0,5 por cento em 2012 contrastando com a média europeia de 1,6 por cento para 2011 e 1,8 por cento para 2012.) Da conjuntura externa também não vêem boas notícias: a cotação do euro em relação ao dólar continua a subir fazendo as nossas exportações relativamente mais caras e com isso com mais dificuldades de concorrerem nos mercados internacionais através do preço. Outro aspecto é a subida constante da cotação do petróleo e das matérias-primas que fazem com que os custos de produção sejam cada vez mais caros. Quanto a valores para a actividade industrial e apesar dos dados em contraciclo destaca-se o aumento homólogo da produção industrial de 1,5 por cento, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), invertendo a baixa no período anterior. Também no Volume de Negócios foi verificado um aumento homólogo de

A empresa tem de ser associada da AIMMP Os cursos iniciam com um mínimo de 10 formandos Os formandos devem ter habilitações até ao 12.º ano

Menor fulgor do mercado externo poderá ser preocupante, originando quebra do mercado interno

A aimmp dispõe de um projecto de formação dirigido aos trabalhadores das empresas associadas. O projecto Formações Modulares Certificadas foi aprovado pelo POPH e é 100% financiado, disponibilizando ainda aos

15,2 por cento relativamente a 2010. Este aumento é mais forte no mercado externo, 21,8 por cento. Relativamente às novas encomendas industriais, os dados referem um abrandamento do crescimento homólogo, o que poderá indicar uma futura diminuição na produção nos próximos períodos. Dados do INE revelam que o crescimento homologo desceu de 31,5 para 20 por cento para as novas encomendas industriais sendo que dois terços provêm do mercado externo. Este menor fulgor do mercado externo poderá ser preocupante, uma vez que devido à situação difícil do País poderá acontecer o inevitável – quebra do mercado interno e agudização das quebras de produção. Esta situação deve ser evitável, ou seja, as empresas deverão continuar a apostar em exportar e procurar mercados longínquos com oportunidades de negócio para desenvolverem as suas vendas e canalizarem as suas exportações. Com isto Portugal beneficiará de incrementos no seu produto e de uma estabilização do emprego.

formandos um subsídio de alimentação no valor de 4,27/dia. Entre as áreas de formação previstas estão:

Á R E A S D E F O R MAÇ ÃO Ciências Informáticas Secretariado e Trabalho Administrativo Enquadramento na Organização Segurança e Higiene no Trabalho Materiais (Madeira)

Com este projecto, a aimmp apoia os seus associados a darem cumprimento ao previsto no Artigo 131º do Código do Trabalho que impõe a obrigatoriedade de promoção de um número mínimo de 35 horas por trabalhador/ano e contribui para melhorar a qualificação dos RH de Fileira da Madeira

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INFORMAÇÃO JURÍDICA

Prevenção da segurança e saúde no trabalho Qualquer empresa ou estabelecimento que não tenha meios próprios de promoção e prevenção deve utilizar serviços externos

D

e acordo com a Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e da saúde no trabalho, e de acordo com o previsto no artigo 284.º do Código do Trabalho, no que respeita à prevenção, o empregador deve tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Entre essas medidas estão a prevenção dos riscos profissionais; instalação de dispositivos de protecção; informação aos trabalhadores; formação dos trabalhadores; e organização dos meios para aplicar as medidas necessárias. A referida lei transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho, alterada pela Directiva n.º 2007/30/CE, do Conselho, de 20 de Junho. A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) é a entidade nacional para a promoção e fiscalização das condições de trabalho. Na sequência de acções de fiscalização, a ACT solicita às empresas que apresentem comprovativos que evidenciem medidas de promoção e garantia de higiene e segurança

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do trabalho. Esta lista de verificação indica a documentação que qualquer empresa deve reunir para cumprir os requisitos legais de segurança do trabalho. Se na empresa ou no estabelecimento não houver meios suficientes para desenvolver as actividades integradas no funcionamento do serviço de segurança e de saúde no trabalho por parte do serviço interno, deve o empregador utilizar serviço externo, contratando, para o efeito entidades devidamente autorizadas para a prestação de serviços de higiene, segurança e saúde no posto de trabalho. A Autoridade para as Condições do Trabalho não permite a subcontratação de serviços nestas áreas por parte das entidades que prestam serviços de higiene, segurança e saúde no trabalho, pelo que, com esta situação, poderá estar a empresa estar sujeita a contra-

ordenação muito grave, conforme o disposto no nº 8 do art. 73º da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro. Aconselhamos os nossos associados a informar-se junto das entidades que prestam serviços de saúde, higiene e segurança no trabalho sobre as respectivas autorizações para o exercício destes serviços. É ainda possível verificar as listas de autorização de saúde no trabalho (definitivas e transitórias) emitidas pela Direcção Geral de Saúde em http://www.dgs.pt e as listas de autorização de higiene e segurança no trabalho (definitivas e transitórias), em http://www.act. gov.pt, cujo organismo competente é a Autoridade para as Condições do Trabalho. Em caso de dúvida, contacte o Departamento Jurídico da aimmp através do telefone n.º 223 394 200 ou dos e-mails: liliana.mota@ aimmp.pt e raquel. costa@aimmp.pt


INFORMAÇÃO JURÍDICA Item

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PROGRAMAS E EVENTOS

FEIRA

DATA

LOCAL

SECTOR

Smopyc 2011 Zaragoza

5 a 9-04

Zaragoza (Espanha)

Maquinaria

Intermodal South America 2011

5 a 7-04

São Paulo (Brasil)

Logística e Transportes

Resale 2011

6 a 8-04

Karlsruhe (Alemanha)

Maquinaria segunda mão

Hogar 2011

7 a 10-04

Badajoz (Espanha)

Mobiliário

Salão da Logística e Transporte 2011

8 a 10-04

Jaén (Espanha)

Logística e Transportes

FEIRAS INTERNACIONAIS

Isaloni

12 a 17-04

Milão (Itália)

Mobiliário

IBF Brno 2011

12 a 16-04

Brno (República Checa)

Construção

Congresso Nacional de Transportes e Logística

13 a 14-04

Alicante (Espanha)

Transporte e Logística

Salon Européen du Bois et de l'Habitat

14 a 17-04

Grenoble (França)

Madeira e Mobiliário

Kbis 2011

26 a 28-04

Chicago (Estados Unidos)

Cozinhas e casas de banho

MachTech Expo Sofia 2011

27 a 30-04

Sofia (Bulgária)

Maquinaria

Madrid (Espanha)

Mobiliário

Interiorhome 2011

3 a 7-05

Mow 2011

8 a 12-05

Bad Salzuflen (Alemanha)

Mobiliário

Batimatec 2011

9 a 13-05

Alger (Algeria)

Construção

Semana da Construção Chile

9 a 14-05

Santiago de Chile (Chile)

Construção

ChileConstruye 2011

11 a 14-05

Santiago de Chile (Chile)

Construção

Fimar 2011

11 a 14-05

Córdoba (Argentina)

Mobiliário

ICFF 2011

14 a 17-05

Nova Iorque (EUA)

Mobiliário e Design

Libya Build 2011

15 a 19-05

Tripoli (Líbia)

Construção

Construmat 2011 Barcelona

16 a 21-05

Barcelona (Espanha)

Construção

Home Building and remodeling Expo 2011

20 a 22-05

Minneapolis (Estados Unidos)

Construção

Feifame 2011

23 a 28-05

São Paulo (Brasil)

Máquinas e ferramentas

Metalloobrabotka

23 a 26-05

Moscovo (Rússia)

Máquinas e ferramentas

Lumiville 2011 Lyon

24 a 26-05

Lyon (França)

Iluminação

MTT Expo Indonesia 2011

25 a 28-05

Yakarta (Indonésia)

Maquinaria e ferramentas

Interzum 2011 Colónia

25 a 28-05

Colónia (Alemanha)

Indústria do Mobiliário

26 a 28-05

Habitat Expo 2011 México

México DF (México)

Interiores e arquitectura

Arabia Luminex 2011

29-05 a 1-06

Riad (Arábia Saudite)

Iluminação

Ligna Hannover 2011

30-05 a 3-06

Hannover (Alemanha)

Indústria da Madeira

Batimat Expovivienda 2011

31-05 a 4-06

Buenos Aires (Argentina)

Construção

3 a 5-06

Mérida, Yucatán, México

Construção

Valencia (Espanha)

Urnas

13 a 15-06

Kielce (Polónia)

Mobiliário Arte Sacra

13 a 10-03

Exposalão (Batalha)

Mobiliário urbano exterior

Parque exposições (Braga)

Agricultura, Bosques e Alimentação

Exposalão (Batalha)

Equipamentos e materiais de construção

Expo Construção Yucatán 2011 Funermostra 2011 Valencia Sacroexpo 2011

8 a 10-06

FEIRAS NACIONAIS

Expojardim 2011 Agro 2011 Expoconstroi 2011

31-03 a 3-04 14 a 17-04

Tektónica 2011

3 a 7-05

FIL (Lisboa)

Feira Internacional de construção e obras públicas

Simac 2011

3 a 7-05

FIL (Lisboa)

Materiais, máquinas e equipamentos construção

SK Lisboa 2011

3 a 7-05

FIL (Lisboa)

Pavimentos e revestimentos cerâmicos - cozinhas e casas de banho

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CALENDÁRIO DE ACÇÕES

ACÇÃO

PAÍS

DATA

SECTOR DE ACTIVIDADE

DOMOTEX www.domotex.de

Alemanha

15 a 18 de Janeiro

Materiais de Construção e Decoração de Interiores

Interiors EAU - Abu Dhabi www.interiorsuae.com

EAU

9 a 11 de Maio

Mobiliário, Decoração e Design

ISaloni Milão www.cosmit.it

Itália

12 a 17 de Abril

Mobiliário, Decoração e Design

Mostra de Design na Zona Tortona

Itália

12 a 17 de Abril

Design para a Fileira Casa

ICFF – International Contemporary Furniture Fair www.icff.com

EUA

14 a 17 de Maio

Mobiliário, Decoração e Design

Missão empresarial

Brasil

Maio

Todos

ExportHome Angola

Angola

Junho

Mobiliário e Decoração de Interiores

Missão empresarial

Venezuela

Junho

Todos

FIC – Feira Internacional de Cabo Verde

Cabo Verde

Agosto

Todos

Decorex

Reino Unido

Setembro

Mobiliário e Decoração de Interiores

Made Expo

Itália

6 a 13 de Outubro

Materiais de Construção

Constrói Angola

Angola

Outubro

Materiais de Construção e Decoração

Batimat Paris

França

7 a 12 de Novembro

Materiais de Construção

Zow Moscow

Rússia

21 a 25 de Novembro

Mobiliário, Decoração e Design

Mostra de Mobiliário

Miami, EUA

Dezembro

Mobiliário

Indoor Expo

Líbia

Junho

Mobiliário

Mostra de Mobiliário

Brasil

Julho

Mobiliário

Programa de acções integradas e sucessivas tendo em vista apoiar as empresas do sector nos seus processos de internacionalização. Missões empresariais, participação em feiras e organização de mostras nos principais mercados internacionais são algumas das acções previstas para garantir às empresas uma boa preparação para a entrada em novos mercados e o incremento das exportações de forma sustentada.

A Associative Design nasceu no início de 2009, fruto de um projecto desenvolvido pela aimmp, tendo como principal objectivo promover uma rede de cooperação entre as empresas da fileira casa, dando um novo posicionamento aos produtos portugueses. Na prática, é sob a chancela da marca, que são organizadas participações em feiras e mostras internacionais do sector.

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EMPRESA DO MÊS

Sachi

A palavra japonesa para alegria Empresa voltada para a criação de mobiliário de exterior nasceu há dois anos e exporta cerca de 40 por cento do volume de negócios

S

achi, que em japonês significa alegria, é o nome de uma jovem empresa portuguesa de mobiliário de exterior que apresenta nesta Primavera a nova colecção West Coast, desenhada pelo premiado e reconhecido designer Carlos Aguiar. Peças em alumínio e acrílico aliam-se a tecidos em tela náutica para despertar sensações de conforto e bem-estar. A qualidade e o luxo percebem-se ao toque. E permitem à Sachi exportar cerca de 40 por cento da sua facturação. No exercício de 2011, a empresa, criada há dois anos, estima facturar 700 mil euros. Mas, de acordo com o seu responsável, Hugo Lourenço, o volume de negócios deverá atingir os 1,7 milhões de euros em 2014. A nova linha da firma é uma fusão entre o minimalismo que define o “estilo Sachi” e o clássico intemporal norte-americano Adirondack desenhado por Thomas Lee, em 1903. O traço percorre espreguiçadeiras, mesas de refeição e de centro, cadeiras com e sem braços, bares e bancos de bar.

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Mas o olhar recai amiúde num cadeirão de repouso que reinterpreta o modelo da cadeira Adirondack, “made in USA”. Na senda do conceito de produto que a Sachi criou à nascença, a nova colecção evidencia elevados padrões de qualidade e de resistência, conseguidos por uma criteriosa escolha de materiais – características que medem forças com a funcionalidade e o design patenteados. Daí que algumas peças exibam agora espaços bem específicos

Sachi prevê facturar 700 mil euros em 2011. Vendas devem atingir 1,7 milhões em 2014

destinados a receber objectos tão pessoais como óculos de sol, chaves e similares, bem como largas zonas de arrumação para toalhas ou mantas. Para o designer Carlos Aguiar, a West Coast é, simultaneamente, “uma homenagem à paisagem portuguesa e à capacidade de reinvenção do uso de mobiliário de repouso e lazer em novos espaços exteriores, passíveis de fruição para além dos tradicionais ambientes ligados à orla costeira e à cultura da água”. Sediada no Porto, mas com

instalações fabris em Estarreja (no distrito de Aveiro), a Sachi exporta quase metade da sua facturação, não obstante os seus dois anos de vida. E é uma presença cada vez mais notada e vincada em unidades de hotelaria, de beleza e residências particulares que procuram distinção e um estilo de vida requintado. A participação na 23.ª edição da ExportHome – Mobiliário, Iluminação e Artigos de Casa para Exportação, na Exponor – Feira Internacional do Porto, valeu-lhe este ano a atribuição do primeiro prémio na categoria de mobiliário, precisamente com a apresentação da colecção West Coast. Hugo Lourenço, responsável da Sachi, considera o galardão “uma motivação e uma certeza de que estamos no caminho certo”, até porque, recorda, “sachi é a palavra japonesas para alegria”.

Contactos Parque Empresarial Apiparques, N.º 69 3860-680 Estarreja Portugal T. | +351 234 871 343 F. | +351 234 871 364 sales@sachi.pt www.sachi.pt



The Best of Portuguese Furniture Design

ICFF | NEW YORK 14-17TH MAY

DECOREX | LONDON 25-28TH SEPTEMBER


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