Boletim Jul 2010

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boletim informativo

INDÚSTRIAS DE MADEIRA Edição Julho 2010

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Prémios de design e encontros de negócio

4.º Congresso será palco de várias acções inéditas

DESTAQUE Angola: um mercado de oportunidades INFORMAÇÃO ECONÓMICA Os números dos subsectores da madeira



editorial

Portugal e Angola: duas nações amigas Com um Programa Nacional de Urbanismo e Habitação que prevê, entre 2009 e 2012, a construção de um milhão de casas, Angola representa uma grande oportunidade para a indústria portuguesa, especialmente no que respeita a casas pré-fabricadas, materiais de construção e mobiliário construtivo. Esta é, sem dúvida, uma meta ambiciosa que requer um esforço gigante para a sua concretização. Ainda assim, viável e fundamental para o país, na medida em que pretende dotar as famílias de baixo e médio rendimento de condições de habitabilidade. Consciente desta realidade, a aimmp tem vindo, ao longo dos últimos anos, a trabalhar no sentido de ajudar as empresas portuguesas a fazerem parte da reconstrução de Angola. Depois da realização de missões empresariais naquele país ou da construção de uma verdadeira casa, totalmente equipada e pronta a habitar, a aimmp marca presença, também uma vez mais, nas feiras Export Home Angola (no passado mês de Junho) e Constrói (em Outubro próximo).

Mas, neste ano de 2010, são muitas as surpresas que temos reservadas para o mercado angolano e para aquela que consideramos ser uma nação Amiga. É por este motivo que a aimmp apresenta, este mês, a Rua da Amizade: o projecto de uma pequena comunidade com todas as infra-estruturas necessárias às famílias angolanas.

A aimmp tem vindo a trabalhar no sentido de ajudar as empresas portuguesas a fazerem parte da reconstrução de Angola 3 Tirando partido de todas as potencialidades da indústria portuguesa, foi construído um modelo de hotel, uma escola, um infantário, um posto clínico e um restaurante, entre outros espaços. Não deixe de acompanhar as nossas iniciativas…!

Maria Fernanda Secretária-geral

aimmp

ficha técnica

Indústrias de Madeira

COMPETE

Propriedade AIMMP Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal | Presidente Fernando Rolin | Secretária Geral Maria Fernanda Carmo Coordenação Editorial Liliana Magalhães | Redacção Ana Santos Silva e Liliana Magalhães (comunicacao@aimmp.pt) | Colaboradores Filipa Pereira e Paula Barroso (Ambiente, Qualidade e SHST), Joana Sousa e Raquel Costa (Informação Jurídica), Rui Paiva (Informação Fiscal), Joana Nunes, Carlos Martins, Francine Sampaio, Vasco Teixeira Pedro Projecto Gráfico, Design Pedro M.S. Teixeira | Paginação Loja das Ideias | Fotografia Arquivo Fotográfico AIMMP | Impressão Tecniforma Print, S.A. | Tiragem 1.500 exemplares | Distribuição Gratuita. Contactos Rua Álvares Cabral, 281 4050-041 PORTO Portugal Tel. +351 223 394 200 Fax. +351 223 394 210 Email aimmp@aimmp.pt Web www.aimmp.pt


destaque

Rua da Amizade Angola-Portugal

ASSOCIATIVE DESIGN® inaugurou mega-projecto de um milhão de euros A aimmp regressou à Feira Internacional de Luanda para apresentar a Rua da Amizade AngolaPortugal, um projecto ambicioso e arrojado da marca ASSOCIATIVE DESIGN®, que conquistou os visitantes com uma mostra das fileiras portuguesas Casa e Decoração e dos Materiais de Construção. O investimento, até hoje nunca realizado, traduz a forte aposta num mercado fundamental para a indústria lusa

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om um espaço cuja área total rondou os 1.000m2, foi de 20 a 25 de Julho, na FILDA, que a aimmp e a sua marca ASSOCIATIVE DESIGN® apresentaram o projecto Rua da Amizade Angola-Portugal, cem por cento concebido a pensar no consumidor angolano e construído de acordo com as necessidades da sua família. Exigências traduzidas em pormenores e soluções adaptadas à cultura e arquitectura do país, que a aimmp não quis deixar de assinalar. Assim surgiu a concepção e implementação de uma pequena comunidade de diversas infra-estruturas e edifícios, que totalizou um investimento de um milhão de euros. Contando com o apoio de diversas empresas das fileiras Casa e Decoração e dos Materiais de Construção, entre outros [ver caixa: Empresas Participantes], o espaço comportou diversos ambientes distintos: Hotel, Escola, Infantário, Auditório/Home Cinema, Posto clínico, Restaurante e Cafetaria. Possuía ainda um separador central com 4x40 metros, onde foi instalada uma área de lazer, ideal para usufruir de todo o ambiente criado, com Esplanada, Jardim e Parque Infantil, equipado com mobiliário de exterior. Um convite a todos os visitantes que apelou ao convívio espontâneo e ao intercâmbio económico e cultural entre os dois países.


destaque

Um sucesso O sucesso da Rua da Amizade cedo se fez sentir através das manifestações de interesse por parte de empresários angolanos e do Governo local em celebrar acordos de cooperação que permitam ao sector desenvolver projectos nas áreas da construção e do mobiliário, extensíveis à saúde, educação, habitação e ao turismo. Ao longo de toda a semana, a iniciativa foi ainda marcada por diversas acções

de animação, e, em especial, pela visita de governantes angolanos e portugueses [ver texto: Governantes portugueses visitam Rua da Amizade]. Outro dos momentos altos foi a divulgação, por parte do presidente da aimmp, da próxima iniciativa prevista para Angola: a construção de um bairro [ver texto: Uma parceria com passado, presente e futuro].

EMPRESAS PARTICIPANTES • Bi-Bright • Bilhares Carrinho • Classic Toys • Colonial Concept • Decotelife • Delta (Angonabeiro) • Fertini • Friemo • Hemoportugal • Induflex • Jomaifil • J.P. Sá Couto • Lameirinho • Levira • Luz e Som • Plural Editores (Grupo Porto Editora) • Sit • Soinca • Steelsept • Viarco • Viroc • Woodone • Aris Arquitectos • 4Plano Arquitectos

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destaque

Governantes portugueses visitam Rua da Amizade

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oi a 22 de Julho que, em visita oficial a Angola, o primeiro-ministro português José Sócrates visitou a Rua da Amizade Angola – Portugal, acompanhado pelo presidente e secretária-geral da aimmp, Fernando Rolin e Maria Fernanda Carmo. Na sua passagem, o Chefe de Governo teve oportunidade de conhecer o Posto Clínico e, ainda, de assistir a uma aula na Escola. Em nome de Portugal, José Sócrates falou do orgulho que sente em relação ao trabalho que os empresários estão a fazer na promoção dos produtos nacionais e na cooperação económica com a comunidade angolana. Declarações realizadas na presença do ministro da Geologia e Minas e Indústria de Angola, Joaquim David, que assentiu à vontade de firmar novos contratos de apoio à indústria portuguesa do sector. Também Cavaco Silva, presidente da

República Portuguesa, e Matos Cardoso, presidente do Conselho de Administração da FILDA, ditaram grandes elogios ao projecto Rua da Amizade. Palavras acolhidas “com uma enorme satisfação” por Maria Fernanda Carmo:

“Este é um projecto muito especial, pela sua dimensão e pela importância que tem na cooperação entre as duas nações. Por isso, os elogios são um estímulo para que continuemos a trabalhar como temos feito até agora.”

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Uma parceria com passado, presente e futuro

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os últimos anos, diversas iniciativas, desde feiras a missões empresariais, têm ajudado a consolidar a relação entre a aimmp e o Governo de Angola. Ainda no passado mês de Junho (de 24 a 27), depois da inédita construção de uma Casa de Sonho (na Constrói 2009), a Associação e a sua marca ASSOCIATIVE DESIGN® marcaram presença em território angolano para participar na Export Home Angola. Com um grupo de 13 empresas nacio-

nais - Belar, Boca do Lobo, Castro Lighting, Classic Toys, Colunex, Cormar, Estetinor, Hestia, Mindol, Molaflex, Ourivesaria Severino, Paulo Coelho, Piramidal e Tudo se Conjuga -, a presença na feira serviu para antecipar aquele que é já o projecto mais arrojado da aimmp naquele país: a Rua da Amizade Angola-Portugal. No entanto, muitas são as metas traçadas pela Associação no que toca à parceria entre os dois países. Foi assim que, durante a apresentação da Rua da Ami-

zade, Fernando Rolin, dirigente associativo, anunciou a construção, em Angola, de um Bairro. A obra terá início em Novembro próximo e prevê a construção de uma área residencial composta por 15 a 25 casas de quatro tipologias. Escritórios, hospitais, restaurantes e outros estabelecimentos serão igualmente contemplados. A localização deste empreendimento está, neste momento, a ser negociada com o Ministério do Urbanismo e Habitação angolano.



aimmp em movimento

Em Novembro, na Exponor

AIMMP apresenta várias acções inéditas durante o 4.º Congresso do sector O 2.º Concurso Nacional de Design de Mobiliário e encontros de negócio com compradores estrangeiros são apenas duas das muitas acções inéditas que a aimmp está a preparar para terem lugar durante o 4.º Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins. A fim de compatibilizar a agenda dessas iniciativas, o evento já sofreu alterações: está agora marcado para 25 e 26 de Novembro, na Exponor

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aimmp, em conjunto com as associações dos fabricantes de colchões (AFAC) e dos industriais de madeiras do Centro (AIMC), realiza, este ano, a quarta edição daquele que é reconhecido como o maior evento do sector: o Congresso das Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins, a ter

lugar nos dias 25 e 26 de Novembro, na Exponor, em Matosinhos. “Ganhar o futuro… O futuro é já hoje” é o mote deste encontro nacional que, desta vez, está dividido em três sessões plenárias e quatro workshops sobre os temas que mais preocupam os industriais num momento especialmente marcado pelas dificuldades

LANÇAMENTO DO SPEED MEETING E PROTOCOLO COM A PORTUGAL BRANDS

Maria Fernanda Carmo e Fernando Rolin da AIMMP assinam protocolo com Amândio Pereira da Portugal Brands

O Speed Meeting/Real Business é um novo conceito de internacionalização que dá nome aos encontros de negócio que a aimmp vai realizar em Novembro e deu a conhecer ao sector, no passado dia 8 de Julho, durante um Dinner With Taste, orga-

nizado no Hotel Infante Sagres, Porto. Para o evento foram convidados vários empresários da Fileira Casa, que tiveram ainda a oportunidade de assistir a intervenções sobre a importância das marcas e da Web para a internacionalização, feitas por Carlos Sá (da Ensivest), Joana Campos Silva (Oficina da Marca), Amândio Pereira (Menina Design), Fernando Rolin e Maria Fernanda Carmo (aimmp). O encontro foi também aproveitado para a assinatura de um protocolo de cooperação entre a aimmp e a Portugal Brands, considerando as sinergias que têm vindo a ser criadas entre as duas entidades no âmbito das suas estratégias para a afirmação das marcas portuguesas nos mercados internacionais.

derivadas da crise económica e em que os desafios para sobreviver são ainda maiores. “Mais do que nunca, é essencial a participação de todos no Congresso para sermos capazes de iniciar um movimento de mudança rumo ao futuro”, avança Fernando Rolin, presidente da aimmp. Por isso mesmo, já foram convidados cerca de 50 oradores, membros do Governo, representantes de instituições públicas e associações sectoriais nacionais e europeias. Encontros de negócio Para se tirar um maior partido do evento, a aimmp está a organizar um conjunto de iniciativas inéditas, a decorrerem paralelamente ao Congresso. A compatibilização, em termos de agenda, de todas estas acções foi, aliás, o que levou ao adiamento da data do Congresso para Novembro e à sua realização na Exponor. A organização de encontros de negócio entre empresários portugueses do sector e compradores internacionais é uma dessas iniciativas. Lançada a 8 de Julho [ver notícia nesta rubrica], sob a assinatura Speed Meeting/Real Business, esta acção tem como missão “trazer o mundo a Portugal, mostrando-lhe um país inovador e actual, e proporcionar ao sector a oportunidade de estabelecer contactos efectivos, na primeira pessoa”, explica Maria Fernanda Carmo, secretária-geral da aimmp.


aimmp em movimento Na prática, consiste na realização de reuniões entre fabricantes portugueses da Fileira Casa e designers, arquitectos, decoradores, hoteleiros e grandes distribuidores de todo o mundo. No total, prevê-se cerca de 20 reuniões de 20 minutos cada uma, ou seja, seis horas de contacto directo, num só local, com grandes compradores internacionais. Os encontros terão lugar a 26 (14h30-18h00) e 27 de Novembro (10h30-13h00), e estão sujeitos a inscrição (limitada a 60 empresas) junto da aimmp. Concurso de Design Outra das acções paralelas ao Congresso é o 2.º Concurso Nacional de Design de Mobiliário, que, este mês, deu início à fase da recepção de candidaturas, em vigor até 29 de Outubro. Tendo como conceito “A procura da essência do desadorno”, com esta iniciativa a aimmp pretende premiar todos aqueles que são considerados modelos na área do

desenvolvimento e da promoção de produtos de mobiliário de madeira que evidenciem o valor de desadorno no campo do design. São três as categorias do Concurso: Mente Verde, Design Quotidiano e Manifesto Tecnológico. A estas podem concorrer, respectivamente, estudantes (com a apresentação de uma maqueta), designers (com protótipos) e empresas produtoras de mobiliário (com artigos comercializáveis), desde que estabelecidos e/ou com produção no território nacional. Desta forma, procura-se incentivar a criatividade e a inovação tecnológica dos designers e aproximá-los dos fabricantes de móveis. O 4.º Congresso do sector servirá de palco para a exposição das peças a concurso, bem como para a divulgação da lista de vencedores e entrega dos respectivos prémios (às 22h00 de 26 de Novembro). Para mais informações sobre estas e outras iniciativas, consulte: http://cong-madeiramobiliarioeafins.org.

Fusão associativa aprovada em Assembleia-geral A aimmp, a AFAC e a AIMC estão a trabalhar num projecto de fusão associativa, apresentado e aprovado por unanimidade no passado dia 16 de Julho, numa Assembleia-geral extraordinária, realizada na sede da aimmp. O projecto consiste na transferência global do património das associações incorporadas (AFAC e AIMC) para a incorporante (aimmp), dissolvendo-se aquelas. Vasco Pedro, assessor da secretária-geral da aimmp, explica: “Justifica-se uma actuação convergente pois, por um lado, as organizações em causa partilham a mesma visão e os mesmos objectivos para o sector; por outro, os

seus associados têm valores e interesses comuns.” “É, efectivamente, um passo importante porque há todo um esforço disperso. E, neste período difícil, é importante aproveitarmos todas as sinergias”, reforça, por sua vez, Vizela Cardoso, presidente da Assembleia-geral. Desta nova realidade, surgiu ainda a necessidade de alterar os Estatutos da aimmp, alteração essa que também foi sujeita a votação e ficou aprovada por unanimidade. A fusão será concretizada através de escritura pública a realizar-se durante o Congresso, no dia 25 de Novembro.

Xylon ganha versão portuguesa

O lançamento de uma nova revista no mercado português, especialmente direccionada à Fileira de Madeira e Mobiliário, é uma das iniciativas que a aimmp irá concretizar durante o Congresso do sector. Trata-se da versão portuguesa da conceituada publicação internacional Xylon, fundada pelo CEPRA – Centro Promozionale Acimall, em 1990, em Itália, e distribuída por uma rede de dez mil operadores económicos seleccionados e líderes de opinião de todo o mundo. Em Novembro, a primeira edição lusa da Xylon chega a Portugal pelas “mãos” da aimmp, com o intuito de colmatar o défice de divulgação e de disseminação de informação, articulada e organizada, para o processo de decisão das indústrias e players do sector. Para esse fim, o presidente da aimmp deslocou-se a Itália, onde reuniu com a direcção editorial da Xylon Internacional, o que culminou, este mês (Julho), na assinatura de um protocolo com o CEPRA, proprietária da revista. Com isto, a Associação ficou autorizada a utilizar a marca da publicação e a gerir a sua edição em Portugal. Assim é já em Novembro que a Xylon Portuguesa by AIMMP dará a conhecer, à indústria portuguesa do sector, as tendências de consumo nos mercados internacionais, os produtos de ponta, bem como as novidades em termos de técnicas e tecnologias, investigação e desenvolvimento, gestão e marketing.

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internacionalização

ASSOCIATIVE DESIGN® em Nova Iorque

Empresas portuguesas na International Contemporary Furniture Fair A ASSOCIATIVE DESIGN® entrou novamente no mapa dos maiores eventos internacionais de design e mobiliário. O destino foi a International Contemporary Furniture Fair (ICFF) que aconteceu em Maio, em Nova Iorque. Reconhecida por juntar, todos os anos, as melhores marcas do sector a nível mundial, a mostra foi o palco de mais uma prova da qualidade e excelência dos produtos portugueses

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oi de 15 a 18 de Maio que o Jacob K. Javitz Convention Center deu lugar à 22.ª edição da ICFF. Este ano, o evento contou com cerca de 600 expositores em representação de 40 países. Austrália, Japão, França, Itália, Tailândia e Reino Unido foram apenas alguns deles, aos quais se juntou Portugal com a marca ASSOCIATIVE DESIGN®. Para Maria Fernanda Carmo, secretária-geral da aimmp, “a ida aos EUA e a presença num evento tão importante para o sector, como é a ICFF, é fundamental”. E explica: “Depois de termos realizado uma missão empresarial naquele país e de, no ano passado, termos já participado neste evento, reconhecemos que não poderíamos faltar.” Maria Fernanda Carmo reforça ainda: “Seremos, cada vez mais, procurados pelo simples facto de os produtos portugueses serem reconhecidos pela sua qualidade e design.” Boca do Lobo, premiada nos EUA como a Melhor Marca de Design de Produto 2010 [ver caixa] e Ofícios do Tempo juntaram-se à ASSOCIATIVE DESIGN®, na feira. Com uma área total de 13.500 metros quadrados, o certame contempla áreas como o mobiliário de interior e exterior, iluminação, acessórios e tecidos, sem esquecer as últimas tendências ao nível dos materiais e design de interiores de cozinha e casa de banho. Ao longo dos quatro dias receberam 30.000 visitantes, desde designers e arquitectos a decoradores e público em geral.

Design português em destaque Paralelamente à ICFF, foi no dia 13 de Maio que o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMa) lançou o projecto Destination: Portugal, que reuniu, na loja daquele museu, uma colecção de produtos de designers portugueses. Acessórios de moda em cortiça, mobiliário, cerâmica, azulejaria e jóias foram algumas das peças em exposição. No lançamento do projecto, que contou com a presença de diversas entidades portugue-

sas, esteve também Fernando Rolin, presidente da aimmp. Para o dirigente associativo, “é muito importante ver os produtos portugueses em destaque noutras partes do mundo. É pelo reconhecimento dos produtos made in Portugal que a aimmp e a sua marca ASSOCIATIVE DESIGN ® têm trabalhado, em solo internacional. É, por isso, com grande satisfação que participamos no arranque do Destination: Portugal”.

BOCA DO LOBO PREMIADA NOS EUA Foi no passado mês de Junho que a Boca do Lobo recebeu, pelas mãos da revista nova iorquina Juli B – especialista em tendências na área do luxo –, o prémio de design na categoria de Melhor Marca de Design de Produto 2010. A distinção acontece depois de, em Outubro de 2009, ela ter apostado na sua entrada directa no mercado americano e de, em Maio deste ano, ter participado na ICFF, com a aimmp e a ASSOCIATIVE DESIGN®. Promovido por aquela que é a publicação online mais lida nos EUA, o prémio colocou a Boca do Lobo (única marcalusa nomeada) ao lado de nomes como Christopher Guy, Narciso Rodriguez ou Giogio Armani.

Segundo o seu CEO, Amândio Pereira, entrar no mercado americano foi a melhor aposta que podiam fazer. “Estamos a ter muito sucesso neste que é um mercado que pensa e respira marca e onde a Boca do Lobo está a ganhar o seu espaço, competindo já com os gigantes do sector”, afirma. Com origens em 2003, ano em que Amândio Pereira, Ricardo Magalhães e Pedro Sousa criaram a Menina Design, grupo que hoje actua em várias áreas, a Boca do Lobo tem vindo a evidenciar-se no panorama internacional. A combinação entre artes tradicionais portuguesas – talha, fundição, maquetaria – e um design arrojado, tem garantido o sucesso dos seus produtos, num apelo constante à emoção.


qualidade Opinião

A contrafacção no mercado das paletes

A

grande maioria dos utilizadores de paletes entende-as como objectos corriqueiros e como um mal necessário para resolver os seus problemas de logística, de empacotamento e de distribuição, que merecem ser pagas pelo menor valor possível. Mas, há mais de 20 anos, que uma equipa de técnicos de análise do trabalho e do processo de produção provou experimentalmente que uma palete com um sistema de paletização robotizado, instalado numa linha de enchimento de pacotes de litro de leite, substitui 38 pessoas a fazer a mesma tarefa de empacotamento. Uma palete deve ser entendida como uma importante componente da embalagem, essencial à simplificação do transporte e armazenamento de tudo o que necessite de ser embalado, com largos reflexos na simplificação da logística e economia de custos da empresa. A resistência a uma determinada capacidade de carga, a estabilidade e o tratamento fitossanitário para controlo da disseminação de pragas como o Nemátodo do Pinheiro são os três requisitos básicos para a construção de uma palete em madeira. Ora, é no controlo destes requisitos que assenta a diferença entre a palete que é fabricada por quem está certificado e autorizado a fazê-lo e a que é produzida de modo fraudulento, levando o seu produtor e distribuidor a induzir-se numa situação ilegal por contrafacção das especificações e requisitos básicos exigidos hoje ao produto “palete”. Comprar “gato por lebre” Usualmente, o contrafactor procura um lucro mais fácil, reduzindo, na maioria dos casos, a espessura da madeira recomendada para o fabrico de uma dada palete, que terá de suportar uma determinada carga. É aqui que ainda hoje o chamado “vivaço” da “esperteza saloia” aposta para conseguir oferecer “bons preços no mercado”, desvirtuando-o, e para ganhar clientes

que querem sempre pagar menos, esquecendo-se que, na maioria dos casos, estão a comprar “gato por lebre” e a correr riscos que podem envolver avultadas quantias quando, por razões do acaso, tais riscos se tornam realidade. Ora, se a madeira é menos espessa do que o recomendado, dificilmente resistirá ao peso da carga que havia sido calculada para uma dada palete, correndo-se deste modo o risco de cedência e a consequente perda da carga, que nalguns casos tem efeitos colaterais que põem em risco a integridade de pessoas e bens que estejam nas imediações. O contrafactor usualmente ocupa uma fatia do mercado paralelo, o tal que conse-

Por General Vizela Cardoso, do Comité Nacional da EPAL O contrafactor vem abusando impunemente do uso de certas marcas que só estão autorizadas a serem utilizadas por empresas certificadas (caso da “EUR/EPAL”) por delegação do detentor da marca.

O contrafactor vem abusando do uso de certas marcas que só estão autorizadas a serem utilizadas por empresas certificadas, caso da “EUR/EPAL”

gue 20% do PIB, na quase totalidade, livre de impostos e de custos de certificações da qualidade. Mas um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) não custa menos de € 15.000/ ano à empresa que apostou nesta “mais valia fictícia” – “fictícia” porque o cliente, num país desregulado como aquele em que vivemos, mesmo que tenha também um “SGQ” implementado, vai sempre comprar ao fornecedor mais barato, usualmente o contrafactor, que exerce a sua actividade liberto deste e doutros inúmeros encargos, que estão sempre a cair sobre as empresas que procuram seguir a lei e as normas instituídas. Esta é uma das causas básicas da delapidação da pouca competitividade das empresas, que nos atiram para o fim da lista dos relatórios do Fórum de Davos.

Alerto, pois, os gestores das empresas consumidoras e utilizadoras deste tipo de embalagem para os riscos de utilização de um produto que, por estar numa condição de ilegalidade e por não respeitar as especificações aconselhadas, poderá colocá-los perante situações delicadas de controlo das autoridades das actividades económicas e graves prejuízos nos materiais a transportar. Senhor consumidor de paletes, é altura de dizer não à contrafacção! Pense que também não gostaria de ver o produto que fabrica na sua empresa imitado à margem das leis e das regras do mercado. Procure empresas que, como a sua, defendem e praticam a legalidade e que, portanto, são fabricantes e reparadores reconhecidos e autorizados no fabrico de paletes com a qualidade pretendida.

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informação económica

Conjuntura

Economia portuguesa sofre forte desaceleração De acordo com o Relatório de Conjuntura Económica de Junho-Julho, elaborado pelo Departamento dos Assuntos Económicos e Monetários da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a economia portuguesa vai sofrer uma forte desaceleração já a partir do segundo semestre de 2010, que se acentuará em 2011

MUNDO Para 2010, o FMI reviu em alta a projecção do PIB mundial de 4,2% para 4,6%. Em 2011, manter-se-á em 4,3%.

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ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Os dados relativos ao segundo trimestre do ano indicam uma evolução positiva dos indicadores de confiança dos empresários e uma nova melhoria dos indicadores quantitativos. Segundo o FMI, a economia norte-americana deverá crescer 3,3%, em 2010, e 2,9%, em 2011. Em Junho, a taxa de desemprego diminuiu para 9,5%. UNIÃO EUROPEIA Ainda segundo o FMI, a actividade económica na área do euro deverá crescer, este ano, 1% - o mesmo valor da previsão para a UE. Em relação a 2011, o FMI prevê que a economia cresça 1,3% na área do euro e 1,6% na UE. Em Maio, na área do euro, a taxa de desemprego manteve-se nos 10%, pelo terceiro mês consecutivo. Nesse mesmo mês, na UE, a taxa de desemprego foi de 9,6%, a mesma registada nos três meses anteriores. PORTUGAL Para a economia portuguesa, o Relatório de Conjuntura Económica da CIP cita várias fontes. O Banco de Portugal reviu em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa de 0,4% para 0,9%, em

2010. Para 2011, a revisão foi feita em baixa, de 0,8% para 0,2%. É referido que “existem riscos de uma nova recessão no horizonte de projecção”, e acrescenta-se que “a quantificação de riscos indica que a probabilidade do crescimento do PIB ficar abaixo das actuais projecções é de 54%, em 2010, e de 63%, em 2011”. As actuais projecções têm subjacente uma forte desaceleração da economia portuguesa já a partir do segundo semestre de 2010, que se acentuará em 2011. Por sua vez, a 2 de Julho, o Governo entregou, na Assembleia da República, o Relatório de Orientação da Política Orçamental (ROPO), no qual procedeu à revisão das metas orçamentais para o período 2010-2013.

A grande novidade deste documento é a antecipação, para 2012, do objectivo de 3% do PIB para o défice orçamental. De acordo com o Inquérito de Conjuntura ao Investimento de Abril de 2010 do INE, o investimento empresarial deverá crescer, em termos nominais, 5,6% este ano. Relativamente a 2009, os resultados do inquérito apontam para uma quebra de 18,5%. Os dados do Eurostat revelam que a taxa de desemprego continuou a aumentar, ao situar-se em 10,9%. Em Junho, o indicador de confiança dos consumidores prolongou o contínuo movimento descendente iniciado em Novembro de 2009. O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu, ainda que ligeiramente.

Banco de Portugal – Boletim Económico de Verão 2010 (taxas de variação, em %) Boletim Económico de Verão 2010 (13/07/2010)

PIB

2009

2010

Boletim Económico de Primavera 2010 (30/03/2010)

2011

2009

2010

2011 0.8

-2.7

0.9

0.2

-2.7

0.4

Consumo Privado

-0.8

1.3

-0.9

-0.8

1.1

0.3

Consumo Público

3.5

-0.9

-1.4

3.5

-0.7

-0.2

Investimento

-11.1

-3.3

-1.6

-11.1

-6.3

0.3

Exportações

-11.6

5.2

3.7

-11.6

3.6

3.7

Importações

-9.2

1.7

-0.7

-9.2

0.2

1.4

Taxa de inflação

-0.9

1.4

2.0

-0.9

0.8

1.5

-1.1

-0.3

Emprego

Este organismo considera que: 

“As actuais projecções para a economia portuguesa apontam para um


informação económica Fusão associativa

Linha de crédito

Nova confederação empresarial reúne CIP, AEP e AIP

Governo lança PME Investe VI

A

Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) acabam de se unir dando origem a um novo projecto associativo. O acordo parassocial entre as três organizações para a constituição deste projecto, bem como a indigitação de António Saraiva para presidente do Conselho Geral e da Direcção, aconteceu em Assembleia-geral, realizada a 21 de Junho. Assim nasceu a CIP - Confederação Empresarial de Portugal (CEP), que passa a assumir as funções de natureza institucional, de representação e de lobby, que até agora eram desenvolvidas pela CIP, AEP e AIP. Em Assembleia-geral realizada a 29 de Julho, os associados da CIP aprovaram, por unanimidade, a alteração da denominação e os novos estatutos, adequados à missão e objectivos do novo projecto associativo. Mudanças também efectuadas pela AEP e AIP-CE que, nas respectivas denominações sociais, passaram a integrar a designação de “Câmara de Comércio e Indústria”. Os subscritores do acordo aceitaram a

implementação de um conjunto de 15 compromissos. COMPROMISSOS Para o primeiro mandato da nova Confederação, os subscritores decidiram ser a AEP a indicar o presidente da Assembleia Geral, a AIP-CE o presidente do Conselho Fiscal, e a CIP o presidente do Conselho Geral. Decidiram ainda que, para os órgãos sociais, o vice-presidente será o actual presidente da Comissão Instaladora, João Gomes Esteves. Até final de Novembro, será convocada a Assembleia-geral eleitoral da CIP para eleger os primeiros Corpos Sociais. A AEP e a AIP-CE vão transferir para a nova confederação as respectivas filiações e representações em organismos europeus e internacionais, de natureza patronal, conforme um calendário a acordar. A nova Confederação terá sede em Lisboa, na Junqueira, e uma delegação no Porto, na AEP. Até estarem concluídos todos os actos necessários à concretização da nova Confederação, as três organizações empresariais comprometem-se a actuar em estreita ligação e consulta, bem como a privilegiar a tomada de posições públicas comuns.

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oi aprovada, na reunião de Conselho de Ministros de 8 de Junho, a linha de crédito PME Investe VI, no valor de 1.250 milhões de euros. Esta contempla duas linhas específicas: uma direccionada para as micro e pequenas empresas, num total de 350 milhões de euros; e outra geral, que possuiu uma dotação específica de 450 milhões de euros para as empresas exportadoras. À semelhança da PME Investe V, o novo apoio consiste em empréstimos de médio e longo prazo e locação financeira (com prestações de capital constantes). No caso de empresas exportadoras, para beneficiarem desta medida têm de ser unidades industriais ou de serviços que não integrem grupos empresariais cuja facturação consolidada seja superior a 75 milhões de euros – são ainda elegíveis as empresas comerciais que exportem bens ou serviços produzidos em Portugal; e têm de exportar pelo menos 10% do seu volume de vendas ou um valor superior a 150.000 euros, sendo consideradas como exportação as vendas destinadas a empresas exportadoras. As operações elegíveis são iguais às da PME Investe V, nomeadamente: investimento novo em activos fixos corpóreos ou incorpóreos (realizados no prazo máximo de seis meses após a data da contratação); reforço do fundo de maneio ou dos capitais permanentes; até 30% do empréstimo para liquidar dívidas contraídas junto do sistema financeiro nos três meses anteriores à contratação da operação e destinadas, exclusivamente, à regularização de dívidas à Administração Fiscal e Segurança Social.

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informação económica Estatísticas

Serração, painéis, carpintaria e mobiliário em números O Indústrias de Madeira divulgou, na sua última edição, os dados estatísticos de 2009 referentes à Fileira de Madeira e Mobiliário em Portugal e na União Europeia. Neste boletim, retomamos a análise estatística com base nos números divulgados pelo Eurostat e INE, fazendo uma caracterização dos subsectores serração, painéis, carpintaria e mobiliário

interno e externo em 2008, alargando-se estes valores a 2009 com os efeitos da crise internacional. Os produtos mais produzidos são a madeira serrada (36 % de coníferas), as embalagens (20%) e a madeira serrada (14% de folhosas). Quanto ao comércio externo, refira-se o aumento deste desde 2000 (maior nas exportações do que nas importações), apenas afectado em 2008 pela crise. A balança comercial tem, assim, apresenta-

SERRAÇÃO Este subsector da Fileira de Madeira é fornecedor de todos os outros que se encontram a jusante e que dependem das matérias-primas que nele são transformadas. Considerando os valores da produção, a sua evolução é irregular desde 1998 até 2009. Estas variações são explicadas pelo comportamento do consumo e do comércio externo – depois de um grande acréscimo na produção em 2007, o subsector foi bastante afectado pela quebra do consumo

14 Comércio Externo Comércio de Serrações Externo de dMe adeira Serrações (valores de Meadeira m €) (valores em €) 60 000 000 50 000 000 40 000 000 30 000 000 20 000 000 10 000 000

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Exportações

Exportações

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Importações

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Exportações

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Comércio Externo de Paineis de madeira (valores em €)

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Importações

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0

do valores positivos devido ao saldo favorável do comércio internacional de embalagens de madeira e de madeira em toro, ao contrário do comércio internacional de produtos de serração que, embora esteja mais próximo de ficar positivo, apresenta ainda importações superiores às exportações. Nas trocas internacionais, o principal parceiro de Portugal continua a ser Espanha (30,9% de madeira e toro e 67,8% de embalagens de madeira nas importações contra os 83,8% de madeira em toro e 48,4% de embalagens nas exportações). Destaca-se ainda o Brasil (de onde chegam 18,2% dos produtos de serração importados), os Estados Unidos da América (de onde importamos 18,1% da madeira em toro e 14,3% de produtos de serração) e França (de onde exportamos madeira em toro e embalagens de madeira numa quantidade bastante significativa – 5,3% e 19,3% do total, respectivamente). PAINÉIS DE DERIVADOS DE MADEIRA Este subsector tem vindo a impor-se ao longo dos anos na Fileira de Madeira, fornecendo cada vez mais as indústrias a montante, nomeadamente as de mobiliário e as de produtos para a construção (portas, pavimentos, divisórias). Estes factos são demonstrados pelas produções crescentes e estáveis desde 1998 até 2008, acompanhados por um comércio externo também cada vez maior, o que revela um aumento do agregado Consumo neste subsector, uma vez que as importações têm crescido a ritmos superiores aos das exportações. Daí que o saldo da balança comercial tenha baixado desde 2005, apesar de continuar positivo.


informação económica

70 000 000

Comércio Externo de Carpintaria e outros produtos de madeira (valores em €)

60 000 000 50 000 000 40 000 000 30 000 000 20 000 000 10 000 000

Importações

0 janelas

portas

outros construções produtos de pré-­‐fabricadas madeira para de madeira construçao

outros

Exportações

Comércio Externo de Mobiliário (valores em €) 350 000 000 300 000 000 250 000 000 200 000 000 150 000 000 100 000 000

Importações

50 000 000

Exportações

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0

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CARPINTARIA E OUTROS PRODUTOS DE MADEIRA Neste subsector, a produção tem-se mantido estável ao longo do tempo, embora o comércio externo tenha aumentado bastante – com relevância para as taxas de crescimento das exportações, superiores às das importações, tendo como consequência saldos da balança comercial crescentes –, o que reflecte uma relativa diminuição do consumo interno. Este aumento exponencial do comércio externo e da produção a ritmos crescentes estáveis revela desenvolvimento por parte da indústria da carpintaria, nomeadamente nos produtos de madeira para construção e também portas. Quanto ao comércio externo, Espanha continua a ser o principal parceiro com quotas de 35,5% de exportação e de 43,4% de importação. Como principais destinos das nossas exportações aparecem Angola (16%) e Reino unido (14,8%), sendo as portas (58%), os produtos de madeira para construção (12,4%) e os pavimentos (6,9%) os produtos com maior quota externa. Já na origem das importações estão a Alemanha (10,1%) e a França (9,2%), destacando-se os produtos de madeira para construção (22%), pavimentos (14%) e portas (9,1%) como os que têm a maior quota.

pavimentos

400 000 000

as

Os principais produtos saídos deste subsector são os aglomerados de partículas (43%), as fibras (21%), o MDF (16%) e a folha de madeira (8%). Quanto aos principais parceiros de Portugal no comércio externo internacional de painéis, podemos apontar os seguintes países: Espanha, com 60,4% das importações e 48,3% das exportações; Alemanha e França, como importantes fornecedores (8,5% e 8,1%); Israel (6,7%), França (6,6%) e Reino Unido como destinos das exportações, embora este último tenha baixado a sua quota em 2009, ao contrario dos restantes que se mantiveram com percentagens idênticas. Refira-se ainda os produtos mais exportados: MDF cru (40%), painéis de partículas em cru (15,7%) e revestidos (15,5%). Já os mais importados são: folhas para folheados (24,2%), MDF em cru (20,5%) e contraplacados (15,7%).

[Fontes: INE 2009, “ProdCom 2008” (EUROSTAT), CEI-Bois, AIMMP]

MOBILIÁRIO A produção de mobiliário tem-se mantido estável nos últimos anos, tendo crescido a ritmos constantes entre 1998-2006 e estabilizando nos períodos seguintes. Com um valor de cerca de 900 milhões de euros (cerca de metade da produção nacional da Fileira da Madeira), a produção de mobiliário divide-se maioritariamente por mobiliário de quarto e sala (33%), escritório (18%), cozinha (12%) e assentos (8%). O comércio externo de mobiliário tem sido particularmente benéfico para a nossa balança comercial global, uma vez que as exportações têm superado em larga margem as importações, nomeadamente na área dos assentos e do mobiliário de escritório (saldo de 200 milhões de euros na balança comercial do comércio de mobiliário). De referir ainda o ritmo crescente das exportações de mobiliário (excepção a 2009 devido aos efeitos da crise internacional) e a estagnação das importações, ou seja, saldos crescentes da balança comercial do subsector. Deste modo, as empresas apostam cada vez mais na produção

para o exterior (exportações com valor de cerca de 700 milhões de euros). Conjugando os dados do comércio externo com os da produção, conclui-se que o consumo interno se tem mantido estável ao longo do tempo, sofrendo apenas uma queda com a crise internacional. Quanto aos principais parceiros nas trocas comerciais, podemos verificar que Espanha (32,6% das importações e 36,5% das exportações) e França (22,5% das importações e 28,7% das exportações) são os países com maiores quotas no comércio externo. Para além destes, surgem ainda a Alemanha como fornecedor importante de mobiliário (12,4% das importações) e Angola como importante destino (12,2% das exportações). No que se refere aos principais produtos de mobiliário exportados, podemos apontar os assentos (52,2%) e o mobiliário de sala (15%). Nas importações, Portugal importa maioritariamente assentos (52,2%) e outros móveis de madeira, excepto quarto, cozinha, escritório, clínico e sala (23,4%).

15


JURÍDICO

informação jurídica & fiscal

Perguntas & Respostas

As faltas dos trabalhadores

No último Indústrias de Madeira, foi abordado o conceito de faltas. Nesta edição, voltamos ao tema para dar resposta às principais questões que chegam ao Departamento Jurídico da aimmp

jam consideradas injustificadas. Já a apresentação, ao empregador, de declaração médica com intuito fraudulento constitui falsa declaração para efeitos de justa causa de despedimento.

Pode o empregador exigir a justificação da falta e fiscalizar doenças invocadas pelo trabalhador faltoso? Como? O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunicação das faltas, exigir ao trabalhador a sua prova. Pode também, por requerimento dirigido à Segurança Social, fiscalizar a situação de doença por ele invocada. Esta fiscalização deve ser feita por um médico, que deve apresentar uma declaração do estabelecimento hospitalar/ centro de saúde ou um atestado. No caso da Segurança Social não indicar um médico, para esse efeito, no prazo de 24 horas, pode o empregador designar um, desde que ele não tenha qualquer vínculo contratual anterior ao empregador.

Quais as faltas justificadas pagas pelo empregador? Quando a falta é justificada, o trabalhador mantém, em princípio, o direito à retribuição. Existem, contudo, diversos casos, expressamente previstos na lei, em que as faltas, apesar de justificadas, implicam a perda da retribuição pelo período correspondente: é o caso das motivadas por doença ou por acidente de trabalho quando o trabalhador afectado beneficie de um regime de segurança social de protecção na doença ou tenha direito a qualquer subsídio ou seguro; as faltas para assistência, em caso de doença ou acidente, a filho ou enteado menor de dez anos, ou a quem, independente da idade, seja deficiente ou sofra de doença crónica; as faltas para a assistência, nas mesmas situações, a membros do agregado familiar, no qual se incluem o cônjuge,

E se o trabalhador não apresentar prova? O incumprimento, pelo trabalhador, destas obrigações, faz com que as suas faltas se-

II

os pais, os sogros, os irmãos e, ainda, os filhos e enteados maiores de dez anos. No caso das faltas para participação em campanha eleitoral, só há direito à retribuição de um terço das faltas justificadas e o trabalhador só pode faltar meio dias ou dias completos, desde que avise com 48 horas de antecedência. De referir, ainda, que as faltas dadas no exercício das suas funções, pelos trabalhadores eleitos para as estruturas de representação colectiva e pelos delegados sindicais, quando excedam o respectivo crédito de horas, contam como tempo de serviço efectivo, mas não são retribuídas. O que acontece ao empregador que violar os direitos dos trabalhadores aqui referidos? O empregador incorre em contra-ordenação grave, sendo-lhe aplicáveis coimas variáveis de acordo com a dimensão da empresa. Para mais esclarecimentos, contacte o Departamento Jurídico da aimmp: joana.sousa@aimmp.pt

FÍSCALIDADE

16

Sabia que…

Nos termos do art.º 44 do Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (CIRC) é considerado como gasto do exercício, para efeito da determinação do lucro tributável, o valor correspondente a 150% do total das quotizações pagas pelos associados a favor das associações empresariais em conformidade com os estatutos. Contudo, o montante não pode exceder o equivalente a 2‰ do volume de negócios (valor das vendas e serviços prestados). Vejam alguns exemplos:

Deduz 750 euros no campo 234 do Q07 do modelo 22, devendo o mesmo valor constar igualmente no Q04 do anexo F da Informação Empresarial Simplificada (IES).

a associações empresariais. Com o Despacho do subdirector-geral dos Impostos de 20 de Julho de 2005, no Processo 500/05, a administração fiscal esclarece que este benefício não está prisioneiro por se tratar de associações residentes ou não residentes. Contudo, só podem ser majoradas as quotizações que sejam efectuadas em conformidade com o estatuto da empresa, ou seja, para associações de classe. Porém, apenas as quotizações obrigatórias podem ser aceites como gasto. Quanto às quotizações não obrigatórias, só poderão ser dedutíveis fiscalmente, se concorrerem directa ou indirectamente para a realização de rendimentos sujeitos a IRC. No caso das pessoas singulares esta figura é inexistente.

Caso 1: Volume de negócios 1.500.000 euros Quotizações pagas no valor de 5.000 euros Limite: 2% x 1.500.000 =3.000 euros

O propósito na criação do respectivo benefício fiscal foi o de promover o associativismo das empresas, permitindo a majoração dos gastos relativos às quotas pagas

Para informações mais detalhadas, poderá consultar: Decreto-Lei 442-A/88, de 30 de Novembro, última actualização Decreto-Lei n.º 12-A/2010 - 30/06.

… As quotas pagas à sua associação empresarial podem ser majoradas, para efeito da determinação do lucro tributável, como gasto?

Nesta situação, nada há a fazer no Q07 da modelo 22, uma vez que o valor pago pela empresa será aceite, pela totalidade, como gasto fiscal, por se considerar um custo indispensável para a obtenção de proveitos. O incentivo fiscal não prejudica aceitação do gasto fiscal, mas apenas a respectiva majoração. Caso 2: Volume de negócios: 1.500 euros Limite: 2% x 1.500.000 = 3.000 euros Quotizações pagas no valor de 1.500 euros 1.500*1,5= 2.250 – 1500 = 750 euros


empresa do mês

R. Comendador Adelino Dias Costa, 74, Apart. 2, Avanca

|

Telf.: 234 850 850

|

adico@adico.pt

|

www.adico.pt

Adico

Empresa celebra noventa anos Fundada em 1920 por Adelino Dias Costa, a ADICO comemora, este ano, nove décadas de história, e, sob a máxima “90 anos e a rejuvenescer”, dá provas da sua dinâmica e vitalidade. Actualmente, a empresa de mobiliário metálico, sediada em Avanca, conta com umas instalações de 6.500m2, 59 trabalhadores e um sistema de gestão de qualidade pela ISO 9001:2008, em fase final de auditorias

A

Adico tem as suas origens em 1920, altura em que Adelino Dias Costa monta uma pequena oficina para o fabrico de mobiliário metálico. A viver em Lisboa, cedo o fundador da empresa se desloca para a sua terra natal – Avanca – onde a Adico tem sede até hoje. Camas e lavatórios de ferro foram os primeiros produtos da fábrica que rapidamente se dedicou à produção de outros artigos domésticos. Já na década de 1930, o empresário decidiu diversificar a área de negócio e entrar no mercado do mobiliário hospitalar, desenvolvendo produtos de tecnologia muito avançada para a época. Portugal passou, assim, a ter um material que até então importava. Nesta fase, dá-se também início à produção de mesas e cadeiras para esplanadas. O crescimento da empresa era, então, evidente e, nos anos 1940, esta dominava as exportações para as ex-colónias portuguesas, transformando-se na maior empresa portuguesa do sector de mobiliário hospitalar. Ao longo do tempo, foram grandes os esforços no sentido da modernização e constante adaptação às exigências do mercado. É assim que, desde 1990 até aos dias de hoje, a Adico tem trabalhado no desenvolvimento de novas linhas de mobiliário, apostando no design e na tecnologia para o sector clínico e reforçando a sua posição na área do contract/hotelaria.

17

Aposta na diferenciação Actualmente, a celebrar a máxima “90 anos e a rejuvenescer”, a Adico conta com umas instalações de 6.500m2, 59 trabalhadores e um sistema de gestão de qualidade pela ISO 9001:2008, em fase final de auditorias. Miguel Costa Rodrigues, actual gestor da empresa, aponta como factores diferenciadores e garantes do sucesso: uma estrutura de recursos humanos sensibilizada para o serviço ao cliente e a melho-

ria contínua; uma aposta clara em I&D e, ainda, a capacidade de traduzir, num curto espaço de tempo, necessidades observadas de determinados mercados, em produtos finais. Para os próximos anos, a Adico assume como grande desafio “a crescente agilidade no desenvolvimento e na personalização dos produtos para os seus mercados”, tendo na marca “o elo de ligação entre a emoção do mercado e os artigos que a representam”.


programas & eventos Agenda

Plano de Formação Contínua do CFPIMM LOCAL

Set

Out

Nov

Dez

NÍVEL

HORAS

8

13

2

50

DESENHO TÉCNICO Desenho Técnico - construções em madeira

Lordelo

DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR - AUTOCAD CAD 3D - peças e conjuntos complexos

Lordelo

6

12

2

50

CAD 2D - comandos e potencialidades

Lordelo

15

28

2

50

CAD 2D - peças e conjuntos de média complexidade

Lordelo

2

50

2

7

DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR - SOLIDWORKS CAD 3D - SolidWorks - Nível II

Lordelo

6

12

2

50

Programação de Máquinas CNC - Linguagem Paramétrica

Lordelo

6

12

2

50

Comando Numérico Computorizado - CNC

Lordelo

2

50

Sistemas de Fabricação Assistida por Computador - CAM

Lordelo

3

50

TECNOLOGIA CNC

14

22 23

28

PRODUÇÃO Técnicas de Acabamento

18

Braga

13

21

2

50

Aplicação e Revestimentos em Madeira

Águeda

17

23

2

45

Segurança e Higiene no Trabalho - Trabalhador Designado

Lordelo

18

15

2

36

Orçamentação para Carpintarias

Águeda

29

27

2

36

INFORMÁTICA Sistemas de Gestão de Base de Dados (SGBD)

Lordelo

6

12

2

50

Introdução à Informática e Processamento de Texto

Lordelo

16

4

2

25

Folha de Cálculo

Lordelo

2

50

Internet - Navegação

Lordelo

2

2

25

Aplicações Informáticas - Processamento de Texto

Lordelo

13-28

3

25

3

50

7

15 16

ÁREA COMERCIAL E DE MARKETING Cultura, Língua e Comunicação - Inglês

Lordelo

16

25

Decoração de Interiores - Nível I

Lordelo

11

25

2

60

Língua Espanhola - conversação

Leiria

11

16

3

50

GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS Noções de Fiscalidade

Lordelo

7-29

3

25

Componentes do Contrato de Trabalho

Lordelo

13-28

2

25

Legislação Laboral - Nível II

Lordelo

30

2

25

Métodos e Técnicas de Análise Económica e Financeira

Lordelo

3

50

2

50

19 6

30

FORMAÇÃO DE BASE Linguagem e Comunicação

Lordelo

13

19

O Plano de Formação Contínua aqui publicado é promovido pelo CFPIMM - Centro de Formação Profissional das Indústrias de Madeira e Mobiliário. Para mais informações, deverá contactar com: Pedro Martins, Ana Queirós e Mário Garcia, telefone n.º 255880480. Inscrições em www.cfpimm.pt


programas & eventos Certames

Setembro e Outubro de 2010 FEIRA F

DATA F

LOCAL F

WEB F

MOBILIÁRIO f MEUBLE PARIS

3 a7 de Setembro

Parc des Expositions Bourget

www.hiahomeideasshow.com.au

HOME TEXTILE & HOME DECOR CHINA 2010

3 a 6 de Setembro

Guangzhou, China

www.ciff-gz.com

MAISON & OBJET

3 a 7 de Setembro

Paris Nord Villepinte

www.maison-objet.com

FURNITURE SALON

3 a 5 de Setembro

Yerevan, Arménia

www.expo.am

COMFORTEX 2010

4 a 6 de Setembro

Leipzig, Alemanha

www.comfortex.de

IDEAS & PASIÓN 2010

28 de Setembro a 2 de Outubro

Valência, Espanha

www.ideasypasion.com

HABITAT VALENCIA FORWARD 2010

28 de Setembro a 2 de Outubro

Valência, Espanha

www.ideasypasion.com/

ECO - HOME IMPROVEMENT SHOW 2010

1 a 3 de Outubro

Earl's Court Exhibition Center, Londres UK

www.improveyourhomeshow. co.uk

INTERCASA

2 a 10 de Outubro

Lisboa, Portugal

www.intercasa.fil.pt

SICI 2010

5 a 8 de Outubro

Madrid, Espanha

www.sici.ifema.es

SUN 2010

14 a 16 de Outubro

Rimini, Itália

www.sungiosun.it

MATERIAIS DE CONSTRUCÇÃO f STROIKO 2000

13 a 19 de Outubro

Sofia, Bulgaria

www.stroiko2000.com

HOME APARTMENT 2010

14 a 17 de Outubro

Rifa, Letônia

www.bt1.lv

INDÚSTRIA da MADEIRA f TIMBER AND WORKING WITH WOOD SHOW - CANBERRA 2010

3 a 5 de Setembro

Canberra, Austrália

www.eee.net.au

ZOW 2010

13 a 16 de Outubro

Verona, Itália

www.zow.it

TIMBER AND WORKING WITH WOOD SHOW - MELBOURNE 2010

15 a 17 de Outubro

Melbourne, Austrália

www.workingwithwood. com.au

OUTRAS FEIRAS f CERANOR

1 a 5 de Setembro

Porto, Portugal

www.ceranor.exponor.pt

TRADEXPO PARIS 2010

3 a 7 de Setembro

Paris, França

www.tradexpo-paris.com

AUCKLAND HOME SHOW

8 a 12 de Setembro

Auckland, Nova Zelândia

www.aucklandhomeshow.co.nz

MACEF 2010

9 a 12 de Setembro

Milão, Itália

www.macef.biz

ABITARE IL TEMPO

16 a 20 de Setembro

Verona, Itália

www.abitareiltempo.com

ART DECO HOMETECH 2010

22 a 26 de Setembro

Beirute, Líbano

www.promofair.com.lb

EXPOHOGAR

24 a 27 de Setembro

Barcelona, Espanha

www.expohogar.com

DECOREX 2010

26 a 29 de Setembro

Londres, Reino Unido

www.decorex.com

TENDENCE 2010

7 a 10 de Outubro

Praga, República Checa

www.itendence.cz

OPENMOBLE 2010

9 a 17 de Outubro

Villagarcía de Arousa, Espanha

www.fexdega.es

HONG KONG INTERNATIONAL LIGHTING FAIR 2010

27 a 30 de Outubro

Hong Kong, Hong Kong

www.hklightingfairae.hktdc.com

AMBIENTE UKRAINE 2010

12 a 15 de Outubro

Kiev, Ucrânia

www.primus-exhibitions.com

19



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