Boletim aimmp Julho 2011

Page 1

BOLETIM INFORMATIVO

INDÚSTRIAS DE MADEIRA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Edição Julho de 2011

Programa

Governo defende redinamização das ZIF - Zonas de Intervenção Florestal Executivo promete ainda a criação do cadastro florestal, o combate ao nemátodo do pinheiro e o aproveitamento do PRODER para a floresta. No seu programa, o Governo vai além das medidas acordadas com a ‘troika’ e aposta em dar prioridade ao ajustamento financeiro. Mas poupa as empresas ao pagamento do imposto extraordinário equivalente a metade do subsídio de Natal. Páginas 4, 5, 6, 7 e 9

Eleições Lista única concorre aos órgãos sociais da aimmp para o triénio 2011/2013 Páginas 8 e 9

Alerta Associação florestal teme falta de madeira dentro de 15 anos Página 13

Tribunal Arbitral AIMMP autorizada a criar centro de arbitragem de âmbito nacional Páginas 26 e 27


SERVIÇOS AO ASSOCIADO A aimmp dispõe de um leque variado de serviços especializados, muitos totalmente gratuitos e outros com valores muito inferiores aos praticados no mercado

Feiras de Mo Feiras Mobil biliár iário io e Deco Deco ec raççãoo

INTERWOOD

Feiras de Ma Feiras Mater teriai iaiss de Con Constr struçã uçã ç o

Mostrass de Mostra de Desi Design gn e Decora Dec oração ora ção

Missõess Missõe empres emp ressari a ais

QREN - incentivos até 50%

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS OPERACIONAIS

Candidatu Candid aturas ras QREN/P QRE N/PROD RODER ER

Licenc e iament en o Industrial

Alvará ráss para para construçã uçãoo

Perita t gens Técnica ic s

Licenc Lic enciam iamento EPAL

Audito A i riaa e Avaliação ão da Empresaa

Plano Reestr Ree strutu uturaç ração ão Financ Fin anceir eiraa

Plano de Neggócios

Estudos de Mercado a

Sirapa p

Hig gienne e Segura Seg urança nça

Mediçã ç o de Efluen Efl uentes tes

COMUNICAÇÃO E MARKETING

Assessoria de Imprensa Impren sa

Marketing

Publicidade em pubblicaçõ public i ações ões aimmp aim i mp e impr imprens ensaa naci naciona onall e internacional

Comunicaçção Interna e Inst Institu tit itucio cional i nall da d su suaa empres emp resaa

Org ganizaçção de Evento Eve ntos t s

Certificação de Cadeia Cad eia de Respon Res ponsab sabili ilidad dadee

Auditorias de Produt Pro dutivi dut ividad ivi dadee, dad e, Tecnol Tec nologi ogias as e Lay-out

Auditorias Ambien Amb ienttai ien tais is e Plano Planoss de Mel Melhor horia ia

Auditorias Energé Ene rgétic rgé ticas tic as

Tribunal arbitral

Despedimentos colect col ectivo ivoss

Apoio no tribunal do trabal tra ba hoo bal

Elaboração de p ces pro cessos sos discip ciplinare aress

CONSULTWOOD (Prodimmp incentivos até 45%)

Gestão Estratégica

Sistemas de Gestão da Qua Qualid lidade lid ade

SERVIÇOS JURÍDICOS Constituição/ altera alt eração ção de socied soc iedade adess comerciais

Cobrança judicial de dívida dív idass

Resultados inesperados? Evite más surpresas nos seus projectos

Consulte os nossos técnicos! Contactos: Tel. |+351 223 394 200 Fax | +351 223 394 210 Email | aimmp@aimmp.pt


EDITORIAL

ficha tĂŠcnica Propriedade AIMMP – Associação das IndĂşstrias de Madeira e MobiliĂĄrio de Portugal

Direcção e Coordenação Editorial João Paulo Mendes (Departamento Comunicação) comunicacao@aimmp.pt

Colaboradores Raquel Costa (Departamento JurĂ­dico)

Jorge GuimarĂŁes jorge.guimaraes@aimmp.pt

Tecniforma Print

1500 exemplares Distribuição Gratuita

Contactos: Rua Ă lvares Cabral, 281

Caro colega empresĂĄrio, Os membros da actual direcção, que agora cessa o seu segundo mandato, sem a pretensĂŁo de fazerem um balanço do que foi realizado ao longo dos seis Ăşltimos anos, entendem ser este o momento para realçar algumas das iniciativas e medidas implementadas. Ao longo deste perĂ­odo, aprofundamos uma relação de permanente presença nas empresas e demos-lhes visibilidade ao colocar o sector nos ĂłrgĂŁos de comunicação social, tendo, paralelamente, estreitado a proximidade junto dos decisores polĂ­ticos. Pode dizer-se que a aimmp foi responsĂĄvel por passar para o lĂŠxico dos governantes e da administração pĂşblica a fileira da madeira e mobiliĂĄrio. Lideramos processos de fusĂŁo, nomeadamente com a Associação dos Industriais de Madeira do Centro e a Associação dos Fabricantes de ColchĂľes, cujos dirigentes, com visĂŁo e espĂ­rito associativo, entenderam que, em conjunto, os interesses dos seus associados estariam mais protegidos. Demos voz Ă s preocupaçþes de todos quantos integram esta fileira junto das mais altas entidades internacionais ao integrar a Confederação Europeia das IndĂşstrias de Madeira e a Confederação Europeia das IndĂşstrias do MobiliĂĄrio, a que presidimos actualmente. InstituĂ­mos a realização de um congresso bianual - ĂłrgĂŁo de discussĂŁo e partilha de ideias e local apropriado para a tomada de orientaçþes estratĂŠgicas – e a realização de seminĂĄrios e debates polĂ­ticos em vĂŠsperas de eleiçþes.

“

Somos a associação sectorial com maior dinamismo na apresentação e execução de projectos de apoio às empresas

Destaque, tambĂŠm, para a aprovação do PASIMM – Plano de Apoio ao Sector das IndĂşstrias de Madeira e MobiliĂĄrio, que consagrou um conjunto de 32 medidas com objectivo de apoiar a nossa indĂşstria a fazer face Ă crise econĂłmica.

Ainda no campo do apoio financeiro, conseguimos, com a DGADR - Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, que fosse aprovado o Fundo de Solidariedade da UE para as empresas que têm de fazer o tratamento fitossanitårio, por causa do nemåtodo da madeira do pinheiro.

4050-041 Porto Tel. +351 223 394 200 Fax +351 223 394 210 aimmp@aimmp.pt Web www.aimmp.pt

De salientar, ainda, o Estudo EstratĂŠgico para a Inovação nas IndĂşstrias do MobiliĂĄrio e o Plano EstratĂŠgico do Sector de Serração, entre muitos outros. Esta direcção ousou tambĂŠm criar a marca Associative Design. Criamos, expusemos e planeamos com realismo o futuro do sector. Associamo-nos Ă Marinha Portuguesa na terceira viagem de circum-navegação do navio-escola Sagres e levamos o nosso mobiliĂĄrio e design aos quatro cantos do mundo. E porque a estratĂŠgia empresarial deve continuar a assentar numa aposta forte na internacionalização, sem esquecer a inovação. Neste âmbito, o Interwood continuarĂĄ a dar um contributo essencial para a penetração sustentada das nossas empresas em novos mercados. Neste capĂ­tulo, devemos recordar que somos a associação sectorial com maior dinamismo na apresentação e execução de projectos colectivos de apoio Ă s empresas, tendo feito aprovar, no âmbito do QREN, candidaturas no montante global de 15 milhĂľes de euros. A direcção que agora vai cessar funçþes nunca se orientou por discursos vazios ou retĂłricos. Pretendemos sempre, ao longo destes dois mandatos, ter uma postura direccionada para resultados concretos a favor das empresas e dos nossos associados, que sĂŁo, no fundo, a razĂŁo da nossa existĂŞncia, e que vĂŁo continuar a contar connosco. Ă€ futura direcção endereçamos, desde jĂĄ, votos de enorme sucesso na prossecução e defesa dos interesses do nosso sector.

Direitos de Autor e reprodução - A informação

A Direcção

divulgada no Boletim Informativo Indústrias de Madeira Ê propriedade da aimmp, podendo ser reproduzida parcialmente ou na sua totalidade, desde que seja assegurada a respectiva indicação da fonte.

3


DESTAQUE

Medidas

Prioridades do Governo para o sector florestal Ministério liderado por Assunção Cristas pretende dinamizar Zonas de Intervenção Florestal. Prevê, ainda, a criação do cadastro programa do novo Governo de coligação PSD/CDS-PP para a pasta da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território prevê a redinamização das Zonas de Intervenção Florestal e a criação do cadastro florestal. As prioridades do ministério tutelado pela democrata-cristã Assunção Cristas

O

Governo liderado por Pedro Passos Coelho quer aproveitar totalidade das verbas para apoio a agricultores

neste sector vão para o combate ao declínio dos povoamentos, o combate ao nemátodo do pinheiro e o aproveitamento do PRODER para a floresta. A implementação destas políticas será da responsabilidade directa do antigo autarca limiano do CDS Daniel Campelo, agora titular da Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Na pasta da Agricultura, destaque também para a promessa de aproveitar na totalidade as verbas destinadas a apoiar o rendimento dos agricultores, nomeadamente através de um acordo com a Comissão Europeia, de modo a certificar o procedimento português quanto à

Executivo comprometese a assegurar a comparticipação nacional necessária para concluir o PRODER

fiscalização de ajudas directas. O Governo liderado por Pedro Passos Coelho compromete-se ainda a assegurar a comparticipação nacional necessária para concluir o PRODER, revendo o programa

4

MEDIDAS. Políticas a pôr em práctica no sector são da responsabilidade da ministra da Agricultura Assunção Cristas

no sentido da simplificação. Também os incentivos ao emparcelamento vão ser repensados. As prioridades nesta pasta vão para o planeamento, financiamento, acompanhamento e reestruturação dos serviços administrativos de apoio à agricultura. Dinamizar o cluster da economia do mar é outra das apostas do Executivo. Promover a actuação empresarial conjunta, relançar o sector pesqueiro e acelerar o PROMAR são algumas das medidas a implementar. Na agenda governativa figura ainda a reformulação da gestão dos recursos hídricos, fundindo e integrando organismos da administração directa e indirecta do Estado. A área do abastecimento de água e saneamento será reorganizada,

as tarifas revistas e a gestão do sistema será aberto à participação de entidades privadas. O subsector dos resíduos será autonomizado no seio do grupo Águas de Portugal e aberto à participação privada. A valorização energética dos resíduos

Combate ao declínio dos povoamentos e ao nemátodo do pinheiro são prioridades do Ministério da Agricultura

não recicláveis e refugos é outra das prioridades do Executivo. Na calha estão ainda as revisões da fiscalidade ambiental, da Lei de Bases do Ambiente e da Lei dos Solos.


DESTAQUE

Dez grandes desafios na política económica nacional Aplicar as medidas acordadas com a “troika” será apenas uma das maiores preocupações dos novos ministros das Finanças e da Economia, Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira, respectivamente. Mas há outros desafios. 1 - Aplicar o plano da ‘troika’ à risca. Caso contrário, o financiamento prometido pelo FMI e pela Europa pode não chegar; 2 - Enfrentar a contestação social. Em causa está a aplicação das medidas de austeridade - corte de pensões, congelamento de salários na Função Pública, subida de impostos, redução de verbas para várias empresas e organismos públicos; 3 - Encontrar soluções para os desvios. Ou seja uma medida que devolva um resultado abaixo do esperado terá de ser revista ou complementada com outra;

4 - Acompanhar as avaliações trimestrais. De três em três meses a economia, a acção do Governo e os resultados do País serão avaliados pelos peritos do FMI, Comissão Europeia e BCE; 5 - Acalmar os mercados e falar para fora. Portugal continuará a financiar-se pontualmente nos mercados. Por isso, a comunicação terá de ser gerida de tal forma que não fragilize a imagem do País; 6 - Estimular a economia. Este ano a economia portuguesa vai recuar 1,8 por cento e em 2012 o recuo será de dois por cento.

7 - Vender em baixa. É preciso privatizar, mas a tarefa é dificultada por esta ser das piores alturas para avançar com processos de privatização; 8 - Reduzir a TSU. Para compensar a quebra de receitas, caberá a Vítor Gaspar arranjar alternativas através dos impostos. 9 - Alterar a lei laboral e gerir o desemprego. O Governo tem de travar tendência de subida do desemprego, ao mesmo tempo que irá alterar a legislação laborar para que esta seja mais flexível; 10 - Liberalizar e acabar com as “golden share”.

5


DESTAQUE

CERIMÓNIA. Presidente da República deu posse aos ministros do XIX Governo Constitucional no dia 21 de Junho

Sobretaxa IRS

Empresas ‘escapam’ ao pagamento de impos Impacte resultante de imposto sobre subsídio de Natal foi fixado em 3,5 por cento. Empresas ficam de fora deste esforço suplementar

D

urante a apresentação do programa do Governo, aprovado pela maioria parlamentar de direita, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou uma contribuição especial em sede de IRS, a vigorar apenas este ano, que irá tributar o equivalente

6

a 50 por cento do subsídio de Natal, excepto para rendimentos abaixo do

Imposto vai render aos cofres do Estado cerca de 840 milhões de euros este ano e 185 milhões em 2012

salário mínimo nacional, que se situa nos 485 euros. Esta sobretaxa viria posteriormente a ser fixada em 3,5 por cento, sendo equiv-

alente a metade do subsídio de Natal, ou um quarto do rendimento anualizado, arredondado para a décima inferior. O objectivo deste imposto é ajudar a atingir a meta do défice definida para este ano, de 5,9 por cento. No entanto, as empresas ficam de fora deste esforço, porque segundo explicou o o Governo, as empresas já sofreram um acréscimo no imposto quando, em 2010, foi introduzida uma derrama extraordinária de 2,5 por cento, tendo também o IRS sofrido um aumento no ano passado. Com este imposto extraordinário,


DESTAQUE à entidade patronal fazer a retenção na fonte. Já os trabalhadores independentes, os rendimentos provenientes de rendas e de mais-valias pagam só em 2012, quando entregarem a sua declaração de rendimentos. Como os trabalhadores por

Programa do Governo aprovado no Parlamento propõe flexibilização das leis do trabalho e da concorrência

conta própria não recebem subsídio de Natal, a sobretaxa será apurada apenas em 2012, quando a declaração for entregue. Este ano, o imposto vai render aos cofres do Estado cerca de 840 milhões de euros e no próximo ano, cerca de 185 milhões.

Programa de privatizações antecipado O primeiro-ministro anunciou também que o Governo vai antecipar para o terceiro trimestre deste ano “medidas estruturais” previstas no acordo com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, como o programa de privatizações.

“ to extraordinário trabalhadores por conta de outrem e pensionistas vão ficar com menos

Entidades patronais farão retenção na fonte do imposto. Entrega tem de ser feita até 23 de Dezembro

dinheiro disponível já no último mês do ano e a data limite para esta entrega é a 23 de Dezembro. No caso de trabalhadores por conta de outrém, cabe

Tornar o Estado menos intrusivo na vida económica das pessoas e abrir a economia aos estímulos do exterior

“Anteciparemos já para este terceiro trimestre medidas estruturais previstas no programa de ajustamento e que darão outra dinâmica à concorrência em sectores-chave, que tornarão o Estado menos intrusivo na vida económica dos portugueses e que abrirão a nossa economia aos estímulos do exterior. De entre todas estas medidas, destaco a reestruturação do sector empresarial do Estado, a reforma do modelo regulatório e o programa de privatizações”, declarou Pedro Passos Coelho. O programa do novo Governo de coligação PSD/CDS-PP, que incorpora as medidas da troika, assume o ajustamento financeiro como “prioridade máxima”. E propõe uma flexibilização geral da sociedade e da economia do País, das leis do trabalho à concorrência, passando pela educação.

O que vai mudar com o novo Governo t Pequenas empresas só vão pagar IVA quando receberem dos clientes; t Taxa de IVA sobe em vários produtos; t IRS e IRC vão ser simplificados (menos escalões). Deduções e isenções serão reduzidas; t Trabalhadores a termo prestes a entrar para os quadros das empresas (cujos contratos estão na recta final do período de renovação), vão poder renovar contrato; t Horas extraordinárias deixarão de ser pagas a dobrar. O Governo pretende que o trabalho suplementar seja pago ou com férias e folgas, ou através de uma “remuneração suplementar”; t Desempregados com mais de 55 anos de idade vão ser incentivados a ajudar nas instituições de solidariedade social; t Segurança Social pagará parte do salário a um desempregado que arranje novo emprego antes de esgotar subsídio; t Datas de alguns feriados poderão ser alteradas para diminuir as pontes; t Estado passará a poder proceder a rescisões por mútuo acordo; t Remunerações dos gestores públicos serão limitadas; t Privilégios injustificados nas empresas públicas têm fim à vista; t Imposto Municipal sobre Imóveis será agravado para as casas e edifícios devolutos; t Despesas de reparação de edifícios poderão ser deduzidas nos rendimentos prediais; t Pensões mínimas serão actualizadas ao nível da inflação; t Rendimento Social de Inserção será revisto para ser encarado como um apoio transitório; t Gestão da água e dos resíduos será aberta ao sector privado; t Presença e visibilidade de forças policiais será aumentada; t TAP vai ser totalmente alienada; t Novo aeroporto de Alcochete será reavaliado; t Todas as iniciativas governamentais têm de ter um “visto familiar”, que avalia o impacto da medida sobre a vida familiar e o estímulo à natalidade, para poderem ser aprovadas em Conselho de Ministros.

7


ões Condiç ara ais p especi dos a associ AIMMP

SER CLIENTE PT NEGÓCIOS É TER A GARANTIA QUE TEM A NOSSA EMPRESA A TRABALHAR PARA A SUA.

Saiba mais através do seu gestor ou ligue 16 206 (seleccione a opção 1 e marque 5).


DESTAQUE

Nova maioria

Elenco governativo mais pequeno de sempre Número de ministros e secretários de Estado é o mais reduzido da democracia portuguesa e fica aquém da média europeia om 11 ministros e 36 secretarias de Estado, o governo de coligação português é o mais pequeno desde a revolução de 1974 e o terceiro mais pequeno da União Europeia, a par do Chipre. A composição do Executivo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas fica aquém da exígua equipa de 13 ministros do primeiro governo de Cavaco Silva, em

1985, e muito longe da média dos 18 governos desde 1976, que é de 16 ministros e de 38 secretários de Estado. Este era, aliás, o número de ministros e secretários de Estado do Governo de José Sócrates. Até hoje, o maior foi o XVI

C

A média dos governos em Portugal tem sido de 16 ministros e 38 secretários de Estado

governo constitucional, com 19 ministros. Na União Europeia, os governos têm,

em média, 15 ministros, com a dimensão de cada executivo a variar bastante. O maior é o italiano, com 25 ministros. Segue-se a Suécia, com 23, e a Polónia, com 18. No final estão Malta, com oito, a Hungria, com nove, e Chipre, com 11. A média dos 27 corresponde a 14,8 e foi calculada tendo em conta os 16 ministros do governo cessante em Portugal e os 15 do último executivo da Bélgica, onde um ano depois das eleições prosseguem as negociações para a formação do executivo. Seis países da UE têm governos com exactamente 15 ministros - Alemanha, Bélgica, Eslovénia, Espanha, Grécia e Roménia.

Os ministros do XIX Governo constitucional Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho (PPD/PSD)

Ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz (PPD/PSD)

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas (CDS-PP)

Ministro da Educação, Ensino Superior e Ciência Nuno Crato (independente)

Ministro de Estado e das Finanças Vítor Gaspar (independente)

Ministro da Saúde Paulo de Macedo (independente)

Ministro da Defesa José Pedro Aguiar Branco (PPD/PSD)

Ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas (PPD/PSD)

Ministra da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território Assunção Cristas (CDS-PP)

Ministro da Solidariedade e Segurança Social Pedro Mota Soares (CDS-PP)

Ministro da Economia e do Emprego Álvaro Santos Pereira (independente)

Ministro da Administração Interna Miguel Macedo (PPD/PSD)

Os nossos interlocutores imediatos:

António Almeida Henriques é o novo secretário de Estado da Economia. Na anterior legislatura ocupou o lugar de vice-presidente da bancada parlamentar do PSD

Daniel Campelo, antigo autarca de Ponte de Lima, é secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Engenheiro agrónomo, estava afastado da política desde 2009 9


NOTÍCIAS DO SECTOR

Eleições

Lista única vai a votos na aimmp Novos órgãos sociais da associação são eleitos este mês. Após dois mandatos, a actual direcção não se recandidata s associados da aimmp são chamados a eleger uma nova direcção este ano. O prazo para apresentação de listas para os diferentes órgãos terminou no passado dia 27 de Junho, tendo sido apresentada uma única lista. As eleições estão marcadas para 29 de Julho. Os membros da actual direcção não se recandidatam aos cargos. Recorde-se que a equipa que agora cessa funções

O

Membros da actual direcção não se recandidatam aos cargos, após cumprirem dois mandatos

liderou a gestão da associação nos últimos seis anos, tendo cumprido dois mandatos consecutivos. Nestas eleições, a mesa da assembleia geral e conselho fiscal são eleitos por todos os associados, devendo a lista concorrente ser subscrita, pelo menos, por 50 associa-

Direcção da aimmp composta pelos presidentes eleitos das diferentes divisões sectoriais

dos. Já a Direcção de Divisão é eleita pelos associados da respectiva divisão, devendo os associados da lista concorrente ser subscrita por dez por cento dos associados inscritos. A direcção da aimmp será composta pelos presidentes eleitos das diferentes divisões sectoriais que, no prazo de 15 dias após a eleição, reunirão para procederem, entre si, à designação dos cargos de presidente, vicepresidente, tesoureiro e dois vogais.

10

DATA. Eleições foram marcadas para 29 de Julho. A votação pode ser feita na sede da aimmp ou por correspondência

Programa da lista A para o triénio 2011/2013 A todos o nosso obrigado. Introdução Conscientes das responsabilidades e No âmbito da apresentação da princípios básicos pela qual se rege o candidatura aos órgãos sociais da associativismo, abraçamos a ideia de AIMMP para o triénio 2011/2013 defender um sector que se encontra impõe-se, dos seus elementos, a explanação dos objectivos estratégicos e com enormes dificuldades e definimos como fundamental a apresentação de das linhas orientadoras que determinam uma candidatura de consensos, tratando a sua actuação durante o mandato. por igual todas as divisões e todos os Importa, no entanto e antes de mais, associados, no referir que a intuito de conferir presente candidatura A presente candidatura à AIMMP uma nasceu de um nasceu de um desafio dinâmica nova, desafio lançado pelo Ex.mo Senhor lançado pelo presidente simplificando processos Presidente da da direcção cessante e geradores de Direcção cessante, seus pares eficácia, de confirmado pelos diferenciação e seus pares e de afirmação, congregando esforços e diversos profissionais da AIMMP, e empenho de todos os actuais e novos ainda confirmado pelo Ex.mo Senhor associados fomentando a sinergia de Presidente da elevadas e diferenciadas qualificações. Mesa da Assembleia Geral.


NOTÍCIAS DO SECTOR MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

DIVISÃO 1

CORTE, ABATE, SERRAÇÃO E EMBALAGEM DE MADEIRA

DIVISÃO 2

PAINÉIS E APAINELADOS DE MADEIRA

DIVISÃO 3

CARPINTARIA E AFINS

DIVISÃO 4

Sociedade de Madeiras Ferreira de Sousa, Lda Briquetes Raro-Sociedade de Aproveitamento de Resíduos, Lda Luís Soares Barbosa, SUCRS, Lda

MOBILIÁRIO E AFINS

DIVISÃO 5

Presidente Vice-Presidente Secretários

EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MADEIRAS E DERIVADOS

Presidente Vice-Presidente Secretários

Presidente Vice-Presidente Secretários

Presidente Vice-Presidente Secretários

Presidente Vice-Presidente Secretários

Presidente Vice-Presidente Secretários

Madeipoças – Madeiras, Lda Marques Silva e Pereira, Lda Indústria de Madeiras Irmãos Craveiro, Lda.

Sonae Indústria, SGPS, SA Viroc Portugal, Indústrias de Madeira e Cimento, SA MAD – Madeiras e Derivados, SA

Carpicruz – Indústria de Madeiras, SA Cardoso & Filhos, Lda JDR – José Duarte Rodrigues, Lda

Fertini, Lda Móveis S. Crispim, Lda Tema, SA

Tecniwood, SA J. Pinto Leitão, SA Somapil, Lda

CONSELHO FISCAL Presidente Vice-Presidente Secretários

Martos & Ca, Lda Coplac – Placas e Componentes, Lda JPF da Costa, Lda

CANDIDATOS. Composição da única lista concorrente candidata aos órgãos sociais da aimmp

Visão Viver com madeira. Missão Promover e desenvolver toda a fileira da madeira portuguesa e contribuir para a melhoria contínua e sucesso de todos os seus operadores. Directrizes Estratégicas Gerais t Equilíbrio Económico e Financeiro da Associação; t Reorganização e racionalização dos

Abraçamos a ideia de defender o sector que se encontra com enormes dificuldades

processos operacionais e desenvolvimento de um gabinete de I+D+I e UENs (Unidades Estratégicas de Negócio); t Movimentos «Mais Associados, Mais

a nobreza e as vantagens do produto Associação» e «Mais Próximo do Sócio»; madeira e o papel único e indispensável do t Consolidar a presença da Associação no desenvolvimento sustentado da floresta; todo nacional e promover a consolidação t Promoção da cooperação, alinhamento da propriedade florestal de acordo com as estratégico e de comunicação, e políticas públicas; complementaridadv e de acções, entre t Internacionalização: um desígnio. De as diferentes divisões de modo a ser apoio aos associados; na identificação de oportunidades de negócio; na promoção da uma associação una mas com muitos e diferentes rostos; Marca Portugal; na aposta no design e na t Promover parcerias com outras qualidade adequada e competitiva como associações e outras entidades afins e fa ctores diferenciadores e ganhadores de participar activa e mercado; conjuntamente em t Assessoria aos Definimos como todas as iniciativas Associados: Elaboração fundamental a e prémios de de BP’s e Projectos de reconhecimento Investimento; apresentação de que distinguem e t Planos de Marketing uma candidatura de promovem a fileira e Comunicação; consensos e os melhores do Candidaturas a sector; financiamentos; t Desenvolver um Centro de Formação Certificação da Qualidade; de Competências em parceria com t Floresta e Madeira: Plano de Marketing universidades, escolas superiores, e Comunicação plurianual em parceria associações de estudantes. com a AFN e outras entidades promovendo

11


FORMAÇÃO 100% FINANCIADA Formação Profissional Financiada - Para os Colaboradores das Empresas

DE S E

O ÇÕ ER I M CR NÚ S IN

50

Tribunal Arbitral da madeira e do mobiliário

a ç i t Jusais m e célere te n e i c i ef u ao se dispor

A empresa tem de ser associada da AIMMP Os cursos iniciam com um mínimo de dez formandos Os formandos devem ter habilitações até ao 12.º ano

A aimmp dispõe de um projecto de formação dirigido aos trabalhadores das empresas associadas. O projecto Formações Modulares Certificadas foi aprovado pelo POPH e é 100% financiado, disponibilizando ainda aos formandos um subsídio de alimentação no valor de 4,27/dia. Entre as áreas de formação previstas estão:

Á REA S DE F O RMAÇ ÃO Ciências Informáticas Secretariado e Trabalho Administrativo Enquadramento na Organização Segurança e Higiene no Trabalho Materiais (Madeira)

Contacte-nos! Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal Telefone: 223 394 200 E-Mail: aimmp@aimmp.pt

12

Com este projecto, a aimmp apoia os seus associados a darem cumprimento ao previsto no Artigo 131º do Código do Trabalho que impõe a obrigatoriedade de promoção de um número mínimo de 35 horas por trabalhador/ano e contribui para melhorar a qualificação dos RH de Fileira da Madeira


NOTÍCIAS DO SECTOR

Aviso

AFN receia falta de matéria-prima em 2025 Associação diz que faltam dois milhões de metros cúbicos de floresta e pede alteração das metas definidas nos instrumentos de gestão presidente da Autoridade Florestal Nacional (AFN) alerta para a falta de dois milhões de metros cúbicos de floresta para fazer face às necessidades de consumo e avisa: se nada for feito, faltará madeira dentro de 15 anos. “Se não fizermos nada, dentro de 15 anos não temos material lenhoso. Não se plantam pinheiros, não se plantam eucaliptos. Temos em falta dois milhões de metros cúbicos”, afirmou Amândio Torres durante um seminário sobre a fileira florestal que decorreu no último dia de Junho no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Segundo Amândio Torres, é preciso alterar as metas definidas nos instrumentos de gestão e passar-se de 3,5 milhões de hectares de floresta para quatro ou cinco milhões. Por outro lado, o presidente da AFN, citado pelo CM, sublinhou a importância de rever os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) para “ajustar o planeamento à realidade”. “Os PROF prevêm uma expansão da área florestal, mas não nas fileiras que suportam o tecido industrial. Se expandirmos a área

O

É preciso passar-se de 3,5 milhões de hectares de floresta para quatro ou cinco milhões

mas não satisfizermos as necessidades, esse investimento não corresponde a uma acréscimo de rendimento”, justificou. Amândio Torres apelou ainda à reflexão sobre as Zonas de Intervenção Florestal, que considerou “uma ideia boa”, mas ressalvou que tem de ser “mais do que uma iniciativa de um grupo de amigos, tem de gerar rendimento e ser um negócio”. O responsável da AFN defendeu também a necessidade de intervir nos baldios e questionou o facto de as alterações a esta legislações serem “um tabu”.

ALERTA. Presidente da AFN afirma que se nada for feito não haverá material lenhoso dentro de 15 anos

13



NOTÍCIAS DO SECTOR

DESLOCALIZAÇÃO. Intenção da autarquia é aproximar as empresas de um público com maior poder de compra

Rota dos Móveis

Mobiliário da região de Paredes em Azeitão Mostra viajou este ano pela primeira vez até à zona da Grande Lisboa, realizando-se no pavilhão de exposições local rganização conjunta da Câmara de Paredes e da Associação Empresarial de Paredes, abriu oficialmente ao público no passado dia 9 de Julho, a 22.ª Mostra de Mobiliário Paredes – Rota dos Móveis, certame dedicado ao sector do mobiliário. Desta vez, porém, e ao contrário do que tem sido habitual, o certame deixou o Pavilhão Municipal Rota dos Móveis, em Lordelo, para se realizar agora na região da Grande Lisboa, concretamente no Pavilhão de Exposições de Azeitão, onde estará patente até 17 de Julho. O objectivo desta mudança, preconizada pelos próprios expositores, foi aproximar

O

as empresas de um público com maior poder de compra, sobretudo face à difícil conjuntura económica e financeira que o

Estratégia do município de Paredes é levar mobiliário fabricado na região até ao consumidor final

país atravessa e à qual este sector não tem sido imune. A estratégia é, pois, como explica Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, “levar o mobiliário de Paredes até ao consumidor final”, contrariando, deste modo, o decréscimo generalizado de visitantes que se tem verificado nas principais feiras de mobiliário da região, “até por força do aumento do preço de combustíveis e da introdução de portagens

nas antigas SCUT”, como também aponta o autarca. Em todo o caso, a importância e repercussão deste certame mantém-se inabalável, com a mostra a reunir cerca de 50 expositores e mais de 200 marcas em três mil metros quadrados de área de exposição. Já na sua 22.ª edição, a Mostra de Mobiliário Paredes – Rota dos Móveis estará aberta ao público durante nove dias, entre os dias 9 a 17 de Julho, sendo expectativa da organização atingir novos visitantes na região da Grande Lisboa. Com mais esta iniciativa, pretende a Câmara Municipal de Paredes reafirmar o espírito empreendedor dos empresários do concelho, apostando no seu reconhecimento como maior centro produtor do sector do mobiliário, responsável por 65 por cento da produção nacional.

15


NOTÍCIAS DO SECTOR

Iniciativa

Promover a arquitectura em madeira Candidaturas estão abertas até 23 de Setembro. Podem ser inscritas obras em madeira construídas entre 2008 e 2011 Tecniwood vai apoiar o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira, uma distinção instituída com o objectivo de promover a utilização da madeira como material de construção e fomentar a fileira florestal portuguesa. A empresa de madeiras e derivados é uma das três entidades privadas associadas ao projecto promovido pelo Comité Português para o Ano Internacional das Florestas 2011, em parceria com o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a Ordem dos Arquitectos e o Centro Pinus. O prémio pretende realçar a importância da utilização da madeira como material de construção, uma vez que, a existência de uma procura sustentada desta matériaprima será fulcral para o desenvolvimento

A

de uma política florestal forte, com impacto no combate às alterações climáticas e na redução das emissões de dióxido de carbono na atmosfera. As candidaturas estão abertas até 23 de Setembro para arquitectos, com inscrição actualizada na Ordem dos Arquitectos portuguesa, com obras construídas entre 2008 e 2011 em Portugal. O Prémio bienal pretende reconhecer obras que evidenciem a qualidade e a versatilidade dos materiais de base madeira e, simultaneamente, promover soluções de construção susten-

Projectos candidatos devem incorporar volume relevante de madeira e seus derivados

tável, enriquecendo o património cultural e arquitectónico português. O vencedor do prémio será divulgado no dia 18 de Novembro de 2011. Os projectos candidatos ao prémio

CONSTRUÇÃO. Prémio visa realçar a importância da utilização de madeira em projectos de arquitectura

16

devem incorporar um volume relevante de madeira e seus derivados, seja como soluções estruturais ou decorativas, potenciando, simultaneamente, os benefícios de se tratar de um material natural, muito resistente e de grande valor estético. Por outro lado, as obras devem demonstrar a incorporação de uma percentagem significativa de produção nacional associada à sua edificação, quer seja em termos do recurso a matérias-primas portuguesas, quer de mão-de-obra associada. A garantia de se terem traduzido em valor acrescentado para Portugal constituirá factor de desempate na avaliação das candidaturas. A Tecniwood-Soluções é uma das empresas do Grupo Tecniwood-Madeicávado que se dedica à distribuição de madeiras e derivados. O Grupo Tecniwood está presente no mercado há mais de 25 anos e tem mantido uma evolução consolidada ao longo do tempo. A empresa, distinguida como PME Líder pelo IAPMEI, tem uma carteira de mais de seis mil clientes e instalações em Braga, Leiria e Lisboa.


NOTÍCIAS DO SECTOR

Concurso

Banco promove eco design Projectos finalistas do certame promovido pela Caixa Geral de Depósitos estiveram patentes ao público na sede da instituição s vencedores da terceira edição do Concurso de Design, promovido pela Caixa Geral de Depósitos já são conhecidos, tendo as obras estado patentes ao público no Edifício Sede da Caixa, em Lisboa, até ao dia 30 de Junho. O desafio, lançado aos alunos das áreas de Design, teve como objectivo a criação e desenvolvimento de uma peça de equipamento urbano, numa das seguintes categorias: mobiliário de espaços verdes, a iluminação pública e os sistemas de comunicação. O primeiro classificado garantiu o registo de desenho ou modelo da peça vencedor. Os finalistas são André Monteiro Miranda Alves Campos (ESAD, Matosinhos - primeiro prémio), Hugo Miguel Guerreiro dos Santos (Universidade Lusíada, Porto - segundo prémio) e Pedro Miguel Dias Teixeira (Universidade Lusíada, Porto terceiro prémio). Menções Honrosas foram atribuídas a José Alberto Moreira Carvalho Gonçalves (Universidade Lusíada, Porto),

OBJECTOS. Algumas das peças do concurso promovido pela CGD

O

José António do Val Pinto Pereira Mendes (Universidade Lusíada, Porto), Célia Alexandrina Pereira Coelho dos Santos (Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, Politécnico do Porto), Pedro Tiago Ferreira Jesus (Universidade Lusíada, Porto), Bruna Luísa Santos Brito (Universidade Lusíada, Porto), Ana Sofia Azevedo e

Sousa Catanho (Universidade de Évora), Graciela Sá Macedo (Universidade Lusíada, Famalicão) e Nídia Maria Ferreira Campos (Universidade Lusíada, Famalicão). Os 11 projectos foram apurados de entre 69 candidaturas a concurso, provenientes de 19 escolas localizadas maioritariamente no norte do País.

17


INTERNACIONALIZAÇÃO

Interwood 2012

Incentivos às empresas até 50 por cento No sentido de dar continuidade ao projecto de internacionalização, que até ao momento apoiou mais de uma centena de empresas, a aimmp está já a preparar as acções para o próximo ano. Estas incluem a realização de missões de prospecção, participação em feiras de referência para o sector, realização de eventos e mostras de produtos. aimmp está a preparar uma candidatura ao QREN para apoiar as empresas da fileira da madeira e do mobiliário, que pretendam iniciar ou dar continuidade a um processo de internacionalização em mercados estratégicos. O projecto enquadra-se no QREN o que permite às empresas beneficiarem de incentivos, até 50 por cento das despesas.

A

Com os olhos postos no actual panorama económico e financeiro em que nos encontramos, internacionalizar é, hoje, uma necessidade. Por isso, a aimmp aconselha os empresários a ampliarem os seus mercados e a aumentarem as suas exportações com o apoio da associação. “A aimmp pode contribuir para o aumento da competitividade e internacionalização das empresas, com especial destaque para as PME”, sustenta a associação. Dando continuidade ao projecto INTERWOOD, que apoiou já mais de 100 empresas, está a preparar acções para 2012, entre as quais destaque para a participação em feiras de referência para o sector e realização de eventos e mostras de produtos. Além de incentivos até 50 por cento, as empresas beneficiam também das relações privilegiadas que a aimmp mantém com as delegações da AICEP em cada mercado e conta com o apoio de diversos organismos locais dos vários países onde tem levado a cabo as suas acções.

Como proceder para participar?

“ 18

Cada empresa interessada em participar no projecto, deve contactar o Departamento de Internacionalização da aimmp. No entanto, está obrigada ao cumprimento de alguns requisitos legais, nomeadamente, estar legalmente constituída e cumprir as condições legais necessárias ao exercício da actividade; possuir situação regularizada face às finanças, segurança social e entidades pagadoras de incentivos; possuir ou assegurar os recursos humanos e físicos necessários ao desenvolvimento do projecto; dispor de contabilidade organizada nos termos da legislação aplicável. As empresas devem, ainda, possuir a Certificação PME (obtida no site do IAPMEI) e ter um rácio de autonomia financeira t 0,15; Para participar nas acções, as empresas terão também de cumprir as condições de elegibilidade constantes do Enquadramento Nacional (Decreto-Lei n.º65/2009 de 20 de Março) e do Regulamento do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (Portaria n.º 1101/2010 de 25 de Outubro DE 2010) e manter regularizada a situação com a aimmp. No âmbito deste projecto não são Empresas beneficiam elegíveis despesas de empresas localizadas ainda das relações na NUT II Lisboa e região do Algarve. Está privilegiadas que a ainda condicionada à inscrição de um número mínimo de empresas por acção, aimmp mantém com bem como ao cumprimento dos critérios de delegações da aicep selecção que vierem a ser fixados para cada acção.


INTERNACIONALIZAÇÃO

Saiba mais Como participar? A acção será restrita a um limite de 14 participantes, para permitir uma abordagem personalizada e rentabilizar a vinda dos compradores. Os participantes são divididos em seis fabricantes/ marcas de mobiliário doméstico, quatro empresas de mobiliário e conceitos para hotelaria e quatro empresas de materiais de construção.

Como é feita a selecção dos compradores? São seleccionados em função do perfil das empresas portuguesas participantes: compradores de origem dos mercados indicados pela sua empresa, identificados e seleccionados por especialistas em cada mercado.

Como são os encontros?

ENCONTROS. Objectivo é maximizar e potenciar oportunidades de negócio

Negócios

Compradores internacionais visitam fábricas portuguesas Setembro e Novembro são os dois meses já agendados pela aimmp para os contactos com empresários

U

ma delegação composta por setenta compradores internacionais vai estar em Portugal, em Setembro e Novembro, para contacto directo com empresas do sector das madeiras e do mobiliário. A vinda deste grupo – considerado como sendo dos melhores compradores internacionais - está a ser minuciosamente preparada pela aimmp. A ideia é potenciar e maximizar oportunidades

concretas de negócio, através da preparação cuidada de bolsas de contactos, tendo em conta o perfil, expectativas e necessidades de cada empresa participante. Segundo a direcção da aimmp, a iniciativa, inédita no sector, “visa criar oportunidades para estabelecer relações pessoais com os compradores, no ambiente de cada uma das empresas, mostrando a fábrica e dispondo de tempo”. Em cada encontro, acrescenta, “a empresa terá a dedicação exclusiva do comprador internacional”. Esta é uma acção com o apoio do QREN e com os serviços da Market Access Lda, com presença em trinta países e vasta experiência.

Durante três dias em Setembro e três dias em Novembro, cada empresa é visitada por um total de 12 importadores, um de cada vez, com quatro horas de reunião. Estas são realizadas nas instalações da empresa, de forma individual, com oportunidade de mostrar a fábrica, showroom, entre outros. Adicionalmente, durante a Intercasa 2011, cada empresa terá oportunidade de apresentar os seus produtos e soluções a um grupo de trinta importadores, mesmo que não tenha espaços na feira.

Quais os custos? O valor da acção é de 12500 euros por empresa, sendo que o custo total final para cada uma é de apenas 4500 euros, divididos em três tranches. Ou seja, o custo médio por comprador é de 375 euros. Para receber a visita destes compradores, as empresas têm de inscrever-se, devendo, para isso, contactar a aimmp.

19


INTERNACIONALIZAÇÃO

Feira de Milão

Empresários preparam presença no iSaloni 2012 Directores da maior feira do mundo do sector visitaram fábricas em Portugal e reuniram com empresários para preparar próxima edição om o objectivo de preparar a edição de 2012 do Salão Internacional do Móvel, em Milão, estiveram no passado mês de Junho em Portugal Paola Magro e Andrea Vaiani, directores da Cosmit, responsável pela organização do iSaloni – Salão Internacional do Móvel. A convite da aimmp, estes responsáveis visitaram várias empresas, nomeadamente a Colunex, a Zagas, a Fenabel, a A. Brito, a Redi, a AM Móveis e a Induflex,

C

Inscrições para participar no Salão Internacional do Móvel encerram no mês de Setembro

e realizaram reuniões de trabalho na sede da aimmp. Uma vez que fecham já no próximo mês de Setembro as inscrições para participar no evento 2012, este o momento ideal para as empresas, em uníssono, manifestarem o desejo e, sobretudo, a vontade colectiva de ter um espaço maior, melhor situado e que dignifique e afirme Portugal e o mobiliário e design portugueses.

DIMENSÃO. Salão Internacional do Móvel é o maior evento do mundo do sector do mobiliário e design

O Salão Internacional do Móvel de Milão é hoje a maior feira do mundo. Cinquenta anos após ter-se iniciado (à altura com apenas 11 mil visitantes) chega agora a

atingir números muito próximos do meio milhão de visitantes. Números que impressionam e advogam da grandeza do mesmo evento.

AIMMP marca presença na Decorex e leva Portugal à London Design Week No âmbito do seu projecto de internacionalização, a aimmp vai participar na 34.ª edição da Decorex, Londres, de 25 a 28 de Setembro. A Decorex é o principal evento do sector de mobiliário, iluminação, têxteis e alta decoração do Reino Unido dirigido à gama alta, de luxo, com estilos clássico, moderno e contemporâneo, que decorre durante a London Design Week. Os custos de participação vão dos 14 060 euros (15 metros quadrados), passando pelos 17 560 (vinte metros quadrados) até aos 24 560 (trinta metros

20

quadrados). Estão também disponíveis espaços maiores. Esta acção enquadra-se no Interwood – projecto conjunto de Internacionalização da aimmp – desenvolvido no âmbito do QREN, o que permite às empresas participantes beneficiarem de uma comparticipação de 50 por cento nas despesas elegíveis. As empresas participantes podem ainda apresentar uma factura, no máximo, de cinco mil euros (mais IVA) para a concepção de catálogos, sendo esta despesa também considerada elegível no âmbito do projecto.

EVENTO. Feira decorre de 25 a 28 de Setembro


INTERNACIONALIZAÇÃO

Mobiliário e decoração

Mostras em São Paulo, Buenos Aires e Miami Peças portuguesas vão estar em exposição do outro lado do Atlântico durante os meses de Agosto, Outubro e Novembro

A

aimmp vai realizar, no segundo semestre de 2011, mostras de mobiliário e de decoração nas cidades de São Paulo, Brasil (6 de Agosto), Buenos Aires, Argentina (10 de Outubro) e Miami, Estados Unidos (28 de Novembro). Estas acções de promoção e comunicação daquilo que de melhor é produzido em Portugal na área da casa e decoração serão realizadas em locais de grande prestígio e notariedade - Galeria Romero Britto (São Paulo), Galerias Pacifico (Buenos Aires) e no Design District (Miami) - e visitadas por milhares de pessoas, desde arquitectos, designers e outros profissionais, até ao consumidor final.

As empresas participantes nestas acções, além da exposição dos seus produtos durante cerca de trinta dias nos locais referidos, beneficiarão de uma base de dados com informação detalhada de todos os contactos estabelecidos durante a realização das mostras.

Além da exposição, as empresas participantes beneficiarão de uma base de dados com informação detalhada

A mostra em São Paulo vai ser realizada em paralelo com a feira Brasil Móveis, na qual serão distribuídos convites para visitar a mostra, criando-se dessa forma importantes sinergias de atracção de visitantes ao evento organizado pela aimmp. Em Miami a mostra será realizada durante a Miami Design Week, que atrai milhares de visitantes.

DELEGAÇÃO. AIMMP levou seis empresas a Luanda

Promoção

Associação acompanha empresas lusas em Angola Empresas representadas pela aimmp no Salão do Mobiliário e Decoração de Angola fazem balanço positivo da participação no evento Com o objectivo de apoiar as empresas no seu processo de diversificação de mercados e conquista de quotas internacionais,

PALCOS. O que de melhor se faz em Portugal será exposto em locais de prestígio

Representação da aimmp integrou empresas nacionais que querem conquistar novos mercados

a aimmp esteve no Salão do Mobiliário e Decoração de Angola com seis empresas portuguesas. O balanço da feira (antiga Export Home Angola), que se decorreu entre os dias 23 e 26 de Junho, é muito positivo para a delegação portuguesa, tendo sido realizados inúmeros negócios. A representação da aimmp integrou seis empresas nacionais da fileira da madeira e do mobiliário, apostadas em identificar novos mercados e oportunidades de negócio: Cormar, Vilar Móveis, Móveis TM, Edifice (Belar), Crisgalos e CVDesign. Angola é actualmente um destino preferencial e com grandes oportunidades para as empresas portuguesas, fruto do seu acelerado crescimento e desenvolvimento registado nos últimos anos.

21


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

OE 2012

Apoio à contratação de pessoas com deficiência Incentivos do IEFP entram em vigor após aprovação do Orçamento de Estado para o próximo ano na Assembleia da República oi publicada em Diário da República a lei que permite ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) passar a financiar, até 100 por cento, a construção, equipamento e instalação de centros de emprego protegidos, que empregam pessoas com deficiência ou incapacidade. A medida entrará em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano. O IEFP financiava estes custos apenas até 75 por cento das despesas elegíveis nas modalidades de subsídio reembolsável e empréstimo sem juros. Com a nova lei, os apoios do instituto também podem assumir “a forma de

F

Incentivo será devido até que o trabalhador atinja a capacidade de 75 por cento ou transite para regime normal

prémio de incentivo à transição para o mercado normal de trabalho, bem como a comparticipação nas despesas do técnico de acompanhamento laboral”, nos termos a regulamentar ainda pelo Governo. Até agora, o IEFP também podia compensar as empresas privadas das despesas com retribuição mas isto só podia acontecer por cinco anos, prorrogáveis até mais cinco anos se o trabalhador não atingisse capacidade produtiva superior a 75 por cento da capacidade normal exigida a outra pessoa nas mesas tarefas. Mas também haverá mudanças aqui. Este apoio será devido até que o trabalhador atinja a capacidade de 75 por cento ou até que transite para um regime normal de trabalho. E sempre que o trabalhador atinja aquela capacidade produtiva mas não seja possível a sua transferência para o regime normal de trabalho, os apoios serão renovados anualmente.

22

LEGISLAÇÃO. Apoios podem assumir forma de prémio de incentivo à transição para o mercado normal de trabalho


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

RELATÓRIO. Importância da banca estrangeira em Portugal elogiada pelo banco central

Financiamento

Bancos estrangeiros dão crédito à economia Com a banca nacional obrigada a reduzir a concessão de crédito, estrangeiros assumem importância cada vez maior

O

relatório de estabilidade financeira do Banco de Portugal, elogia a importância dos bancos estrangeiros para dar crédito à economia portuguesa, ao passo que os bancos nacionais são obrigado a reduzir o crédito, para desalavancarem os seus balanços.

Num capítulo intitulado “O papel das instituições financeiras não domésticas no contexto da actual crise financeira

Bancos nacionais têm vindo a reduzir a concessão de crédito para desalavancarem os seus balanços

em Portugal”, o Banco de Portugal realça que os estudos efectuados

indicam que “as instituições financeiras não domésticas têm tido um papel importante para a suavização do presente ciclo de desalavancagem da economia portuguesa. Assim, o maior fluxo de crédito por parte dos bancos não domésticos tem compensado parcialmente a clara desaceleração por parte dos bancos domésticos.” A venda do Banco Português de Negócios (BPN) é vista como uma oportunidade para um banco estrangeiro entrar no mercado português para dar crédito à economia.

Confiança dos consumidores portugueses volta a baixar e está perto do mínimo histórico O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o indicador de confiança dos consumidores em Portugal piorou para -50,7 pontos no mês de Junho face aos -50,3 registados em Maio. Trata-se do terceiro recuo consecutivo para “um valor próximo do mínimo histórico da série observado em Março de 2009”, informa o INE. Também o indicador de clima económico voltou a piorar em Junho, continuando a descida iniciada em Julho do ano passado. De acordo com os inquéritos de conjuntura às empresas e

ESTATÍSTICAS. Clima económico também piorou

aos consumidores divulgados pelo INE, o indicador de clima económico sofreu um agravamento para os -2,2 pontos no mês passado, depois de uma queda de -2 pontos em Maio. “O indicador de clima económico manteve em Junho o acentuado perfil descendente iniciado em Julho de 2010, atingindo o valor mais baixo dos últimos dois anos”, refere o INE, que indica ainda que todos os indicadores de confiança sectoriais registaram agravamentos, com excepção dos serviços.

23


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

NOTAÇÃO NEGATIVA. Instituição continua a aceitar dívida nas operações de refinanciamento dos bancos

Mercados

BCE dispensa opinião de agências de ‘rating’ Banco central suspendeu os limites mínimos de notação de crédito depois da Moody’s ter classificado como “lixo” a dívida soberana de Portugal Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a aceitar dívida portuguesa como colateral nas operações de refinanciamento dos bancos, apesar da notação da República ter sido reduzida para “lixo” pela agência de “rating” Moody’s. “O conselho de governadores

O

decidiu suspender a aplicação do requisito mínimo para crédito em relação a obrigações garantidas pelo governo

Banco suspende aplicação do requisito mínimo para crédito em relação a obrigações garantidas por Portugal

português”, explicou Jean Claude Trichet. Este responsável acrescentou ainda que o programa de ajustamento adoptado pelo novo Executivo portu-

guês liderado por Pedro Passos Coelho é “apropriado”. Esta decisão surgiu depois de a Moody’s ter baixado em vários graus e classificado como ‘lixo’ a notação da dívida soberana portuguesa, agravando a crise da dívida na zona euro. A Moody’s considerou que Portugal, tal como a Grécia, pode vir a precisar de um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados, o que fez disparar os juros da dívida portuguesa que ultrapassaram, ontem, pela primeira vez, os 13 por cento, a dez anos.

Taxa de juro de referência sobe 25 pontos base para 1,50 por cento O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, no início de Julho, subir para 1,50 por cento a taxa de referência da zona euro, numa tentativa de travar a inflação, que em Junho se manteve nos 2,7 por cento. Esta foi segunda subida dos juros este ano, depois do conselho de governadores do BCE, ter mantido os juros em um por cento durante quase dois anos. A última

24

mexida na taxa foi feita em Abril, altura em o banco liderado por Jean-Claude Trichet fixou o preço do dinheiro em 1,25 por cento. A medida vai complicar ainda mais a vida das famílias e das empresas dos países periféricos, como Portugal, que enfrentam um período de austeridade e vão agora passar a pagar mais pelos empréstimos.

JUROS. Subida complica vida às empresas


The Best of Portuguese Furniture Design

DECOREX | LONDRES 25-28TH SETEMBRO

MEBEL | MOSCOVO 21-25TH NOVEMBRO


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Conjuntura

Economia acentua perda de dinamismo Produto Interno Bruto nacional volta a descer e produção industrial regista variação homóloga negativa de 1,6 por cento

A

estimativa revista do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o PIB português no primeiro trimestre de 2011 evidenciou uma variação homóloga em volume negativa de 0,6 por cento, após um por cento no quarto trimestre do ano anterior. O detalhe dos dados por rubricas de despesa, agora disponível, confirma que a quebra do PIB se deveu a um acentuado recuo da procura interna (3,2 por cento negativos, após 0,1 por cento no quarto trimestre), em resultado da quebra do consumo (menos 2,1 por cento nas famílias e menos 4,3 por cento no Estado, após 1,1 por cento e 1,6 por cento no quarto trimestre) e, em menor grau, da queda agravada do investimento (menos 5,9 por cento, após-5,2 por cento negativos no quarto trimestre). A evolução negativa foi atenuada pela melhoria da procura externa líquida, cujo contributo para a variação homóloga do PIB subiu de 0,9 para 2,9 pontos percentuais, graças à aceleração das exportações - de uma taxa de variação homóloga (tvh) de 7,8 por cento para 8,5 por cento - e à quebra das importações - tvh negativa de 0,6 por cento, após um por cento no quarto trimestre. Por sectores, as variações homólogas foram de dois por cento na indústria (2,5 por cento no quarto trimestre), menos 1,2 por cento nos serviços (0,2 por cento), menos 2,5 por cento na construção (3,7 por cento negati-

26

vos) e 0,7 por cento na agricultura e pesca (menos 0,4 por cento). A variação real em cadeia do PIB foi também negativa em 0,6 por cento (menos 0,7 por cento nas primeiras estimativas), o mesmo valor do trimestre anterior, confirmando uma situação de recessão técnica (dois trimestres consecutivos de queda real do PIB) e a evolução mais negativa entre os países da União Europeia a 27 com dados disponíveis. Em termos de informação avançada, realça-se uma nova descida (a sétima consecutiva) do indicador de clima económico em Maio (para o mínimo desde Junho de 1999), apontando para a continuação de um andamento negativo da actividade económica nos próximos trimestres. Por componentes, a descida foi generalizada e revelou-se mais acentuada no indicador de confiança do comércio, seguido pelos indicadores de confiança dos serviços, da indústria transformadora, da construção (que atingiu um novo mínimo da série em Maio) e dos consumidores.

Actividade industrial Em relação à actividade industrial, salientase, em Abril, a variação homóloga de menos 1,6 por cento da produção industrial (1,9 por cento negativos em Março) e de oito por cento no volume de negócios (7,9 por cento em Março; variações nominais), com subidas de 16 por cento no mercado externo (13,7 por cento em

Março) e 3,2 por cento no doméstico (4,5 por cento em Março). As variações médias anuais situaram-se em 0,7 por cento no índice de produção e 9,7 por cento no volume de negócios (5,9 por cento no mercado nacional e 16,6 por cento no mercado externo); As novas encomendas industriais aumentaram 19,5 por cento no trimestre até Abril (22,5 por cento no trimestre até Março), em termos homólogos, com

Apesar da perda de dinamismo, a evolução positiva das encomendas sugere tendência de crescimento

variações de 12,4 por cento no mercado nacional (13,4 por cento) e 20,6 por cento no mercado externo (30,7 por cento). Apesar da perda de dinamismo, a evolução positiva das encomendas (sobretudo no mercado externo) sugere a continuação da tendência de crescimento da produção industrial, que deverá, assim, recuperar nos próximos meses. No índice de emprego, a variação homóloga em Abril foi de menos 0,9 por cento (menos 1 , 1


INFORMAÇÃO ECONÓMICA

por cento em Março), que compara com 0,4 por cento no índice de horas trabalhadas (3,5 por cento negativos em Março, valores com ajustamentos de calendário). Já o índice de remunerações aumentou 1,7 por cento (um por cento em Março). As variações médias anuais foram negativas em 1,8 por cento, 1,9 por cento e 0,6 por cento, respectivamente. Segundo estimativas do Eurostat, a taxa de desemprego portuguesa mantevese em 12,6 por cento no mês de Abril.

Inflação recua Em Maio, a taxa de inflação aferida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) recuou para 3,8 por cento (4,1 por cento em Abril, o valor mais elevado desde Novembro de 2002). Excluindo as componentes de energia e bens alimentares não transformados, a inflação homóloga foi de 2,5 por cento (2,6 por cento em Abril). A variação média anual do IPC situouse em 2,8 por cento (2,5 por cento em Abril). No mercado

monetário europeu, as taxas Euribor prosseguiram uma tendência ascendente em Maio (apesar de uma correcção em baixa no início do mês, em face da manutenção das taxas directoras do BCE), situando-se em máximos de dois anos de 1,425 por cento no prazo de três meses e

A taxa de inflação aferida pelo índice de preços no consumidor recuou em Maio para 3,8 por cento

valores de final de mês (1,385 por cento e 1.675 por cento no final de Abril). O movimento ascendente das taxas Euribor manteve-se em Junho (aumentando para 1,524 por cento nos três meses e 1,764 por cento nos seis meses, no dia 27), devido à perspectiva de subida das taxas directoras do BCE em Julho. O aumento das taxas Euribor fez-se sentir sobretudo nas maturidades mais curtas e intermédias, o que reduziu a inclinação da curva de rendimentos do mercado monetário.

de 1,707 por cento nos seis meses, em média mensal (1,321 por cento e 1,621 por cento em Abril, respectivamente), e em 1,433 por cento e 1,712 por cento em

27


INFORMAÇÃO JURÍDICA

Tribunal Arbitral da Madeira e do Mobiliário

Justiça mais célere sem necessidade de recorre AIMMP foi autorizada a criar um centro de arbitragem de âmbito nacional e de carácter especializado Tribunal Arbitral é um mecanismo de resolução extrajudicial de conflitos, consagrado no artigo 209.º da Constituição da República Portuguesa. A Arbitragem voluntária, prevista na Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto, é uma das formas alternativas de solucionar litígios sem recorrer aos tribunais judiciais. Os Centros de Arbitragem são entidades que, para além de prestarem

O

Arbitragem funciona ao abrigo de instituições idóneas, expressamente autorizadas

informações, disponibilizam aos cidadãos mediação e conciliação e, caso não se chegue a acordo por uma dessas vias, Arbitragem, sob a forma de Tribunal Arbitral. Os Centros de Arbitragem operam em função da sua competência territorial (área geográfica), em função da matéria (tipo de litígios que podem resolver) e, em regra, em função do valor (limite do valor dos litígios). Na Arbitragem, as partes, através de um acordo de vontades que se designa por convenção de arbitragem, submetem a decisão a árbitros por elas escolhidos, desde que o litígio não esteja exclusivamente atribuído a tribunal judicial ou a arbitragem necessária e não respeite a direitos indisponíveis.

Tribunal Arbitral da aimmp A aimmp - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal – foi autorizada, nos termos do Despacho do Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça n.º 1 007/2003, de 8 de Janeiro, a criar um centro de arbitragem de âmbito nacional e de carácter especializado, tendo por objecto a promoção da resolução por via arbitral de litígios entre

28

associados, entre associados e não associados ou entre não associados, relacionados com as seguintes matérias: a) contratos de compra e venda de madeira, de produtos, de derivados e de subprodutos de madeira e questões deles emergentes; b) contratos de empreitada e de subempreitadas de obras de carpintaria e questões com eles relacionadas; c) responsabilidade civil emergente da actividade das pessoas singulares e colectivas que intervêm na actividade das indústrias de madeira; d) contratos com fornecedores de produtos conexos com a actividade da indústria de madeira.

Alternativa à justiça tradicional O Centro de Arbitragem das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, iniciou a sua actividade no ano de 2003. Hoje, a arbitragem institucionalizada, é, efectivamente, uma alternativa à Justiça administrada pelos Tribunais Judiciais, com vantagens significativos: Célere: após a constituição do tribunal, a decisão deve ser proferida no prazo máximo de dois meses, salvo autorização expressa das partes que prorrogue o referido prazo; Eficaz: porque dependendo a via arbitral da vontade das partes há uma maior predisposição para aceitar as decisões proferidas. Emite decisões exequíveis: as decisões proferidas pelos tribunais arbitrais têm a mesma força vinculativa que as decisões dos tribunais judiciais de 1ª instância e podem ser executadas quando não cumpridas pelas partes; Profere decisões seguras: as decisões do Tribunal Arbitral são ancoradas, sempre que necessário, em peritagens ou pareceres técnicos independentes e podem ser objecto de recurso; Competência: melhor preparação e aptidão dos árbitros para a resolução dos litígios no âmbito da competência específica do Tribunal Arbitral, escolhidos de acordo com critérios de competência e experiência profissional no sector em questão, oferecendo garantias de uma justiça certa e digna; Sigiloso: as sessões promovidas pelo tribunal não são públicas. As decisões

OPÇÃO. Centros de Arbitragem têm vantagens significativas comp

não são publicadas, nem a identidade das partes envolvidas nos processos, excepto com o consentimento manifesto das mesmas; Custos: garante menor onerosidade dos litígios; Voluntário: depende da expressa vontade das partes, manifestada por escrito. São as partes que escolhem se pretendem um tribunal singular (constituído por um árbitro) ou colectivo


INFORMAÇÃO JURÍDICA

er aos tribunais judiciais

parativamente aos tribunais comuns

(constituído por três árbitros) e podem nomear árbitros; Acumulação: permite acumular processos, o que permitirá a obtenção de sentenças em tempo útil;

Vantagem da arbitragem institucionalizada Por outro lado, a arbitragem institucionalizada relativamente à denominada arbitragem “ad hoc” tem as vantagens

de funcionar ao abrigo de uma instituição idónea, expressamente autorizada para o efeito, de dispor de sólidos e testados regulamentos, bem como de uma lista de árbitros de enorme qualidade. Uma palavra, ainda, para referir que a mediação e conciliação – mais leve, mais informal, mais económica e ainda mais rápida – é, também, um meio a ter cada vez mais em conta no mundo dos meios alternativos de resolução de litígios. E

também esta é disponibilizada pelo Centro de Arbitragem das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal. Para solicitar o envio de informações complementares (Regulamentação Legal, em Portugal; Estatutos do Centro de Arbitragem Comercial da Aimmp; Regulamentos, do Tribunal Arbitral, de Custas e Preparos e a sua lista de árbitros) enviar um e-mail ao cuidado do Departamento Jurídico da aimmp, para aimmp@aimmp.pt.

29


EMPRESA DO MÊS

Distribuição

Tecniwood abre novo pólo em Paços de Ferreira Novo espaço dedicado à distribuição de folha de madeira permitirá atingir volume de negócios de 1,3 milhões de euros

O

Grupo Tecniwood vai expandir a sua actividade a Paços de Ferreira marcando assim presença na Capital do Móvel com um novo pólo de distribuição. A empresa de madeiras e derivados pretende desta forma reforçar o negócio da distribuição e consolidar a qualidade e rapidez do serviço prestado em mercados com grande potencial. Com este novo espaço, que se dedicará exclusivamente à distribuição de folha de madeira, a Tecniwood prevê atingir um volume de negócios de 1,3 milhões de euros. Estar perto do maior centro de negócios de mobiliário de Portugal e da Galiza, onde se centraliza o escoamento

Grupo está presente no mercado há mais de 25 anos e tem mantido uma evolução consolidada

de grande parte da produção nacional de móveis, foi o principal objectivo da Tecniwood. “A estratégia é estar próximo das empresas de mobiliário que estão concentrados em Paços de

Aposta na folha de madeira resulta da procura constante de soluções adequadas ao século XXI

Ferreira e que são os principais clientes de folha de madeira”, explica Pedro Machado, responsável de negócio da folha de madeira. O novo pólo de distribuição, com 650 metros quadrados, enquadra-se também na estratégia da empresa em afirmar-se como player de referência nacional na área da distribuição de

30

madeiras e derivados. “A Tecniwood quer marcar a diferença, mostrando de imediato que é um parceiro e não apenas um distribuidor”, conclui Pedro Machado. Em 2009, a Tecniwood quis diversificar o seu portfólio e apostou na folha de madeira que representa 10 por cento do negócio do Grupo. A aposta na folha de madeira resulta da procura constante de soluções diferenciadas e adequadas ao século XXI para os sectores do mobiliário, carpintaria, construção, arquitectura e decoração. A folha de madeira tem vindo a apresentar-se como uma alternativa à madeira maciça pelas vantagens ecológicas, estéticas e económicas que apresenta. Este material pode ser aplicado em várias situações, nomeadamente no fabrico de mobiliário e portas, na carpintaria e no revestimento de placas. Considerado um produto nobre e 100 por cento natural, a folha de madeira permite a apresentação de novas soluções decorativas, valorizando e distinguindo qualquer obra onde seja aplicada. Desde folha de madeira natural até à folha de madeira pré-composta, mais resistente e uniforme, em Carvalho, Castanho, Ébano, Wengué e Pau Rosa, a Tecniwood oferece uma vasta gama de soluções. O Grupo Tecniwood-Madeicávado está presente no mercado há mais de 25 anos e tem mantido uma evolução consolidada ao longo do tempo. A empresa, distinguida como PME Líder pelo IAPMEI, tem 80 colaboradores, uma carteira de mais de seis mil clientes e instalações em Braga, Leiria e Lisboa. Em 2010, a Tecniwood registou um volume de negócios de 28,4 milhões de euros.

Contactos: Rua Rota dos Móveis, N.º95 4580-755 Lordelo Tel.: 707 202 028 Fax: 707 202 029 E-Mail: info@tecniwood.pt


CALENDÁRIO DE ACÇÕES

ACÇÃO

PAÍS

DATA

SECTOR DE ACTIVIDADE

DOMOTEX www.domotex.de

Alemanha

15 a 18 de Janeiro

Materiais de Construção e Decoração de Interiores

Interiors EAU - Abu Dhabi www.interiorsuae.com

EAU

9 a 11 de Maio

Mobiliário, Decoração e Design

ISaloni Milão www.cosmit.it

Itália

12 a 17 de Abril

Mobiliário, Decoração e Design

Mostra de Design na Zona Tortona

Itália

12 a 17 de Abril

Design para a Fileira Casa

ICFF – International Contemporary Furniture Fair www.icff.com

EUA

14 a 17 de Maio

Mobiliário, Decoração e Design

Missão empresarial

Brasil

Maio

Todos

ExportHome Angola

Angola

Junho

Mobiliário e Decoração de Interiores

Missão empresarial

Venezuela

Junho

Todos

FIC – Feira Internacional de Cabo Verde

Cabo Verde

Agosto

Todos

Decorex

Reino Unido

Setembro

Mobiliário e Decoração de Interiores

Made Expo

Itália

6 a 13 de Outubro

Materiais de Construção

Constrói Angola

Angola

Outubro

Materiais de Construção e Decoração

Batimat Paris

França

7 a 12 de Novembro

Materiais de Construção

Zow Moscow

Rússia

21 a 25 de Novembro

Mobiliário, Decoração e Design

Indoor Expo

Líbia

Junho

Mobiliário

Mostra de Mobiliário - São Paulo

Brasil

6 de Agosto

Mobiliário

Mostra de Mobiliário - Buenos Aires

Argentina

10 de Outubro

Mobiliário

Mostra de Mobiliário - Miami

EUA

28 de Novembro

Mobiliário

Programa de acções integradas e sucessivas tendo em vista apoiar as empresas do sector nos seus processos de internacionalização. Missões empresariais, participação em feiras e organização de mostras nos principais mercados internacionais são algumas das acções previstas para garantir às empresas uma boa preparação para a entrada em novos mercados e o incremento das exportações de forma sustentada.

A Associative Design nasceu no início de 2009, fruto de um projecto desenvolvido pela aimmp, tendo como principal objectivo promover uma rede de cooperação entre as empresas da fileira casa, dando um novo posicionamento aos produtos portugueses. Na prática, é sob a chancela da marca, que são organizadas participações em feiras e mostras internacionais do sector.

31


Satisfação A satisfação dos Colaboradores é uma das nossas obsessões. Acreditamos que pessoas felizes constroem organizações vencedoras.

Soluções Globais.

www.chconsulting.pt

Melhor Empresa Portuguesa Melhor Consultora Melhor PME Melhor Comunicação Interna 3º Lugar no Ranking Geral

PORTO – COIMBRA – LISBOA – QUARTEIRA


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.