Recriação de Textos da Tradição Oral

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Recriação de textos Da Tradição oral

EB D. José I Ano letivo 2021/2022 5.ºE

O presente livro contém textos originais realizados pelos alunos da turma E do 5.º ano, no âmbito do Projeto “Somar Palavras, Criar Sonhos”, desenvolvido em parceria com a Biblioteca Escolar.

As ilustrações também são da autoria dos alunos.

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Índice Textos da Tradição Oral recriados A lebre e a tartaruga…………………………….…………. 4 Os dois porquinhos e a ursa………..…………………...... 6 O capuchinho vermelho e os três porquinhos…….…...... 8 O capuchinho azul…………………………..……….…......10 O leão Nebr…………….………………………………....... 12 A raposa, a cegonha e a cobra……………………..…......14 A carochinha que queria casar….....................................16 Os três porquinhos e o lobo ..………………………………18 O lobo e os sete cabritinhos …………………………….….20 A corrida ………………………………………………………21 A carochinha às três pancadas……………………….….…22 A noiva formosa ................................................................23 O lobo mau ........................................................................24 3

A lebre e a tartaruga

Um dia, um grupo de amigos foi desafiado a correr contra a lebre. O veado perdeu, o esquilo também, todos perderam até que chegou a vez da tartaruga, que, confiante, aceitou porque viu que a lebre era arrogante e queria dar-lhe uma lição.

A corrida começou, a lebre desapareceu para lá da colina, enquanto a tartaruga dava os seus primeiros passos. O público começou a ir embora, pois sabiam que a lebre ia ganhar.

Para lá da colina, a lebre sentiu fome e foi a casa comer as cenouras que tinha na mesa, pois pensava que demoraria muito para a tartaruga chegar até à meta.

Confiante, a tartaruga continuou sempre no mesmo passo, devagar e devagar, até que um vendaval a leva com força a rebolar pela encosta.

Em casa, a lebre sentiu o vento e voltou apressada para a corrida, onde a tartaruga já está muito perto da meta, deu o seu melhor salto, mas foi tarde demais, porque a tartaruga já havia ganho a corrida. Triste consigo própria, mas não querendo dar-se por vencida, a lebre chamou uma amiga gaivota, que concorreu novamente contra a tartaruga e ganhou.

- Lenta, lenta! Ah, ah, ah! – Gritou a lebre.

Todos os animais foram embora ao ver a arrogância da lebre. Sentindo-se sozinha, a lebre refletiu e encontrou-se com eles no dia seguinte para pedir desculpas e admitir os seus erros. Os animais perdoaram a lebre e ela nunca mais voltou a gozar com nenhum deles.

AfonsoRamos

AfonsoRamos

Os dois porquinhos e a ursa

Nota do autor: Entenda-se o “eu” como sendo a pessoa que está a ler.

- E uma vez – comecei eu.

- Claro não pode ser duas! – disse o Algiro - Ok, já sei, chega de brincadeiras...

- Dois porquinhos – continuei eu.

- Mas não eram três? – perguntou o Algiro.

- Ouve a história criatura de Deus! – exclamei eu zangado(a). - E uma ursa. O irmão mais velho era cantor e chamava-se Porquibiber. O do meio era históriatuber e chamava-se Porcowonte. E a irmã mais nova não trabalha e passa o dia a ver UrsaFlix, chama-se Wendy. – disse eu.

- Tá estranho, mas continua. – comentou o Algiro. - Cada um tinha uma casa diferente, as três de tijolo. Certo dia a Wendy estava vendo um filme chamado Sonic, a personagem principal tem um poder, ele é super veloz, a certa altura ocorreu um erro no sistema e o Sonic saiu da TV e correu para fora da casa. – expliquei eu.

- Ele queria brincar, então correu em volta das casas, causando um tornado e fazendo as casas voar. Os três irmãos tentaram travar o Sonic. O Porquibiber começou a cantar uma música: “SÓ, SÓ, SÓ, NIC, NIC, NIC, por favor para o tornado.” – cantei eu. - O Históriatuber gravou um vídeo para distrair o Sonic e a Wendy pediu-lhe um autógrafo. – falei eu.

- Já está a demorar muito – reclamou o Algiro.

- Calma. – pedi eu – E foi assim que pararam o Sonic e viveram felizes para sempre. FIM!!! – disse eu. 

AlgiroXavier

O capuchinho vermelho e os três porquinhos

Era uma vez um capuchinho vermelho que ia para casa da avó levar comida porque a avó estava doente, então ela foi. Quando ela consultou o mapa para ver o caminho ela viu que havia um caminho longo e um curto. Ela ia pelo caminho longo quando ouviu uma música e a letra da música era:

- Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau. Então ela foi atrás da música e encontrou três porquinhos e eles disseram:

- Rápido, o lobo vem aí!

Então ela foi com um deles, e o porco construiu uma casa de palha e se esconderam, o segundo porquinho construiu uma de madeira e o terceiro porquinho construiu uma de tijolo. O lobo foi à casa de palha e disse:

- Vou soprar e a casa vai abaixo! Ah! Ah! Ah!

Ele soprou e soprou e a casa foi abaixo. O capuchinho e o porco correram para a casa de madeira e o lobo foi atrás e disse a mesma coisa. Ele soprou duas vezes e a casa foi abaixo. Foram os três correndo para a casa de tijolo e o lobo foi atrás e soprou duas vezes e a casa não foi abaixo, então o lobo desistiu.

Quando viram que o lobo ia embora, eles saíram e foram para a casa da avozinha. Deram-lhe a comida e o xarope e ela melhorou logo. Como a casa da avó estava toda estragada, o terceiro porquinho disse:

- Eu vou dar-vos a casa. Eu fiz para vocês. Elas agradeceram muito e viveram felizes para sempre.

AméricoGuerreiro

A Capuchinho Azul

Era uma vez uma linda menina chamada Capuchinho Azul.

- Capuchinho, vai a casa da tua avó levar um bolo. – Pediu o pai David.

- Mas tenho mesmo de ir? – Perguntou a Capuchinho.

- Sim. Agora, minha pequena. - Repetiu o pai.

- Ok, estou indo. – Disse a Capuchinho.

- Mas vai pela floresta e não fales com estranhos. – Alertou o pai David.

- Ok. – Respondeu a Capuchinho.

- Pela floresta fora, eu vou bem sozinha, vou levar o bolo à minha avozinha.

- Olá, menininha! – Cumprimentou o lobo.

- O-olá. – Diz a Capuchinho com medo.

- Vamos ser amigos? – Propôs o lobo.

- Pode ser. – Concordou a Capuchinho.

E eles vão juntos para casa da avó do Capuchinho.

E vivem felizes para sempre.

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BeatrizSantos

BeatrizSantos

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O leão Nebr

No mês de verão, na savana, estava muito calor. Como não chovia, as ervas não ficavam tenras e os animais emigravam para outras terras. O leão Nebr disse ao filho: - Vais dizer a toda a gente que eu morri, para virem ao meu funeral e assim podemos apanhá-los e comê-los. No dia seguinte estava uma fila de animais à porta da gruta, mas o filho disse: - Ides entrar um grupo agora e outro à tarde. O primeiro grupo foi comido pelo leão Nebr e o seu filho.

A seguir veio a gazela, a zebra e o porco-espinho. A gazela e a zebra disseram ao porco-espinho para entrar primeiro e espetar um espinho no leão e depois viam a reação dele.

O porco-espinho entrou na gruta e espetou um espinho no rei e depois outro com mais força, a este o leão reagiu com um rugido.

A gazela, a zebra e o porco espinho começaram a fugir do rei mas, por entre os arbustos, apareceu o irmão do leão. Os dois começaram a lutar e o irmão do Nebr ganhou e ficou como rei.

O novo rei deixou todos os animais irem beber água ao rio e comer as ervas tenras ao pé da sua caverna e viveram felizes para sempre.

(Recriação do conto tradicional de Angola

“O leopardo Nebr”)
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DanielSabino
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DanielSabino

A raposa, a cegonha e a cobra

Um dia, a cegonha e a cobra chegam, depois de uma longa viagem, e encontram a raposa perto da sua casa que disse:

- Ei, vocês parecem exaustas, venham comer uma sopinha de espinafres para dar energia, em minha casa.

A Cegonha logo aceitou mas a cobra discordou dizendo:

- É melhor não…

- Porquê?

- Eu ouvi dizer que a raposa está a raptar animais para fazer experiências científicas.

Logo a seguir concordaram em não ir lá comer. Chegando à rua onde as duas moravam a cobra disse-lhe:

- Às nove da noite na praça…

Ela acenou com a cabeça que sim.

E lá se encontraram na praça e a cegonha disse:

- Porque querias que nos encontrássemos aqui?

- Para nós provarmos à polícia Guaxinim que ela está a cometer crimes. Deixa-me subir nas tuas costas e voa para a casa da raposa no Grande Planalto. - Ok.

- Chegando lá elas viram tudo! Poções a ser feitas e animais amarrados com cordas, que logo lhes interessou, dizendo a cegonha:

- Nós saltamos para cima dela e ligamos à polícia. Um , dois, TRÊS!

E lá foram, foi uma grande pancadaria mas as duas conseguiram nocautear a raposa e ligaram à polícia.

Moral da história: O bem sempre vence. GuilhermeRosa

GuilhermeRosa

A Carochinha que queria casar

Era uma vez uma carochinha que estava a limpar a casa e depois ficou muito cansada, então decidiu parar um pouco e sentiu uma coisa tocar-lhe no pé e viu que era um rato. Ela se assustou e foi apanhar uma vassoura para o pôr fora de casa, quando viu que o rato se escondeu debaixo do sofá e foi lá e em vez de aparecer o rato, ela com a vassoura puxou uma moeda e essa moeda era muito antiga e estava cheia de pó. Ela ficou contente, então pôs a moeda no armário para mostrar às visitas. Foi um amigo lá a casa que reparou na moeda e disse à carochinha que aquela moeda valia muito dinheiro. No dia seguinte, pensou que ia ganhar muito dinheiro, pôs a moeda à venda e um colecionador disse-lhe que a moeda valia mais de 1000 euros porque foi a primeira moeda no mundo. Então veio outro colecionador e disse: -Eu compro essa moeda por 2022 euros. Carochinha pensou e aceitou, depois foi para casa saltando de contente. Comprou muita comida e viu umas alianças e decidiu pagar porque queria casar. Meteu-se à janela e gritou: - Quem quer casar com a Carochinha? Primeiro veio um porco muito elegante e divertido, só que a Carochinha não gostou dele, porque ele era muito porco. Depois do porco veio um cavalo, mas ela não gostou logo dele porque cheirava mal e estava todo sujo de lama. Depois veio um cão e ela gostou dele. Ele era bonito, tomava sempre banho, só que a Carochinha desgostou dele porque comia com as patas e limpava-se com a língua. Então depois veio um carocho. Ela adorou! Ele era bonito, era limpinho e lavava as mãos muito bem.

A Carochinha casou com ele e eles viveram muito felizes os dois, adoravam o seu casamento, viveram muito tempo juntos e tiveram dois filhos, uma menina e um menino, cresceram e ficaram umas ótimas pessoas.

HenriqueHendrickson

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Os três porquinhos e o lobo

Era uma vez três porquinhos que viviam muito felizes, faziam jogos, tocavam flauta, faziam instrumentos.

Um dia o mais velho dos porquinhos disse:

- Brinquem, mas um dia vai haver uma desgraça!!

A mãe ouviu e disse:

- Não assustes os teus irmãos, deixa-os brincar e ajuda-me a fazer as tarefas de casa.

Zangado, foi ajudar a mãe. Depois de uns dias, a mãe foi às compras ao mercado.

- Já volto filhos. Tu como és o maior, ficas a cuidar dos teus irmãos.

- Está bem, mãe. - respondeu o irmão mais velho.

Algum tempo depois, quando chegou a mãe, viram que ela estava ferida.

- Olá filhos!!

- Que te aconteceu, mãe ??

- O lobo mordeu-me, mas estou bem. Trago-vos comida, se calhar já não volto mais...

- Não, mãe !!!!

- Não te vás embora!! – pediram, chorando, os três irmãos. Disse o mais velho:

- Irmãos, não faz mal, eu vou cuidar de vocês como se fossem os meus filhos.

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Um dia, os três porquinhos foram passear, com medo, mas foram. Detrás de um arbusto havia uma coisa a mexer.

- Quem és? Não tenho medo!! - Disse o irmão mais velho.

Dos arbustos saiu um touro. Todos suspiraram de alívio porque era um velho amigo de sua mãe. Um dia os três porquinhos construíram três casas, uma para cada um.

O mesmo lobo que tinha atacado a sua mãe voltou e queria atacar os três porquinhos, mas o touro chegou e viu o que estava a acontecer e, zangado com o lobo, foi diretamente a ele e começaram a lutar. O touro ganhou, mas tinha muitas feridas e estava muito mal. Os três porquinhos agradeceram ao touro e ajudaramno. E viveram todos felizes!!!

KarenLozano

KarenLozano

O lobo e os sete cabritinhos

Era uma vez, num bosque, uma mãe cabra que vivia com os seus sete filhos numa pequena casinha. Um dia a mãe cabra teve que sair e teve que deixar os seus filhos sozinhos, mas antes de ir embora, ela disselhes para não abrirem a porta, pois os lobos andavam ali perto. Como os lobos estavam ali perto, ouviram tudo e estavam cheios de fome. Quando a mãe saiu eles aproveitaram e como estavam cheios de fome por que não comer um cabritinho, pensaram eles. Então foram a casa onde estavam os cabritinhos e fingiram ser a mãe, mas o plano não resultou. Sem querer deixaram a porta aberta e desta vez vieram todos os animais (leões, javalis...) Entraram todos.

Os cabritinhos não tiveram outra opção se não fugir. Quando a mãe voltou para casa estava tudo de pernas para o ar, mas nem sinal de nenhum cabritinho.

-Onde é que eles estarão?

A mãe começou a ouvir uma voz baixinha que era do cabritinho mais novo escondido. A mãe perguntou:

-O que se passou? Onde estão os teus irmãos?

-Eles fugiram para perto do rio.

-Temos de ir ter com eles, anda. Então eles foram ter como os outros cabritinhos ao lago. Quando chegaram a mãe perguntou:

-Ainda bem que estão todos bem. Vamos voltar para casa. Temos de arrumar tudo. E viveram felizes para sempre.

LaraGonçalves

A corrida

Era uma vez uma lebre muito competitiva, mas que não gostava de perder, então foi à cidade ver se encontrava alguém para fazer uma corrida. No caminho encontrou o caracol barulhento.

- Olá caracol barulhento! – exclamou a lebre, animada.

- Olá!!!! – Gritou o caracol.

Então, a lebre pensou em convidá-lo, pois ela sabia que se fizessem uma corrida entre os dois, ela ganhava.

- Gostarias de fazer uma corrida comigo? – Perguntou a lebre.

- Gostaria muito!!! – Gritou o caracol, novamente.

O caracol, como gostava muito de dizer tudo às outras pessoas, começou a andar em direção à cidade. Quando chegou ao centro da cidade, gritou:

- Amigos!!! – A lebre irá fazer uma corrida comigo hoje à tarde!!!

Então, todos vieram ao centro da cidade para poderem participar também. A lebre, quando ouviu aquela gritaria, voltou à cidade, mas já era tarde de mais. O caracol estava a inscrever outros animais para a corrida.

A lebre olhou para a fila e só viu três animais, ainda para mais ela achava-os lentos, mas quando piscou os olhos apareceram os animais considerados os mais rápidos da cidade. A lebre ficou sobressaltada, mas já tinha organizado tudo, então continua a pensar que ia ganhar.

Quando a lebre lembrou-se que tinha escolhido um caminho longo entrou em pânico, pois agora precisava correr mais rápido, ela pensou e repensou e pensou outra vez até que teve a ideia de dizer que estava doente.

Então foi contar aos outros animais, eles acreditaram e cancelaram a corrida.

LauraGonçalves

A carochinha às três pancadas

Num belo dia, a carochinha estava a varrer e encontrou uma moeda e foi logo comprar um laço vermelho.

Pôs-se logo à janela a cantar “Quem quer, quem quer casar com a carochinha”. O primeiro foi o cão e ela disse: “Que barulho farias à noite?” e ele disse “of of of of…”. Assim a carochinha não conseguiria dormir e continuou a dizer: “Quem quer, quem quer casar com a carochinha?”

O seguinte foi o gato e ela disse “Que barulho farias à noite?”. Ele respondeu “miau, miau, miau”. Assim a carochinha não iria conseguir dormir. A seguir foi a formiga e a carochinha perguntou “Que barulho farias?”, ao que a formiga responde: “Nenhum, mas quando fosses varrer, podias varrer-me também.” E então a carochinha voltou a cantar “Quem quer, quem quer casar com a carochinha?”.

O seguinte foi o rato e ela disse “Que barulho farias tu?” e o rato respondeu “Nenhum, mas teria medo de ti”. E então a carochinha continuou a cantar: “quem quer, quem quer casar com a carochinha” e apareceu o coelhinho. E a carochinha disse “Tu és perfeito!” E assim casaram-se, mas ele teve medo do escuro e a carochinha disse-lhe “Não tens de ter medo, eu dou-te a mão.”

E assim ficaram felizes!

MatildeLopesAmaro

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A noiva formosa

Há muito tempo um velho tinha dois filhos muito competitivos e um dia o velho fez um desafio aos dois filhos.

- Se algum de vocês encontrar a princesa mais bela, ficará com o reino –afirmou o velho.

Então, muito longe do reino, um dos filhos encontrou um reino e o outro um palácio que parecia muito pobre, mesmo assim ele decidiu entrar para ver o que havia lá dentro. No reino, o irmão encontrou uma linda princesa, ele tinha a certeza que era ela, então, muito envergonhado, foi ao lado dela e disse:

- Olá, tu és a princesa deste reino lindo? – perguntou ele.

- Sim, eu sou a princesa deste reino, porquê? – respondeu a princesa. No palácio onde o outro irmão estava, não havia ninguém, até que o rei daquele palácio aparece e diz:

- Quem és tu? Sai agora do meu palácio! – ordenou o rei todo desengonçado.

- Eu queria perguntar-lhe se neste palácio existe uma princesa. – perguntou o irmão.

- Sim, é a minha filha linda. – respondeu o rei.

- Posso levá-la para o meu reino?

- Sim, desde que não lhe faças mal.

O rei entregou-lhe a filha, que afinal não era assim tão linda. No reino, o irmão dele vai casar com a princesa, até que, do nada, o irmão dele entra e diz:

- Parem esse casamento! Eu tenho a verdadeira princesa, essa é falsa. Quando ele diz isso a princesa feia transformou-se numa linda princesa, tão bonita que parecia uma flor. Depois de tudo isto acontecer a princesa falsa é presa, os irmãos voltam para o reino onde um deles torna-se rei e casa com a verdadeira princesa.

(Baseado no conto “A noiva formosa” de Teófilo Braga in “Contos Tradicionais do Povo Português”, Volume I)

RodrigodeDeus

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O lobo mau

Era uma vez uma rapariga muito triste que vivia com sua avó, a avó fazia de tudo para alegrar a menina, mas nada funcionava.

Um dia, um lobo apareceu e estava brincando lá fora. A avó finalmente tinha encontrado uma solução para a chapeuzinho.

A avó foi ter com a neta e disse:

- Chapeuzinho, finalmente sei como te alegrar, vai lá fora brincar com o lobo, vai fazer um amigo!

A chapeuzinho foi até lá fora e foi brincar com o lobo. Eles brincaram durante muito tempo e nesse tempo a avó estava fazendo comida para a sua netinha. Ela chamou a chapeuzinho e percebeu que não tinha ninguém por perto. Procurou, procurou e nada. No dia seguinte, ela viu o lobo e perguntou-lhe:

- Onde está a chapeuzinho?

O lobo repondeu:

- Eu comi ela, eu estava cheio de fome.

- A avó chorou muito e muito até não aguentar mais. E sem a avó perceber já estava dentro da barriga do lobo.

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AliceDuque

O Pinóquio da língua grande

Era uma vez um velhinho chamado Gepeto, ele fazia e vendia brinquedos de madeira, mas não era muito feliz, pois não tivera oportunidade de ter um filho, então ele era infeliz…

Certo dia, enquanto caminhava na mata, encontrou um tronco de madeira e surgiu a ideia de fazer um novo boneco, mas desta vez seria para ele, então Gepeto começou a trabalhar na madeira e, de repente, ouviu uma voz fininha a dizer…. -Ai, Ai! - Ele pensou que já estava a ficar maluco pois a idade não perdoa, mas ouviu-a outra vez: -Ai, Ai! - Gepeto ignorou e continuou… Mais tarde ele já tinha terminado o brinquedo e começou a limpar a sua loja tranquilamente, minutos depois ele olha para o brinquedo e começa a vê-lo dançar. Gepeto fica muito feliz e confuso ao ver o brinquedo a dançar…

Mas ele não podia continuar a chamá-lo ``brinquedo´´, então dá-lhe o nome de Pinóquio.

Gepeto queria ter uma relação normal entre pai e filho, ele tinha decidido que queria que Pinóquio começasse a ir à escola, deu-lhe dinheiro para ele ir fazer a sua matrícula e lá foi ele…. No caminho, Pinóquio avistou um circo, então, com a sua curiosidade, lá foi ele, mas para entrar teria que pagar e foi isso que ele fez. Pinóquio deu o seu dinheiro (o dinheiro que o pai lhe tinha dado e gastou-o) quando o dono do circo viu Pinóquio reparou que seria uma atração boa para chamar a atenção do público, então prendeu Pinóquio….

Ele chorava, mas de repente apareceu uma fada e o libertou. Ela alertou-o para nunca gastar o dinheiro em lugares desnecessários, então Pinóquio escutou-a e seguiu em frente com o dinheiro que a fada lhe deu. Ele seguiu cantando a sua música. -Lá lá lá lá lá

Enquanto andava na mata encontrou uma raposa e um lobo que tinham reparado no dinheiro que o menino levava e o enganaram e mais uma vez ele tinha ficado sem o dinheiro.

Novamente a fada apareceu e sabia que ele já não tinha o dinheiro consigo.

-Pinóquio não me mintas se não irás sofrer as consequências.

Ele decidiu mentir, mas como a fada lhe tinha dito, ela iria castigá-lo, então foi isso que ela fez, Pinóquio mentiu e de repente cresceu-lhe a língua, ficou tão grande que Pinóquio começou a chorar, aquela língua atrapalhava-o mas a fada não fez nada para ajudá-lo e desapareceu. Pinóquio continuou a andar, mas desta vez triste. Quando estava quase a chegar, ele deparou-se com o dono do circo, este empurrou-o para a água, mas Pinóquio ainda tinha uma carta na manga, então utilizou a sua língua gigante de um metro e puxou o dono do circo para a água também. O dono do circo foi para as profundezas do oceano e Pinóquio ficou lá em cima, ele ainda tinha muito a aprender, mas sabia que não era correto deixar o homenzinho lá em baixo. Então rapidamente, apressou-se a nadar e conseguiu enrolar o homem na sua língua. Quando finalmente saíram da água, Pinóquio com vergonha fez respiração boca a boca ao senhor do circo e salvou-lhe a vida. O dono do circo acordou e Pinóquio fingiu que não tinha acontecido nada… mas o dono do circo lembrava-se e agradeceu e cada um foi para seu lado.

Pinóquio não queria que o seu pai o visse com aquela língua, mas já sabia que ninguém poderia resolver o seu problema…PUHM apareceu a fada e lançou um feitiço para a sua língua voltar ao normal.

-BIPITI BOPITI PUU. Pinóquio agradeceu e voltou para casa e disse ao pai:

-Pai, hoje aprendi duas coisas muito importantes: primeira – nunca se deve mentir e segunda – não é porque uma pessoa tem rancor de mim que devo fazer o mesmo, devo ajudar em qualquer situação, porque num futuro próximo poderá acontecer a mesma coisa comigo e essa pessoa estará lá para me ajudar, espero eu...

DianaBrito DianaBrito

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