A Leitora Sonhadora- Somar Palavras, Criar Sonhos

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Ficha Técnica

Textos – Alunos da EB D. José I Ilustração – Pedro Seromenho, pintado por Projeto – Somar Palavras, Criar Sonhos Editor – Biblioteca Escolar Edição – Junho, 2022

A Leitora Sonhadora…

surgiu de uma ilustração de Pedro Seromenho e de um desafio.

A Leitora Sonhadora

Carolina saiu de casa a correr, a sua mãe tinha acabado de lhe ler uma história e ela estava ansiosa para ir brincar com o seu novo amigo.

Subiu para o seu trenó (que era uma caixa de cartão), desceu a colina, cumprimentou os amigos que estavam ali a brincar, subiu para o seu pequeno bote e remou até ao fim daquele lago e foi encontrar a sua amiga. ─

Olá, como estás Carolina? – perguntou a sua melhor amiga. ─

Bem, como sempre , a minha mamã leu-me uma história e vou agora ver se o personagem principal, o Pinóquio já está lá para brincar com ele. Respondeu Carolina. ─

Boa! Olha, ouvi dizer que esse tal de Pinóquio é um boneco de madeira. ─ Disse a amiga de Carolina, ao que foi respondida: ─ É verdade! Como é que sabes sempre tudo? ─ É segredo … ─ Disse a sua amiga.

Então Carolina correu para onde estavam os outros todos a brincar.

Brincaram até anoitecer, e divertiram-se muito, quando Carolina deu por si era hora de dormir.

─ Então como correu o teu dia? ─ Perguntou a mãe de Carolina.

─ Correu muito bem mamã! ─ Respondeu Carolina . A mãe riu-se.

És a minha leitora sonhadora! ─ Dizia ela todas as noites.

E esta era a vida de Carolina, todos os dias conhecia um personagem novo, brincava com ele até anoitecer, ia dormir e acordava para repetir mais um dia de pura imaginação.

Gabriel

Pensamentos na cabeça,

De sonhos todos eles, Digo alguma coisa Para ver se sou consciente.

De coisas tanto sonho E estas todas servem, Para todas as noites dormir decentemente.

Sonhos importantes, sonhos alegres De tudo há que saber, Para tudo perceberes.

Se de algo eu sei sonhar E não é para rimar É que de tudo na vida É importante relembrar.

Sonhos calmos, sonhos vagos Quando isto acontece Acordo, mas de olhos fechados. Acordo, mas de nada eu me lembro Não sei nada do que aconteceu Será que este sonho foi mesmo meu?

De olhos bem abertos, Tento ver à minha volta Tudo está escuro E por isso o sonho nunca acaba.

Daniela Cumbreras, 9ºD

A
Leitora Sonhadora

Era uma vez, uma leitora que gostava de ler todos os tipos de livros. Cada vez que lia um livro, ela sonhava sempre com a história do livro.

Um dia, começou a ler um livro sobre paisagens muito bonitas e, a meio do livro, adormeceu e começou a sonhar.

No seu sonho, havia uma pequena casa numa colina, rodeada de árvores, arbustos e livros voadores, como se fossem pássaros. Perto das colinas, numa paisagem maravilhosa, havia um pequeno lago com lindas flores à volta.

Quando acordou, ela ficou feliz por ter tido esse sonho, e decidiu acabar o livro, para poder ver outras paisagens igualmente interessantes.

Mas, aquando do segundo sonho, ela ficou surpreendida por sonhar com a mesma paisagem.

Desde esse dia, ela tinha sempre esse mesmo sonho agradável de que gostava muito, e desejava que ele se realizasse um dia.

Por este facto, decidiu pintar um quadro de si mesma com a imagem da bela paisagem dos seus sonhos na sua cabeça e pendurou-o na sua sala de estar, na esperança de um dia poder encontrar finalmente uma paisagem semelhante que a enchesse de felicidade.

A

Leitora Sonhadora

Lê tanto quanto sonha, Quando lê está dentro de um livro, Quando sonha, imagina-se uma cegonha. Sonha tanto que já não tem cabelo, Só uma nuvem de pensamento.

Na sua imaginação

Os livros são pássaros E as árvores do tamanho de cágados. Vivendo assim, tem um só coração.

O seu coração é de várias pessoas Que viveram vidas diferentes, Mas tinham uma coisa em comum, Sonhavam tanto que já não precisavam de um pente.

Gabriel
5.º D
Alexandre,

A Leitora Sonhadora

Um dia, uma rapariga oriunda da Serra da Estrela estava a caminhar pela sua terra, quando reparou na sua beleza e a sorte que tinha de lá viver.

Mas na paisagem algo não batia certo. Ela ficou intrigada. O que a incomodava era aquela estranha cauda, atrás da pedra podia estar qualquer coisa.

A Catarina como gostava muito de ler, começou a imaginar dragões de contos de fadas, esquilos raivosos e todo o tipo de animais perigosos. Mas, contudo, ela foi-se embora, para casa para perto dos seus pais e avós.

No dia seguinte, ela passou no mesmo sítio e a cauda já lá não estava, ela começou a ter medo.

E se fosse um dragão que cospe fogo?

Ou então um esquilo gigante com raiva?

Podia ser tudo. Mas ela foi para casa e contou aos pais. Eles pensaram que era brincadeira, então riram.

Quando pararam de rir o pai da Catarina disse-lhe que podia lá ir ver o que era.

No dia seguinte, ela aproximou-se da pedra e viu um caracol gigante a chorar. A Catarina perguntou-lhe o que se passava e ele respondeu que tinha uma deficiência que fazia com que ele nunca parasse de crescer.

Ao ouvir essas palavras, Catarina lembrou-se de um amigo que tinha que não conseguia crescer. Então, ela teve a brilhante ideia de ser cientista e arranjar uma forma de ajudar os seus amigos, afinal de contas a coisa mais importante de todas é a amizade.

Gabriel Dias Alexandre,

A Leitora Sonhadora

Joana lia livros de todos os tipos, desde romances e fantasias a ficção científica, imaginava as paisagens descritas e, quando mencionavam expressões faciais e corporais, involuntariamente, ela imitava. Enquanto lia, Joana não pensava em nada para além do livro, odiava quando interrompiam a sua leitura e, quando o acabava, dava asas à sua imaginação e ficava, durante horas, a criar na sua cabeça situações semelhantes às que lera. A pequena (grande) sonhadora queria que lhe acontecesse o mesmo que lia nos livros, queria que um dia tropeçasse e um rapaz a segurasse impedindo-a de cair no chão, que os seus olhares se cruzassem e que ambos se apaixonassem, que pensasse que nunca mais o ia ver até descobrir que, afinal, ele era da sua escola mas namorava e que, depois de muitos obstáculos, ficariam juntos.

Joana também queria viajar e conhecer os lugares que descreviam detalhadamente nos livros e que, na sua imaginação, eram lindos. Havia livros que a pequena leitora não conseguia acabar de ler porque eram muito aborrecidos, mas, depois, havia outros que ela não conseguia parar de ler, em que sentia que, se parasse, morreria. Ela preferia ler a sair de casa, pois sentia que o mundo dos livros era muito, mas muito melhor, que o mundo real.

A pequena leitora cresceu e realmente teve situações semelhantes às dos livros, mas continua a ler e a ter alguns sonhos.

Gabriel Manjua, 5.º D

A Leitora Sonhadora

Era uma vez uma menina chamada Ariana, que sempre foi muito indecisa em saber o que queria ser quando fosse grande. A Ariana queria ser: cantora, dançarina, professora de português, escritora …

Um dia, a Ariana foi convidada para representar a escola num concurso de leitura com os melhores de Portugal. Ela tinha participado numa competição, onde, se ganhasse, poderia representar a sua escola com os melhores do país.

Ao início, Ariana ficou muito feliz, mas depois passou uma semana a pensar que história (criada por ela) iria ler, pois teria de ser uma história muito criativa e desenvolvida. No último dia de semana, no sábado pensou que poderia escrever uma história sobre a Natureza, já que a Natureza era um assunto ao qual Ariana dava muita importância.

Duas semanas depois, ela foi de autocarro para Lisboa, para a competição, que a deixou muito nervosa. Quando chegou a vez dela, a menina apresentou-se aos júris e contou a sua história.

Alguns dias depois, recebeu a mensagem a dizer que a sua história era muito importante, pois explicava que a Natureza é bonita naturalmente. Pequenas casas de campo, lagos azuis-claros, grandes árvores que produziam ar puro e lindas montanhas. A sua história dizia que a Natureza não precisava de nenhum prédio, shopping nem loja de roupa para ser bonita. Mas a parte mais chamativa foi a sua leitura clara e suave. Ariana tinha uma leitura perfeita, os júris nunca tinham visto. Eles adoraram. Ariana foi sendo chamada para mais e mais e mais concursos. A partir deste dia, Ariana nunca mais teve dúvidas em saber o que seria quando fosse grande.

Maria

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