Escrever a SUL…
Cheiro a laranja, cheiro a maresia, uma brisa suave … e o impulso da escrita solta-se!
AMOR
Desculpa, meu amor Já não és aquela quem conheci Não sei como te perdi Mas não queria que isto acabasse assim
A mágoa, dentro de mim. É maior que o amor que Sinto por ti.
A distância não me completa, Afeta sempre, a nossa conversa Tenho saudades Do teu toque, do teu abraço do teu carinho e, principalmente de ti... Acabou assim.
(Turma CEF –poema coletivo)
Desculpa, Nem sempre fui a mais certa. As ações foram incorretas O Amor que sinto não muda, A sensação ficou nula Assim o teu beijo voa... Quero-te perdoar, por Simplesmente te amar. Quero-te tocar para Claramente demostrar O Amor que está no ar. Mafalda Brito Ana Reis Turma CEF
À distância tenho saudades Mas por vezes existem milagres Vou ao café beber uma sagres.
Rodrigo Dias CEF
A minha primeira e única vez dentro de um cacifo, foi durante uma prova de natação, em Vila Real de Santo António foi uma brincadeira durante o intervalo da prova. Nessa altura, eu tinha nove anos e o Yehor também.
A brincadeira consistia em ver quem cabia no cacifo, e eu coube, mas o Yehor, na brincadeira fechou o cacifo e aí eu pedi-lhe para o abrir, mas ele não conseguia. Ele foi rapidamente chamar o treinador, mas ele só acreditou quando viu que eu não voltava para o cais a fim de continuar a prova. Entretanto, eu tinha conseguido pôr a mão para fora para conseguir respirar. Quando o treinador lá chegou, já eu tinha a mão roxa e já lá estava, há pelo menos, dez minutos. O treinador não conseguia abrir a porta e disse-me para retirar a mão e pô-la para dentro e aí, ele conseguiu abrir o cacifo e eu pude respirar normalmente.
Logo a seguir, tive de nadar numa prova com a mão dormente, ficando em segundo lugar juntamente com outros três nadadores da minha equipa.
Esta experiência foi horrível, quase morri e não aconselho ninguém a pôrse dentro de um cacifo, mesmo que por brincadeira!
David Seabra,
9.º D
A minha professora mandou-nos fazer um texto (coisa que adoro!), de tema livre, mas com uma lista de palavras que, supostamente, podíamos alterar, porém, sem as tirarmos da ordem indicada. Palavras fáceis para se elaborar um texto simples, pequeno e com sentido… ora reparem: FURO – JUÍZO – MAÇANETA – PROBLEMA – MASSACRAR – RIR – BISPO, fáceis, portanto! Comecei a pensar, mas a minha cabeça deu um nó! Primeira palavra “Furo”, mas qual deles? De furar? De uma notícia? De água? De um pneu?... isto deu-me cabo do juízo, por isso, segurei na maçaneta para tocar bombo por um bocado e resolver o problema que me massacrava, deixandome sem qualquer vontade de rir, talvez mesmo só rezando ao Bispo por ajuda…
Rodrigo 9.º B
Sou escravo, mas não escravo porque não seja pago pelo meu trabalho ou porque não tenha liberdade para fazer o que quero.
Sou escravo do meu medo. Medo esse que me impede de descobrir, explorar e viajar pelo mundo fora. Medo esse que me impede de enfrentar o mundo fora deste apartamento e que me mantem dentro deste quarto imundo e abafado.
Basta colocar um pé no exterior e, imediatamente, desfaleço. Estou cansado de ser assim, e cansado de dormir sabendo que, no dia seguinte, não me vou levantar e ir ao trabalho como qualquer outra pessoa, não vou voltar do supermercado e descarregar o carro ao chegar a casa.
Sou desrespeitado e chamado "covarde" pelos outros. Cada dia que passa, o meu mundo fica mais descolorido, devido a este medo que não consigo desligar para finalmente poder descansar em paz.
Rodrigo B.
Luís Figo
Luís Figo, Luís Figo o fugitivo. Passou a vida a fugir. Até morto fugia, Pelo fogo do inferno corria, Mas ninguém sabia Do que ele tanto fugia.
Apenas eu, Apenas eu sabia do que ele corria. Fugia dos seus pecados e arrependimentos Ninguém ouvia os seus lamentos. Apenas eu, sempre eu.
Figo vivia atormentado, Então numa noite de lua cheia, Cometeu o seu último pecado.
Naquela noite morreu afogado, E no fogo do inferno, Figo, foi eternamente castigado.
Rodrigo B.
Marina. Era este o nome da rapariga com o qual sonhava todas as noites desde os 12 anos, sem nunca me aperceber da razão.
Desta vez, Marina estava deitada na cama, também ela a sonhar.
Era possível observá-la por completo, pois estava destapada.
Apresentava uma expressão grave e descontente, por causa dum sonho, suponho; tinha os pés totalmente desleixados e com aspecto deslavado e os cabelos, os seus longos e ruivos cabelos, caíam-lhe delicadamente pelo rosto. Como eu gostava de Marina, como ela me fazia falta...
Marina é realmente excepcional! Teimosa, desregrada, destemida, tenaz e desenrascada são apenas algumas palavras que a definem...
É uma total angústia que ela apenas exista na minha, doce e ingénua, imaginação.
Judite
Poesia Visual
Estes tipos de poesia Que difíceis que são. Não tenho nenhuma ideia Para a sua realização. Quero tentar ter ideias, Mas infelizmente não consigo. Por isso eu vou precisar De pensar contigo. Até que de repente Parei para pensar E acabei por me lembrar De uma grande ideia! A ideia que tive É a seguinte: Por que não escrever Sobre não saber Escrever esta poesia? Então esta poesia É sobre o que não sabia
Rodrigo 9.º B
Querida Mary
Boa noite Mary, vou contar-te tudo o que tenho pensado e feito no meu dia de hoje. Sabes, ando muito preocupada e cansada de estar sempre a ouvir falar do Covid, nem acredito que já passaram tantos meses. Mais de um ano de tristezas, inseguranças e, principalmente, medo. Medo de perder as pessoas que eu mais gosto e de quem preciso.
Contínuo em casa a assistir às aulas por computador, mas tenho saudades dos meus colegas, dos professores e de todo o ambiente da escola. Porém descobri uma forma de não ouvir tantas vezes falar sobre o Covid, queres que eu te diga, Mary? É muito fácil, basta apagar a televisão as horas do telejornal. Tem ajudado, mas o receio continua dentro de mim!
Sabes Mary, vou contar-te um segredo, eu tenho muitas saudades das minhas aulas de sevilhanas e da minha vida normal…
Hoje é sábado, acordei cedo para ir ao mercado fazer compras com a minha mãe, adorei sentir o cheiro do peixe e das verduras. Depois fui à padaria comprar pão. Seguidamente fui a casa da minha avó convidá-la para almoçar na minha casa, pois a minha mãe decidiu grelhar peixe e eu, na noite anterior, tinha preparado uma gelatina de mirtilos e queria que a minha avó a provasse. De tarde, fui caminhar um pouco com a minha mãe, quando cheguei a casa fui ver o meu email, pois tinha que enviar o meu trabalho de Espanhol e concluir o de Português. Estava a apetecer-me algo doce e foi quando me lembrei que tinha milho e fui fazer pipocas, estavam ótimas! E com isto tudo já estava na hora de jantar. Depois de jantar, vi alguns programas de televisão e fui deitar-me. E assim querido diário, passou mais um dia da minha vida, sempre com a esperança de que esta pandemia passe rapidamente, para que eu possa fazer as coisas que eu gosto e que não posso. Até outro dia diário Mary.
9.º B
Mariana Godinho
Era uma vez uma menina que morava num bosque encantado cheio de flores que ela adorava, mas o que a menina adorava mesmo eram os frutos. Quando ela comia ficava desligada do mundo. Descascava os frutos com os dentes. Até que uma vez, o vizinho disse - lhe que ela comia os frutos dele. A menina desmenti-o logo e disse que ele estava a ser desleal para com ela e ficaram zangados. Mais tarde, o vizinho foi pedir desculpas à menina, dizendo-lhe que fora um desrespeito para com ela. Ela aceitou as desculpas e preparou um almoço para ambos com os frutos que gostavam. Assim, tomaram-se mais próximos, percebendo que havia frutos suficientes para os dois.
Mariana Godinho
9B
Marina. Era este o nome da rapariga com o qual sonhava todas as noites desde os 12 anos, sem nunca me aperceber da razão.
Desta vez, Marina estava deitada na cama, também ela a sonhar.
Era possível observá-la por completo, pois estava destapada.
Apresentava uma expressão grave e descontente, por causa dum sonho, suponho; tinha os pés totalmente desleixados e com aspeto deslavado e os cabelos, os seus longos e ruivos cabelos, caíam-lhe delicadamente pelo rosto.
Como eu gostava de Marina, como ela me fazia falta...
Marina é realmente excecional! Teimosa, desregrada, destemida, tenaz e desenrascada são apenas algumas palavras que a definem...
É uma total angústia que ela apenas exista na minha, doce e ingénua, imaginação.
Judite
Era uma vez um rapaz chamado Anastácio, de 13 anos.
Certo dia Anastácio teve um furo no horário escolar: saía mais cedo. Uma vez que nada melhor tinha que fazer, decidiu ir para casa. No caminho para casa deparou-se com uma mulher, a Sr.ª Cremilde, que avisou Anastácio do seu mau presságio, dizendo que os espíritos estavam aborrecidos com ele. Inicialmente, Anastácio ficou assustado mas, como a Sr.ª Cremilde tinha fama de não ser boa do juízo, automaticamente se tranquilizou e prosseguiu o seu caminho.
Quando chegou à porta de casa, apercebeu-se que não tinha trazido as chaves. "Raios!", pensou. Rodou a maçaneta na esperança vã de que esta cedesse, mas isso não aconteceu. "Boa, agora tenho de esperar 2 horas até que a mãe venha resolver o problema".
Ao fim de 20 minutos, Anastácio estava impaciente, não podia esperar mais. "Mas que massacre!", pensou, "Será que a Sr.ª Cremilde tinha razão?" Não podia ser, só de pensar nessa possibilidade Anastácio desatou a rir.
Passaram mais 5 minutos... 10 minutos...
"Não posso permanecer mais tempo aqui!, decidiu-se então. "Se a Sr.ª Cremilde tinha razão não sei, mas o melhor é ir falar com o Sr. Bispo Almeida e perguntar-lhe a sua opinião.“
Judite
A minha primeira vez.
Hoje vim contar como foi a minha primeira vez numa viagem de avião. No início, eu achei que seria maravilhoso. Achei que iria ver pássaros a voar por cima das nuvens, ou seja, que estaria a ver o paraíso, mas a realidade foi completamente diferente do que eu imaginara...
Era primavera, e eu fui para o aeroporto com a minha família, juntamente com a minha melhor amiga. Quando entrei no avião pela primeira vez, achei que iria ser uma viagem tranquila. Sentei-me no lugar marcado e ouvi umas vozes de fundo. Mal olhei, vi uma senhora a usar língua gestual enquanto o senhor falava sobre os cuidados que devíamos ter durante a viagem. Por essa parte eu não esperava, eu achava que era sentar e que o avião deslocava logo em seguida. Continuando, o avião deslocou, e a minha mãe só dizia para eu mastigar a pastilha, para os ouvidos não entupirem, mas eles entupiram na mesma. Comecei a sentir-me enjoada, pois estava a passar uma senhora com um
Comecei a sentir-me enjoada, pois estava a passar uma senhora com um carrinho cheio de comida. Eu não achava que me fosse sentir assim, sem vontade de comer, enfim...
Gostei bastante de experiência, mas achei muito diferente daquilo que imaginara.
Gabriela
A minha primeira e única vez dentro de um cacifo, foi durante uma prova de natação, em Vila Real de Santo António. Foi uma brincadeira durante o intervalo da prova. Nessa altura, eu tinha nove anos e o Yehor também.
A brincadeira consistia em ver quem cabia no cacifo. Eu coube, mas o Yehor, na brincadeira fechou o cacifo. Pediu-lhe para abrir, mas ele não conseguia. Ele foi, rapidamente, chamar o treinador, mas este só acreditou, quando viu que eu não voltava para o cais, para continuar a prova. Entretanto, eu tinha conseguido pôr a mão de fora, para conseguir respirar. Quando o treinador lá chegou, já eu tinha a mão roxa e já lá estava há, pelo menos, dez minutos. O treinador não conseguia abrir a porta. Disseme para retirar a mão e pô-la para dentro. Foi então que ele conseguiu abrir o cacifo e eu pude respirar normalmente. Logo a seguir, tive de nadar numa prova com a mão dormente, ficando em segundo lugar, juntamente, com outros três nadadores da minha equipa. Esta experiência foi horrível, quase morri e não aconselho ninguém a pôrse dentro de um cacifo, mesmo que for brincadeira!
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David Seabra
A minha professora mandou-nos fazer um texto (coisa que adoro!), de tema livre, mas com uma lista de palavras que, supostamente, podíamos alterar, porém, sem as tirarmos da ordem indicada. Palavras fáceis para se elaborar um texto simples, pequeno e com sentido… ora reparem: FURO –
JUÍZO
–
MAÇANETA – PROBLEMA – MASSACRAR
– RIR –
BISPO,
fáceis, portanto! Comecei a pensar, mas a minha cabeça deu um nó! Primeira palavra “Furo”, mas qual deles? De furar? De uma notícia? De água? De um pneu?... isto deu-me cabo do juízo, por isso, segurei na maçaneta para tocar bombo por um bocado e resolver o problema que me massacrava, deixando-me sem qualquer vontade de rir. Talvez mesmo só rezando ao Bispo por ajuda…
Sou escravo! Mas não, porque não seja pago pelo meu trabalho ou porque não tenha liberdade para fazer o que quero.
Sou escravo do meu medo. Medo, esse que me impede de descobrir, explorar e viajar pelo mundo fora. Medo, que me impede de enfrentar o mundo lá fora deste apartamento e que me mantem dentro deste quarto imundo e abafado.
Basta colocar um pé no exterior e, imediatamente, desfaleço. Estou cansado de ser assim. Cansado de dormir, sabendo que, no dia seguinte, não me vou levantar e ir ao trabalho, como qualquer outra pessoa. Não vou voltar do supermercado e descarregar o carro ao chegar a casa. Sou desrespeitado e chamado de "covarde" pelos outros.
Cada dia que passa, o meu mundo fica mais descolorido, devido a este medo que não consigo desligar para, finalmente, poder descansar em paz.
Rodrigo B
Joana lia livros de todos os tipos, desde romances e fantasias a ficção científica, imaginava as paisagens descritas e, quando mencionavam expressões faciais e corporais, involuntariamente, ela imitava.
Enquanto lia, Joana não pensava em nada para além do livro, odiava quando interrompiam a sua leitura e, quando o acabava, dava asas à sua imaginação e ficava, durante horas, a criar na sua cabeça situações semelhantes às que lera. A pequena (grande) sonhadora queria que lhe acontecesse o mesmo que lia nos livros, queria que um dia tropeçasse e um rapaz a segurasse impedindo-a de cair no chão, que os seus olhares se cruzassem e que ambos se apaixonassem, que pensasse que nunca mais o ia ver até descobrir que, afinal, ele era da sua escola mas namorava e que, depois de muitos obstáculos, ficariam juntos.
Joana também queria viajar e conhecer os lugares que descreviam detalhadamente nos livros e que, na sua imaginação, eram lindos. Havia livros que a pequena leitora não conseguia acabar de ler porque eram muito aborrecidos, mas, depois, havia outros que ela não conseguia parar de ler, em que sentia que, se parasse, morreria. Ela preferia ler a sair de casa, pois sentia que o mundo dos livros era muito, mas muito melhor, que o mundo real.
A pequena leitora cresceu e realmente teve situações semelhantes às dos livros, mas continua a ler e a ter alguns sonhos.
Ana Matilde Estêvão,
9.ºD