Guia do empreendedor 2015

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ADEI

AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL E INOVAÇÃO

Guia Prático do

Empreendedor


ID AD E IC BL PU 2

Guia do Empreendedor


Caro Empreendedor O processo de desenvolvimento de um negócio passa por várias fases, desde a ideia à consolidação e ao encerramento. Cada fase tem características próprias, trazendo desafios e oportunidades. A boa capacidade do empreendedor e do empresário em perceber e desenvolver as soluções adequadas ditam o sucesso do negócio. Este Guia pretende assessorá-lo no processo de criação da sua empresa e facultar-lhe informações atualizadas sobre o ambiente de negócios em Cabo Verde, bem como promover novos investimentos de empreendedores e investidores locais, da diáspora e de outros países. Pretende também fornecer algumas ferramentas para as micro, pequenas e médias empresas nascerem mais fortes e contribuírem para que a economia se estruture, cresça e consolide, criando riquezas e gerando emprego. A ADEI tem a satisfação de disponibilizar este instrumento de trabalho e de consulta, que aborda um conjunto de temas que, em nosso entender, são de especial interesse para todos os empreendedores. Disfrute e deixe as suas sugestões de melhoria. Frantz Tavares Presidente Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação

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ÍNDICE 1 O EMPREENDEDOR.....................................................................9 1.1 O que é o empreendedorismo.......................................................................10 1.2 Quem é o empreendedor.................................................................................11 1.3 Perfil do empreendedor..................................................................................12 1.4 Teste o seu perfil empreendedor...................................................................14 1.5 Aprende-se a ser empreendedor.................................................................14 1.6 Check-List.......................................................................................................16 2 A IDEIA....................................................................................19 2.1 Como surgem as ideias de negócio..............................................................20 2.2 Qual a diferença entre ideia e Oportunidade................................................21 2.3 Não tenho uma ideia, posso empreender?................................................21 2.4 Oportunidades de Negócio em Cabo Verde.................................................22 2.5 Como avaliar a minha ideia tem potencial de mercado..............................22 2.6 Construindo modelo de negócio..................................................................23 2.7 Proteção da ideia..........................................................................................27 2.8 Check-List. ................................................................................................... 30 3-PLANEAMENTO & PREPARAÇÃO...............................................33 3.1 Plano de Negócio.........................................................................................34 3.2 O que desejam ler os destinatários do PN.....................................................35 3.3 Como preparar a apresentação do seu projeto.........................................36 3.4 Fontes de informação económica...............................................................38 3.5. Check-List.................................................................................................... 40 4-ARRANQUE............................................................................45 4.1 Constituição da empresa.............................................................................46 4.1.1 As principais formas jurídicas..................................................................46 4.1.2 Registo da Empresa....................................................................................47 4.2 Regime Especial para as Micro e Pequenas Empresas..........................48 4.3 Licenciamento.............................................................................................49 4.4 Financiamento.............................................................................................51 4.4.1 Capital Próprio............................................................................................52 4.4.2 Capital Alheio..............................................................................................52 4.5 Incentivos ao Financiamento ....................................................................55 4.5.1 Linha de financiamento e apoio ao desenvolvimento do negócio ...........55 4.5.2 Fundo de Promoção do Emprego e da Formação ....................................55 4.5.3 Linha de Crédito do BCA ......................................................................... 56 4.5.4 Actividades Geradoras de Rendimento .................................................. 56 Guia do Empreendedor

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4.5.5 Linha de Crédito BADEA da Caixa ....................................................... 56 4.6 Contratação de trabalhadores................................................................... 57 4.7 Obrigações Fiscais e contabilísticas........................................................ 57 4.8 Benefícios fiscais........................................................................................ 58 4.9 Obrigações Sociais ................................................................................... 60 4.10 Check-List .................................................................................................. 61 5 APOIOS E INCENTIVOS..........................................................65 5.1. Instituições de Apoio ao Empreendedorismo.......................................... 66 5.1.1. ADEI............................................................................................................. 66 5.1.2. Outras Instituições.....................................................................................67 5.2 Mecanismos de Apoio ao Empreendedorismo........................................68 5.2.1 Programa CRIA .........................................................................................68 5.2.2 Gabinete do empreendedor .....................................................................68 5.2.3 Rede Nacional de Incubadoras (RENI) .....................................................69 5.2.4 Programa de Mentoria .........................................................................70 5.3. Eventos de Promoção do Empreendedorismo...........................................70 6. CRONOGRAMA DO PROCESSO EMPREENDEDOR.......................74 7. LEITURAS RECOMENDADAS....................................................76

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MAPA DO GUIA Para ajudar na leitura do Guia do Empreendedor, procedemos à ilustração da sua estrutura de forma a despertar no potencial empreendedor a capacidade de reflexão sobre as principais fases que influenciam a implementação de uma ideia de negócio ou de um projecto. Apresentamos o Guia dividido em cinco partes: 1) o empreendedor, 2) a ideia de negócio, 3) o Plano de Negócio e 4) o arranque, 5) apoios e incentivos. O Guia reúne um conjunto de informações de carácter geral, essenciais para quem pretende iniciar um negócio. Numa primeira parte é possível encontrar um enquadramento teórico do empreendedorismo e das competências necessárias para se tornar num empreendedor. A segunda parte faz uma abordagem sobre a concepção e validação da ideia, passando pela construção do modelo de negócio. Como elaborar e apresentar um plano de negócio e a protecção da ideia são alguns dos pontos que compõem a terceira parte do Guia do Empreendedor. Os últimos capítulos percorrem os caminhos que vão desde a constituição da empresa, passando pelo financiamento, pela contratação de trabalhadores e pelo fortalecimento através de sistemas de apoio e incentivos ao empreendedorismo (instituições, mecanismos e eventos de apoio). No final de cada capítulo, há uma check-list com o resumo de todos os pontos importantes a ter em consideração em cada fase do processo empreendedor e a indicação do tempo médio estimado para cada fase. Simultaneamente, o Guia pretende dar resposta às questões mais frequentes, através da disponibilização de ligações úteis para plataformas relevantes online e contactos de estruturas locais.

EMPREENDEDOR

IDEIA DE NEGÓCIO

PREPARAÇÃO & PLANEAMENTO

Perfil empreendedor Competências Cursos e Formações

Ideia de produto ou serviço inovador Identificando e avaliando a oportunidade Modelo de Negócio Canvas Protecção da ideia

Plano de Negócio Fontes de informação econômica Apresentação do projecto

ARRANQUE

APOIOS E INCENTIVOS

Constituição da empresa REMPE Contratação dos trabalhadores Financiamento Obrigações fiscais e sociais

Instituições de apoio Mecanismos de apoio Eventos de apoio

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Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Porquê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Porque não?” Bernard Shaw

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1. O EMPREENDEDOR Guia do Empreendedor

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Se pensa criar uma empresa é importante que tenha algumas informações gerais sobre a nova vida que decidiu abraçar. Assim, veja connosco alguns conceitos a seguir:

1.1 O que é empreendedorismo Tendenciosamente, associa-se o termo empreendedorismo à criação de novos negócios, geralmente as micro e pequenas empresas. No entanto, existem definições mais abrangentes que mostram que o empreendedorismo vai além do mero acto de abrir novas empresas. Entendese o empreendedorismo como processo dinâmico que visa: a identificação de uma oportunidade, o desenvolvimento de um conceito de negócio, a avaliação e aquisição dos recursos necessários, a implementação do conceito de negócio e a gestão e recolha de resultados que em conjunto levam à transformação de ideias em verdadeiras oportunidades. São três os factores que caracterizam o empreendedorismo: a inovação, ou seja, o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos novos, únicos ou significativamente melhorados que representem solução para problemas identificados no mercado; a assunção de risco, ou seja, uma determinação de prossecução de oportunidades com uma certa probabilidade de insucesso; e pró-ação (pró-atividade), ou seja, uma ênfase na persistência e criatividade em ultrapassar obstáculos até que o conceito de negócio esteja totalmente implementado.

Saiba mais em: http://www.adei.cv/index.php?option=com_content&view=article&id=53&Itemid=69

“AS PESSOAS PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS – AQUELAS QUE EMPREENDEM E AS OUTRAS QUE DEIXAM AS COISAS COMO ESTÃO. AS PRIMEIRAS FAZEM A GRANDE DIFERENÇA – O MUNDO SE TRANSFORMA E PROSPERA POR CAUSA DELAS.”

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1.2 Quem é o empreendedor? O empreendedor é uma pessoa capaz de perceber e interpretar necessidades e problemas e de encontrar soluções de forma criativa e responsável. Fillion define empreendedor como a pessoa que “imagina, desenvolve e realiza visões”. Ter visão, pensar “out of the box” (fora da caixa), quebrar paradigmas, assumir riscos são algumas das características que permitem ao empreendedor realizar coisas novas, ver o que ninguém vê, antecipar mudanças e transformar as ideias em realidade. As ideias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naquelas que conseguem efectivamente implementar as suas ideias - os empreendedores. A maioria das pessoas fica apenas na “boa ideia” e não passa para a acção. O empreendedor passa do pensamento à acção e têm atitude para fazer as coisas acontecerem.

Visionário é aquele que possui a rara habilidade de aliar a visão à competência. Ele não enxerga apenas o presente: enxerga também o futuro. É capaz de prever tendências e de antecipar mudanças, em vez de ser simplesmente atropelado por elas. (Steve Jobs)

/Ser empreendedor é: • Ter iniciativa de criar algo novo e de valor para si e para os clientes; • É despender do seu tempo e esforço para realizar o empreendimento e garantir o seu sucesso, recolher as recompensas sob a forma financeira, independência, reconhecimento social e realização pessoal. • Também é assumir os riscos de insucesso do empreendimento, quer sejam financeiros, sociais ou emocionais.

O empreendedor tem uma tenacidade incrível. Ele não desiste! É alguém que aprende com os erros e fracassos diante dos quais não se deixa abater. Enxerga os “fracassos” como oportunidades de aprendizagem e segue em frente. O empreendedor nunca se considera uma “vítima”. Ele não fica parado, reclamando das coisas e dos acontecimentos, muito pelo contrário ele age para modificar a realidade! Ser empreendedor é sobretudo uma atitude para explorar novas oportunidades, para assumir riscos de forma a transformar sonhos e ideias em verdadeiras oportunidades. Guia do Empreendedor

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1.3 Perfil do empreendedor Não existem dois empreendedores iguais, mas sim, características que aparecem de forma consistente na maioria dos empreendedores de sucesso. De uma forma geral, identificamos 16 características que são necessárias para o sucesso do empreendedor: 1. São visionários - têm a visão de como será o futuro para o negócio e para a sua vida. Conseguem enxergar coisas que os outros não vêm ou não atribuem relevância, vislumbram novas formas de abordar problemas e perspectivar a realidade. 2. Sabem tomar decisões - não se sentem inseguros, pois sabem tomar as decisões correctas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade/incertezas, constituindo um factor fundamental para o sucesso. Para além disso, conseguem implementar as suas acções rapidamente. 3. São indivíduos que fazem a diferença – os empreendedores transformam algo de difícil definição, como ideias abstractas, em algo concreto, que funciona, transformando que é possível em realidade. Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. 4. Sabem explorar ao máximo as oportunidades - Para os empreendedores (visionários) as boas ideias são geradas a partir de coisas que todos conseguem ver, mas que não identificam nada de prático para transformá-las em oportunidades. Adivinham problemas que os outros não vêm ou que ainda nem existem e descobrem soluções antes mesmo dos outros sentirem as necessidades. O empreendedor é um autêntico identificador de oportunidades, é curioso, criativo, e atento as informações, pois sabe que possui mais alternativas quando o seu conhecimento aumenta. 5. São determinados e dinâmicos – eles implementam as suas acções com total comprometimento, atropelam as adversidades, ultrapassam obstáculos, com uma vontade impar de “fazer acontecer”. Cultivam um inconformismo com a rotina. 6. São dedicados - dedicam-se 24 horas por dia, 7 dias por semana, ao negócio. São trabalhadores exemplares, encontram energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente.

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7. São optimistas e apaixonados pelo que fazem - adoram o seu trabalho, sendo esse amor, o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores dos seus produtos e serviços, pois sabem como ninguém, como fazê-lo. 8. São independentes e constroem o seu próprio destino – normalmente querem estar a frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem criar algo de novo e determinar os seus próprios passos, abrir os seus próprios caminhos. 9. São líderes e formadores de equipas – têm um senso de liderança incomum. São respeitados e adorados pelos seus pares, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensa-los, formando uma equipa em torno de si. 10. São bem relacionados (networking) – sabem construir uma rede de contactos que os auxiliam nos ambientes interno e externo da empresa, junto de clientes, fornecedores e entidades de classe. 11. São organizados - sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio. 12. Planeiam, planeiam, planeiam- os empreendedores de sucessos planeiam cada passo, desde o primeiro rascunho do plano de negócio, até a apresentação do plano a superiores ou investidores, sempre com base numa forte visão de negócio que possuem. 13. Possuem conhecimento- têm avidez pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramos de negócio, maior é a sua oportunidade de obter êxito, estão predispostos à aprendizagem continua. 14. Assumem riscos calculados- O verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerir o risco, avaliando as oportunidades de sucesso. Assumir riscos está diretamente relacionado com desafios, e para o empreendedor quanto maior é o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora. 15. Aceitam o insucesso- embora nenhum empreendedor goste de falhar, sabe que a possibilidade de fracassar é inerente ao risco Guia do Empreendedor

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que qualquer atividade empreendedora comporta. O insucesso é encarado como uma possibilidade de aprender e evoluir e previne futuros fracassos. 16. Criam valor para a sociedade - os empreendedores utilizam o seu capital intelectual para criar valor para sociedade, através da criação de emprego, dinamizando a economia e inovando, sempre utilizando a criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/2013-09-14-22-23-6

1.4 Teste o Seu Perfil Empreendedor Certas atitudes e características determinam uma maior ou menor propensão para ser empreendedor. Distinguem-se, muitas vezes, pelo modo de pensar e agir, pela procura de soluções para os problemas encontrados, pela assunção do risco e dos desafios e, acima de tudo, pela capacidade de enfrentar e contornar obstáculos.

Teste seu perfil aqui: http://arquivopdf.sebrae.com.br/atendimento/teste-aqui-seu-perfil-empreendedor

1.5. Aprende-se a ser empreendedor? Apesar de existirem características de personalidade que são inatas, as competências do empreendedor podem e devem ser adquiridas e treinadas. Existe em Cabo Verde uma grande oferta de formações relevantes para o empreendedor, destinadas a pessoas com diferentes graus de qualificação, de interesses e disponibilidade de tempo. A oferta formativa é disponibilizada por várias Instituições como é o caso das Associações Empresariais, Rede Nacional de Incubadoras de Empresas (RENI), Centros de Emprego e Formação Profissional (CEFP), das Universidades e da Agência para o Desenvolvimento Empresarial e a Inovação (ADEI) por intermédio da Academia de MPME’s.

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O Programa Academia MPME, é um novo instrumento da ADEI para impulsionar as opções e oportunidades de melhoria de capacidades em todas as áreas e sectores de interesse às MPME, em particular nos sectores estratégicos. A Academia compõe-se de um Plano Nacional de Formação Anual, cobrindo preferencialmente duas grandes áreas: 1) Desenvolvimento da cultura Empreendedora, 2) Desenvolvimento Empresarial. No geral, os cursos são de curta duração, com o formato modular e ministrados segundo a metodologia formação-ação. Contacte entidades, públicas e privadas que trabalham estas matérias e verifique quais as formações que mais se adequam a si e ao seu projeto.

/Para mais informações Consulte: pme.cv http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-30/capacitacao-de-rh

CEFP-Centro de Emprego e Formação Profissional http://www.iefp.cv/index.php/oferta-formativa http://www.iefp.cv/cefpv/

RENI-Rede Nacional de Incubadoras http://www.pme.cv/index.php/pt/ciclo-ideia/14-rede-nacional-de-incubadoras

Guia do Empreendedor – Versão integral http://www.pme.cv/index.php/pt/guiadoempreendedor

IDD-Instituto do Desenvolvimento e Democracia http://www.iddemocracia.org/main.html

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1.6 Check-List: Veja se está preparado para empreender! ü Faça uma análise da sua personalidade, motivações e competências. 3 Dias ü Teste o seu perfil empreendedor e encontre soluções para reduzir os seus pontos fracos. 1 Dia ü Procure ofertas formativas para aprender e/ou aprimorar as suas competências empreendedoras. 2 Dias ü Inscreva-se numa formação. 10 Dias Estima-se que deverá passar 16 dias nessa fase. Sendo assim, após analisar e determinar o seu perfil empreendedor, está apto a passar à fase seguinte – Fase da Ideia.

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/Tome nota sobre seu perfil empreendedor _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

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“As ideias são como as pulgas, saltam de uns para outros mas não picam todos” Bernard Shaw “As ideias têm de funcionar pelos cérebros e braços de homens, senão não serão mais do que sonhos” Emerson Ralph

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2. A IDEIA Guia do Empreendedor

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Tudo começa aqui. A cabeça a fervilhar de ideias e incertezas. Sente-se muito motivado, entusiasmado e com vontade de iniciar o negócio de imediato. Todavia, até à fase da criação do negócio /empresa, existem fases críticas a percorrer que serão determinantes no sucesso do seu negócio. A iniciativa de criar uma empresa depende das ideias de negócio, do espírito empreendedor da pessoa que decide criar uma empresa, mas também, de aspectos como: a experiência profissional, o perfil do consumidor, as oportunidades e a existência de negócios semelhantes. Ainda na fase da ideia é importante garantir que o produto ou serviço tem mercado, clientes interessados e dispostos a pagar o preço necessário para viabilizar o seu projecto.

2.1 Como surgem as ideias de negócios? As ideias de negócios podem surgir na sequência de uma simples conversa com os colegas, Uma ideia só têm de experiências pessoais e profissionais, da potencial de negócio, observação de outros indivíduos e empresas, quando resolve um de ocorrências casuais, da televisão, leitura de problema ou satisfaz uma revistas ou jornais, etc. Evidentemente que, numa necessidade. fase inicial, as ideias são ainda muito vagas, mas servem como faróis na procura de informação para análises posteriores. Pode-se ter muitas ideias a fervilhar na cabeça. Afinal tudo começa pela ideia. Entretanto, uma ideia só ganha sentido, quando resulta numa empresa real. Para encontrar uma boa ideia é necessário estar atento ao ambiente sócio económico, com o objectivo de descobrir um nicho de mercado (necessidade não coberta pelo mercado) ou um produto e/ou serviço que exista em outro país e que possa ser implementado em Cabo Verde.

A que fontes poderás recorrer para procurar uma ideia? Veja aqui a indicação de algumas: http://www.pme.cv/index.php/pt/ideia-de-negocio

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2.2 Qual a diferença entre ideias e oportunidades de negócio? Para começar, convém diferenciar uma ideia de negócio de uma oportunidade de negócio. Ideias são consequências do pensamento livre das pessoas. São fruto da criatividade humana e podem surgir diversas vezes no dia-a-dia das pessoas, tanto que empreendedores, inventores e inovadores estão cheios de novas ideias.

““O que conta não é ser o primeiro a pensar e a ter uma ideia revolucionária, mas sim, o primeiro a identificar uma necessidade de mercado e saber como atendê-la, antes que os outros o façam”. José Dornelas

Há muitos fatores que nos fazem ter uma ideia: habilidades pessoais, experiência como consumidor, empregos anteriores, ideias já existentes. Por exemplo, quando vamos a um restaurante e sentimos a falta de algum detalhe, pensamos: “Podiam oferecer tal coisa. Se eu abrisse um, isso seria o meu diferencial”. As oportunidades de negócio precisam ser mais profundamente analisadas e estruturadas. Devemos pegar naquela ideia inicial e, primeiramente, perceber se realmente é uma necessidade não atendida, uma lacuna de algum segmento e que pode ser estudada para se transformar em um negócio viável. Uma oportunidade é um conjunto de circunstâncias favoráveis que criam a necessidade de um novo produto/serviço. Existem muito mais ideias do que boas oportunidades de negócios, visto que uma ideia não é necessariamente uma oportunidade, embora que no centro de uma oportunidade resida sempre uma ideia.

2.3 Não tenho uma ideia, posso empreender? Quando o investidor potencial não dispõe de uma ideia precisa sobre o sector, o produto ou o serviço onde irá aplicar os recursos, pode empreender através do “franshise”, que permite ao empreendedor, correr um menor risco, aproveitar a experiência, o prestígio e o know-how acumulados por terceiros.

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/2013-09-14-22-23-7 Guia do Empreendedor

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2.4. Oportunidade de Negócio em Cabo Verde A ADEI realizou um estudo sobre as “Oportunidades de Negócio nos Sectores Primário, Industrial ou de Transformação de Serviços” com o intuito de oferecer aos potenciais empreendedores e investidores, um documento orientador capaz de permitir a identificação dos sectores onde os investimentos terão maiores chances de sucesso e sustentabilidade em Cabo Verde.

Conheça a apresentação sucinta do estudo em: http://www.adei.cv/index.php?option=com_docman&view=docman&Itemid=252

2.5 Como avaliar se a minha ideia têm potencial de Mercado? Não interessa apenas analisar como as ideias emergem, mas sim, torna-se fundamental avaliar o potencial de sucesso dessas ideias. É importante que, mesmo nesta fase embrionária, o empreendedor seja capaz de analisar e testar a sua ideia de negócio. Nem sempre uma boa ideia dá origem a um bom negócio. Uma oportunidade de negócio implica avaliar a receptividade do Mercado, isto é, avaliar se o produto/ serviço vai resolver uma necessidade efetiva dos clientes e se estes estão dispostos a pagar para ter acesso àquele produto ou serviço. Sendo assim, o melhor será testar e validar a ideia junto daqueles a quem se destina: os seus potenciais clientes. É possível fazer uma primeira validação da ideia sem que isso acarrete muitos custos para o empreendedor. Uma metodologia possível pode ser o MVP (Minimun Viable Product), ou seja, a criação de um protótipo minimalista do produto/ serviço, que permite recolher a opinião sobre interesse dos potenciais clientes. Serve para ver se o produto responderá à necessidade dos clientes. Pode questionar às pessoas se elas pagariam pela solução apresentada e como poderia melhorar o produto. Desta forma, havendo evidências mínimas que existirão clientes suficientes, será possível avançar para a criação da empresa.

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2.6. Construindo o Modelo de Negócio O modelo de negócio é a forma como a empresa vai criar valor, entregá-lo aos clientes e gerar rendimentos no processo. Para a definição do seu modelo de negócio sugere-se a utilização da ferramenta Canvas. O Business Model Canvas (BMC) de Alexander Osterwalder, é uma ferramenta direcionada para projectos prontos a executar que fomenta a discussão, a criatividade e a análise de uma empresa ou projecto. Consiste num mapa visual pré-formatado com nove blocos (parceiros-chave, actividade-chave, recursoschave, estrutura de custos, proposta de valor, relações com os cliente, fluxos de rendimentos), que representam as áreas chave de uma empresa. Esses elementos são acompanhados de uma série de perguntas que ajudam na definição do modelo de negócio.

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/Analise o Canvas acima de acordo com o roteiro a seguir: 1.

Vou fazer o Quê? Qual o valor que ofereço com o meu negócio? Essa será a sua Proposta de Valor.

2.

Para Quem estou fazendo este negócio? Aqui estão incluídos 3 blocos: Segmento de Clientes, Canais e Relacionamento com Clientes.

3.

Como vou fazer? Descubra quais os Recursos Principais, as Actividades Principais e as Parcerias Principais.

4.

Quanto? Quanto vou ganhar? Quanto vou gastar? Avalie quais serão as Receitas, como serão obtidas e qual será a Estrutura de Custos para viabilizar o negócio.

1) Proposta de Valor Essa é a razão pela qual os clientes compram nossos produtos/serviços, é o que nos faz diferente da concorrência, o que nos agrega vantagem competitiva. Que problema solucionamos? Que necessidade satisfazemos? Que valor entregamos aos nossos clientes? Porque os clientes comprarão de si e não de seus concorrentes? Eis alguns tipos de proposta de valor: Acessibilidade, Conveniência, Customização, Novidade, Performance, Preço, Redução de Custos entre outros.

2) Segmentos de clientes Devemos conhecer quem são nossos clientes e identificar quais são os segmentos mais importantes. Nos dirigimos ao grande público ou a um nicho concreto? Quais são os segmentos prioritários? Há segmentos de clientes que estão relacionados? Como eles estão agrupados? Onde estão localizados? Existe necessidade comum entre eles? Alguns tipos de Segmento de Clientes: Diversificado, Mercado de massa, Mercado de Nicho, Segmentado.

3) Relacionamento com clientes Tão importante quanto a proposta de valor, o relacionamento com clientes é a forma que usará para conquistar e manter uma boa relação com os clientes, tanto para ampliar as vendas como para reter e fidelizar os clientes. Devemos decidir o que queremos que a nossa marca inspire nos clientes. Qual o tipo de

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relação que vamos manter com eles? Alguns tipos de relacionamento com clientes: Atendimento pessoal, Comunidades, serviços automatizados, co-criação etc.

4) Canais Como vamos entregar a proposta de valor para cada segmento de clientes, ou seja, como é que o seu produto/serviço vai chegar até ao cliente. Através de que canais ou meios contactaremos e atenderemos nossos clientes? Existem muitas formas de fazer isto acontecer através dos Atacados e Distribuidores, Equipe de vendas, Internet, Pontos comercial etc.

5) Atividades chave São as atividades internas que devemos realizar para entregar a proposta de valor. Que atividades são essenciais no nosso modelo de negócio? De que maneira serão realizadas? Dentre as principais actividades podem-se destacar: Plataforma, Produção, Redes, resolução de problemas entre outros.

6) Recursos chave São os principais recursos necessários para entregar a proposta de valor. Que recursos materiais, humanos ou financeiros necessitamos? Quais são essenciais para nosso modelo de negócio? Alguns dos principais recursos utilizados: Financeiros, Físicos, Intelectuais, Humanos etc..

7) Parceiros chave São aqueles parceiros necessários para executar nosso modelo de negócio e que potencializem nossa proposta de valor. Que parcerias podem ser necessárias? Como esses parceiros podem melhorar nosso modelo de negócio? Quem serão seus fornecedores e parceiros para ajudar a realizar a proposta de valor? É neste trecho que vai descrever o que cada um de seus parceiros fará por si. Por que devo atrair parcerias e não fazer tudo sozinho? Alguns tipos de parcerias: Optimização e economia de escala, redução de risco, terceirização entre outros.

Respondido O QUE, QUEM e COMO chegou a hora de perguntarmos QUANTO?

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8) Fluxo de receita Devemos buscar modelos inovadores, não apenas a venda direta. A sua proposta de valor vai definir muito o valor que cobrará visto que o ideal é sempre vender benefícios que os produtos e serviços trarão aos clientes. Que valor os clientes estão dispostos a pagar pela nossa solução? Mediante que formas de pagamento? Que margem vai obter? Algumas fontes de receitas: aluguel, assinatura, anúncio, comissões, licenciamento, vendas directas etc...

9) Estrutura de custo Depois de termos analisado as actividades necessárias, assim como os recursos, conseguimos determinar o que precisaremos de recursos para pôr o negócio em prática. Sendo assim, deve-se definir os custos fixos e variáveis e determinar qual é a estrutura de custos resultante do nosso modelo de negócio.

/Dicas para construir o Canvas: ü Imprima o modelo canvas no mínimo em tamanho A3, coloque-o na parede e use a técnica de ver para entender. Vá adicionando informações conforme as ideias vão surgindo. ü Não rabisque o quadro. Usar os post-its vão facilitar o manuseio do quadro. Se uma ideia não ficou boa, basta arrancar os post-its dele que estará resolvido. ü Não tenha medo de errar. Cole tudo que imaginar. Depois de ter várias ideias já adicionadas, poderá priorizar o que é mais importante destacando-as com cores diferentes. ü Use diversas cores. As cores ajudarão no processo. Ao usar a proposta de valor em uma cor, preencha o restante do quadro com a mesma cor, se as ideias forem relacionadas com a proposta desta cor. Se tivermos mais de uma proposta de valor, cada uma pode ser referenciada de uma cor diferente. ü O quadro pode ser iniciado por qualquer bloco: A grande maioria das vezes iniciamos pela proposta de valor, aliado com o segmento de clientes, que é a alma do negócio. ü

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Teste hipóteses: Pense em tudo que pode dar errado e tente encontrar as respostas para estas perguntas com novas ideias. Guia do Empreendedor


O modelo de negócio é sem dúvida, a melhor alternativa para se planear o futuro empreendimento, principalmente em casos onde há poucos subsídios sobre quem de facto é o cliente e qual o seu real problema, ou seja, quando não se faz ideia de qual solução seja mais adequada, nem como ela deve ser produzida, entregue e o respectivo custo, enfim, quando não se sabe qual a melhor oferta para uma demanda não identificada. Uma vez testada e aperfeiçoada a ideia, deverá ser capaz de definir com clareza o Modelo de negócio associado aos produtos e serviços que tem para oferecer.

Para mais informações consulte: Business Model Generation www.businessmodelgeneration.com

Business Model Canvas

https://www.youtube.com/watch?v=Cjkq_jsuFTs

2.7 Proteção de Ideias Depois de ser feita a análise da ideia e, caso esta se constituir numa boa oportunidade de negócio, deve-se protegê-la, isto é registá-la como sua propriedade intelectual. O Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual- IGQPI, sob a tutela do Ministério do Turismo, Investimento e Desenvolvimento Empresarial, é o órgão responsável pela gestão e da coordenação do Sistema Nacional da Qualidade- SNQC, bem como, promoção, defesa e proteção da propriedade intelectual tanto a nível nacional como Internacional. A Propriedade Intelectual divide-se em dois grandes grupos: 1.

Propriedade Industrial (PI), que inclui marcas, patentes, modelos de utilidade e desenhos industriais. No âmbito da Propriedade Industrial podem ser estabelecidos 3 tipos de proteção: a)

Protecção de Invenções: Patentes; Modelos de Utilidade;

b)

Protecção do Design: Desenhos ou Modelos; Guia do Empreendedor

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c)

Protecção de sinais Distintivos: Marcas, Logótipos, Nomes e Insígnias de Estabelecimento etc

2.

Direitos de Autor (DA), que inclui obras literárias e artísticas e se ocupa ainda da proteção das formas de criatividade como a comunicação de massa e comunicação pública tanto escrita como não escrita.

/Como é feito o registo da propriedade intelectual? Para que se possa solicitar o registo para efeitos de protecção deve fazer-se corresponder a ideia a suportes materiais como indicação das reivindicações, memória descritiva do intento e apresentação de desenhos (se existirem). O registo da propriedade industrial envolve custos, materializados no pagamento de taxas periódicas, nos prazos legais, para que os direitos não percam a validade.

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/protecao-das-ideias

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2.8 Check-List: Veja se está preparado para seguir adiante! 1.

Identifique uma ideia de negócio que queira implementar; 7 dias

2.

Analise se existe uma oportunidade (problema/necessidade não atendida) para a ideia identificada; 3 Dias

3.

Construa o seu modelo de negócio (ferramenta Canvas), definindo o MPV (Produto Mínimo Viável); 7 Dias

4.

Valide a sua ideia junto aos potenciais clientes aplicando: questionários, inquéritos, entrevistas, estatísticas; 5 Dias

5.

Com base na opinião do mercado-alvo, desenvolva o protótipo que melhor responderá a necessidade dos clientes. 7 Dias

6.

Faça o teste do protótipo incorporando o feedback dos potenciais clientes de forma a melhorar o produto/serviço até se atingir um modelo de negócio com potencial de ser implementado; 7 Dias

Estima-se que o tempo médio para o amadurecimento da ideia é de 36 dias. Após testar a sua ideia e tiver evidências mínimas de que haverá demanda para o seu negócio, avance para a próxima fase – Preparação e elaboração do seu Plano de negócio.

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/Tome nota sobre seu novo rumo empreendedor _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

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3. PLANEAMENTO & PREPARAÇÃO Guia do Empreendedor

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3.1 Plano de Negócios Chegou o momento de colocar a ideia no papel e obter um instrumento para comunicar com os outros e analisar a sua ideia de negócio. Trata-se do Plano de Negócio, o instrumento que permite analisar a viabilidade de um projeto empresarial. Elaborar um Plano de Negócio força o promotor a refletir, sistematizar, planear e orçamentar sobre a oportunidade de negócio detectada. Assim, um plano de negocio, através de uma recolha realista de informação, apresenta e define os objectivos do projeto, quantifica os meios necessários e demonstra as condições de viabilidade e, consequentemente, os riscos envolvidos. Este pode ser definido como sendo o balanço meticuloso, por escrito, das vantagens e desvantagens que permite ao empreendedor decidir de forma conclusiva se é realmente viável a oportunidade de negócio que selecionou previamente.

Pesquisas realizadas a nível Internacional indicam que o alto índice de mortalidade de empresas deve-se a falta de planeamento dos negócios, e não a falta de boas oportunidades!

O plano de negócio deve ser redigido de forma cuidada, ser claro, realista e de fácil compreensão, uma vez que pode ser utilizado em diversas situações: 1.

Para captar Financiamento Externo;

2.

Para analisar a Viabilidade de um Negócio;

3.

Como Ferramenta de planeamento da empresa.

A estrutura abaixo indicada é apenas uma das várias possibilidades existentes para um Plano de Negócios e deverá ser adaptada de acordo com o negócio a iniciar. O Plano de Negócio deve conter, essencialmente, as seguintes informações: ü Sumário executivo; ü A Equipa ü A ideia de Negócio

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ü Análise do Mercado ü Vantagens Competitivas ü Estratégia de Marketing ü Projeções Financeiras ü Gestão e controle do negócio

Não se esqueça que, regra geral, irá vender menos do que esperava gastar mais do que orçamentou, e demorar mais tempo a recuperar o investimento inicialmente programado.

ü Investimento necessário Para mais informações consulte: Plano de Negócio http://www.pme.cv/index.php/pt/plano-de-negocios

Exemplos de Plano de Negócio – Ministério das Comunidades http://www.mdc.gov.cv/index.php/testesd/120-20-planos-de-negocios

Como Elaborar o Seu Plano de Negócio http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae

Manual do Plano de Negócio http://www.iapmei.pt/resources/download/GuiaPraticodoCapitaldeRisco2604.pdf

3.2 O que desejam ler os destinatários de um Plano de Negócios? Qualquer destinatário tem diferentes critérios de selecção de projectos. Os bancos por exemplo quererão saber: ü Qual o montante de empréstimo? ü Qual o destino dos fundos? ü Quando poderá reembolsar o empréstimo? ü Será capaz de pagar os juros? ü A sua empresa será capaz de sobreviver a um desvio negativo relativamente ao projecto apresentado? ü Que garantia oferece como contrapartida do empréstimo?

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Já as empresas de capitais de risco, que são, geralmente, os leitores mais críticos de um Plano de Negócios, dado que investem geralmente em situações mais arriscadas, exigem que o projecto contemple: §

Retorno elevado: em média, desejam recuperar cerca de duas vezes e meio o investimento inicial em cinco anos.

§

Saída planeada: normalmente, o contrato contempla uma cláusula que define a forma como a sociedade de capital de risco irá sair do capital social da empresa (ano de saída, obrigação de recompra por um determinado valor, venda a um terceiro ao valor de mercado).

3.3 Como preparar a apresentação do seu projeto empreendedor? A apresentação da ideia de negócio é um momento muito importante que exige preparação para que a proposta de valor seja apresentada de forma apelativa e concisa. Caso o seu objectivo seja despertar o interesse de um investidor, prepare-se para fazer uma comunicação sumária da sua proposta de valor (um pitch, como é conhecido, um elevator pitch). Lembre-se que esta deve ser objectiva e simples para ser transmitida rapidamente. Existem diferentes formas de apresentar uma ideia de negócio a potenciais investidores. No caso de utilizar meios audiovisuais sugerimos que utilize 11 slides com as seguintes informações:

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O Problema

A solução para o problema

O Modelo de Negócio Associado

Marketing e Vendas (abordagem comercial escolhida)

Concorrência

A tecnologia/processo “magia” que permite a solução apresentada

Equipa Envolvida no projeto (experiência, competências e responsabilidades)

Investimentos e formas de financiamento

Projeções Financeiras e metas previstas

Sumário e incentivo à mobilização de agentes (parceiros, fornecedores)

Situação atual e cronograma de ações futuras

/Algumas dicas para apresentar a sua ideia de negócio: ü Prepare um discurso objectivo e de fácil compreensão para não especialistas; ü Elabore uma apresentação clara e mobilizadora; ü Seja rigoroso no cumprimento de tempo disponível (normalmente 20 minutos); ü Solicite previamente a opinião de amigos e familiares; ü Ensaie as vezes que forem necessárias; ü Prepare bons argumentos adicionais; Guia do Empreendedor

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ü Reserve tempo para responder as perguntas e respostas; ü Utilize uma fonte visível para o texto; ü Apresente, sempre que possível, um protótipo do produto/serviço.

3.4 Fontes de informação económica Abaixo apresentamos as principais fontes de informação estatística oficial em Cabo Verde e que poderão ser úteis no desenvolvimento da ideia e na elaboração do seu Plano de Negócios. Indicamos também algumas fontes internacionais relevantes para a recolha de informações.

/I. Fontes Nacionais Alfândegas de Cabo Verde • Site: www.alfandegas.cv- Telefone: (+238) 263 3964/800 6666 ANAC- Agência Nacional das Comunicações • Site: www.anac.cv -Telefone: (+238) 2604400 ARE- Agência de Regulação Econômica • Site: www.are.cv- Telefone (+238) 260043 BVCV-Bolsa de Valores de Cabo Verde • Site: www.bvc.cv- Telefone: (+238) 2603030 BCV- Banco de Cabo Verde • Site: www.bcv.cv - Telefone: (+238) 260 7192 INPD- Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas • Site: www.indp.cv - Telefone: (+238) 2612865 MDR- Ministério do Desenvolvimento Rural • Site: www.mdr.gov.cv -Telefone: (+238) 261 5713/261 5716 MFP- Ministério das Finanças e do Planeamento • Site: www.minfin.gov.cv - Telefone: (+238) 260 74 00/01

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MTIE- Ministério do Turismo Investimento e Desenvolvimento Empresarial • Site: www.mtie.gov.cv - Telefone (+238) 260 4800 Instituto Nacional de Estatísticas • Site: www.ine.cv - Telefone (+238)261 3827/2613960 /II. Fontes internacionais ü Eurosat -www.epp.eurostat.ec.europa.eu ü Banco Central Europeu – www.ecb.int/stats ü OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico www.stats.oecd.org ü UN- Nações Unidas – http://data.un.org/ ü Banco Mundial – http://data.worldbank.org/ ü EIU- Economist Intelligence Unit- http://www.eiu.com/home.aspx ü Eurobarómetro – http://ec.europa.eu/ ü Pro Inno Europe (Inovação) – www.proinno-europe.eu/metrics ü Doing Business (Ambiente de negócios)- www.doingbusiness.org Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/2013-09-14-22-23-9

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3.5 Check-List: Veja se já planeou todos os aspectos relacionados ao seu negócio! üü

Elabore o seu Plano de Negócio de acordo com as instruções do Guia- 25 Dias;

üü

Pesquise e recolha informações económicas relevantes para a área em que pretende empreender;

üü

Prepare a apresentação em Power point da sua ideia de negócio; 3 Dias

üü

Construa e treine a apresentação rápida do seu negócio (elevator pitch)-2 Dia

O tempo médio necessário para o desenvolvimento do Plano de Negócios é de 30 dias. Após finalizar o seu Plano de Negócio, estará mais seguro de que a sua ideia de negócio é viável, uma vez que analisou e minimizou todos os riscos no planeamento. Sendo assim, está pronto para iniciar o seu negócio. Não passe a fase seguinte caso não tenha concluído a elaboração do seu plano de negócio, pois poderá pôr em causa a sobrevivência do negócio que pretende implementar.

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/Tome nota sobre a preparação

do seu negócio:

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ID AD E IC PU BL 42

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ID AD E IC

PU BL Guia do Empreendedor

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“As ideias e as estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução.” Percy Barnevick, ex-presidente da ABB 44

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4. ARRANQUE Guia do Empreendedor

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Iniciar um negócio é uma experiência motivadora e, provavelmente, é das maiores decisões da sua vida. Agora, trataremos dos aspectos jurídicos e financeiros que deve conhecer para abrir a sua empresa e aproveitar a oportunidade de negócio já identificada. O nosso foco será tratar de forma genérica todos os aspectos envolvidos na estruturação de uma nova empresa e as suas principais fontes de financiamento.

4.1 Constituição de Empresa A primeira decisão no início de uma actividade comercial é a forma jurídica a adoptar. A simplificação dos processos administrativos é hoje uma das características fundamentais do processo de criação de empresas em Cabo Verde, bem como a utilização generalizada da internet no que diz respeito à ligação aos diversos serviços do Estado.

4.1.1 As principais formas jurídicas Uma das decisões importantes na constituição de uma nova empresa é a seleção da sua forma jurídica. De acordo com o código das sociedades comerciais, a titularidade de uma empresa pode ser singular ou coletiva e contempla várias formas jurídicas de empresas. a)

Titularidade de uma empresa Singular

Negócio desenvolvido por um só indivíduo. Esta opção vincula o património do proprietário à exploração do seu negócio. As formas jurídicas deste tipo são: •

Empresário em nome individual

Sociedade unipessoal por quotas (Unipessoal Lda.);

Estabelecimento comercial em nome individual

b)

Titularidade de uma empresa Coletiva

Negócio desenvolvido por várias pessoas (sócios) em que a responsabilidade é partilhada pelos vários proprietários. As formas jurídicas deste tipo são:

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Sociedade por quotas (Lda.)

Sociedade anónima (S.A.)

Sociedade em nome coletivo Guia do Empreendedor


Sociedade em comandita

Cooperativas

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-29/constituicao-da-empresa

Casa do Cidadão h t t p s : //p o r t o n c v . g o v . c v /p o r t a l /p a g e ? _ p a g e i d = 1 1 8 ,1 8 8 596 & _ d a d = p o r t a l & _ schema=PORTAL&p_dominio=29&p_menu=71&p_ent_det=1320

4.1.2 Registo da empresa /Procedimento da Empresa no Dia O serviço Empresa no dia é oferecido através da plataforma informática da Casa do Cidadão, entidade que engloba os principais serviços de que os cidadãos e as empresas necessitam. Este mecanismo visa assim facilitar o relacionamento entre o Estado, no cumprimento das suas obrigações, e o cidadão, no usufruto dos seus direitos de forma simplificada, segura e conveniente. Os serviços “Empresa no Dia” são oferecidos em todo o país. Para proceder ao registo, o promotor deve dirigir-se a um balcão de atendimento “Empresa no Dia” da Casa do Cidadão com os documentos de identificação do requerente e dos sócios ou acionistas da empresa a constituir. Os procedimentos da Empresa no Dia passam por: 1.

Escolha de nome (Firma)

2.

Escolha de pacto social

3.

Capital Social

4.

Declaração de início de atividade

5.

Registos/serviços facultativos

6.

Ato de Constituição

7.

Custos

8.

Comunicações

9.

Publicação Oficial Guia do Empreendedor

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10.

Dossiê da empresa

Antes de registar a empresa tenha em atenção as seguintes recomendações: •

Certifique se escolheu a equipa certa, sejam sócios ou colaboradores;

Verifique se a localização da empresa tem importância estratégica para o seu crescimento;

Reveja o modelo de negócio e identifique claramente quais os custos e receitas, e qual será a estratégia da empresa;

Recorra a um Técnico Oficial de Contas para simplificar o processo de início da actividade da empresa.

Para mais informações acesse o site da Casa do Cidadão através do endereço: https://portoncv.gov.cv/portonprd/porton.portoncv

4.2 REMPE- Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas – REMPE, cuja finalidade é a promoção da competitividade, produtividade, formalização e desenvolvimento das micro e pequenas empresas, foi aprovada a 26 de Agosto de 2014 entrou em vigor no dia 01 de Janeiro de 2015.

/Quem será abrangido pelo REMPE?

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o

Micro empresa– máximo de 5 trabalhadores e/ou volume de negócios anual inferior a 5.000.000$;

o

Pequena empresa – 6 a 10 trabalhadores e/ou volume de negócios anual superior a 5.000.000$ e inferior a 10.000.000$; Guia do Empreendedor


/Exclusão/impedimentos o

Estão excluídos: os Profissionais liberais e os Importadores excepto os ambulantes;

o

Constituem impedimentos: (i) ser sócio em mais de uma Micro ou Pequena Empresa, (ii) ter sido sócio em uma Micro ou Pequena Empresa que foi dissolvida há menos de 5 anos;

/Obrigações/ Benefícios o

Não é obrigatório ter técnico de contas e contabilidade organizada;

o

10% do valor do contracto das obras públicas devem destinar à subcontratação de micro e pequena empresa;

o

25% das aquisições públicas deverão destinar às micro e pequenas empresas

o

Dispensa de licença comercial (deverá apenas comunicar à Câmara Municipal num prazo de 30 dias)

o

Modelo simplificado para efeitos de pagamento de impostos

o

Substituição do IUR, IVA, Imposto de Incêndio e contribuição para a segurança social pelo Tributo Especial Unificado;

o

Tributo Especial Unificado é de 4% sobre o volume de negócios;

As empresas formais e informais interessadas em aderir ao regime, deverão dirigir-se à ADEI, aos Gabinetes do Empreendedor na sua ilha e aos balcões da Casa do Cidadão para o apoio necessário ao processo de acreditação.

4.3. Licenciamento De acordo com a atividade económica que o empreendedor escolher realizar, será importante ter em atenção as questões do licenciamento da atividade. Existe um conjunto de instituições para este atendimento:

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Comércio a grosso ü CCISS - Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento: http://www.faroldacciss.org ü CCB/AC – Câmara do Comércio de Barlavento/ Agremiação Comercial: http://www.cciasb.org/

Indústria ü Casa do Cidadão: https://portoncv.gov.cv ü DGCI - Delegação da Direção Geral da Indústria e Comércio: http://www.mtie.gov.cv

Importação/Exportação ü CCISS - Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento: http://www.faroldacciss.org ü CCB/AC – Câmara do Comércio de Barlavento/ Agremiação Comercial: http://www.cciasb.org/

Pesca Industrial: http://www.indp.cv

Transporte coletivo ü Casa do Cidadão: https://portoncv.gov.cv ü Direção Geral dos Transportes Rodoviários: http:// www.dgtr.cv

Utilidade turística: http://www.mecc.gov.cv

Saiba mais em:

http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-29/licenciamento

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4.4 Financiamento A oportunidade já foi definida em detalhe no Plano de Negócio e a viabilidade económica demonstrada com segurança. O passo seguinte é identificar as necessidades de capital para o arranque da empresa e a forma de financiamento. De acordo com a fase (Ideia, Startup, Crescimento) em que se encontra a empresa, existem formas e fontes distintas de financiamento.

É importante o empreendedor equacionar se dispõe de capital próprio, ou se precisa de capital suplementar de terceiros para financiar os investimentos necessários. De fato, quando se resolve iniciar uma atividade ou financiar uma empresa já existente, existem duas grandes formas de o fazer: capitais próprios ou capitais alheios. Na Fase de Arranque, existem várias fontes de financiamento, sendo que o importante é analisar e quantificar todas as opções antes de se tomar uma decisão.

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4.4.1 Capital Próprio Uma das primeiras fontes de financiamento a se ter em conta por parte dos sócios ou acionistas da empresa, são os recursos próprios. Estes recursos poderão ser em dinheiro ou em espécie (em algumas sociedades, não é permitida a entrada em espécie no Capital Social), desde que correspondam ao montante necessário à prossecução do objeto social da empresa. A maior parte destes recursos provém das poupanças pessoais acumuladas pelo futuro empresário ao longo do tempo, incluindo montantes recebidos por herança ou pela venda de bens próprios e outros recursos pessoais. É uma das formas mais imediatas e informais, não apresentando, em princípio, custos associados para além do custo da oportunidade. Também conhecido como 3 Fs (Family, Friends and Fools) os empréstimos de familiares e amigos se constituem como outros recursos próprios e são também um meio de financiamento bastante frequente. Este tipo de empréstimo informal permite maior flexibilidade em termos de juros e prazos de pagamento. Entretanto, este deve ser tratado com o mesmo profissionalismo que qualquer outro empréstimo.

4.4.2 Capital Alheio /A. Bancos Comerciais Os Bancos comerciais são instituições financeiras que prestam serviços tais como captação de depósitos à vista, concessão de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas e investimentos básicos, tais como depósitos de poupança. Os capitais alheios em forma de créditos bancários são um direito que o Banco adquire, através de uma entrega inicial em dinheiro (real ou potencial) a um cliente, em que este se compromete a devolver o capital acrescido de juros em prestações, durante um certo período de tempo.

/B. Micro crédito Em Cabo Verde, o micro crédito vem ganhando uma crescente importância no contexto das atividades de promoção e de desenvolvimento socioeconómico, resultante de substantivos ganhos conseguidos na cobertura das populações anteriormente não abrangidas no quadro do sistema financeiro formal, ou seja, o segmento da população que não reúne condições para o acesso aos serviços da Banca tradicional. • Novo Banco, S.A: www.novobanco.cv

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• Morabi Microfinanças www.morabi.org • OMCV - Organização das Mulheres de Cabo Verde www.omcv@ cvtelecom.cv • AMUSA - Associação para o Mutualismo de Santo Antão • ADIRF -Associação para o Desenvolvimento Integrado de Rui Vaz • ASDIS - Associação de Associações Desenvolvimento da Ilha de Santiago

de

Solidariedade

e

• CITY HABITAT (Centro de Investigação de Tecnologias Intermédia para a Habitação) citihabitat@cvtelecom.cv • Caixa de Poupança e Crédito Mútuo Maiense: Telefone: 238 255 1390 • FAMI-PICOS (Associação de Apoio as Iniciativas de Autopromoção Familiar) nni03683@cvtelecom.cv • Programa de Micro Crédito da Caixa Económica: www.caixa.cv • Sol di Fogo (Organização das Associações de Solidariedade social para o Desenvolvimento da Ilha do Fogo) Telefone: 238 2813167 • SOLMI (Associação de apoio as Iniciativas de Autopromoção solmi@ cvtelecom.cv /C. Capital de Risco É uma modalidade de investimento utilizada para apoiar negócios por meio da compra de uma participação accionária, geralmente minoritária, com o objetivo de ter as ações valorizadas para posterior saída da operação. Este modelo de investimento é feito através de sociedades especializadas neste tipo de negócio, denominadas Sociedades de Capital de Risco. Estas sociedades, além do contributo em capital, ajudam na gestão e aconselhamento.

A Promotora – Sociedade de capital de Risco Endereço: Chã D’Areia, Caixa Postal 735, Praia – Cabo Verde. Telefone: + (238) (2) 608470 Fax: + (238) (2) 617702 E-mail: apromotora@apromotora.cv

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Saiba mais em: http://www.apromotora.cv/

/D. Business Angels São investidores individuais de capital de risco. Investem, diretamente ou através de sociedades veículo, no capital de empresas com potencial de crescimento e valorização. Além do investimento monetário, contribuem, também, com conhecimentos técnicos ou de gestão, bem como redes de contactos. Em Cabo Verde, foi recentemente criada a Associação Business Angels de Cabo Verde (ABACV), que pode disponibilizar uma rede a nível mundial (Europa, América, Ásia, Austrália e África) de investidores com capacidade e vontade de utilizar as suas experiências e meios, para apoiar projetos inovadores e com elevado potencial de crescimento e de valorização. Disponibiliza facilidades para a elaboração de estudos de viabilidade e apresentação de projetos.

/E. Garantia Mútua Trata-se de um sistema privado e de cariz mutualista de apoio às pequenas, e médias empresas (pme), que se traduz fundamentalmente na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições adequadas aos seus investimentos e ciclos de atividade. A partilha de risco com outras entidades financeiras facilita o acesso das Empresas ao crédito, libertando plafonds bancários e permitindo a obtenção de montantes, condições de custo e prazo adequados às necessidades, por norma com redução de outras garantias prestadas ao sector financeiro pelas Empresas.

Saiba mais em: http://www.cvgarante.cv/

Para obter mais informações sobre as soluções de financiamento, consulte: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-29/solucoes-de-financiamento

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4.5. Incentivos ao Financiamento Existem várias linhas de Financiamento para apoiar as pme´s:

4.5.1 Linha de financiamento e apoio ao desenvolvimento do negócio Como forma de tornar o empreendedorismo uma opção tangível aos formandos da formação profissional e técnica, foi estabelecida uma parceira entre a ADEI, o IEFP e o Novo Banco, com a disponibilização de capacidades técnicas e recursos essenciais a todo o processo de promoção do empreendedorismo. Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/opcoes-de-financiamento

4.5.2 Linha de financiamento e apoio ao desenvolvimento do negócio O FPEF é um mecanismo de financiamento da formação profissional que visa apoiar iniciativas de desenvolvimento da empregabilidade dos recursos humanos, inserção socioprofissional de ativos em situação de desemprego, em especial, de jovens à procura do primeiro emprego, e de formação contínua, com pertinência para as necessidades da economia nacional. Com o foco no reforço da empregabilidade, são suscetíveis de apoio pelo Fundo as seguintes atividades, organizadas em três Medidas: Medida I: Incentivo à Qualificação (empréstimo reembolsável); Medida II: Incentivo à participação individual em formação (empréstimo reembolsável ou a fundo perdido); Medida III: Incentivo à criação de micro e pequenos projetos decorrentes de uma qualificação (empréstimo reembolsável). O acesso ao financiamento concretiza-se pela apresentação duma candidatura. As instruções e o conjunto de formulários serão disponibilizados pelo próprio Fundo ou através dos Centros de Emprego e Formação Profissional (CEFP) ou pelo site www.fpef.cv. Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/opcoes-de-financiamento Guia do Empreendedor

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4.5.3 Linha de Crédito Linha de Crédito de 1 Milhão de Contos, criada pelo BCA, para Pequenas e Médias Empresas com o objectivo de financiar novos projectos. Os Beneficiários são todas as Micro Empresas, Empresários em nome individual, Pequenas Empresas e Médias Empresas, de qualquer sector de actividade e com localização em território nacional. A taxa de juros não deve ultrapassar os 9% e pode ser financiado por até um período máximo de 10 anos.

4.5.4 Actividades Geradoras de Rendimento O Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, definiu como prioridades o apoio à criação e implementação de Actividades Geradoras de Rendimento cujo objectivo é proporcionar oportunidades de inserção dos jovens no mercado de trabalho, através do auto-emprego. O Ministério concede apoio financeiros aos jovens empreendedores que tenham ideias de projectos que se traduzam em actividades geradoras de rendimento. O apoio financeiro traduz-se na atribuição de um montante nunca superior a 50% do valor total do projecto com o limite máximo de 150.000,00.

4.5.5 Linha de Crédito BADEA É uma linha especial de crédito, financiado pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em áfrica (BADEA) e tem como objectivo financiar actividdaes agro-pecuárias e artesanatdo desenvolvidas por micro-empresários nas bacias hidrográficas de RªTorre e Alto Mira (Santo Antão), e Rª Prata (São Nicolau). Para adereir deve dirigir-se á uma das Instituições de Micro-Finanças (IMF) contractadas pela Caixa, a seguir indicadas: •

AMUSA – Associação de Mutualismo em Santo Antão

MORABI – Associação de Auto-Promoção da Mulher

• ORAC –SN – Organização das Associações Comunitárias de São Nicolau- sede em Rª Brava Para pedir o seu financiamento deve apresentar um projeto do investimento a ser efectuado. O limite máximo do financiamento é de 800.000,00 por um período de até 46 meses.

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4.6 Contratação de trabalhadores Para o início de uma atividade comercial é necessário ter conhecimento sobre as regras de contratação de Recursos Humanos. O contrato de trabalho é a convenção pela qual uma pessoa se obriga a prestar a sua atividade intelectual ou manual a outra pessoa, sob autoridade e direção desta, mediante uma retribuição. Existem três principais tipos de contrato de trabalho: • Contrato de Trabalho a Termo Certo • Contrato de Trabalho sem Termo • Contrato de Trabalho a Termo Incerto Para elaborar um contracto de trabalho, deve aconselhar-se junto de um especialista na matéria, designadamente um jurista, devendo ter em consideração os direitos e deveres dos trabalhadores. Outras informações relevantes na contratação de trabalhadores: Direitos Gerais dos Trabalhadores (art.º36º do Código Laboral Cabo-Verdiano) Deveres Gerais dos Trabalhadores (art.º128º do Código Laboral Cabo-Verdiano)

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-29/contratacao-de-trabalhadores

4.7 Obrigações Fiscais e Contabilísticas A forma jurídica das empresas e o volume de vendas previsto condicionam o regime de contabilidade a adotar, existindo dois regimes: o de contabilidade organizada e o regime simplificado. As empresas abrangidas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) devem reportar os elementos contabilísticos referentes à atividade económica e financeira desenvolvida, devendo recorrer a um Técnico Oficial de Contas para a execução da contabilidade e para o apoio na construção dos seguintes documentos: Balanço, Demonstrações dos Resultados por Naturezas, Demonstração dos Fluxos de Caixa e anexo. É ainda necessário ter em atenção os vários impostos existentes: o

Imposto Único sobre o Rendimento (IUR)/pessoas singulares – retenção na fonte;

o

Imposto Único sobre o Rendimento (IUR)/pessoas Guia do Empreendedor

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coletivas; o

Declaração Periódica do IVA.

o

Poderá existir ainda imposto de selo, Imposto Municipal sobre imóveis e Imposto sobre veículos.

o

Imposto sobre o Rendimento de pessoas coletivas (IRPC);

o

Imposto sobre o Rendimento de pessoas singulares (IRPS)/ – retenção na fonte;

o

Imposto sobre Valor Acrescentado.

o

Imposto de Selo

o

Imposto Único sobre o Património

o

Imposto Municipal sobre imóveis e

o

Imposto sobre veículos.

O REMPE prevê o Tributo Especial Unificado, com base em 4% do volume bruto de vendas, o qual substituirá o IUR- Imposto Único sobre Rendimentos, o IVA-Imposto sobre o Valor Acrescentado, o Imposto de Incêndios, bem como, a contribuição para a Segurança Social (INPS). No domínio fiscal, as empresas que são tributadas pelo método de estimativa ou verificação, cujo volume de negócios não ultrapasse 10.000.000$00 ficarão automaticamente inscritas no novo regime de Tributo Especial Unificado. Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-29/obrigacoes-fiscais

Ministério das Finanças – Guia Fiscal http://www.minfin.gov.cv/downloads/guia_fiscal_financas.pdf

4.8 Benefícios fiscais São considerados benefícios fiscais os desagravamentos fiscais que, materialmente, representem exceções ao principio da igualdade tributária, fundamentados por superiores razões de política económica e social, ou de outra natureza extrafiscal. Podem apresentar-se sob a forma de isenções, reduções de taxas, crédito de imposto, deduções à matéria coletável e à coleta, entre outras. São concedidos benefícios fiscais às seguintes situações:

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o

Ao investimento

o

À internacionalização

o

Ao Centro Internacional de Negócios

o

Benefícios fiscais de carácter social e aduaneiro

o

Benefícios fiscais no sector industrial

Informações detalhadas podem ser obtidas pela consulta do Código de Benefícios Fiscais, Lei Nº 26/VIII/2013, publicada no Boletim Oficial nº 4, I Série, de 21 de Janeiro de 2013, e ainda junto das seguintes instituições: o

CI-Cabo Verde Investimentos http://www.cvinvest.cv;

o

Direção Geral das Alfândegas http://www.alfandegas. cv/

o

Direção Geral de Indústria e Comércio. http://www. mtie.gov.cv

/Regime Especial para as Micro e Pequenas Empresas o

Não é obrigatório ter técnico de contas e contabilidade organizada, segundo o SNC;

o

10% do valor do contracto das obras públicas devem destinar à subcontratação de micro e pequena empresa;

o

25% das aquisições públicas deverão destinar às micro e pequenas empresas

Dispensa de licença comercial (deverá apenas comunicar à Câmara Municipal num prazo de 30 dias) Em termos de benefícios o Tributo Especial unificado contempla: o

Redução de 30% do Tributo Especial Unificado durante 2 anos para as Micro empresas;

o

Isenção aduaneira e de IVA na importação de veículo de transporte de mercadorias

o

Redução para metade nos encargos notariais e de registo na compra e venda de imóveis para a instalação da empresa

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Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/dicas/636-regime-especial-das-micro-e-pequenasempresas-entra-em-vigor-a-1-de-janeiro

4.9 Obrigações Sociais A inscrição no INPS- Instituto Nacional de Previdência Social é obrigatória e constitui a primeira condição e um dos requisitos fundamentais para o acesso às prestações atribuídas no âmbito do regime de segurança social. Terão que estar, obrigatoriamente, inscritos na segurança social: o

As entidades empregadoras, denominadas contribuintes

o

Os trabalhadores por conta de outrem e os trabalhadores por conta própria, considerados segurados

o

Os familiares com direito legal às prestações, que constituem os benificiários

O empregador/contribuinte e o trabalhador/segurado ficam sujeitos ao pagamento de uma contribuição mensal, fixada em 23% da remuneração auferida pelo trabalhador, assim distribuída: o

15%, da responsabilidade do empregador;

o

8%, da responsabilidade do trabalhador.

As contribuições serão pagas no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e nos Bancos Comerciais até o dia 15 do mês imediato àquele a que se reportam e deverão fazer-se acompanhar pelas Folhas de Ordenados e Salários. Para as empresas que aderirem ao REMPE, o pagamento ao INPS estará abrangido no Tributo Especial Unificado que corresponde a 4% da facturação bruta mensal.

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4.10 Check-List – Veja o que tem de fazer antes de iniciar a atividade ü Certifica-te que teu plano de negócio já contém as seguintes informações: tipo de sociedade, licenciamento e Financiamento ü Dirija-se a casa do cidadão mais próximo da sua morada e faça o registo da sua empresa. Certifique-se que no final do Registo receberá um dossiê com todos os documentos da empresa ; 2 Dias ü Capte Financiamento para o negócio, recorrendo a recursos próprios e alheios; Caso tiver de recorrer a Banca, deverá ter garantias para oferecer como contrapartida; (25 Dias) ü

Recrute colaboradores e estabeleça contractos de trabalho nos termos da legislação laboral;

ü Efetue a inscrição da empresa junto ao INPS, salvo se a empresa não for criado na Instituição “empresa no dia”;1 Dia ü Busque assessoria Jurídica para dentre outras coisas apreciar e melhorar os estatutos da sociedade: elaborar contractos de trabalho, contratos de fornecimento de serviços e fornecedores; 7 Dias ü Solicite a certificação no Regime Especial para as Micro e Pequenas Empresas; 7 dias ü Informe-se das Obrigações Fiscais junto a um técnico de contas; 1 Dia ü Inicie a sua atividade. O tempo médio necessário para criar as condições para o arranque das actividades é de 45 Dias. No próximo capítulo, abordaremos todas as Instituições, Mecanismos e eventos de apoio e promoção do empreendedorismo em Cabo Verde. Se já iniciou a sua atividade, prepare para conhecer todos os apoios e incentivos ás Startups que proporcionam espaços de aprendizado, networking e criação de novos negócios.

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/Tome nota sobre seu novo rumo empreendedor _______________________________________

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5. APOIOS E INCENTIVOS AO EMPREENDEDORISMO Guia do Empreendedor

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O empreendedorismo é prioridade Nacional em matéria do desenvolvimento do sector privado. O Governo e seus parceiros públicos e privados, vêm aumentando a aposta na sensibilização da população para a interiorização de uma cultura empreendedora na sociedade, a par de esforços de reforço dos instrumentos de facilitação e apoio ao desenvolvimento empresarial. Sendo assim, existem várias Instituições Públicas e privadas que apoiam o empreendedorismo, por intermédio de vários mecanismos, programas, eventos e politicas que visam dar suporte ao empreendedor desde a fase da ideia até ao arranque do negócio.

5.1 Instituições de apoio ao empreendedorismo 5.1.1 Agência para Empresarial e Inovação

o

Desenvolvimento

A Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI), tem por objetivo a promoção da competitividade e o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas, em todos os aspetos relevantes e em consonância com as políticas do Governo, trabalhando em estreita ligação com os parceiros nacionais e internacionais ligados ao sector. É também missão da Agência a promoção da inovação e o desenvolvimento da capacidade empresarial nacional e a melhor utilização da capacidade produtiva instalada no quadro da política de desenvolvimento dos sectores estratégicos definidos pelo Governo visando, particularmente, a melhoria do ambiente de negócios. Na execução da sua missão, a ADEI disponibiliza os seguintes programas de apoio: • Programa CRIA • Programa PME+ • Programa ACESSO A MERCADOS • Programa INOVAR • Programa RENOVAR • Programa ACADEMIA MPME

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Saiba mais em: www.adei.cv

5.1.2. Outras Instituições empreendedorismo

de

apoio

ao

Ø AJEC-Associação de Jovens Empresários de Cabo Verde: http://www.ajec.org.cv Ø CI - Cabo Verde Investimento http://www.cvinvest.cv/ Ø CCISS- Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento http://www.faroldacciss.org/ Ø IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional http://www.iefp.cv Ø MDC- Ministério das Comunidades http://www.mdc.gov.cv Ø Morabi- Associação Cabo-verdiana de Auto-promoção da Mulher: http://www.morabi.org Ø OMCV- Organização das Mulheres de Cabo Verde http://www.voluntariadocv.org

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/instituicoes-de-apoio-aoempreendedorismo

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5.2. Mecanismos de apoio ao Empreendedorismo 5.2.1 Programa CRIA O Programa CRIA, da ADEI, presta ao empreendedor um conjunto integrado de serviços ao longo das várias fases do ciclo de vida do empreendimento, desde a fase inicial, de concepção do projeto, passando pela criação, arranque e desenvolvimento da empresa, conforme ilustrado a seguir.

2 • Aconselhamento no desenvolvimento ideia negócio • Assistência desenvolvimento Plano de Negócios e no acesso a serviços técnicos

Arranque do Negócio • Facilitação processo criação ou incubação da nova empresa • Facilitação acesso a soluções financeiras

1

• Acompanhamento técnico da nova empresa

3 Desenvolvimento do Negócio

Projeto de Negócio

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-22-23-40-06/8-ciclo-ideia/21-programa-cria

5.2.2 Gabinete do empreendedor Os Gabinetes do Empreendedor são espaços de assistência a empreendedores e empresários que pretendam desenvolver ou fazer crescer o seu negócio, colocando à disposição destes Programas de Desenvolvimento Empresarial e toda a iniciativa promovida pela ADEI e seus parceiros, com vista ao desenvolvimento do sector privado e da economia nacional.

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Localizados estrategicamente, cobrem quase todo o país, trabalham em rede com diversas Instituições Pública e Privadas, através de atividades de aconselhamento e orientação previamente agendadas nos Gabinetes, bem como, de ações no terreno junto de segmentos alvo de empreendedores e empresários na sua região de atuação. /Contactos •

Santo Antão: Ponta do Sol, CEFP / Telf:2251204

São Nicolau: Telf:2352555

São Vicente: Rua Patrice Lumumba, Mindelo/ Telf. 2317623

Boavista: Sal Rei, Edifício CMBV, Largo Santa Isabel /Telf:2518091

Sal: Santa Maria, Instalações da DREC/Telf:2422744

Santiago:

Ribeira Brava, Gabinete Técnico da CMRB/

- Praia (Coordenação): Rua Dr. Júlio Abreu nº3 /Telf:2601980 - Assomada: Instalações da CEFP/Telf:2654505 - Santa Cruz: Achada Fátima /Telf:2691762 •

Maio: Porto Inglês, Avenida Amílcar Cabral, Edifício da SDTIBM/ Telf:2551890

Fogo: São Filipe, CEFP – Tel:2814110

Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-22-23-40-8/8-ciclo-ideia/23-gabinete-doempreendedor

5.2.3 Rede Nacional de Incubadoras (RENI) As incubadoras são promovidas pela ADEI com seus parceiros e surgem para apoiar na afirmação das micro, pequenas e médias empresas, ao criar um ambiente que estimule o desenvolvimento de ideias e iniciativas empreendedoras, numa lógica do mercado. Neste momento compõem a RENI as incubadoras de Turismo no Sal e na Boavista, do Agronegócio em Santo Antão e em Santiago, a Multissectoriais na Praia e em São Vicente e da TIC na Praia. São criadas estrategicamente para potencializar o desenvolvimento económico e empresarial da ilha ou concelho onde se localiza, em parceria com outras Entidades. Guia do Empreendedor

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Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-22-23-40-7/8-ciclo-ideia/22-bic

5.2.4 Programa de Mentoria Programa de Mentoria é um projecto que pretende mobilizar personalidades da nossa sociedade que têm disponibilidade e vontade de contribuir para o desenvolvimento do empreendedorismo e que queiram trabalhar com empreendedores em sistema de Voluntariado. O programa tem como objectivo garantir aos empreendedores que estão a ser acompanhados pela ADEI ou pela RENI orientações necessárias para alcançarem o sucesso de seus negócios. Esta orientação pode ser inicial na identificação do modelo de negócio adequado às características da empresa e do ambiente de negócio, a identificação de técnicas para o aumento da produtividade, bem como na definição das prioridades do negócio.

5.3 Eventos de promoção do empreendedorismo Concurso de Ideias “Empreender Agora: É uma ferramenta de promoção do empreendedorismo que foi lançada em 2010 e desde então tem procurado motivar e capacitar empreendedores de modo a desenvolverem suas ideias, baseadas nas necessidades do mercado e passíveis de darem origem a um negócio. O Concurso pode assumir diferentes formatos, de acordo com o Público-alvo a que se destina. Pode ser dirigido a alunos do ensino técnico e secundário, a jovens com formação profissional, a determinado segmento populacional georeferenciado - como empreendedores de um determinado município, ou a empreendedores com interesse num determinado sector de actividade. Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/component/content/article/8-ciclo-ideia/33-empreender-agora

Oficina do Empreendedorismo de Cabo Verde (OE) é um projecto desenhado no âmbito do acordo de cooperação entre o SEBRAE , a ADEI e a CCB-AE. Trata-

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se de um poderoso instrumento para o reforço da cultura empreendedora e para o combate à elevada taxa de informalidade existente no país, pois, ajuda os empreendedores a entenderem o ciclo do desenvolvimento de um negócio, sensibilizando-os para a formalização, para a busca de informação e para a procura de conhecimento necessários ao desenvolvimento sustentável do negócio. Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/ciclo-ideia/29-oficina-do-empreendedorismo-adei

Start Up Universitário é uma iniciativa da ADEI e do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Inovação que visa avaliar e premiar ideias e planos de negócios inovadores e com elevado potencial para o mercado. Este projecto é o culminar de uma série de iniciativas de sensibilização desenvolvidas nas universidades que visam fazer a linkage eficiente dos estudantes com o mercado de trabalho. Está destinado a todas as pessoas singulares, membros da comunidade universitária e recémformados, concorrendo individualmente ou em equipa. Anualmente os finalistas e vencedores são premiados e acompanhados no arranque de suas empresas, com assistência técnica da Rede Nacional de Incubadoras. Saiba mas em: http://www.pme.cv/index.php/pt/component/content/article/8-ciclo-ideia/30-startupuniversitario

Momento do Empreendedor (ME): São sessões temáticas de curta duração desenvolvidas com o objectivo de fomentar o empreendedorismo e o desenvolvimento de competências específicas junto dos empreendedores. O ME facilita a aquisição de experiências que servem de orientação aos jovens universitários e aos estudantes do ensino técnico e formação profissional através da dinamização de acções que os coloquem em contacto com a realidade empresarial, social e do mercado de trabalho. São palestras, debates, minicursos e “Cinema empresarial” (sessões de vídeos comentados), de contactos de troca de experiências que levam a um melhor discernimento das exigências do contexto empresarial.

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Saiba mais em: http://www.pme.cv/index.php/pt/2013-09-14-22-23-05/eventos-de-promocao-doempreendedorismo/8-ciclo-ideia/31-momento-do-empreendedor

Empreendedorismo Feminino é um projecto da ADEI e da AJEC que tem por objectivo promover uma maior e melhor participação das mulheres no tecido empresarial caboverdiano, através de ideias de negócios duradouras e economicamente viáveis. Visa capacitar as mulheres com técnicas de gestão de micro e pequenas empresas e incentivá-las a implementar o seu próprio negócio, utilizando a metodologia de formação GERME, metodologia essa adaptada às necessidades de gestão das micro e pequenas empresas.

Saiba mais em: http://www.adei.cv/index.php?option=com_content&view=article&id=745:ainda-este-mes-o2-concurso-empreendedorismo-feminino&catid=34:noticias-actuais&Itemid=70

Start Up Weekend é uma ferramenta criada e gerida pela Fundação que procura promover o empreendedorismo em comunidades locais e tem como objetivo inspirar e dar suporte a indivíduos, equipas e comunidades que têm ideias de negócio. É um evento que se conecta com um movimento global de empreendedores ativos que ocorre em mais de 115 países ao redor do mundo, onde em 54 horas aprendem os princípios básicos da criação de startups e se preparam para o lançamento de negócios de sucesso. As melhores ideias são premiadas. http://www.pme.cv/index.php/pt/component/content/article/8-ciclo-ideia/32-startupweekend

GEW - Global Entrepreneurship Week - Semana Global do Empreendedorismo é um movimento global lançado na Inglaterra, que contagiou o mundo, tendo se tornado global em 2008. Tem servido para iluminar mentes, impulsionar ideias, dinamizar a procura de soluções e responder às necessidades do incremento do desenvolvimento

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económico das nações com impacto global. Cabo Verde se engajou em 2010 e foi reconhecido em 2013 como -The country of the year (país do ano). Também foi por duas vezes (2013 e 2014) reconhecido como Campeão Mundial - Most Champion Catalizer Award (mais actividades per capita); Mais informações sobre a realização deste evento podem ser obtidas através de: E-mail: gew.capeverde@ajec.org.cv / direcção.nacional@ajec.org.cv/ site: www. gew.ajec.org.cv.

Programa de empreendedorismo nas escolas secundárias está a introduzir a componente empreendedorismo no plano curricular do ensino secundário geral e técnico, com o objectivo de incutir uma atitude positiva em relação ao empreendedorismo. Este procurar desenvolver competências empreendedoras e a autoconfiança nos jovens na realização das suas actividades, a poiar os estudantes no processo de ensino-aprendizagem oferecendo-lhes a oportunidade de aplicar na prática a teoria aprendida na sala de aula, assim como reforçar aptidões como auto-estima, responsabilidade, criatividade e planeamento.

Business Lab é uma iniciativa da ADEI em parceria com as diferentes universidades que operam no país, onde se procura valorizar a criatividade e as ideias empreendedoras dos alunos, bem como as pesquisas académicas de forma a promover um melhor alinhamento com as necessidades do mundo empresarial. As actividades iniciam-se nos espaços das universidades onde também são disponibilizados recursos da RENI- Rede Nacional de Incubadoras, procurando sempre uma maior aproximação ao meio empresarial.

Empreendedorismo Inclusivo é um projecto que procura promover a cultura empreendedora, junto das pessoas com necessidades especiais, contribuindo para a geração de rendimentos, de auto-emprego e da autonomia pessoal e social. O projecto prevê ações de desenvolvimento de modelos de negócios ajustados às necessidades deste segmento da população, de ações de capacitação, de consultoria para o desenvolvimento dos projectos, do acompanhamento especializado para os auxiliar a ter uma oportunidade de trabalho, de resgatar a auto-estima, a autonomia bem como uma integração social plena.

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6- CRONOGRAMA DO PROCESSO EMPREENDEDOR O cronograma abaixo prevê o tempo que deverá passar em cada fase do processo Empreendedor. Estima-se que desde o momento que toma a decisão de empreender até a fase do arranque do negócio são necessários aproximadamente 4 meses. A primeira vista pode parecer muito tempo mas, é o tempo necessário para amadurecer a ideia, efetuar o planeamento calculando os riscos envolvidos e implementar o negócio. Este é apenas um tempo indicativo, visto que dependendo da sua área de negócio poderá levar menos ou mais tempo. Recomenda-se que o processo empreendedor nunca ultrapasse os 6 meses, pois senão, correrá o risco de perder a oportunidade de negocio identificada. Alertamos que respeitar este tempo é fundamental para garantir a análise de todos os pontos críticos para o sucesso do novo empreendimento!

Boa sorte e bons negócios!!

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O empreendedor

A ideia

Planeamento & Preparação

Arranque

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7- LEITURAS RECOMENDADAS

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Kim,W.; Mauborgne, R. (2005). Estratégia do Oceano Azul: Como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Campus editora.

Pesce,B. (2012). A Menina do Vale, Como o empreendedorismo pode mudar a sua vida. 1ª Edição.

Osterwalder, A.& Pigneur, Y.(2011). Criar Modelos de Negócio. Dom Quixote.

Eoch,R. (1999) Um toc na cuca, Editora Cultura.

Walls, B. (2013). As 50 melhores ideias de Negócio dos últimos 50 anos. (1ª edição). Best Business.

Brown, T.(2010). Design Thinking: uma poderosa metodologia para decretar no fim das velhas ideias. Editora Campus-Elsevier.

Kiyosaki, Robert T. (2000). Pai Rico, Pai Pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro; tradução de Maria José Cyhlar Monterio. – Rio de Janeiro, Campus.

Covey, S. (2001) Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo: Editora Best Seller.

Dolabela,F. (1999).O Segredo de Luísa: Uma ideia, e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. 10. ed. São Paulo: Cultura.

Cury, A. (2007) Filhos brilhantes, alunos fascinantes. São Paulo: Editora Planeta.

Maxwel, J. 21 Indispensáveis qualidades de um líder. Editora Thomas Nelson Brasil

Dornelas, J.; Timmons J.; Spinelli, S. A Criação de Novos Negócios: Empreendedrismo para o Século 21”, . Editora Elsevier

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Se arriscarem e falharem, falhem rápido, sejam ágeis e voltem a tentar” Sheel Tyle

Para mais informações, consulte o Guia do Empreendedor da ADEI, disponível em www.pme.cv Votos de sucesso no seu negócio! 78

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