Anais 2014-2015

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ACADEMIA DE MEDICINA DE BRASÍLIA

Mas, depois, o indivíduo aos 15 anos de vida torna-se um atleta. Ouvi um monte de vezes dizerem que o caso é grave, complicado, difícil. Mas temos que verificar melhor. Vamos fazer o possível para melhorar a situação. A boa estratégia é responder às perguntas dos pais e desfazer suas dúvidas com linguagem clara e simples. Fazer diagramas se necessário. Fizemos um estudo sobre esse tema em Sobradinho. Após o atendimento e a receita, eu me dirigia ao médico e perguntava: Venha cá. Como você vai dar esse remédio aqui? Muitos não souberam explicar detalhadamente como usar o que prescreveram. Há outras questões. Quando receitarem no ambulatório, só deverão escrever em apenas um lado da receita. Não podem usar o outro lado da folha. Mas por quê? Porque se você virar a página, o paciente vai chegar ao fim do mês, vai lhe mostrar a receita e perguntar: Doutor eu recebi meu salário. Qual desses remédios eu compro? Então, temos que receitar aquilo que seja mesmo necessário para ele comprar naquele dia. Deve se ter certeza de que as orientações verbais e escritas foram bem compreendidas. É necessário esclarecer o porquê dos exames complementares, das prescrições e explicar o que, para que, quando e por quanto tempo se deve usar o medicamento prescrito. É preciso evitar solicitações generalizadas de exames complementares e uso abusivo de medicamentos, o que está muito sendo feito. O problema está cada vez mais sério. Teria toda criança com enterovirose ter exames de transminases, de sódio, de potássio e radiografia do tórax? Há casos de crianças com diarreia que nos chega até com pedido de exames séricos de várias enzimas e outras solicitações. Há exames que nem sei por que se está pedindo. Mas o que se prescreve depois são apenas 30


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