Anais 2014-2015

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ex-residente mandando no seu ex-chefe. No presente, acabou-se a hierarquia, não é mais o chefe quem manda, é qualquer um politicamente indicado por não sei quem. Temos de crescer. A população cresceu, mas Brasília não cresceu na sua expansão de atendimento. A não ser por funcionamento das UPAs e tal, a expansão praticamente parou nos hospitais. Os centros de saúde praticamente se fecharam e, em vários lugares, não há mais médicos. É uma pena. Realmente, gostaria muito de ter uma solução pronta e acabada, mas sabemos que todo plano pronto e acabado envelhece precocemente. Não sou contra o setor privado, muito pelo contrário! Isso pode ser ótima opção, embora restrita a pequena parcela da população. Se quisermos ir a um hospital privado ou a uma clínica privada e receber um excelente atendimento é ótimo. Mas temos que dar o mínimo de dignidade ao paciente no sistema de saúde pública.

Acad. Dr. Augusto César. Eu me lembro, Dr. Frejat, que, na sua primeira gestão, a Comissão Assessora de Psiquiatria, coordenada pela doutora Vera Azevedo, elaborou o primeiro projeto da reestruturação da assistência médica no Distrito Federal. Durante sua gestão, treinávamos os recém-criados centros de saúde, tendo como referência o Hospital São Vicente de Paula e os centros de saúde de Ceilândia e Taguatinga. Estes tinham um sistema de assistência de cobertura e de complexidade que apoiava as equipes de atenção primária que atendiam nos novos centros de saúde. Esse desenho que o senhor estabeleceu ainda é absolutamente fidedigno. Estamos diante de uma cena mundial, na qual a globalização puxa e legitima, talvez em todos os setores, a tendência de 207


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