Todos os dias, o Brasil acorda, se levanta e sai de casa para trabalhar. O Brasil dos nossos empreendedores, que decidiram construir a sua própria história com seus micros e pequenos negócios. São eles que movimentam o nosso país. Eles são o Brasil. Eles são a alma do Brasil. E nós? Nós somos a força do empreendedor brasileiro, a força com que eles contam todos os dias há 50 anos.
Somos o Sebrae que o Brasil precisa. O Sebrae que o Brasil contou ontem, conta hoje e vai contar amanhã. 86
milhões de brasileiros beneficiados pelo setor (40% da população)
54 %
dos empregos com carteira assinada 78 % dos empregos formais criados em 2021
30 % de todas as riquezas produzidas no país (PIB).
Aline Lefol
Fundadora e CEO da “Lilu”, startup do mercado pet.
Índice
Dia 01
Congresso Internacional Abit 2022: abertura oficial
Brasil está posicionado para liderar a nova economia verde
Novos mercados desafiam a indústria têxtil e de confecção
Euratex apresenta estratégias para a indústria têxtil e de confecção
Tecnologia: oportunidades para a cadeia produtiva
Sustentabilidade e Economia Circular caminham juntos
Varejo e cadeia produtiva de moda: uma causa comum
Dia 02
O momento de agir é agora
Governos e instituições setoriais: aliados em busca da competitividade
Inteligência Competitiva auxilia empresas no crescimento sustentável
Talentos, competências e perfil profissional do futuro: o que muda?
Tecnologia como transformação de vidas 08 10 12 14 16 18 20 24 26 28 30 32
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Congresso Internacional Abit 2022: abertura oficial
O presidente Fernando Pimentel fez a abertura oficial do Congresso Internacional Abit 2022, que aconteceu nos dias 3 e 4 de novembro, no Minas Centro, em Belo Horizonte (MG). Durante discurso, o executivo reassaltou aspectos relacionados ao tema “Estratégias para um futuro mais sustentável”.
Em mensagem de vídeo, o deputado federal Marcos Pereira, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção, reforçou a importância do evento. “Quero parabenizar pelo Congresso, lembrando que a Frente tem trabalhado duro para defender os interesses do setor. Continuem
contando comigo no novo mandato pelos próximos quatro anos”.
A sessão de abertura da sétima edição do Congresso também contou com a presença de Flavio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). “Realizamos, pela segunda vez, o evento paralelamente ao Minas Trend e temos total sinergia”, disse.
A cerimônia contou, ainda, com as presenças de Aguinaldo Diniz Filho, presidente emérito Abit e Rafael Cervone, presidente do Conselho do Senai Cetiqt e também emérito da Abit.
Brasil está posicionado para liderar a nova economia verde
Henrique Ceotto, sócio da McKinsey & Company, realizou a palestra de abertura do Congresso Internacional Abit 2022 e desenvolveu o tema “Tendências globais e imperativos de sustentabilidade na indústria têxtil”. Segundo ele, o mundo mudou nos últimos 18 meses quando se trata de sustentabilidade e enfatizou que o Brasil está posicionado para liderar a nova economia verde. “O risco climático para o País é relevante e precisamos capturar essa oportunidade”.
Ele acrescentou que, na jornada de descarbonização, o Brasil tem grande oportunidade. “Temos 15% do potencial global de captura de carbono”, apontou. “A questão do carbono deveria ser vista como uma grande oportunidade”, complementa.
Ceotto observa, ainda, que as empresas dedicadas às demandas específicas do consumidor terão vantagem estrutural competitiva. “Ter uma estratégia setorial é importante. Também é necessário entender sua pegada de carbono e identificar o que pode ser feito para reduzir de forma econômica”.
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Novos mercados desafiam a indústria têxtil e de confecção
O mercado têxtil e de moda sofreu diversas mudanças com a pandemia, promovendo novos comportamentos dos consumidores, abrindo mercados e acelerando o uso de tecnologias digitais para venda e consumo, com impactos também nos modelos de negócios. O tema foi discutido no primeiro painel do Congresso Internacional Abit 2022, com foco nos novos mercados que se abriram para a indústria têxtil e de confecção, especialmente por meio dos materiais avançados e novos canais de produção e consumo. A
mediação ficou por conta de Fernando Pimentel, presidente da Abit.
Sabrina Capozzi, diretora da Futurebrand, destacou que as marcas precisam refletir como melhorar a vida dos consumidores. “Marcas fortes são aquelas preparadas para o futuro e conseguem se adaptar ao longo do tempo”, disse. Ela também destaca que as empresas podem ditar microtendências. Entre as tendências para 2023, Capozzi aconselha que as marcas se posicionem de modo positivo
visando o futuro com otimismo.
O painel também contou com James Wellwood, fundador da Urbanic, que tem 100% de foco na moda com sustentabilidade e inclusão através de tecnologias avançadas. “Inclusão não é somente uma palavra da moda, queremos superar barreiras e incluir as pessoas”, declara. Embalagens sustentáveis também são usadas pela marca que tem recebido feedback positivo dos consumidores no contexto ESG.
Rogério Guimarães, diretor de Franquias e E-commerce da Lupo, também participou da discussão apresentando as principais inovações promovidas pela empresa que produz 200 milhões de peças por ano. Entre os destaques, soluções tecnológicas para incrementar a experiência de compra dos consumidores no varejo. “Temos que ir aonde o consumidor seja encontrado e oferecer uma experiência consistente em todos os canais”, pontua.
Euratex apresenta estratégias para a indústria têxtil e de confecção
Dirk Vantyghem (imagem no telão), diretor-geral da Euratex, apresentou a base da estratégia para a indústria têxtil e de confecção durante apresentação especial no Congresso Internacional Abit 2022. Segundo ele, sustentabilidade (reduzir impactos ambientais), aumentar a resiliência industrial e a nova política de comércio global são os pilares do que tem sido discutido na União Europeia para o setor e seus impactos nas empresas têxteis brasileiras e latino-americanas. Baseada em Bruxelas, a entidade representa os interesses da indústria têxtil e de confecção na Europa. Dirk Vantyghem, diretor-geral da Euratex, apresentou a base da estratégia para a indústria têxtil e de confecção durante apresentação especial no Congresso Internacional Abit 2022. Segundo ele, sustentabilidade (reduzir impactos ambientais), aumentar a resiliência industrial e a nova política de comércio global são os pilares do que tem sido discutido na União Europeia para o setor e seus impactos nas empresas têxteis brasileiras e latino-americanas. Baseada em Bruxelas, a entidade
representa os interesses da indústria têxtil e de confecção na Europa.
Segundo ele, a indústria têxtil passa por um momento de transição industrial saindo de um ambiente paradigma de comércio mais livre e se dirige para outro mais regulamentado. “Haverá um caminho de transição, precisamos garantir que empresas adotem novos padrões e continuem competitivas. Queremos garantir que as empresas globais atendam os requisitos. A ideia é que, por exemplo, uma roupa produzida na Bélgica, Brasil ou Bangladesh respeite os mesmos padrões, esteja em pé de igualdade”, ressaltou.
“Temos muito trabalho pela frente e queremos trabalhar junto com a indústria têxtil global. O Brasil terá papel fundamental em prol do futuro mais sustentável. Contamos com a América Latina e o resto do mundo para criarmos um ambiente melhor”, enfatiza o representante da Euratex.
Tecnologia: oportunidades para a cadeia produtiva
As tecnologias de materiais e de processos produtivos têxteis e de confecção direcionaram o segundo painel do Congresso Internacional Abit 2022. Entre os temas de destaque, indústria 4.0 e a sustentabilidade, com as estratégias voltadas à integração da cadeia produtiva, a eficácia dos processos produtivos, o uso adequado dos recursos naturais e a redução dos impactos ambientais. A mediação foi de Rafael Cervone, presidente emérito da Abit.
Giuseppe Gherzi, sócio-diretor da Gherzi, comentou sobre mudanças no cenário da indústria têxtil mundial nos próximos
anos. Ele alerta, por exemplo, que hoje a indústria têxtil chinesa opera com somente 50% da sua capacidade e Turquia com cerca de 30%. “China está perdendo fatia de mercado e isso é uma oportunidade para o Brasil”, observa. Gherzi complementa que o consumo de fibras diminuiu em 2020 e que a previsão é de que um grande volume de materiais recicláveis entre no processo produtivo em 2026. Metaverso também é um ponto que merece atenção, mostrou a Gherzi.
Braz Costa, diretor-geral do Citeve, defendeu que materiais e processos vão marcar o futuro do setor têxtil e de con-
fecção. A estratégia desenvolvida para o futuro, de acordo com o especialista português, terá a transição digital e a sustentabilidade como pontos fundamentais. “Hoje temos falta de mão de obra no setor têxtil e de confecção em Portugal e o mesmo também pode acontecer aqui no Brasil”, alertou.
Ricardo Aloysio e Silva, gerente de Educação e Tecnologia do Senai MG, também participou da discussão e abordou detalhes da indústria 4.0 no processo produtivo. “Vale ressaltar que ela não é automação, é possível ser implementada aos poucos”. Ele destacou, ainda, as etapas da
jornada de transformação 4.0 que compreende, entre outros, a capacidade preditiva e a otimização.
Matheus Fagundes, diretor Executivo de Marketing e Vendas da Audaces, frisou sobre a integração entre tecnologias, processos e pessoas. O executivo da multinacional brasileira presente em mais de 70 países e com cerca de 15 mil clientes apontou para as etapas e impactos de implementação de novas tecnologias. “Temos nas mãos possibilidades para sermos globais, podemos competir fora”, afirma.
Sustentabilidade e Economia Circular caminham juntos
A sustentabilidade é o tema central no futuro da moda e da indústria e, também, destaque do Congresso Internacional Abit 2022. O terceiro painel do evento discutiu iniciativas para a sua promoção e da economia circular no setor têxtil e de confecção, tendo como principais diretrizes a otimização no uso dos recursos naturais e a redução dos impactos ambientais dos processos produtivos e dos produtos, considerando o consumo, uso, reuso e o descarte de resíduos e dos produtos manufaturados.
Rafael Cervone, presidente emérito da Abit, mediou o encontro.
Tiago Marchi, gerente Executivo da Suzano, líder global em celulose de fibra curta, apresentou um novo filamento têxtil. “A ideia é oferecer uma solução sustentável.
Trata-se de uma fibra que tem características diferentes. É uma opção de base renovável, sem microplásticos”, explica. O processo é inspirado na teia de aranha, com zero por cento de desperdício.
Julio Busato, presidente da Abrapa, mostrou como o setor se organizou para planejar e executar ações para incrementar a produtividade e qualidade do algodão brasileiro. “Avançamos, com o tempo, na tecnologia e na qualidade da nossa fibra”, reforçou. “A sustentabilidade é o ponto forte do nosso algodão. Hoje 86% de toda a produção é certificada com as melhores práticas de sustentabilidade”, acrescentou Busato.
Emily Ewell, CEO da Pantys, comentou sobre os passos da primeira marca brasileira de high-tech underwear com foco em inovação. Detentora do maior portfólio de moda absorvente, a Pantys
tem produção 100% brasileira. Além do comércio virtual, também opera com lojas físicas em São Paulo. “A saúde das pessoas e a sustentabilidade são nossas preocupações”, ressalta a co-fundadora da empresa.
Roberto Muñoz Garcia, diretor da Jeanologia, empresa que oferece soluções de apoio tecnológico e processos inovadores, também integrou o painel. De acordo com ele, a Jeanologia atua em mais de 70 países e auxilia a transformar a maneira tradicional que as roupas são produzidas. “Queremos melhorar a produção da indústria e otimizar a eficiência energética no processo”, disse.
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Varejo e cadeia produtiva de moda: uma causa comum
A segunda sessão especial do Congresso Internacional Abit 2022 abordou o tema “Varejo e cadeia produtiva de moda unidos por uma causa comum”.
O encontro contou com as participações de Edmundo Lima, diretor Executivo da Abvtex, Claudia Cicolo, da T.Christina Confecções e Fernando Pimentel, presidente da Abit.
A Abvtex apresentou o movimento ModaComVerso que tem o intuito de promover a moda socialmente responsável no Brasil a partir do estímulo a uma cadeia de valor ética, humana e transparente.
“Lançado em setembro de 2021, o Programa tem o objetivo de educar, sensibilizar e engajar o consumidor”, enfatiza Lima.
Fernando Pimentel destacou que a agenda da sustentabilidade também tem sido tratada pela Abit e reforçou a importância do ModaComVerso. “Poucos países têm esse ecossistema tão integrado como temos no Brasil, aqui congregamos desde a matéria-prima até o final e isso facilita o diálogo”, citou. “Esse Movimento vai ao encontro dos objetivos da Abit e da Abvtex. É um conjunto de pilares para fortalecer nossa indústria”, complementou.
“O Programa nos encantou e aderimos”, declara a empresária Claudia Cicolo. “Quem puder se engajar, não perca a oportunidade. Sabemos que a valorização das pessoas interfere na produtividade”.
O momento de agir é agora
As atividades do segundo dia do Congresso Internacional Abit 2022, em 4 de novembro, começaram com apresentação de Ricardo Skibelski, sócio da McKinsey & Company, que abordou o tema “Construindo resiliência em tempos de incerteza”.
“O momento atual é relevante para pensarmos na resiliência da empresa nos próximos anos, por uma série de motivos. Entre eles, as mudanças sofridas pelo mercado e também pelo consumidor recentemente. Percebemos aumento nos preços das matérias-primas e observamos que 80% dos brasileiros reduziram gastos nos últimos 12 meses e 77% das pessoas começaram a pesquisar mais antes de comprar”, analisa. “Empresas resilientes definem novos planos de ações e temos que agir agora”, reforça ele.
Os dados da McKinsey também apontam para mudanças nos canais de compra. “A penetração online no Brasil ainda tem potencial de crescer duas vezes quando comparado a outros países líderes”.
A apresentação de Ricardo Skibelski no evento foi mediada pelo presidente emérito da Abit, Rafael Cervone.
Governos e instituições setoriais: aliados em busca da competitividade
Impulsionar a integração e a cooperação entre governos e instituições setoriais é imprescindível para construir políticas públicas aceleradoras da inovação e da competitividade. Esse pilar é estratégico para alcançar a visão de futuro 2030 do setor têxtil e de confecção. Com isso, o quarto painel do Congresso Internacional Abit 2022 buscou discutir iniciativas relacionadas ao incentivo de tecnologias 4.0 e em produtos e processos sustentáveis, nos diferentes segmentos e empresas da cadeia de valor.
Carlos Arruda, professor associado da Fundação Dom Cabral, abriu a
discussão com dados de desafios da agenda de competitividade global. “O Brasil é um país complexo e hoje está entre os menos competitivos do mundo. Temos ativos abundantes, como água e mercado. Mas, no fator processos, o país perde posições. Precisamos explorar os ativos que temos”, salienta.
“O tamanho dos desafios não é pequeno. Precisamos pensar o país em médio e longo prazo”, enfatizou Jackson de Toni, analista de Produtividade da ABDI que prioriza a transformação digital das empresas. Ele acrescenta que é necessário encontrar mecanis-
mos realistas, com persistência estratégica, coordenação e diálogo. “Os setores público e privado precisam conversar com clareza”.
André Limp, coordenador de Indústria e Serviços da ApexBrasil, citou o Texbrasil – Programa de Internacionalização da indústria têxtil e de moda brasileira como exemplo de ferramenta exitosa no auxílio de empresas na superação de desafios. “É necessário tratar da inserção das nossas empresas em cadeias globais de valor”, disse. É preciso que elas tenham inteligência de mercado, resiliência e adaptabilidade”, pontua ele.
Ana Cristina Costa, coordenadora de Estratégia Industrial e Desenvolvimento do BNDES, ressaltou as parcerias realizadas pelo Banco com outras
instituições, como o Programa Brasil Mais. “A ideia é unir esforços. Temos um país desigual e precisamos trabalhar uma política industrial conjunta, com foco nas temáticas de futuro, para que o Brasil seja mais inovador e mais justo”, aponta.
“Não podemos parar diante do cenário complexo e estamos atentos aos desafios. Como pontos de avanço, temos tentado fortalecer o ecossistema de inovação voltado para o pequeno negócio e ampliar as possibilidades de financiamentos, entre outras ações”, comenta Carlos Eduardo Santiago, gerente Adjunto de Competitividade do Sebrae Nacional.
A mediação do debate foi de Fernando Pimentel, presidente da Abit.
Inteligência Competitiva auxilia empresas no crescimento sustentável
Para falar sobre o futuro do setor, é necessário pensar nos dados e nas informações disponíveis e como eles podem ser utilizados para o crescimento e a inovação das empresas. O tema foi debatido no quinto painel do Congresso Internacional Abit 2022 que tratou da implementação de plataformas colaborativas de acesso à informação, conhecimentos-chave para a tomada de decisões em negócios, ganho de competitividade e crescimento em rede.
Eduardo Yamashita, diretor de Operações do Grupo GS & Gouvêa de Souza, mostrou de que maneira a organização em ecossistemas criou as maiores e mais relevantes empresas do mundo. Durante apresentação, ele também destacou o uso de dados em parceria. “Há várias situações que revelam a sinergia entre indústria e varejo”, disse. “Os ecossistemas estão reconfigurando o consumo globalmente através dos dados. Coletar, organizar e monetizar dados são o
principal ativo”, adiciona Yamashita.
Gilberto Stocche, CEO da Santista Têxtil, trouxe o case recentemente desenvolvido em joint venture com a empresa israelense MySize que consiste no desenvolvimento de uma ferramenta de tecnologia (MySizeID) para aumentar a eficiência nas vendas online, aumento da conversão de pedidos e diminuição de custos logísticos. “É uma plataforma de comércio e soluções de mediação orientadas por Inteligência Artificial”, conta o executivo.
Henry Costa, diretor de Produto da Lojas Renner, apresentou o cenário “produto 4.0” que envolve máquinas robô, simulação 3D, integração de sistemas e processos, entre outros aspectos. “Nearshoring é o grande futuro e short term pode ser considerado uma oportunidade para a indústria”, sinalizou.
O debate foi mediado pelo presidente da Abit, Fernando Pimentel.
Talentos, competências e perfil profissional do futuro: o que muda?
Com tantas mudanças em andamento no setor têxtil e de confecção, como fica a questão do talento? Esse foi o tema debatido no último painel do Congresso Internacional Abit 2022 abordando os perfis profissionais exigidos para o desempenho de determinadas funções e ocupações, hoje e em futuro próximo. Os palestrantes comentaram sobre mudanças no ensino e na modernização nas relações trabalhistas, além de iniciativas conjuntas para esse fim, envolvendo governos, associações e sindicatos patronais e de empregados.
Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, defende a implementação de uma agenda de qualificação e requalificação profissional no contexto da indústria 4.0. “Precisamos ter isso claro e preferencialmente que seja aplicado de forma semipresencial”, destaca. Ele também informa que entre os novos profissionais estão especialistas em sustentabilidade para profissionais têxteis e em nãotecidos e tecidos técnicos.
Dirk Vantyghem, diretor Geral da Euratex, relatou os desafios em treinamento
e capacitação de pessoas que atuam no setor têxtil e de confecção na Europa. Segundo ele, os dados mostram que há uma queda no número desses trabalhadores. “Percebemos uma redução no número absoluto de colaboradores, nos últimos oito anos, de 1,5 milhão para cerca de 1,3 milhão. No entanto, a produtividade delas aumentou”, identifica. A Euratex também cita que a mão de obra está envelhecendo e, com isso, há perda de habilidades encontradas na experiência daqueles que se aposentam e não são substituídos.
César Döhler, diretor Financeiro da Döhler, empresa têxtil com 140 anos de atividades do segmento de cama, mesa, banho e decoração também participou da discussão e detalhou ações que têm sido adotadas na empresa que tem 2700 funcionários. “Na nova cultura do trabalho, os colaboradores devem entregar o seu melhor. O foco está no trabalhador”, disse ele acrescentando que trabalho em equipe, criatividade, empatia e inteligência emocional estão entre as competências comportamentais do futuro.
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Tecnologia como transformação de vidas
Henry Cheng, presidente da Foxconn Brasil, fez a palestra de encerramento do Congresso Internacional Abit 2022 e comentou como a tecnologia transforma as vidas humanas e o que se pode esperar para os próximos anos.
Ele apresentou números dos Estados Unidos e fez um comparativo sobre a forma de comunicação em diferentes grupos de gerações: silent (cartas), baby boomers ( telefone), geração X ( e-mail), geração Y ( Whatsapp) e a geração Alpha ( emojis). O palestrante também citou exemplos de Ecossistema Digital, como Facebook e Apple.
Cheng acredita que, em 2025, a geração baby boomer sairá do mercado de trabalho e as gerações Y e Z ocuparão 75% desse espaço. “
A tecnologia deverá ser pensada já para esse público”, observa.
O palestrante anunciou, ainda, que a Foxconn está desenvolvendo um Ecossistema de Saúde B2B voltado para soluções rápidas e acompanhamentos eficientes para o paciente. E recomenda aos congressistas: “vendam a solução, não o produto”.
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- Programa de Desenvolvimento Setorial Têxtil: desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), com o apoio do SENAI CETIQT, tem como objetivo orientar e capacitar profissionais do setor têxtil na ampliação de negócios em têxteis técnicos, além de identificar oportunidades e implementar projetos para pavimentar o caminho de futuro das empresas do setor.
- Microbiologia para têxteis: o Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção analisa tecidos, ou não tecidos, e verifica a proteção antimicrobiana em, por exemplo, aventais para hospital e máscaras para covid. O IST é o único no Brasil que atende às normas obrigatórias dos ensaios antimicrobiológicos.
- Mapeamento de matérias-primas e alternativas sustentáveis: o time de Inteligência Competitiva e Propriedade Intelectual, do Instituto de Inovação SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI), mapeia novos insumos para tornar produtos e processos mais sustentáveis, encontrando os principais players do mercado, além de identificar as destinações de melhor valor agregado para resíduos. Formado por especialistas com experiência em análises de diferentes setores da indústria de transformação química e têxtil, geramos dados de alta qualidade para posicionar o seu negócio frente às principais tendências e oportunidades das tecnologias sustentáveis no Brasil e no mundo.
Jornalista Responsável: Ligia Santos – Gerente de Comunicação