Horizontes 29

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Horizontes Edição 29 ‐ abril 2019 Tiragem: 500 exemplares

www.verdehorizonte.net

Exames de Português 12.º ano A melhor escola pública do país!

3º Lugar no Mega‐Salto

Estátuas vivas

AEVH ‐ Mação

Jornal Escolar


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Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Editorial

Professor José António Almeida, Diretor do Agrupamento

Parabéns e obrigado!!! Quase sem darmos por isso chegámos ao final de mais um período e, como tem acontecido, com ele chega às nossas mãos mais um "Horizontes" trazendo consigo as nossas conquistas e vitórias, mas também as nossas preocupações e angústias. Muita coisa aconteceu neste período com importância bastante para figurar neste editorial ou em qualquer outra página deste nosso jornal, no entanto a atenção destas minhas notas plasmará, apenas, dois ou três assuntos que, de certa forma, enfatizam um pouco toda a nossa atividade. Como se previa, os rankings vieram provar o bom trabalho que os nossos alunos têm feito ano após ano. Bons desempenhos na maioria dos exames, alguns muito bons e num deles, Mação, foi só a melhor escola pública do país!!!. Internamente, já analisámos os resultados com o objetivo de corrigir ou melhorar as áreas onde ainda temos um longo caminho a percorrer, especialmente, nas disciplinas onde os resultados são mais inconstantes. Sim, caro amigo leitor, para se obterem resultados de dimensão nacional em Mação é necessário trabalhar muito e a longo prazo dado que na educação as metodologias, as estratégias e os projetos demoram muito tempo a dar frutos e envolvem muitos protagonistas. É, por isso, um erro

Ficha técnica Horizontes 29 abril 2019 Coordenação ‐ Anabela Ferreira ‐ Luísa Morgado ‐ Maria José Mendes

tentar individualizar os responsáveis por estes sucessos. Temos, há muitos anos, um ditado africano como lema no Agrupamento "É necessária toda a aldeia para educar uma criança." Assim, estes resultados devem‐se a toda a "aldeia" maçaense. Em primeiro lugar aos alunos dado que foram eles que, efetivamente, concretizaram esses bons desempenhos. Mas sozinhos, por mais capacidade e vontade que tivessem, jamais sairiam de modestos desempenhos. Houve, também, um leque de professores com muita vontade, capacidade, criatividade e, essencialmente, disponibilidade para abraçar desafios que os encorajaram, desafiaram, prepararam para estes desempenhos. Atrás desta relação pedagógica tem que estar uma família para ancorar estes projetos de vida que são as nossas crianças e jovens. O papel da família, a escola nunca o desempenhará bem e, felizmente, temos cada vez mais pais a acompanhar os desempenhos escolares dos filhos assumindo‐se, amiudadas vezes, como parceiros fundamentais neste sucesso. Para lá dos alunos, professores e pais há toda a comunidade que cria condições para este sucesso. Desde os agentes desportivos, recreativos, sociais e culturais às juntas de freguesia, todos, têm desempenhado um papel importante. Mas esta envolvente comunitária concretiza‐se, essencialmente, na Câmara Municipal. A disponibilidade, o envolvimento, o acompanhamento que a Câmara Municipal, protagonizada frequentemente pelo Sr. presidente Vasco Estrela, tem demonstrado é, perfeitamente, singular! A título de exemplo, foi inaugurado, há poucos dias, um programa fantástico para vinte e cinco alunos do 12° ano que permitirá aos mesmos escolher, melhor, percursos académicos e ou profissionais, antecipando cenários de desempenhos e satisfação e, consequentemente, serem melhores estudantes, melhores profissionais e pessoas mais felizes! Um programa que custa algumas centenas de euros por aluno, mas que o Presidente da Câmara não hesitou nem um minuto em assumir os seus custos. Desta visão moderna, ousada, virada para o futuro do Sr. presidente da Câmara, o Agrupamento, ou seja, as nossas crianças e jovens, têm tirado muitos benefícios. Para desempenhos assim, como é o caso do Dr. Vasco Estrela, não deveria haver limite temporal. Estes bons desempenhos também chegaram ao

Repórteres fotográficos ‐ José Gonçalves ‐ Margarida Cardoso Redação ‐ Toda a comunidade escolar Projeto gráfico ‐ Ilídio Vicente

projeto “Parlamento dos Jovens ‐ 2019” onde, pela primeira vez, teremos alunos na fase nacional depois de brilhante desempenho na fase regional. A Clara Minhoto, o Henrique Silva e a “jornalista” Marta Mousaco, terão, mais uma vez, oportunidade de brilhar, desta vez um “brilho” de âmbito nacional. Um vasto leque de projetos e clubes bem como um conjunto de atividades mais ou menos pontuais dinamizados por professores ímpares na dedicação e competência fazem com que a formação dos nossos alunos seja de qualidade dentro e fora da sala, dentro e fora da escola. Assim, parabéns a toda a comunidade maçaense por este trabalho e, como Diretor do Agrupamento, cargo que desempenho casa vez com mais gosto e entusiasmo, um muito obrigado a todos! Desejo a toda a Comunidade Educativa uma Páscoa plena de felicidade! Cumprimentos, José António Almeida

Esta publicação foi elaborada com recurso exclusivo a software open source Scribus

GIMP


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Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Visita do Clube Europeu à Assembleia da República e Universidade Nova SBE

O CE na Assembleia

Na passada terça‐feira, dia 11 de novembro, nós, alunos pertencentes ao Clube Europeu e às disciplinas de Economia C e Geografia C da Escola de Mação, realizámos uma visita de estudo à Universidade Nova SBE e à Assembleia da República, com o intuito de nos ajudar a escolher o curso e a universidade para os quais iremos seguir num futuro próximo, e, também, fazer com que nos tornemos cidadãos mais pró‐ativos em relação à realidade em que vivemos e mais conhecedores do nosso sistema político atual. De manhã, após a chegada à Universidade Nova SBE, visitámos o átrio principal, local este onde se situam os demais serviços de apoio a esta mesma universidade, tais como: a Clínica Privada CUF, o Banco Santander, os seguros Fidelidade, entre outros. Seguidamente, assistimos a uma apresentação dinamizada por uma ex‐aluna da universidade, que se encontrava a trabalhar atualmente na mesma. A palestra tinha como principal objetivo dar‐nos a conhecer a universidade numa forma mais abrangente, em que se destacam pontos como: os cursos disponíveis nas licenciaturas (economia e gestão) e nos mestrados (economia, gestão e finanças); as línguas disponíveis em ambos os cursos durante a duração dos anos letivos dos mesmos; a oferta de inúmeras bolsas dirigidas a esta universidade e, por fim, os clubes, festas e eventos lúdicos que a mesma disponibiliza para os alunos,

de forma a que a universidade seja também vista como um espaço de lazer e convívio. Uma curiosidade que nos foi dada a conhecer acerca da mesma é que é a única universidade do país que tem um túnel com acesso para a praia, demonstrando assim, mais uma vez, que a universidade quer proporcionar aos seus alunos, não só bons momentos a nível escolar, mas também a nível social. Nesta mesma visita, foi referido que, apesar de o Estado ter financiado, em certa parte, a construção da universidade, a mesma foi construída maioritariamente ou na totalidade com base em donativos efetuados por ex‐estudantes desta mesma universidade e, devido ao seu ato de solidariedade, tiveram, como recompensa, os seus nomes escritos em locais como, por exemplo, na calçada da entrada para a universidade, nas salas de aula, nos auditórios e nos restantes edifícios do polo. Posteriormente à visita da universidade, almoçámos na mesma com os restantes alunos, acompanhados dos respetivos professores. De seguida, no regresso para o autocarro, houve um encontro com uma das principais responsáveis da organização Helpo no âmbito de um projeto solidário promovido e dinamizado pelo Clube Europeu. Este projeto consistia, então, na entrega de inúmeros e diversos materiais escolares angariados pelos alunos pertencentes ao Clube, com o

propósito de ajudar as crianças africanas mais carenciadas e que não têm acesso à educação de uma forma digna. Desta forma, o encontro com esta mesma organizadora vem estabelecer a ligação entre a escola e as respetivas crianças como forma de demonstrar um ato de solidariedade e de ajuda ao próximo. Depois de tudo isto, visto que nos sobrou algum tempo até ao debate na Assembleia da República, fomos dar um pequeno passeio pelas ruas de Lisboa. Seguidamente, numa visita guiada pelo deputado Duarte Marques, ex‐ aluno da escola de Mação, foi‐nos dado a conhecer o palácio de São Bento e a Assembleia da República, na qual destacamos como pontos de referência: a biblioteca e a vista privilegiada para a residência oficial do Primeiro‐Ministro. Nesta mesma Assembleia, tivemos o privilégio de assistir a um debate entre os Partidos de Esquerda (PS, BE, PCP) e

os Partidos de Direita (PSD e CDS‐ PP), onde os respetivos deputados de cada partido colocavam perguntas e expunham as suas opiniões ao Primeiro‐Ministro acerca de diversos assuntos, tais como: a saúde, as desigualdades sociais e a pobreza, a educação e as propostas do Orçamento de Estado realizadas pelos Partidos de Esquerdas e chumbadas pelos Partidos de Direita. Posto isto, e na nossa opinião, queremos salientar o quão enriquecedora e interessante foi esta visita de estudo, na medida em que fez de nós pessoas mais conhecedoras acerca da realidade em que vivemos. Deste modo, queríamos, também, deixar o nosso enorme agradecimento às professoras que nos proporcionaram a oportunidade de termos esta incrível experiência. Marta Mousaco e Marta Bessa (Clube Europeu)

E na Universidade Nova


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Erasmus+ em Mação Erasmus+

No passado dia 10 de janeiro, decorreu no Agrupamento Verde Horizonte uma sessão do Programa Erasmus, organizado pela Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação. Estas sessões foram dinamizadas sob

a forma de workshops/trabalho colaborativo, em que os participantes tiveram oportunidade de explorar os formulários de candidatura, as orientações técnicas bem como todas as dimensões associadas ao projeto. O coffe‐break foi confecionado e

servido pelos alunos dos cursos profissionais de cozinha‐pastelaria, tendo o almoço sido servido no restaurante pedagógico: «Horizontes». O secretariado foi realizado pelos alunos do curso profissional de Turismo.

Este evento, de âmbito nacional, proporcionou excelentes momentos de aprendizagem, troca de experiências, perspetivando novos projetos, alguns de caráter internacional!

associada à Nossa Senhora das Candeias. Atualmente, é tradição fazerem‐se crepes que, pela sua forma redonda e pela sua cor dourada, fazem lembrar o sol e são como que um apelo ao regresso da primavera, após o inverno. Na nossa escola, a celebração desta festividade marcou a sua já tradicional presença, no dia 7 de fevereiro, com um irresistível cheirinho a crepes, ao longo de todo o dia. Muitos foram os alunos que se disponibilizaram para dar uma preciosa mãozinha na confeção dos deliciosos crepes, simples, ou guarnecidos com um doce recheio para todos os gostos (canela e açúcar, chocolate, doce de morango, caramelo…). E muitos, graúdos e miúdos, foram também os que não resistiram a saboreá‐los! Nas aulas de Francês, os alunos realizaram ainda atividades que lhes permitiram ficar a conhecer as raízes desta festividade, as tradições, o vocabulário e, é claro, a indispensável receita dos crepes!

E, para partilhar a sua aprendizagem, foram distribuídos, pela comunidade educativa, pequenos separadores de livros e crachás, alusivos a esta celebração. Foi um dia marcado não só pelo doce aroma dos crepes, como também pela enriquecedora vivência cultural francesa e ainda pelo agradável convívio entre alunos e docentes, potenciador de um bom ambiente de ensino/aprendizagem! Para terminar, aqui fica uma singela cantilena que os alunos do 7ºA aprenderam na aula de Francês:

Professora Rufina Costa

La Chandeleur Um irresistível cheirinho a crepes...

Deliciosa tradição francesa

Quarenta dias após o Natal, no dia 2 de Fevereiro, comemora‐se em França a célebre festa dos crepes – “La Chandeleur”, cujas origens remontam à Antiguidade Romana, mais precisamente, à festividade pagã em honra do deus Pan. Este

era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Durante esta celebração, ao longo da noite, os fiéis percorriam as ruas com tochas. A partir do século XIV, esta festa tornou‐se cristã, passando a estar

Crêpes à la vanille Pour les jolies filles! Crêpes au citron Pour les grands garçons! Crêpes au chocolat Pour les petits chats ! Crêpes au romarin Pour les gros lapins ! Professora Clara Neves


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Visita ao Museu do Dinheiro e Oceanário No Oceanário

Apesar de longa, a viagem até à capital foi empolgante: cantámos, brincámos, jogámos, ouvimos música e até vimos um filme no ecrã do autocarro! Houve, no entanto, quem não aguentasse o movimento na estrada e enjoasse. Por volta das 08:30, fizemos uma paragem na estação de serviço de Aveiras para esticar as pernas e comer qualquer coisa. Repostas as energias, reiniciámos a viagem, tendo chegado à Praça do Comércio por volta das 10h00, onde aproveitámos para, num aprazível passeio a pé, conhecer um pouco da baixa lisboeta e apreciar a paisagem

circundante até ao Museu do Dinheiro situado na magnífica Igreja de S. Julião. Neste museu, duas simpáticas guias, promovendo a aprendizagem e a cidadania ativa, deram‐nos a conhecer, de uma forma lúdica e interativa, a história do dinheiro em Portugal e no mundo. Ao longo da exposição permanente, percorremos várias salas temáticas e tivemos a oportunidade de nos familiarizarmos com alguns dos aspetos mais marcantes da “história do dinheiro” e ainda de tocarmos numa barra de ouro com 12,4 kg, cujo valor aproximado é de meio milhão de euros!

Perto do fim da visita, e para recordação futura, foi com entusiasmo que recorrendo à tecnologia multimédia pudemos cunhar e imprimir virtualmente moedas e notas com o nosso rosto, as quais guardaremos como preciosas relíquias! Às 13h00, já no Parque das Nações, as nossas barrigas davam horas, reclamando o apetecível almoço que, carinhosamente, as nossas mães haviam preparado! Abrimos as mochilas e logo o aroma dos acepipes que levámos nos deixaram de água na boca. Restabelecidas as forças, pusemo‐nos em marcha, pois o Oceanário esperava‐ nos de braços abertos. Às 14h30, orientados por duas monitoras, frequentámos o ateliê “Matemática debaixo de água”, para pôr à prova os nossos conhecimentos de matemática e de ciências. Todos participaram com entusiasmo e empenho nas atividades inerentes à temática apresentada. Seguidamente, tivemos o privilégio de, numa visita guiada pelos “oceanos”, nos deslumbrarmos com a diversidade de espécies marinhas lá existentes e nos nutrirmos de experiências únicas, num percurso rico de aprendizagens e de sensibilização para a conservação da natureza! Por fim, pudemos adoçar a boca com saborosos gelados, mas tal não foi suficiente para nos encher a barriga! Por isso, chegados ao autocarro, houve necessidade de aconchegarmos o estômago com a imensa comida que ainda pairava dentro das nossas mochilas! Iniciada a viagem de regresso, os

No passado dia 6 de fevereiro, no âmbito das disciplinas de História e Geografia de Portugal e de Ciências Naturais, os alunos dos 5os A e B tiveram um dia diferente do habitual: viajaram rumo a Lisboa. Alguns alunos, cuja viagem até à escola é mais longa, tiveram de levantar‐se ainda de madrugada, pois a partida estava marcada para as 07h00 da manhã. sorrisos que vestíamos acentuavam o brilho dos nossos olhos de “meninos curiosos”. No coração trazíamos a satisfação de dever cumprido e, no corpo, a exaustão de um dia tão intenso. Como o cansaço não perdoa, alguns, embalados pela trepidação do autocarro, acabaram mesmo por adormecer. A viagem decorreu com a desejada segurança, graças ao profissionalismo do nosso condutor, o Sr. Virgulino, a quem agradecemos a disponibilidade e simpatia. A chegada à escola aconteceu por volta das vinte horas, onde os nossos familiares já nos aguardavam, ansiosos por nos abraçar e levar para casa. Nas mochilas trouxemos, para além do harmonioso convívio entre todos, novas experiências, novos saberes e a recordação de um dia inesquecível. Fica o desejo de, para o ano, num ambiente de entreajuda e partilha, vivermos novas e fantásticas aventuras. Alunos do 5º A e B

Dia de São Valentim... Os afetos em francês e espanhol! No dia 14 de Fevereiro celebra‐se o “Dia dos Namorados”. Na nossa Escola não podíamos deixar de assinalar esta data e, como tal, o Ateliê de Espanhol em articulação com o Clube de Francês decidiram organizar uma exposição. No átrio da nossa Escola foram afixados pequenos corações com frases escritas pelos alunos em espanhol e francês. Colocaram‐se em relevo alguns sentimentos importantes relacionados com esta data para que, deste modo, cada um de nós possa refletir acerca do significado e da importância do “AMOR” na nossa sociedade. Criou‐ se também um placar mais

interativo onde os alunos deixaram algumas mensagens num “mural do facebook” e puderam tirar fotografias. Além da exposição, o Atelier de Espanhol e o Clube de Francês elaboraram algumas frases que foram distribuídas pela comunidade escolar para, assim, tornar este dia mais doce. Por último, procedeu‐se à atividade do correio do amor, na qual os alunos puderam deixar mensagens e cartas para a sua cara metade. Ateliê de Espanhol e Clube de Francês Professoras Liliana Correia e Clara Neves

São Valentim


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Assembleia municipal Se a cidadania deve ter lugar, numa escola tê‐lo‐á por excelência. Realizou‐se, mais uma vez, a Assembleia Municipal na escola‐sede do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte de Mação, magistralmente presidida por Saldanha Rocha. Trata‐se de algo que não é frequente nas escolas, mas, nesta, os métodos são, não raras vezes, diferentes. Neste exercício de cidadania ativa, o Diretor do Agrupamento, José António Almeida, apresentou os membros da Assembleia, as suas proveniências partidárias, o cargo desempenhado, referiu as suas funções e funcionamento. Houve tempo para não só felicitar a várias vozes, oriundas de vários quadrantes, a posição obtida nos rankings de resultados de exames nacionais (129º lugar em 620), como para demonstrar do valor dos resultados da educação de excelência praticada neste Agrupamento e ainda da educação como mola determinante de ascensão social. José António Almeida agradeceu as felicitações em nome do Agrupamento, definiu o sucesso escolar como o objetivo do Agrupamento, exemplificou técnicas simples e inovadoras de ensino‐aprendizagem, referiu‐se ao contributo do Observatório da Qualidade para aferir a sua dinâmica, agradeceu a colaboração da câmara, sempre disponível para projetos e apoios, parcerias com entidades como o Museu de Mação, referiu que os membros da comunidade são elos imprescindíveis da cadeia

educativa, aludiu aos professores fantásticos e à estabilidade do corpo docente determinante para uma boa gestão e emprego do mesmo e propôs uma Assembleia unicamente dedicada à educação. A humanização do poder face ao cidadão comum que normalmente percepciona o poder como algo vago, indistinto e impessoal, foi outra lição transmitida pelo Presidente da Câmara, Vasco Estrela. A temática da violência no namoro e o alerta de que esta se traduz em violência doméstica com consequências aterradoras, a que temos tido acesso pelo número de vítimas mortais, foi igualmente abordada. Durante os 60 minutos de intervenção das bancadas com questões levantadas pelos presentes, os alunos aprenderam que o podem e devem fazer e colocaram efetivamente as suas próprias questões relativas aos seus problemas individuais ou das suas coletividades e a elas obtiveram resposta direta – aprendeu‐se que cada cidadão pode falar por si ou pelo coletivo, tem espaço para o fazer e deve fazê‐lo. Essa voz pode ser de crítica negativa e construtiva, apontando propostas de melhoramento, eventualmente até reivindicativa, mas pode igualmente ser de reconhecimento por algo já realizado. Deve‐se valorizar o esforço de quem trabalha pela e para a comunidade. A Assembleia foi igualmente palco de uma singela homenagem a Arlindo Consolado Marques com a criação do

Prémio Arlindo Marques

Prémio de Cidadania denominado Arlindo Consolado Marques que foi, nesta ocasião, entregue ao próprio. Este guarda‐prisional tem vindo a ser distinguido com vários prémios de mérito, até o Prémio Nacional do Ambiente, pela Confederação das Associações de Defesa do Ambiente, e inclusive no estrangeiro. Conhecido pelo epíteto de “Guardião do Tejo”, como ativista na proteção ambiental e na denúncia de atentados ambientais, surge, na sequência desta atividade, com vários processos em tribunal, um deles movido pela empresa Celtejo por difamação e, recentemente, retirado. Este salientou que fez o trabalho no terreno, mas que foi igualmente importante o apoio que teve de pessoas como o deputado Duarte Marques e João Filipe. A sua filosofia de persistência, de disponibilidade, de valorização do coletivo, pois considera que o Tejo é de todos, foi determinante para alcançar estes prémios de mérito

civil. Enfim, aprendeu‐se pelo exemplo de um herói dos nossos dias. Percebeu‐se igualmente que, apesar das divergências partidárias e ideológicas, a defesa do local é o mais importante e da congregação de forças da Câmara e da Assembleia surge a vitória, por exemplo, através da insistência e persistência no apuramento de responsabilidades de carência de meios de combate aos incêndios que assolaram este território de forma tão penalizadora no passado verão, bem como da solicitação de meios a uma voz realizada para que as carências surgidas sejam minimamente colmatadas. A resiliência e o risco de exposição do Presidente da Câmara ficaram patentes em todo este processo de apuramento de responsabilidades. Assim, cada momento desta Assembleia constituiu uma lição de vida, ficaram aqui apenas alguns exemplos. Professora Anabela Ferreira

Estátuas vivas As estátuas vivas, encarnadas pelos nossos alunos, "ganharam vida"... Aquando da comemoração do Dia Internacional da Língua Materna, 21 de Fevereiro, o agrupamento de Português realizou a atividade "Estátuas Vivas". Tratou‐se de recriar autores e personagens da Literatura Portuguesa. Os alunos, em pose de estátua, deixavam a sua imobilidade para declamar ou dizer citações de quem encarnavam. Esta atividade teve como objetivos, entre outros: motivar os alunos para a escola; melhorar a qualidade das aprendizagens; reforçar o sucesso nas disciplinas estruturantes; aumentar o sucesso; reforçar a taxa de sucesso global; proporcionar oportunidades de desenvolvimento...

O agrupamento de Português deixa os agradecimentos, na caracterização, às alunas do Curso Profissional de Estética do Agrupamento e à professora Margarida Castanho; na logística, aos professores Margarida Cardoso e João Gonçalves, aos encarregados de educação, no auxílio de obtenção de materiais para a caracterização dos seus educandos, e aos docentes que acompanharam, durante todo o tempo letivo ou parte dele, a turma a que lecionavam aos vários átrios e espaços do bloco B onde se puderam observar as estátuas, bem como aos alunos, pelo seu empenho e dedicação em fazer reviver os nossos autores. Foi, assim, uma atividade enriquecedora para todos os alunos da escola. Valorizou‐se a memória, e,

sobretudo, a nossa língua. Voltamos às várias versões da fábula da cigarra e da formiga, pois nem só de pão vive o homem ou a mulher…

Coordenadora do agrupamento de Português Anabela Ferreira

Estátuas vivas e interativas


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28.º Seminário Escxel Decorreu em Castelo Branco, no passado dia 22 de fevereiro, o 28.º Seminário da Rede ESCXEL ‐ Rede de Escolas de Excelência, da qual faz parte a nossa Escola. Neste seminário foi discutida a avaliação de aprendizagens em contexto de flexibilidade curricular e a forma de a mobilizar para a melhoria de todo o processo de ensino e aprendizagem. Contou com as comunicações do Professor Doutor David Justino, Coordenador da Rede ESCXEL, e da Mestre Paula Simões, Diretora de Serviços de Avaliação Externa do Instituto de Avaliação Educativa

(IAVE). Nas suas comunicações, desenvolveram o conceito de "avaliação", o seu propósito e contributo para a melhoria do sucesso educativo. O próximo seminário da Rede ESCXEL irá decorrer em Mação, no dia 17 de maio, trazendo à nossa escola mais de 100 professores que irão debater os desafios apresentados pela diferenciação pedagógica e a avaliação das aprendizagens. Professor Ilídio Vicente (Coordenador Concelhio da Rede ESCXEL)

Seminário ESCXEL

Visita de estudo a Belmonte e à Covilhã Por Belmonte

No dia 26 de fevereiro, os alunos do 8ºA e 8ºB realizaram uma visita de estudo a Belmonte, no âmbito das disciplinas de História, Geografia, Português e Educação Tecnológica. Todos se levantaram e se dirigiram para a escola muito cedo, pois a partida era às 7:30. Durante a viagem, o ambiente no autocarro esteve bastante animado: o 8ºA ouvia música e o 8ºB jogava às cartas. A meio da viagem, pararam na Área de Serviço do Fundão para comer alguma coisa e ir ao WC. Chegaram por volta das dez horas ao Museu dos Descobrimentos (Centro Interpretativo de Belmonte). A guia, que era muito simpática, explicou como seria o museu e deu uma miniaula de História (descoberta do Brasil, feita por Pedro Álvares Cabral,

nascido em Belmonte, a mais impressionante localidade de criptojudaísmo da Península Ibérica). O museu, que era interativo, propiciou uma “viagem” emotiva pelo tempo ‐ desde a partida de Belmonte até à colonização do Brasil, passando por toda a preparação da viagem, a vida em alto mar e o primeiro avistamento das terras de Vera Cruz ‐. Uma viagem ao longo de cinco séculos, repleta de sensações e muito divertida, durante a qual entraram numa réplica de uma caravela portuguesa, sentindo como era estar em alto mar, vendo o nascimento do dia e o cair da noite e, numa troca de presentes, interagiram com um ameríndio digital. Se, por um lado, ficaram fascinados com a biodiversidade única da Amazónia e com o legado

que a cultura brasileira deixou, por outro, entristeceram‐se ao consciencializarem‐se de uma fase menos feliz dos descobrimentos portugueses: a escravatura! Posteriormente, dirigiram‐se ao Museu Judaico, único em Portugal, onde ficaram a conhecer a História dos Judeus no nosso país, a sua integração na sociedade portuguesa e o seu valioso contributo ao nível da cultura, da arte, da literatura e do comércio. Os judeus, que tanto apoiaram a aventura dos Descobrimentos Portugueses, foram obrigados, no século XVI, a converterem‐se ao cristianismo. Em Belmonte, em vez de se converterem, os sefarditas esconderam‐se e protegeram‐se durante séculos, quer no recolhimento, quer por casamentos dentro da própria comunidade. Assim se compreende que, em Belmonte, a comunidade judaica que chegou aos tempos de hoje descende da comunidade medieval, dos tempos dos inícios das judiarias, sendo a única judiaria que, em Portugal, chegou com vestígios de “história viva”. Atualmente, em Belmonte vivem cerca de 50 judeus. O facto de viverem em segredo durante séculos confere a esta Comunidade uma particularidade muito especial que desperta a curiosidade de gente de todo o mundo. Ao saírem do museu, visitaram algumas lojas típicas locais, tendo sido presenteados com as tradicionais bolachas de cerveja

que lhes “caíram que nem ginjas”! Retomaram viagem rumo à Covilhã para almoçar no Serra Shopping. Após um delicioso almoço, ainda puderam comprar algumas lembranças. Durante a tarde, visitaram o Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior, tendo sido recebidos por um guia que demonstrou uma enorme paixão pelo seu trabalho. Este museu, que tem por missão conservar o património têxtil da região, foi criado no espaço das antigas tinturarias da Real Fábrica de Panos da Covilhã e na antiga Fábrica Real Veiga. Durante esta visita, ficaram a conhecer, para além dos edifícios das antigas fábricas, as coleções de máquinas, equipamentos, utensílios, produtos têxteis (lãs, fios, amostras têxteis, tecidos e peças de vestuário) e ainda documentos textuais, cartográficos e iconográficos, patentes na exposição permanente. Atualmente, o museu é o centro de interpretação da Rota da Lã Translana. Acabada a visita, tiraram a tradicional foto de grupo para mais tarde recordar. No animado regresso a casa, pararam na Área de Serviço de Castelo Branco para se deliciarem com os lanches. Chegaram a Mação às 19:30, de barriga cheia, felizes e contentes. Adoram este dia de aprendizagens, certos de que os fios do nosso passado os ajudarão a tecer de forma mais conscienciosa o nosso futuro. Alunos do 8º ano


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Visita de estudo a Londres Por terras de Sua Majestade

Como é do conhecimento de grande maioria das pessoas desta escola, nos dias um, dois, três e quatro de março foi realizada uma visita de estudo a Londres, dinamizada pelo Clube Europeu. O primeiro dia começou logo em cheio pelas três da manhã, quando um autocarro cheio de alunos e professores se dirigiu para o Aeroporto de Lisboa para podermos apanhar o avião para a cosmopolita cidade de Londres. Chegados àquela magnífica cidade, pela tarde, tivemos de imediato a oportunidade de visitar a Torre de Londres, um monumento da Idade Média em que atualmente estão expostas as esplêndidas jóias da coroa da Rainha. Junto com este edifício, que para ser visitado na sua totalidade necessitava de 6 horas, tivemos a

oportunidade de poder capturar uma vista da cidade e da famosa Ponte de Londres. Já muito cansados, dirigimo‐ nos então para o hotel, jantámos e pudemos também ficar a conhecer a zona de Kensington, onde o nosso hotel se localizava. No segundo dia, prontos para novas aventuras e para adquirir novos conhecimentos, visitámos de manhã o popular museu Madame Tussauds, que pelas suas estátuas de cera das mais ilustres internacionalmente ganhou o título de um dos museus mais conhecidos mundialmente. Seguidamente, dirigimo‐nos para o memorável Portobello Market, conhecido pela sua dimensão, pela sua comida e especialmente pela enchente de gente que o visita, especialmente aos fins de semana. Neste famoso London Eye

Os alunos/professores responsáveis saíram da escola pelas 3 da manhã com chegada ao aeroporto pelas 5:30 da manhã. Alguns alunos e professores

viajaram em aviões separados, o que levou a alguns desencontros no aeroporto de Londres (Gatwick). Nesse dia os alunos viajaram por Londres num

mercado, localizado no bairro de Notting Hill, pudemos testemunhar também as suas casas, características e inesquecíveis pelas suas cores. Pela tarde, percorremos toda a zona de Westminster onde se encontra a ilustre igreja, onde, por exemplo, o príncipe herdeiro se casou e Elizabeth II se tornou rainha. Também foi aqui que conseguimos avistar o fabuloso Big Ben, que infelizmente se encontrava em obras, e todo o Parlamento inglês construído em estilo neogótico. Neste bairro tentámos visitar ainda Downing Street, ou a casa da Primeira‐ministra. Partindo daí, tivemos o privilégio de andar de barco no rio Thames onde testemunhámos todas as suas enigmáticas pontes. Pela noite, conhecemos Piccadilly Circus e Chinatown, duas zonas conhecidas

pelas lojas, restaurantes e muito particularmente pelo multiculturalismo. Na sequência do segundo dia, observámos o render da guarda às onze horas da manhã, e, apesar da chuva que foi caindo ao longo do dia, mas que não nos travou, seguimos para a parte medieval da cidade que visitámos e onde está localizada a famosa barbearia do filme Eduardo Mãos de Tesoura. Almoçámos na conhecida Trafalgar Square e quem quis pôde até mesmo visitar a National Gallery, gratuita e onde se encontram enormes coleções de pintura, como por exemplo Van Gogh, entre outros… Pela tarde, visitámos o gigantesco British Museum e as suas coleções, sendo uma das mais famosas a do Egito. Apesar da chuva e vento, conseguimos andar na notável roda gigante e observar Londres pela noite, uma visita imperdível e inesquecível. No último dia, percorremos pela manhã as ruas dos Museus Nacional de História Natural e do Victoria and Albert Museum terminando a nossa visita no ilustre Harrods, a mais famosa loja de departamentos do mundo. Conclui‐se, assim, que uma visita que transmitisse mais conhecimento seria impossível. O Clube Europeu conseguiu, mais uma vez, cumprir o seu principal objetivo que é proporcionar novas oportunidades e alargar os horizontes aos seus alunos/membros de forma diferente, como nem todas as escolas conseguem. Mariana Cardoso (Clube Europeu)

autocarro com uma guia espanhola a explicar cada monumento e sítio por onde passaram. Visitaram também a Torre de Londres. No final do dia dirigiram‐se ao Hotel Ambassadors, que, na minha opinião, tinha boas condições apesar de algumas inconveniências. No segundo dia saíram do hotel pelas 9 horas em direção ao museu Madame Tussaud onde o tempo não foi suficiente para apreciar a beleza de todas as esculturas/eventos, pois muito havia para ver! Após um almoço em Portobello market tiveram oportunidade de fazer um cruzeiro no rio Tamisa com uma excelente e pormenorizada descrição dos acontecimentos/monumentos históricos que se podem comtemplar ao longo da margem do rio. Com a aproximação do final do dia, tanto os alunos como os professores foram livres de passear em Piccadilly Circus até às 22:00 onde teriam de estar no ponto de

encontro para regressar ao hotel. No terceiro dia pelas 9:30 dirigiram‐se ao Palácio de Buckingham para assistir ao render da guarda. Após um almoço apressado num local improvisado, dirigiram‐se ao London Museum onde observaram objetos de alto valor histórico durante a tarde toda. Já ao anoitecer, saíram em direção ao Coca‐ Cola London Eye onde tiveram a oportunidade de observar Londres de um ponto de vista único. Voltaram para o hotel de, seguida, onde jantaram. No último dia, antes da partida para o aeroporto, tiveram a oportunidade de visitar os famosos Armazéns Harrods, com os seus elevados preços e peças exclusivas. Após algumas horas no aeroporto, o Clube Europeu regressou a Mação pelas 22:00, dando assim por terminada esta viagem. Pavlo Nazarchuk e João Garcia, 11º A (Clube Europeu)


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8 de Março de 2019 no Agrupamento Há várias explicações para a origem do Dia Internacional da Mulher ser 8 de março. Uma delas é a própria luta das mulheres operárias por mais direitos e melhores condições de vida nas fábricas, bem como o direito ao voto defendido pelas sufragistas. Em 1909, um grupo de mulheres socialistas norte‐americanas, reuniu‐se numa jornada pela igualdade dos direitos cívicos, que estabeleceu com a criação de um dia especial para a mulher, que nesse ano aconteceu a 28 de fevereiro. Ficou então acordado comemorar‐se este dia no último domingo de fevereiro de cada ano, o que nem sempre foi cumprido. Na verdade, o 8 de Março foi escolhido porque neste dia, em 1917, as mulheres russas protestaram exigindo melhores condições de vida. A manifestação reuniu mais de 90 mil pessoas e a data tornou‐se oficial em 1917. Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher. Se, nos nossos dias, perante a lei da maioria

Dia da Mulher

dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Produto de uma mentalidade ancestral, ao homem ficava mal assumir os trabalhos domésticos, o que implicava para a mulher que exercia uma profissão fora do lar a duplicação do seu trabalho. Foi necessário esperar pelas últimas décadas do século XX para que o

homem passasse, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras. Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade. O número de mulheres em lugares diretivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje as mulheres estão integradas em

todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco. O Clube Europeu do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte de Mação, mais uma vez, não deixou passar em branco esta data, proporcionando um coffee break, num momento de convívio para todas as docentes do Agrupamento. Clube Europeu

Parlamento dos Jovens Juventude representativa

O Parlamento dos Jovens é uma iniciativa da Assembleia da República, dirigida aos jovens dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário. Este programa tem vários objetivos, tais como: promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões e estimular as capacidades de expressão e argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância. Deste modo, a Escola Básica 2º/3º ciclos e Secundária de Mação participa neste projeto, com o intuito de educar os seus alunos para a cidadania, estimulando o gosto dos mesmos pela participação cívica e política. O programa teve início com o processo eleitoral, em que se institui a formação

de listas candidatas à eleição dos deputados, neste caso, duas listas; a campanha e a eleição dos deputados à Sessão Escolar. No entanto, anteriormente à Sessão Escolar, todos os deputados do Parlamento dos Jovens puderam contar com a presença do deputado Nuno Serra para uma palestra dinâmica e interativa onde foram abordados assuntos relativos ao tema das Alterações Climáticas e diversas dúvidas foram esclarecidas pelo deputado da Assembleia da República, de forma a preparar os diversos candidatos para todos os tipos de situações que pudessem ocorrer, não só na Sessão Escolar, como também na Sessão Distrital. Assim, o objetivo de ambas as listas era criar três medidas que combatessem as

Alterações Climáticas, e conseguir defender essas mesmas de forma incisiva e, para isso, existiu uma grande dedicação e esforço por parte dos deputados das listas para darem o seu melhor na 1ª fase deste projeto: a Sessão Escolar. Esta mesma Sessão ocorreu no dia 22 de janeiro do corrente ano, onde se aprovou o Projeto de Recomendação da Escola e se elegeram os respetivos representantes à Sessão Distrital (Clara Minhoto, Henrique Silva, Marta Mousaco ‐ deputados efetivos‐, e Marta Bessa ‐ deputada suplente). Posteriormente, existiram reuniões semanais com o intuito de se trabalhar as medidas constantes no Projeto de Recomendação – “Municípios Inteligentes”, “Reflorestação do Território Nacional com Plantas

Autóctones” e “Generalização do Uso e da Rede de Transportes Públicos” – e de se aperfeiçoar a argumentação dos deputados, para que estes estivessem preparados para representar a Escola na Sessão Distrital, que teve lugar no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, dia 12 de março. Neste dia, os alunos de Mação, acompanhados pela professora coordenadora Augusta Estrela, estiveram ao mais alto nível, destacando‐se de entre os seus pares, colocando uma medida sua no Projeto de Recomendação do distrito de Santarém e sendo eleitos para representar o mesmo na Fase Nacional na Assembleia da República nos dias 20 e 21 de maio. Este excelente trabalho resultou da dedicação, empenho, tenacidade e entusiasmo dos alunos, coajudados pelas professoras Augusta Estrela e Lucília Nogueira. Posto isto, pode‐se concluir que este projeto contribui, de forma essencial, para a construção de uma cidadania ativa por parte de cada um destes jovens e para uma maior consciencialização face ao tema das Alterações Climáticas que afeta, cada vez mais, toda a população. Marta Bessa


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Mecatrónica na Motortec Automechanika de Madrid Na Motertec

No passado dia 13 de março, os alunos do curso de Mecatrónica Automóvel da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos com Ensino Secundário de Mação deslocaram‐se a Madrid para visitar a feira Motortec Automechanika. A referida feira realiza‐se anualmente e origina a maior concentração de empresas na área das ferramentas e equipamentos para a indústria automóvel na Península Ibérica.

Aqui estão representados os mais importantes fabricantes e vendedores de componentes, sistemas eletrónicos, acessórios e customização, manutenção e reparação da indústria. A participação dos alunos neste tipo de eventos tem como objetivo proporcionar mais uma experiência de desenvolvimento a nível pessoal e formativo, bem como colocá‐los em contacto com algumas das

principais empresas da indústria num contexto real, fundamental para alargar horizontes e aumentar as suas ambições. De entre a vasta gama de produtos e soluções apresentadas na feira, o grande destaque centrou‐se nas novas tendências de mobilidade elétrica e nas alterações trazidas por este novo conceito que implica uma grande capacidade de modernização e adaptação das oficinas. Os veículos elétricos e os desportivos de gama alta foram, aliás, aqueles que maior interesse despertaram nos alunos que visitaram a feira. Ao nível dos equipamentos, evidencia‐se a cada vez maior automação e informatização de processos e sistemas. O segmento automóvel, por via desta característica e da sua constante necessidade de modernização, requer profissionais versáteis e com capacidade de aprender e evoluir constantemente, ideia esta que surge reforçada após a visita a uma

feira com estas características. A comitiva da escola do Agrupamento Verde Horizonte foi constituída por 27 alunos acompanhados por 4 professores. A visita teve a duração de dois dias, com saída de Mação a 12 de março e chegada a Madrid nesse mesmo dia. Na manhã do dia 13, deslocaram‐se até às instalações da Instituição de Feiras de Madrid onde visitaram a exposição Motortec Automechanika, antes de regressar a Mação. Professor João Castanho

Mais tarde fomos visitar o Bairro de Santa Cruz, o Bairro de Triana, a Praça de Touros “La Maestranza”. O roteiro continuou com a visita à Catedral de Sevilha, a maior catedral gótica do mundo, o terceiro maior templo do mundo. A Giralda, apesar da sua autonomia, exerce a função de torre e campanário da catedral. A visita prosseguiu com uma subida ao Metropol Parasol de Sevilha, local onde através de uma impressionante estrutura de madeira, a cidade ganhou um museu, um mercado, uma praça elevada, bares e restaurantes dentro dos guarda‐sóis, além de um terraço panorâmico no topo da estrutura. Visitámos o exterior do Arquivo Geral das Índias, que é um arquivo histórico espanhol no centro de Sevilha que foi criado em 1785 por iniciativa do rei Carlos III, visando centralizar num único lugar a documentação referente

às colónias espanholas, à Praça da América / Espanha e mais uma vez aos edifícios da Expo/ Sevilha. Não poderíamos ir a Sevilha e perder a visita ao Palácio Real mais antigo do mundo, e que ainda hoje continua a ser a residência oficial dos Reis de Espanha, durante as Suas estadias nesta cidade. O Real Alcazar de Sevilha. Nas traseiras dos palácios, encontrámos tipicamente os jardins, uma variedade considerável de pequenos pátios, as fontes de água e os chamados jardins formais e informais que estão separados pelos “Muros de Grotesco”. Ainda desfrutámos de um olhar pela grandiosidade do estádio Ramón Sánchez Pizjuán. Assim terminou a nossa passagem por Sevilha, com estadia no Hotel Jardin de la Reina, num maravilhoso convívio como é apanágio em todas as visitas do Curso Técnico Profissional de Turismo.

Mecânica em ação

Visita de estudo a Sevilha Por Sevilha

“Sevilha é sem dúvida alguma o reflexo da essência da Espanha: arte, fusão de culturas, história… Uma mistura de elementos que fazem desta cidade da Andaluzia um lugar único, não só no país vizinho, mas também no resto do mundo!” Foi com este espírito que demos início à nossa visita de estudo no dia 13 de março rumo a Sevilha. Logo no primeiro dia, tivemos uma visita guiada por Sevilha, onde desfrutámos de um passeio panorâmico de autocarro e pedestre pelas principais zonas da cidade. A nossa visita de estudo permite‐nos destacar alguns locais a que fomos,

correndo sempre o risco de nesta breve descrição nos esquecermos de algum monumento, algum jardim, alguma praça por onde os nossos olhos se fixaram, pois tudo à nossa volta era história, era arte. Visitámos a Torre do Ouro, que foi erguida com a função de vigilância pelo Califado Almóada, visando evitar possíveis invasões pelo rio Guadalquivir, fizemos também um Cruzeiro no Rio Guadalquivir, onde nos foi possível ver os pavilhões das Exposições e Feiras de 1929 e 1992, as pontes Alamillo e Barqueta, os bairros Macarena e Triana, o Palácio Saint Telmo, a Torre Giralda e a Casa de Ópera.

Rio Guadalquivir

CTP Turismo


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Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Dia Internacional da Francofonia O nosso Agrupamento realizou uma ação comemorativa e de difusão da língua francesa, a propósito da

comemoração a 20 de Março, do Dia Internacional da Francofonia e Dia da Língua Francesa nas Nações

Unidas. A data escolhida comemora a fundação da Organização Internacional da Francofonia,

Francofonia

organismo que reúne diferentes países da língua francesa, em 1970 (em francês: Organisation Internationale de la Francophonie ou la Francophonie), cujo acrónimo é OIF. As docentes de Francês organizaram uma exposição no átrio das instalações do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, como forma de transmitir uma mensagem de conhecimentos da importância da língua francesa no mundo, com a divulgação de informação e dados estatísticos sobre esta língua, falada por 300 milhões de pessoas, nos 5 continentes. Os interessados, após visitarem a exposição, podiam pôr os seus conhecimentos à prova e responder ao questionário sobre francofonia “Quiz de la francophonie”. A exposição esteve patente de 8 a 22 de março. Merci a tous pour votre visite! Professora Carla Laranjo

Visita de estudo ao Centro de Alto Rendimento de Surf e Bodyboard em Peniche

Good vibrations

Este ano as turmas do 12º A, B, C e D trocaram as pranchas de Snowboard e os Skis da neve, pelas pranchas de Surf e Bodyboard na praia. A visita de estudo aconteceu no passado dia 22 de março de 2019,

a Peniche, onde os alunos tiveram a oportunidade de visitar o Centro de Alto Rendimento de Surf e Bodyboard, experimentar as modalidades de Surf e Bodyboard numa aula na praia, realizar jogos de Voleibol de praia e visitar uma

fábrica de pranchas de Surf. Esta atividade esteve repleta de momentos fantásticos para estes alunos, pois na sua maioria estavam a experimentar as modalidades pela primeira vez. O Surf e Bodyboard são duas das

modalidades que estão incluídas no módulo de Atividades de Exploração da Natureza, integrado na disciplina de Educação Física dos Cursos Profissionais da nossa escola. Professora Eva Patrício


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Francofonia

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Biblioteca Escolar A Semana da Leitura realizou‐se de um a três de abril com as presenças do Diretor do Agrupamento, José Almeida; do Presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela; da vice diretora, Rufina Costa; da adjunta da direção, Margarida Cardoso; do diretor do jornal, Voz da Minha Terra, Amândio Mateus; do subdiretor Carlos Gueifão; da representante dos encarregados de educação, Vera Dias e da bibliotecária Rosário Wahnon, da biblioteca municipal, entre outros. Para celebrar a leitura, o livro, o leitor e para promover atividades para festejar a leitura como ato comunicativo, diálogo entre as artes, as humanidades e as ciências, espaço de encontro, criativo e colaborativo. Este ano esteve presente a companhia de teatro Andante que teve como objetivo principal a promoção da leitura, a sedução de leitores. Transformaram livros de poesia, romances, contos, em espetáculos de teatro. A peça de teatro representada foi “Quem Quer Ser Saramago” para alunos do ensino secundário. Para os alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos foi nosso convidado o humorista e contador de histórias, José Serafim, também autor de literatura infanto‐juvenil já com um percurso experiente na área da promoção do livro e da leitura. Como humorista, tornou‐se conhecido do grande público devido à participação regular em diversos formatos televisivos, na SIC,TVI, RTP1 e na

RTP2. É um narrador de histórias rocambolescas onde habitam personagens caricatas, que tempera com uma pitada de absurdo e duas de imprevisto, e depois refoga com muita sátira aos bons, maus e ruins costumes, não se lhe escapando nada nem ninguém pelo buraco de uma agulha. A bibliotecária Rosário Wahnon, da biblioteca municipal, realizou sessões de leitura sobre o tema: Prevenção dos Maus Tratos na Infância para os alunos do Jardim de Infância e 1º ciclo. O escritor e contador de histórias Manuel Godoy Piñero realizou a atividade solidária para o Jardim de Infância e 1º ciclo: “A Borboleta que Bebia o Sol e o Vento”. Tratou‐se de uma atividade muito divertida, solidária, de apoio a quem sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica. A apresentação foi realizada pelo escritor e contador de histórias. Os alunos foram convidados a participar ativamente e, no final, foram desafiados a construir uma borboleta em origami com o objetivo de se montar um coração de borboletas. Tentou‐se assim contribuir cada vez mais para alargar a rede de leitores, e promover a leitura e a escrita como objetivo de prazer e liberdade. A leitura, essa decisão e essa prática dependem, muitas vezes, de quem nos rodeia: das famílias, dos amigos, dos professores... Se quem nos rodeia tiver a capacidade de nos contaminar com boas leituras, leituras que

Semana da leitura

alimentem a nossa curiosidade e estimulem a nossa imaginação, de certeza que cresceremos leitores. A leitura não é um fim, em si mesma, mas um meio que contribui para a qualidade de vida dos leitores. A Semana da Leitura foi realizada simultaneamente em todas as escolas que fazem parte do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte e teve o apoio e a colaboração do Diretor do Agrupamento, Dr. António Almeida, da sua direção, da Câmara Municipal de Mação, na pessoa do seu

presidente, Dr. Vasco Estrela; da biblioteca municipal, do Agrupamento de Português e de todo o corpo docente do Agrupamento. O cartaz foi elaborado pela professora Ana Neves. A equipa da biblioteca agradece toda a colaboração e articulação estabelecida nesta e em todas as atividades e iniciativas da biblioteca escolar.

Diário de Notícias

TVI24

A equipa da biblioteca escolar, Professor António Bento

AEVH na imprensa A Barca

http://www.abarca.com.pt/?cix= noticia68690

Médio Tejo

http://www.mediotejo.net/educacao‐

https://www.dn.pt/lusa/interior/exa

https://tvi24.iol.pt/sociedade/exam

macao‐e‐ourem‐distinguem‐se‐nos‐

messecundario‐mais‐de‐80‐de‐escolas‐

es/ranking‐escolas‐2018‐secundarias‐

rankings‐nacionais‐das‐escolas/

com‐media‐positiva‐a‐portugues‐

pioram‐a‐matematica‐quase‐40‐de‐

10583813.html

chumbos


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I/O: INVESTIGAÇÃO & OPINIÃO As soft skills e a gestão Se houve um tempo em que o mercado do trabalho valorizava quase exclusivamente as competências técnicas dos profissionais, nos dias de hoje, ser bom tecnicamente é fundamental... mas não chega. Nos processos de orientação escolar e profissional, atualmente, promovemos a reflexão em torno de aptidões e interesses mas, também, da tomada de consciência de que, cada vez mais, o mundo do trabalho procura profissionais que evidenciem competências sociais e comportamentais, conhecidas como soft skills ‐ transversais ao mundo do trabalho em geral, e não específicas de algumas profissões ou hierarquias. As qualidades pessoais, caraterísticas, atitudes e comportamentos, que tornam as interações no trabalho mais fáceis e potenciam o sucesso profissional, são cada vez mais um fator de peso que permite o desempate entre candidatos a um emprego. Algumas das soft skills essenciais são: atitude positiva, comunicação, pensamento criativo, ética laboral, trabalho em equipa, networking, capacidade para tomar decisões, gestão do tempo, motivação, flexibilidade, resolução de problemas, pensamento crítico, resolução de conflitos, resiliência, disponibilidade para aprender, proatividade e iniciativa. Debruçando‐me num top 5 das soft skills, temos, por exemplo: ‐ A importância da proatividade e iniciativa mobilizando esforços para que as coisas aconteçam e se desenvolvam, não se limitando a fazer o que é pedido, mostrar um interesse geral pelo que se passa à volta, em várias áreas, mesmo que diferentes da formação de base e criar soluções, sendo autodidata. ‐ Mostrar uma atitude positiva é pertinente na medida em que, além da boa impressão que causa nos outros, devido à energia e entusiasmo que os caracterizam, é típico de trabalhadores mais produtivos, empáticos e eficazes dado que colocam o seu potencial e o dos outros ao serviço das metas a atingir. ‐ A resiliência é uma das qualidades mais apreciadas no mundo profissional uma vez que permite que o profissional mantenha o foco nas soluções quando

surgem obstáculos e adversidades e é capaz de lidar com o insucesso, as frustrações e de encontrar uma estratégia de resolução de problemas, não desmotivando facilmente. ‐ Valorizam‐se cada vez mais os profissionais com boa capacidade de comunicação (falar em público, escutar, escrever, argumentar, ser empático) e de trabalho em equipa, porque conseguem fazer novos contactos com facilidade, estabelecer e manter relações positivas e ricas com quem os

Depois de olharmos para dentro, urge estarmos atentos ao que se vai passando à nossa volta e agarrar as oportunidades oferecidas como, por exemplo, as que são proporcionadas pelo nosso Agrupamento em que, para além dos momentos formais das aulas onde se trabalham todos estes aspetos, existe um conjunto de momentos informais que juntam a comunidade escolar, atividades e clubes onde se trabalham desde a comunicação, ao ambiente, à solidariedade, à dança, ao

rodeia, influenciar com maior facilidade e vender melhor sejam ideias, produtos ou serviços. Conseguir comunicar as suas ideias e ouvir as ideias dos outros, ser flexível e conseguir adaptar‐se às necessidades do grupo, focando‐se nos objetivos do grupo, saber identificar os conflitos, expressar‐se bem e valorizar as ideias dos outros, são uma mais‐valia fundamental. Espera‐se que os profissionais de hoje tenham espírito de colaboração e entreajuda e saibam que contributo dar para alcançar um resultado comum. Fará, assim, sentido pararmos para pensar em como estão as nossas soft skills. A boa notícia é que podem ser desenvolvidas e potenciadas. O autoconhecimento e a autorreflexão serão um primeiro passo importante.

desporto, à dinamização de viagens e outros eventos culturais e tantos outros que implicam trabalho de equipa, iniciativa, comunicação, empatia...e tantas outras soft skills. E que podem ser levadas como bagagem valiosa que complementa a formação específica numa área de estudos que se venha a ter. Para além do envolvimento nestas atividades será também muito importante cuidar da saúde mental, fazendo uma gestão saudável das emoções. A propósito das emoções, muitas vezes, usamos máximas como: “pensa com a razão e não com o coração”, como se nos pudéssemos partir ao meio: razão (e cabeça) para um lado, emoção (e corpo) para outro e como se o pensamento racional e as emoções não

fossem processadas no mesmo cérebro e no mesmo corpo, em circuitos que se ligam intimamente. Se, por vezes, todos já tentámos pôr “pó de arroz” no que sentimos, inibindo emoções como o medo, a raiva ou a tristeza, quando estes movimentos de contenção se tornam a regra deixam sequelas, como o facto de ficarmos menos atentos e capazes de ler e interpretar as emoções dos outros e as nossas, menos flexíveis, mais impulsivos e menos alinhados com a saúde… com as relações e com as nossas competências. Assim, mais do que procurar formas de não sentir (o medo, a raiva ou a tristeza) é importante pensarmos como é que podemos construir os espaços relacionais que nos ajudem a pensar as emoções (legendando‐as e dando‐lhes um sentido que as possam ligar e interpretar), a geri‐las e a comunicá‐las de forma clara. As emoções podem fazer‐nos mal quando nunca podem ser acolhidas, nem pensadas junto de alguém que nos ajude a dar‐lhe um sentido. Expressar a tristeza, por exemplo, num primeiro momento é crucial para servir de alavanca aos movimentos proativos que permitam ir transformando o sofrimento em desejo e esperança, primeiro, e em projeto e ações intencionais, depois. As pessoas significativas para nós são fundamentais e, aqui, num primeiro momento as relações que se podem criar numa comunidade escolar interligada e que ainda escapa, felizmente, aos contextos em massa, desde colegas, professores, assistentes operacionais, serviço de psicologia, família e tantas outras estruturas da comunidade, podem fazer toda a diferença enquanto espaço contentor e criador de segurança onde as emoções podem ver a luz do dia. E como não há projetos que valham mais a pena do que os que cumprem os nossos sonhos e felicidade, será fundamental, desde o mais cedo possível, começarmos a cuidar das nossas emoções e das emoções dos que nos são queridos, potenciando ao máximo as competências “soft” que têm, cada vez mais, uma importância de peso. Psicóloga Sílvia Matela Serviço de Psicologia e Orientação


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Londres

Madrid

Sevilha

Belmonte e CovilhĂŁ

Museu do Dinheiro e OceanĂĄrio


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Reunião da Unesco No dia 7 de março, no município de Mação, decorreu uma reunião da Unesco que teve o objetivo de preparar o novo programa mundial e discutir a nova Cátedra da Unesco de Humanidades e Gestão do Território. Nesta estiveram presentes 18 diretores de programas internacionais de Humanidades. O almoço foi confecionado e servido no restaurante “Horizonte de Sabores”, restaurante pedagógico do Agrupamento de Escolas de Mação.

Spathys

Um programa fantástico para vinte e cinco alunos do 12° ano que permitirá aos mesmos escolher, melhor, percursos

Estátuas vivas

académicos e ou profissionais, e a serem melhores estudantes, melhores profissionais e pessoas mais felizes!


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Os conceitos sociais têm vindo a evoluir ao longo dos tempos nas sociedades e são díspares de sociedade para sociedade. Os conceitos sociais têm vindo a evoluir cada vez mais nas últimas décadas. O mundo tem vindo a modernizar‐se, tal como a mentalidade dos humanos, que tem vindo a evoluir aos poucos e poucos, aceitando‐se novas ideias que há algumas décadas atrás seriam alvo de chacota e discriminação. No caso da igualdade de género, têm‐se vindo a dar grandes passos para que isso aconteça. Na sociedade de hoje, em particular as mulheres têm vindo a lutar para poderem reivindicar os seus direitos de igualdade para com os homens, apesar de ainda existir o problema da desigualdade, este já não é tão acentuado como no século passado, onde apenas os homens podiam ocupar cargos políticos, fumar, conduzir, viajar sozinhos, etc… Nos dias de hoje, nos países mais desenvolvidos, vemos mulheres a liderar como na Alemanha e na Croácia, as mulheres já podem fumar, conduzir, …, sem qualquer medo de represálias. Contudo, em alguns países, como nos

Igualdade

A evolução dos conceitos sociais

países muçulmanos, a desigualdade ainda se nota bastante, não se ganha o mesmo salário, discriminando‐se entre homens e mulheres, e estas não têm direito ao voto. A discriminação racial é outro dos problemas que tem vindo a ser combatido, mas mais lentamente. Nos

anos 50 era impensável ver um negro a comandar um país de “brancos”, algo inédito que aconteceu nos E.U.A. com a eleição de Barack Obama para presidente, demonstrando uma evolução na mentalidade das pessoas que o voltaram a eleger para um segundo mandato. Apesar disso, ainda

existem crimes contra pessoas de raça negra. Em suma, a meu ver, a sociedade tem evoluído, mas o caminho a percorrer ainda é longo. Temos de acabar com estes problemas e criar um mundo melhor e mais justo. Pedro Marques, 11ºA

As diferentes sociedades e a evolução dos conceitos sociais Mulher girafa (Wikimedia Commons)

A humanidade tem evoluído ao longo dos milhares de ano, esta, por sua vez, criou diversos grupos distintos a que chamamos sociedades. As sociedades evoluíram e criaram tradições, tendo as suas culturas que são diferentes de país para país. Por um lado, eu concordo que os conceitos sociais evoluem ao longos dos tempos, porque a espécie humana evolui, ou seja, descobriu

novas técnicas, novos conhecimentos, pois, a meu ver, por exemplo, a sociedade grega pensava que a Terra era o centro do Universo, mas depois, com a descoberta de novos conhecimentos, chegou‐se à conclusão que o Sol é o centro do Universo. Por outro lado, em relação ao facto de as sociedades serem distintas ou díspares, julgo que a evolução não foi

igual para todas, pois existiram padrões sociais, devido ao ambiente onde se encontravam e o que os rodeava. Por exemplo, há um país na Ásia, especificamente na Tailândia, onde a mulher com o pescoço maior é a mais bonita, estas são as mulheres girafa, enquanto que em Portugal uma mulher bonita é aquela que se veste bem, que se cuida.

Em suma, eu considero sem dúvida que os conceitos sociais evoluem ao longo dos tempos e que existem sociedades muito díspares no mundo todo, pois nenhuma sociedade teve as mesmas condições, os mesmos padrões e as mesmas ideias. Marta Matos, 11ºA

Miss Universo 2008, 5 primeiras classificadas (Wikimedia Commons)


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Uma mulher feliz Mãe e filho (publicdomainpictures.net)

Conselho aos pais que vivem preocupandos com tudo e com todos da sua família. Ótimo para voltar a respirar e a viver. A minha mãe tinha muitos problemas. Não dormia e sentia‐se esgotada. Andava irritada, rabugenta e azeda. Estava sempre doente, até que um dia, de repente, mudou. A situação estava igual, mas ela estava diferente. Certo dia, meu pai disse‐lhe: ‐ Amor, estou há três meses à procura de emprego e não encontrei nada, vou tomar umas cervejinhas com os amigos. Minha mãe respondeu‐lhe: ‐ Tudo bem.

Meu irmão disse‐lhe: ‐ Mãe, eu estou mal em todas as cadeiras da faculdade. Minha mãe respondeu‐lhe: ‐ Tudo bem, vais conseguir recuperar. E se não conseguires, é só repetires o semestre, mas paga a matrícula. Minha irmã disse‐lhe: ‐ Mãe, bati com o carro. Minha mãe respondeu‐lhe: ‐ Tudo bem, filha. Leva‐o para a oficina, procura uma forma de pagar o conserto e, enquanto o arranjam, vai trabalhar de autocarro ou de metro. A nora disse‐lhe: ‐ Sogra, venho passar uns meses com vocês. Minha mãe respondeu‐lhe: ‐ Tudo bem, sente‐se na poltrona

da sala e procure uns cobertores no armário. Todos nós, na casa da minha mãe, nos reunimos preocupados ao ver estas reações. Suspeitávamos que tivesse ido ao médico e que ele lhe tivesse receitado uns comprimidos de “Virem‐se" de 1000 mg. Com certeza também estaria a ingerir uma overdose. Propusemos então fazer uma "Intervenção" à minha mãe para afastá‐la de qualquer possível vício que viesse a ter com algum medicamento "antibirras". Mas qual não foi a surpresa quando todos nos reunimos em torno dela e a minha mãe nos explicou: "Demorei muito tempo a perceber que cada um é responsável pela sua vida, demorei anos para descobrir que a minha angústia, a minha mortificação, a minha depressão, a minha coragem, a minha insónia e o meu stress não resolvem os vossos problemas, mas, sim, aumentam os meus. E, eu não sou responsável pelas ações dos outros, mas sim responsável pelas minhas reações diante disso. Portanto, cheguei à conclusão de que o meu dever para comigo mesma é manter a calma e deixar que cada um resolva o que lhe cabe. Já fiz cursos de yoga, de

meditação, de desenvolvimento humano, de higiene mental, de vibração, de programação neurolinguística e de milagres, e em todos eles encontrei um denominador comum, todos conduzem ao mesmo ponto: Eu só posso gerir a mim mesma, vocês têm todos os recursos necessários para resolver as vossas próprias vidas. Eu só poderei dar‐lhes o meu conselho, se por acaso mo pedirem e, segui‐lo ou não, depende de vocês. Por isso, de hoje em diante, deixo de ser o recetáculo das vossas responsabilidades, o saco das vossas culpas, a lavadeira dos vossos arrependimentos, a advogada das vossas faltas, o muro dos vossos lamentos, o depósito dos vossos deveres. Deixo de ser quem resolve os vossos problemas ou cumpre as vossas responsabilidades. A partir de agora, declaro‐os a todos ADULTOS INDEPENDENTES E AUTOSSUFICIENTES. Todos na casa da minha mãe ficaram mudos. A partir desse dia, a família começou a funcionar melhor, pois todos em casa sabem exatamente o que lhes compete fazer. Autor desconhecido (Equipa do Clube Europeu)

Os jovens e os seus ideais Ao longo da história e à medida que a sociedade vai avançando, não há dúvida de que, por vezes, as ações do ser humano são desencadeadas pela crença em diversos ideais. Na atualidade, os jovens, fortemente influenciados por todas as tecnologias com as quais lidam diariamente, tendem a ter cada vez menos ideais, isto é, algo que os mova ou faça mover, um propósito e, quando os têm, estes são cada vez mais absurdos e fictícios, sem sentido algum. A título exemplificativo desta realidade, verifica‐se que alguns adolescentes, sobretudo os mais “agarrados” aos videojogos, adotam comportamentos e atitudes que só podem ser justificados pelo facto de, por vezes, pensarem que o

mundo é, em si próprio, também um jogo, o que não pode acontecer. Por outro lado, também não é aconselhável que os jovens não acreditem em nada, que não tenham um único objetivo de vida, pois nestes casos a sua existência

pode parecer sem sentido, o que os levará por maus caminhos, certamente. Assim, concluo que os jovens devem ter ideais e certas crenças, mas que estas tenham algum sentido e que contribuam para a sua afirmação na

sociedade, como indivíduos que façam a diferença e que façam a sociedade evoluir por um bom caminho. João Lopes, 12º A

Ideais!


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O sofrimento leva a um bem maior Fernando Pessoa defende no seu poema “Mar Português” que todo o esforço, toda a dor e todo o perigo valem a pena, se for para atingir algo grandioso e que realmente queremos. Esta é a sua perspetiva e a minha é semelhante, acredito que devemos lutar pelos nossos sonhos e pelos nossos objetivos mesmo que por vezes essa luta venha associada ao sofrimento e à dor. Existem diversas formas de chegar a um mesmo fim e eu considero que esses diferentes caminhos terão tanto vantagens como desvantagens, há é que saber escolhê‐los. Vendo, por exemplo, alguém que sonha um dia tornar‐se médico, no entanto, a sua média não chega para medicina, eu acredito que essa pessoa terá

Sofrimento!

maior felicidade, se tiver de repetir um ano para melhorar, do que, se seguir um curso que a longo prazo não o deixará feliz. A persistência, por vezes, também ela dá trabalho, mas, nesse caso, temos de pensar no que poderemos obter com todo aquele esforço, sendo que isto servirá assim de motivação para que continuemos sem desistir, a título de exemplo, temos o caso de alguns navegadores que durante as descobertas só continuavam pelo orgulho que as mesmas lhes trariam num futuro próximo. Assim, para concluir, reforço o quão necessária é a persistência, e o sofrimento, para que posteriormente se verifique uma felicidade pelo cumprir de um querer. Maria João Delgado, 12ºA

Sofrimento e sacrifício: meios para atingir um fim

Nau Vitória, de Fernão de Magalhães

É certo e sabido que os nossos objetivos, os nossos sonhos, as nossas aspirações não se conquistam sem que, para isso, haja todo um trabalho árduo, algum sofrimento até, e muita persistência e força de vontade! “Valeu a pena? Tudo vale a pena se

a alma não é pequena.” São sem dúvida uns dos mais belos e inspiradores versos da obra pessoana Mensagem. Nestes versos, o poeta português quis reforçar que, sim, valeu a pena todo o esforço feito pelos navegadores portugueses na obra

dos Descobrimentos, que, sim, valeu a pena o sofrimento dos entes mais queridos que perderam tantos homens no mar. E tudo isto valeu a pena, sim, porque a “alma” de Portugal e do povo português foi mais além, voou mais alto e pensou em grande. Foi

graças a todo este esforço e dedicação que foram descobertos lugares outrora desconhecidos, ultrapassados cabos outrora intransponíveis, que foram navegados mares outrora nunca navegados! E tudo isto foi feito em prol de um fim maior, exaltando o patriotismo deste povo que fez tudo pela nação. Outro exemplo poderá ser Jesus Cristo, uma alma nada pequena e que tudo fez para bem da humanidade. Este mártir foi o símbolo máximo do sofrimento, revelando uma atitude incrível de abnegação e de espírito de sacrifício, pois sacrificou‐se, por nós e pelos nossos pecados, na cruz. Em suma, e no meu ponto de vista, feitos grandiosos e atitudes de uma bondade incalculável são algo pelo qual vale a pena todo o esforço e toda a dor, pois almas como estas serão eternas, nunca serão esquecidos os seus exemplos de coragem! Clara Minhoto, 12º A


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Os animais e nós A Lei 8/2017 de 3 de Março, estabelece um estatuto jurídico dos animais, reconhecendo a sua natureza de seres vivos dotados de sensibilidade. Entende‐se que os “animais são seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica em virtude da sua natureza”. https://www.lpda.pt/legislacao/

Os animais, tal como os humanos, têm direito à vida. Ninguém gosta de ser mal tratado, apedrejado, abandonado e, tal como nós, eles também não. Quando um familiar nosso adoece, ficamos tristes e não nos sentimos bem. Ora, com os animais é igual. Eles fazem parte de nós e sentem as nossas dores e as nossas tristezas. Por exemplo, quando fico doente, o meu gato parece que sente a minha doença. O seu olhar e a sua maneira de estar mudam. Se sentimos falta do carinho, afeto e

Amigos!

muitas outras coisas vindas daqueles que nos amam, eles também. Todos os dias existem situações de maus tratos ou de abandono de animais, parecendo o tempo em que os escravos serviam para trabalhar e, quando já não tinham as capacidades exigidas, eram deixados na rua sem

condições ou eram mesmo mortos. Mas em que mundo estamos? A nossa mentalidade mudou, mas continua a sensação de uma sociedade desrespeitadora, que não sabe ser. E eu sempre ouvi dizer na minha terra, não faças aos outros o que não

gostarias que te fizessem a ti. Sendo este um ditado que deveria ser o lema de uma sociedade humanizada, pois já dizia Charles Darwin “A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.” Isabel Claro, 7ºB

Um morcego na nossa escola

Há umas semanas, um grupo de alunos, em grande correria e algazarra, dirigiu‐se‐me: “Professora! Professora, veja o que encontrámos!” Embrulhado numa mistura de saco de plástico e papel lá descortinei o motivo de tanto alvoroço… um pequeníssimo morcego! De tão minúsculo parecia uma cria. Tinham‐no encontrado caído no pátio da escola. “Que fazemos, professora?” Sendo da área de Ciências Naturais pensavam

eles que teria artes de veterinária ou bióloga… Fiquei um pouco embaraçada, mas resolvi agir “Não se preocupem, verei o que fazer!” Resguardei o pobre bicho da luz solar (os morcegos são noctívagos) no meu cachecol e mais tarde depositei‐o numa caixa de papelão. Chegada a casa fui pesquisar nesse enorme manancial que é a internet. Lembrei‐me de quando visitei com alguns alunos desta escola o Centro de Ciência Viva do Alviela ter visto o Quiroptário (os morcegos são quirópteros, em Zoologia uma ordem de mamíferos). Assim, resolvi contactar o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC) que integra aquele Centro, explicando a situação e remeti fotos do exemplar. Enquanto aguardava resposta, visitei o site do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) que contém uma longa lista de documentos dedicada aos morcegos. No documento “Tenho morcegos em casa. O que devo fazer?” recolhi informação sobre o

que fazer… Devemos evitar tocar‐ lhe com as mãos, para segurança dele e nossa, evitamos magoá‐lo e a transmissão de doenças. Até ser libertado, o morcego deve ser mantido numa caixa de cartão com

furos, com um pano no interior para que se agarre e um pequeno recipiente com água para ele beber. A caixa deve ser mantida num sítio fresco e silencioso. Depois do pôr‐ do‐sol, deve‐se colocar a caixa no exterior, num sítio calmo e sem luz,

e destapá‐la, para o morcego voar. Foi o que fiz, mas ele não voou, podia estar ferido ou doente. Finalmente responderam do PNSAC, o animal era afinal um adulto do género Pipistrellus! É um insetívoro, como aliás a esmagadora maioria dos morcegos. Informaram para contactar o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, a fim de recolherem e encaminharem o animal para um centro de recuperação. O SEPNA da GNR é uma espécie de Polícia Ambiental, visitem o site desta instituição. Como aparentava estar debilitado, aconselharam a administrar água açucarada com um cotonete, e foi o que fiz até chegar a GNR de Abrantes para recolher o amiguinho noturno. Espero que tenha sobrevivido! Agora já sabem o que fazer quando encontrarem um animal selvagem que deve ser devolvido ao seu habitat: contactar o Parque Natural mais próximo ou o SEPNA da GNR. Professora Helena Aparício Antunes


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RGPD e os seus direitos RGPD

A rapidez dos avanços tecnológicos e da globalização vieram permitir que o cidadão partilhe facilmente informações sobre os seus comportamentos e preferências tornando‐as públicas e, globalmente, acessíveis. O armazenamento de dados em cloud permite, por sua vez, que a partilha do software, dos recursos e da informação se encontrem em servidores remotos e não seja jamais controlada pelo titular da informação. O titular dos dados é frequentemente confrontado com o fornecimento ilegítimo dos seus dados a entidades terceiras e dá o seu consentimento para o tratamento desses mesmos dados, desconhecendo os seus direitos e a finalidade da recolha, estando ainda sujeito à invasão de cookies. Na minha opinião, é difícil, ou mesmo impossível, fugir ao fornecimento e partilha dos nossos dados pessoais nas ações mais simples do dia‐a‐dia e, por isso, penso que a importância do Regulamento Geral de Proteção de Dados se prende por nos relembrar que devemos preservar a segurança e a privacidade dos nossos dados quando os fornecemos, garantindo a defesa dos nossos direitos aí previstos. De uma forma sintética e não exaustiva sintetizaria que os Direitos que todos passaremos a ter na gestão dos dados pessoais por terceiros são: 1 ‐ Direito de informação – direito de receber informações sobre os termos do tratamento de dados pessoais aquando da sua recolha; 2 ‐ Direito de acesso – direito de obter confirmação de que os dados

pessoais são ou não objeto de tratamento e, se for o caso, ter acesso aos seus dados pessoais; 3 ‐ Direito de retificação ‐ o titular tem o direito de obter, sem demora injustificada a retificação ou atualização dos dados pessoais inexatos; 4 ‐ Direito de apagamento dos dados ‐ o titular tem o direito de obter o

tratamento automatizado dos seus dados pessoais, incluindo a definição de perfis, que produza efeitos na sua esfera jurídica ou que o afete significativamente de forma similar; 8 ‐ Direito de oposição ‐ o titular dos dados tem o direito de se opor, a qualquer momento, por motivos relacionados com a sua situação particular, ao tratamento dos dados

apagamento dos seus dados pessoais, sem demora injustificada, dentro dos limites legalmente previstos; 5 ‐ Direito à limitação de tratamento ‐ o titular dos dados tem o direito de obter a limitação do tratamento; 6 ‐ Direito de Portabilidade ‐ o titular dos dados tem o direito de receber os dados pessoais que lhe digam respeito e que tenha fornecido num formato de uso corrente e de leitura automática; 7 ‐ Direito de não ficar sujeito a decisões individuais automatizadas ‐ o titular dos dados tem o direito de não ficar sujeito a nenhuma decisão tomada exclusivamente com base no

pessoais que lhe digam respeito, nomeadamente quando os seus dados sejam tratados para efeitos de comercialização direta. Primeiramente, devemo‐nos certificar de que somos informados sobre quem será responsável pelo tratamento desses dados, quais as finalidades para os quais serão usados, quais os destinatários dessa informação e se vão ser alvo de transferência internacional. Enquanto cidadãos comuns, temos o direito de acesso, retificação, correção, oposição, entre outros, em relação aos nossos dados e, caso verifiquemos o uso ilícito dos mesmos, devemo‐nos dirigir à

organização que não está a cumprir com os nossos direitos ou contactar os serviços de apoio ao cliente ou o Encarregado de Proteção de Dados da organização em questão. A reclamação poderá ser apresentada sempre que seja detetada alguma irregularidade ligada à recolha ou tratamento dos dados pessoais, como por exemplo, ações de marketing direto. Com esta nova legislação, as pessoas em geral ganham um maior controlo sobre os seus dados pessoais e a ideia é, portanto, fortalecer a proteção de dados pessoais e, por outro lado, aumentar a confiança. Os dados prendem‐se com toda a informação relativa a uma pessoa singular, esteja claramente identificada, ou seja, identificável a partir dos ditos dados como: nome, números de identificação, moradas, aspeto físico, informações económicas, culturais, ou sociais, entre outros. Com as novas regras, os indivíduos terão mais informação sobre a forma como são processados os seus dados pessoais, sendo que essa informação deve estar disponível e de forma clara. Por estas razões, a meu ver, é fundamental não ficarmos alheios a esta realidade e garantirmos que controlamos a recolha, acesso, alteração, partilha ou mesmo eliminação dos nossos dados pessoais. É essencial consciencializarmo‐nos individual e coletivamente sobre o valor dos nossos dados pessoais e refletir sobre o uso que lhes queremos dar, estando devidamente esclarecidos sobre os direitos e deveres que temos. Marta Bessa – 12º B (Economia C)


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De volta a casa

Nos últimos anos, o país assistiu à saída de milhares de portugueses à procura de melhores condições de vida e de oportunidades que escasseavam em Portugal. Um fenómeno que não é novo, mas que

2011 e 2015. Contudo, outros interesses, para além do regresso dos emigrantes, poderão estar escondidos por detrás da tomada desta medida. Basta pensarmos que esta só chegou em ano de eleições.

se agudizou com a crise e que foi recorrentemente utilizado como arma de arremesso político. A emigração tornou‐se num tema essencial para o país e cujo debate não pode ser desperdiçado. Portugal precisa de trazer de volta a casa muito do capital humano expatriado na última década. Precisamos dos emigrantes e dos seus filhos para o desenvolvimento do país e não nos podemos dar ao luxo de não construir um plano nacional que tenha no regresso dos emigrantes a sua missão. De facto, o Governo apresentou em sede de discussão do Orçamento do Estado para 2019 a proposta de desconto de 50% do IRS para os portugueses que emigraram entre

Em três anos de Governo, nunca uma medida similar foi apresentada para fazer com que os portugueses que partiram para o estrangeiro regressassem. Para além de insinuar que a emigração só ocorreu no tempo do anterior Governo, dado que só será aplicado aos que saíram do país durante aqueles quatro anos, a ideia de construir uma estratégia de regresso dos emigrantes com base no IRS é, para dizer o mínimo, uma simplificação ridiculamente exagerada da complexidade que o tema encerra. As políticas de um país com a intenção de recuperar os seus emigrados têm subjacente a consideração de que o emigrante é

um recurso imprescindível no país de origem. A forma como se pode planificar esta recuperação é o que importa debater, pois o regresso dos emigrantes pode ser enquadrado no que se define como um desafio social complexo, de todos nós e não apenas do governo. Muita da atratividade que o país tem ou terá baseia‐se nas mudanças sociais que importa concretizar e que podem ser induzidas por políticas públicas, mas que exigem uma mudança mais profunda a nível social. O tema do regresso dos emigrantes tem sido posto de lado na sociedade portuguesa. Não existe em termos mediáticos, não tem centralidade política, parece não ser importante e é pouco discutido pela sociedade civil. O regresso de uma boa parte da recente

emigração é, porém, crítico para o nosso desenvolvimento económico, social e cultural e o seu não regresso fará diminuir o nosso potencial de crescimento económico e de desenvolvimento sociocultural. Não podemos ficar satisfeitos com a tendência de descida da emigração portuguesa que ocorre desde 2013, ano em que a saída de portugueses do país atingiu o seu valor máximo deste século com cerca de 120 mil emigrantes. Podemos fazer muito mais por aqueles que podem vir a sair, por aqueles que já saíram e gostariam de poder regressar e por aqueles que, querendo estar lá fora, tem o Estado português a obrigação de continuar a olhar por eles. E não apenas em ano de eleições. João Ricardo Lopes, 12ºA, Economia C


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O impasse do Brexit

O facto do Reino Unido querer deixar a União Europeia é um assunto que tem causado muito alarido social e tem dado que falar em todo o mundo, sem dúvida, por toda a polémica que com ele trouxe, mas também pelo facto de que os cidadãos europeus têm ficado preocupados com o dito Brexit e com todas as consequências que dele advirão. Isto acontece porque este trará muitas mudanças, principalmente para os habitantes do Reino Unido, e ainda mais para os imigrantes que habitam no país. O Brexit é algo que nos deixa pasmados mas, acima de tudo, envergonhados com um resultado que envergonha não só o país, mas também a Europa. Poucos em Inglaterra parecem ter realmente entendido as razões que levaram mais de metade do eleitorado a escolher a saída da U.E., contudo, como se sabe, muitas pessoas votaram pela permanência do país na União Europeia, mas muitos talvez não por estarem de acordo com a União Europeia, mas porque o voto se dividiu não entre pró e contra a União, mas entre pró e contra a imigração, como se os imigrantes fossem o pior de um país e as fronteiras sempre abertas a fonte de todo o mal! Não é assim, nunca foi e não será. E é necessário que haja o mínimo bom senso para

pensar desta forma, já que atualmente vivemos num mundo onde a globalização e a mundialização estão tão presentes, tem de haver respeito pela multiculturalidade que existe nos diversos países, tal como existe no Reino Unido. Mas não é por este país ter tantos imigrantes que podemos culpar a imigração de todos os males! O objetivo da maioria da população é só um: viver – em comunidade e com melhores condições de vida. Contudo, a meu ver, pode‐se afirmar que o Reino Unido ainda vive, em parte, o feudalismo e a sociedade de classes está bem presente. A mobilidade social é, por conseguinte, curta e estéril de modo a garantir às classes dominantes a permanência no poder. Ao permitir ao povo um voto, este votou em protesto, contra as fábricas fechadas, contra o desemprego, contra a precariedade, contra a imigração barata e explorada. E até aqui tudo bem, exceção feita ao facto de os britânicos, enriquecidos por um sistema de apoio social ao longo de vários anos, estarem avezados a ter imigrantes a trabalhar por sua vez. Como entretanto os apoios sociais são cada vez menos no Reino Unido, aqueles votos, não deveriam ter surpreendido. Contudo, surpreenderam!...

Sabe‐se também que foi Theresa May, como ministra da Administração Interna, a principal estratega da política de imigração mais restritiva desde o pós‐guerra. A curto prazo, isto pareceu a melhor política para responder à ala mais conservadora e antieuropeísta, mas, a médio prazo, o seu discurso anti‐ imigração viria a tornar‐se o centro da campanha que apelava à saída da U.E. Contudo, o facto de se pensar que os problemas estavam nos “bandos indisciplinados de imigrantes” que tomavam o Reino Unido de assalto a coberto da liberdade de movimento imposta por Bruxelas, aconteceu devido às deliberações políticas de May e dos governos a que pertenceu. Foram estas políticas que, ao ignorarem o que realmente interessa ao conjunto da população, levaram ao Brexit. Para além disso, com poucas cartas na manga, o bluff de May de que “um mau acordo é pior do que sair sem acordo algum” arrisca‐se a sair furado. E é isto que preocupa as pessoas, pois, infelizmente, para os vários países que compõem o Reino Unido e para os portugueses, o Brexit tem‐se revelado tudo menos simples, fácil de realizar e de entender, havendo um grande impasse nos acordos. Tem sido uma negociação pautada por constantes

avanços e recuos, pois para a primeira‐ministra britânica, “o que é hoje impossível, amanhã é inevitável”. Seja qual for o desfecho das negociações, uma coisa é certa: o processo de saída da União Europeia vai ser um processo tortuoso que se vai arrastar ao longo de anos... Para os portugueses é evidente que o Brexit não traz nada de bom: haverá a perda de um mercado de exportação sem entraves alfandegários, a acrescida dificuldade de circulação de pessoas, bens e capitais entre os dois países e, provavelmente, a diminuição do número de turistas do Reino Unido no nosso país. Estes são problemas que não precisávamos ter, contudo podemos aprender com os erros dos outros e tentar evitar cometer os mesmos erros que levaram os ingleses a saírem da U.E. Em vez de encontrar bodes expiatórios para os problemas do nosso país, há que tentar resolvê‐los assumindo responsabilidades, e em conjunto com os outros países‐membros ultrapassá‐los, não abandonando o “barco” sem mais nem menos. Assim, enquanto cidadã europeia, é claro que não posso deixar de referir o sentimento de traição que é sentido por quem há tanto tempo se dizia nosso igual, por parte de um país membro da U.E há quase 50 anos...Nada mais será como dantes. Será que esta escolha representa uma rejeição da Europa globalizada dos nossos dias e o que realmente os ingleses precisam é de regressar aos anos 70? As últimas notícias revelam que o presidente do Conselho Europeu vai recomendar que os chefes de Estado e de governo da U.E. concedam ao Reino Unido uma extensão do prazo para a aplicação do artigo 50 até 30 de junho, tal como foi solicitado por May, contudo esta opção irá levantar problemas de natureza jurídica e política. É de lembrar que a U.E. pretende uma solução que passa necessariamente pela aprovação do acordo de saída pela Câmara dos Comuns, e, sem dúvida que não vai facilitar a vida aos ingleses e oferecer‐lhes tudo o que exigem de mão beijada! Clara Minhoto, 12º A ‐ Economia C


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2019 Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos

A Organização das Nações Unidas e a Unesco declaram 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos (“IYPT 2019”). Esta comemoração marca os 150 anos da publicação da primeira Tabela Periódica (1869) de Dmitry Mendeleev e igualmente se associa à descoberta do elemento Fósforo há 350 anos (por Henning Brand em 1669). O Ano Internacional da Tabela Periódica (IYPT 2019) visa assim a reconhecer a importância da Tabela Periódica como uma das conquistas mais importantes e influentes da ciência moderna, que reflete a essência não apenas da química, mas também da física, da biologia e de outras áreas das ciências puras. Não sendo um equipamento técnico físico de análise, a Tabela Periódica pode ser considerada como uma das ferramentas mais importantes na ciência, permitindo não só ser um instrumento de compilação de informação de todos os elementos, como a partir dela se pode prever as propriedades da matéria. Numa

comparação com a linguística, temos na Tabela Periódica o “dicionário dos elementos químicos”, obra fundamental presente em todos os espaços onde se faça ou pense ciência. Na sua Tabela Periódica, com uma disposição de linhas e colunas invertida relativamente à atual, Mendeleev não só organizou os elementos conhecidos, como deixou os espaços para os que viriam a ser descobertos e previu as suas propriedades, que se viriam maioritariamente a confirmar. Desde o elementar hidrogénio ao ilustre carbono que se liga com tudo, dos metais alcalinos aos alcalino‐terrosos, dos halogénios aos metais de transição, dos gases nobres aos elementos radioativos, muitas e muitas voltas tiveram que ser dadas ao longo de diferentes eras. A Tabela Periódica é muito mais que uma fonte de informação. Toda a sua organização é quase “mágica”. Tendo por base o número atómico de cada elemento, ou seja, o número de protões no núcleo, organiza‐se em colunas verticais, Grupos, cujos elementos têm propriedades semelhantes e em linhas horizontais, Períodos, cujos elementos apresentam o mesmo número de níveis energéticos.

Outras disposições estão também nesta tabela: os blocos, o carácter metálico, o carácter iónico, entre outras características. E pode‐se ainda avaliar a periodicidade de muitas propriedades como o raio atómico, a energia de ionização ou a afinidade eletrónica, que tendencialmente variam de forma regular (periódica) ao longo de cada grupo e de cada período. A tabela periódica pode ser vista como um enigma que só passado

Merece uma Estrela Michelin...

quase um século e meio foi totalmente desvendado, depois de terem sido descobertas e devidamente encaixadas todas as peças deste enorme puzzle. No link https://youtu.be/7kCCWWtCrpA pode ser vista uma sequência temporal de 300 anos de descobertas de elementos químicos em laboratório, processo iniciado com a descoberta do Fósforo, sendo que em alquimia se pretendia transformar metais não valiosos em ouro. Mas o IYPT 2019 visa não só a importância da própria Tabela Periódica, os seus aspetos e história, mas principalmente ser uma oportunidade para se refletir sobre ciência em geral, sobre o papel das mulheres na pesquisa científica, as tendências e as perspetivas mundiais sobre a ciência para o desenvolvimento sustentável, além dos impactos sociais e económicos dessa área. Neste contexto, a EuChemS organizou a Tabela Periódica da Sustentabilidade. Nesta tabela o tamanho e cor da quadrícula reporta a respetiva reserva no planeta face à sua utilização a curto prazo, bem como os elementos que estão presentes em smartphones, ou os elementos que são extraídos de zonas de conflito, e cuja extração tende a fomentar ou financiar essa guerra. Dá que pensar! Professora Luisa Gonçalves


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I/C: Imaginação & Criatividade Carta de amor: Filosofia Querida Filosofia, Cada dia que passa mais me apaixono por ti, pelas dúvidas que me crias todos os dias e me fazem querer conhecer‐te cada vez mais. Admiro o teu conhecimento ilimitado sobre o mundo, as mil e uma formas de perpetiva que tens sobre a existência humana e sobre qualquer outro tema. Ouvi falar de ti e desejei‐te desde esse momento. Hoje tu és parte de mim e mesmo que eu já te tenha, cada dia que passa eu te quero explorar mais, e mais, e mais, e muito mais... Por seres o meu pensamento de dia e de noite e seres a minha principal reflexão sinto‐te e abraço‐te nos meus pensamentos e posso agora dizer que amar‐te é a melhor coisa do mundo.

Obrigada por me fazeres questionar todos os dias a minha existência e por me incentivares a desvendar as minhas questões.É assim que te sinto

viva dentro do meu coração. Sou grata por te ter e por fazeres de mim a pessoa crítica e curiosa que sou, por me permitires sentir todo esse amor.

Porque amar‐te basta. E eu amo‐ te, apenas. Desta tua eterna apaixonada, Margarida Pereira, 10ºA‐LH

Carta de amor: Chuva Querida chuva, Hoje pela primeira vez te escrevo... ignorância minha, desculpa não ter sido antes! Não me lembro bem da primeira vez que te vi, pois tu és algo que faz parte das minhas manhãs, tardes e noites de inverno há já bastantes anos, mas o que é certo é que existe algo que renasce em mim quando tu, amavelmente, cais sobre a minha janela, transformando‐te nas tuas descendentes, as gotas de água que ficam incansavelmente estampadas do outro lado do meu vidro, se for preciso a noite inteira a fazerem‐me companhia. A ti apenas te peço que nunca deixes de ser a minha confidente daquelas noites frias; que nunca percas essa tua simplicidade arrepiante que inexplicavelmente se transforma numa beleza extrema; que nunca deixes de vir deixar as tuas crias à minha janela impedindo que me sinta sozinha e, por favor, permite‐me sempre expressar o quão continuo apaixonada por ti! De alguém que te amará eternamente, Camila Lourenço, 10ºA‐LH


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Memória: aos meus avós A memória transmite às pessoas um conjunto de sentimentos como a saudade, a tristeza e a felicidade. Uma memória de infância transporta a saudade de tempos sem preocupações e com pessoas que, no presente, já não se encontram entre nós. Lembro‐me como se fosse ontem, porque, na verdade, podem passar 5, 10, 15 anos… as saudades dos momentos passados convosco são como momentos acontecidos ontem... partiram sem me despedir, mas partiram depois de deixarem uma marca em mim. Das melhores coisas que podias fazer era ir ver os jogos do Sporting, pois eu sabia bem que não ias aguentar muito tempo sem te irritares e ires embora (tal era o nervosismo); os passeios que fazíamos juntos, à praia, a cidades, a países como Espanha, entre outros sítios. Era sempre uma aventura onde a única preocupação era arranjar lugar para estacionar o carro, arranjar lugar na praia e compreender os estrangeiros! Momentos de felicidade, que não

vou esquecer. Quando te via a chegar a minha casa e sabia que vinha de lá algum “presente”, fosse ele brinquedo ou até doces… era sempre uma alegria! Saudades de te ver sentado no sofá a ouvir a tua rádio que apenas passava músicas dos anos 70/80, saudades de te ajudar a subir e a

descer as escadas, saudades de poder ouvir as tuas histórias e memórias, a tua voz a chamar pelo meu nome, quando me portava bem, mas também quando me portava mal. E, no entanto, partiram sem poderem ver a minha evolução e crescimento como pessoa, e

Homem. Agora, apenas momentos que não passam de memórias e memórias que não passam de momentos… Por isso hoje sei que tive a sorte, que muitos não tiveram, de ter avós como vocês! Gonçalo Sereno, 12ºB‐SE

Memórias de infância

Lembro com bastante saudade… a minha infância. Tenho memórias tão boas que gostaria que pudessem ser revividas hoje, sempre que eu quisesse. Hoje, vou contar duas das inúmeras memórias que tenho. Uma das muitas histórias que me recordo dos tempos em que era pequenina foi que, quando eu andava no jardim de infância e a minha irmã na escola primária,

existia um rapaz, um pouco mais velho que ela, que aterrorizava os dias dela e lhe batia constantemente. Tanto os professores como os meus pais já tinham ido falar com ele, no entanto, o bullying continuava... Até que, uma vez, fui com a minha mãe buscar a minha irmã à escola e lá estava o tal rapaz junto dela e, por mais inverosímil que pareça, fui ao pé dele e "ameacei‐o", dizendo‐lhe

para nunca mais voltar a tocar na minha irmã, pois, caso voltasse a fazê‐lo, iria ter problemas sérios! E assim foi: ele nunca mais voltou a tocar na minha irmã. Esta memória prova que as crianças são a inocência em pessoa e, por vezes, têm atitudes que, um dia mais tarde, vão ser motivo de orgulho, não só para elas mesmas, mas também para as pessoas que as viram crescer.

Lembro‐me também que, uns tempos mais tarde, durante os anos em que frequentei a escola primária, havia um rádio na minha sala, mesmo ao pé da janela da mesma e, como os professores iam a casa à hora de almoço e as auxiliares estavam sempre muito ocupadas no refeitório, eu e os meus amigos aproveitávamos sempre esse tempo livre para saltar para dentro da sala através da janela e ir buscar o rádio. Um dos meus colegas levava sempre um CD com músicas de que todos gostávamos, fazíamos coreografias e dançávamos perante a escola inteira. No entanto, um dia, tudo isto acabou porque uma amiga minha colocou um pau dentro da coluna do rádio e, dessa forma, nunca mais tivemos oportunidade de voltar a ir busca‐lo e dançar. Posto isto, a única coisa que resta é a saudade. Saudade dos tempos em que a vida era pura inocência, brincadeira e, sobretudo, felicidade. Marta Bessa, 12ºB‐ LH


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D / L : D E S P O R TO & L A Z E R Dança O Grupo equipa de nível básico da nossa escola participou com as coreografias intituladas:

“Arco‐íris”

e

“Casa

de

Bonecas”. O

Grupo

equipa

de

nível

avançado

participou com as coreografias: “Fénix: A elevação

do

bem”

e

“Abraçar

diferenças”. Todos

os

apresentando

grupos

participaram

duas

coreografias

Os grupos equipa de Danças Urbanas da nossa

Ainda em dezembro os 2 grupos fizeram

As equipas de Danças Urbanas da nossa

elaboradas ao longo do ano letivo. Foi um

escola continuam a “espalhar magia” por onde

apresentações durante o “Torneio de Badminton”

escola participaram, no passado dia 20

encontro cheio de cor, alegria e muita

passam… No passado dia 05 de dezembro de 2018,

e na “Noite de Excelência”, com os esquemas

de março de 2019, no Encontro de

DEDICAÇÃO.

realizaram duas apresentações (Nível Básico e

“Arco‐íris (Nível Básico) e “Fénix – A elevação do

Atividades Rítmicas Expressivas, que se

A equipa de nível avançado da nossa

Avançado) na Escola de Sardoal, onde mostraram

bem” (Nível avançado).

realizou em Mação.

escola obteve o honroso 1º lugar, ficando

as coreografias “Arco‐íris” e “Feitiço”.

Estes esquemas serão ainda utilizados como 1º

Nesta

as

selecionada para participar nos regionais

Neste primeiro encontro participaram 5 Grupos

esquema nas competições de Dança do Desporto

escolas de Mação, Ferreira do Zêzere,

da modalidade, a acontecer no dia 11 de

equipa, 2 de nível avançado e 3 de nível básico, os

Escolar da Lezíria e Médio Tejo, neste ano letivo

Sardoal e Caxarias, com um total de 5

maio, em Sintra.

quais mostraram o trabalho realizado ao longo do

2018/2019.

grupos equipa e cerca de 100 atletas e 30

Parabéns a todos os participantes!

1º Período.

A professora responsável, Eva Patrício

Corta‐mato No passado dia 10 de janeiro de 2019, realizou‐se na nossa escola o Corta‐mato Escolar, que contou com a participação de cerca de 135 alunos do 1º, 2º, 3º Ciclos e Secundário. O dia, apesar de frio, estava soalheiro, demonstrando‐se perfeito para a prática desportiva. Os 6 primeiros classificados de cada escalão/sexo foram apurados para o Corta‐mato distrital, que decorreu em Almeirim no dia 25 de janeiro de 2019.

Todos os 45 alunos apurados participaram com empenho, dedicação e um grande orgulho em representar a nossa localidade – Mação. De todas as participações, temos de salientar a classificação do aluno Rui Marques (na prova de alunos RTP‐ Juvenis Masculinos), que ficou em primeiro lugar. Parabéns a todos os participantes! A Coordenadora do Desporto Escolar, Eva Patrício

Megas No

2019,

Todos os atletas mostraram o trabalho

aconteceu, na nossa escola, mais uma

dia

13

de

fevereiro

de

realizado nas aulas de Educação Física,

edição da competição de Atletismo ‐

para revelarem as suas capacidades.

“Megas” (Sprint, Salto e Km), que

De todas as participações destacamos

contou com a participação de cerca de

os alunos Dinis Branco e Maria Pires,

110 atletas.

que

Esta competição teve como objetivo

Corrida

selecionar os melhores de cada prova,

Rodrigo Loureiro que também chegou

para representar a nossa escola, na

às

competição distrital em Abrantes no

velocidade e alcançou um magnífico 3º

dia 14 de março de 2019.

lugar

No Mega Sprinter Distrital da Lezíria e

comprimento.

Médio Tejo participaram 25 alunos da

Parabéns!

nossa escola, que brilharam com a sua dedicação, empenho e fairplay.

chegaram de

às

meias‐finais na

meias‐finais

velocidade

prova

na de

e

o

Corrida Salto

na

aluno de em

A coordenadora do Desporto Escolar, Eva Patrício

juízes.

Competição

participaram

Professora Eva Patrício


Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Natação

No âmbito do desporto escolar de Natação 2018‐2019 foram já realizados os três encontros competitivos. Os resultados alcançados pelos alunos foram bastante satisfatórios, como evidenciado na grelha de resultados apresentada. Em prova marcaram presença, por competição, alunos das Escolas: Básica 2,3 Ciclos/Secundário de Mação; Secundária c/2º e 3º Ciclos Ensino Básico Doutor Manuel Fernandes de Abrantes; Secundária Dr. Solano de Abreu de Abrantes e Escola Básica 2,3/Secundário Luís de Camões de Constância; num total aproximado de setenta alunos por prova/encontro competitivo. Dos três encontros realizados, em 28 de novembro de 2018, 16 de janeiro de 2019 e 13 de março de 2019, coube à Escola Básica 2,3 Ciclos/Secundário de Mação a organização e a dinamização da competição realizada no dia 16 de janeiro 2019. Para além dos alunos participantes como nadadores, que felicito pelo empenho e dedicação à modalidade, e sobretudo pelos resultados, agradeço a colaboração dos alunos que desempenharam funções de cronometristas e arbitragem, garantindo a cada competição o brilho, a honra e o desportivismo necessário, nomeadamente aos alunos: Augusto Filipe, Beatriz Rodrigues, Mauro Correia e Rafael Pinto. Resta‐nos agora aguardar pelos resultados do Ranking Final, de apuramento para a fase Regional, que por condições regulamentares, apenas os alunos Nicole Duarte e Pavlo Nazarchuk poderão ser chamados a participar. A todos agradeço a dedicação e o empenho. Parabéns! Professora Cláudia Olhicas de Jesus

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