June 1st 2019

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Tribuna Portuguesa 1 a QUINZENA DE JUNHO DE 2019

Ano XL - No. 1294 Modesto, California | $2.00 / $45.00 Anual

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA • WWW.PORTUGUESETRIBUNE.COM

BENFICA CAMPEÃO 2018/19 28

SANTO CRISTO DOS MILAGRES BUHACH, CA

16-17

FREDERICO MACHADO ESCULTURA DO CIENTISTA

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Sugestões May 26-Jun 2 • Elk Grove Festa PFSA 2019, Elk Grove SES Jun 2 • LAEF Dia de Portugal & Scholarships, Selma Jun 8 • Dia de Portugal, Kelley Park San Jose Jun 9 • Music of Portugal, Five Wounds Portuguese Church Jun 11 • Portuguese Heritage Night SF Giants, AT&T Park Jun 16 • Jorge Ferreira & 562, Turlock Jun 17 • Concurso de Ganadarias, Stevinson Jun 22 • Dia de São João, Macau Cultural Center, Fremont Jun 23 • Uma Casa Summer Fado Night, San Francisco Jun 24-28 • LAEF Youth Cultural Summer Camp, S. Cruz Jun 28 • PFSA Portuguese Heritage Night Modesto Nuts

TIBÉRIO DINIS ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

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Editorial

1 de Junho de 2019

E VIVA O DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS!

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omo sempre aqui dissemos, é bom que nos visitem de Portugal para se aperceberem das realidades das nossas comunidades portuguesas e luso-descendentes na Costa Oeste destes grandes Estados Unidos. É bom também que a comunicação social em Portugal acompanhe essas visitas e deixe a conhecer as nossas realidades. Mas que haja cuidado com a verificação dos factos e não seja apenas o político o único a ser entrevistado quando é o menos qualificado para descrever uma realidade que conhece apenas de relatório. Ora vejamos… O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas José Luís Carneiro esteve entre nós e foi entrevistado pela agência Lusa — artigo que foi depois publicado em vários órgãos de comunicação social em Portugal. Falou em 16 universidades onde se lecciona português nos EUA quando só na Califórnia existem 13. José Luís Carneiro visitou professores de português em Hilmar — e fez muitíssimo bem — mas o distrito escolar com maior número de alunos de português (435) — Tulare — e os professores da universidade e community colleges da zona de Fresno nem foram convidados. Uma oportunidade perdida… Havendo um coordenador do ensino de português em Boston (João Caixinha), fez sentido que se nomeasse um coordenador-adjunto para a Califórnia que foi o caso de Duarte Pinheiro, diretor do programa de português na San José State University. Mas não se pense que esta ideia é nova e que Duarte Pinheiro seja o primeiro a ocupar semelhante lugar. Já não se lembram de Ana Cristina Sousa que foi coordenadora-geral durante 5 anos e de António Oliveira que foi coordenador-adjunto during cerca de 18 meses? A memória às vezes é curta… Sobre os cônsules honorários — que tantas vezes aqui nos referimos como podendo ser uma mais valia com os seus devidos poderes —, que trabalho de coordenação foi realizado durante esta visita? E para quando poderes acrescidos para os cônsules honorários? Lembremos que a zona consular de San Francisco abrange 13 estados norte-americanos com uma distância equivalente entre Lisboa e Moscovo. E viu-se isso nos resultados das eleições para o Parlamento Europeu — apenas 25 eleitores dos 6.433 inscritos votaram ou seja uma abstenção de 99,6%. Será que alguém em Portugal exigiria que um eleitor viajasse 805 km (500 milhas) para exercer o seu direito de voto? Esta é a distância entre as cidades de San Diego (onde há um cônsul honorário) e San Francisco (único local onde se podia votar). Em comparação, a distância entre Bragança (Trás-os-Montes) e Sagres (Algarve) é de 775 km (482 milhas).

Mas voltando ao tema do ensino, foi a própria comunidade que criou um plano estratégico para a língua portuguesa a nível do estado da Califórnia que passou despercebido neste artigo e no entrevistado. Além dos acordos celebrados pelo Instituto Camões com escolas e universidades da Califórnia, esse plano estratégico não terá também contribuído para o crescimento de 18% em apenas um ano no número de alunos no ensino de português neste estado? Temos de reconhecer o árduo e longo trabalho que a própria comunidade local tem realizado para a promoção e divulgação do ensino de português. Não esqueçamos os nomes das escolas, dos professores, dos administradores, dos líderes comunitários, das organizações comunitárias, de todo um conjunto de elementos DE CÁ que fizeram evoluir o ensino de português no Golden State. As coisas não caem do céu e nem tudo cai daquele retângulo à beiramar plantado. Unicuique suum! Mas termino com um ponto deveras positivo — a divulgação das 3.500 vagas no ensino superior em Portugal para portugueses e luso-descendentes residentes no estrangeiro. E assim VIVA O DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS! miguel ávila miguelavila@tribunaportuguesa.com

Crónicas do Perrexil

EUROPEIAS? QUEM AS CONHECIA?

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ão se pode pedir a uma Comunidade que nunca votou nas Eleições Europeias, para de repente o fazer. Fazer para quê? Que informação tinham? Os partidos fizeram o quê? Nada. Nós não podemos sonhar com coisas que pouco ou nada nos dizem respeito. Em Portugal a abstenção foi de 69,6 %, nos Açores 81,2 %, na América 99%. Só 25 pessoas votaram na California. Importante sim é votar nas Legislativas porque as Comunidades podem e devem eleger deputados pelas suas zonas - Europa e Fora da Europa. O boletim de voto até pode vir para a nossa casa directamente de Lisboa. Nas legislativas a diáspora agora com 1.5 milhões de eleitores pode ajudar as eleições em Portugal a serem mais justas. Estes resultados negativos em Portugal só vem mostrar que o povo não acredita nos partidos e nas suas relações com a realidade. Enquanto a corrupção

em Portugal não for, em parte banida, por uma justiça super lenta e protectora dos ricos, nunca mais o povo vai acreditar em milagres. Basta ver que o Partido Socialista ganhou, representando 9 % do eleitorado e mesmo assim elegeu 9 deputados que vão ganhar 15,600 euros mensais e muitos deles nem campanha fizeram. Estiveram mudos e quedos. Esta relação entre eleitores e eleitos não faz sentido. Chegaremos ao dia de haver um partido que represente 1 % e eleja todos os seus deputados, devido ao grande divórcio do povo. Penso que as eleições são importantes para todos e o voto deveria ser obrigatório para todas as eleições, tal como é obrigatório tantas coisas na nossa vida. Deixar que meia duzia de pessoas possam resolver assuntos que pertencem a toda uma comunidade não faz sentido. Até alguém já propôs que os partidos pudessem ser castigados pelo não apoio do povo nos seus projectos politicos. Em parte já o são, pela abstenção, mas o efeito não é o mesmo, porque mesmo com muita abstenção conseguem eleger deputados. Até às legislativas de Outubro haverá tempo, quer

39 ANOS

J.B. Castro Avila

para o povo, quer para os partidos, de reaprenderem a realidade das eleições europeias. Oxalá não percam a lição. Gostaria de deixar aqui uma pergunta a todos os políticos portugueses que nos tem visitado. Será que os senhores visitaram a Maior Biblioteca Portuguesa dos Estados Unidos, em San Leandro? Será que já visitaram o Museu Português de San José? Será que já visitaram a centenária Igreja Nacioanl das Cinco Chagas? Será que já visitaram a Igreja da Assunção em Turlock? Será que já visitaram San Jose State University? Será que já visitaram San Jose High School? Será que visitaram Tulare Union High School? Será que já visitaram Hilmar High School? Será que já visitaram o Monumento Cabrilho? Será que já visitaram as nossas mais que centenárias Fraternais? Será que já visitaram a California State University, Fresno? A minha pergunta é: quem é que dirige ou escolhe estas deslocações dos políticos à California?

Year XL, Number 1294 June 1st, 2019


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Comunidade

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Tribuna Comunidade

JUNHO 2019

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Concertino d’Estate for oboe, strings, and percussion La donna e mobile O sole mio Amor ti vieta Recondita armonia Funiculi, funicula Symphony no. 1

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Opinião

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SONHOS de UM PAI

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onhar é salutar. Projeta-nos sempre mais além. Não há imigrante que não sonhe ao partir. Faz parte da nossa condição humana e está-nos particularmente neste fogoso sangue ilhéu que, cedo na vida, nos colava os olhos da alma à linha do horizonte namorando o desconhecido. Deixámo-nos seduzir e por aí fora viemos decididos a vingar cá ao longe. Chegamos e o sonho solta-se. Sem forma nem tamanho, alveja o que lhe apetece. “Na América, tudo é possível”, assim aprendemos à distância. Tudo depende do rumo que cada qual escolhe dar à sua vida. Depois, é só uma questão de arregaçar mangas, traçar metas e fazer das lágrimas sorrisos. Lembro-me bem daquele meio pálido que esbocei ao despedir-me da Ilha há quarenta anos atrás. Estudante sem curso num Portugal à deriva, embarquei com vontade de continuar cá os meus estudos para obter um bom emprego e conseguir a tal vida melhor com que todos sonhamos ao imigrarmos. Trazia comigo esse sonho bem empacotado na bagagem até me abrirem a mala na alfândega. “O que traz nesta garrafa sem rótulo?” A pergunta enroscou-me a língua e quase me engasgou a fala, “...é um remédio caseiro...chama-se cachaça...e ajuda a curar saudades”.

Rasgos d'Alma

Luciano Cardoso

lucianoac@comcast.net

Foi a minha primeira mentira oficiosa em solo americano para me desenrascar. Sorriram e lá me deixaram seguir em cata do meu sonho. As malas, naquele tempo, não tinham rodas nem limite de peso. Gemia a bom gemer para arrastar a minha, quando o feixe se desprendeu e a garrafa se escarolou. Vermelho que nem um tomate, quase desmaiava de vergonha ao sentir um leve baque no ombro. Era um simpático velhote de barbas brancas com o seu chapéu às riscas vermelhas e azuis. “Welcome to America, my friend!” Engraçado no falar, enquanto me ajudava a limpar o chão e a fechar a mala, gracejou, “...não te há de faltar cá coisinha boa para beberes, nem para comeres. Assim queiras trabalhar por isso.” Trocámos mais dois dedos de conversa e jamais esquecerei a sua curiosa pergunta, “o meu amigo vai mesmo perseguir o seu sonho dum bom emprego ou prefere começar a trabalhar já amanhã?” A partir de então, tornámo-nos amigalhaços e damo-nos muitíssimo bem. Eu e o Tio Sam não devemos nada um ao outro e isso ajuda. Todos os anos

ajustamos contas para mantermos a nossa relação em termos cordiais. Contudo, jamais deixarei de lhe agradecer e apreciar a oportunidade de cá poder dar largas ao meu sonho mor, o de construir o meu próprio lar. Depois de nove anos consecutivos a estudar, decidi dar folga aos livros e prioridade às ferramentas necessárias a um bom chefe de família. Primeiro, tratei de encontrar a companheira certa. Estudante universitária prestes a acabar o curso, ela optou também por deixar os livros temporariamente na prateleira. O canudo podia esperar. Valores mais altos se ergueram e ambos chutámos a um golo comum, os nossos mimosos rebentos – até hoje, formidáveis fontes da nossa alegria e orgulho máximo do nosso viver. Transformaram-me a vida por completo. Não são apenas meus ídolos, mas também minha inspiração. O bom estudante que fui rende-se hoje aos brilhantes estudantes em que se tornaram. Claro que seguiram o exemplo da mãe. Seis meses após dar à luz o mais novo, viu premiado todo o seu esforço ao receber o diploma do primeiro bacharelato na família. Um marco importante, sem dúvida, e decisivo em motivá-los a brindarem-nos com momentos de inexcedível brio académico ao obterem posteriormente, um a um, os seus respetivos mestrados. O último, faz agora duas semanas, caiu-nos de mil amores. Michael Sérgio, o nosso segundo filho, decidira não ficar atrás dos irmãos. Não foi fácil o seu desafio. A trabalhar

de dia, aulas à noite, namoro pelo meio – o foco tinha de ser intenso e a força de vontade superlativa. Soube conjugar ambos com mérito, todo seu ao formarse em Estatísticas. Trata-se duma matéria complicada demais para cérebros como o meu, alérgicos ao mundo dos números. Sempre preferi o das letras. Daí este meu apetite pelo periódico rabiscar das minhas despretensiosas crónicas, como esta que hoje nem precisa sair de casa. Inspirase nos exemplos à minha volta. Claro que não os utilizo para me gabar. Por esta altura do ano, tal como nós, o que menos faltam são famílias a celebrarem os feitos escolares dos seus filhos, ou filhas. Leiam-na como homenagem a todos eles e elas, bem merecedores do nosso aplauso. O Michael, graças ao seu inquebrável querer, até nem nos surpreendeu. Surpresa, sim, foi há seis anos, sem mais nem menos, ele ter decidido saltar dum avião (sky diving) à altitude dos dez mil pés. Pregou-nos o susto, porém vi-o logo aí preparado para altos voos na vida. Como também o vejo muito mais afoito do que o pai, incapaz de tamanha maluquice. Perdoem-me a crónica caseira, mas sou um maluco pelos meus marotos. Nisso, não estou a ver-nos fazer grande diferença do resto da bicharada cá do cosmos. Como os pássaros, por exemplo, um dia damos-lhe as asas e nada se nos compara depois a essa radiante emoção de os poder ver voar, quanto mais alto melhor. Alimentam-nos os sonhos.

MOVIMENTO PRO MEMÓRIA DE FREDERICO MACHADO Uma escultura do Cientista do Povo O Engenheiro FREDERICO MACHADO foi uma das figuras, senão a mais notável, da segunda metade do século XX na História da Ilha do Faial, em particular, devido à sua influência durante o tempo do Vulcão dos Capelinhos. Será recordado e ficará na História como referência quase ‘mítica’ para todos os que ajudou a reconciliarem-se com a esperança, nas horas dramáticas da erupção do vulcão dos Capelinhos, 1957-58. A Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, AAALH, tem procurado preservar este património. Mas, o progressivo desaparecimento dos que conheceram e tinham memórias fortes desse “grande senhor”, assim como, a erosão natural provocada pelo esquecimento “impôs” o aproveitamento do Centenário do nascimento de Frederico Machado, não só para comemorar o seu percurso de vida, mas, em especial, para lançar um movimento de preservação da sua Memória, uma memória que acompanha muitos dos emigrantes açorianos daquela época, guardando Frederico Machado no coração, profundamente ligado às consequências do vulcão que obrigou e permitiu que partilhassem o sentimento de pertença com outros lugares, em especial no Continente americano. A grandeza de Frederico Machado residia na dimensão humana, na participação cívica e no saber científico. Este saber e também a sabedoria que sempre marcaram o seu labor profissional e social que permitiu se salvasse muitas vidas quando conseguiu prever a crise sísmica da noite de 12 par 13 de Maio de 1958 que devastou as casas das populações vizinhas do vulcão e a retirada organizada da população vizinha do vulcão. Sabemos que marcou a História dos Açores como um dos maiores cientistas das forças da Natureza e das Ciências da Terra. E que representa um património que ultrapassou fronteiras. Atingiu o respeito da comunidade científica internacional com a difícil “proeza” de publicar em 1954 um artigo na prestigiada revista norte americana - “Transactions of the American Geophysical Union”- que reconheceu o trabalho pioneiro de Frederico Machado, com o ti-

tulo de “Earthquakes Intensity Anomalies and Magma Chambres of Azorean Vulcanoes”. Acima de tudo foi um cientista invulgar porque trabalhou para criar conhecimento útil, sempre ao serviço das populações. Tal como os residentes actuais do Faial que hoje desejam perpetuar a sua memória através do esforço organizado pela AAALH, pensamos que não identificar na escultura de Frederico Machado, a presença da emigração açoriana, do Faial, do Pico e de outras ilhas, principalmente os que emigraram como consequência do Vulcão dos Capelinhos, não seria um gesto fiel ao movimento. Neste sentido, pensámos que as comunidades açorianas dos EUA e do Canada poderiam ser sensíveis ao respeito histórico e à participação no movimento cívico que reúna os meios necessários para edificar uma escultura de Frederico Machado. Assim, se perpetuaria a Memória de um cidadão exemplar e se deixaria às novas gerações uma mensagem de grande relevância histórica sobre o legado do “Cientista do Povo”. A escultura tem um orçamento de US$7.000. No esforço de angariação de apoio económico agora iniciado na Califórnia, temos encontrado emigrantes que se prestaram a colaborar. A AAALH abriu uma conta para tal fim: NIB 0059 0003 22358000063 39 IBAN PT50 0059 0003 2235 8000 0633 9 CAIXA ECONOMICA DE ANGRA DO HEROSIMO – designação BUSTO DE FREDERICO MACHADO.

FREDERICO MACHADO (1918-2000) Para evitar custos de envios individuais directamente à conta, podem ser enviados a Frank Silva que por sua vez enviará o monto final à conta: Mr. Frank Silva 1850 E. Grant Line RD. Tracy, CA 95304 Escultura de Frederico Machado O nosso abraço de sincero reconhecimento, Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta


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Opinião

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“DAR CORDA À SAUDADE”

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ão importa quantas voltas dê o Mundo, que apesar dos prognósticos dos “senhores do tempo”, Meteorologistas, que sempre há-de haver quem pre-destine os melhores e piores momentos da atmosfera, em jeito de prevenção, algo a que nem todos ligam muito, embora tenhamos de o fazer, por respeito à mãe-Natureza, seguindo os exemplos e cuidados que todos deveríamos de ter, o Açoriano como amigo da sua terra, sempre deseja voltar à sua Ilha, por mais pequena que seja. Ùltimamente, nem sei porquê, tenho visto diversos vídeos de Touradas, feitos e produzidos por amadores e canais de televisão, que felizmente, no nosso tempo já podem transmitir livremente. Não como antigamente que tudo quanto se fizesse era apelidado de pirataria. Era mesmo triste e frustrante! E isto, para não falar da maquiavélica censura… Para quê, relembrar o que há anos sofreram tantos e tão bons empreendedores que lutaram àrduamente para ter a sua própria Estação de Rádio, como qualquer um que tem um sonho, o melhor sonho da sua vida para cumprir. Lembrar, só mesmo para que não se repita! E sonhos, quem os não tem? Uns mais ousados, mais corajosos que outros, mas o que é preciso é nunca deixar de sonhar. Nem que seja para um dia poder voltar à terra-natal E como quem um dia também partiu do ninho, compreendo muito bem o sentimento de estar longe e querer estar perto. O coração fica dividido, e passa a desejar viver entre dois amores. Até que se habitue a viver uma vida diferente, vai sofrendo a saudade que lhe amarrota a alma, machuca o coração, mas ao mesmo tempo vai criando expectativas de regressar com mais algumas possibilidades de comprar o seu novo espaço, o apartamento, a casa ou até uma quinta onde possa cultivar os legumes, como sempre sonhou. Entretanto, vai falando com os amigos, coleccionando vídeos de todas as festas. Os fins de semana, são os que se ajustam para fazer mais alguns trocos em horas extras. Sempre dão mais umas pequenas extravagâncias. Talvez para umas pequenas lembranças, desde que não sejam de “marca”, pois a América já não é o que era e já não dá o que dava. Uma coisa é certa: ir à Ilha, seja qual for, e elas são nove, é que terá de ser! “E se Deus quiser”, é sempre o que o Emigrante diz aos amigos e familiares! Os da Ilha Verde, escolhem as Festas do Senhor Santo Cristo! Sem dúvida! E como cada Ilha tem o seu Oráculo, que felizmente ainda muitos têm em conta, pedindo-lhe em prece, muita saúde e anos de vida para gozarem nas festas das suas freguesias, os anos que perderam da celebração o Divino Espírito Santo, comum a todas e todos, na devoção da Alegria e da Abundância. Se tiver sorte, de uma Ilha, passará para a outra, se houver um barco, um avião que o leve para celebrar os dias que se propôs tirar de Férias. Mas nada o impedirá de pelo menos celebrar no terreiro a alegria do ribombar do foguete e de degustar a panóplia de sabores da mesa do Quinto Touro, tão comum a cada freguesia da Terceira Ilha de Jesus Cristo. Do que o Terceirense não pode passar, e só falo do que conheço, é de uma boa Tourada à Corda! Poderão faltar as ondas no nosso mar de lindo azul, que não farão tanta falta para mergulhar e nadar, como a bravura de um touro em corda bem esticada por toda a Ilha, que fará a festa mais redonda que nunca, de alegria, emoção, contentamento e até de loucura que nem todos entendem. O tempo das festas, já começou! Por todos os lugares, os altares ao Divino se têm erguido, alguns demasiado extravagantes para meu gosto, mas a par da devoção ao Espírito Santo, do carinho e amizade pelas pessoas, temos que admitir que há tradições que levaram imensos anos a criarem raízes e que, por mais que tentem, essas não morrerão no coração dos Açorianos e tão pouco na alma de um Terceirense que se preze de o ser.

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Opinião

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A COMUNIDADE DA CALIFÓRNIA:

VIVÊNCIAS SEM INTERFERÊNCIAS

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Califórnia não é um estado qualquer! Faz parte dos Estados Unidos da América desde setembro de 1850. Se fosse um país independente seria a quinta economia mundial. Tem o mais avançado centro da tecnologia mundial no Silicon Valley, o celeiro dos Estados Unidos no San Joaquin Valley, a importante indústria da vitivinicultura do Vale de Napa (e outras regiões), o mundo do entretenimento em Los Angeles, e uma das cidades mais bonitas e mais aprazíveis dos Estados Unidos, San Diego. Isto para não se falar nas belezas pomposas das gigantescas e milenárias árvores redwoods, da magia de Yosemite, da deslumbrante Lake Tahoe, da majestosa Sierra Nevada, da vertiginosa zona de Sonoma e do fascinante deserto Death Valley. Mas acima de tudo é um estado multicultural, em que o progresso dos direitos cívicos tem tido pujança, em que uma população, vinda, literalmente, de todos os cantos do planeta, se tem reinventado. Se as belezas naturais e os avanços progressistas são sinónimos deste estado, as suas gentes, o seu multiculturalismo, dão-lhe a mais graça. Um estado colossal, com alguns dilemas, também gigantescos, mas no seu cerne, ainda continua a ser uma utopia em construção. No meio de todos os triunfos e desafios que a Califórnia tem vivido, e sempre viverá, cá estamos, os portugueses dos Açores, emigrantes e sucessivas gerações vivendo dispersos por todo este estado e construindo para o seu crescimento, económico, social e cultural. Apesar de sermos uma gota num vasto oceano, numericamente falando, a realidade é que temos tido uma forte presença em muitas regiões e em muitos setores do mundo californiano. Hoje, as novas gerações, descendentes de emigrantes das ilhas dos Açores, com alguma presença também da Madeira e de Portugal continental, contribuem, no seu quotidiano, muitas vezes no anonimato (pelo menos no que concerne às vivências comunitárias) para o progresso deste nosso estado. Estão no mundo empresarial (particularmente no setor agrícola e na pecuária no Vale de San Joaquim), estão no mundo da política (mais de 130 luso-eleitos na Califórnia segundo o CPAC), no mundo académico, com milhares de professores e administradores de origem portuguesa em todos os nivéis do ensino, entre outros. A nossa presença, apesar de todos os esforços e alguns projetos interessantes, como o documentário de Nelson Ponta-Garça, ou as peças jornalísticas feitas pelo Diário de Notícias, ainda continua despercebida por uma grande parte do Terreiro do Paço. E Portugal só perde com esse desconhecimento. Porque em muitos casos, em vez de ajudar, atrapalha! Na realidade desde o século XIX que os emigrantes portugueses, quase todos dos Açores, têm feito a Califórnia a sua casa. Constroem as suas vidas, plantam as suas raízes e manteem com a sua terra, mesmo nas segundas, terceiras e sucessivas gerações

Reflexos do Dia-a-Dia Diniz Borges

d.borges@comcast.net um cordão umbilical único, que apesar de metafórico, é genuíno. E essa ligação é muito mais íntima com a Região Autónoma dos Açores. E é perfeitamente compreensível, por razões que se conhecem, a passagem das histórias das ilhas de geração em geração e o cuidado que os sucessivos governos dos Açores, têm tido com as suas comunidades. A proximidade, diria mesmo a intimidade e o cuidado que os governantes açorianos têm tido com as suas comunidades são exemplos que a governação central deveria olhar, refletir e sobretudo aprender. Nota-se, para quem quer ir além do verniz que todas as visitas ilustram, uma maior proximidade e uma maior abertura das entidades regionais. Quando falam com as comunidades usam linguagens que as comunidades compreendem e afetos que as comunidades sentem, mesmo uma comunidade tão distante como a da Califórnia. Portugal tem muito a beneficiar das suas comunidades, e não me refiro apenas às ditas remessas ou aos esporádicos casos de retorno. A comunidade da Califórnia, desde o seu movimento associativo (particularmente as associações mais inseridas no mainstream) aos políticos com origens portuguesas (incluindo as centenas de jovens e menos jovens no serviço público não eleito), desde os empresários da agropecuária aos milhares de professores nas escolas e universidades deste estado, passando por tantas outras profissões e áreas do conhecimento, incluindo a nossa presença nas artes, na comunicação social, no mundo das organizações não-governamentais, entre outros setores, são formas diretas com que Portugal poderia ter outros benefícios. Para que tal aconteça, uma comunidade mais próxima de Portugal e um Terreiro do Paço mais perto da comunidade da Califórnia há alguns passos a dar, que até nem são muito difíceis. E que terão que ser dados por ambas as partes. Temos exemplos, como existem aqui e no outro lado do atlântico alguns casos pontuais de sucesso, que precisavam ser replicados. Na comunidade temos que apostar mais em conhecermos os nossos próprios valores. Temos de gastar mais tempo na reflexão e na promoção, dentro e fora da comunidade, e estarmos bem conscientes da presença que temos por todo o estado. Temos de gastar menos tempo em críticas caseiras e juvenis, e mais tempo em unirmos todos os nossos esforços, todas as nossas sinergias para enaltecer os rebentos da emigração açoriana que por terras da Califórnia contribuem para o progresso californiano. Temos de estar profundamente em sintonia com as nossas comunidades e darmos espaço aos nossos valores. Por

vezes temos este defeito de aceitar tudo o que vem de fora como tábua de salvação, quando sabemos de antemão a nossa salvação está no nosso seio. Há muitos santos de casa a fazerem milagres. E temos de ser nós, sempre nós, a darmos as cartas a quem nos visita, não com arrogância, mas com o conhecimento de causa. Temos de exigir do Terreiro do Paço, do governo central e dos seus representantes, o respeito e o reconhecimento que nos é dado, em cada espaço, desde o autárquico ao regional, pelo governo dos Açores. E as nossas palavras têm de ser coerentes com as nossas ações. Fica-nos feio, e retira-nos a autoridade que temos como agentes vivos das nossas comunidades, quando nos vendemos por palavras ocas, por um lugar de destaque numa mesa de festa, ou pior ainda, por uma medalha. No Terreiro do Paço, há que aprender com os Açores. Há que respeitar que somos luso-descendentes, mas com raízes, profundas raízes, no arquipélago. Há que ir além da condescendência que é aceite e talvez até bem-vinda por um segmento comunitário sequioso de mimos, (sejamos honestos, muitas vezes intelectualmente medíocre) que ainda existe nas comunidades, mas que as novas gerações, particularmente os mais integrados não toleram. No Terreiro do Paço há que compreender que a comunidade da Califórnia está integrada e as suas vivências com a terra de onde vieram, ou de onde vieram os seus antepassados, é diferente de outras comunidades. Seria bom que os governantes portugueses entendessem que aqui não é lugar para discursos de pré-campanha. E que as mesmas visitas aos mesmíssimos espaços, sem serem salpicadas das novidades que vivemos um pouco por todo o estado, não beneficiam, nem a comunidade, nem Portugal. A conjuntura (palavra do dia em Portugal) comunitária é bem mais complexa e mais profunda do que se pode imaginar por quem nos visita de vez em quando, ou aqui está e não acompanha o nosso quotidiano. Há na comunidade homens e mulheres que sabem pensar e traçar o destino comunitário, sempre dentro do mundo americano. Cada comunidade é uma comunidade. A realidade da Costa Leste, não é a realidade da Califórnia. Os Açores conhecem, profundamente, essa diferença. Espantame que haja entidades em Portugal, ao fim de tantos anos e tanto trabalho, não se tenham inteirado desse simples facto. E abisma-me quando vejo elementos comunitários que euforicamente aceitam rótulos dados por quem não nos conhece, ou alegram-se quando perdemos a nossa autonomia e a nossa identidade comunitária em detrimento de poderes efémeros. Os galhardetes são assim tão importantes? Para uns e para outros, o diálogo baseado no respeito mútuo, no conhecimento das novas comunidades, na aceitação da nossa própria identidade, no reconhecimento dos valores de quem conhece o terreno, são de suma importância para ambos, mas diria muito mais para Portugal. Ouço, todos nós ouvimos, pela boca de várias entidades, que Portugal está na moda. Fico muito feliz por isso, muito feliz mesmo. Acho que todos ficamos, quem vive em Portugal e quem está na diáspora. O que relembro, com todo o respeito é que, pessoalmente tenho muito medo de modas, porque modas passam. Mais, o que acrescento, particularmente porque a política tem tendência para memória curta, é que a comunidade da Califórnia (e acredito que em outras latitudes) sempre esteve com Portugal, mesmo quando o país não estava na moda. O Portugal que se constrói e se vive todos os dias na Califórnia é muito mais profícuo do que o Terreiro do Paço e alguns líderes comunitários querem entender. O destino da comunidade da Califórnia está, como sempre esteve, nas suas próprias mãos. Portugal pode e deve ser um parceiro, mas as decisões devem ser sempre nossas. A autonomia da comunidade da Califórnia, como as dos outros estados, deve ser respeitada. Em termos de relacionamento e respeito pelo que se faz nas comunidades, o Terreiro do Paço tem muito a aprender com os Açores.


Comunidade

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California Portuguese-American Coalition

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California Portuguese-American Coalition (CPAC) has two new board members The California Portuguese-American Coalition was created in order to unite elected officials and civic leaders in order to facilitate stronger collaboration in the advancement of the interests of the Portuguese-American community in California, is pleased to announce two new board members. CPAC has been in existence for 4 years and is the only non-partisan PortugueseAmerican political organization in the West Coast of the United States. The two new board members are Paulo Meneses from the Los Angeles area and Valeria Sasser from the Bay Area. Paulo Isidro Menezes is the son of immigrant who came to the United States of America on 1966 from the island of Terceira, Açores. Paulo and his family have been actively involved in the Portuguese community and several organizations in Southern California for many years. His father, Isidro Menezes, a was elected as the first Luso-American to serve in the city. Paulo completed his undergraduate studies at the California State University of Fullerton and later completed his Jurist Doctorate degree at Western State College of Law in 1999. He currently is a Licensed Attorney in the State of California authorized to appear in both state and federal courts. He is the managing partner with the Law Offices of Duarte and Menezes and is also the owner/broker of Addax Realty Company. Paulo has been very active the local Portuguese communities and has served as President of the Artesia D.E.S. in 2004 and in 2014. He was recently nominated honorary consul of Portugal in Los Angeles. The second new member of the CPAC board is Valeria Sasser an immigrant from Brazil. She has a MA

in Education, Language Instruction from SFSU and a BA in Humanities and Cultural Studies from the Dominican University of California. Passionate about promoting Brazilian culture and the Portuguese language, she co-founded IBEC-Instituto Brasil de Educação e Cultura in 2011, a Portuguese language community school, and before, led for many years the Projeto Contadores de Estórias, a Portuguese storytelling project. Currently, she works for the Judicial Council of California, she is a member of the Community Advisory Group for Affordable Housing in Marin County and the Bus Passenger Advisory Committee also in Marin County, and she ran for Corte Madera Town Council last year, among many other activities. She participates as subject matter expert speaker in conferences across the USA and abroad. She is an author and a community advocate. She is a member of the AOTP (Association of Portuguese Teachers) and the Brazilian Citizen Council of San Francisco, where she was elected as the spokesperson to work with the Brazilian Ministry of Foreign Relations on an array of public policies to address the needs and development of the Brazilian communities abroad. She ran for city government and is an active participant in her community. Valeria brings the connection to immigrants from other Portuguese Speaking countries, for our goals are the same as we all want to preserve language and culture. They join Steven Nascimento (CPAC founder), board president Diniz Borges, vice-president John Pedrozo, treasurer Elmano Costa and directors: Maria Silveira, Idalmiro da Rosa, Angela Simões and Cliff Costa. The California Portuguese-American Coalition has been instrumental in identifying and creating a network with Americans of Portuguese ancestry (and with ancestors in other Portuguese language countries) who are serving in public office throughout our state.

adega restaurant

Two California Chefs Created TAP Air Portugal’s Authentic In-Flight Menu

The First and Only Restaurant with a Michelin Star in San José

Executive Chef, David Costa Pastry Chef, Jessica Carreira

Accepting Reservations for Dinner

1614 Alum Rock Ave. San José, CA 408.926.9075 | www.adegarest.com

Jessica Carreira

David Costa

When TAP Air Portugal launches its new route from San Francisco to Lisbon in June, it won’t just be an opportunity for Californians to travel directly to Portugal, it’ll highlight Portuguese culture in California itself. The newest contributors to TAP’s “Taste the Stars” program, serving Portuguese dishes from top chefs on the airline’s business class menu, are Bay Area residents David Costa and Jessica Carreira. The two are chef-owners of Adega in San Jose, the only Michelin-starred Portuguese restaurant on the West Coast. It was the sophistication of their cuisine (and, no doubt, the influence of their Michelin star) that caught TAP Air Portugal’s attention. When the chefs were approached by the airline to develop dishes for its Taste the Stars program, they leapt at the chance. “It’s such an honor to represent Portuguese food to travelers going to the country,” says Costa. Eater

Paulo Isidro Menezes

Valeria Sasser


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1 de Junho de 2019

Sousa’s Discount Food & Liquor 1584 Washington Blvd., Fremont, CA 94539 • Telefone: 510.659.8366 • Fax: 510.659.6369

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Um nome bem reconhecido e membro ativo na comunidade Portuguesa na área da baía - Lino Amaral está aqui para todas as suas necessidades de seguros.


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1 de Junho de 2019

P.F.S.A.

Fraternal Council No. 5/36 2019 121st Annual Celebration of the Festa do Espirito Santo June 15 and June 16, 2019

Hayward, California

Queens of PFSA Fraternal Council No. 5/36 Senior Queen

Shelby Carrancho Sidemaids Mikayla Fonte Silva Anina Ferreira

Junior Queen Emily Aires

Sidemaids Natalie Aires Ava Chaves

Little Queen Alexia Garcia

Sidemaids Maya Rosa Mariah Goins

1105 “C” Street, Hayward, California 94541

Saturday, June 15, 2019  5:30 p.m.

Procession will form at the Chapel of the hall, proceeding to All Saints Catholic Church

6:00 p.m.

Queens will exchange crowns

8:00 p.m.

Dancing with “Vira Lomba” Joining us all the way from the Azores

9:00 p.m.

Presentation of Queens

Directors of PFSA Fraternal Council No. 5/36  President Vice-President Treasurer Secretary Mistress of Ceremonies Marshal Guard

Antonio Garcia Tiberio Garcia Manuel Costa Neuza Garcia Manuel DaRosa

Sunday, June 16, 2019  9:30 a.m.

Formation of Parade

10:00 a.m.

Parade proceeding to All Saints Catholic Church

11:00 a.m.

Mass at All Saints Catholic Church Immediately after Mass, the procession will return to hall where traditional “Sopas & Carne” will be served

2:00 p.m.

Auction

4:00 p.m.

Dancing with “Vira Lomba”

Queen Saint Isabel Sofia Ferreira

Directors

Michele Menezes Helen Ferreira Gary Ferreira Joe Menezes Alvarina Bernardo Joanne Camara Joe Camara

Message from the President and Directors  Dear Queens, Officers, Members and Families, PFSA Fraternal Council No. 5/36, formerly Council Hayward No. 14 I.D.E.S., cordially invites you, with your flags and banners, to our 121st Annual Celebration of the Festa do Espirito Santo. This year our Festa events will be held on June 15th and June 16th, 2019.  It is our sincere hope that you will be able to participate in our Festa do Espirito Santo.  May the Holy Spirit bless you and your families always.  Fraternally yours, Michele Menezes, President


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Senhor Santo Cristo dos Milagres

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Comunidade

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BUHACH, CA • MAIO 17-19

Mesmo sendo uma Festa pequena Buhach veste-se de gala para patrocinar a todos os que a visitam, dois dias de recordação. Na Sexta-feira e depois da Missa houve actuações de grupos folclóricos no Salão. No Sábado, Bodo de Leite com o habitual Pézinho cantado por José Ribeiro, Antonio Azevedo, Jorge Teixeira, Abel Raposo e Vital Marcelino, acompanhados por Dimas Toledo e Manuel Avila. Durante a tarde houve arrematações e missa. As 9 horas baile com o Conjunto Progresso, acabando a noite com

a apresentação das Rainhas e Oficiais. No Domingo Missa Solene com o pregador da Festa Luís Cordeiro. Sopas foram servidas a todos os presentes. Durante a noite repetiu-se o baile e as apresentação das Rainhas. Presidentes - Elder e Mary Lopes Vice-Presidentes - Jerry e Lisa Sequeira

a comissão da festa com luis cordeiro, o pregador da mesma

improvisadores jose ribeiro, antonio azevedo, jorge teixeira, abel raposo, vital marcelino

ISTO D

O

BUHACH ES

T . 19 0 2

IL AGRES

SENHOR SA

O CR

SM

NT

bodo de leite


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Comunidade

fotos de mary lopes

presidentes mary e elder lopes

T . 19 0 2

IL AGRES

BUHACH ES

familia lopes

CR I S T O DO

SM

O NT

SENHOR SA

rainha lauren lopes e aias katelynn griego e natalie costa

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1 de Junho de 2019

For over 100 years, Portuguese Immigrants have held a gathering or Festa in Tulare in honor of Queen Isabel and the miracle of the Holy Spirit, by feeding the community. The Holy Spirit Festa is a tradition that we take pride in and welcome all to experience the love of our culture, food and most importantly, faith. Although all of the Festa Officers are Portuguese-American, our parents have instilled the importance of continuing Portuguese traditions for generations to come. We hope that you will be able to join us during the 2019 Centennial Festa Season. May the Holy Spirit be with you always,

2019 TDES Festa Officers


Tribuna

Escolar

1 de Junho de 2019

Hilmar High School Travel Club dubrovnik, croatia

Eduina Azevedo

eazevedo@hilmar.k12.ca.us In the spring of 2014, teacher Eduina Azevedo took her newly founded Hilmar High School Travel Club on its first trip to Europe. The objective was to travel, mostly abroad, to bring what was learned in the classroom to life. Students were immersed into cultures they had only heard about or seen in videos. Five years later, a new group of six students embarked on a similar adventure over Spring Break 2019. This group visited Dubrovnik, Split, and Plitvice in Croatia, as well as Ljubljana in Slovenia, and Venice, Italy.

“It was amazing to experience the different foods and cultures in the various countries we visited. I especially enjoyed Croatia, it reminded me of the Azores.”Lilly Azevedo, Hilmar High School

split, croatia

Plitvice, croatia Ljubljana, Slovenia

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Arriving in Croatia, the Hilmar group joined another group from New York. It was a trip to a new world with other teenagers who might come from the same country but who brought with them very different life experiences. Both groups learned from each other, almost as much as they learned about the history of places like Dubrovnik, as they walked its wall, Split, as they toured Diocletian’s Palace, Murano, as they watched a glassblowing demonstration by a Master, or Venice, as they took a gondola ride down the canals and under the bridges. The languages were different, the food was different, but the smiles were the same for the Hilmar teenagers, in every country. The goal was to take in as much as they could, learn as many new words as possible, and eat ice cream in every country they visited. Students returned to Hilmar exhausted, but exhilarated, with a desire to continue traveling, and to continue learning. The next two trips are already being planned, including a trip to the Azores and Lisbon in the summer of 2020.

Trieste & Venice, italy


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1 de Junho de 2019

Cupão de Assinatura 23 edições SIM! Desejo ser assinante do Tribuna Portuguesa.

Por favor enviem-me o jornal para o endereço seguinte:

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Tibério Dinis

Entrevista

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ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA DA VITÓRIA

CLINTON, ENTÃO PRESIDENTE DOS EUA FECHOU 22 BASES AÉREAS. AS CIDADES CIRCUNVIZINHAS LEVARAM DE DOIS A TRÊS ANOS PARA RECUPERAR. O QUE É QUE TEM ACONTECIDO COM A PRAIA?

Depois de um período de maior desânimo e inquietação, a Praia da Vitória tem vindo a reverter o impacto da diminuição da presença norte-americana no Concelho. Além do investimento público – que se afere na forte promoção turística e, em particular, no projeto Terceira Tech Island – temos assistido a um incremento forte do investimento privado, o que revela a confiança no futuro por parte dos nossos empresários. Do setor turístico ao comercial e industrial, são várias as iniciativas e projetos que vão absorvendo a mão-de-obra disponível, modernizando a nossa economia e gerando riqueza. Os setores estruturais na nossa economia – agricultura, turismo, construção civil e comércio – têm vindo a registar crescimentos, decorrentes da confiança privada, influenciando-se uns aos outros. No setor público, destaco com especial enfâse o projeto Terceira Tech Island, que está a consolidar no Concelho, particularmente na cidade, um ecossistema tecnológico. Já se instalaram na cidade uma dezena de empresas exteriores, que absorveram a totalidade da centena de programadores formados localmente. A procura tem obrigado a continuar-se a formação de mais programadores, com todos eles a terem trabalho ao terminarem o curso. Este projeto decorre da iniciativa do Governo Regional dos Açores, através da SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, em parceria com o Município da Praia da Vitória. Como lhe disse, vários indicadores dão-nos conta que iniciamos o rumo da retoma económica. Os níveis de investimento privado aumentaram. Temos mais negócios e vamos confirmando o clima de confiança quer por parte dos investidores e empresários quer por parte dos consumidores. A nossa estratégia tem assentado no continuado reforço da dinamização turística, quer por via do aumento da oferta quer pelo reforço do diálogo e sinergias entre operadores, construindo cada vez mais a melhor resposta para quem nos visita. No que concerne ao tecido empresarial, a nossa grande aposta é a consolidação de um cluster tecnológico, onde sobressai o projeto Terceira Tech Island – promovido em parceria entre o Governo Regional dos Açores e a Câmara Municipal – e que, nesta fase, tem como polos a Academia de Código e a Praia Links – incubadora de negócios da Praia da Vitória. Cerca de uma dezena de empresas tecnológicas já se instalaram na Praia da Vitória, aproveitando os recursos formados na Academia de Código. Este projeto tem proporcionado uma alternativa de vida profissional a muitos jovens e, acima de tudo, colocado a Praia da Vitória e a Ilha Terceira como oportunidades de investimentos externo. Em paralelo, estamos apostados na manutenção e reforço dos apoios ao tecido empresarial local, particularmente ao pequeno comércio, incentivando à modernização e dinamização. Através da Praia Links, temos, por exemplo, criado um vasto pacote formativo, com vista a suprir obstáculos quotidianos das empresas e negócios locais. Ao mesmo tempo, estamos a implementar todo um processo de desburocratização e agilização dos processos internos, por forma a respondermos cada vez melhor aos munícipes e, particularmente, a quem quer investir na Praia da Vitória. Estas são algumas das medidas que estamos a implementar, no sentido de continuar a consolidar a cidade e o Concelho como territórios onde vale a pena investir e viver. QUAL ERA O PESO DA BASE NA ECONOMIA DA PRAIA? COMO SUBSTITUÍ-LA? A atividade da base das Lajes, de forma genérica, representava entre 20 a 30% do PIB do Concelho. De um momento para o outro, foi necessário combater essa dependência. Como explicado acima, temos conseguido inverter essa situação, quer por via da promoção turística – que tem gerado inúmeros projetos de investimento privado – quer por via da consolidação de um ecossistema tecnológico no Concelho, o projeto Terceira Tech Island. A retoma tem sido visível, com a Praia da Vitória a ser um território cada vez mais atrativo e alvo do interesse dos investidores, nomeadamente da nossa Diáspora. TEM A PRAIA TRABALHADO COM O GOVERNO PARA IMPLEMENTAR NOVAS IDEIAS PARA O SEU CONCELHO? O Governo Regional dos Açores é um parceiro central e estratégico na dinamização de cada concelho e de cada ilha. No caso da Praia da Vitória, são inúmeros os casos

de cooperação. Mas, destes, destaco obviamente o projeto Terceira Tech Island que, de forma sustentada e integrada, criou novos empregos, absorveu particularmente mão-deobra jovem, introduziu inovação no tecido empresarial local e, paulatinamente, vai criando a convicção local de que as novas tecnologias são um dos caminhos para o nosso sucesso.

Isto prova que há confiança no futuro. COMO SERÁ POSSÍVEL NO FUTURO TRANSFERIR O PESO GOVERNAMENTAL NA ECONOMIA DA ILHA PARA AS ENTIDADES PRIVADAS?

Como expliquei anteriormente, a construção de um cluster tecnológico é, em nosso entender, um caminho de futuro. Trata-se de uma área com enorme potencial de exportação, em que a desmaterialização elimina a barreira da distância geográfica e abre novas portas para as empresas. Depois, as ligações a outras paragens, fruto da emigração, é um fator importante na interconetividade deste cluster com outros territórios e as decorrentes vantagens comerciais e empresariais.

Cada vez mais, assistimos a essa transferência. Paulatinamente, os privados vão sendo capazes de dar resposta às necessidades locais, substituindo a resposta pública. Há, obviamente, setores onde isso é mais difícil de acontecer, como na saúde, educação e fornecimento estruturais, como a água e saneamento. Mas, na última década, os projetos em curso promovidos pela autarquia são quase sempre de complemento aos privados e não de substituição. Agora, é fundamental perceber-se que a nossa realidade insular, com território pequenos e de escala económica reduzida e finita, impõe o compromisso permanente do poder público em garantir as necessidades centrais à população. Por isso, nem sempre as lógicas comerciais privadas se adequam à nossa realidade.

QUE NOVIDADES TEMOS NA GENERALIDADE DO VOSSO CONCELHO?

FAÇA-NOS UM RESUMO DA VOSSA VISITA À DIÁSPORA.

O nosso projeto político para estes quatro anos tem por base continuar a potenciar a Praia da Vitória como um território onde vale a pena viver e investir. Isto num território moderno, com serviços ágeis e vocacionados para as pessoas, construindo a Praia da Vitória como uma cidade e um Concelho do século XXI, onde a nossa memória coletiva e a nossa identidade enquanto comunidade não fazem parte do passado, mas sim do presente, atualizando-se e perspetivando o futuro.

A visita realizada à diáspora praiense e açoriana nos Estados Unidos e Canadá foi a mais extensa alguma vez realizada, a que alcançou, de uma só vez, mais lugares e mais pessoas, tudo assente no pressuposto da maior proximidade e contacto direto com um maior número de praienses residentes na diáspora, possibilitando também “economizar de recursos”. A visita oficial, que começou na Nova Inglaterra nos EUA, foi até à província do Ontário no Canadá e terminou no Estado da Califórnia na costa oeste dos EUA, a comitiva praiense participou em seis grandes festas dedicadas à Praia da Vitória, atingindo-se mais de três milhares de pessoas presentes, tendo-se homenageado várias personalidades e instituições. Além da vertente de aproximação aos emigrantes, decorreu uma agenda de contactos económicos, políticos e institucionais que certamente terão frutos no futuro. Visitámos o polo de Lowell da Universidade de Massachusetts, entidade parceira do Air Centre, com sede na Praia da Vitória. Neste encontro, tive a oportunidade de destacar a importância do aprofundamento das relações entre entidades públicas, polos tecnológicos e entidades privadas, no sentido de serem concretizados projetos inovadores. Noutra frente, tendo em vista perspetivar projetos de intercâmbio comuns e reforçar as relações institucionais com as autoridades nas comunidades, visitámos a State House, em Boston, Massachusetts, a convite da senadora Joan Lovely e onde marcaram também presença vários senadores de origem portuguesa e representantes da comunidade. Pretendemos com as estas visitas reforçar as ligações aos meios académicos, políticos e económicos, perspetivando projetos que possam ser importantes para a Praia da Vitória.

COMO PODERÃO OS TECH CENTERS AJUDAR A PRAIA NO FUTURO?

PARA QUANDO AS OBRAS DO NOVO CAIS DE CRUZEIROS? O cais de cruzeiros é o sonho do Município. O processo está a ser estudado tecnicamente, para que a sua concretização não tenha falhas. É um processo nas mãos do Governo Regional dos Açores. A Câmara Municipal avançou com uma proposta para despoletar o assunto, que está a ser tratado nos timings e gabinetes adequados. O cais de cruzeiros é um projeto estruturante e unânime na Terceira. Reforçará a oferta turística do Concelho, na ilha e dos Açores, porque criará uma alternativa para os cruzeiros que nos visitam. Vários comandantes dos navios que já nos visitaram destacam as excelentes condições de manobrabilidade e segurança que a baía da Praia apresenta. Destacam também tratar-se de uma excelente alternativa e um local a visitar. Depois, permitirá a revitalização do centro histórico da cidade, permitindo que os turistas entrem diretamente na cidade, em vez de se deslocarem pelo meio de contentores. Além disso, possibilitará uma melhor gestão e condições para os operadores turísticos, devido à proximidade da área do molhe americano com várias acessibilidades para os dois concelhos. Permitirá também que se liberte e dedique o porto comercial à sua vocação – movimentação de mercadorias – possibilitando o crescimento do setor exportador e, eventualmente, reforçando a atratividade daquela infraestrutura para investidores externos. Portanto, tenho todas as certezas que será uma realidade, após serem analisadas todas as situações imprescindíveis para uma obra desta envergadura. É importante não esquecermos que se trata de um projeto com peculiaridades significativas e que a boa gestão dos dinheiros públicos obriga a que o assunto seja analisado devidamente, para que tenhamos a melhor solução pelo melhor custo. ESTÃO AS DUAS CÂMARAS DA TERCEIRA A TRABALHAR EM SINCRONISMO PARA O DESENVOLVIMENTO HARMÓNICO DA ILHA? OU NÃO? Existe uma enorme cooperação e sinergias entre as duas autarquias. O intermunicipalismo é uma realidade na ilha, que se verifica em inúmeros projetos. LÊ-SE NA IMPRENSA QUE EXISTE UM DECRÉSCIMO ENORME QUER DA INDUSTRIA QUER COMERCIAL EM TODA A ILHA. COMO RESPONDER A ESSE FENÓMENO? Essa ideia, aos poucos, vai-se esbatendo. Vivemos um período de abrandamento económico, decorrente dos efeitos da crise nacional e mundial, da retração dos setores estratégicos e do downsizing na Base das Lajes. Felizmente, esse período passou. Como disse anteriormente, os indicadores económicos atestam que estamos a inverter esse ciclo, com a confiança privada a renovar-se e os investimentos a acontecerem. Só nos últimos três anos, foram investidos pelos privados no Concelho cerca de 30 milhões de euros, em inúmeros projetos comerciais e industriais.

VAMOS AGORA FALAR NAS FESTAS DA PRAIA. COMO SERÃO ESTE ANO AS VOSSAS FESTAS? As Festas da Praia 2019 têm como tema “As Lendas da maresia”, decorrendo de 02 a 11 de agosto. O modelo organizativo mantém-se, com três polos de atração: as festas de rua, a dreamzone, dedicada aos grandes concertos musicais, e a Feira de Gastronomia. Destaco, para já, que vamos ter um cortejo de abertura com 4 carros alegóricos e 37 figurantes, sendo que o primeiro carro tem que ver com as portas do mar da Praia (onde se lembra que o mar é porta de saída – e aí lembramos a nossa emigração – e porta de entrada – por onde recebemos todos os que nos visitam), e os restantes carros terão uma vertente mais imaginária. Já foi também apresentado o cartaz musical da Dreamzone, que este ano tem como atrativos Djodje, Stereossauro, Bonga, Capitão Fausto, Armandinho, Gavin James, Agir, Nik Kershaw e Vitor Kley. Na tourada de praça, contaremos com os cavaleiros António Telles, João Telles e João Pamplona, os Forcados de Coruche, da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e do Ramo Grande e um curro com toiros com ferro David Ribeiro Telles e Rego Botelho. São atrativos que nos garantem mais uma edição de enorme qualidade, convívio e animação. O TRIBUNA AO SEU DISPOR. Quero deixar uma mensagem de parabéns e alento para o vosso trabalho e acima de tudo, um reconhecimento sentido pelo trabalho, dinamismo e proteção da nossa identidade por parte das comunidades emigradas, que são um exemplo de dedicação à melhoria da vida, sem esquecer as raízes.


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1 de Junho de 2019

75th Anniversary Celebration Festa do Divino Espírito Santo of Monterey

201 9 – 2 0 2 0 Qu e e n s & M aid s

July 13 and 14, 2019 Monterey, California

Novena

Sunday, July 7 — Thursday, July 11 ~ 950 Casanova Avenue Rosary 7:30 PM in the FDES Chapel

Friday, July 12 ~ 950 Casanova Avenue Rosary 8:00 PM in the FDES Hall

Queens’ Presentation and Dance Saturday, July 13 ~ 950 Casanova Avenue Band Concert 7:00 PM by Lira Açoriana De Livingston Dance 8:00 PM to MIDNIGHT with Chico Avila Food available for sale in the kitchen

Isabella Melo Side Maids Kaitlyn Machado and Holly Machado Senior Queen

Presentation of Queens, Side Maids, and Officers 9:30 PM

Parade, Mass, and Festa Sunday, July 14 Parade 9:30 AM Formation

10:15 AM Begin Parade

Custom House Plaza through downtown Monterey Mass 11:00 AM San Carlos Cathedral ~ 500 Church Street

Celebrant, Father Eduino Silveira Festa Sopas, Tasca, Auction at the FDES Hall 950 Casanova Avenue Sopas 10:00 AM to 3:00 PM Dance 4:00 PM to 8:00 PM ~ Music by Chico Avila

Obrigado pela a sua presença! Olivia DaSilva Side Maids Lilyana DaSilva and Lilia Leonardo Junior Queen

P residents: Charles and Stephanie DaSilva Vice P residents: David and Tessa Avila

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Opinião

1 de Junho de 2019

O saber dos Engenhos e o fazer a Farinha

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Do Brasil

Lélia Nunes

lelia.nunes@gmail.com

U

m pirão d’água bem escaldado, quase transparente, acompanhando uma pescada branca frita ou assada é mesmo uma delícia. Aliás, não importa o nome do peixe o que importa que tenha como acompanhamento o tradicional pirão d’água feito em água bem quente – o “pirão escaldado”. O “pirão” integra a dieta alimentar do pescador, das famílias do nosso litoral catarinense ao longo das gerações, que tiveram na sua formação cultural a contribuição dos povoadores açorianos aqui chegados entre 1748 a 1756. É muito comum se ouvir dizer, erroneamente, que a farinha de mandioca é uma “tradição trazida pelos açorianos”. Quando diversas entidades pleiteiam o Registro de Saberes e Práticas Tradicionais associados aos Engenhos de Farinha de Mandioca como Patrimônio Cultural de Florianópolis e de Santa Catarina é bom esclarecer este “ser ou não ser de origem açoriana”. Os povoadores açorianos não trouxeram o hábito de comer farinha de mandioca das suas Ilhas. Até porque eles não conheciam a mandioca. E ainda hoje não faz parte da gastronomia açoriana. Então, de certeza, de lá não veio… Os açorianos, oriundos na sua maioria das ilhas centrais, Terceira, Graciosa, Faial, Pico, São Jorge, eram lavradores e cultivavam trigo e cevada. Os grãos eram moídos em atafonas

movidas pela energia eólica - “os moinhos de vento” que ainda embelezam a paisagem das ilhas para além da sua função econômica. Qual será a sua contribuição no hábito que ser tornou uma referência gastronômica do nosso ilhéu? Os açorianos tentaram muito cultivar o trigo, a base do seu sustento como são os inhames, as batatas, a carne e os peixes de alto mar. Porém, o trigo não vingou. A nossa terra não era boa para o plantio do trigo. Então, eles cultivaram a mandioca (cultura alimentar indígena), produzindo uma farinha tão fina e branquinha quanto o trigo. É a farinha de mandioca famosa em todo o Brasil por sua qualidade e textura suave. Com os índios, os açorianos aprenderam o uso da mandioca na alimentação: o pirão d’ agua (escaldado ou frio), o biju, o piroca (pirão feito com leite) e ainda, a extrair o polvilho com o qual produziram roscas, broas, bijajicas e outras iguarias. Desenvolveram uma culinária regional típica, misturando os saberes e fazeres das nove ilhas vulcânicas do além-mar com os saberes dos nossos índios. Pois, na sua bagagem traziam os seus conhecimentos – a tecnologia dos engenhos e alguns até a sua “mó” Tanto é a “mais pura verdade” que em 1797 havia em Desterro 17 atafonas de trigo e 87 engenhos de mandioca. Por estes dados retirados do Relatório de João Alberto Miranda Ribeiro, Governador da Capitania de Santa Catarina enviado ao Rei de Portugal, constata-se a insistência dos açorianos em cultivar o trigo, a sua tradição alimentar e, por outro lado, a crescente transformação da mandioca em farinha, a cultura nativa, legado dos indígenas. Conclui-se que os nossos ilhéus e seus ancestrais açorianos aqui chegados criaram o hábito de comer farinha de mandioca e, sem dúvida, que a excelência

da nossa saborosa farinha se deve ao aperfeiçoamento do processo de moagem de mandioca dos indígenas pelos povoadores açorianos, que eram detentores de larga experiência com o trigo lá nos Açores, no Atlântico Norte. Os nossos engenhos de mandioca foram desenvolvidos a partir do saber indígena no manejo da raiz mandioca com o know how dos “moinhos de vento” dos açorianos. Ou seja, os açorianos interviram nos instrumentos e nos mecanismos operacionais das

etapas da fabricação e não na essência do processamento em si. Hipótese defendida e comprovada por Walter Fernando Piazza e Nereu do Vale Pereira e que, evidentemente, eu corroboro. Para melhor fabricarem a farinha adaptaram a técnica de construção dos engenhos, utilizando a força animal. Hoje, já são raros os tradicionais engenhos em que ainda ouvimos “cantar” em tempo de farinhada. É preciso salvaguardá-los! A nossa saborosa farinha foi parida do encontro da sabedoria indígena com o conhecimento dos povoadores açorianos na grande aventura de viver em terras abençoadas por Santa Catarina.

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

José Luís Carneiro visita os Estados Unidos da América O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, visita os Estados Unidos da América (EUA), estando previstas deslocações aos estados de Nova Iorque, Nova Jérsia, Connecticut, Massachusetts e Califórnia. Um dos principais objetivos desta visita é a promoção do ensino da língua portuguesa, estando agendados encontros com responsáveis de estabelecimentos de ensino em vários estados. Cerca de 18.638 alunos aprendem a língua portuguesa nos Estados Unidos da América, desde o ensino pré-escolar até ao secundário. Em 2017, o português passou a ser aceite para acesso ao sistema universitário norte-americano, através da realização do exame National Examinations in World Languages (NEWL). Este ano, inscreveram-se para fazer o NEWL, em português, 218 alunos, de seis estados norte-americanos. Para aprofundar o investimento no ensino da língua, o Estado Português reforçou, no passado mês de fevereiro, a Coordenação do Ensino do Português nos EUA com a colocação de um adjunto de coordenação na Califórnia. Com esta medida, a Coordenação do Ensino do Português nos EUA passou a ter presença em Boston, Newark e São Francisco.

fotos de osvaldo palhinha


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Patrocinadores

1 de Junho de 2019


Tauromaquia

1 de Junho de 2019

13 de maio festa de n.s. de fatima laton

corrida de toiros à portuguesa 6 toiros manuel do carmo - 3 roberto martins & filhos - 3

fotos de joe gonsalves

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Quarto Tércio José Avila

josebavila@gmail.com

Sejamos AFICIONADOS com A grande

tiago pamplona jorge hernandez joão pamplona

forcados aposento de turlock amadores de merced amadores de escalon

A maioria das nossas festas não estão com boa saúde financeira, mas também não querem alterar uma situação existente há muitos anos e que lhes rouba muitos milhares de dólares. Continuar com as corridas de toiros de BORLA não faz sentido algum, quando a falta desse dinheiro servia para equilibrar as contas das mesmas. Uma corrida de toiros custa caro evidentemente, porque tem de pagar-se o preço justo aos artistas e aos toiros. Dá ideia que ficaria mal à festa verem pouca gente na sua corrida se essa fosse paga. So what? Antes pouca gente a pagar e ajudar a festa do que ver milhares de pessoas, a maioria das quais nem são aficionadas, a prejudicar a festa indo aos toiros de borla. Não há em qualquer lugar do mundo uma situação destas. Dá ideia que não temos gente com capacidade de alterar um sistema errado, nos tempo que correm. Saudamos o Tulare DES e o Artesia DES que fazem as suas corridas pagas, para assim todos poderem ajudar as nossas festas. Os tempos das vacas gordas acabaram. Não é justo pedir esforços aos nossos homens dos lacticínios que continuem a ajudar, quando a festa não se ajuda a si própria. Para começar pelo menos paguem $10.00 para ajudar a festa. O Grupo de Forcados Luso-Americanos vai participar numa das Corrida das Sanjoaninas 2019. Que a sorte se reparta por todos e que tenham uma actuação digna do seu jovem prestígio. Apareceu nestes ultimos dias na TV (streaming) um canal de MARRADAS, directamente da Terceira. Penso ser uma das coisas mais esquisitas alguma vez vistas em televisão. Ver homens a partirem cabeças, jovens a fugir com filhos ao colo em serrados, ver muitos homens colhidos de todas as maneiras e feitios, ver pessoas bêbadas a serem pegadas, enfim, um espectáculo indecoroso para a nossa Ilha Terceira e para os Açores em geral. E ainda há pessoas que querem fazer da touradas à corda, Património Imaterial da Humanidade. Sou contra a censura mas em defesa de um património que se quer justo, as autoridades tem de resolver este assunto. Vender CD’s com marradas é uma coisa, publicar marradas na TV todo o dia deverá ter outro tratamento em defesa de uma cultura. Ter 5 TV’ s num aeroporto a mostrar só marradas em vez de mostrar as belezas da Terceira também não faz sentido algum. Deixo à comunidade da Terceira defender a sua honra nesta situação alarmante de falta de gosto.


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Cultura

1 de Junho de 2019

PAGINA DE ARTES E LETRAS DO TRIBUNA PORTUGUESA

Apenas Duas Palavras Diniz Borges

d.borges@comcast.net

CELEBRAÇÃO À ILHA DOS AVÓS joão bendito

D

“A certa altura um homem torna-se num mapa de vivências, a cabeça num espólio de imagens” Eduardo Bettencourt Pinto

Maria das Mercês Coelho

esafiando as coordenadas do tempo, qual Alice no país das maravilhas, o nosso escritor lança-se na aventurosa descoberta dum mundo subjacente ao distraído olhar do quotidiano, centrado na curiosidade de apreender a autenticidade dos encantos ou das inquietações da infância e o despertar da adolescência. É uma visão limpa e segura. Translúcida, afectiva, pontificada por uma vivência trazida de outras geografias, doutras culturas, suspensa num presente crepuscular. Da Graciosa, onde a mãe nasceu e onde passou as melhores férias de verão, afirmado na primeira pessoa, o João Bendito afinca raízes com uma impressionante vivacidade, sabendo esculpir palavras guardadas com recato e tolerância. Como uma celebração à ilha, berço matricial, percorre com destreza e rigor, um caminho, que foi dele e é nosso. Era um tempo morno que rodava lento e sem uma lúcida bitola de sobressaltos a década de 60 para os nossos verdes anos. Em modo de crónicas ora compiladas neste volume, narra emotivamente momentos característicos, desde a vindima, às festas de Santo Cristo, da baleação, aos bailes, aos jogos de futebol. Ficciona outras tantas histórias contadas (a Revolta do Bicharedo, a Filarmónica dos Negros) numa escrita elegante, cuidada de artifícios e fluida. Quase jornalística. Para que conste, qual registo para memória futura. Em contexto bem urdido, quiçá crítico e mordaz, evoca personagens, porventura de apagadas existências, que com ele se cruzaram, integradas ou não, na vivência familiar, como o João Melquês, o Faia, o Manuel do Sul, o Manuel Bacarau, a Esmeralda Cambrinhas, o Tamagildo, o Alexandre Tiriri, o João das caninhas, entre outros; os rapazes, companheiros de brincadeiras de saia-rato e fazedores de canoas de pesca imaginárias, o António Pilota, o Maracoto, o Cambrinhas; destaca ainda carismáticas personagens graciosenses da época, o Padre Madruga, o Oriolando, o José Berto, meu pai, Luís Coelho, com a sua lúdica lancha Júpiter, Rufino, o carteiro, Diógenes com as camionetas, Belchior e o cinema, e tantos outros, que o marcaram, por uma ou outra razão, pessoas resgatadas da poeira dos dias, ou que atravessaram a vida sem grande ruído. No altar do sonhado, quando da cidade vinha abraçar os avós, polariza os laços familiares, que carinhosamente chama inúmeras vezes, acentuando o Tio Nelson e os avós Delminda e Guilherme. No aconchego do convívio familiar, todos lhe dão embalo com o melhor que têm, sem evitar o curso normal do labor quotidiano. Olhos viajantes tem para observar interessantes pormenores domésticos da casa dos avós, que narra com irrepreensível orgulho e ternura: “Aquele conjunto de casinha, estrumeira e curral de porco, tudo ali ao pé uns dos outros, foi outra das novidades que encarei naquele primeiro dia de férias.” Nos relatos que generosamente torna públicos, ele balanceia entre, o orgulhoso avô que hoje é - em “Califórnias perdidas de abundância” e saudoso inconformado, já que “sair da ilha é a pior maneira de ficar nela” - e o menino-rapaz que foi, de cabelos azeviche e olhos esmeralda. Charmoso. Tímido e contido, mas atento e perscrutador, com magníficos registos impressivos: “Queria ver, uma última vez, aquelas águas azuis, agora mais escuras pelas sombras do poente, aquelas rochas avermelhadas e áridas, olhar o Ilhéu da Baleia e despedir-me dos calhaus negros e das estrelas-do-mar que, a essa hora, ainda ofuscavam as do céu. Um feixe de luz saiu do topo da torre do Farol da Ponta da Barca, ainda ténue para fazer diferença na tarde. O Pico Negro, agora a justificar o nome, projetava a sua sombra sobre as ondas. Ao longe, gaivotas aproximavam-se da ilha”. Porque ele questiona as sombras indefinidas dos seus ancestrais, cereja no topo do bolo, é o capítulo de “Madalena Júlia a corajosa”, a misteriosa bisavó vinda de outro contexto social, para entretecer uma história de amor, com que fecha estes relatos. Esta é uma homenagem que valoriza família e amigos. E engrandece as gentes graciosenses. Depois doutro testemunho que já rubricou na “Loja do Ti Bailhão”, quis o João companhia nesta pulsão de partilhar as suas raízes. Dispensável, mas faço-o com gosto pedindo uma contrapartida. A de nos sentarmos numa das banquetas conversadeiras da rua do Mar para ouvir o marulho da Calheta. Não tardes a (re)visitar a ilha materna.

Esta Maré Cheia apresenta-nos um delicioso texto que serve com um de dois textos introdutórios ao novo livro do João Bendito que depois da coedição de um livro de magnificas crónicas, volta, desta vez com textos dedicados à Graciosa. O João já é muito conhecido dos leitores destes jornais com as suas habituais crónicas, que oscilam entre a memória e o presente. São textos multifacetados e bem escritos, que leio sempre com atenção. O livro a ser apresentado nos Açores neste verão e aqui nos Estados Unidos no outono é mais um contributo para a aproximação dos nossos dois mundos e, simultaneamente, é muito bom ver, que nesta longínqua Califórnia há ainda quem escreva em português. Nesta Maré Cheia, felicitamos, com muito agrado e emoção o amigo Onésimo Almeida, catedrático, escritor, intelectual, amigo e defensor das nossas comunidades nas Américas pelo prémio da SPA. O livro O Século dos Prodígios que ganhou o prémio Mariano Gago da Sociedade Portuguesa de Autores, reúne um conjunto de ensaios sobre o papel que Portugal e os Portugueses desempenharam nos séculos XV e XVI no processo que alguns designam por “primeira globalização.” Parabéns ao Onésimo pelo merecidíssimo prémio e parabéns ao João pela publicação de mais um livro. Abraços,

Diniz

“O século dos prodígios” de Onésimo Teotónio Almeida vence Prémio Mariano Gago da SPA

O

Onésimo Teotónio Almeida

prémio foi atribuído por decisão unânime do júri independente designado para o efeito, acrescenta a SPA, entidade responsável pela atribuição do galardão. “O século dos prodígios”, editado pela Quetzal, reúne um conjunto de ensaios sobre o papel que Portugal e os portugueses desempenharam nos séculos XV e XVI no processo que alguns designam por “primeira globalização”, debruçando-se sobre o caráter pioneiro da ciência portuguesa naquela época. “Os Descobrimentos portugueses foram um marco na história mundial, sem o qual outros não se poderiam ter concretizado”, refere a SPA, sublinhando que “a historiografia internacional da ciência tem ignorado esses contributos dos navegadores pioneiros”. Num momento em que se discute a importância e a natureza dos Descobrimentos, Onésimo Teotónio Almeida lembra, nesta obra ensaística, precisamente esse caráter pioneiro da ciência portuguesa desse período. “O nosso século XVI foi, verdadeiramente, um século de prodígios, cheio de inovação, de curiosidades e de especulação”, escreve o autor. Neste livro, Onésimo Teotónio Almeida afasta-se tanto da perspetiva nacionalista, como da indiferença que geralmente marca a historiografia anglo-saxónica, ao ignorar o papel que Portugal teve na história da ciência e do conhecimento, descreve a Quetzal. Um livro que é uma “revisitação desses anos de ouro da história portuguesa e a revelação de como, durante o ‘período da Expansão’, surgiu e cresceu um núcleo duro de pensamento e trabalho científico pioneiros, que tornou possíveis as viagens desses séculos – e dos posteriores”, acrescenta a editora. Durante as últimas décadas, como professor em universidades americanas, Onésimo Teotónio Almeida viu-se no papel de historiador da ciência portuguesa, papel para o qual – refere na introdução do livro - nem sempre estava tão preparado quanto desejava. Esta obra já tinha sido distinguida, em novembro do ano passado, com o Prémio História da Presença de Portugal no Mundo, da Academia Portuguesa de História. Nascido em São Miguel, Açores, em 1946, Onésimo Teotónio Almeida doutorou-se em Filosofia pela Brown University e foi diretor de vários departamentos naquela universidade, onde leciona uma cadeira sobre valores e mundividências.


Manuel Cabral 1 de Junho de 2019

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Desporto / Política

1 de Junho de 2019

liga nos 2018 / 2019 benfica campeão / sporting ganha taça 34.ª jornada

benfica 4 - 1 santa clara BENFICA VENCE SANTA CLARA E É CAMPEÃO!

«ESTE FOI O ANO DA RECONQUISTA DO NOSSO ORGULHO» Nas palavras que dirigiu aos adeptos do Benfica que inundaram o Marquês de Pombal, Luís Filipe Vieira deixou a promessa de que tudo será feito para repetir a festa do título na próxima época.

sporting 2 (5) - 2 (4) FC porto

abola.pt

O Sporting vence o FC Porto nas grandes penalidades e conquista a Taça de Portugal.

PortugueseHAmericans in California Public Service

Anthony Silva

Board Member, TUSD Anthony Silva was born in Los Banos and raised on a dairy. He is married, has three children (Lisa, David and Denise), three stepchildren, six grandchildren and nine step-grandchildren. His wife Cheryl served as Director of Religious Education for twenty-one years. They are very involved with Sacred Heart Parish. Anthony attended California Polytechnic State University, San Luis Obispo where he earned a Bachelor’s of Science degree in Agricultural Business Management, teaching credential in Agricultural Education and a Master’s degree in Education. Anthony began his teaching career in 1970 at San Benito High School, Hollister. He then went to Strathmore High School and on to Turlock High School in 1972. At Turlock High School Anthony taught agriculture science, government, economics and natural resource classes. He served as the FFA Advisor for twenty-four years. Anthony served as an officer for California Agriculture Teachers Association at the local and state level, serving as state president from 1987 to 1988. Anthony continues to supervise and mentor new teachers as they complete their student teaching assignments. Anthony believes we need to provide a positive climate for students to learn and for teachers to teach; an environment where students desire to learn and teachers

are eager to motivate students to learn. He believes in a strong career education model for learning. In high school he studied vocational agriculture and was very active in the FFA. He is a product of that methodology. Another proud Portuguese-American serving his county and our state.

HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH Published in the Tribuna Portuguesa as a public Service to our community with the collaboration of CPAC-California Portuguese-American Coalition, whose mission is to unite Portuguese-American elected officials and civic leaders to facilitate stronger collaboration in the advancement of the interests of the Portuguese-American community in California. CPAC is funded thanks to a partnership with FLAD and with community support.


Opinião

1 de Junho de 2019

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Paralelo 38

É uma bênção ser açoriano

C

Vive connosco essa génese, que é misto de coragem e de obstinação, às vezes incompreendida, de teimar viver entre picos, vales, marés, cultos, mistérios e desencantamentos hega Fátima, vem o Divino Espírito Santo, chega o Senhor Santo Cristo, o São João e vem o verão. Chegam à ilha o sol, o mar, a quietude, o descanso. Vêm ervas verdes preencher pastagens que enchem as panças às mansas que salpicam a ilha de preto e branco. A ilha rejubila nesta altura. Surgem estupefações nos olhos dos turistas por natureza tão bela resistindo a tão extenso e enigmático manto de mar. Da fé ao culto, à marcha lenta sobre tapetes de flores com colchas a caírem das varandas, ao sol em céu de azul único, à tasca do tio e da tia que anunciam morcela, chouriço e vinho de cheiro, às sopas de pão com carne, as do Espírito Santo, acompanhadas da massa sovada, em mesas compridas e fartas; aos churrascos entre família e amigos, ao banhar o corpo no prazeroso oceano morno, a passeios à noite na avenida ao alumio de luas cheias que nos aproximam de outros mundos, a isto eu chamo Açores. A idiossincrasia das ilhas, quer se queira, ou não, é dificilmente entendível por quem nasceu e vive longe

João Gago da Câmara joao@ilha10.net

do pulsar próprio da ilha na distância, da intensidade da insularidade que é muito diferente da continentalidade. Abrimos braços longos a quem nos visita, mas guardamos fechado no peito, como hóstia consagrada, a genuinidade desse sentimento de apego e de entrega ao rochedo, de quase posse, que é comum a quase todos na ilha, que não arroga nada, que não é pretensão, nem repulsa pelos de fora, muito menos divisionismo do todo português, que amamos; que assenta simplesmente no saber falar com a ilha, na aceitação simultânea do belo e da vicissitude, no estar preparado a toda a hora para o chamamento atlântico, esse que se traduz em acalmias meteorológicas com sol ameno, como em enxurradas avassaladoras e rajadas tempestuosas. Vive connosco essa génese, que é misto de coragem e de obstinação, às vezes incompreendida, de teimar viver entre picos, vales, marés, cultos, mistérios e desencantamentos. Ser açoriano é querer permanecer, mas querer partir ao mesmo tempo, sendo-se, simultaneamente, sedentário na ilha e nómada na emigração, mas lá longe com o olhar americano e canadiano posto na paixão que é a rocha de procedência e o pensamento na esperança de um regresso; é saber deixar a ilha para estudar no continente português, mil e seiscentos quilómetros para além-mar, e querer sempre voltar um dia. Permitam-me reeditar o que neste sentido escrevi no meu primeiro livro, “Fragmentos entre dois Continentes”:

“Na tenra idade da ilha se parte para cursar o secundário, o superior e o mestrado; da ilha se viaja por questões de saúde; da ilha parte um e chegam dois. Barcos, aviões e helicópteros são pés de ilha que os levam e tardiamente os trazem; e a onda e a nuvem são extensões de corações partidos; ter mar pelo meio é quase outra forma de se ser outro emigrado do mundo; e o mundo está cheio de bocados de nós.”

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English Section

1 de Junho de 2019

Bishop Emeritus Patrick J. McGrath’s Thanksgiving Mass On May 1, 2019, Bishop Oscar Cantú became the 3rd Bishop of the Diocese of San José. That evening, Bishop Emeritus Patrick J. McGrath celebrated a Thanksgiving Mass at the Cathedral Basilica of St. Joseph in downtown San José for his two decades of ministry. At the end of Mass, Bishop McGrath publicly transitioned to his successor Bishop Above from left: Bishop Mary Gray-Reeves of the Episcopal Diocese of El Camino Real; Amélia Soares Ávila representing the Portuguese communities of the Diocese of Cantú under great applause. San José reading in Portuguese; San José Bishop Oscar Cantú and Bishop Emeritus Patrick J. McGrath.

Bishop Oscar Cantú’s Silver Jubilee of Priestly Ordination San José Bishop Oscar Cantú celebrated a Mass of Thanksgiving on the occasion of the silver jubilee of his priestly ordination on Tuesday, May 21, 2019 at the Cathedral Basilica of St. Joseph in San José. Of Mexican descent, Bishop Cantú wanted to ensure to celebrate the diversity of the Diocese of San José with music in several languages and prayers of the faithful in Span-

ish, Vietnamese, Tagalog, Mandarin, Korean, Igbo, Portuguese (by Five Wounds Church parishioner and lector Amélia Soares Ávila), and English. What a beautiful way to initiate his ministry as the newly appointed Bishop of San José. Photos by Miguel Ávila, The Portuguese Tribune

Above from left: Bishop Emeritus Patrick J. McGrath and Bishop Oscar Cantú; Bishop Emeritus concelebrating the Thanksgiving Mass; Amélia Soares Ávila representing the Portuguese communities of the Diocese of San José reading the Prayer of the Faithful in Portuguese; Bishop Oscar Cantú; former Five Wounds administrators Revs. José António Rubio and Tony Mancuso. Below: Five Wounds Church pastor Rev. António Silveira during Bishop Cantú’s Jubilee Mass at the Cathedral Basilica of Saint Joseph.

Bishop Cantú’s 1st Visit to Five Wounds Portuguese National Church

The 3rd Bishop of San José Oscar Cantú concelebrated Mass with Rev. António Silveira at Five Wounds Portuguese National Church on Friday, May 24, 2019. It was the newly appointed bishop’s first visit to the centennial church. Bishop Cantú will return to Five Wounds Church on Saturday, July 13, 2019 to concelebrate the church’s Centennial Solemn Mass alongside Bishop of the Angra (Azores) João Lavrador. Photos by Miguel Ávila, The Portuguese Tribune


1 de Junho de 2019

English Section

FIVE WOUNDS Portuguese National Church

CENTENNIAL WEEKEND JULY 12-14, 2019 Parish 1914-2019 Church 1919-2019

FRIDAY, JULY 12 7:30 pm Our Lady of Fátima Mass and Candlelight Procession

SATURDAY, JULY 13 5:00 pm Centennial High Mass

Mass concelebrated by The Most Reverend Oscar Cantú, Bishop of San José, The Most Reverend João Lavrador, Bishop of Angra (Azores, Portugal), and Rev. António Silveira, Pastor of Five Wounds Church.

Mass concelebrated by The Most Reverend João Lavrador, Bishop of Angra (Azores, Portugal) and Rev. António Silveira.

SUNDAY, JULY 14 12:00 pm Centennial High Mass and Procession Mass concelebrated by The Most Reverend João Lavrador, Bishop of Angra (Azores, Portugal), Rev. António Silveira, and other visiting clergy, marking the closure of the centennial celebrations 1375 E. Santa Clara Street San José, California 95116

7:00 pm Centennial Gala Dinner and Fado Concert

Adjacent to the church at The Valley Foundation Pavilion at Cristo Rey Jesuit High School. Dinner followed by concert with Fado singer Mara Pedro (from Portugal) accompanied by Francisco Pereira de Oliveira (from Portugal) on Portuguese Fado guitar, Manuel Escobar on accoustic guitar, and John Cardadeiro on bass. Tickets available at: fivewounds.eventbrite.com parish office centennial committee members

Parish Office 1.408.292.2123 Pastor: Rev. António Silveira FiveWoundsChurch.org

Facebook.com/FiveWoundsPortugueseNationalChurch

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Ultima Página

1 de Junho de 2019

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