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3.2 Voxels no cérebro e expressão de edifícios

retinas, são transmitidos para a parte posterior do cérebro: o córtex visual (EBERHARD, 2009). Uma vez que a imagem é recebida, é nessa área cerebral que ela será montada. Eberhard (2009, p. 99-100) nos informa que “a percepção de um objeto não ocorre até que a mente reúna as memórias necessárias associadas a tais objetos. O reconhecimento não ocorre até que a mente localize a memória que dá sentido ao que está sendo percebido” .

3.2 Voxels no cérebro e expressão de edifícios

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Com uma série de experimentações, os estudiosos Epstein e Kanwisher et al. (1999 apud EBERHARD, 2009) demonstraram que uma área do cérebro, denominada giro para-hipocampal (ou PPA), é mais significantemente ativa quando os sujeitos visualizam cenas complexas, como salas, paisagens e ruas, do que quando visualizamos objetos ou rostos (EBERHARD, 2009). E, além disso, esse fluxo de atividades nessa área é maior quando um indivíduo está visualizando uma nova cena, em contraste com algo já familiar. Isto significa que o PPA não está relacionado com as nossas memórias (EBERHARD, 2009). Essa área

cerebral, por conseguinte, parece ser a área cerebral onde são codificadas as informações a respeito de layout e aparência dos locais (EBERHARD, 2009). Estudos mostraram que a formação de voxels¹ usados para o reconhecimento de um lugar é formado ao longo do desenvolvimento do cérebro, como se os neurônios fossem gradualmente codificamos em frente ao resultado de uma experiência acumulada (EBERHARD, 2009). Com o avanço nos estudos da visão, atualmente é possível rastrear, por meio de dispositivos tecnológicos, os elementos que captam nossa atenção. No capítulo 4, veremos o estudo de um aparelho que desempenha essa função, o eye-tracker, e sua utilização na arquitetura.

¹Voxels constituem "milhares de pequenos volumes de neurônios que são importantes em estudos de imagens cerebrais [...]" (EBERHARD, 2009, p. 224).

CapítuloCapítulo 44