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8.1.4 Público-alvo

8.1.4 Público-alvo Diferentes épocas trazem diferentes perspectivas. A história da Catedral permeia a memória de muitos usuários, por isso, optou-se por uma abordagem metodológica que contemplasse obrigatoriamente usuários da igreja, que a frequentaram em momentos distintos. A etapa de Pesquisa de Campo (ver item 7.4, pg. 70), realizada com voluntários por meio de questionários, identificou dois tipos de memórias: as memórias de curto e as de longo de prazo. A análise dos questionários evidenciou que as memórias de curto prazo relacionam-se à usuários que frequentam a igreja em um período recente. E as memórias de longo prazo foram evocadas por usuários que frequentam a igreja há um período mais longínquo e, muitas delas, vinculadas à lembranças da igreja antes da reforma/restauro, que determina suas características arquitetônicas atuais. Desse modo, identificou-se dois grupos de voluntários, buscando alcançar uma exatidão mensurativa:

Grupo A: formado por pessoas que possuiam lembranças da Catedral em sua forma antes do restauro Grupo B: este, por sua vez, abarcava indivíduos com lembranças da igreja em sua forma atual, pós-restauro.

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A distinção permitiu uma comparação não apenas na diferenciação da incidência solar no interior do templo religioso, mas também das visões de memória afetiva de seu público alvo. Pollak (1992) destaca o poder seletivo da memória, pois através de processos cognitivos, o cérebro registra informações olfativas, sonoras, táteis, visuais e gustativas. Através de um processo conhecido como recall ou evocação (DAMÁSIO, 2011), o cérebro é capaz de trazer à tona não apenas dados coletados pelos cinco sentidos, mas resgatar emoções experienciadas no espaço. Procurando atingir tais objetivos, definiu-se o seguinte parâmetro: cada público seria destinado a um teste específico. O grupo A fez o teste com imagens da Catedral antes do seu restauro e, o grupo B, por sua vez, realizou o teste com a igreja após o seu restauro.