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7.4.2 Pesquisa de campo – etapa 2

7.4.2 Pesquisa de campo – etapa 2 A segunda fase da pesquisa seguiu uma linha mais refinada e intimista. A proposta era buscar percepções através das memórias evocadas sobre a Catedral e possíveis dados da história do ambiente estudado que, porventura, existissem. A maneira ideal para conseguir evocar essas memórias foi através de entrevistas. Optou-se pelo formato de entrevistas abertas e semiestruturadas, com perguntas que pudessem estimular o despertar de lembranças – de curto e longo prazo – com relação a Catedral de Vitória. Izquierdo (1989) afirma que as memórias são consolidadas durante e depois de uma experiência, podendo ter novos valores atribuídos a elas durante o processo de evocação (recall). Sendo assim, com o processo de entrevista foi possível, também, a identificação de reações e respostas emocionais dos voluntários. A pesquisa se realizou com 4 voluntários que possuem alguma relação com a igreja estudada:

Uma leiga; Um segurança da Catedral; Uma ex-secretária da igreja; Uma ministra da Eucaristia e membro do conselho clerical; As entrevistas duraram de 5 a 20 minutos, sendo três realizadas de forma presencial e uma realizada por telefone, por falta de oportunidade de encontro. As entrevistas foram gravadas, com autorização prévia concedida pelos voluntários. Foram relatados emoções predominantes, lembranças, aspectos que os agradavam e que os despertavam afeição. Mesmo com a presença de perguntas norteadoras, foi-se estimulado a livre expressão dos voluntários, seguindo o método utilizado por Frías e Jofré (2020). Os autores bebem da metodologia etnográfica, onde há uma “interação situada no tempo e no espaço em que o pesquisador solicita informações de outro sujeito, o informante” (FRÍAS; JOFRÉ, 2020, p. 7). Além disso, para corroborar na justificativa dessa escolha de metodologia, temos Boni e Quaresma (2005, p. 6), que contam que as entrevistas permitem que “o informante retome sua vida de forma retrospectiva” .

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