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2.4 Emoções

as lembranças podem retornar, com um estímulo específico, um gatilho. O pesquisador afirma que esse conjunto de lembranças latentes desempenham algum papel na formação da nossa personalidade (LENT, 2008). Antes de Lent postular suas ideias, Freud já estudava a teoria que o mesmo chamou de repressão de lembranças, ou seja, a existência de uma força ativa na mente que tenta, constantemente, abafar o material desagradável e prejudicial de emergirem para a consciência (TIRABOSHI, 20002022).

2.4 Emoções

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Todos possuímos aquela lembrança que nos desperta uma alegria, ou aquela música que marejam nossos olhos. É inevitável a conexão existente entre memórias e emoções. E, para entender o outro lado desta moeda, devemos definir: o que são as emoções? Por exemplo, em uma situação de perigo, o cérebro começa a liberar diversos comandos para o corpo, automaticamente: o sangue é redirecionado para os grandes músculos, preparando para uma possível luta ou fuga; a visão fica focada e alerta, não permitindo desconcentração; os batimentos cardíacos se aceleram, dentre outros (CALABREZ, 2017). Essa orquestra de respostas automatizadas se configura no que se chama de emoção. As emoções, segundo Lent (2008), são resultado da ativação de uma complexa e elaborada rede neural, cujo acionamento desencadeia um repertório variado de respostas físicas e comportamentais.

Do ponto de vista biológico, a emoção pode ser definida como um conjunto de reações químicas e neurais subjacentes à organização de certas respostas comportamentais básicas e necessárias à sobrevivência dos animais. (LENT, 2008, p. 254)

Esse mecanismo foi desenvolvido e aprimorado ao longo da evolução para a própria sobrevivência, uma possibilidade do nosso organismo agir de maneira imediata (CALABREZ, 2017). Isso significa, consequentemente, que não existe controle sobre as respostas emocionais. De acordo com Calabrez (2017), emoções estão sempre ligadas a estímulos, podendo estes serem