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1.3 Mente e consciência

renciou em sua visita na Catedral Nacional de Washington, D.C. A arquitetura suntuosa despertou modificações na sua paisagem corporal. Entretanto, para compreendê-las, é necessário saber, primeiramente, o que se passa dentro do cérebro de quem vive a situação, para então ser externalizado.

1.3 Mente e consciência

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Definir o que é mente se torna quase tão desafiador quanto definir crenças religiosas. Ambos são intocáveis e intangíveis, porém extremamente poderosos. Descartes (apud EBERHARD, 2009) determina mente sendo um fenômeno. Entretanto, será aqui adotada a explicação de Eberhard, que define mente como “um elemento, ou complexo de elementos, de um indivíduo que sente, percebe, deseja e, especialmente, raciocina” (EBERHARD, 2009, p. 51). Partindo do princípio que toda mente é ocupada por uma consciência, vamos procurar entender este fenômeno. O tópico sempre foi debatido pela ciência, porém uma definição certeira nunca foi encontrada (EBERHARD, 2000). Há filósofos que recusam a existência de uma abordagem epistemológica em torno do assunto, dizendo que não há nada além de circuitarias cerebrais ocupando o cérebro – ou nada que vale a pena ser discutido (EBERHARD, 2009). Entretanto, há aqueles, como René Descartes e William James, que afirmam que consciência é sinônimo de “pensamento” , por exemplo (EBERHARD, 2009). Entretanto, pretende-se utilizar a abordagem de António Damásio (2015), que aponta que a consciência humana pode ser a função biológica que nos permite perceber quando sentimos tristeza ou alegria, vergonha ou orgulho. É o elemento chave para que reconheçamos os impulsos que nos torna humanos, como rir diante de uma comédia, ou chorar diante da perda de um ente querido (DAMÁSIO, 2015). Eberhard (2009) ainda afirma que a consciência define a forma que se experencia a arquitetura. Para exemplificar, imaginem adentrar a Catedral Nacional de Washington, D.C: imediatamente, após passar pela porta, ocorrem interações no nosso cérebro que conecta a experiência vivida no momento com aquelas de outras visitas no mesmo lugar ou em locais similares (EBERHARD, 2009). "Os grupos neuronais ativados por sua experiência constroem,