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2.3 Evocação

Este mecanismo apresenta dois lados. O lado positivo é que, mesmo as lembranças tenham se perdido ou sido prejudicadas, ainda guardamos informações comportamentais de situações estressantes ou desagradáveis, servindo como uma espécie de “proteção” . Entretanto, é exatamente pelo fato de não haver as lembranças que podemos experenciar respostas cognitivas/comportamentais automáticas, pode-se desencadear o surgimento de patologias mentais (LENT, 2008 apud OLIVEIRA; BITTENCOURT; PINHEIRO, 2020).

2.3 Evocação

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Sabe quando escutamos uma música e nos lembramos de um momento da nossa vida? Ou quando sentimos o aroma de alguma comida que nos resgata alguma memória de infância? Enquanto seres acumuladores de memórias, os indivíduos são capazes de trazê-las de à tona em um processo denominado evocação, isto é, quando há um reconhecimento de algum aspecto pelo nosso cérebro (OLIVEIRA; BITTENCOURT; PINHEIRO, 2020). Segundo Pinheiro (2021), através de certos estímulos, ao se evocar uma lembrança, os neurônios são capazes de converter sinais bioquímicos em elétricos, o que a consciência interpreta como parte do mundo real novamente. Assim, as emoções e a ansiedade presentes durante a evocação podem influenciar o processo. Entretanto, diferentemente do que acontece durante a sua formação, não é relacionado a modulação (LENT, 2008). Vale ressaltar que o cérebro, assim como qualquer outro órgão, preza pela própria saúde. Por essa razão, a mente criou um mecanismo de segurança, em que as lembranças, após repetidas evocações, acabam sendo extintas (LENT, 2008). Isso previne um acúmulo de lembranças detalhadas desagradáveis. Afinal, não se deseja de experenciar a mesma realidade de Sólomon Shereshevsky, um jornalista russo que possuía um caso raro de hipermnésia, uma condição que lhe dava a habilidade de se lembrar, com detalhes, de praticamente todos os eventos de sua vida, inclusive os mais desagradáveis (PINHEIRO, 2021). Entretanto, devemos atentar para o fato que a extinção da memória não significa seu desaparecimento. De acordo com Lent (2008), as