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Not\u00EDcias Internacionais
Europa aprova Diretiva de Direitos Autorais
Depois de uma série de idas e vindas que fomos contando a vocês desde a primeira votação, em setembro passado, no Parlamento Europeu, a Europa finalmente aprovou o texto definitivo da Diretiva de Direitos Autorais do Mercado Único Digital, que será implantada pelos 27 países-membro e tem enorme poder de influência sobre o resto do mundo. Apesar do lobby de gigantes da internet do chamado grupo GAFAM (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft), os eurodeputados mantiveram os artigos mais polêmicos, que responsabilizam Google/YouTube/Facebook e congêneres por conteúdos piratas subidos por seus usuários, estabelecem filtros para varrer conteúdos sem licença, determinam que portais de compartilhamento paguem a editores de notícias que tenham seu material compartilhado pelos usuários e proíbe a imposição de confidencialidade nas negociações entre titulares de direitos e usuários das suas obras.
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LEIA MAIS! Um resumo dos principais pontos aprovados na nova Diretiva. ubc.vc/DiretivaAprovada
Guerra contra os 44%
Quase um ano depois de uma decisão de um colegiado que determinava melhores pagamentos de direitos autorais pelos serviços de streaming aos titulares nos Estados Unidos, Spotify, Amazon, Google e Pandora se uniram para tentar evitar desembolsar mais. O Copyright Royalty Board (CRB) havia determinado que as plataformas fossem aumentando paulatinamente as transferências aos compositores ao longo de cinco anos, de modo a totalizar 44% de aumento. Os gigantes do streaming acham muito e têm sido bombardeados por críticas de especialistas e associações de criadores daquele país.
LEIA MAIS! Streaming: aumento de 44% para editoras e compositores. ubc.vc/44
O novo contratado é o robô
“Robôs” criando música já não são projetos experimentais ou restritos a laboratórios acadêmicos. A Endel, um aplicativo musical alemão, desenvolveu um algoritmo que criou discos inteiros de canções que cruzam acordes “aleatoriamente” e criam “climas” de relaxamento, ânimo para malhar etc… e já assinou com uma gravadora! A Warner Music vai distribuir e representar os direitos fonomecânicos dos álbuns robóticos, levando a outro patamar o debate sobre o futuro da criação musical — que parece já ser bem presente.
LEIA MAIS! Um robô é o compositor. De quem são os direitos autorais? ubc.vc/robô
UBC no mundo
UBC se torna membro da Scapr
por_ Fábio Geovane ∎ de_ Tbilisi
A UBC se filiará a uma nova entidade internacional. Este mês, passaremos a integrar a Scapr (Conselho das Sociedades de Gestão Coletiva de Direitos de Intérpretes e Músicos) durante a Assembleia Geral da entidade, a ser realizada em São Paulo.
Nossa intenção é cooperar com as associações internacionais de direito conexo para ampliar a representação de nossos artistas, bem como participar e contribuir para a evolução dos processos de intercâmbio de dados.
Participei da primeira reunião técnica da Scapr, ocorrida em fevereiro, em Tbilisi, na Geórgia, e pude observar que a Scapr tem uma organização em comitês técnicos que se reúnem anualmente para discutir e estudar sobre as melhores práticas para uma boa gestão das associações de direito conexo.
As ferramentas e serviços que a Scapr provê a seus membros possibilitam uma melhor identificação dos titulares e de seus respectivos repertórios, o que acaba enriquecendo a base de dados de seus membros e melhorando a representação e a remuneração dos seus titulares.
Um representante no Ascap Latin Awards
A UBC esteve presente na entrega do prêmio Ascap Latin Awards 2019, entregue pela Sociedade Americana de Autores, Compositores e Editores (Ascap). A cerimônia foi realizada no último dia 5 de março, em San Juan de Porto Rico, e coroou o bom ano de artistas como o colombiano Maluma (melhor compositor latino do ano) e os porto-riquenhos Daddy Yankee (artista do ano) e Draco Rosa, ex-integrante do Menudo (prêmio Vanguarda Ascap). Nosso diretor-executivo, Marcelo Castello Branco, esteve lá:
“O Ascap Latin Award é um belo reflexo da força da música latina não só nos Estados Unidos mas no mundo. O foco são o trabalho e o valor dos autores e editores envolvidos neste crescimento inevitável, além da sociedade de gestão coletiva. Muitos (dos premiados) são desconhecidos do grande público, mas criadores vitais. É emocionante ver um prêmio destacar o não óbvio, os rostos de quem também trabalha para as coisas acontecerem.”