INFORME - Caern será “empresa verde” até 2025

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Natal • Rio Grande do Norte Domingo, 21 de novembro de 2021

geral

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INFORME PUBLICITÁRIO LUAN BARACHO FELIPE

Meta da Companhia é utilizar o biogás das Estações de Tratamento de Esgotos (ETE), entre outras fontes renováveis, na frota de veículos

ASSECOM

Roberto Linhares explica metas para ampliar uso de energias limpas

Caern será “empresa verde” até 2025 « SUSTENTABILIDADE » Caern assumiu compromisso de ter toda a sua operação utilizando energia limpa até

2025. Atualmente, mais de 60% de toda a energia consumida na Caern já é oriunda de fontes renováveis

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sustentabilidade ganha destaque na Caern após a agenda internacional da comitiva do Governo do Estado, na Noruega e Dinamarca. O compromisso da Companhia é ter toda a sua operação utilizando energia limpa até 2025, além de realizar outros investimentos na área ambiental. Atualmente, mais de 60% de toda a energia consumida na Caern já é oriunda de fontes re-

nováveis, do Mercado Livre de Energia, além da que vem de hidrelétrica. “Iremos trabalhar para assegurar que os outros 40% venham de fontes limpas, tais como eólica e solar. Migraremos inclusive a frota da Caern, para termos carros e caminhões movidos a energia solar, biogás das Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) ou de metano verde da eletrólise do lodo”, explica o diretor presidente da Caern, Roberto Linhares.

Durante as reuniões internacionais, os Fundos Internacionais de Desenvolvimento demonstraram interesse em investir na Companhia e sinalizaram caminhos que a a Caern deve seguir. Dentre os interessados está o IFU — Fundo de Investimento para Países em Desenvolvimento da Dinamarca. O intercâmbio de conhecimentos foi fortalecido pela State of Green, uma parceria públi-

co-privada sem fins lucrativos entre o governo dinamarquês e as quatro principais associações empresariais dinamarqueses. Neste encontro, foram discutidas oportunidades de investimento, e ainda foram compartilhados conhecimento, experiências e soluções da Dinamarca para o setor de saneamento básico. Os países escandinavos também demonstraram interesse em investir no desassoreamento de

rios, bem como na recuperação da mata ciliar. A Scatec, empresa norueguesa especializada em energia renovável, demonstrou interesse em atuar em parceira com a Caern no segmento de energia solar. Ainda em 2021, a empresa visitará a Companhia para definir os próximos passos dessa parceria.

Comunidade sustentável

Para atingir o compromis-

so firmado para 2025, a Caern escolherá uma comunidade potiguar que será totalmente sustentável até o final de 2022. Assim, no prazo médio de um ano, a comunidade terá sua operação completamente atendida por energia renovável, índice de perda de água mínimo, além de contar com reuso de água. A divulgação da comunidade escolhida ocorrerá em janeiro de 2022. SANDRO MENEZES

RN se mantém em evidência no cenário mundial de renováveis « ENERGIA » Este mês, o RN alcançou 6 GW

de potência instalada por fonte eólica. Marca histórica mantém Estado na liderança nacional

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Rio Grande do Norte se mantém cada vez mais em evidência no cenário mundial quando o assunto é energias renováveis. Isso porque os investimentos, que crescem em velocidade exponencial, especialmente no setor eólico, vêm demonstrando que o Estado ainda possui uma capacidade enorme de geração de energia limpa em um momento em que o mundo inteiro se volta para a descarbonização das fontes. Em paralelo, o Brasil busca uma sustentabilidade energética fiável para fazer frente às cada vez mais constantes crises hídricas que assolam o país. Este mês, o RN alcançou a marca histórica de 6 GW de potência instalada por fonte eólica. Este é mais um recorde do RN, que mantém com vantagem a posição de líder nacional no setor. O número é referente a 201 parques em atividade em todo o território potiguar. Outros 45 projetos já estão em construção e 73 estão contratados para os próximos anos, o que irá adicionar mais 4,4 GW de potência ao sistema. Esse é o resultado de um trabalho constante do Governo do Estado praticado desde que a governadora Professora Fátima Bezerra assumiu a cadeira. À época, o estado beirava os 4 GW de potência eólica e possuía 150 parques. Foram necessários 15 meses

(e uma pandemia) para que o estado atingisse os 5 GW, em maio deste ano, e apenas 5 para ultrapassar os 6 GW. Durante todo o período, 50 novos parques entraram em operação. Enquanto isso, a geração solar fotovoltaica representa atualmente 123,9 MW de potência instalada. O setor deverá dar um salto nos próximos anos, passando para 1,57 GW. Serão somados 43 novos parques, contratados até o momento, aos 12 já instalados. O número crescente de empreendimentos foi impulsionado desde o início da gestão da governadora Fátima Bezerra por uma política econômica colaborativa. O primeiro passo foi reestruturar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), pouco atuante na administração anterior, e torná-la um ambiente de diálogo permanente com os setores. Seis câmaras setoriais e temáticas foram criadas na secretaria, sob o comando do chefe da pasta, Jaime Calado. A Câmara Setorial de Energia desempenhou papel de destaque, sobretudo no segmento de Energias Renováveis que hoje é o que mais atrai investimentos pro RN. Da interação entre os diferentes agentes que compõem a cadeia produtiva (incluindo Governo, entidades empresariais, sociedade civil organizada, instituições de

Investimentos crescem em velocidade exponencial, especialmente no setor eólico. RN tem 201 parques em operação e 45 em construção

ensino e pesquisa e instituições financeiras) nasceram soluções capazes de catapultar o setor ao máximo. Um exemplo foi a criação de uma equipe especializada em licenciamento de projetos em energias renováveis dentro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Hoje, o órgão está entre os mais rápidos do Brasil neste tipo de serviço. Diversas foram as empresas que se aproximaram do estado, atraídas pela posição geográfica privilegiada para a geração limpa, mas também pelo ambiente político favorável, com agilidade nos processos, segurança jurídica e incentivos fiscais aprimorados. “Com a atualização o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Econômico (Proedi), antigo Proadi, o Governo reparou uma distorção histórica e criou o melhor programa de incentivos fiscais do Brasil”, explicou o secretário de desenvolvimento econômico, Jaime Calado, que lembrou também que o programa classifica a fabricação de peças e componentes para a indústria de energia como estratégica, oferecendo des-

contos de até 95% sobre o ICMS.

Recursos captados

Somente no primeiro semestre de 2021, o Governo do RN captou mais de R$6,5 bilhões em contratos para energias renováveis, sendo R$5,3bilhõesemcontratosparageração eólica e R$1,2 bilhões para geração solar fotovoltaica. Estima-se quesejamgerados4.287novospostos de trabalho na construção destesparques-masessaéapenasuma parceladoscontratos.OEstadoplaneja fechar o ano com mais de R$13 bilhões captados em 2021. Enquanto mantém contato permanente com especialistas, embaixadas, empresas nacionais e internacionais, muito ainda está no horizonte vislumbrado pelo Governo do Estado no que se refere às energias renováveis. A geração eólica offshore (no mar) é uma realidade cada vez mais próxima. Este é só mais um passo para a criação de um hub completo, que tem início na fabricação das turbinas, passando pela geração, distribuição e armazenamento, e chega à produção de hidrogênio e amônia verdes, considerados combustíveis do futuro. Um ciclo

Nós já temos algumas empresas internacionais interessadas em investir no porto. Esse é um projeto a longo prazo, mas temos que dar o primeiro passo.” JAIME CALADO Secretáriao de Desenvolvimento Econômico

completo, totalmente limpo, sem queima de combustíveis fósseis ou geração de resíduos. O Rio Grande do Norte possui atualmente 5 entre os 8 projetos de geração eólica offshore do Brasil que atualmente se encontram em fase de licenciamento junto ao Ibama. Um Grupo de trabalho formado pela Sedec e pesquisadores acompanha os processos. Além disso, foi firmado um convênio com a UFRN para a ela-

boração de um projeto de portoindústria para viabilizar o mercado eólico offshore. “Este porto é necessário porque as turbinas que serão instaladas no mar são muito grandes, têm até 120 metros de altura, então precisam ser fabricadas no porto por não poderem ser transportadas por terra” disse o secretário Jaime Calado. “Nós já temos algumas empresas internacionais interessadas em investir no porto. Esse é um projeto a longo prazo, mas temos que dar o primeiro passo”, explicou. De acordo com os especialistas, o RN possui o maior fator de capacidade para geração eólica offshore do Brasil, de 61%. A costa potiguar tem potencial para geração de até 140 GW. Na esteira da geração offshore vem o armazenamento verde em larga escala. Entre diversos protocolos de intenções assinados entre empresas e o Estado, o documento formalizado com a EV Brasil, subsidiária da companhia suíça Energy Vault, prevê o armazenamento gravitacional de energia no RN - uma tecnologia pioneira, capaz de multiplicar a eficiência do consumo de energia proveniente de fontes limpas.


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