GERAÇÃO DE ENERGIA CRESCE
51% EM CINCO ANOS

PÁGINAS 8 E 9
GERAÇÃO DE ENERGIA CRESCE
51% EM CINCO ANOS
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MEIIMPULSIONA ABERTURADE EMPRESAS NORN
PÁGINAS 12 E 13
MESORREGIÃO LESTE É A MAIOR GERADORA DE RIQUEZAS NO RN
Há datas que nos fazem pensar, hora de pesar passado e futuro, por vezes medir e avaliar, até mesmo promover drástica mudançaderumo.Hátempodeplantar e de colher.
Oaniversáriode73anosdaTribunadoNorteéumbomganchoparaumareflexão.Nãosópelalongevidade de uma empresa que em meio a tantas mudanças (ouso dizer cataclismas) econômicas, políticas,tecnológicaseculturais,dentre outras, conseguiu se reinventar eprosperar,masquecontinuaaser, para os potiguares, o principal veículodecomunicaçãoeinformação.
Por isso mesmo é que, com enorme satisfação, reuni boa parcela da equipe técnica do SEBRAE/RN,encarregando-aderesumir neste encarte dados públicossobreaeconomiadoRioGrande do Norte, de forma a que estudantes, investidores, estudiosos e empreendedores tenham elementosparaavaliaraquantasanda nossa economia. Sei que as sériestemporaissãoopassado,mas conhecer esse passado é a chave para imaginar o futuro.
OProdutoInternoBruto–PIB, número que mede a riqueza material de um país (região ou localidade), é um dos primeiros indicadores a ser estudado em qualquer análiseeconômica.LevantadopeloIBGEpormeiodedetalhadoes-
tudo, inclui ajustes que indicam o real crescimento da riqueza, embora somente seja divulgado com defasagem temporal de dois anos.
Surgeentãoumaprimeirapergunta: entre 2011 e 2020, como se comportouoPIBdoBrasil,doNordeste e do Rio Grande do Norte?
O gráfico que ilustra o crescimento do PIB no País, nesta região e neste Estado expõe claramente a recessãogeralem2015e2016,bem comoapandemiaem2020.Olhando-se os anos de início e de fim da série torna-se evidente que o RN, quecresceraemíndicesuperiorao do Brasil e ao do Nordeste, em 2011,tevequedasuperioràdoBrasil e à do Nordeste, em 2020.
Esteéumcenáriodifícilparatodosque,comoeu,defendemospequenos negócios e a livre iniciativa comopilaresparageraçãoderiqueza e prosperidade, para nações e seus habitantes. Juntar insumos e produzirumbem,naagriculturaou naindústria,prestarumserviçoem áreas tão diferentes quanto saúde, lazer,belezaetantosoutros,sãoatos concretos.Produzemvalor,dãodignidadeaotrabalhadorefortalecem as relações sociais de um país.
Sobre a representatividade da economia potiguar ela é menos de 1% da riqueza brasileira e menos de7%danordestina,compequenas variações anuais. Quanto aos setoresquemaisproduzemriquezashá
duas considerações a serem feitas, ambasbempreocupantes.Aprimeiraésobreopesodarubrica“impostos, líquidos de subsídios”, que em 2020representarammaisde10,8% do Valor Adicionado Bruto – VAB daeconomiapotiguar.Impostossão necessários, claro, mas não produzem riqueza. A outra preocupação diz respeito a uma rubrica que fica fora do setor produtivo. Integrante de“serviços”,elaéinscritacomo“administração,defesa,educaçãoesaúdepúblicaeseguridadesocial”,tendo o índice de 31,0%. Consequentemente, à classe produtiva, a todosostrabalhadoresdosetorprivado,restammenosde60%detodaa riqueza norte-rio-grandense.
Mas, me recusando a ser pessimista, volto a atenção para “eletricidade e gás...,”, segmento que em2011representavaapenas1,6% da riqueza estadual, mas que chegaem2020comaproximadamente 6,0% do nosso PIB. Seu contínuo e significativo crescimento se deve à implantação e entrada em operação de usinas de geração de energia eólica, que trazem em seu bojo um importante aumento da riquezalocal,identificadapeloíndice do PIB per capita municipal.
Quatro municípios potiguares: SãoBentodoNorte,PedraGrande, BodóeGuamarésituam-seentreos 100 maiores índices de PIB per capita nacional. Teoricamente, um
são-bento-nortensetemriquezaseis vezes superior à de um natalense.
O Rio Grande do Norte já é exportadordeenergiaeólica,comcerca de 1/3 de toda a produção brasileiraereaischancesdeaumento,hajavistoointensotráfegodegrandes caminhões que, escoltados por veículosbatedores,transportampartes deaerogeradorespelasnossasrodovias.“Florestas”detorreseenormes pás, com sua silhueta característica,destacam-senosplatôsserranos eemnossaspraias,tecendoriqueza deformasustentável.Seriamosmoinhos de vento de Dom Quixote?
De certa forma a eólica vem substituiropetróleo,queháalguns anosrepresentavacercade50%do PIBindustrialpotiguar,comprodução de 100 mil barris / dia, mas viu suaimportânciaminguarapartirdo desinteressedaPetrobrásporpoços maduros, em terra. O fato relevanteéqueoleilãopromovidoem2019 pela Petrobrás para venda desses poços,adquiridospelainiciativaprivada,resultounorevigoramentoda produção. Em constante declínio entre 2013 e 2020, a produção dos 283,7 mil barris, em 2022, foi a maiordetodaasérie,quasedobrando em apenas dois anos.
Esse é mais um fato que reforça minha crença ferrenha na livre iniciativa, princípios que absorvi há muito tempo, quando me viciei no tema da micro e pequena
empresa,aindanoséculopassado. A defesa do empreendedorismo e dalivreiniciativaéocaminhomais curtoejustoparaageraçãodeempregos e de trabalho. À pequena empresa credito o mérito de construir uma sociedade mais próspera e mais igualitária no oferecimento de oportunidades.
Há tanto, ainda, a ser feito pelospequenosnegócios!ALeiGeral daMicroePequenaEmpresa,aprovadaesancionadaem2006,foium marco espetacular, mas a efetiva implementação da legislação estadual ainda peca em alguns pontos. Desde a difusão do empreendedorismo na rede de ensino até a disponibilidade de crédito e a um forte programa de compras governamentais, passando pela simplificação de procedimentos para formalização e até de estímulos para inserçãodepequenasempresasnas exportações, com o salto de qualidade que isso representaria.
Ao leitor que tenha persistido naleituradestetexto,equeconcorda com os conceitos acima, digo que há aqui um bom material para você começar (ou continuar) sua busca por conhecimento. Este encarte reúne dados sobre diversos aspectos da economia potiguar: PIB, emprego, comércio exterior, energiarenovável,petróleoeICMS. Essesaspectosrelevantesequeintegram o universo empresarial foramdetalhadamenteestudadospela competente equipe técnica deste SEBRAE. O conteúdo extrapola o espaço físico deste encarte, mas linkslevamoleitoraassuntosmais densos, de bom grado oferecidos a você.Juntos,todosnósdesejamos que você encontre aqui um roteiro para orientá-lo na sua busca. Sua busca, seu conhecimento, seu sucesso. Boa leitura!
Itamar Manso Maciel Júnior
Presidente em exercício do Conselho Deliberativo
Estadual (CDE -RN)
José Ferreira de Melo Neto
Diretor Superintendente
João Helio Costa da Cunha Cavalcanti Junior
Diretor Técnico
Marcelo Toscano
Diretor de Operações
ENTIDADES DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL
Agência de Fomento do Estado do RN - AGN
Associação Comercial e Industrial de Mossoró - ACIM
Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores - ANORC
Banco do Brasil S/A - BB
Caixa Econômica Federal - CEF
Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN - FAERN
Federação das Associações Comerciais do RN - FACERN
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN - FCDL
Federação das Indústrias do RN (Fiern)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN)
Fundação de Apoio à Pesquisa do RN(Fapern)
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional)
Governo do Estado do RN / SEDEC
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do RN (SENAI /DR- RN)
Em2020,oPIBdoRNsomouR$71,577bilhões, sendoR$39,6bigeradosnaMesorregiãoLeste, queincluiNatal(40,7%)eParnamirim(8,21%)
AparticipaçãodoProdutoInternoBruto(PIB)doRioGrande do Norte se manteve estável entre 2011 e 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de GeografiaeEstatística(IBGE).Aparticipação do PIB potiguar em relação ao Brasil variou entre 0,93% e 0,98% neste período. Em relação ao Nordeste, o PIB potiguar representou 6,63% na
última análise do IBGE. De acordo com os dados, em 2020, o PIB do Rio Grande do Norte somou R$ 71,577 bilhões. Desse valor, R$ 39,6 bilhões foram gerados na Mesorregião do Leste Potiguar, o que equivale a 55,34% do PIB do Estado. A MicrorregiãodeNatal,incluídanessa Mesorregião, somou R$ 29,2 bilhões, ou seja, 40,73% do PIB.
Somente o município de Natal contribuiu com R$ 22,7 bilhões, oequivalentea31,76%doPIBestadual, o que significa praticamente um terço da geração de riquezas produzidas no Estado.
AMicrorregiãodeNataltambém acolhe o município de Parnamirim, que apresentou o terceiro melhor desempenho no anoconsiderado,atingindoaR$
AindanessaMesorregião,omunicípio de Açu somou R$ 1,2 bilhão, o equivalente a 1,63% do PIB estadual.
Oterceiromaiorconjuntode municípiosgeradoresdoPIBestadual se acha reunido na MesorregiãoCentralPotiguar(PIB total de R$ 8,5 bilhões), que soma 11,83% de contribuição.
Aqui, os destaques são os municípiosdeGuamaré(localizado naMicrorregiãodeMacau),que totalizou um PIB de R$ 1,7 bilhão (2,43% do total estadual); e o município de Caicó (sediado na Microrregião do Seridó Ocidental), com um PIB da ordem de R$ 1,3 bilhão, equivalente a 1,80% do PIB estadual.
A Mesorregião do Agreste PotiguartevePIBtotaldeR$6,2 bilhões,oquesignifica8,59%do produto total gerado no Estado. Os destaques foram para os municípiosdeJoãoCâmara(MicrorregiãodeBaixaVerde),com um PIB da ordem de R$ 1,1 bilhão (1,52% do total estadual) e Santa Cruz (Microrregião da Borborema Potiguar), com R$ 584 milhões (0,82% do total.
Nosanosanteriores,oPIBdo RNvariouentreR$40,9bilhões em 2011 e R$ 71,3 bilhões em 2019, número que praticamente se estagnou em 2020. Na última análise do PIB, o RN teve participação de 6,63% em relação ao Nordeste, menor índice na série histórica, junto com 2015 e 2016, que segundo Zeca Melo,economistaesuperintendentedoServiçodeApoioàsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae), aconteceu em função da recessão econômica do país.
5,9bilhões,equivalentesa8,21% dototaldoPIBestadual.JáaMesorregiãodoOestePotiguartambém apresenta relevante participação no PIB estadual, sendo a segunda maior geradora de riquezas, num total de R$ 17,3 bilhões, compondo 24,24% do total. O município de Mossoró somou R$ 7,2 bilhões, o que equivale a 10,01% do PIB estadual.
“Nesses últimos 10 anos, o queobservamosdemaissignificativo: que temos um aumento circunstancial e eventual do peso do Estado. Em alguns anos se tem a variação do PIB maior que o Nordeste e maior ou menorqueoBrasil,masquandovocêpegaosúltimos10anos,opesodoRNcontinuaentre0,9e1% do PIB brasileiro. Não há uma variaçãosignificativanopesodo PIB do Rio Grande do Norte em relação ao País”, avalia o economista e superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
NosServiços,destaca-seaparticipaçãodo EstadocomAdministração,defesa,educaçãoe saúdeeseguridadesocial,com31%doPIB.Em seguidasurgeComércio;ReparaçãodeVeículos automotoresemotocicletas,com12,51%,e Atividadesimobiliárias,com9,96%
A análise do Sebrae sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte mostra que, entre os setoresdaeconomiapotiguar,destaca-se o aumento da participação dos Serviços no PIB, que terminou 2020 com 76,77%. A Indústriaregistrou18,51%eaAgricultura,Pecuária,ProduçãoFlorestal, Pesca e Aquicultura apontou 4,72% no PIB do RN.
Nos Serviços, destaca-se a participação do Estado com Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social,representando31%nessesetor. Em seguida surgem Comércio;ReparaçãodeVeículosautomotores e motocicletas, com 12,51%, e Atividades imobiliárias, com 9,96%.
Na Indústria, as maiores representatividades são da Indústria da Transformação, com 6,09%; Eletricidade e gás, água, esgoto,atividadesdegestãoderesíduos e descontaminação, com 5,96%; Construção com 4,31% e Indústrias Extrativas com 2,14%.
“Observamosaindaoaumento da participação do Estado na economia, porque quando você analisa o setor serviços, ele tem
uma variação muito positiva, mas ele inclui serviços públicos e impostos. Então o setor serviçoaumentanãonecessariamente porque há aumento nos serviçosdoturismo,porexemplo,mas éporqueaumentouopesodoEstado.Outrodadoimportante:observamos um aumento do peso da energia na composição do PIB. Você sai de um valor de 3% para maior que 5%. Isso significa que já há o peso das energias renováveis”, analisa Zeca Melo.
Os maiores PIBs
O estudo mostra que os 30 municípios do Rio Grande do Norte que apresentam maior ProdutoInternoBruto(PIB)são responsáveis pela geração de 79,77% de toda a riqueza produzidanoEstadoou,ainda,78,60% do seu Valor Adicionado Bruto.
Entre os 100 municípios brasileiros com maior PIB per capita,aparecemquatrodoRioGrande do Norte: em 43º São Bento do Norte (R$ 153.580,64), com PIBpercapitadeR$4.815;em68º
Pedra Grande (R$ 124.924,52), com R$ 3.199 per capita; em 77º Bodó (R$ 119.380,48), com PIB per capita de R$ 2.197; e em 91º
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municípiosquetêm maiorPIBrespondem por79,77%detodaa riquezaproduzidano RioGrandedoNorte
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é o PIB do município de SãoBento do Norte, o maior do Estado e o 43º no ranking nacional
Guamaré(R$109.101,78),comper capita de R$ 15.963. Vale salientar que nenhuma capital brasileiraatingiuumpatamardePIBper capita que pudesse viabilizar seu ingresso no rol dos 100 maiores.
A expansão da matriz elétrica do Rio Grande do Norte tem favorecido o Produto Interno Bruto de municípios do Rio Grande do Norte. Atualmente, dos 10 maiores PIBs per capita do Estado, oito possuem parques de energia eólicas instalados. São eles: São Bento do Norte, Pedra Grande, Bodó, Guamaré, Parazinho, Serra do Mel, São Miguel do Gostoso e João Câmara.
Para a especialista no tema Lorena Roosevelt,AssessoradoConselhoDeliberativo Estadual do Sebrae/RN, ambas as fontes renováveis possuem potencial de expansãoemtodasasregiõesdoRioGrande do Norte, elas têm em comum o fato deseremabundanteselimpas,ambascontribuem para a diversificação da matriz e para a segurança energética do país e ambas demandam provedores de bens e serviços , ocasionando oportunidades para a geração de empresas e empregos.
“A energia eólica na etapa de prospecção e construção e montagem de parques demanda estudos ambientais, estudos de georreferenciamento, obras de engenharia,construçãocivil,terraplenagem,além deserviçosacessórioscomohospedagem, alimentação e uma gama de serviços que sãofornecidosemnívellocal.Nascidades onde os parques estão concentrados, índices como PIB são superiores a média do Estado”, aponta.
“A cadeia produtiva da energia solar noselosdedistribuição,integraçãoeconsumosãodominadasbasicamenteporpequenas empresas, que conformam um mercado em expansão. Essa modalidade tem como característica a alta capilaridade em todo o Estado, são empresas locais que mobilizam uma gama de bens e serviços voltadas para itens para instalação,pequenoscomponentesacessóriosao Kitfotovoltaico,estesetordemandabens, serviços e mão de obra local, contribuindo para além dos benefícios econômicos naeconomiacomacontadeenergiaedos benefícios ambientais advindos da energia limpa, também gera novas empresas e novos negócios especializados, finaliza.
RN registrou 20.017 empregos de carteira assinada gerados, em 2022, por micro e pequenas empresas, o que significa 94% do total
Os pequenos negócios foram responsáveis por gerar nove em cada dez empregos no Rio Grande do Norte em 2022. É o que mostra um estudo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ao todo, foram 20.017 empregos de carteira assinada gerados no Estado por empresasdesseporte,representando94%dosempregosformais gerados no RN.
“Esta responsabilidade pela geração de empregos pelos pequenos negócios não acontece somente em períodos de crise. Historicamente,ospequenosnegócios são responsáveis pela geraçãodeempregosnoBrasileem todassuasregiões.Estecomportamento é observado no RN nos últimos10anos.Em2022,noRN asmicroepequenasempresasfo-
ramresponsáveispor94%dototal de vagas geradas no período. NoNordesteestepercentualchega a 87%”, avalia Alinne Dantas, gerentedaUnidadedeGestãoEstratégica do Sebrae/RN.
Umdessesmicroempreendedores potiguares é o Marlon Vinicius Lucena, de 24 anos, dono deumadoceriaecafeteriaemCapim Macio, zona Sul de Natal. A ideia surgiu em 2020 após conclusão de um curso de Gastronomia, e Marlon resolveu empreender em plena pandemia, inicialmente atendendo apenas por encomendas. No ano passado, abriu uma loja e já emprega doisfuncionários,numcardápio que inclui salgados, croissants, entradinhas, antepastos, tortinhas, brownies, doces, pães, cafés,tábuasdefrios,pratosexecu-
tivos,entreoutrasopçõesdeprodução própria.
“Foi bem desafiador abrir o negócio na pandemia. Precisei fugir do óbvio para atingir o público,venderefaturar.Buscamos odelivery,ouotake-away.Nocomeço,duranteumano,trabalhei sozinho, mas hoje tenho duas pessoas contratadas com carteira assinada. Algumas coisas eu faço, minha mãe me auxilia em outras. Nós que somos microempresa fazemos com que nossos colaboradores atinjam sonhos, metas e crescer profissionalmente. O desafio hoje paraoempreendedorétermosmais acessoàcrédito,valorização,credibilidade, desburocratização”, conta Marlon.
Asmicroempresascomaté19 funcionáriosforamresponsáveis
por19.768empregosformaisgerados no RN, seguidos de 2.145 empregosporgrandesempresas, quepossuemde500oumaisfuncionários. Pequenas empresas , com 20 a 99 funcionários, geraram 249 empregos. Os médios empreendimentos, entre 100 e 499colaboradores,terminaram 2022comsaldonegativo,de961 empregos.
Esse foi o melhor saldo positivo de empregos desde 2020, que havia fechado o ano com índice negativo de 3.195 postos de trabalhofechados.Em2021,jáo dado foi de 32.359 postos abertos e 21.201 empregos em 2022.
“Operíodode2020a2022foi marcado pela crise do covid-19, queafetoudiretamenteasocupações de trabalho, não apenas no RN, mas em todo o mundo. Tivemos nos anos de 2022 e 2021 a recuperação gradual das vagas perdidas principalmente no primeirosemestrede2020”,avalia Alinne Dantas.
Ainda segundo a analista, os dados já sinalizam que o Rio Grande do Norte tem recuperado os índices de emprego do período pré pandemia.
“Iniciamos o ano de 2020
199..77668 8
foram gerados por empresas com até 19 funcionários
249
foram gerados por empresas que possuem de 20 a 99 funcionários
com406.804postosdetrabalho formal ocupados e encerramos 2022 com 458.334, o que sinalizaarecuperaçãointegraldasvagasperdidasnapandemiaCovid19noprimeirosemestrede2020 ecomrecuperaçãogradualnosegundo semestre deste ano. A perspectiva para 2023 é de manutenção desses bons números, diante do aquecimento de setores importantes para economia do RN como o Turismo, Energia e Petróleo e Gás que também foram importantes para o resultado de 2022”, finaliza.
O estudo do Sebrae mostra que o setor que mais empregou no Estado em 2022 foi o de Serviços, com 10.554 empregos. EmseguidaaparecemConstrução(4.372),Comércio(4.203)e Indústria (2.400). O segmento de Agropecuária ficou negativo em -328 empregos.
“As principais atividades econômicas do Estado estão concentradas nos setores de comércio e serviços, a exemplo do turismo. A diferença entre os setores é pelo fato de que o RN não tem sua atividade econômica concentrada em outros setores , como a indústria. A tendência é que isso se mantenha porque já vemos uma redução das áreas industriais em todo país que transferem sua produção para outros países, como a China. Há uma tendência mundial nessa desaceleração da importância da indústria no Brasil e no mundo, concentrando este segmento em alguns países”. analisa Alinne Dantas, gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae.
No tocante as cidades que mais empregam, o levantamento do Sebrae mostra que municípios mais populosos e pujantes na economia do Estado concentraram o saldo em 2022. São eles: Natal (6.663), Mossoró (4.418), Parnamirim (1.878), São Gonçalo do Amarante (930) e Caicó (492) concentraram 65% do saldo de empregos.
O RN terminou em 6º lugar no Nordeste no saldo de empregos em 2022, ficando atrás
de Bahia (120.446), Pernambuco (68.912), Ceará (67.011), Maranhão (40.410) e Paraíba (23.011). “Tendo em vista o ta-
manho territorial e populacional, a economia e ainda o estoque de vagas de trabalho formal do RN (458.334), esta co-
locação se encontra dentro das expectativas de performance do Estado”, finaliza Alinne Dantas.
“Asprincipais atividades econômicasdo Estadoestão concentradasnos setoresde comércioe serviços,aexemplo doturismo.A tendênciaéque issosemantenha porquejávemos umareduçãodas áreasindustriais emtodopaís.”
ALINNE DANTAS GERENTE DA UNIDADE DE GESTÃO ESTRATÉGICA DO SEBRAE “Odesafiohoje parao empreendedoré termosmais acesso
àcrédito, valorização, credibilidade, desburocratização.”
MARLON VINICIUS LUCENA EMPREENDEDOR
O Estado gerava 15.922 GhW de energia, em 2017, e com crescimento, ano a ano, atingiu seu melhor índice, de 24.104 GhW gerados em 2021, com 16,65% da produção do Nordeste
A geração de energia elétrica temapresentadocrescimentono Rio Grande do Norte. Prova disso é que dados levantados pelo Serviço de Apoio às Micro e PequenasEmpresas(Sebrae)junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontou que o Estado cresceu 51% entre 2017 a 2021, comperspectivasdeaumentonos próximos anos.
Segundoosdados,oEstadogerava 15.922 GhW de energia em 2017, número que apresentou crescimentoanoaano,atéchegar em seu melhor índice, de 24.104 GhWgeradosem2021.Nesteperíodo, a participação do RN na energia do Nordeste varia entre 16,58%e16,65%.AníveldeBrasil, arepresentatividadedaenergiapotiguarsaiude2,71%para3,67%.
NoRN,achegadaeconsolidaçãodasenergiasrenováveissãofatoresapontadosparajustificaros índices.Em2021,essenúmeroera de 218 parques em operação em 38municípios,quejuntos,geram umaenergiade6,6gW.Háainda a força da energia solar. Segundo dados atualizados, o Estado possui 179 empreendimentos, com potênciaoutorgadade7,5gWefiscalizada de 367.137,34 kw. Segundo os dados do Sebrae, o Estado já possui uma potência outorgadade20.568.289,29kW, sendo8.337.752,29kWdepotênciafiscalizada,somandotodasas fontes de geração. A matriz eóli-
ca é a que possui mais empreendimentos: 380, ao todo, de um universo de 597. A matriz solar apareceemseguidacom179empreendimentos, com presença ainda das matrizes fósseis (35), biomassa (2) e hídrica (1).
Segundo a especialista no tema Lorena Roosevelt, Assessora doConselhoDeliberativoEstadual do Sebrae/RN, há uma “tempestade perfeita” no Rio Grande do Norte que ocorre no Estado para explicar os atuais índices. Entre
os fatores apontados, segundo a analista,éaposiçãogeográficado RN, onde os ventos do Atlântico Sul são abundantes e o elevado grausolarimétricoexistenteemtodas as regiões do Estado, favorecendo a expansão de usinas solaresdepequenoegrandeporte.
“Outros fatores são incentivos que ocorreram no passado visandoodesenvolvimentodefontesrenováveis na matriz elétrica brasileira.Essemodelodeatuaçãoearticulaçãodepolíticapúblicaeinvestimentosprivadosimpulsionaram a energia eólica no RN, desenvolveufornecedoreslocais,impulsionouaampliaçãodaslinhasdetransmissãoeescalouaolongodosanos”, acrescenta.Nocasodaenergiasolar distribuída, o Estado já possui pelomenosumausinaemcadaum dos176municípiossegundodados daAssociaçãoPotiguardeEnergias Renováveis(Aper-RN).
“O mercado foi impulsionado nosúltimosanosmovidopelosincentivosinerentesàgeraçãodistribuída , que criou um ambiente de negócioextremamenteatrativoparaquemfornecebenseserviçosna cadeiaprodutivaetambémparaas residências e negócios que instalamkitsfotovoltaicos,melhorando a gestão energética e reduzindoocustodeaquisiçãodestebem. Esse cenário impulsionou o setor noRNenoBrasilefazdoRNo4° Estadobrasileironorankingdageraçãocentralizada”,finaliza.
A vocação do Rio Grande do Norte no tocante à energia se confirmamemoutrosnúmeros: o RN já é o 9° maior produtor de energia no Brasil e o 2° do Nordeste, ficando atrás de Pará (71.135), Paraná (69.590), Rio de Janeiro (66.743), São Paulo (57.569),MinasGerais(47.065), Bahia (40.490) e Rondônia (37.064).
“São diversos fatores que, de forma, combinada, contribuem para este índice, podemos citar: as condições naturais, tecnologiasempregadas,políticaspúblicas de incentivo nas diferentes esferas einvestimentospúblicos e privados de grandes, médias e pequenasempresasalémdainiciativaempreendedoralocal,nacional e internacional e da existência de uma robusta estrutura
de pesquisa, desenvolvimento e qualificação profissional foram e são responsáveis pelo importante papel do RN na geração de energia para o Brasil”, avalia. Entre as perspectivas para os próximosanosestãoaenergiaeólica offshore (no mar), com estu-
“Aarticulaçãode políticapúblicae osinvestimentos privados impulsionarama energiaeólicano RN,ajudarama desenvolver fornecedoreslocais eaimpulsionara ampliaçãodas linhasde transmissão.”LORENA
ROOSEVELTASSESSORA DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL DO SEBRAE/RN ENERGIAS RENOVÁVEIS PUXARAM GERAÇÃO ENERGÉTICA LORENA ROSEVELT EXPLICA CR
FONTE: INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO (ISI) - ESTUDO “IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS DA PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NOS MUNICÍPIOS DO RN
olvimento e ional foram pelo impora geração de l”, avalia.
tivas para os aenergiaeór), com estu-
dos já sendo viabilizados no Rio Grande do Norte para viabilização de um Porto Indústria e a exploração do hidrogênio verde.
“A energia eólica offshore abre uma nova fronteira para o RN e demanda empenho de diversos atores para que , no curto
prazo, possa se tornar realidade . Certamente outras atividades virão atreladas como o Porto Indústria Verde , que é fundamental para movimentar os componentes de grande porte inerentes aeólicaoffshore”,finalizaLorena Rosevelt.
FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL
FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL
Com vocação para a fruticultura irrigada, solo fértil e localização privilegiada, o Rio GrandedoNorteteveumexponencialcrescimentodesuasexportações nos últimos cinco anos.Ovolumedeprodutosenviados para o exterior cresceu 209,08% de 2018 a 2022, impulsionado, principalmente, pela exportação de frutas secas para a Europa. No período, foram exportados mais de 228 mil toneladas somente de melões e melancias, importando em US$ 141.718123,00.
Esse volume de envios, juntoàexportaçãodeFueloil(óleo combustível) da ordem de US$ 330,14 milhões, impulsionou a balança comercial do Estado quecresceu274,73%entre2018 e2022.Essedesempenho,analisa o gestor em fruticultura, Franco Marinho, deve-se muito à profissionalização do setor produtivo exportador nos últimos anos. “Além da expansão da produção de frutas para outros municípios, como por exemplo,Apodi,Upanema,Caraúbas,AltodoRodrigueseJandaíra, o uso intenso de tecnologia,gestãodonegócio,boasparceriascomerciaiseexperiencias acumuladas nas adversidades, proporcionaram um amadurecimento empresarial e consolidação do Estado no cenário na-
cional e internacional da fruticultura”, afirma o gestor.
Ele aponta perspectivas de crescimentoepossibilidadesde diversificaraprodução,comnovas frutíferas de potencial econômico,comoauva,limão,mamão, manga e caju/amêndoa, apesar das dificuldades de escoamento e aumento do custo de frete. “Agroindustrializar e agregar mais valor é um desafio constante”, analisa Franco Marinho.
“A realidade”, diz ele, “é de muitacautelaparaosetor.Muitosfatoresconcorremparaisso, como questões como elevação do frete marítimo, operacionalização do porto de Natal e a diminuiçãodoconsumodefrutas
De 2018 a 2022, as exportações do Estado tiveram uma alta de 209,08%, impulsionadas, principalmente, pela oferta de frutasFRUTICULTURA CONSOLIDOU RN NO CENÁRIO MUNDIAL ADRIANO ABREU
naEuropa,emfunçãodaelevação do custo de vida por causa da Guerra na Ucrânia. Mas a expectativa é de se manter os níveis atuais, talvezcomlevecrescimento,de 5 a 8%, o que já seria muito interessante para o setor no Estado”.
Emsuaanálise,eleaponta que o salto na balança comercial está ligado ao amadurecimento das empresas exportadoras,querealizaram parcerias estratégicas com compradoresefornecedores, tornando-se competitivas, e àampliaçãodenovosmercados,entreosquais,Mercosul, Canadá e Árabes, e também a um câmbio favorável.
“Os produtores estão atentos as questões macroeconômicas que possam impactar na ampliação das exportações (crédito internacional) e também traçando estratégias e negociações com seus parceiros comerciais para a ampliação da safra e consequentemente, das exportações”, afirma o gestor.
Para o gerente da unidade de inovação e tecnologia doSebrae,DavidGoes,osdados históricos da exportação potiguar mostram que fatoresexternosdiversosinfluenciaram a demanda por produtosbásicoscomoóleocombustíveleosalagranel,oque impacta positivamente balançacomercialpotiguar.“Da relação atual de produtos, o peixe e a fruticultura (melão emelancia,principalmente), são os que possuem o maior potencial de incremento a partirdeumpossívelaumento de mercado”, afirma.
Diante deste cenário, segundo ele, para o crescimento de mercado, verifica-se a necessidadedeestratégiasde agregação de valor dos produtos da pauta, assim como fomento a inovação para estimular o desenvolvimento de novos produtos e serviços de alto valor agregado.
Franco Marinho concor-
2228
toneladas de melões e melancias foram exportadas em 2022
USS$ 1 14411,,7 7
milhões foi o valor das exportações de melões e melancias no ano passado
da e reforça que a ampliação de mercados é necessária e possível. “Desde que superadosquestõesdelogística,mercados como o da China e Estados Unidos (EUA) são atraentes.Todososatores(ou elos) que atuam na cadeia da fruticultura, produtores, pesquisa, ensino, assistência técnica, crédito, logística, insumos,gestorespúblicos(municipal e estadual), instituições de apoio e consultoria, precisam atuar de forma estratégicaeorientadaparaasreaisnecessidadesdodesenvolvimentosustentáveldaproduçãode frutas do Estado. Assim teremos mais oportunidades de crescimentoemelhoresresultados econômicos”, analisa.
Um dos destaques é o grande potencial de geração de energias renováveis do Rio Grande do Norte, e segundo DavidGoes,adependênciade fornecedores internacionais nosuprimentodestesequipamentos e componentes para geração de energia solar fotovoltaica e eólica.
“A tendência diante dos projetos aprovados é manter a importação aquecida”, analisa.Em2022,asimportações cresceram 175,69%, puxadas, principalmente, pela aquisição de células fotovoltaicas, geradoresetorreseólicas,que somaram mais de US$ 182,4 milhõesemprodutoscomprados da China e Índia.
Dos pequenos negócios ativos no RN, 76.287 estão concentrados em Natal, 20.808 em Parnamirim e 18.151 em Mossoró
AaberturadeempresasnoRio
Grande do Norte tem apresentado crescimento com o impulsionamento dos chamados “Micro Empreendedores Individuais (MEIs)” que atualmente são
141.360dospequenosnegócios,o quecorrespondea61%nessesegmentonoEstado.Segundodados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN), o Estado possui ainda
53.933 Micro Empresas e 7.495 Empresas de Pequeno Porte.
DospequenosnegóciosnoRN, 76.287 deles se concentram em Natal, 20.808 em Parnamirim, 18.151 em Mossoró, 6.175 em São
Gonçalo do Amarante e 4.749 em Caicó. Do total, 57% dos negócios se concentram na Grande Natal.
“Todasasregiõesconurbadas
sempreterãoumamaiorconcentraçãodenegócioseesseecossistema se retroalimenta de modo que é um movimento natural e sistêmico em todo o mundo. Isso se deve à maior concentração dapopulação(ondetempessoas, tem consumo) e, por isso, maioresoportunidades,infraestrutura e rede de apoio a este ecossistema. Contudo, todas as políticaspúblicasdefortalecimentodo ecossistema de pequenos negóciosdeveatentarparaasparticularidades das regiões, sem perderoolharestratégicoparaasdemaisregiões.Umaconcentração excessivaderendaeoportunidades em uma mesma região, tambémampliadesigualdadeseelevaoscustossociais”,analisaThalesMedeiros,gerentedaAgência
Sebrae Grande Natal.
Sendo maioria em mais da metadedosnegóciosnoRioGrandedoNorte,oquadrorelativoaos MEIsésemelhanteemoutrosestados,segundoThalesMedeiros.
“OMEIcorrespondea61%dos pequenosnegóciosativosnoRNe quadro é semelhante ao restante dopaís,apresentandoumquadro diferentequandoverificamosparticularidades municipais, mas sempre é superior a metade das empresas ativas. Isso se deve ao modelodesburocratizadodeabertura, operação e baixa de modelo depessoasjurídica,aliadoaoscustos(oDocumentodeArrecadação do Simples vai até 71,10 reais, em 2023). Essas peculiaridades permitemqueoMEIsejaumexcelente escape para empreendedoris-
mopornecessidade,mastambém como campo de experimentação dealgumaoportunidadedemercado”, comenta.
Os MEIs, inclusive, têm impulsionadoaaberturadosnegóciosnoRN.Em2022,porexemplo, foram 43.274 empresas abertas, ocasionando o terceiro melhor índice desde 2013. SegundoThallesMedeiros,gerentedaAgênciaSebraeGrandeNatal, os maiores registros de incremento de abertura de negócios ocorreram no período da pandemia, entre 2020 (49.521) e2021(47.837)e2022(43.274).
“O incremento de empresas é influenciado por diversas dinâmicasdomercado,sobretudo pelo MEI, que é uma modalidade tipicamente brasileira e que
goza de uma série de benefícios, incluindo a facilidade na formalização ou baixa, de modo que há uma reação imediata entre o aumento de desemprego e aumento de aberturas do MEI, haja vista que empreender é uma tendência natural, sobretudo diante da urgência de atender as necessidades básicas”, aponta.
Ainda segundo Thales Medeiros, quando se exclui o MEI dessa análise dos pequenos negócios, a curvaédiferente;opicodeabertura foi em 2021 (17.213), mas com quedaem2022(13.156).“Naspesquisas realizadas pelo Sebrae-RN, questõescomoacessoacréditoeaumentodasdespesasoperacionaise de produção tem sido os elementosmaisdetratoresparamanutençãodosnegócios”,acrescenta.
O Rio Grande do Norte apresentou um saldo de 26.516 empresas abertas em relação às fechadas em 2022, número 41% maior que em 2021 (18.691) e o segundo maior da sériehistóricaem10anos.Osaldono anopassadoficouatrásapenasdoano de2020,com35.987empresasdesaldo.
No tocante aos fechamentos, o ano de 2022 registrou 16.758 encerramento de empresas, número menorqueem2021,quando29.146empresas potiguares encerraram suas atividades. Mesmo com a queda em relação a 2021, o número é o terceiro
mais alto em 10 anos.
Quemprecisouseguraraspontas duranteapandemiadecovidfoiapotiguarAudaMedeirosLeite,38anos. Ela é dona de uma loja de aluguel de vestidos de noivas há 12 anos e chegadadapandemiacoincidiucomum alto investimento feito meses antes.
Ofechamentodalojanãoocorreu,segundoela,poruma“reinvenção”.Ela conta que precisou desligar funcionárias,masconseguirecontratarcom a reabertura do mercado.
“Foi muito desafiador. Naquela época,tinhaoitovestidosdenoivapara sair, foi muito difícil lidar com vá-
riasquestões,comocancelamentos,casamentos que acabaram, se reestruturaram, adiamentos. Quase não conseguia. O Sebrae me ajudou e me deu uma força enorme. Tive que me reinventar, sou plus e tive a ideia de lançar uma coleção dessas, e mesmo tudo fechado, foi algo incrível e somos a única de Natal com coleção plus exclusiva para noivas”, disse.
“Asustentaçãodospequenosnegóciospassaporalgunseixosmacros(políticas de incentivo, infraestrutura e acesso a crédito) e micros (capacidadedegestãoehabilidadesempreendedoras). Essa sinfonia deve contar com o(a)empresário(a),atravésdoseuaprimoramentocontínuoemgestãoecomportamento, até a sua reunião através de grupos de classe, instituições de apoio etc para que sua demanda possa reverberar com outros empresários emestratégiasregionaisparaodesenvolvimentodoecossistema.Eisagrande razão de que o crescimento econômico seja uma estratégia de muitas mãos e variáveis, exigindo que cada parte cumpra seus compromissos”, finaliza Thales Medeiros.
“Foimuito desafiador.Tive quemereinventar, soupluse foialgo incrível.Somosa únicadeNatal comcoleçãoplus exclusivapara noivas.”
Em 2022, o RN foi responsável por 11,9 milhões de barris de petróleo, o que corresponde a 41,17% dos 32,0 milhões produzidos no Brasil. Especialista do Sebrae vê boas perspectivas com entrada de petroleiras independentes
O Rio Grande do Norte é o maior produtor em terra de petróleo no Brasil, segundo dados doServiçoBrasileirodeApoioàs MicroePequenasEmpresascom informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, em 2022, o RN foi responsável por 11,9 milhões de barris de petróleo, o que corresponde a 41,17% dos 32,0 milhões produzidos em todo o Brasil.
Segundo os dados, essa produção petrolífera em terra vem apresentando queda no Estado. A partir de 2014 é possível reduçãonosníveisdeproduçãode petróleo na Bacia Potiguar, que abarca o RN e o Ceará. Em números totais, no Rio Grande do Norte a produção atingida em 2022 apresenta uma queda de
45,05% em relação a obtida em 2013, que foi de 19,1 milhões de barris. Já no Ceará, a perda é maior ainda: chega a 92,68%.
Para Robson Matos, analista técnico do Sebrae/RN, esse quadro decorre da redução dos níveis de investimentos da Petrobras na manutenção das suas atividades naBaciaPotiguar,emrazãodoestadodematuridadedospoçosnela existentes, focando sua produçãonoâmbitodaregiãodoPré-Sal.
“É sabido que o ciclo natural dos campos de petróleo tenda a teroseudeclínionaproduçãoaos longos anos, principalmente em bacias maduras, como é o nosso caso, no entanto, o programa de desinvestimentodaPetrobrasiniciadoem2015afetoufortemente odesempenhodaproduçãodepetróleoegásnoestado.Oestanca-
mento dos investimentos acelerou essa queda”, aponta.
SegundoRobsonMatos,aretomadadosinvestimentosnosetoronshoreé“crucial”paraoRio Grande do Norte. Isso porque, segundo ele, A indústria de petróleo e gás tem forte impacto nageraçãodeempregosenoefeito renda já que a massa salarial é maior de que outros setores.
A geração de riquezas vai muito além disso, tem forte impacto na arrecadação de impostos,pagamentosderoyaltiesaos municípios produtores e seu entorno, fomento ao empreendedorismoeoportunidadesaospequenosnegócios.Acadeiadepetróleonecessitadeumacadeiade fornecedoresemváriosníveisao longodassuasatividades,gerando inúmeras oportunidades às
empresas locais para o fornecimento de bens e serviços.
O especialista do Sebrae/RN aponta ainda as boas expectativas para o Rio Grande do Norte comachegadadas“JuniorOils”, as operadoras independentes, quefecharamnegóciosdeexploraçãonaBaciaPotiguarcomaPetrobras para os próximos anos.
“Aentradanomercadodesses operadoresapartirde2019incrementousobremaneiraaprodução de petróleo e gás na Bacia Potiguar, com investimentos na revitalizaçãodoscampos,aumentoda vida produtiva desses campos, manutenção da indústria e prestação de serviços locais e aumentodeempregoseroyaltiesnosmunicípiosprodutores.Foidadauma nova dinâmica no mercado local com forte impacto na cadeia de fornecedores. Segundo a ABPIP - Associação Brasileira dos ProdutoresIndependentesdePetróleo e Gás, a tendência de crescimentoaté2025éde122%,ouseja, um forte impacto a curto prazo”, complementa.
A produção de gás natural noRioGrandedoNorteemterra voltou a apresentar crescimento após sucessivas quedas ano a ano. Em 2022, a produção em terra foi de 283,7 milhões de m³, número mais alto em 10 anos. O maior índice até então havia sido em 2013, com 277,5 milhões de m³. A produção em mar de gás natural atingiu seu menor índice em 10 anos, segundo dados da ANP. De 268,4 milhões de m³ em 2013, o Estado atingiu 53,2 milhões em 2022, menor número da série.
Segundo os dados da ANP, as quedas da produção de gás natural em terra começaram a serem registradas em 2014 e não pararam desde então. O ano de 2020 marcou o menor índice de produção, com 157,2 milhõesdem³.Em2021,osnúmeros voltaram a subir, com 186,5 milhões m³.
“O programa de desinvestimentodaPetrobrasnoRNocasionou a hibernação de várias áreas produtoras de gás natural,principalmentenomar,colaborando com a queda na produçãodegásnoEstado,aocontráriodoBrasil,ondehouveaumento de investimentos e, por conseguinte, uma elevação na produtividade dos poços, em especialnoscamposdopré-sal, que atingiram altos índices de produção. A partir de 2020 a entrada de novas operadoras independentes dinamizou a produção de gás no Estado, aliado a isso assinaturas de contratos e o acesso a UPGN de Guamaré por um novo operadorimpulsionouaproduçãode gáseterranoRN”,analisaRobson Matos, analista técnico do Sebrae/RN.
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milhõesdem³foia produçãoemterrade gásnatural noEstado noanopassado
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milhõesdem³foia produçãoemmarde gásnatural noEstado noanopassado
“A partir de 2020 a entrada de novas operadoras independentes dinamizou a produção de gás no Estado, aliado a isso assinaturas de contratos e o acesso a UPGN de Guamaré por um novo operador impulsionou a produção de gás em terra no RN.”
Análise do Sebrae mostra que o crescimento acumulado de ICMS do RN foi de 26,84% entre 2018 e 2022, com inflação tendo registrado 31,68% no mesmo período
A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Norte cresceu abaixo da inflação num período de cinco anos. Segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e PequenasEmpresas(Sebrae/RN), o crescimento acumulado de ICMS do RN foi de 26,84% entre 2018 e 2022, com inflação
tendo registrado 31,68% no mesmo período.
“O aumento nominal da arrecadaçãodeICMSconsiderando o período de 2018 a 2022, foi de 26,84%, que seria relevante senãofosseainflaçãode31,68% paraoperíodo,anulandoosefeitos do crescimento da arrecadação desse imposto”, aponta Alinne Dantas, gerente da Uni-
Natal
Agência de Atendimento Sebrae - Lagoa Nova, Avenida
Lima e Silva, 76 - Horário: segunda a sexta, de 8h às 18h
Loja do Empreendedor - Partage Norte Shopping - Potengi, Avenida Dr. João Medeiros Filho Nº 2395, sala 228
Horário: segunda a sexta de 10h às 20h
dade de Gestão Estratégica do Sebrae/RN.
Segundo os dados, a arrecadação de ICMS no RN em 2022 foi de R$ 7,20 bilhões, crescimento de 4,75% em relação a 2021,quandoaarrecadaçãotributárianoEstadofoideR$6,87 bilhões.
Entre as principais fontes de arrecadação por setor no
Rio Grande do Norte em 2022 estão Serviços, com R$ 3,644 bilhões, Petróleo e Combustíveis, com R$ 1,405 bilhões, e Atividades Industriais, com R$ 930 milhões. No ano passado, o ICMS do RN também foi distribuído entre Energia Elétrica (R$ 803 milhões) e Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Extrativismo e Pesca (R$ 406 milhões).
JáquandoseanalisaossubitensdearrecadaçãodoICMSem 2022, o Comércio Varejista arrecadou R$ 1,462 bilhão, seguidodoComércioAtacadista,com R$ 1,426 bilhão.
Dezembro
A arrecadação do Imposto sobreCirculaçãodeMercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Norte em dezembro de 2022foideR$604milhões,número que apresentou segunda queda consecutiva em relação aos últimos dois anos.
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