JTM 07-05-2012 by Tribuna Macau

Festa na celebração dos 11 anos da APOMAC

澳門論壇日報

última

Director José rocha Dinis | Director Editorial executivo Sérgio Terra | Nº 4019 | segunda-feira, 07 de Maio de 2012

10 Patacas

vicente bravO EM ENTREVISTA AO JTM

“Máquina administrativa” sofre de “arteriosclerose”

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ÚLTIMA HORA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM FRANÇA

François Hollande bate Sarkozy e põe a UE “em sentido” O candidato da esquerda François Hollande, foi ontem eleito Presidente da República francesa, “esmagando” o candidato-Presidente na primeira vez que um Chefe de Estado francês perde a reeleição. No fecho das urnas, as projecções davam-lhe 51,9 por cento, diferença muito mais reduzida da que se chegou a supôr no início do dia eleitoral. Se Hollande cumprir as suas promessas, a União Europeia vai ter que alterar bastante as suas políticas de austeridade e de escassez de crescimento. Na Grécia, e como previsto, as sondagens davam a vitória dos conservadores da Nova Democracia (ND), sem maioria absoluta, um forte recuo dos partidos pró-austeridade e a entrada da extrema-direita no Parlamento. A ND de Antonis Samaras está creditada com 20 a 17 por cento dos votos e o PASOK de Evangelos Venizelos entre 14 e 17 por cento. Estes dois partidos integram desde Novembro o governo de coligação cessante dirigido pelo Tribuna de Macau 25.5X4 cm.pdf 1 4/10/12Lucas 2:58 PM Papademos. tecnocrata C

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Jovens criticam excesso de protecção e mercado pouco competitivo Pág 5 Autoridades de Cantão abrem excepção para “duas matrículas”

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Novo reitor da Universidade de São José admite cortar na oferta curricular Pág 9 Relatório sul-coreano descreve campos de concentração no norte Pág 14

(...) “Agora temos uma espécie de uma colonização de uma cultura um pouco mais internacional, pessimamente informada, mal-educada eu diria, que não tem história, de tal maneira que repete modelos históricos, como é exemplo o Venetian” (...) – Vicente Bravo

local

(...) “O plano urbanístico, neste momento, em vez do próprio crescimento da cidade, devia focar-se muito mais na reactivação do que está ao abandono, toda a zona de fábricas da Avenida Coronel Mesquita ou de Hac Sá” (...) - idem

VICENTE BRAVO EM ENTREVISTA AO JTM

Vinda dos casinos “perturbou tudo” O arquitecto Vicente Bravo ainda não conhece as novas propostas sobre o património e o urbanismo, anunciadas recentemente, mas defende que devem, efectivamente, dirigir os fluxos e as forças que se movem neste campo. Aliás, foi a falta destes mecanismos legais que veio dar origem à actual face de Macau, que poderia ser muito diferente se tivesse havido planeamento. Quanto à Lei do Urbanismo, acredita que devia focar-se na reactivação dos edifícios abandonados helder almeida

uas novas propostas foram anunciadas recentemente: a Lei do Património e os princípios orientadores da Lei do Planeamento Urbanístico. São duas boas notícias? Não chegam tarde de mais para Macau? -Não sei o que é tarde de mais ou tarde de menos. As pessoas discutem muito a oportunidade das leis, a eficácia e o que se perdeu por não se ter feito as leis. Bom, as cidades são feitas exactamente dessa distribuição do poder, quer das influências, quer dos desejos políticos reais, quer das fantasias de quem exerce o próprio poder, que tem consigo um projecto mais alargado ou menos alargado, mais espampanante ou menos espampanante. Toda a gente acha há muito tempo que a Lei do Património é necessária, mas os poderes instalados, nomeadamente em termos da construção civil, durante algum tempo levaram a melhor. A consciência de património surgiu com alguma preponderância quando houve um surto muito violento em Macau, nos anos 70, em que de repente apareceu um surto desenvolvimentista muito violento, que começou a atacar o tecido urbanístico mais antigo substituindo-o ou renovando-o... -A época dos edifícios de marmorite... -Sim, também aconteceu em Portugal nessa altura. Aconteceu nos finais dos anos 70 e foi a partir daí que se começou a criar em Macau alguma consciência em volta do património, que foi o primeiro movimento consciente de que não se podia partir tudo, que as memórias vão-se

Um leitor “compulsivo” Considera-se “um lisboeta ferrenho”, pois foi na capital que viveu de 1952, quando tinha seis anos, a 1980, altura em que rumou a Macau. Veio trabalhar com o também arquitecto Manuel Vicente, que já conhecia. Após alguns trabalhos no território, decidiu ficar dois anos, em vez de estar a regressar a Portugal e a voltar com os projectos. “Lá convenci a mulher e depois é como de costume... já cá estou à trinta e tal anos”. Com atelier na Avenida da Amizade, mesmo de frente para a Avenida 24 de Junho, pode ver todos os dias as consequências da febre da construção no território, e que acabou por matar o sossego que tanto prezava na secular cidade. Vicente Bravo Ferreira, para além da arquitectura, pinta e desenha, mas sobretudo lê “compulsivamente”. Conta que tem “uma grande apetência por autores portugueses” e que gosta “muito de ver passar o país por várias escritas e por várias maneiras de o entender”. Selecciona Eça, Rentes de Carvalho e Rodrigues Miguéis, bem como Jorge de Sena e Eduardo Lourenço. E prefere o Lobo Antunes das crónicas, com o qual “podia ser amigo”, ao da literatura, cujo relacionamento seria impossível. Em Macau, é autor do Museu da Transferência. Nasceu em Luanda em 1946 e mudou-se para Lisboa com seis anos. O pai era engenheiro militar em Angola.

esvaindo e a determinada altura a cidade poderia ficar sem memória, sem nada. Não tinha nada a ver com o que se passa agora, nem o movimento era tão violento. E, apesar de tudo, era a gente de cá que estava a actuar sobre a sua própria cidade e isso tem a sua importância. O construtor era de cá, eram pessoas que faziam os seus negócios cá, portanto, digamos que a cidade ia crescendo com a própria evolução dessa sociedade. -Agora é o contrário? -Agora temos uma espécie de uma colonização de uma cultura um pouco mais internacional, pessimamente informada, mal-educada eu diria, que não tem história, de tal maneira que repete modelos históricos, como é exemplo o Venetian, e está a transformar, infelizmente, Macau. -Antes a cidade crescia com a sociedade e agora isso deixou de acontecer? -Exacto. É uma pressão que tem que ver com o modelo que se escolheu, não estou em desacordo, nem em acordo, e acho que há coisas positivas e não positivas. Apesar de tudo, houve um movimento que foi inteligente, foi-se maioritariamente para as ilhas, para o COTAI, que era uma espécie de terreno de ninguém. Esta zona do NAPE é que foi a mais subvertida. No princípio parecia que tudo se ia concentrar aqui e de repente expande-se ali. O que é um perigo é que estas leis, às quais ainda não tive acesso, sejam processos apenas de defesa e não sejam processos de implementação de coisas. Arranjarem-se leis de defesa e não de previsão é como as equipas que jogam à defesa: raramente marcam golos. Estas leis vão tentar colmatar aquilo que podia ter sido feito se fossem anteriores, quando deveriam estar a dirigir os fluxos e as forças. O que perturbou tudo isto foi a vinda dos casinos, não por serem os casinos, mas pelas áreas que comportam, pelos modelos que trazem, e pela sua univocidade: são só de jogo, de entretenimento e compras, e nem sequer têm uma componente residencial, são umas coisas que aparecem no tecido e não geram nada em si, na cidade, não se integram no tecido existente e isso teria sido possível com tempo e ponderação. -Poderia ser agora uma Macau diferente caso já houvesse estas leis antes? -Só se tivesse havido tempo de perceber a volumetria, as áreas necessárias, o impacto, mas para isso era preciso haver explicitamente essa antevisão, e isso é que foi a grande falha, digamos assim. Também houve a mudança de administração e foi todo um processo muito rápido. A solução passava por ter tido um corpo técnico credível, suficientemente forte para ser acreditado, que pudesse ter sido consultado nas estruturas de planeamento. -Como assim? -Antes, havia uma comissão do património, constituída pelos chamados homens bons da terra, que era con-

sultada. Não podia impedir nada de ser construído mas podia dar opinião que às vezes até era reaccionária porque as pessoas não eram especialistas. Aí apareciam os arquitectos, com os seus estudos, e explicavam e as pessoas percebiam. As coisas tinham um crescimento em que a sociedade civil, representada por elementos seus conceituadamente mais eruditos, avisadamente ia acompanhando. Já estas mudanças recentes passaram-se de repente, a sociedade civil não entrou neste processo. Também não há uma educação cívica, metade da população não nasceu cá, já apareceu aqui com cinco e seis anos. Neste momento, grande parte dos quadros intermédios da Função Pública nem sabem como é que Macau era, viram umas fotografias. Havia uma memória de uma cidade há uns anos atrás, mas hoje desapareceu: o que não ficou cartografado, não está na memória de ninguém [na Administração]. Esta rotura é complicada para uma cidade que é tão pequena, tão limitada dentro de si própria, e ao mesmo tempo com tanta falta de memória. -Não dá a sensação de que por vezes a cidade é difícil de gerir? -Exactamente, isto que é uma espécie de uma aldeia, comparada com as dimensões das áreas urbanas na China, e como é que isto é tão difícil de gerir? -Os planos directores podem ser instituídos, com um prazo de cinco anos. É um aspecto importante e que já deveria ter sido implementado? -Já deveria ter sido. Penso que para algumas situações já vêm atrasados. A minha pergunta é: agora, onde é que estarão os mecanismos, se é que estão, que os levem à prática conjugada, e se são planos fechados a cinco anos, ou se são perspectivas de entendimento da evolução, meios de gerir as diversas forças componentes e que façam com que isto cresça com uma certa harmonia. -E é isso que espera acontecer? -Esses são os planos urbanísticos que hoje em dia funcionam mas imagino que para o geral da população ainda estejam na cabeça os planos à antiga, com zonamentos, leis restritivas e regras inflexíveis: saber o que é que se faz aqui, o que é que não se faz, o que é permitido ali e não é, que é o mais simples. -Mas o plano director ainda pode vir a impor alguma ordem? -Penso que pode dar sentido a muitas coisas. Por exemplo, o plano urbanístico, neste momento, em vez do próprio crescimento da cidade, devia focar-se muito mais na reactivação do que está ao abandono, toda a zona de fábricas da Avenida Coronel Mesquita ou de Hac Sá. Quer dizer, o que é que se faz? Aquela parte construída é para demolir? Já se fizeram contas? E demolir para fazer o quê? Habitação?

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(...) “A EPM podia ser mais do que Escola Portuguesa, podia ter uma capacidade que fizesse que as pessoas a escolhessem como acontece com as escolas internacionais. Mas para isso precisa de oferecer melhores condições físicas e aquelas instalações já não podem fazê-lo” (...) – Vicente Bravo

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(...) “O projecto que eu fiz é para deitar fora, há que recomeçar outra vez para os três tribunais. Assinei o contrato em 2006, já passaram seis anos, é muito provável até que possa haver alterações, devido à eventual criação de tribunais de família e de trabalho, derivado da evolução da justiça” (...) - Idem

As ilhas artificiais vão ser “um disparate” Vicente Bravo compreende a ideia em volta dos novos aterros em forma de ilha, mas devido às condições naturais da zona, dada à sedimentação, acredita que esses terrenos acabem por ficar ligados a terra. Quanto ao futuro edifício da Escola Portuguesa, que desenhou, ainda não sabe se e quando avançará. Defende ainda a classificação do actual edifício

obre as novas zonas urbanas, que estiveram em consulta pública no final do ano passado, houve quem criticasse que os novos aterros fossem em forma de ilha, uma novidade em Macau. Qual a sua opinião enquanto arquitecto? -Estou cá os anos suficientes para ter feito parte de algumas equipas que fizeram planos de intervenção urbanística em Macau, porque houve muitos. Entrei em vários concursos para a execução de projectos, um dos quais este aqui do NAPE. Na altura trouxemos cá um almirante português, já aposentado, mas que era conhecedor das correntes e dos lodos. Comparou este estuário ao do Tejo, com tendência para ficar cheio de lodo, dando origem a sapais e a bancos de areia, como os mouchões de Alcochete. Aqui, a tendência é a mesma. A água traz terra das obras e dos arrozais e vai-se depositando aqui. Quando pensámos em fazer ilhas no NAPE, o Siza Vieira fez um desenho em que isto surge como uma pequena Veneza, cheia de canais. Tudo isso é lírico. Olhamos e vemos que a relação de Macau com a água é má, a não ser na Praia Grande e no Porto Interior. E esta parte do NAPE chegou mesmo a ter canais mas a força da água não era suficiente para fazer com que se conservassem limpos, inodoros, aprazíveis e foram-se tornando locais de lodo e de mau cheiro e por isso foram tapados. Em termos de imaginação, [as ilhas] são uma boa ideia mas depois há a realidade. Acho que vai ser um disparate, ou seja, vão-se construir as ilhas, e mais dia menos dia os canais vão começar a ficar tapados. Qual era a melhor maneira? Se se quer transformar isto num ambiente lacustre, e se isso é agradável, então serão mais eficazes lagos de separação. Como os lagos de Nam Van, criados para preservar a memória de uma baía... -Em relação à Escola Portuguesa de Macau (EPM), apresentou um projecto, para o novo edifício, que foi escolhido em 2005 mas que parou. Sabe em que ponto está? -Houve muitas alterações, depois muitas propostas de terrenos para a construção. Não tinha nenhum preferido, todas as posições e situações tinham vantagens e desvantagens. Mas há uma confusão entre o edifício [actual] e a escola: o edifício é o que ali está e a escola é uma outra coisa, que está lá agora mas pode ser mudada. O tirar de lá a escola não quer dizer a destruição do edifício, que pode ser reabilitado para muitas outras coisas, até para albergar uma escola profissional de artes de uma certa qualidade. -Mas o projecto está parado. Não tem informações sobre se poderá arrancar? -Está parado por várias vicissitudes. Para já não há urgência, pelo menos ninguém a sente. E eu acho que deveria haver. A EPM podia ser mais do que Escola Portuguesa, podia ter a capacidade que fizesse com que as pessoas a escolhessem como acontece com as escolas internacionais. Mas para isso precisa de oferecer melhores condições físicas e aquelas instalações já não podem fazê-lo. Qualquer dia, a parte do edifício mais antigo também precisará de ser profundamente reabilitado. Tudo isso, acho, implica uma escola nova, mas com uma ambição, com um projecto para além da própria escola. Podia ser um sítio de formação ligado à cultura portuguesa, como é a Alliance Française ou o Instituto Goethe, por que não? O meu projecto responde ao currículo de Portugal e penso que ainda hoje está de acordo com o que foi feito recentemente no país, seguindo as tendências das últimas escolas, transformando esses espaços num organismo vivo. Provavelmente teria de haver alguns ajustamentos, mas o principal é isto: construir algo que tenha a capacidade de comportar 500 alunos, mas também 600, e ao mesmo tempo possa incorporar outras coisas que digam respeito à cultura portuguesa caso o número de alunos diminua para 400. Porque é que a Casa de Portugal e o IPOR estão a fazer coisas num outro sítio? Se calhar podiam fazer lá.

-E concorda com a classificação do edifício? -Não tenho dúvidas nenhumas: é um edifício representativo de uma certa época, é História. Por mim devia ser classificado, e não só. Quando o classificarem deviam tentar que, à margem da própria classificação, fossem esboçadas certas capacidades ao nível dos usos para que ele está mais vocacionado. -O que se podia fazer ali? -Um pequeno museu do ensino em Macau, por exemplo. Mesmo que fosse integrado nalgum casino, obrigavaos a deixar ficar aquilo, nem que o envolvessem numa redoma de vidro e fosse algo cultural. Podia ser até um museu do casino. A STDM [interessada no terreno onde está a EPM] já fez bem ao território e só tinha vantagem em assumir isso. -Em mãos, também, tem o projecto do edifício dos novos tribunais. Em que fase está? -Está dependente da feitura do plano da costa, um grande plano regional. Estão projectados para o aterro em frente ao MGM. Já fiz um projecto, até uma fase chamada de estudo prévio, com umas condicionantes que me foram dadas em 2006. Depois, em 2008 foi feita uma rectificação a essas condicionantes, e fiz o estudo-prévio que estava pronto para ser aprovado. É aí que cai de repente, entre 2008 e 2009, esse estudo mais alargado da frente ribeirinha. Um ano depois vem outro plano mais de cima que refere que se devia integrar isto no estudo dos novos aterros. O projecto que eu fiz é para deitar fora, há que recomeçar outra vez para os três tribunais. Assinei o contrato em 2006, já passaram seis anos, é muito provável até que possa haver alterações, devido à eventual criação de tribunais de família e de trabalho, derivado da evolução da justiça e que pode levar a que o próprio projecto seja repensado. -E como justificar toda esta demora? -O problema que existe em Macau neste momento, o mais grave do sector onde eu estou, é que o carro é bom, é de um modelo relativamente recente, o motor é óptimo, é coisa para durar, mas tem um problema chato: está com a embraiagem estragada e hoje em dia já não há quem saiba arranjá-la. Está-se a criar uma situação um pouco complicada, no sentido de quando se tiver de fazer o que é preciso, porque é inadiável, tudo vai ficar de pantanas porque vai ter de ser tudo feito ao mesmo tempo. É feito um estudo mas como levou um ano a fazer volta-se a fazer outro,

não vá o anterior estar atrasado, e assim sucessivamente. A execução das coisas não se faz. Há um problema de decisão transversal na estrutura administrativa. -Não há também instalações provisórias a mais e não é isso um sintoma óbvio desse problema que fala? -O planeamento é prever. Sobre estes novos aterros perguntei, no âmbito da Associação dos Arquitectos, qual a população calculada para existir numa ilha, qual o tráfego que isso provoca, e se houvesse alguma urgência, um tufão por exemplo, como é que as pessoas iriam sair dali, por uma ponte, por duas? Vão para lá 150 mil pessoas e depois saem por duas pontes? E como é que são as ruas? Há uma série de coisas que não aparecem quantificadas em parte nenhuma. Um desenho é um desejo e depois há outra coisa que é o trabalho técnico feito sobre esse desejo, que nos leva à viabilidade. -Mas não é difícil fazer previsões em Macau, uma cidade que muda muito rapidamente? -Onde isto empanca é na zona intermédia: cada serviço trabalha como se fosse uma capelinha, e em cada capelinha dessas há mais 10 ou 15. Aquilo que há uns anos era fácil, pois bastava perguntar a um outro departamento e daí a pouco saber-se-ia a informação, hoje é difícil. Estabeleceu-se na Administração uma tal falta de iniciativa que essas informações só são passadas através de requerimento ou ofício que leva oito dias. É nesta zona intermédia que se perdeu uma cultura de circulação da informação. Dentro dos departamentos, há pequenos grupos que detêm uma certa informação e fazem disso o seu próprio poder, recusando-se a fazer a troca de ideias. Não me parece que funcione mal porque as pessoas querem mas quase que há uma incapacidade qualquer. O chefe de um departamento fica com uma tarefa e vê-se como receptor, não desenvolve, não imagina, não se sobrepõe, não propõe, não contrapropõe, não inventa, acabou! O espírito de arteriosclerose está a invadir todos os canais e veias da máquina administrativa, que é algo que me aflige muito. -A desordem física é para continuar? -Esta cidade era confortável, realmente aprazível para as pessoas que cá viviam... e basta que esse seja o desejo. Mas penso que é preciso esperar uma geração, que foi lá fora, que vem, que quer continuar aqui e que já viu, já viveu, já esteve e diz “isto é possível”. H.A. jornal tribuna de macau segunda-feira, 07 de Maio de 2012 pág 03

DESCIDA NOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS. Os preços dos combustíveis desceram ontem na RAEM. O preço de gasolina baixou 0,18 patacas por litro, situando-se agora em 12,48 patacas (com chumbo) e 12,38 (sem chumbo). O preço do gasóleo fixou-se nas 13,16 patacas por litro, uma descida de 12 avos.

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INCÊNDIO NA ILHA ARTIFICIAL. A ilha artificial que está a ser construída em frente à Ponte de Amizade, no âmbito do projecto da Ponte do Delta, foi atingida por um incêndio na manhã de sábado. As autoridades ainda estão a investigar as causas do incêndio, que foi extinto por volta das 10:30 horas.

ALEGADOS LADRÕES LEVARAM À DESCOBERTA DE OUTRAS ILEGALIDADES

Operação levou a detenções “3 em 1” As autoridades realizaram uma verdadeira operação “3 em 1” ao apanharem um suposto trio de ladrões que acabou por levou à detenção de mais suspeitos envolvidos noutros crimes pedro andré santos

oi mais uma operação anticrime efectuada pelos agentes da Polícia Judiciária (PJ) que visava o combate a furtos com incidência elevada na zona das paragens de autocarro, mas desta vez acabou por ter um “bónus” já que levou a detecção de mais crimes.

O caso ocorreu na quintafeira, tendo um grupo de agentes da PJ suspeitado de três indivíduos que andavam a rondar paragens de autocarro à procura de “vítimas” para roubar. Um deles terá sido visto a utilizar uma pinça metálica para tentar retirar a carteira de um transeunte enquanto outro vigiava e o terceiro tentava tapar. A vítima, contudo, deu pela tentativa Suspeitos usavam uma pinça metálica para roubar as vítimas

Raio-X detectou mais armas A máquina de raio-X do aeroporto continua a revelar-se bastante útil para as autoridades. Depois de há umas semanas ter alertado para uma mulher que transportava uma quantidade considerável de “tasers”, desta vez acabou por impedir mais uma pessoa de viajar por motivo semelhante. O caso desenrolou-se na quintafeira, na zona de “check-in” do aeroporto, tendo a máquina detectado o transporte de armas, nomeadamente um bastão extensível, um “taser” e gás lacrimogéneo. As autoridades foram chamadas ao local e acabaram por deter o homem, um comerciante da Indonésia, que pretendia regressar ao seu país. Segundo terá confessado, as armas foram compradas em Gongbei a troco de 150 renminbis, e, alegadamente, desconhecia que a posse das mesmas seria ilegal.

de furto e os suspeitos fugiram, acabando por ser detidos pelos agentes na zona do ZAPE. Na posse deles foram encontradas duas pinças metálicas, para além de um canivete e dinheiro de Hong Kong e da China Continental. Mas o caso não ficou por aqui. As autoridades resolveram fazer uma revista na residência dos detidos e encontraram na habitação mais um casal e outro homem. Após investigações, as autoridades descobriram que o

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 63/2012

(Solicitação de Comparência do Empregador)

Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugadas com o artigo 58.° e n.º 2 do artigo 72.° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se o representante legal da sociedade “Kingswell Construção e Engenharia (Macau), Limitada”, sita na Travessa do Paralelo nº 1, Edifício Comercial Seng Cheong 3º andar, em Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação do presente édito, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sito na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, Edifício Advance Plaza, 1.º andar, Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 5000/2010, proveniente da queixa apresentada no Fundo de Segurança Social, pela trabalhadora Lei Choi Mei, relativamente à matéria de contribuição. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 4 de Maio de 2012. O Chefe do Departamento, Raimundo Vizeu Bento

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casal estava ilegal no território, e que o outro indivíduo era o dono do apartamento que utilizava como uma pensão ilegal, arrendando um quarto ao casal por 250 dólares de Hong Kong por dia, e ao trio por 280 dólares. Os detidos são todos da China Continental. FOLHETOS DE MASSAGENS A TROCO DE JANTAR. Um indivíduo foi detido na quintafeira à noite pelas autoridades por alegadamente estar a distribuir panfletos oferecendo servi-

ços de massagens. Após ter sido interceptado, na Rua de Pequim, com 431 folhetos, o homem, de 32 anos, terá dito que tinha sido abordado por uma mulher um par de horas antes que lhe perguntou porque estava tão abatido. Ele respondeu que não tinha dinheiro para comer, e a mulher ter-se-á oferecido para lhe pagar o jantar, mas em troca teria que distribuir os folhetos. Jantou, começou a distribuir os panfletos mas acabou por ser detido pelos agentes.

ANÚNCIO [ N.º do processo: 41/CDH-DAG/2011 ] Vimos por esta via notificar a Srª. Chan Ka Lai, proprietária da fracção E do 3.° andar do Bloco I do Edifício Soi Cheong San Chun, no uso das competências delegadas pelo n.º 13 do Despacho n.º 09/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012, e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, do seguinte: Conforme as averiguações feitas por este Instituto, verificou-se que foi instalada uma porta de ferro ilegalmente no corredor pela Srª. Chan Ka Laim, proprietária da fracção E do 3.° andar do Bloco I do Edifício Soi Cheong San Chun, pelo que este acto constitui uma infracção, nos termos da alínea h) do n.° 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n° 41/95/M, de 21 dc Agosto, “Não colocar grades de segurança e estendais que não obedeçam aos padrões definidos pelo IHM”. Sobre o facto da infracção, a proprietária deve apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas que lhe sejam favoráveis, no prazo de dez dias, a contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do n.º 1 do artigo 19.° do mesmo decreto-lei. Se não apresentar as contestações no prazo indicado, ou as explicações das mesmas não forem admitidas por este Instituto, de acordo com o artigo 19.º do decreto-lei supracitado relativo ao processo de aplicação das multas, a pessoa acima referida estará sujeita à aplicação da multa de mil patacas (MOP 1 000), nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 18.°. Caso necessite de consultar o respectivo processo, poderá dirigir-se ao Instituto de Habitação, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, e contactar a Srª. Wong (telefone n.º 28594875, extensão n.º 739). Pelo Presidente, Iam Lei Leng Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos 2 de Maio de 2012

“Poderíamos ter uma voz muito poderosa, mas a maior parte não faz ideia sobre o que quer para a vida, não sabem o que procuram e começam a estar apenas preocupados com dinheiro” – Fish Ho, designer

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“Os jovens passam muito tempo nas escolas e nas universidades. E aí não são motivados a pensar no que se passa lá fora, nem a expressarem o que realmente pensam.” – Sara Lo, jornalista

JOVENS CRITICAM EXCESSO DE PROTECÇÃO E MERCADO POUCO COMPETITIVO

Juventude sem força Crescem protegidos pelos pais e amparados por um Governo generoso. Seguem um futuro que não é traçado por eles, empurrados pelos ventos da prosperidade económica. Ainda assim, existem vozes que pedem um mercado de trabalho mais competitivo e escolas que preparem os alunos para as agruras do mundo real. Conversámos com alguns jovens locais, a propósito do Dia da Juventude, comemorado na sexta-feira. Fique a conhecer o que pensam e o que desejam para além costuras do território raquel carvalho

ish Ho é um jovem adulto. A maturidade das palavras abafam uma face quase adolescente, embora tenha 26 anos. Nasceu e cresceu em Macau. Trabalha como “freelancer” na área do design. Olha para os adolescentes de hoje e para os jovens adultos, como ele, com algum desanimo e pouca crença. “Poderíamos ter uma voz muito poderosa, mas a maior parte não faz ideia sobre o que quer para a vida, não sabem o que procuram e começam a estar apenas preocupados com dinheiro”, lamenta. A falta de objectivos e de um rumo é também um aspecto notado por Sara Lo, 27 anos e jornalista na revista “New Generation”, publicação em língua chinesa, que se dedica a temas relacionados com a camada mais jovem da população. “Um grande problema da juventude de hoje em dia é a falta de motivação. Muitos terminam os estudos do ensino secundário e vão para a universidade não porque desejam algo em concreto ou porque têm um objectivo, mas porque é o socialmente convencionado ou porque alguém lhes diz que tem de ser assim. Acabam por ser obrigados a seguir um caminho”. Levados pela maré da ostentação, os valores que mais começam a ordenar giram em torno do estatuto social e dos bens materiais. “Os jovens são cada vez mais materialistas, porque esta sociedade é muito mais rica do que antigamente”, observa a jornalista e socióloga. Por outro lado, “os pais estão muito ocupados com os respectivos empregos e não têm tempo

“A distribuição de cheques por toda a população faz com que os jovens pensem que podem ficar acomodados ao dinheiro fácil” – Gino Lei, estudante e dirigente associativo para dar atenção aos filhos”. Gino Lei, 20 anos, estudante e presidente da Associação Juventude Dinâmica de Macau, também aponta a questão familiar como um dos principais motivos para o crescente materialismo. “Muitos trabalham em casinos e hotéis, a receber bons salários. De modo a compensar a falta de tempo para estar e conversar com os filhos, dão-lhes dinheiro e coisas”. Acabam por crescer “com tudo”, o que faz com que “queiram mais e mais”, entende Sara Lo. No meio desta ansiedade de conjugar o verbo “ter”, muitos jovens juntam às mesadas um emprego em “part-time”. “Enquanto estudam, têm um trabalho e acabam por ter pouco tempo para se envolverem noutras actividades, também por isso o empenhamento social acaba por ser descurado”, entende Gino Lei. Concentrado em desenhar uma economia próspera, o Executivo da RAEM também fomenta o materialismo, considera o líder associativo. “As políticas do Governo levam a este modo de estar. Por exemplo, a distribuição de cheques por toda a população faz com que os jovens pensem que podem ficar acomodados ao dinheiro fácil”. EDUCAÇÃO A LESTE. Preocupados com uma vida confortável, os assuntos que dizem respeito ao bem público acabam por ser atirados para debaixo do tapete. “Penso que apenas um pequeno grupo se interessa por questões políticas ou cívicas. Alguns podem até questionar-se sobre algo ou defender uma ideia, mas provavelmente preferem não partilhá-la”, analisa Fish Ho. Gino Lei confirma que são poucos os jovens de consciência desperta. “Como não há grandes dificuldades económicas, muitos não encontram razões para serem participativos na sociedade”, explica. Ao mesmo tempo, “existe uma grande desinformação sobre conceitos básicos, como o que é a Assembleia Legislativa, as funções do Chefe do Executivo ou quem são os deputados”. A culpa dessa ausência de conhecimento é, em grande parte, na opinião de Gino Lei e também de Sara Lo, das escolas locais. “Grande parte das escolas não ensina isso, não explica muitos conceitos que são necessários para compreender a realidade política e social”, aponta o dirigente

associativo. “Os jovens passam muito tempo nas escolas e nas universidades. E aí não são motivados a pensar no que se passa lá fora, nem a expressarem o que realmente pensam. Há um pensamento vigente que lhes é imposto e acabam por acreditar que nada vai mudar mesmo que se interessem”, acrescenta Sara Lo. Embora o sistema educativo “não seja mau”, nas palavras de Gino Lei, já que “existem 15 anos de educação gratuita”, são “muitos os jovens que não sabem aproveitar a oportunidade”. Ao mesmo tempo, os conteúdos didácticos continuam a estar demasiado presos à tradição. “Faltam disciplinas, na área das humanidades e das ciências sociais, que façam com que os jovens saiam melhores preparados para analisar e filtrar a realidade”. COM POUCAS OPÇÕES. Quando fecham os livros e arrumam as mochilas, é tempo de abraçar o mercado de trabalho. Embora a taxa de desemprego de Macau seja das mais baixas do mundo, a verdade é que a bonança não preenche a vocação de todos. “Há oportunidades apenas em algumas áreas, noutras nem sequer há opção”, entende Sara Lo. “Eu, por exemplo, estudo ‘media e comunicação’ e não creio que vá encontrar em Macau um trabalho na minha área de interesse”, confessa Gino Lei. “Tal como eu, penso que muitos jovens sentem e passam por esta dificuldade. Há oportunidades nos casinos e hotéis, mas para além disso é complicado. Faltam tipos de emprego mais variados”. As ambições profissionais dos jovens dividem-se então entre os casinos e a função pública. “É o objectivo de muitos. Não importa se gostam ou não do trabalho, pensam apenas no salário”, constata Sara Lo. “Julgo que este é um problema grave de recursos humanos. Não há uma sintonia entre as áreas de interesse e as ofertas de trabalho”. Apesar disso, Rui Silva, 23 anos, estudante de comunicação, é optimista. “É verdade que Macau está muito desenvolvida num sector e para trabalhar noutras áreas é preciso ir para fora. Ainda assim, julgo que Macau tem oportunidades para crescer e é uma cidade de portas abertas a novos talentos”, considera o jovem português, que passou a infância no território e regressou

à RAEM há cerca de três anos. Mas têm os jovens locais instrumentos para lutar num mundo cada vez mais competitivo? Sara Lo acredita que não. “Penso que as instituições de ensino não os prepararam para a competição real. Em geral, os jovens de Macau crescem protegidos pelos pais, pelas famílias, pelas escolas”. Também Gino Lei nota uma fraca capacidade “dos jovens locais para competirem com as pessoas de fora”. Segundo observa, “estão habituados a uma situação tão estável, acostumados a ter tudo, sem nunca se preocuparem com nada... que quando entram na vida adulta não têm fibra para enfrentar os problemas”. A promoção de mais contactos com o exterior e de “competição com estudantes de outros pontos o mundo” pode ser um modo de contornar a lacuna actual, sugere Sara Lo, criticando a postura das associações tradicionais. Paralelamente, “os jovens devem ter coragem de sair de Macau, porque de outro modo será difícil evoluir”, defende a jornalista, ela própria regressada do Reino Unido há cerca de meio ano, depois de um mestrado em Londres. ESPAÇO PARA SER MAIOR. Apesar de Macau ser “um bom sítio para crescer”, porque “não tem muita gente pobre e a maior parte das pessoas possuem bons empregos, para o desenvolvimento pessoal não creio que seja muito bom”, corrobora Gino Lei. Ao excesso de casinos contrapõese uma carência de “espaços desportivos, locais de diversão nocturna e actividades culturais”, enumera o jovem. Reivindicações partilhadas por Rui Silva. “Para além do que acontece no Centro Cultural de Macau, não existem muitos eventos. Era interessante se Macau organizasse festivais de Verão”, propõe. Do ponto de vista desportivo, o estudante também denota a “falta de campos para treinar” tal como lamenta a pouca variedade de opções nocturnas. “Todos este estímulos são importantes”, acredita Sara Lo. “Alguns jovens são criativos e têm imaginação, mas a sociedade não lhes dá espaço físico e mental para se expressarem e desenvolverem”. Na opinião da jornalista com mestrado em sociologia, é tempo de mudança. “Está na altura de encorajar os jovens a pensarem além do quadro mental que já está definido”.

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DOIS JOVENS ACUSADOS DE TRÁFICO. Dois residentes da RAEHK ficaram em prisão preventiva por suspeita de tráfico de droga. Um dos suspeitos, de 19 anos, foi detido na posse de 22 gramas de cocaína e terá confessado que vendia droga no NAPE há quatro meses. O outro indivíduo, de 24 anos, tinha 77,64 gramas de cocaína e ketamina, suspeitando-se que vendia droga a croupiers na Areia Preta.

local

SAFP RESPONDEM À ASSOCIAÇÃO NOVO MACAU

RUI CUNHA EM ENTREVISTA À RÁDIO MACAU

Breves

Os argumentos do Governo antes de ir à AL

Português nos tribunais é “falso problema” Todos os operadores de Direito deveriam saber português, defendeu Rui Cunha, em entrevista à Rádio Macau

advogado Rui Cunha considera que a utilização da língua portuguesa nos tribunais “é um falso problema”. “Qualquer língua pode ser usada se a decisão for boa, bem fundamentada, adequada e dentro dos parâmetros do Direito de Macau. Acho que todos os operadores de Direito deveriam saber português”, defendeu no programa Rádio Macau Entrevista. Relativamente às propostas de alteração ao Código de Processo Penal, Rui Cunha manifestouse favorável à mudança. “O termo de identidade e residência fixado pela Polícia Judiciária, que considero uma identidade idónea e capaz de fazer com qualidade uma boa instrução, não me preocupa”, explicou. “Fixar o termo de identidade e residência não determina de imediato limitações de maior à vida normal do cidadão”, acrescentou, sustentando que poderá ser até uma forma de evitar a aplicação de medidas mais gravosas sem que estas se justifiquem. O causídico sugeriu ainda a criação do cargo de juiz-adjunto, como forma de ajudar a formar os jovens magistrados judiciais. “Depois de um curso, depois de uma preparação de algum tempo limitado, entregar o poder de julgar é muito arriscado. Era melhor criar a figura de juiz-adjunto, que se sentasse ao lado do juiz titular”, defendeu Rui Cunha, que já foi magistrado. Por outro lado, admitiu que a Faculdade de Direito da Universidade de Macau está a passar por uma fase crítica e mostrou-se preocupado com a qualidade de algumas sentenças e a falta de jurisprudência. “Praticamente não encontramos doutrina publicada que facilite a vida de todos os operadores. Não há doutrina, há poucos livros e às vezes não muito acessíveis”, disse. STANLEY HO NÃO ESPERAVA CONFLITO FAMILIAR. Há longos anos advogado do grupo de Stanley Ho, Rui Cunha comentou ainda a disputa entre os herdeiros do magnata sobre a divisão da

Rui Cunha defende criação do cargo de juiz-adjunto para ajudar a formar os jovens magistrados judiciais

fortuna da família. “É algo que ele [Stanley Ho] não esperava que acontecesse. Falámos até há 15 dias brevemente sobre isso. É algo que não desejava, pelo menos”, explica. Depois de muita celeuma, a disputa acabou por se resolver de uma forma que, segundo Rui Cunha, deixou Stanley Ho satisfeito. “Tudo fez, mesmo em momentos mais críticos, para que a conflitualidade desaparecesse. Julgo que ficou feliz com o desfecho que acabou por acontecer de divisão de áreas de actuação de cada um”, disse o advogado. Com vários sucessores no horizonte, o futuro do império fundado por Stanley Ho envolve, porém, algumas incógnitas. “Se tudo irá continuar e tudo será de acordo com a vontade deles, o tempo o dirá. (...) Não era possível outra fórmula porque, em função das famílias que tinha, dos filhos e dos herdeiros, não era possível outra formulação”, concluiu Rui Cunha.

Torna-se público que se encontra afixada, a partir da data da publicação do presente anúncio, na Autoridade Monetária de Macau (amcm), sita na Calçada do Gaio, nºs 24 e 26, R/C, e no website desta Autoridade (http://www.amcm.gov.mo), a lista provisória do concurso nº 001/2012-GIF, para o preenchimento de vagas de Técnicos-auxiliares/ Técnicos aberto por anúncio publicado em jornais diários em 28.03.2012.

O Conselho de Administração da AMCM

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Executivo garante que não existiram “exageros consentidos” na recolha de opiniões sobre a reforma do sistema político. Deputados discutem amanhã texto final e votam proposta de Au Kam San

Aviso

Macau, 7 de Maio de 2012

AREIA PRETA PODERÁ TER NOVA ESCOLA EM 2014. A Associação das Mulheres de Macau está à espera da aprovação do Governo para construir uma escola primária na Areia Preta, numa área contígua à creche que já gere naquela zona. Segundo uma responsável da associação, citada pela TDM, o projecto tem abertura prevista para 2014 e inclui uma forte componente ambiental.

deputado Ng Kuok Cheong, do Novo Macau, acusou na semana passada o Governo de ter promovido uma consulta pública “pouco séria”, a propósito da reforma política. Agora, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, na resposta, veio garantir que “não existe qualquer situação de ‘exageros consentidos’ nem existe nenhum ‘texto’ preparado”. A Assembleia Legislativa (AL) discute a proposta amanhã. Segundo a mesma nota de imprensa, o Governo quis deixar claro “que os cidadãos não foram influenciados na apresentação de opiniões”, todas “processadas com igualdade, imparcialidade e transparência”. Os Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), explicam que o tratamento de toda a informação recebida, cerca de 100 mil opiniões no último dia da consulta, foi possível devido ao recurso a software informático de tratamento de estatísticas e equipamentos de automatização, bem como à afectação de pessoal extra. Dizem os SAFP que houve “mais 200 trabalhadores dos serviços públicos de diferentes categorias, incluindo o pessoal de apoio”, que “trabalharam,

introduzindo os dados, classificando-os ou para fazer as estatísticas”. Os deputados votam amanhã as propostas de resolução para alterar o sistema político da RAEM. Da ordem do dia faz parte a votação de uma proposta de debate apresentada por Au Kam San. O deputado pretende que a AL discuta a hipótese de alargamento da representatividade da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, com o objectivo de introduzir novos subsectores. Defende também alterações à forma de eleição dos membros da comissão. Ainda sobre a reforma política, no programa do Fórum Macau da TDM, o deputado Chan Wai Chi afirmou que a consulta pública foi conduzida de forma irregular. O também deputado do Novo Macau apontou o dedo ao Governo por não ter sido solicitado qualquer documento de identificação aos residentes que se pronunciaram. Um cidadão da RAEM é ainda suspeito de ter pintado um graffiti anti-Governo, relacionado com a consulta pública, por debaixo de uma passagem superior para peões na Rua do Campo. O suspeito está acusado de ter danificado propriedade pública.

Direcção dos Serviços de Finanças

COMISSÃO DE REGISTO DOS AUDITORES E DOS CONTABILISTAS

Aviso

COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

Torna-se público, de acordo com o n.º 1 do ponto 6.º dos Regulamentos para a prestação de provas para a inscrição inicial ou revalidação de registo como auditor de contas, contabilistas registado e técnico de contas, elaborados nos termos do artigo 18.º do Estatuto dos Auditores de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/99/M, de 1 de Novembro, do artigo 13.º do Estatuto dos Contabilistas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/99/M, de 1 de Novembro, e da alínea 3) do artigo 1.º do Regulamento da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 2/2005, de 17 de Janeiro, que se encontra afixada, na sobreloja da Direcção dos Serviços de Finanças, sito na Avenida da Praia Grande n.ºs 575, 579 e 585 e colocado no respectivo “Web-site”, no local relativo à CRAC e para efeitos de consulta, a lista definitiva dos candidatos à prestação de provas para inscrição inicial ou revalidação de registo como Auditor de Contas, Contabilista Registado e Técnico de Contas no ano de 2012, elaborada e homologada por deliberação do Júri designado para o efeito. Mais se informa que a prestação de provas foi pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude reconhecida como um dos itens subsidiáveis no âmbito do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”. Os candidatos poderão pois optar por liquidar as taxas devidas deduzindo o respectivo montante da sua conta do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo” (adverte-se, no entanto, para o facto de que apenas se aceitará o pagamento integral do valor em causa).

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento do terreno da RAEM abaixo indicado, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.° da Lei nº. 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.° e o artigo 4.° da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Em caso de dúvidas, agradecemos que contacte a CRAC, durante as horas de expediente, através dos números de telefone 85990168 ou 85990139. Direcção dos Serviços de Finanças, aos 27 de Abril de 2012. O Presidente da CRAC, Iong Kong Leong

Localização do terrenos: - Estrada Marginal do Hipódromo, nºs 115 a 133, Rua Alegre, nºs 11 a 103, Rua do Mercado de Iao Hon, nºs 64 a 108 e Rua da Saúde, nºs 8 a 92 (Hong Lok Sun Chuen). 2. Agradecemos aos contribuintes que, no prazo de 30 dias após a recepção da notificação do pagamento, ou, até 29/05/2012, se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício Finanças, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais. 3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder -se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.° da Portaria acima mencionada. Aos, 29 de Abril de 2012. A Directora dos Serviços de Finanças, Vitória da Conceição

MEDICAMENTO COM CRÓMIO A MAIS. Os Serviços de Saúde ordenaram a recolha do mercado de um lote do medicamento chinês “Sai Mei An Jiaonang”, fabricado por uma empresa de Fujian. A decisão foi motivada pelo conteúdo excessivo de crómio detectado nalgumas cápsulas do produto.

local

LESADOS TER-SE-ÃO ENCONTRADO COM AUTORIDADES CHINESAS

Excepção para “duas matrículas” Depois de vários encontros e pedidos de apoio, os residentes de Macau que compraram moradias em Zhuhai antes do anúncio do final da atribuição de uma matrícula terão até ao dia 15 deste mês para proceder à respectiva aquisição. Os lesados, que fundaram uma associação, terão recebido garantias de um responsável dos transportes de Guangdong de que poderão tratar do processo directamente em Cantão viviana chan

caso da política de “duas matrículas” conheceu desenvolvimentos no fim-de-semana. Depois de terem travado a atribuição de uma matrícula para circular no Continente aos compradores de casas em Zhuhai no valor igual ou superior a um milhão de renminbis, as autoridades chinesas terão mostrado abertura para resolver os casos cujas compras tenham sido efectuadas até 18 de Abril. Depois de vários encontros e da criação de uma associação temporária para resolver esta questão, quatro dos lesados encontraram-se, no sábado, com o responsável dos Transportes da Província de Guangdong, que lhes terá garantido que os residentes que satisfazem os critérios referidos poderão entregar os documentos em Cantão sem terem de passar pelas autoridades de Zhuhai. Um dos queixosos, contactado ontem pelo JTM, disse que já lhe tinha sido comunicado que o Governo de Cantão deu um prazo para tratar do processo e mostrou abertura para resolver os casos pendentes. Deverão estar envolvidas cerca de 300 pessoas. Já na sexta-feira, durante a reunião organizada pela associação, o residente de Macau queixava-se de falta de clareza nos procedimentos, notando a elevada burocracia na compra das habitações e reconhecia que havia alguma confusão entre os compradores. Por exemplo, a aquisição da sua matrícula foi feita aquando do pagamento do valor da moradia, mas o montante foi distribuído por duas facturas, passadas com um intervalo de cinco meses. Apesar da burocracia dificultar o processo e o aviso de suspensão das matrículas, a 18 de Abril, ter surpreendido os compradores, estes casos parecem estar perto de ser resolvidos. As pessoas que adquiriram uma moradia em Zhuhai até ao dia do anúncio surpresa que proíbe a continuação de atribuir uma matrícula para circular na China na compra de casa – política inserida num conjunto de medidas para travar a especulação imobiliária – também estão a tentar uma resolução por parte do Governo da Província na Guangdong. Isto porque, alegam, houve uma suspensão, que não permitiu aos compradores para proceder à respectiva aquisição.

A associação das “vítimas” do fim da política das “duas matrículas” reuniu-se, sexta-feira, na Aliança do Povo da Instituição de Macau, depois de uma convocatória via Facebook e contou com o apoio de Chan Meng Kam. Antes da reunião, o deputado já havia publicado também na sua página daquela rede social que as autoridades de Zhuhai abriram uma excepção de três dias, aceitando requerimentos entre 4 e 6 de Maio, de pessoas que provassem ter efectuado a compra antes de 18 de Abril. Embora o Governo de Zhuhai não tenha publicado oficialmente um aviso, Chan Meng Kam garantiu que aquela comunicação foi confirmada pelas autoridades. A surpresa não se ficou por aqui. No dia seguinte um membro da associação indicou que o período para aquisição da matrícula terá sido alargado até 15 de Maio. Mesmo que os compradores, na posse uma factura passada até 17 de Abril, não consigam tratar do seu processo até àquela data, as autoridades da província da Guangdong mostraram abertura para resolver os restantes casos. Perante a boa nova, as preocupações começam a ser outras. A associação tinha reunido mais de 11.000 patacas, de 111 membros, para tratar dos procedimentos e das respectivas reuniões. Dado que as autoridades chinesas já se mostraram receptivas ao pedido dos lesados, houve um membro que questionou no Facebook o que deveria ser feito ao dinheiro. À margem da reunião de sexta-feira, Ada Zhang, fundadora da associação, disse ao JTM que o grupo já se estava a preparar para entregar petições ao Gabinete do Chefe do Executivo da RAEM, ao Gabinete da Ligação e às autoridades de Guangdong. No início do mês quatro dezenas de membros já tinham reunido com o deputado Chan Meng Kam pedindo auxílio para resolver os casos. Haverá mais de 10 condomínios em Zhuhai envolvidos nestes casos.

Veículos já são mais de 208 mil O número de veículos em circulação em Macau aumentou cinco por cento entre o final de Março de 2011 e o mesmo mês de 2012 para 208.037

ntre os veículos em circulação, 111.717 eram motociclos (54%) e 82.098 eram automóveis ligeiros particulares (39%). Entre Janeiro e Março, a Administração de Macau registou 4.190 novas matrículas, menos 3% do que no mesmo

período de 2011. Entre os veículos novos matriculados 51% eram motociclos e 44% automóveis ligeiros particulares. Ainda no campo dos transportes e comunicações, entre Janeiro e Março de 2012, e comparativamente ao mesmo período de 2011, cruzaram as fronteiras terrestres com o Continente chinês pouco mais de um milhão de viaturas (mais 8%), registaram-se 8.846 voos comerciais no aeroporto internacional (mais 4%), 3.243 ligações (menos 18%) de helicóptero entre Macau e Hong Kong e 758 voos entre Macau e a Chi-

na (menos 20%). Nas ligações por barco registaram-se 28.265 para Hong Kong (menos 8%) e 6.791 para o Continente chinês (mais 15%). No final de Março, Macau registava ainda 1,4 milhões de utentes de telemóvel, o que equivale a mais do dobro da população e a uma subida homóloga de 15%. Já o serviço de Internet tinha 213.445 utentes, mais 18%, que navegaram 153 milhões de horas, mais 30% do que no primeiro trimestre de 2011 e correspondente a cerca de 17.466 anos ligados à rede mundial de computadores.

Quarenta acidentes por dia nas estradas de Macau No primeiro trimestre deste ano, o número de acidentes de viação nas estradas da RAEM cresceu 7% para 3.620, comparativamente ao período homólogo de 2011, o que representa uma média de 39,7 por dia. Entre Janeiro e Março, os acidentes causaram 1.298 vítimas, duas das quais mortais.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MAIS CAROS. O índice de preços dos materiais de construção dos edifícios de habitação subiu ligeiramente 0,9% no primeiro trimestre de 2012 face aos três meses anteriores. Só o preço médio do betão pronto cresceu 8,3%.

Breves Fórum Macau estuda criação de Tribunal Arbitral O Fórum Macau quer criar no território um mecanismo que funcione na resolução de conflitos que decorram do intercâmbio comercial entre os empresários chineses e lusófonos. A ideia, anunciada pelos responsáveis do Gabinete de Apoio do Secretariado Permanente do Fórum deverá ser debatida no final deste mês em Luanda no 2º Congresso Internacional de Advogados de Língua Portuguesa. A criação de um Tribunal de Arbitragem é bem vista pelo presidente da Associação dos Advogados de Macau, que não deixa de alertar, no entanto, para a falta de formadores estrangeiros. “A Associação dos Advogados apoia naturalmente, porque é trazer para cá uma instituição prestigiada, mas é preciso termos condições aqui para a pôr de pé”, disse Jorge Neto Valente, citado pela Rádio Macau. O funcionamento desta estrutura, nota o advogado, não custa “muito dinheiro”, mas “há que a promover” o que exige “o apoio do Governo”.

Costa Antunes prevê subida de 10% no número de turistas O número de visitantes em Macau deverá crescer pelo menos dez por cento este ano, comparativamente aos 28 milhões registados em 2011, previu o director dos Serviços de Turismo, João Manuel Costa Antunes, em entrevista concedida em Nova Iorque à agência Bloomberg. Costa Antunes estimou ainda que, no prazo de cinco anos, o número de quartos de hotel poderá aproximar-se dos 50 mil face aos actuais 23 mil.

Residentes escapam a quebra de salários na construção O salário diário médio global dos trabalhadores da construção desceu 3,4 por cento para 563 patacas no primeiro trimestre de 2012, em comparação com os três meses anteriores, mas os operários locais contrariaram a tendência negativa beneficiando de um aumento de 1,3 por cento para 646 patacas. Segundo dados oficiais, no cômputo geral, os salários dos trabalhadores especializados e semiespecializados desceram 4,2 por cento para 568 patacas, mas o dos não especializados avançou 1,9 por cento para 373 patacas. Eliminado o efeito da inflação, o índice de salários reais na construção baixou quatro por cento, mas no caso dos trabalhadores locais subiu 0,1 por cento.

Saiu da prisão para voltar a cometer furto qualificado Um residente de Hong Kong, de apelido Tong e 50 anos, foi colocado em prisão preventiva em Macau por suspeita de furto qualificado, crime que já lhe valera anteriormente uma condenação à prisão. Segundo o Ministério Público, o suspeito foi transferido da prisão de Coloane para Hong Kong em Janeiro de 2010, mas após ter sido libertado “com antecedência” terá voltado a cometer vários furtos em Macau a partir de Março deste ano, até ser detido no dia 23 do mês passado na posse de uma mochila com objectos para a prática do crime, relógios, câmaras digitas e notas de vários países no valor de 45.000 patacas.

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local

LIGA DE ELITE

“Panenka” custou invencibilidade ao Ka I O líder Ka I foi finalmente derrotado pela equipa do Monte Carlo que assim acaba por relançar o campeonato para os restantes quatro jogos que faltam disputar pedro andré santos

qualidade de Cesinha não está em causa, sendo, sem dúvida, dos jogadores mais talentosos da Liga de Elite. Mas se é verdade que o avançado brasileiro tem sido dos melhores em campo, desta vez acaba por ganhar destaque pela negativa. Em cima do minuto 90 Cesinha teve hipótese de restabelecer a igualdade e praticamente arrumar as contas do campeonato, mas a grande penalidade, marcada à “Panenka”, acabou por sair bem por cima da trave da baliza à guarda de Domingos. O jogo no Estádio de Macau foi sempre bem disputado com o Ka I a assumir mais as despesas do jogo enquanto o Monte Carlo procurava surpreender em contraataque. Antes do intervalo foram mesmo os “canarinhos” a criar mais perigo, mas a igualdade aceitava-se no final dos primeiros 45 minutos. O reatamento da partida trouxe um Ka I mais afoito e apostado em marcar para resolver a partida e poderia tê-lo feito não tivesse sido Domingos com uma palmada vistosa a impedir o golo. Ao minuto 88 explosão de alegria nas bancadas, que até estiveram bem compostas. Livre na direita a castigar falta de Cesinha sobre Joãozinho, e quando todos esperavam um cruzamento a bola é tocada para o brasileiro dos “canarinhos” dominar e rematar cruzado, com o esférico a sofrer ainda um ligeiro desvio antes de entrar. O Ka I partiu para cima do adversário e apenas dois minutos depois Cesinha teve hipótese de arrumar com as contas do cam-

peonato, mas atirou por cima. “É um jogo grande onde ninguém pode errar. A equipa pressionou mas o golo não apareceu, e quem não marca sofre”, referiu ao JTM Jose Clér. O técnico do Ka I lamentou a “falta infantil” que ditou o golo do adversário, mas ainda mais o lance da grande penalidade. “Tivemos oportunidade de recuperar, mas chegou a hora da responsabilidade e tivemos aquela atitude que vocês viram. Para mim não foi uma atitude certa, foi um erro que acabou por custar caro ao Ka I”, acrescentou. Do lado do Monte Carlo, Paulo Bento era um homem orgulhoso no final da partida. “Ficou bem provado que o Monte Carlo é igual às outras equipas do topo. Ao longo da época fomos enfraquecendo a equipa com várias lesões e jogos de castigo. Mas no futebol não há “ses”. O Monte Carlo mostrou que há que ter respeito por esta equipa, como por todas as equipas do campeonato”, disse ao JTM. Com este resultado o Monte Carlo ficou a 5 pontos do Ka I mas com uma partida a menos. Nos outros jogos disputados, e no que concerne às equipas de matriz portuguesa, o Benfica cimentou o terceiro lugar ao vencer o Lam Pak por 3-0, enquanto o FC Porto venceu o Lam Ieng, por 2-1. Os Sub-23 ganharam uma réstia de esperança na luta pela permanência ao venceram a Polícia por 1-0, enquanto o Kuan Tai venceu o já despromovido Hong Ngai por 4-1. SPORTING SOMA E SEGUE. Os “leões” do território continuam em grande na terceira divisão com mais uma goleada. Desta feita a “vítima” foi o Hong Nam, com cinco golos sem resposta.

Venetian patrocina vinda da Orquestra de Filadélfia O Venetian Macau vai patrocinar do programa de “residência e digressão pela China” a desenvolver este ano pela Orquestra de Filadélfia, sendo que este apoio permitirá trazer artistas daquela prestigiada companhia a Macau. De acordo com uma nota do Venetian Macau, o resort será o patrocinador principal, estando previsto um concerto para Junho no território. “Com este apoio poderemos seleccionar alguns músicos e realizar um espectáculo exclusivo e intimista no Venetian Theater no dia 4 de Junho”, disse Gus Liem, vice-presidente do departamento de entretenimento do Venetian. Ao mesmo tempo este evento dará a oportunidade a alguns músicos locais de interagirem “com artistas de renome”. Fundada em 1900, a Orquestra de Filadélfia tornou-se em 1973 na primeira orquestra americana a actuar na República Popular da China. Actualmente é dirigida por Charles Dutoit, maestro principal e consultor artístico. pág 08 segunda-feira, 07 de Maio de 2012 jornal tribuna de macau

FOLCLORE PORTUGUÊS NO DIA DA MÃE. O IACM vai promover no dia 15, entre as 15:30 e as 17:30, no Jardim do Comendador Ho Yin, um espectáculo de música e dança folclórica portuguesa para celebrar o Dia da Mãe. O programa inclui ainda um workshop de trabalhos manuais.

EXPOSIÇÃO “TRAZ” NICE A MACAU. O hotel Sofitel, localizado no complexo Ponte 16, vai acolher entre 9 de Maio e 31 de Julho uma exposição fotográfica sobre Nice, cidade do sul de França. A exposição é promovida pela Alliance Française de Macau e o Município de Nice.

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NOVO REITOR VAI AVALIAR CUSTOS DE CADA CURSO

A oferta curricular da Universidade de São José (USJ) poderá sofrer cortes. O novo reitor admite realizar uma “poda”, após um “rastreio” no seio da instituição

á muitos cursos que foram nascendo e sendo aprovados mas que, por uma razão ou por outra, não tiveram muitos estudantes ou estão a aguardar ser lançados verdadeiramente”, disse Peter Stilwell, em entrevista à Agência Lusa. Essa questão implica “um rastreio geral” e desenvolver uma coisa que não tem sido prática: “um orçamento detalhado e sectorial” para que se saiba “exactamente” os custos de cada curso. “Haverá uns que, por razões estratégicas, a universidade aceita assumir apesar de serem deficitários e há outros em que não, portanto, vamos ter que fazer aí uma poda”, afirmou o novo reitor da USJ. Em Macau desde o dia 2, o reitor entende ser ousado avaliar a qualidade do ensino na USJ, contudo, o sentimento que lhe foi transmitido foi de que as portas se têm aberto “sem suficiente selecção à partida”. Para o padre Peter Stilwell, o problema pode “solucionarse” de duas formas: ou “uma selecção muito exigente” e “só se aceitam os melhores” ou “uma forma pela qual aqueles que têm maiores dificuldades, por exemplo, em línguas, tenham um período pré-universitário, ou de preparação, nem que seja de um semestre”. A tónica não recai só sobre o corpo discente, já que os professores também têm sido alvo de críticas. “É um assunto que eu sei que existe e me preocupa”, admitiu, defendendo que a avaliação dos docentes figura como “o grande cartão de visita das universidades”. “Penso que aqui esse sistema não está

implementado” na USJ, com cerca de 80 professores e um universo de 1.800 alunos. A USJ “cresceu muito rapidamente em termos de alunos e de professores. Agora, é preciso fazer um trabalho de organização de maneira a que cada um dos sectores tenha a sua dinâmica própria e não esteja dependente da decisão do reitor”, realçou. As inscrições dos estudantes colocam os números mais perto dos 2.000, “mas ao longo do ano há uma perda de alunos”, o que se poderá dever “à falta de qualidade dos alunos” e aos “custos das propinas”. “É evidente que, havendo igualdade de circunstâncias em termos da qualidade do ensino, haverá deslocação para a pública”, argumentou. O “ideal”, defendeu, “era que pudéssemos ter o mesmo nível de propinas que tem a Universidade de Macau, mas isso tenho de perceber com o governo local qual é a sua política. Julgo que será semelhante àquela que existe em Portugal que é a de alguma discriminação em relação as universidades públicas que são assim favorecidas pelo factor institucional”. Mas reduzir propinas exige contenção: “Queremos uma universidade internacional, com professores de outros países, com os custos de viagens que isso implica, de maneira a garantir que podemos batermo-nos com outras universidades ao nível da qualidade”, disse. “A alternativa, nem quero pensar nela, é ser simplesmente uma universidade para passar diplomas”, frisou, ao reiterar então que é preciso ver com o Governo local se “os critérios de apoio à universidade pública são exclusivos”. “Não julgo que o governo deva ser o exclusivo financiador do ensino superior”, disse, defendendo antes que, em geral, “a concentração dos fundos públicos em termos de ensino deve ir para o básico e o secundário”.

imagens tdm

USJ admite “poda” curricular

Padre Peter Stilwell quer “um orçamento detalhado e sectorial”

LIGAÇÃO À COMUNIDADE CRISTÃ. O reitor reiterou ainda que deseja articular a USJ com a comunidade cristã de Macau. O padre Peter Stilwell considerou que “os acontecimentos recentes de alguma preocupação com a situação da universidade, a necessidade de refrescar as soluções e de encontrar fundos para construir o novo ‘campus’” levaram a que “a comunidade local despertasse para a existência desta instituição como sendo uma instituição da igreja”. “É preciso construir sobre isso” e perceber-se que a USJ é o “espaço de diálogo com a cultura no seu nível mais avançado”, o que implica, da parte dos responsáveis da universidade, uma “consciência” sobre como se processa “esse diálogo de fé com a cultura, da fé com as ciências”, que não se circunscreve aos saberes, sendo também “da formação integral da pessoa humana”. Entre outros temas, comentou ain-

da o atraso nas obras do novo “campus” da USJ na Ilha Verde, cuja primeira pedra foi lançada no fim de 2009 e deveria estar concluído em 2011. “A meta temporal seria tão depressa quanto possível”, disse, ao constatar que se tem deslocado anualmente a Macau e que todos os anos há um novo casino. “Se constroem assim tão depressa os casinos não vejo por que não construir uma escola rapidamente também”. A obra será adjudicada até finais de Julho e custará, segundo dados revelados ao jornal Business Daily, entre 500 a 600 milhões de patacas, o dobro do orçamento inicial. O padre Peter Stilwell disse ainda que a equipa da reitoria o tem apenas a ele, já que “caíram todos os vice-reitores” e assegurou não querer manter a situação por muito mais tempo nem trazer pessoas de fora para ocupar os lugares. JTM/Lusa

PRESIDENTE DO IPM EMOCIONADO COM DISTINÇÃO EM LISBOA

“A língua portuguesa é a minha pátria de eleição” Lei Heong Iok sublinhou a sua paixão pela língua portuguesa na cerimónia de doutoramento “honoris causa” pela Universidade de Lisboa

presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM) recebeu o doutoramento “honoris causa” da Universidade de Lisboa, em cerimónia presidida pelo reitor da instituição e que contou com a presença do ministro português da Educação, Nuno Crato. Lei Heong Iok agradeceu a honra conferida pela academia portuguesa de o considerar “um dos seus” e lembrou os nomes dos diversos professores que “o fizeram nascer para o conhecimento da língua e cultura portuguesas”, nomeadamente Malaca Casteleiro, David Mourão Ferreira e, ainda em Macau, Júlio Pereira Dinis. Numa intervenção com muito sentimento, Lei referiu a tradução que fez para chinês do livro “A Crónica dos Bons Malandros”, de Mário Zambujal, a que juntou referências a nomes ímpares da literatura portuguesa, como Camões, Miguel Torga, Fernando Pessoa e José Saramago. “Sou chinês de alma e coração e a língua portuguesa é a minha pátria de eleição”, sintetizou Lei

Heong Iok, que também abordou os problemas que os professores enfrentam na actualidade e defendeu a necessidade de resolver os conflitos pelo diálogo, em prol do humanismo e da paz.

Como primeiro orador da sessão, que decorreu quinta-feira, o reitor António Sampaio da Nóvoa falou do encontro de culturas, há cinco séculos, entre Portugal e a China e da ida a Lisboa, no ano lectivo 1982-83, de Lei Heong Ioq, para um curso de Língua e Cultura Portuguesa, um momento de aprofundamento de anteriores conhecimentos do académico. No plano pessoal, Nóvoa referiu que conhece Lei “apenas há alguns anos, mas o suficiente para este merecer a admiração” que lhe dedica, e destacou “com apreço” a iniciativa da Faculdade de Letras de propor a atribuição deste doutoramento ao presidente do IPM. Já o director da Faculdade de Letras de Lisboa, António Feijó, referiu-se ao importante contributo de Lei para a expansão da língua e cultura portuguesas na China, onde, segundo disse, existem 16 universidades com departamentos de português, em tendência ainda crescente. JTM/Lusa jornal tribuna de macau segunda-feira, 07 de Maio de 2012 pág 09

PUBLICIDADE À COCA-COLA NA SAN MA LOU SERÁ EXIBIDA EM HONG KONG. A Coca-Cola gigante que fez publicidade àquela marca, durante largos anos, na Avenida Almeida Ribeiro, irá integrar uma exposição em Hong Kong entre 15 de Maio e 10 de Junho. A mostra da artista Leung Nee-ping vai reunir várias peças que visam reavivar memórias antigas. A exposição “Mobile M+: Yau Ma Tei” é organizada pelo M+ (Museum Plus) e a Autoridade do Distrito Cultural de Kowloon Ocidental.

loca

JORNAL DESTACA CARLOS MARREIROS COMO UM DOS NOMES DE REFERÊNCIA DA “IDENTIDADE CULTURAL” DE MACAU

“China Daily” traça perfil do “filho prodigioso” “O filho prodigioso” é o título escolhido pelo jornal China Daily para um artigo que traça o perfil de Carlos Marreiros. As raízes portuguesas e chinesas do arquitecto também são destacadas pelo jornal, que além da educação de respeito pelas duas culturas evidencia o seu papel na promoção do legado de Macau

voz e um rosto conhecido da imprensa local, mas não só. Carlos Marreiros leva a essência do território mais além e esta missão não passou despercebida à edição inglesa do jornal oficial China Daily, que descreve o arquitecto como “o filho prodigioso” e “uma das vozes mais destacadas da identidade cultural de Macau”. O artigo, que ocupa as centrais da secção “Life and Arts” do jornal, começa por descrever o espaço que Carlos Marreiros transformou num centro cultural - o Albergue – dando conta de um ambiente que puxa pelo passado “no meio dos arranha-céus reluzentes da Macau moderna”. É neste cenário que decorre a entrevista que permitiu à jornalista traçar o perfil do arquitecto desde as suas origens. A arte e a cultura são duas vertentes raramente afastadas da conversa. “Foi naturalmente persuadido

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para seguir uma carreira na arquitectura”, escreve o jornal tendo por base a história de infância de Marreiros, que foi educado “para respeitar as culturas chinesa e ocidental”, uma educação visível na defesa que faz do património histórico. Os edifícios recuperados pela visão de Carlos Marreiros - como os de São Lázaro – ou o Coelho Jade - pavilhão que criou para representar Macau na Expo Xangai – cuja fotografia ilustra parte da capa do China Daily de sexta-feira – são enumerados pela jornalista como exemplos de trabalhos com a assinatura de Marreiros. Embora o arquitecto tenha, muitas vezes, recuperado passado é também descrito como contemporâneo e até vanguardista. O respeito pelo passado histórico e arquitectónico é referido através de outras acções de Marreiros. “Um dos seus projectos pioneiros foi a revitalização

“Coelhinho” desenhado por Carlos Marreiros é uma das obras do

do Senado há 30 anos”, escreve a jornalista. Neste sentido, Carlos Marreiros recorda: “Eu e o meu falecido amigo [arquitecto] Francisco Figueira acreditávamos, já há 20 anos, que o Centro Histórico de Macau seria classificado como Património Mundial. Nessa época fomos chamados de românticos e egocêntricos”. O Centro Histórico acabaria por ver o reconhecimento da

Unesco em 2005 tornando-se real a antevisão dos dois arquitectos. Uma experiência que deixa Carlos Marreiros crente que o mesmo poderá acontecer com outros edifícios. “Sugeri o Albergue para ser incluído na lista para os locais do Património Mundial”, disse estimando que tal, “vai acontecer em 10 ou 15 anos”. A publicação sublinha ainda

que o espaço, do qual Marreiros é o director, tem estado envolvido na promoção cultural e artística e que foi criado para dar espaço à criatividade e fomentar a identidade de Macau. Nascido em 1957, Carlos Marreiros concluiu o mestrado na Universidade Técnica de Lisboa. Depois de um estágio na Alemanha e estudos complementares na Suécia, regressou a

segunda-feira, 07 de Maio de 2012 jorna

GEORGE BENSON VEM A MACAU ESTE MÊS. O primeiro espectáculo em Macau do músico George Benson, que já conquistou dez Grammy, está marcado para o próximo dia 25 às 21horas no Venetian Theater. “An Evening with George Benson” inclui-se num evento lançado em Abril que pretende trazer o melhor da música chinesa e internacional. Além do talento dos convidados é possível desfrutar de champanhe e comida gourmet. Os bilhetes, cujos preços variam entre 400 e 800 patacas, começam a ser vendidos hoje. O cantor também conhecido por “Guitar Man”, aparecerá antes do concerto no “Venetian Carnival”, outro evento promovido pelo complexo.

al DEFENDE HUGO BANDEIRA

Hotéis podem “internacionalizar” gastronomia macaense A cozinha macaense precisa de “maior exposição internacional” para se manter viva, alerta Hugo Bandeira

arquitecto realçadas pelo China Daily

Macau onde se mantém activo na preservação do legado histórico, salienta ainda a publicação. Sobre os edifícios que têm a assinatura de Marreiros, o arquitecto diz que foram criados para que as pessoas sejam felizes a viver ou trabalhar neles. O jornal, descreve assim o arquitecto, desde criança, como um espelho do “melting pot” que é Macau.

al tribuna de macau

FOTO helder almeida

ugo Robarts Bandeira, professor do Instituto de Formação Turística (IFT) entende que os hotéis podem ajudar a internacionalizar a gastronomia macaense. O responsável, que falava à agência Lusa à margem do 3.º concurso de gastronomia macaense onde também foi júri, observou que a iniciativa do IFT é uma forma de “promover os jovens cozinheiros dos hotéis e tentar manter a cozinha macaense”. “A cozinha macaense está em perigo há bastante tempo, têm sido feitos bastantes esforços - aliás a Confraria da Gastronomia Macaense foi criada para o evitar -, e é muito bom que tenhamos os hotéis a começarem a interessar-se pela cozinha macaense porque, se calhar vão ser estes a internacionalizá-la”, disse. Hugo Bandeira defendeu que a cozinha macaense carece de uma “maior exposição internacional” para se manter viva. O professor salientou, por outro lado, a necessidade de “modernização e investigação” da mesma, até para evitar confusões com a gastronomia portuguesa. “À medida que vamos tendo estes concursos e que vai havendo mais promoção, penso que os hotéis talvez possam utilizar estes pratos como algo diferente do habitual para atrair os clientes que estão habituados a comer sempre comida chinesa, italiana e tailandesa”, sugeriu. Para Hugo Bandeira, “o grande problema foi que a cozinha macaense sempre foi muito caseira e o tempo de confecção da maior parte dos pratos tornava-a difícil de vender”. “Penso que hoje em dia, com as novas tecnologias, é mais fácil atacar os problemas de tempo na cozinha. E depois, a própria apresentação. Felizmente temos chefes criativos, que conseguem pegar nos pratos e darlhe uma apresentação muito bonita sem que percam o sabor tradicional”, acrescentou. Para receberem uma classificação de cinco estrelas de luxo (acima de

Hugo Bandeira diz que a cozinha macaense carece de “maior exposição internacional”

cinco estrelas), os hotéis de Macau são obrigados a disponibilizar nos seus restaurantes comida oriental, internacional e portuguesa/macaense. Quando os hotéis solicitam o estatuto de utilidade turística, é prática da administração de Macau exigir como condição especial a disponibilização de oferta de gastronomia portuguesa/macaense. Participado por dez “chefs” de hotéis, o 3.º concurso de gastronomia macaense foi ganho por Chan Mei Kei, do Sands Macau, ao apresentar “Tacho”, “Galinha Africana” e “Bebinca de Leite”. O segundo lugar da competição coube ao “chef” do MGM, Lai Hou In, e o terceiro a Cheong Kin Hong, igualmente chefe no Sands. JTM/Lusa

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FIORENTINA GARANTIU PERMANÊNCIA. A Fiorentina confirmou a permanência na “Serie A” italiana de futebol, ao bater o cada vez mais “condenado” Lecce, por 1-0, na 37.ª ronda do campeonato.

desporto

TENISTAS CHINESAS VENCEM NO ESTORIL. As tenistas chinesas Shuai Zhang e Chia-Jung Chuang coroaram a primeira final WTA da carreira enquanto par, com a vitória no torneio de pares femininos da 23.ª edição do Estoril Open.

TAÇA DE INGLATERRA

Breves

Festa de Di Matteo Chelsea ainda espreitou a goleada, mas acabou a sofrer num jogo onde um ‘ chip’ na bola teria evitado nova polémica joão ruela

N PREMIER LEAGUE

Manchester City à frente na última jornada O Manchester City visitou e venceu o Newcastle United, por 2-0, e está à frente, em termos de “goal-average” em relação ao Manchester United que ontem bateu o Swansea

costa-marfinense Yaya Touré, aos 70 e 89 minutos, marcou os tentos dos “citizens” frente aos “magpies”, que se fixaram na quinta posição, apenas a um ponto do Totenham, que ontem empatou na deslocação ao campo do Aston Villa. permitindo à equipa somar 86 pontos. Foi um jogo muito difícil para os comandados de Mancini, mas Touré colocou a equipa à beira de vencer a Premier League. O Manchester United, por seu turno, teve vitória mais descansada. Jogando em casa, vencia ao intervalo por 2-0 e depois limitou-se a gerir o re-

sultado, apenas tentando aumentá-lo para melhorar o seu goal-average. Destaque também para o Arsenal que colocou em risco o apuramento para a Liga dos Campeões da próxima temporada ao ceder em casa um empate 3-3 com o Norwich. Na última jornada, o Arsenal desloca-se ao West Bromwich City, enquanto o Totenham, a apenas um ponto, defronta em casa o Fulham. Para terminar esta penúltima jornada, hoje realiza-se o Blackburn-Wigan e na terça-feira à noite um Liverpool- Chelsea onde pairará a vitória “blue” na final da Taça de Inglaterra

a mais antiga competição do futebol mundial, ficou a pedir-se uma inovação: a tecnologia sobre a linha de golo, que teria evitado a “mancha” na sétima taça de Inglaterra conquistada pelo Chelsea, depois de uma vitória por 2-1, sobre o Liverpool, em Wembley. Mas comecemos pelo homem do momento em Londres: se há dois meses dissessem aos adeptos do Chelsea que Guardiola seria um treinador livre no verão, seriam poucos aqueles que não desejariam que o espanhol sucedesse a Villas-Boas. Agora, será difícil de encontrar um adepto que não queira continuar a contar com o italiano Di Matteo, embora a Taça de Inglaterra tenha sido um mero “aperitivo” antes do prato grande da temporada, que será a final da Champions. Bosingwa foi o único português titular (Meireles entrou na segunda parte), mas o primeiro golo foi apontado por uma cara bem conhecida. O ex-Benfica Ramires, depois de uma correria de 35 metros, aproveitou uma falha da defesa do Liverpool para inaugurar o marcador aos 11 minutos, levando o Chelsea a vencer para o intervalo. Os blues dominaram por completo os reds durante o primeiro tempo e foi com naturalidade que ampliaram o marcador, por intermédio de Drogba (52’). O técnico Kenny Dalglish, com a “corda no pescoço”, lançou o polémico goleador Andy Carrol em campo e o inglês respondeu com um grande golo (65’), que empolgou o Liverpool para uma fase de inteiro domínio sobre o Chelsea. Endiabrado, Carrol fez, provavelmente, o jogo da época;

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE Juízo Cível ANÚNCIO

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Execução Ordinário nº CV3-10-0074-CEO 3° Juízo Cível

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede na Avenida Almeida Ribeiro, 22 em Macau. Executada: CHEONG WUI PENG, divorciada, residente em Macau, na Travessa dos Bombeiros, nº 7, Edifício Kong Wa Kok, 4° andar C. Faz-se saber que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos da executada para, no prazo de QUINZE DIAS, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real e que é o seguinte: Denominação: “C4” do 4° andar “C”. Situação: Travessa dos Bombeiros, nºs. 5-I a 9 e Rua de Francisco Xavier Pereira, nºs. 11 a 11-D. Fim: Para habitação. Número de matriz: 071377. Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 11504 a fls.16 do Livro B31. Número de inscrição da propriedade horizontal: 392 a fls.111 do Livro F3L. Macau, 13 de Abril de 2012. O Juiz, Rui Pereira Ribeiro A Escrivã Judicial Principal, Lam U

O Juiz, Jerónimo Santos A Escrivã Judicial Principal, Pun Choi Ieng

Fax: (853)28356483

1ª Vez

“JTM” - 7 de Maio de 2012

JTM/DN

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE Juízo Cível ANÚNCIO

Habilitação (Apenso) nº CV2-08-0080-CAO-A 2° Juízo Cível

Requerente: Rui Pedro Ribeiro de Abreu, do sexo masculino, maior, residente na Estrada Nordeste da Taipa, edf. Jardim Hoi Wan, nº 586, 5º andar L, Taipa, Macau. Requeridos: 1. Inês Ribeiro de Abreu 2. Victor Filipe P. Abreu; 3. Companhia de Seguros da China taiping (Macau), S.A. / 中國太平保險(澳門)股份有限公司; 4. Os herdeiros Incertos do Humberto Henrique Pinto Fernandes de Abreu; e Demais Interessados Incertos. Correm éditos de trinta (30) dias, contados da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando os herdeiros Incertos do Humberto Henrique Pinto Fernandes de Abreu e Demais Interessados Incertos que se julguem com a qualidade de herdeiros ou sucessores do falecido Humberto Henrique Pinto Fernandes de Abreu, faleceu no dia 27 de Fevereiro de 2010, com última residência conhecida na Ilha da Taipa, na R. Jardins do Oceano, edf. Dahlia Court, 15, Letra “B”, Macau, para no prazo de DEZ (10) dias, contestarem, querendo, a presente habilitação, conforme tudo melhor consta da petição inicial, cujos duplicados se encontram neste 2º Juízo Cível à sua disposição e que poderá ser levantado nesta secretaria nas horas normais de expediente, sob pena de não o fazendo no dito prazo seguir o processo os ulteriores termos até final à sua reelia. E ainda que é obrigateoria a constituição de advogado caso seja contestar ou tenha lugar qualquer outro procedimento que siga os temos do processo decalarativo. Macau, aos 24 de Abril de 2012.

e foi da sua cabeça que saiu o caso do ano. O cabeceamento (81’) parecia ter passado a linha de golo, mas o árbitro auxiliar assim não o entendeu. Depois de várias repetições televisivas, duas conclusões possíveis; se a bola entrou ou não, foi por milímetros; e um pequeno chip é a resposta a este problema que continuará a conhecer novos casos.

1ª Vez

“JTM” - 7 de Maio de 2012

CASEY STONER VENCE MOTOGP NO ESTORIL. Casey Stoner (Honda) venceu ontem, pela primeira vez, a corrida de Moto GP do Grande Prémio de Portugal, terceira ronda do Campeonato do Mundo de Motociclismo, disputada no Autódromo do Estoril.

desporto

EQUIPA DE NELO VINGADA CONTINUA A SUBIR. O Dalian Shide, equipa orientada pelo técnico português Nelo Vingada, goleou ontem em casa o Tianjin por 4-1, subindo quatro lugares na super liga chinesa, para a 12ª posição.

LIGA PORTUGUESA

Sporting para fora da Champions No Sábado, o Sporting disse definitivamente adeus à Liga dos Campeões e a 7,2 milhões de euros que poderia ganhar caso conseguisse o apuramento para a fase de grupos GONÇALO LOPES

vitória do Sporting de Braga diante do Beira-Mar e o desaire dos leões no Dragão colocam assim um ponto final na luta pela última vaga nesta prova milionária, com os arsenalistas a garantirem pela segunda vez na sua história (a última foi na época 2010/ 2011) a presença na terceira pré-eliminatória da Champions.

A possível entrada na Liga dos Campeões (a última vez que a disputaram foi em 2009/10), e o consequente encaixe financeiro, poderia ser uma lufada de ar fresco para os cofres do Sporting. A Liga Europa está a anos-luz de poder ajudar na crise financeira dos leões, que, com a presença esta época nas meias-finais desta competição, ganharam apenas um pouco mais de três milhões, pelo que com esta ausência torna-

se cada vez mais provável a saída de alguns dos jogadores, inclusivamente aqueles que têm ordenados mais elevados, como é o caso de Polga, que com a expulsão no Dragão deve ter terminado a sua história de jogador leonino no principal escalão – resta-lhe a final da Taça de Portugal. Sá perde pela primeira vez. Sá Pinto, treinador do Sporting, tinha até agora um histórico favorável nas visitas ao terreno dos portistas, nunca ali tendo perdido como jogador. O agora técnico, que sucedeu já esta época a Domingos, havia somado seis empates e uma vitória nas

Dragão a rigor para saudar campeões Enormes tarjas com frases e imagens alusivas ao título e à cidade e milhares de bandeiras e cartolinas azuis e brancos cobriram as bancadas do estádio, vincando os tons azuis e brancos do recinto, sublinhados com os cânticos que, habitualmente, ecoam no Dragão. O troféu, entregue pela directora executiva da Liga, Andreia Couto – irmã de Fernando Couto –, foi levantado, em primeiro lugar, pelo capitão Hulk, percorrendo, depois, a parada de jogadores do FC Porto, que para este momento especial, e cumprindo aquilo que já é uma tradição, entraram no relvado com os cabelos pintados de azul e branco, tal como alguns deles tinham mostrado, antes do jogo, com fotos colocadas nas redes sociais, quando ainda se preparavam no balneário. Com fair play, a equipa do Sporting assistiu à festa portista, chegando mesmo a saudar o adversário pelo feito obtido esta época. De Lisboa vieram, também, cerca de um milhar de adeptos dos leões, numa noite que decorreu sem incidentes registados pelas forças da autoridade. Para finalizar o serão festivo para os portistas, a equipa passeou, após o desafio, a taça alusiva à conquista do título pelo relvado, partilhando o feito obtido, o 26. º da história do clube, com os adeptos.

Muitos lenços brancos na despedida da Luz O Benfica garantiu ontem o segundo lugar e o apuramento directo para a fase de grupos da Liga dos Campeões fruto de uma magra vitória sobre a União de Leiria, que jogou com quatro juniores no seu onze tiago silva pires

aleu um único golo de Bruno César, ainda na primeira parte, sendo que nem isso serviu para que os adeptos demonstrassem todo o seu desagrado, mostrando lenços brancos para Jorge Jesus no final da partida. Num jogo marcado por ameaças por parte da União de Leiria em não comparecer na Luz, os poucos milhares que foram à Luz fizeram-no, sobretudo, na expectativa de um final de noite com muitos golos, nomeadamente do Benfica. Ora porque do outro lado estava uma equipa limitada (apenas três jogadores no banco), mas também porque todos esperavam um dia em cheio de Cardozo, que luta com Lima pelo título de melhor marcador. Jesus prometera que a equipa iria jogar para o paraguaio e acabou por acontecer isso mesmo, mas a verdade é que do outro lado surgiu uma União de Leiria com bastante brio. Os encarnados dominaram todo o jogo, é verdade, mas não sufocaram, como certamente muitos estariam à espera. Bruno César marcou aos 21’ de livre directo e nas bancadas gritava-se por Cardozo. Mas os leirienses não se sentiram pressionados e a bem da verdade é que acabaram por criar mais perigo junto da baliza de Artur do que o paraguaio criou a Oblak (emprestado pelas águias, assim como os titulares Shaffer e Barkroth). O intervalo chegava sem emoção e com muitos assobios por parte dos adeptos. Jesus res-

sete partidas em que defrontou os dragões na condição de visitante. Ontem, conheceu a outra face da moeda. Com o triunfo, Vítor Pereira, por seu turno, pode terminar a temporada apenas com uma derrota, se não perder na deslocação ao terreno do Rio Ave na última jornada, marcada para o próximo fim de semana. Melhor do que ele neste novo milénio só fez André

Villas-Boas, que terminou a época sem qualquer desaire no campeonato à frente dos destinos dos novos bicampeões nacionais. Neste momento, os dragões têm apenas uma derrota ( fora com o Gil Vicente, por 3- 1) e excepção ao ano transato é preciso recuar à época 1994/ 95, quando os azuis e brancos eram treinados por Bobby Robson, para “igualar” tal feito. JTM/DN

Minhotos seguram ‘play-off’ milionário A penúltima jornada da Liga ajudou a definir as contas da Champions. Com as vitórias caseiras, Benfica e Sp. Braga garantiram as respectivas posições: os encarnados seguraram o acesso directo à “liga milionária” e os minhotos ganharam o play-off de acesso

pondeu com a entrada de Rodrigo para o lugar de Saviola, mas nem com a velocidade do hispanobrasileiro o jogo animou. Criaram algumas oportunidades de golo, mas em nenhuma delas Cardozo interveio e foi mesmo o saudita Alhafit, do U. Leiria, a colocar em sentido o Benfica já perto do fim, num cabeceamento que Artur defendeu. A luta pelo título de melhor marcador continua assim na última jornada, com o Benfica a deslocar-se ao terreno do V. Setúbal, ao passo que os leirienses com a derrota de ontem estão matematicamente sem hipóteses de continuar na Liga. JTM/DN

m golo “a meias” entre o médio bracarense Custódio e o guarda-redes aveirense Rui Rego chegou para cumprir o objectivo. O Sp. Braga ganhou com dificuldades em casa por um magro 1-0 e bem pode agradecer ao seu trinco, que decidiu tentar a sua sorte num remate de longe aos 56 minutos num lance em que o guardião dos aveirenses, que curiosamente fez toda a sua formação no Sp. Braga, é nitidamente mal batido. Com este triunfo, a equipa de Leonardo Jardim evitou a queda livre das últimas cinco jornadas com a equipa a desperdiçar 11 dos 14 pontos que tinha de vantagem sobre os leões. Cinco meses depois, Coimbra voltou a ter encanto para os adeptos da Académica, que viram a sua equipa festejar um triunfo após 16 jogos sem conhecer o sabor da vitória. Na Briosa, o avançado português Edinho fez o único golo no triunfo dos “estudantes” diante do Vitória de Setúbal, com a manutenção já garantida, que tiveram a ajuda do outro

Vitória – o de Guimarães – para saírem da zona de despromoção. O Feirense até teve o começo mais animador da jornada, uma vez que aos 2 minutos já vencia o Guimarães, com um golo de Buval, e chegou a ter a manutenção virtualmente garantida. Só que a equipa minhota, que consumou a reviravolta na segunda parte, graças aos golos de N’diaye, Urreta e Soudani, estragou a festa da equipa da Feira. Agora a Académica só precisa de empatar frente ao V. Guimarães para garantir a permanência, enquanto o Feirense terá, pelo menos, de vencer o Gil Vicente.

jornal tribuna de macau segunda-feira, 07 de Maio de 2012 pág 13

volta ao MUND CHINA

O activista dos direitos humanos chinês Chen Guangcheng disse à agência de notícias France Press que ainda está num hospital de Pequim e que pediu a funcionários do governo da China que o ajudem nos preparativos para sair do país. “Agora, notifiquei ao hospital que os convidem (autoridades chinesas) para me ajudar com os procedimentos. Eu realmente não tenho outra maneira”, disse por telefone, acrescentando que os ferimentos limitam os seus movimentos, tendo de ficar no hospital algum tempo.

actual

SEXO ORAL AUMENTA CANCRO. O Instituto Português de Oncologia alerta para relação da doença com o vírus do papiloma humano. Detectados 1500 de cancro oral todos os anos, 1200 são homens.

COREIA DO NORTE

Nem o ministro escapa a trabalhos forçados Um novo relatório sul-coreano sobre os campos de concentração na Coreia do Norte destaca que muitos prisioneiros das últimas décadas não eram dissidentes mas pessoas desesperadas que tentavam conseguir comida ou trabalho noutro país. Na lista consta mesmo um membro de um ex-Governo de Pyongyang

TAILÂNDIA

Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 129 ficaram feridas no incêndio de uma fábrica petroquímica na zona industrial de Map Ta Phut, situada no sul do país, informou o Ministério da Saúde Tailandês. O vice-ministro da Saúde, Surawit Jonsomboon, declarou à imprensa que foram encontrados nove corpos na fábricae que dois feridos morreram em hospitais da região.

COREIA DO SUL

A Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC, na sigla em inglês) suspendeu as operações de quatro bancos de poupança por um período de seis meses por não cumprirem rácios de capital recomendados, informou a agência Yonhap nomeando os “Solomon Savings Bank”, “Mirae Savings Bank”, “Korea Savings Bank” e o “Hanju Savings Bank”.

FILIPINAS

Duas pessoas morreram e pelo menos outras 30 ficaram feridas nas Filipinas na sequência de uma forte explosão de uma granada que ocorreu no exterior de um bar lotado no sul do país. As autoridades tentam identificar agora os autores do ataque que deixaram ou atiraram a granada que explodiu no sábado ao final do dia no exterior do bar “El Sentro Resto” na cidade de Iligan.

relatório revela que, nalguns casos, aparentes trivialidades foram consideradas como crimes. Uma ex-estudante foi enviada para um campo de trabalhos forçados por ter dançado como os ocidentais com um estrangeiro, enquanto que um estudante foi punido da mesma forma por ter cantado uma canção sul-coreana. Segundo o documento, citado pela agência AFP, uma família inteira foi enviada para um campo de concentração porque o pai se esqueceu de fazer referência ao fundador da Coreia do Norte, Kim Ilsung, como “Grande Líder” durante uma reunião dedicada à ideologia do regime. Elaborado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, uma entidade ligada ao governo sul-coreano, o relatório constitui a investigação mais detalhada feita até hoje sobre as violações dos direitos humanos no país comunista. A AFP, que teve acesso a trechos do relatório antes da publicação oficial, adianta que um membro da comissão classificou como “horrível” a situação

Relatório envolve 278 pessoas que passaram por campos norte-coreanos

dos prisioneiros. O relatório é baseado nos depoimentos de 834 refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul e corroborado com os relatos de outras pessoas que fugiram da Coreia do Norte, entrevistadas por jornalistas ou associações de defesa dos direitos humanos. As ONG’s calculam que os campos de concentração norte-coreanos albergam aproximadamente 200 mil presos políticos. O documento apresenta uma lista de 278 pessoas que passaram por campos norte-coreanos entre meados dos anos 90 e 2005, e inclui informações sobre as acusações feitas pelo regime de Pyongyang. “Esperamos que este relatório permita controlar e prevenir violações dos direitos humanos na Coreia do Norte”, afirmou um membro da comissão. Sessenta dos 278 prisioneiros foram enviados para os campos de concentração por tentativas de fuga do empobrecido país como forma de conseguirem comida e trabalho na Coreia do Sul. Trinta e sete deles eram coreanos que moravam no Japão antes de mudarem para o Norte.

ÍNDIA

EUA

HONG KONG

Produção Palavra (En)cantada” resumiu comemorações sobre o dia do idioma português, em Nova Iorque

Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas na sequência do descarrilamento de oito carruagens de um comboio no nordeste do estado indiano de Haryana, informou a imprensa local. O comboio, que descarrilou na zona de Sampla, tinha como destino Bombaim. Dois mil táxis de Hong Kong exibem, a partir de hoje e até ao final do mês, um vídeo promocional sobre a indústria vinícola do Chile, numa das campanhas mais fortes de difusão do vinho andino no mercado asiático.O vídeo, com uma duração de 45 segundos, convida os passageiros a irem ao pavilhão chileno, que integra a Vinexpo Asia 2012, a maior feira do mercado do vinho no continente asiático, que terá lugar em Hong Kong entre os dias 29 e 31.

TAIWAN

O governador do Banco Central de Taiwan, Perng Fai-nan, propôs a criação de um mecanismo regional, com o objectivo de estabilizar o desenvolvimento económico e financeiro da Ásia. Segundo um comunicado da instituição, a proposta foi apresentada na reunião do Conselho de Governadores do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), que decorreu na capital das Filipinas, Manila.

Cinco prisioneiros eram cristãos e 29 eram “culpados por associação”, pois eram familiares de pessoas punidas. Quase 30 fizeram comentários considerados “difamatórios para a dignidade” dos dirigentes, elogiaram o capitalismo ou revelaram segredos de Estado. Outros foram considerados envolvidos em actos de corrupção. A imprensa de Seul informou que a lista inclui Sim Chol-ho, ex-vice-ministro que foi enviado para o campo de Yodok em 2001 por ter criticado os serviços secretos. Sim Chol-ho foi libertado 18 meses mais tarde e em Fevereiro deste ano foi designado ministro, segundo o documento, informou o jornal “Korea JoongAng Daily”. De acordo com uma pessoa que ficou detida com o ministro, Sim recebia 200 gramas de farinha de milho por dia e era obrigado a comer carne de rato assada. O relatório sul-coreano também cita uma mulher que adianta que 3.721 prisioneiros morreram entre Janeiro e Junho de 2005 num estabelecimento prisional nortecoreano.

Semana da Língua Portuguesa terminou em Nova Iorque ELEUTÉRIO GUEVANE*

m documentário, produzido por Helena Solberg, marcou o fim das comemorações da primeira Semana da Língua Portuguesa nas Nações Unidas. O evento, organizado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, celebrou o dia da Língua Portuguesa, no 5 de Maio. O documentário “Palavra (En)cantada” fala sobre a relação da cultura e do idioma e trouxe cantores famosos como Martinho da Vila e Adriana Calcanhoto, além da música de Chico Buarque e Maria Bethânia. Um dos participantes, um jovem brasileiro, salientou que com a globalização chega também o momento de aumentar a presença do português na comunidade internacional. “Os países que representam a língua portuguesa estão a expandir-se, deixando a tradicional hegemonia das línguas inglesa e francesa, e mostrando que a língua portuguesa também tem significado”. Neste dia em que se encerrou a Semana dedicada à expansão da Língua Portuguesa, uma das línguas oficiais das Nações pág 14 segunda-feira, 07 de Maio de 2012 jornal tribuna de macau

Embaixadores de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique

Unidas, houve uma preponderância do sotaque brasileiro. Contudo, a Semana foi marcada por vozes de todos os países de língua portuguesa das Américas à Ásia incluindo representantes de CaboVerde, Guiné-Bissau e Moçambique. Participaram ainda os embaixadores de São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal. A cerimónia de abertura foi presidida por Angola que está na liderança da CPLP até Julho. JTM/Rádio Nações Unidas

OBAMA LANÇA CAMPANHA ATACANDO ROMNEY. O Presidente Barack Obama, afirmou, no discurso no primeiro comício oficial da sua campanha eleitoral à reeleição, que a América já sofreu demasiado para agora colocar a sua economia nas mãos do republicano Mitt Romney.

actual

INUNDAÇÕES MATARAM 60 NO NEPAL. As inundações na região de Annapurna, no centro do Nepal, poderão ter causado a morte de cerca de 60 pessoas e as equipas de socorro têm poucas esperanças em encontrar sobreviventes, anunciou a polícia local.

PORTUGAL

501 condenados por corrupção e crime de peculato em dois anos Relatório de especialistas revela também que houve 841 arguidos neste tipo de processos-crime e 277 absolvições. Subornos e cunhas são “presença constante” no País francisco almeida leite

relatório do Sistema Nacional de Integridade ( SNI) é apresentado hoje, em Lisboa, e promete dar que falar. Segundo este estudo, entre 2007 e 2009 só houve 501 condenações em processos-crime de corrupção e peculato [ilícitos cometidos por funcionários públicos], apesar de terem sido constituídos 841 arguidos naqueles três anos. Este é um dos dados mais relevantes do estudo coordenado por Luís de Sousa, director da Transparência Internacional Portugal e coordenador do SNI no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que faz um diagnóstico negro do combate à corrupção no País e aponta alguns caminhos. “O problema da corrupção em Portugal não é apenas um problema legal mas também de cultura cívica e de apropriação dos standards de ética que governam o funcionamento das instituições políticas e

administrativas em democracia”, pode ler-se no relatório a que o DN teve acesso. Sobre os números que aqui revelamos, o relatório sugere uma explicação: “Existe um grau de sofisticação maior ao nível dos crimes de corrupção e participação económica em negócio, visto que os arguidos detêm, por inerência da sua categoria profissional, níveis mais elevados de formação e responsabilidade, mais praticado pelos quadros superiores ou cargos políticos; já o peculato é mais praticado pelos quadros médios da Administração Pública.” Ao DN, Luís de Sousa explica que o conjunto de recomendações que são feitas no estudo “são na maior parte uma transferência das boas práticas internacionais para a realidade portuguesa, o que acarreta eventualmente um problema de não adequação”. No entanto, reforça que este trabalho recorreu a especialistas multidisciplinares ( juristas, politólogos, historiadores, sociólogos, economistas e teóricos da administração pública) e sugere saídas para

enfrentar a actual situação. “Em Portugal há muita legislação que é feita em função do escândalo ou quando as maiorias estão em declínio”, diz Luís de Sousa, esperançado em que este relatório venha agitar as consciências sobre o estado do combate à corrupção. O relatório do SNI põe o dedo na ferida ao dizer que “a corrupção nas suas variadíssimas formas, transativa (suborno) ou não transativa (cunha), directa ou mediada, ocasional ou prolongada no tempo, pecuniária ou simbólica, tem uma presença constante na sociedade portuguesa e na forma como os cidadãos e as empresas se relacionam com a Administração Pública. Esta deficiência estrutural tem vindo a agravar-se nos últimos anos”. Algumas das razões que levaram a este estado de coisas têm a ver com várias fragilidades encontradas no Estado, no sistema político e na forma como foram lançadas as instituições que tentam combater o fenómeno. PGR eleito pelo Parlamento? Entre as sugestões feitas à classe política, o relatório diz que o procurador-geral da República não devia ser nomeado pelo Presidente da República depois da proposta do Governo, porque

isso traduz “uma grande influência do Executivo na escolha do superior hierárquico máximo desta instituição, podendo pôr em causa a sua isenção”. Em alternativa deveria, à semelhança do que sucede com o provedor de Justiça, ser indicado pelo Parlamento, após votação de pelo menos dois terços dos deputados. Confrontado pelo DN com aquela que é a sugestão mais contundente – até pela recente polémica à volta da escolha dos três juízes indicados pela AR para o Tribunal Constitucional –, Luís de Sousa diz que “pelo menos a questão está a ser mais discutida, até na comunicação social, o que permite avaliar os currículos dos candidatos em causa e saber de onde são afinal as pessoas que os partidos sugerem”. JTM/DN

Golfe de Carlos Melancia em Marvão termina em terreno de pasto para ovelhas Era para ser âncora de desenvolvimento regional, mas está abandonado há 5 anos luís godinho

primeiro campo de golfe inaugurado no Alentejo, em Marvão, está abandonado há mais de cinco anos depois da empresa liderada pelo ex-Governador de Macau Carlos Melancia ter entrado em processo de insolvência. Em Fevereiro do ano passado, a Direcçãogeral do Tesouro vendeu-a a um grupo de investidores. O estado encaixou 648 mil euros. Mas o campo, localizado na área do Parque Natural da Serra de São Mamede, continua entregue ao mato, ficando por concretizar a recuperação de um investimento considerado “âncora” para o desenvolvimento do Norte Alentejo. “As ervas crescem por todo o lado e aquilo está transformado em local de pastagem para ovelhas”, lamenta o presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, acusando o Estado de ser “insensível” à importância deste equipamento turístico para a região: “Vendeu-o como se fosse um apartamento ou outra coisa qualquer, esquecendo-se que se trata de uma ferramenta importante para o desenvolvimento local”. Segundo apurou o “DN”, o negócio foi feito sem a fixação de um prazo para a reabilitação do campo. “Alertei o anterior Governo para o perigo de alguém comprara e não avançar”, sublinha o autarca, recordando que, na altura, existia quem quisesse gastar meio milhão de euros na aquisição e iniciar o processo de investimento. “Era um investidor que tinha um programa de acção, garantia emprego e desenvolvimento e, portanto, existiam

Terrenos foram vendidos pelo Estado no ano passado, mas continuam abandonados

circunstâncias especiais que poderiam fundamentar um ajuste directo.” A opção foi pela venda em hasta pública. “Infelizmente aconteceu o que eu previra”, lamenta Vítor Frutuoso, garantindo que a autarquia irá avançar com um plano de pormenor para a gestão do território. “O plano integrará um cronograma que se não for respeitado poderá levar-nos a fazer caducar licenças. É o que poderemos fazer.” Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo lamenta que um investimento “muito

importante para a animação turística” se encontre neste estado: “O erro vem de trás, quando se dividiu a propriedade. Deveria ser um projecto único com golfe, hotel e componente imobiliária. Foi um erro dividir o projevto pelos diversos proprietários”. O Campo de Golfe D’Ammaia foi inaugurado por Carlos melancia em 1997 e chegou a ser considerado o melhor do pais. Construído a 862 metros de altitude tem um percurso de 18 buracos, três deles numa área de colinas que exigem uma marcha íngreme do jogador até alcançar o green. Quando a empresa do ex-Governador de Macau entrou em insolvência, em 2006, o campo despertou o interesse de diversos investidores, incluindo o empresário Fernando barata (sócio de melancia) e o The Edge Group. Este fundo imobiliário, ligado a Miguel Pais do Amaral, comprou o campo em Junho de 2009 por 750 mil euros – chegou a estar à venda com o valor mínimo de licitação de 2 milhões de euros – mas o negocio ficou condicionado à aquisição pela empresa do aldeamento turístico junto ao Golfe. O projecto de investimento, na ordem dos 35 milhões de euros, incluía a reabilitação do campo, a finalização da construção de 130 apartamentos e moradias e a edificação de um hotel. As negociações com os proprietários do aldeamento falharam e, em cinco meses, Pais do Amaral desiste do projecto. Em 2010, o Instituto de Turismo de Portugal adquiriu o campo por 556 mil euros com a promessa de o recuperara e voltar a colocar no mercado “como um produto de excelência”. Em 2011, foi alienado pelo estado. JTM/DN jornal tribuna de macau segunda-feira, 07 de Maio de 2012 pág 15

Dito

“Todas as lagostas que o Pingo Doce vendeu estão guardadas em congeladores da classe média com o mesmo orgulho com que o Museu Rainha Sofia apresenta o quadro Guernica de Picasso. O grupo Jerónimo Martins merece um Óscar pela realização do filme “Ser Português”.”

opinião

Paulo Baldaia, director da TSF”

Há 20 anos In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 07/05/1992

INFLAÇÃO CONTINUA A RONDAR OS 10% A taxa de inflação em Macau atingiu 9,53% no mês de Fevereiro, comparativamente aos doze meses anteriores, indicam dados pelos Serviços de Estatística do território. O índice de preços no consumidor aumentou 1,2% em Fevereiro, relativamente ao mês anterior. Comparativamente a Fevereiro de 1991, o índice de preços no consumidor sofreu um acréscimo de 8,65%. ROCHA VIEIRA FAZ ELOGIO DA NOVA LEI DE BASES DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA O Governador Rocha Vieira disse que Nova Lei de Bases da Organização Judiciária de Macau se “reveste de uma importância histórica decisiva”, não só para o período de transição, mas, fundamentalmente, para o futuro do território. “Sem renegar os seus valores e princípios estruturadores (a Lei de Bases da Organização Judiciária) representa uma afirmação de singularidade e autonomia relativamente ao sistema judiciário português”, afirmou. Ao intervir no início da primeira reunião do Conselho Superior de Justiça de Macau, Rocha Vieira recordou que a hierarquia dos tribunais de Macau dispõe agora de um órgão superior próprio – o Tribunal Superior de Justiça – “constituído por um presidente e seis juízes, altamente qualificados com competência para julgar os recursos das decisões judiciais de primeira instância”. Macau – prosseguiu – passa ainda a dispor, como consequência da entrada em vigor da Lei de Bases de um novo Tribunal de Contas, “especialmente vocacionado para o controlo financeiro dos serviços públicos”, e de órgãos de gestão e de disciplina próprios, “essenciais para a garantia da independência e autonomia da função jurisdicional”. Na sua intervenção de 11 páginas, o Governador notou que a realização da primeira reunião do Conselho Superior de Justiça “representa a primeira etapa na consolidação do sistema judicial próprio de Macau, objectivo que se insere no desafio mais vasto da viabilização da autonomia futura do território e do reforço da sua identidade”.

falar de nós

Jorge A. H. Rangel*

Os feriados nacionais e a produtividade “Os feriados não são responsáveis pela falta de produtividade e de competitividade. Colocar a questão nestes termos é apenas desviar a atenção dos verdadeiros problemas nacionais”.

om louvável determinação e multiplicando-se em incisivas intervenções cívicas e políticas, no seio da Assembleia da República, no âmbito de organismos culturais e associativos, em tertúlias e debates públicos e através de órgãos de comunicação social, o deputado José Ribeiro e Castro vem defendendo uma causa justa, inesperadamente envolvida numa polémica provocada que só contribuiu para dividir os Portugueses: a da comemoração condigna e continuada do 1.° de Dezembro, Dia da Restauração da Independência de Portugal, data histórica de referência duma Pátria multissecular, orgulhosa da sua memória e da sua independência, o que justifica plenamente a manutenção do feriado correspondente e não a sua eliminação, falsamente preconizada em nome da produtividade e da competitividade da economia. Essas eloquentes e esclarecedoras intervenções foram agora reunidas em livro, recentemente lançado em Lisboa, na Livraria Férin, com pré-apresentação no Palácio da Independência, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Juntaram-se-lhes os depoimentos de outras conhecidas personalidades, igualmente preocupadas com a aprovação duma decisão obviamente errada, desnecessária e que não tem a ver com as razões invocadas para a alteração oficialmente defendida. Foi-me solicitado que escrevesse o prefácio e prontamente correspondi, analisando a questão suscitada e expressando a José Ribeiro e Castro a minha solidariedade. Os contornos da crise Ninguém ignora os esforços ingentes que esta conjuntura de crise impõe a Portugal e aos Portugueses e as limitações e obrigações duríssimas resultantes do acordo firmado com entidades externas. Durante décadas, os dirigentes europeus em geral deixaramse embalar pelas miragens prometidas de unidade económica (o que deveria implicar uma extensa solidariedade que não foi assegurada), do dinheiro fácil, da nova moeda salvadora, da superioridade do seu modelo social, da dimensão crescente do seu espaço territorial e da sua poderosa influência política, para o que criaram gigantescas organizações supranacionais, mas não estabeleceram políticas financeiras comuns. Esqueceram-se, também, de assegurar a sustentabilidade das suas políticas e decisões, mergulhando os governos num processo de endividamento cada vez mais acentuado, não obstante os pesadíssimos encargos fiscais vigentes. Esses vícios de funcionamento estenderam-se às autarquias, aos mais diversificados organismos públicos autónomos, aos grupos económicos, às empresas, às famílias e às pessoas, numa espiral irresponsável que os bancos foram alimentando, ao mesmo tempo que apoiavam especuladores dos inefáveis “mercados”, perante quem esses dirigentes estão hoje acossados e de joelhos, depois de comprometerem o futuro das novas gerações. Chamemos com coragem as coisas pelos seus nomes. Especuladores são especuladores

pág 16 segunda-feira, 07 de Maio de 2012 jornal tribuna de macau

e não investidores. Enquanto os responsáveis políticos não se dispuserem a enfrentar esta realidade e os poderosíssimos grupos de interesses que a sustentam e prolongam no tempo, nenhuma solução duradoura haverá para a crise que nos esmaga e tornou nebuloso o porvir. Por outro lado, os sacrifícios exigidos aos Portugueses só terão justificação se conduzirem mesmo aos resultados pretendidos, se a sua distribuição for garantidamente equitativa, não afectando preferencialmente os funcionários, os aposentados e os pensionistas, e se forem, concomitantemente, acompanhados de políticas lúcidas e eficazes que estimulem o desenvolvimento, atraiam novos investimentos e reanimem a economia. É isto, infelizmente, que parece continuar a faltar. Os feriados Os feriados não são responsáveis pela falta de produtividade e de competitividade. Colocar a questão nestes termos é apenas desviar a atenção dos verdadeiros problemas nacionais. Em todos os países do mundo os feriados foram fixados tendo em conta acontecimentos particularmente relevantes do seu percurso histórico ou por razões intimamente relacionadas com as tradições dos povos, para que esses acontecimentos possam ser celebrados e as tradições sejam genuinamente revividas. Essas datas são fixadas por legislação própria e, portanto, conhecidas com antecedência bastante, não trazendo prejuízo para os planos de funcionamento dos serviços, empresas e unidades fabris. O que poderá ter afectado esse planeamento foram as chamadas “pontes” e as “tolerâncias de ponto” que os governos aceitaram e arbitrariamente concederam, muitas vezes quase em cima da hora, quando podiam fazê-lo com meses de antecedência. Essa falta de rigor e as tardias decisões é que foram, evidentemente, prejudiciais à produtividade. Não se confundam, portanto, as coisas. Além disso, os feriados nunca foram matéria do foro da concertação social, para negociação entre os representantes dos patrões e dos trabalhadores. São, sim, uma questão eminentemente nacional, da competência exclusiva dos órgãos com legitimidade política. Só eles podem tomar decisões — e assumi-las por inteiro — neste contexto. No “Prós e Contras” Há algumas semanas, a eventual eliminação de feriados foi o tema central do apreciado e influente programa “Prós e Contras”, da RTP. Estive presente na bancada do público, como convidado. Todos puderam ver ali a solidez da posição assumida por José Ribeiro e Castro, em contraste com as de outros protagonistas. Explicou-a com veemência e defendeu-a com convicção. Quase no fim, a apresentadora, Fátima Campos Ferreira, quis dar-me, simpaticamente, a palavra. Apanhado de surpresa, agradeci a atenção e a oportunidade e deixei brotar da alma a minha indignação e, em duas sucintas intervenções, procurei explicar a minha posição sobre a questão debatida. Lamentei que estivéssemos a discutir questões menores (e aquela ainda por cima dividia profundamente os Portugueses), em

vez de enfrentarmos os verdadeiros problemas nacionais directa ou indirectamente relacionados com a crise financeira. Como Português do Oriente, com dez gerações de continuada presença em terras distantes até onde a Pátria levou o seu abraço armilar, quis que soubessem que, desde tenra idade, como outras crianças da minha terra e da minha comunidade, me habituara a comemorar as grandes datas nacionais, continuando a fazê-lo em vários países estrangeiros, enquanto estudante e professor; no Brasil, onde vou todos os anos sentir a pujança de um país irmão ambiciosamente virado para o futuro e orgulhoso da sua história; em África, onde cumpri o serviço militar e compreendi o significado e o valor da lusofonia que nos une; e, naturalmente, em Portugal, onde tenho as minhas raízes mais profundas. Não fazia, portanto, sentido para mim que aquela questão pudesse ser debatida naqueles termos e fiz um apelo no sentido de olharem para um mundo muito maior do que a Europa, porque há, de facto, muito mundo para além da Europa, com histórias de sucesso no seu desenvolvimento económico e social. E Portugal pode e merece ser uma história de sucesso, porque tem condições e potencialidades para isso. Sendo um país europeu, precisa, porém, de se virar também para o mundo que ajudou a criar. É com esse mundo que pode construir o seu futuro e deve procurar outros modelos para o seu desenvolvimento e enfrentar renovados desafios. Os entraves ao crescimento Identifiquei, nessa ocasião, alguns dos verdadeiros entraves ao crescimento, responsáveis pela falta de competitividade do país: a assustadora voracidade fiscal instalada, que afugenta novos investimentos e é inibidora de qualquer desenvolvimento sustentável, os preços imoralmente excessivos que pagamos pelos combustíveis e pela electricidade que consumimos, relações laborais inadequadas, medidas económicas verdadeiramente suicidárias e uma banca arrogante que não apoia consistentemente as pequenas e médias empresas e que nos impingiu guarda-chuvas quando fazia sol e foi buscá-los nos dias de chuva, aplicando-nos uma penalização por termos ficado com eles. E muito mais ficou por dizer, por exemplo, sobre o descrédito da classe política... Por ter ouvido um dos protagonistas do programa dizer que estava ali para defender o direito ao lazer, achei por bem terminar a minha intervenção dizendo que compreendia bem esse direito, felizmente contemplado nas férias e no descanso semanal já consagrados, mas gostaria que estivéssemos todos ali a defender o direito a uma Pátria com memória e com futuro. A ovação intensa e prolongada do público foi consoladoramente surpreendente. Dezenas de mensagens de apoio foram depois recebidas, o que significa apenas que os Portugueses querem que lhes seja dita a verdade e que lhes falem com frontalidade e objectividade. O livro, intitulado “1 de Dezembro, Dia de Portugal”, é da Editora Principia e está a ser apresentado com sucesso e elevada adesão em sucessivas sessões públicas. * Presidente do Instituto Internacional de Macau. Escreve neste espaço às 2.as feiras.

opinião

“Repito: a acção do Pingo Doce foi uma extraordinária operação do ponto de vista do marketing. ” – João Marcelino

tribuna

João Marcelino*

A promoção 1

. Alexandre Soares dos Santos é um grande empresário português. Dirige hoje aquela que é, em capitalização bolsista, a maior empresa nacional, à frente da Galp, da Portugal Telecom e todas as outras, muito por força da operação na Polónia (com a cadeia Biedronka) que deu à Jerónimo Martins (JM) uma dimensão internacional antes procurada sem êxito no Brasil. O Pingo Doce é a maior marca nacional da JM. Factura cerca de sete milhões de euros por dia em Portugal. Na terça-feira, dia 1, com certeza que este valor foi multiplicado por quatro ou cinco. É, por isso, estranho e pouco credível que Alexandre Soares dos Santos não tenha tido conhecimento antecipado (como ontem disse ao semanário Sol) da extraordinária operação de marketing que colocou esta semana a empresa sob os holofotes da atenção dos órgãos de comunicação social. Não é possível acreditar que um presidente de uma empresa possa não despachar pessoalmente uma operação

deste nível, que terá com certeza permitido um fluxo financeiro acima dos 20 milhões num só dia e implicado um financiamento extra. Caso contrário, teríamos de considerar que o Pingo Doce teria uma margem de lucro normal de 100% nos produtos comercializados... Acresce que a JM é, ao mais alto nível decisório, uma empresa familiar. E se numa empresa absolutamente profissional uma operação destas não poderia deixar de ser planeada e apreciada ao mais alto nível, por maioria de razões esta, concertada, profissional, de alto risco, que mexe nas contas, que precisa de engenharia financeira, não poderia ter a luz verde acesa num escalão intermédio sem o aval da família Soares dos Santos e do seu patriarca. Não fica bem a Alexandre Soares dos Santos ter dito o que disse.

. Repito: a acção do Pingo Doce foi uma extraordinária operação do ponto de vista do marketing. Hoje, a posteriori, percebe-se que continha alguns riscos de-

tribuna

licados, sobretudo na área da segurança - e que estes também foram devidamente pesados pela JM. Podem não ter sido acautelados todos (esses riscos); mas a forma relativamente discreta como a acção foi publicitada demonstra que havia a consciência da corrida desenfreada que poderia desencadear entre os consumidores - e dos perigos inerentes. A reboque desta promoção dos 50% de desconto houve espaço para tudo menos para reconhecer que, sobretudo vista pontualmente, até foi uma boa iniciativa para o consumidor. Como sempre em Portugal, o foco é posto do lado dos problemas - que os há, e também devem ser considerados, mormente ao nível da eventual concorrência desleal e de outros aspectos que caem do lado da regulação. Veja-se tudo. Reveja-se a lei. Mas admita-se que esta promoção pontual foi boa para os consumidores. Porque custará tanto admitir o óbvio?

. Outro mérito da acção foi ter proporcionado um instantâneo estudo sociológico sobre a realidade do País. Esta acção foi certamente ditada pela realidade económica nacional e pelo facto de, pela primeira vez, o Pingo Doce se ter deparado com uma comparação de resultados homólogos negativa num trimestre. Ainda assim, tenho dúvidas

Alberto Gonçalves*

O povo saiu à rua (e entrou no supermercado) P

desconto de 50% em todos os produtos. A coisa foi um fenómeno, e consola notar que a célebre “agitação social”, sempre prometida e até ver sempre adiada no que respeita à evidente falta de dinheiro, irrompeu justamente por causa da alegada dificuldade em gastá-lo. Embora os saldos do Sr. Soares dos Santos originassem dezenas de distúrbios dignos de intervenção policial, nenhum envolvia as políticas, inevitáveis ou grotescas, do Governo: ao que consta, os populares só se irritaram entre si e na disputa de produtos alimentares ou lugares de estacionamento nas imediações das lojas em questão. O povo é sereno enquanto o povo restante não lhe usurpa o arroz, as fraldas ou o vinho a metade do preço. Tem a sua graça. Porém, nada diverte tanto quanto observar a reacção dos despeitados a um alvoroço que, sendo talvez um bocadinho exagerado, é no fundo compreen-

de que o efeito em termos de resposta dos consumidores tivesse sido diferente numa conjuntura de expansão económica. Muitas dúvidas. Alguns sociólogos nacionais, que abrem os olhos de espanto para estas coisas, nunca viram uma corrida a uma grande superfície em promoções nos Estados Unidos ou num reputado armazém de Londres. Armados de superioridade intelectual, refinada nos mosteiros de sabedoria livresca nas marmeleiras em que Portugal produz alguns dos seus mais venerados sábios, descortinam sempre coisas fantásticas. A propósito deste caso vi, na quinta-feira à noite, uma velha personagem da política (mediática) portuguesa a choramingar, de face compungida, a propósito da agressão que naquele dia teria sido cometida à dignidade de tantos e tantos portugueses, não só pela campanha do Pingo Doce como, até, pela ignorância dos media, sobretudo das televisões, que não teriam sabido respeitar a “necessidade” das pessoas. Isto em abono da tese de que tudo está mal no País depois que o seu PSD não foi domado pela ala a que ele pertence e doutrina. A hipocrisia e a desfaçatez dos inquisidores não tem limites... Podemos agradecer muitas coisas a esta campanha do Pingo Doce. * Director do Diário de Notícias. JTM/DN

sível (mesmo um leigo em aritmética suspeita que poupar 50% é imenso). Ler os blogues comunistas, ortodoxos ou folclóricos, é revisitar pela enésima ocasião o nojo dos iluminados perante o cidadão comum, o qual ignora os deveres que os iluminados teimam em prescrever-lhe. De ignorante a zombie, o cidadão comum viu-se insultado de tudo, apenas porque prefere torrar o salário em bens de primeira ou segunda necessidade em lugar de aplicá-lo em quotas sindicais e cocktails Molotov. Apesar do apego à santidade da data, a esquerda não gosta de trabalhadores reais: gosta de moços de recados, que em democracia derrubariam as prateleiras cheias dos supermercados e num regime perfeito percorreriam ordeiramente as prateleiras vazias, de senha de racionamento na mão. A apatia de que a esquerda acusa o povo é, precisamente, o que a esquerda acha faltar-lhe. E a mítica “luta” pela liberdade é, sem surpresas, a luta contra a liberdade alheia, dilema irresolúvel que Marx legou aos herdeiros. Por regra, os herdeiros disfarçam o paradoxo sob o verniz retórico. Mas, às vezes, basta uma insignificância como a acção promocional de uma empresa para que a esquerda confesse o absurdo que a move. Coisa de maluquinhos? Parece. Por isso convém dar-lhes um desconto. * Extracto do artigo semanal. JTM/DN

Cartoon

ara a esquerda, o povo só vale a pena quando está do lado “certo”. No lado “errado”, o povo é um caso perdido e, conforme alguns comunistas de facções diversas não se eximiram de confessar no 1.º de Maio, assaz repugnante. O povo que interessa, aquele que mais ordena e não sei quê, deveria ter passado o Dia do Trabalhador nas manifestações da CGTP, a vociferar contra a troika e a austeridade. E a rapaziada próxima do Bloco também acharia óptimo que o povo convocasse uns protestos alternativos via Facebook e dedicasse a data a espatifar propriedade pública e privada, a provocar cargas da PSP e a engendrar meia dúzia de mártires. Para azar da esquerda, as massas, proverbialmente indiferentes à consciência de classe, escolheram passar o feriado no Pingo Doce, a aproveitar o

“O povo é sereno enquanto o povo restante não lhe usurpa o arroz, as fraldas ou o vinho a metade do preço. Tem a sua graça.” – Alberto Gonçalves

JTM/DN jornal tribuna de macau segunda-feira, 07 de Maio de 2012 pág 17

MORREU ADAM YAUCH, DOS BEASTIE BOYS. Adam Yauch, um dos três MCs dos Beastie Boys, morreu na sextafeira. O rapper tinha 47 anos e lutava contra um cancro na garganta desde 2009. Yauch, conhecido também pelo nome artístico MCA, foi um dos fundadores dos Beastie Boys, em 1979.

lazer

ALANIS MORISSETTE LANÇA ÁLBUM EM AGOSTO. A cantora Alanis Morissette vai lançar a 27 de Agosto o seu oitavo álbum de estúdio. O novo trabalho vai chamar-se “Havoc and Bright Lights” e será composto por músicas inéditas.

Droga era “amiga” de Lady Gaga Lady Gaga confessou que, quando tinha 19 anos, consumiu cocaína para combater a solidão

Especificidades Suzana Tôrres

Uma ida a Hong Kong Como todo o português, também eu tenho uma costela chica-esperta (parece mentira eu sei) e, esta é a história de dois chicos-espertos rumo à Ilha de Lamma. Até podia embelezar a crónica e adicionar pormenores que fariam desta viagem um best-seller, mas nem isso posso tirar da cartola... Não estava um lindo dia de sol (chuva era o prato do dia... não dando logo espaço para frescura) e mesmo que estivesse, a hora também já era tardia (o verdadeiro lusitano também só tem ideias brilhantes depois do almoço e só mexe o rabiosque umas boas quatro horas após idiotice divulgada e concordada). Conhecimento dos caminhos, transportes ou acomodações, era tudo aquilo que não tínhamos e que nos permitia uma margem de... vá 100% para o disparate (e não é que deu!). Comecemos então a jornada! Abre-se a mochila, toca a despejar alguns mata-bichos (porque estamos em fase de crescimento), produtos de higiene (porque somos cheirosos), mudas de roupa (porque somos lindinhos) e para finalizar verificar se temos o BIR (porque somos responsáveis)... aqui vamos nós dar inicio ao que viriam a ser as mini-férias dos tais 100%. A única vertente que calculámos que poderia correr mal e atrasar-nos, acabou por ser surpreendentemente a única que correu bem (tanto na ida como na volta) - conseguir um táxi. Chegada ao jetfoil: sem hesitação trocar dinheiro (que cá usa-se Hong Kong dólares mas lá fazem um manguito à pataca), comprar os bilhetes, passar o BIR e em menos de 10 minutos já estávamos acomodadinhos rumo ao paraíso. O percurso do jetfoil quase nem se notou, entre converseta e uma batota, chegámos a Hong Kong. Cientes do que tínhamos de fazer, seguimos de forma ordeira em direcção à inspecção para apresentarmos a documentação necessária e... e... e FIM... Eis que chegámos finalmente aos ditos 100%... (empolgado?! Não se roa já de inveja) A conhecida lâmpada das ideias, só agora dava sinais, tendo surgido na forma de um “PLIM” acompanhado por um par de orelhitas de burro - O passaporte - nem um nem o outro (se a cabeça levámos apenas devemos ao pescoço essa amabilidade)! Incrível como até na nabice, não estamos sós. Em concreto éramos duas aves raras com tiaras de chicos-espertos que não avançaríamos mais do que aquele preciso momento... Na verdade a partir dali só para trás é que era o caminho! Três horas foi o tempo que estivemos detidos, a assinar papeis que encabeçavam a palavra “detenção” (senti que tinha morto alguém... faria isso sim, mais tarde, mas no conforto do lar, enquanto arremessava a minha linda cabeça contra uma qualquer parede da sala... uma espécie de Ctrl+Alt+Del) até sermos amavelmente deportados. Lamma ficou-nos no goto e avistá-la só mesmo na imagem retirada da internet...

ANA FILIPE SILVEIRA

uma entrevista ao programa The Conversation With Amanda de Cadenet, do canal Lifetime, a cantora revelou que recorreu às drogas, quando tinha 19 anos, para combater a solidão e a depressão. “Ia para o meu apartamento todos os dias e ficava lá sozinha. Era apenas o meu piano e eu. Deixava a televisão sempre ligada só para sentir que estava ali alguém comigo”, começou por dizer Lady Gaga. “A cocaína foi uma forma terrível de preencher a solidão que sentia, pois só aumentou o meu vazio. A droga era minha amiga”, acrescentou. Foi a noção de que a droga não ajudou e a paixão que tem pela música que a fez deixar a dependência. “Se fosses uma artista de verdade, concentravas-te na tua música. Não estavas a

gastar o teu dinheiro em cocaína”, afirmou Gaga, relatando o que dizia para si, vezes e vezes sem conta, até largar a droga. Na mesma entrevista, a cantora fez questão de realçar que as substâncias ilícitas não ajudam a inspiração musical e que esta é uma visão distorcida do mundo das drogas. “Existe a percepção de romantismo sobre dro-

gas. Que é algo sexy. Ou que é artístico e que você é problemático e vai fazer óptimas músicas quando, na verdade, é um perdedor. Eu parei e foquei-me a 150% na minha energia e na minha felicidade”, avançou. Na mesma entrevista, Lady Gaga, com 26 anos, faz revelações de carácter íntimo. “Na cama, gosto realmente que me digam o que fazer. Toda a gente pensa que sou uma estrela pop muito sexual - e sou -, mas não gostava do sexo quando era mais nova”, completou. A cantora afirmou ainda que não estava interessada em manter um relacionamento amoroso depois de algumas decepções. “Namorei alguns homens mais velhos. Agora cresci e amadureci e a minha carreira é mais importante que qualquer outra coisa. Mas continuo à procura... Esse sentimento é inevitável”, finalizou.. JTM/DN

Fox é aposta tecnológica Megan Fox, de 25 anos, vai protagonizar uma campanha da empresa norte-americana de tecnologia “Sharper Image”, que será lançada no final do ano. A actriz foi anunciada como o novo rosto da empresa, mas a julgar pela foto promocional, não será só o rosto a fazer o trabalho promocional.

Linda Evangelista exige pensão a ex-namorado Linda Evangelista interpôs uma acção judicial para reclamar ao ex-namorado uma casa nova e uma pensão mensal de 35 mil euros (366 mil patacas) para a educação do filho de ambos. Augustin, de cinco anos, nasceu da relação com o multimilionário francês François-Henri Pinault, actualmente casado com a actriz Salma Hayek. A modelo alega que o ex-namorado nunca participou monetariamente na educação do filho, acusação desmentida por Pinault.

Scarlett Johansson recebe estrela no Passeio da Fama Eva Green sente-se como “um patinho feio” A actriz Eva Green diz sentir-se um patinho feio de Hollywood apesar de ser uma estrela de cinema, aparecer nas revistas de moda e atrair muita atenção dos media. “Não é apenas o aspecto físico ou a beleza da pessoa. No mundo do cinema, quem faz cirurgias plásticas e botox deixa os outros muito mais conscientes das suas idades. É terrível. Em Los Angeles sinto-me como um patinho feio”, afirmou à revista “InStyle”.

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Scarlett Johansson foi homenageada com uma estrela no Passeio da Fama da Hollywood. Acompanhada por familiares, amigos e por Jeremy Renner, seu companheiro de elenco em “Avengers”, a actriz de 27 anos mostrou-se muito emocionada. “É um presente que me comove profundamente (...) Nunca nos meus 20 anos nesta indústria pensei que receber uma estrela seria uma possibilidade, nem sequer remota”, referiu, antes de sucumbir às lágrimas quando agradeceu à mãe e à avó, presentes na cerimónia, pelo apoio incondicional na sua carreira.

fox movies 21:00

Peter Pan

Roteiro

tdm

13:00 TDM News (Rep.) 13:30 Jornal das 24h 14:45 RTPi DIRECTO 16:30 Porto – Sporting (Rep.) 18:00 Música Movimento (Rep.) 18:35 Contraponto (Rep.) 19:35 Amanhecer 20:30 Telejornal 21:00 TDM Desporto 22:10 Passione 23:00 TDM News 23:30 Sexta às 9 00:00 Telejornal (Rep.) 00:30 RTPi DIRECTO

30 ESPN

12:30 NASCAR Sprint Cup Series 2012 15:30 MLB Regular Season 2012 Philadelphia Phillies

vs. Washington Nationals 18:30 (Delay) Baseball Tonight International 2012 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 2012 20:00 Monday Night Verdict

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Soccer Worldwide Mundialito Brazil vs. France

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31 Star Sports

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40 FOX movies

12:35 Stigmata 14:15 Maid In Manhattan 16:05 Prom 17:50 Day Watch 20:00 Homeland 21:00 Peter Pan 22:55 Robots 00:30 Species III

41 HBO

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42 Cinemax

12:45 Hard Luck 14:15 Cirque Du Freak 16:00 The Deadly Affair 18:00 Chasers 19:45 Epad On Max 20:05 Green Zone 22:00 Cross 23:45 Snatch

43 MGM

12:30 Sibling Rivalry 14:00 Silence of the Heart 15:45 Hendrix 17:30 Still of the Night 19:00 The Program 21:00 True Confessions 22:45 Irma La Douce

50 Discovery

13:00 On The Case 14:00 Death Of Bin Laden 15:00 Terror In Mumbai 16:00 Cops & Coyotes 17:00 Swords 18:00 How It’s Made 18:30 How Do They Do It 19:00 Dirty Jobs 20:00 Coal 21:00 Toughest Military Jobs 22:00 One Man Army 23:00 Deadliest Catch 00:00 Toughest Military Jobs

51 NGC

12:30 Built For Destruction 13:25 Monster Fish 14:20 Megastructures 15:15 D-Day: Men And Machines 16:10 The Bombing of Germany 17:05 Test Your Brain 18:00 Monster Fish 19:00 Seconds From Disaster 20:00 Inside 21:00 Alaska Wing Men 22:00 Convoy 00:00 Inside

54 History

13:00 Modern Marvels 14:00 WWII Lost Films 16:00 Silent Killer 17:00 The Universe 18:00 Pawn Stars 18:30 Kings Of Restoration 19:00 The Pickers 20:00 Ice Road Truckers 21:00 Pawn Stars 23:00 Kings Of Restoration 00:00 The Pickers

22:00

28822866

Entourage

www.macaucabletv.com cinema

62 axn

13:00 Csi: Crime Scene Investigation 13:55 Wipeout 14:50 Numb3Rs 15:45 The Challenger Muaythai 16:40 Wipeout17:30 Csi: Ny 18:20 Wipeout 19:15 The Amazing Race 20:10 Caught On Camera 21:05 Csi: Ny 22:00 Hawaii Five-0 22:55 Blue Bloods 23:50 The Amazing Race 00:45 Hawaii Five-0

63 Star World

12:10 Parenthood 13:05 American Idol 14:00 America’s Next Top Model 14:55 Parenthood 15:50 Masterchef Australia 17:10 Model Specials 18:05 Junior MasterChef Australia 19:00 Cougar Town 19:30 Raising Hope 20:00 How I Met Your Mother 20:25 New Girl 20:55 Happy Endings 21:50 Model Specials 22:45 Revenge 23:40 How I Met Your Mother 00:05 New Girl 00:35 Happy Endings

82 RTPi

07:00 24 Horas 08:17 Grande Área 09:18 Portugal Low Cost 09:46 Desporto 2 11:36 30 Minutos 12:08 Cinco Sentidos (Rep.) 13:03 24 Horas (Rep.) 13:35 Zig Zag 14:00 Telejornal Madeira 14:35 Património

CINETEATRO S1 Lockout

14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S2 The Avengers 3D

14:15 • 16:45 • 19:15 • 21:45

TORRE DE MACAU

The Avengers 3D 14:15 • 16:45 • 19:15 • 21:45

GALAXY Grand theather (9* e 6**)

The Avengers 3D 13:20* • 14:00 • 16:10* • 16:40 • 18:50* • 19:10** • 19:20 • 21:30* • 22:00 • 23:50** • 00:10* • 00:40

theater DIRECTORS Cl 2* (8)

Lockout 14:00 • 18:05 • 19:10* • 20:00 • 00:40

theater DIRECTORS Cl 2* (7) Battleship 14:20 • 16:40*

theater 8 Mirror Mirror - 15:55

THEATER 6 (7*) Dark Tide 12:10* • 16:55 • 21:50

theater 7 The Cabin in the Woods 16:50 • 18:45 • 20:40 • 22:35 • 00:30

theater 8 Thomas & Friends: Day of the Diesels 12:45

theater 6 Titanic 3D 13:25

theater DIRECTORS CLUB 1 3D Sex & Zen: Extreme Ecstasy 00:20

Clube Militar de Macau

Mundial Português 14:59 Magazine Eua Contacto

18:26 Um Dia No Museu 16:00 Bom Dia Portugal 16:59 O Elo Mais Fraco 17:51 Vingança 18:37 Best Of Portugal 19:11 Pai À Força 20:00 Jornal Da Tarde 21:18 O Preço Certo 22:12 Magazine Eua Contacto 22:41 Portugal No Coração 01:00 Portugal Em Directo

55 Biography Channel

13:00 I Survived 14:00 Psychic Kids 15:00 Marilyn Monroe 17:00 Private Chefs Of Beverly Hills 18:00 Storage Wars 18:30 Airline USA 19:00 Psychic Kids 20:00 Storage Wars 22:00 Visionaries 23:00 Celebrity Ghost Stories 00:00 I Survived

hbo

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

Avenida da Praia Grande, 975, Macau Tel: 28714000 Telefones Úteis Número de Socorro 999 Bombeiros 28 572 222 PJ (Linha aberta) 993 PJ (Piquete) 28 557 775 PSP 28 573 333 Serviços de Alfândega 28 559 944 Centro Hospitalar Conde S. Januário 28 313 731 Hospital Kiang Wu 28 371 333 CCAC 28 326 300 IACM 28 387 333 DST 28 882 184 Aeroporto 88 982 873/74 Táxi (Amarelo) 28 519 519 Táxi (Preto) 28 939 939 Água - Avarias 28 990 992 Telecomunicações - Avarias 28 220 088 Electricidade - Avarias 28 339 922 Directel 28 517 520 Rádio Macau 28 568 333

anima Sociedade Protectora dos Animais Sociedade de Macau Sociedade Protectora Protectora dos Animais Telefone: dos Animais de Macau de Macau 28715732 63018939 fax: 28715732 //63018939 Telefone: fax: 28703224

Direcção dos Serviços de Identificação

AVISO

A partir de 10 de Dezembro de 2009, os titulares do bilhete de identidade de residente permanente da Região Administrativa Especial de Macau (BIRP da RAEM) que tenham completado 11 anos de idade e que satisfaçam os requisitos (obs. 1) podem, através de registo prévio por vontade própria, e mediante a posse do bilhete de identidade de residente permanente, utilizar as passagens automáticas (Canal-e) para entrarem e saírem de Hong Kong. • Os titulares do BIRP da RAEM que tenham completado 18 anos de idade e que satisfaçam os requisitos, para tratarem do registo prévio, podem recorrer: 1. Ao balcão de registo do Departamento de Imigração do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong instalado no Terminal Marítimo Hong Kong/Macau, sito no Sheung Wan, Shun Tak Centre, Hong Kong (na área que antecede os balcões de processamento de formalidades de entrada do átrio das chegadas), ao balcão de registo que se encontra na China Ferry Terminal, sito em Tsimshatsui (na área posterior dos balcões para o processamento de formalidades de entrada) ou ao serviço de piquete do Departamento de Imigração da RAEHK (os locais supracitados têm o seguinte horário de funcionamento: das 2.ªs feiras aos Domingos, das 10H00 às 18H00); 2. Aos quiosques que se encontram no átrio do rés-do-chão do Edifício China Plaza, Centro de Serviços da RAEM (sito na Areia Preta), no átrio das partidas do Terminal Marítimo do Porto Exterior e do Terminal Marítimo Provisório da Taipa. • Os indivíduos com idade compreendida entre os 11 e os 18 anos que satisfaçam os requisitos, devem dirigir-se, com acompanhamento de um dos pais ou seu tutor, a um dos balcões de registo do Departamento de Imigração de Hong Kong acima referidos, para tratar do registo prévio. (obs. 2) Para mais informações sobre as formalidades do registo, pode consultar o website da DSI: www.dsi.gov.mo ou ligar para o número: 28370777. Os residentes permanentes de Macau habilitados e depois de ter efectuado com sucesso o processo do registo, podem utilizar os canais-e que se encontram disponíveis: (1) no Terminal Marítimo Hong Kong/Macau, no Shun Tak Centre em Sheung Wan, Hong Kong; (2) no China Ferry Terminal de Tsimshatsui; (3) Tuen Mun Ferry Terminal; (4) Fronteira Luohu; (5) Shenzhen Bay Control Point; (6) Lok Ma Chau Spur line; (7) Hong Kong Internacional Airport. No acesso aos canais-e, deve colocar, primeiro, o BIR, com a face virada para cima e a imagem do rosto à esquerda, no dispositivo de leitura; após o que retira o BIR e abrir-se-á a porta de acesso à área de verificação de impressão digital; se os dados coincidirem, é-lhe emitida uma senha de entrada impressa as condições e o prazo de permanência. Para informações mais detalhadas sobre as passagens automáticas em postos de fronteira de Hong Kong, queira visitar o portal electrónico do Governo da RAEHK : Para problemas encontrados no acesso aos canais-e, os usuários registados podem recorrer às linhas de assistência da DSI 83940542 ou 83940507. Obs.1: refere-se a indivíduos que não necessitam de obter previamente visto para entrarem em Hong Kong. Para mais pormenores, queira consultar o webisite da DSI: www.dsi.gov.mo. Obs.2: Na apresentação do pedido, os indivíduos acima referidos devem apresentar o original dos seguintes documentos: (1) Documento de identificação do requerente e do pai ou da mãe, ou do tutor que acompanhe as formalidadades do registo do requerente; (2) Certidão de nascimento válida do requerente; os nascidos em Macau devem apresentar a certidão narrativa de registo de nascimento para fins do pedido da emissão do BIR, emitido pela Conservatória do Registo Civil de Macau; (3) Documentos comprovativos sobre o exercício do poder paternal ou da tutela, no caso de o requerente ser acompanhado pelo tutor para efeitos de registo (se o documento é escrito apenas em língua portuguesa, deve ser acompanhado da respectiva tradução em chinês ou inglês). * Informações fornecidas pelo Departamento de Imigração do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong Direcção dos Serviços de Identificação, aos 7 de Maio de 2012.

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última

APOMAC CELEBROU 11º ANIVERSÁRIO COM ORGULHO PELO TRABALHO REALIZADO A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) comemorou ontem o seu 11º aniversário através de um jantar que juntou algumas centenas de pessoas. No seu discurso ao público, Francisco Manhão mostrou-se orgulhoso pelo trabalho desenvolvido pela associação até este momento, agradecendo ainda o apoio prestado pelas diversas entidades, públicas e privadas. O presidente da direcção da APOMAC aproveitou ainda para lançar um apelo ao Governo para que ajude na ampliação das instalações da associação, bem como uma actualização do valor da pensão para idosos para três mil patacas e uma alteração dos requisitos preferenciais para que os cidadãos tenham a possibilidade de lhes poder ser atribuída uma habitação económica e social. A celebração, onde estiveram presente diversas personalidades do território, contou com muita animação musical e dança a cargo de artistas do território, Continente Chinês e das Filipinas que entusiasmou convidados e associados presentes no evento. P.A.S.

tempo

fonte: serviços meteorológicos e geofísicos www.smg.gov.mo

hoje

amanhã 24 C 300C 0

25 C 310C 0

câmbios - indicativos Pataca Compra US Dólar 7.94 EURO 10.43 yuan (rpc) 1.219

fonte: bnu

Venda 8.04 10.56 1.280

MAIS LÍNGUA PORTUGUESA NA CHINA O primeiro número da revista “Portu-nês” - uma publicação online de Estudos Portugueses na China - saiu neste fim-de-semana, num momento especialmente auspicioso. “Começámos no sábado, que é o Dia da Lusofonia, e, como estamos na China, fizemos questão de lançar a revista às cinco da manhã. Começámos portanto no dia 5 do 5, às 5 horas”, disse a professora Cristina Água-Mel, coordenadora da edição. O nome, “Portu-nês”, também é singular: “A ideia é ligar as duas línguas”, explicou aquela professora da Universidade de Negócios e Economia Internacionais de Pequim (UIBE), uma das cinco universidades da capital chinesa com licenciaturas em português. Liliana Gonçalves, professora da Universidade de Comunicação da China, também em Pequim, foi a revisora dos textos publicados no primeiro número do “Portu-nês”, quatro dos quais extraídos de teses de licenciatura de estudantes chineses. A revista apoia-se no website do mesmo nome - http://portunes-online.com - concebido com “uma plataforma de contacto permanente entre a rede de professores e estudantes” de português na China, para “partilhar informações, opiniões, preocupações e problemas, mas também materiais, metodologias e estratégias que permitam desenvolver os estudos portugueses” naquele país.

MOURINHO EXULTA COM “FEITO INACREDITÁVEL” O treinador José Mourinho admitiu que alcançou esta época “um feito inacreditável” com o Real Madrid, ao conquistar o título espanhol de futebol e acabar com um “reinado” de três épocas do Barcelona. “Foi um feito inacreditável, profissional e pessoalmente”, confessou José Mourinho em entrevista publicada ontem pelo diário desportivo espanhol As. Mourinho garantiu que o seu objectivo na vida “não é bater o ‘Barça’”, mas admitiu que o triunfo desta temporada na liga espanhola “foi importante para interromper o ciclo vitorioso” dos catalães. Ainda no rescaldo do 32.º título do Real Madrid, Mourinho insistiu que vai continuar ao serviço dos madrilenos e fechou a porta às saídas do francês Karim Benzema e do argentino Gonzalo Higuain, acabando com as especulações sobre eventuais transferências dos dois jogadores. “Os meus avançados na próxima época serão Benzema e Higuain. Higuain vai ficar porque eu e o Real Madrid não queremos que saia do clube”, insistiu José Mourinho, referindo-se em particular ao interesse do Paris Saint-Germain no argentino. Ainda sobre a cobiça do clube parisiense, Mourinho assegurou que o Real Madrid não venderá o avançado “mesmo se receber ofertas de 40, 50 ou 60 milhões de euros”.

“ERA UMA VEZ EM KA HO” CONTA HISTÓRIAS DE VIDA E ISOLAMENTO “Era Uma Vez em Ka Ho” é o título de um documentário realizado pelo jornalista Hélder Beja que vai estrear no próximo sábado, pelas 21:30, no Centro Cultural, numa sessão do “Macau Indies” integrada no Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau. Segundo o realizador, o filme resulta do programa de apoio a produções locais “Local Docupower” e retrata a antiga leprosaria de Ka Ho, hoje transformada em lar de idosos, bem como a vida de alguns ex-pacientes que ainda lá vivem. Com a duração de 31 minutos, o documentário “apresenta histórias de vida e de isolamento, de gente que não teve outra escolha se não passar largos anos afastada do resto da sociedade”, explica o realizador, acrescentando que o filme olha também para a história da lepra no território e para o modo como ela afectava a vida das pessoas. Além disso, “é também a história de um lugar que parece quase impossível na Macau de hoje”, refere Hélder Beja. Formam a equipa de “Era Uma Vez em Ka Ho” Filipa Queiroz (câmara e edição), Gonçalo Ferreira (correcção de cor), Stephanie Lai (produção e tradução) e Rui Cid (assistente de produção), além de várias pessoas que esporadicamente contribuíram para o projecto. Cedida gratuitamente, a música é de Noiserv, ver vídeo na edição onlineedição do jtmdawww.jtm.com.mo artista português que actuou na primeira Rota das Letras - Festival Literário de Macau.

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EXPOSIÇÃO LEVA A HONG KONG 55 OBRAS DE PICASSO O Hong Kong Heritage Museum vai apresentar a partir de 19 de Maio 55 obras de Pablo Picasso, naquela que será a maior exposição do artista espanhol na região vizinha. As obras, que ficarão patentes ao público até 22 de Julho, fazem parte da colecção do Museu Nacional Picasso, de Paris, e atravessam as várias fases carreira do pintor - Azul, Rosa, Primitiva e Cubista - até aos períodos neoclássico e expressionista. Entre as 55 obras avaliadas 6,7 mil milhões de dólares de Hong Kong estão os quadros “Retrato de Dora Maar” (na foto), amante e musa do pintor, e “Mulher nua em poltrona vermelha”. A mostra inclui ainda fotografias e documentários às quais a organização antecipa uma elevada adesão tendo por isso decidido estender o horário de abertura ao público e introduzir sessões de visionamento de duas a três horas com capacidade para até 1.500 visitantes por sessão.

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